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INTRODUÇÃO
O que começou com uma inquietação debruçada sobre os conceitos de Escola-Parque, Parques Infantis, e dos Territórios Educadores, se desdobrou ao longo do desenvolvimento de pesquisas, em um projeto de verdadeira análise, interpretação, e resposta às premências do recorte escolhido, complementadas de bagagem histórica intrínseca ao Distrito de Perus.
A partir do manifesto interesse pelo conceito de Lazer pós 2a Revolução Industrial, e seu papel como reformador social e urbano, esbarrando portanto na abstração de “Parque Público como antídoto dos males da urbanização”, e direcionando a temática para o recorte do Brasil, a pesquisa abordou-se por fim na aplicação pedagógica do lúdico em um programa atento à infância.
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Trafegar pelo ideário de nomes como Mário de Andrade e Anísio
Teixeira, levou a uma abundância de possibilidades com relação à possíveis colocações temáticas que vinculassem Espaço Público, Lazer, e Lúdico
Infantil, e por isso o fato resolutivo foi chegar ao recorte do subdistrito do extremo noroeste de São Paulo, Perus.
Inicialmente após uma busca preliminar por um vazio urbano em São
Paulo, que estivesse vinculado à demanda por espaços verdes, e analisando os dados socioeconômicos, a inserção e a (não) relação que o vazio da Antiga
Fábrica de Cimentos Potland Perus tinha com seu entorno, a pesquisa que a princípio era voltada ao meio físico e ao público alvo, se colidiu com um tópico determinante: o patrimônio histório e arquitetônico ali pré-existente.
Após uma leitura do recorte urbano em 3 tempos - passado, presente, e futuro - com a finalidade de alinhar diretrizes urbanísticas e projetuais com intenções conceituais e programáticas, Perus, ao mesmo tempo que se revelou apto de intervenções e carecido de lazer, mostrou-se equivalentemente relevante com o público alvo.
Dessa forma agregou-se mais um eixo temático norteador ao projeto, o do tombamento, que evoluiu a inicial pretensão de simples equipamento de Parque Infantil para um equipamento de maior escala, de públicos plurais, que abrangesse e integrasse setores diferentes, com programas que dialogassem. O ensaio das combinações e interseção dos conceitos de Paisagem, Patrimônio, Museu, Lazer, Lúdico, e Cidade Educadora fez parte do processo de desenvolvimento e elaboração do programa final do Parque Queixadas, de forma que o projeto, em essência, não tenha sido acomodado na sua localização, mas sim interpretado, configurado, e elaborado a partir do seu próprio local e para o próprio local.