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novos modelos Toyota Yaris Cross
from BlueAuto#31
by Blueauto
TOYOTA YARIS CROSS Um mundo a descobrir O novo Yaris ainda não está à venda, mas já está a dar origem a modelos derivados. Para quem o Yaris for demasiado comum, o Yaris Cross oferece uma proposta mais aventureira para explorar a cidade como se fosse um território novo todos os dias.
AToyota não está apenas a renovar a sua gama de modelos mais pequenos, está a levar a cabo uma revolução no segmento, pois vai propor ao mesmo tempo dois modelos com identidade diferente para quem quer andar na cidade em estilo. Depois da nova geração do Yaris, a marca japonesa revela agora as formas do Yaris Cross, um SUV “crossover” urbano, no qual a Toyota tem uma aposta mais forte, pois o uso do famoso nome Yaris obriga a marca a ir mais além do que foi com os antecessores do novo modelo, o monovolume compacto Verso-S e o mini-SUV Urban Cruiser. Mas o público português ainda vai ter que esperar algum tem po para experimentar as sensações de conduzir o Toyota Yaris Cross, uma vez que o novo modelo só chega em 2021. Usando a mesma plataforma técnica do Yaris, a variante de carroçaria Cross tem a mesma distância entre eixos (2,56 metros), mas é 24 cm mais comprido, 2 cm mais largo e 9 cm mais alto. E não é apenas do desenho da carroçaria, mas tam bém da adopção de rodas mais largas e de uma maior altura ao solo. O Yaris Cross pode ser um veículo concebido para o tráfego urbano, mas a Toyota não podia deixar de se inspirar na sua história de sucesso com veículos todo-o-terreno, pois, além da maior altura ao solo também está equipado em op ção com o sistema de tração integral inteligente encontrado nos modelos da marca, como o Prius ou o RAV4. O sistema
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AWD-i funciona normalmente com tração dianteira, transferindo força para as rodas traseiras quando deteta as rodas da frente a patinar. No seu interior, o comprimento adicional deve beneficiar não só os ocupantes do habitácu lo, mas também a bagageira: a marca promete uma divisão com muita flexibilidade, com abertura fácil sem mãos, compartimento da bagagem com altura ajustável e espa ço para pequenos objetos e cintos para fixação de malas e sacos. Enquanto o Yaris vai ter ver sões a gasolina nos níveis de entrada, o Toyota Yaris Cross será oferecido em exclusivo com um motor híbrido. Este propulsor, que já foi mostrado no Yaris, é essencialmente um motor 2.0 Dynamic Force híbrido (encontrado nas versões des portivas do C-HR e do Corolla), mas com menos um cilindro. Assim, fica com a cilindrada reduzida para 1,5 litros, o que é suficiente para oferecer uma potência total de 116 cv e bastante força a baixa rotação. A Toyota ainda não avançou com os números de consumos, mas adianta que tem uma eficiência térmica de 40%, superior a um motor diesel, e que o objetivo vai ser atingir um valor de emissões de CO2 inferiores a 120 g/ km, no ciclo WTLP. Além de prometer ser um automóvel compacto com uma agili dade apropriada para o tráfego urbano, o Yaris Cross também vai ser bastante seguro para um veículo das suas dimensões. O sistema de segurança passiva Toyota Safety Systems promete avisar o condutor de uma série de pequenas “ameaças” que são comuns no trânsito do dia-a-dia; além de ajudar a prevenir pequenos acidentes, o sistema também poderá ativar a travagem de emergência e assistência de direção, em caso de colisão iminente. n
TERRA 2.0 e a Mobilidade Elétrica
Henrique Sánchez Presidente da UVE – Associação Utilizadores Veículos Elétricos
No artigo anterior abordei várias consequências da paragem brutal que as atividades humanas estavam a provocar na economia e, consequentemente, nas cidades, transportes aéreo, marítimo e terrestre/ro doviário, assim como os seus efeitos na redução dos níveis de poluição atmosférica e sonora das grandes áreas metropolitanas: • Queda abrupta das vendas de automóveis à exceção dos veículos elétricos que foram os únicos que aumentaram as vendas - (https://www.uve.pt/page/vendas-ve-03-2020/); • Paragem quase total da aviação comercial. Cerca de 90% dos aviões estão em terra; • Paragem dos navios de cruzeiro; • Redução em cerca de 80% de todos os transportes rodoviários; • Interrupção da atividade industrial em cerca de 50%; • Queda brutal do consumo de bens não essenciais. Esta travagem brusca de toda a economia mundial, com mais de 1.000.000.000 (mil milhões) de seres humanos recolhidos nas suas casas, também permitiu, como referido no artigo an terior, que a fauna e a flora avançassem para terrenos antes ocupados pelos humanos.
