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INSERÇÃO

Perus é um dos 2 distritos da Subprefeitura de Perus, situada na zona noroeste do município de São Paulo. O distrito possui área de 23,9km2, e 180.002 habitantes (2018). Faz divisa com os municípios de: Caieiras, Cajamar, Osasco, e Barueri.

A subprefeitura está inserida no que é, hoje, o principal eixo de desenvolvimento econômico do país, constituído pelas rodovias Anhanguera e dos Bandeirantes, conectando as cidades de São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto ao Triângulo Mineiro.

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A subprefeitura de Perus totaliza 57,20km2, e engloba seus 2 distritos: Anhanguera (33,30km2), e Perus (23,9km2). (Fonte: Infocidade).

Ampliação do Distrito de Perus a gleba demarcada, de aprox.500.000m2 que está inserida no recorte de estudo é constituída por 3 lotes, todos com restrição de tombamento, porém não considerados como patrimônio ambiental, nem como área de proteção ambiental, e não contaminados. (Fonte: consulta SLC). o recorte está entre uma mancha urbana adensada e consolidada, e um remanescente de corredor da mata atlância norte, este que deveria estar abrangendo e protegendo a aréa de preservação permanente, de mata ciliar, do corpo d’agua (ribeirão) que ali existe, mas não está. esta quadra incorpora todo o complexo fabril tombado pela CONPRESP, bem como sua área envoltória, e a antiga e desativada EFPP também. esta quadra abriga a maior escola estadual de São Paulo, a E.E. Gavião Peixoto, com 3400 alunos de Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Ortofoto (2017) do extremo norte do distrito de Perus com marcação de diâmetro de 2km.

Fonte: Geosampa.

A antiga Av. Dr. Sylvio de Campos tem conexão futura planejada com o “Parque Anhanguera Ciclovia de Perus” (PA-PR-ID 131) as vias coletoras e locais do raio de quadras próximas à Estação CPTM estão inclusas no Plano Emergencial de Calçadas e Território CEU. a Estação Perus, linha Rubi da CPTM, é um patrimônio de Perus também tombado pelo CONDEPHAAT, e está a 400m (5 minutos/pedestre) da entrada existente para acessar a propriedade privada que loteia a fábrica.

Percurso de chegada em Perus, via CPTM, estação Perus (1867), antiga Estrada de Ferro SantosJundiaí. As estruturas dela são o único exemplar remanescente das estações pioneiras da primeira fase da companhia.

Observou-se, que além da estação da CPTM, há poucas transposições para pedestres e ciclistas, e que o córrego Ribeirão Perus, já exposto sem parte da sua APP, se encontra pressionado, pois a chegada de um projeto habitacional – um loteamento chamado Nova Perus Dois, proposto pela família Abdalla, proprietária da fábrica – nos arredores da antiga indústria, alerta para um olhar de proteção ao cenário e entorno delicado ali existente.

O Distrito de Perus possui grande potencial de intervenção urbana e paisagística, uma vez que demanda de incentivos ao engajamento da escolaridade infantil, oferta de espaços públicos em áreas verdes, equipamentos culturais que fomentem o envolvimento da numerosa população jovem, e por fim, que valorize-se a conservação do patrimônio ambiental e histórico ali existente.

Entre os anos 1980 e 2010, Perus multiplicou sua população 3,5 vezes, e o último recenseamento população foi de 180.000 habitantes (2018). Constata-se também que o IDH da subprefeitura é um dos mais baixos da cidade (0,73) e grande parte da população encontra-se nos grupos 5 e 6 de maior vulnerabilidade, segundo IPVS - Índice Paulista de Vulnerabilidade Social, 2010.

Apesar de ter os principais eixos de mobilidade como o Rodoanel Mário Covas e a Linha 7 Rubi da CPTM, que conecta o distrito aos outros municípios da RMSP, as vias locais são estreiras e sobre topografia acidentada, ocasionando acesso precário.

Percurso via pedestre para a entrada existente da Fábrica Perus, atualmente com acesso permitido eventualmente, com autorização e agendamento.