O retorno da Natureza Só que já não são só os patos, as ovelhas, os javalis e os peixes. Recentemente, registou-se a presença urbana de ursos, cangurus, pinguins, pumas, coiotes e muitas outras espécies.
Coiote em São Francisco e patos no Cais das Colunas em Lisboa.
Todos podemos confirmar como o ar está mais limpo. Quando não existem nuvens é notória a vivacidade do azul do céu, ou à noite a visibilidade das estrelas. As cores, em geral, estão mais vivas. O silêncio das cidades só é quebrado pelo constan te chilrear dos pássaros um pouco por todo o lado. Temos tido mais tempo para refletir sobre o caminho que nos trouxe até aqui. Deparámo-nos com uma sociedade profundamente desigual, injusta, com ênfase no fútil, no efémero, no descartável, na perda de valores e na ganância pelo lucro fácil. De repente, constatamos que as nossas vidas não dependem dos comentadores desportivos, das telenovelas a metro com que nos inundam as nossas casas, dos programas de debate sem fim e sem sentido, da publicidade compulsiva para des pertar o consumo desnecessário, mas sim dos serviços de saúde, dos médicos, dos enfermeiros, de todos os profissionais de saúde, dos serviços de limpeza nos hospitais, dos serviços de limpeza urbana, dos funcionários dos supermercados e das mercearias de bairro, dos funcionários das farmácias, dos agentes de segurança, dos motoristas, dos professores e restantes funcionários das escolas, colégios e universidades, dos investigadores, dos cientistas, e de tantos outros que nos permitem continuar a ter eletricidade, água, gás e telecomuni cações nas nossas casas, e todos os que nos podem satisfazer as nossas necessidades mais básicas nesta fase de pandemia: cuidados de saúde e alimentação.
A poluição atmosférica e o Covid-19 Há vários estudos que têm sido divulgados que relacionam a maior incidência dos casos de covid-19 com a poluição atmosférica. Face à comprovação inequívoca de que com a redução drástica do tráfego urbano rodoviário e aéreo (face à proximidade dos aeroportos às grandes urbes metropolitanas) a qualidade do ar melhorou como nunca tínhamos podido constatar, podemos antecipar o que seriam as cidades exclusivamente com carros elétricos, motas elétricas, tuk-tuk elétricos, autocarros elétricos, enfim, com todos os meios de transporte eletrificados, quer coletivos quer individuais, quer públicos quer particulares. Para começar, as cidades seriam silenciosas e sem poluição atmos férica. Além disso, com muito menos tráfego, fruto das várias soluções de teletrabalho e de tele-ensino que todos estamos a viver, com a alternância dos horários de trabalho na indústria, no comércio, no ensino, nos serviços públicos e privados, mas também das inúmeras reuniões que podem ser efetuadas sem a nossa presença física. O que pouparíamos em viagens e em tempo desperdiçado? E aqui falamos também de reuniões inter nacionais das empresas mas também das instituições. Quantas toneladas de CO 2 seriam evitadas? Quanto tempo nos sobraria para mais trabalho, mas também para mais lazer e mais família?
Terra 2.0 Os atuais utilizadores de veículos elétricos, carros ou motas, e que tenham a possibilidade de carregá-lo na própria residência, não estão expostos à necessidade que os proprietários de veículos com motor de combustão interna (sem outra opção) têm de se abastecer em postos públicos de combustíveis. Urge a eletrificação de todos os meios de transporte rodoviá rio, dar primazia à rede ferroviária elétrica e de alta velocidade para viagens continentais em detrimento das viagens aéreas altamente poluentes, que ficariam reservadas para os percursos intercontinentais. As verbas destinadas às grandes obras aeroportuárias (ampliações dos aeroportos existentes e novos aeroportos) devem ser canalizadas, de imediato, para a infraestrutura ferroviária de alta velocidade. Não tenhamos ilusões que a atividade aérea não voltará a ser o que foi, até por motivos de saúde pública.
Europa, janeiro 2020. Europa, março 2020.
Localmente, as autarquias devem avançar para a eletrificação das suas redes de transportes públicos, ou quando essas re des forem privadas avançarem com prazos para a sua efetivação pelas empresas concessionárias. No prisma nacional, os incentivos à aquisição de veículos elétricos, através do Fundo Ambiental (https://www.fundoambiental.pt/avisos-2020/mitigacao-das-alteracoes-climaticas/ incentivo-pela-introducao-no-consumo-de-veiculos-de-baixas-emissoes-2020.aspx), devem satisfazer todas as candidaturas dos particulares, cuja dotação se tem esgotado antes do final de cada ano. No caso das empresas, devem manter a atual dotação, pois além deste incentivo ainda beneficiam do reembolso do IVA e de isenção da tributação autónoma. Devem ser fomentados todos os projetos e iniciativas para o fabrico de veículos elétricos em Portugal, bem como de fábri cas de baterias, para veículos elétricos. Toda a produção de eletricidade verde através de painéis fotovoltaicos, parques eólicos e geotérmicos deve ser incentivada e desburocratizada, quer para particulares com auto consumo em casa e no veículo elétrico, quer a nível empresarial. O acesso aos centros das grandes cidades deve ser restrin gido. Lisboa já aprovou restrições aos veículos com motores de combustão interna, quer sejam a gasóleo ou gasolina, para garantir a qualidade do ar aos seus habitantes, trabalhadores e visitantes (https://www.uve.pt/page/lisboa-com-menoscarros-a-partir-do-verao-2020/).
Não queremos voltar à “normalidade” pois foi essa mesma “normalidade” que nos trouxe até aqui. Queremos e devemos reiniciar: TERRA 2.0!
Vamos acelerar o cumprimento dos objetivos dos acordos, dos programas e das diretivas com as quais o governo português se tem comprometido:
• Acordo de Paris – COP21 (2015) (https://www.youtube.com/watch?v=sgmBvlXGNNc&featu re=emb_title) • Roteiro para a Neutralidade Carbónica – RNC2050 (2017) (https://www.youtube.com/watch?v=tTd6iu88KTo) • Pacto Ecológico Europeu - Green Deal (2019) (https://www.youtube.com/watch?v=F2Z7rio5sow)
Este corona vírus, o SarsCov2, que provoca esta doença pan démica, o covid-19, pode servir-nos como alerta e aviso para o caminho que toda a Humanidade estava a seguir. Aproveitemos esta época de enorme privação como uma oportunidade para avançarmos para um reinício, e mudarmos comportamentos com opções mais sustentáveis. Está nas mãos de cada um de nós fazê-lo! Vamos reiniciar? Por uma TERRA 2.0! Pela eletrificação de todos os meios de transporte! Por cidades mais amigas das pessoas e do ambiente! Pela descarbonização da economia! Por uma economia mais sustentável! Pela nossa saúde! Por um futuro para os nossos filhos! Não existe um planeta B! n