À direita Viaduto Doná Mora Guimarães (saindo)*, e à esquerda Viaduto Dep. Ulysses Guimarães (entrando*). *Sentido área de estudo.

“Desde 2000, o rápido aumento de publicações sobre o tema do desenvolvimento na primeira infância ultrapassou a tendência geral das publicações sobre ciências da saúde. (...) O número de países com políticas multissetoriais nacionais sobre o desenvolvimento na primeira infância aumentou de sete, em 2000, para 68, em 2014.”

Apoiando o Desenvolvimento na Primeira Infância: da ciência à difusão em grande escala.

Sumário Executivo da Lancet, pág. 3, disponível em <http://www.who.int/maternal_child_ adolescent/documents/ecd-lancet-execsummary-pr.pdf> (consulta em 18/10/2018).

Apoiado em evidências científicas que demonstram a importância do desenvolvimento integral na primeira infância para toda a vida – e, portanto, para toda a sociedade, a longo prazo – o propósito do projeto baseia-se na consolidação recente do conhecimento de que é nessa etapa da vida que se deve intervir para assegurar oportunidades iguais a todas e todos e, com isso, aumentar as possibilidades de ruptura do ciclo de pobreza das famílias em situação de vulnerabilidade.

Então, para criar vínculos locais de sociabilidade, e uma maior integração da escola com o desenvolvimento urbano da área, o projeto a se propôr incorporará a escala de um Parque Urbano, que oferecerá recursos lúdicos estimulantes, tanto para o público local de 1 a 12 anos, como também à população familiar, a fim de despertar a curiosidade pelo patrimônio histórico pré-existente e a cultura regional, com temáticas paralelas do gênero ambiental e artístico.

O programa do Parque incluirá programação especial para a comunidade de todas as idades, atuará como elemento aglutinador e potencializador das diversas instituições de ensino existentes em Perus (CEIs, EMEIs, EEs, EJAs, etc), e buscará protagonizar como parque educador na transformação do espaço público.

O Parque Anhanguera, vizinho localizado no outro distrito da subprefeitura de Perus, distrito Anhanguera, é o principal equipamento de lazer existente na região. Ele, em conjunto com os equipamentos de lazer dos 2 CEUs, atendem às demandas de cerca de metade da população da região, porém 41,1% reside a mais de 1 km de um equipamento municipal de esportes e lazer e 50,2% de um equipamento de cultura. Os principais equipamentos de interesse natural, cultural e historico da região são: O complexo da Fabrica de Cimento de Perus, que compreende a Fabrica, a Ferrovia Perus-Pirapora, a Vila Triângulo, o Sindicato Queixada e o Casarão Fazendinha, ambos atualmente desativados, tombados ou em processo de tombamento.

A relação do proposto projeto com o entorno surgiu da importante questão ambiental pela preservação, que contrasta com o elevado crescimento populacional constatado na última década, e que vêm se configurando em territórios de grande vulnerabilidade social, decorrendo, principalmente, de loteamentos irregulares, com infraestrutura precária, e ocupando as várzeas alagáveis do Ribeirão Perus, com risco geológico.

O tecido urbano do entorno do terreno da fábrica e da EE. Gavião Peixoto não está adequado às condições geomorfológicas e ao pedestre, o acesso viário não oferece passeios públicos qualificados, especialmente nas centralidades locais. Ao mesmo tempo que não existe uma conexão eficiente e proveitosa dos equipamentos educacionais, existem vazios urbanos intransponíveis, com valor e potencial culturais intrínsecos ao sítio pré-existente.

O distrito caracteriza-se como região remanescente de cobertura vegetal e conservação da biodiversidade sob forte pressão da ocupação urbana desordenada ou precária. A quantidade de áreas verdes (61,8 m²/hab) e de vegetação (266 m²/hab) é alta, se comparada às médias municipais, mas sua distribuição não é homogênea no território, com 78,7% da população residindo a mais de 1 km de parques, em especial pela localização e tamanho do Parque Anhanguera. Devido a ocupação das margens do ribeirão Perus, o distrito tem ocorrência de enchentes.

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