Blueauto#41

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nº 41

março 2021

Portugal (cont.):

2,50€

à descoberta do futuro do automóvel Nissan Qashqai estreia eletrificação e-POWER entrevista Professora Maria Helena Braga

novos modelos eletrificados DS 9 IONIQ 5 Audi e-tron GT Honda HR-V e:HEV Mercedes-Benz Classe C

Baterias Revolução anunciada

Hidrogénio? Não, obrigado!

Estudo LeasePlan: 49% dos condutores portugueses querem um carro elétrico carregamento Nova marca MOON chega a Portugal

ao volante Suzuki Swift Sport 1.4T Hybrid 48V

C40 Recharge

novidade

A PARTIR DE 2030

VOLVO 100% ELÉTRICA

guia atualizado

Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal


C

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sumário 07 10

atualidade Notícias

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novidade Volvo 100% elétrica a partir de 2030

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mercado Vendas em Portugal: Híbridos plug-in continuam em alta

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mercado Estudo LeasePlan: 49% dos condutores portugueses diz que o seu próximo carro será elétrico

26

18 20 22 24 26 30 34 38 40 42 44

54 56

48 50 53

78 80 82

novos modelos IONIQ 5 atualidade Em números... novos modelos Audi e-tron GT mobilidade elétrica Hidrogénio? Não, obrigado!

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ao volante Suzuki Swift Sport 1.4T Hybrid 48V dossier Baterias: revolução anunciada! entrevista Professora Maria Helena Braga novos modelos DS 9 revista de imprensa Declarações em destaque apresentação Novo Nissan Qashqai tecnologia Eletrificação e-POWER em estreia na Europa novos modelos Mercedes-Benz Classe C

desporto Extreme E novos modelos Honda HR-V e:HEV

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concept-cars Lotus E-R9: aerodinâmica ativa num carro elétrico guia de compras Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal testemunho De um utilizador de veículo elétrico carregamento MOON chega a Portugal mobilidade elétrica PRR: UVE propõe aumento dos incentivos aos veículos elétricos

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Nissan LEAF 100% Elétrico

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blueauto À DESCOBERTA DO FUTURO DO AUTOMÓVEL www.blueauto.pt DIREÇÃO Francisco Vieira REDAÇÃO Paulo Manuel Costa COLABORADORES Tiago Beato José Barros Rodrigues José Pontes SECRETARIA DE REDAÇÃO Isabel Brito CONTACTOS  blueauto@pressfactory.pt facebook.com/blueauto MARKETING & PUBLICIDADE Luís Mesquitela Lima  93 702 94 44  luis.mesquitela@blueauto.pt PRODUÇÃO Rogério Bastos Studio PressFactory PROJETO & LAYOUT Studio PressFactory IMPRESSÃO & ACABAMENTO Lisgráfica – Impressão e Artes Gráficas SA Rua Consiglieri Pedroso, n.º 90 Casal de Sta. Leopoldina, 2730-053 Barcarena TIRAGEM 7.500 exemplares PERIODICIDADE Mensal DISTRIBUIÇÃO VASP – Distribuidora de Publicações, SA Quinta do Grajal - Venda Seca 2739-511 Agualva Cacém Apoio ao Ponto de Venda Tel.: 21 433 70 01 | contactcenter@vasp.pt A BlueAuto é impressa em papel com origem em fontes sustentáveis e com tintas amigas do ambiente. Depois de a ler, dê-lhe um final ecológico: partilhe-a ou coloque-a no Ecoponto Azul.

EDIÇÃO PressFactory PROPRIEDADE PRESS.in, Lda. Edifício LACS Rocha Conde de Óbidos 1350-352 Lisboa

editorial

O consumidor já decidiu... “A fantasia do carro elétrico... Os carros elétricos são uma incógnita... As razões pelas quais os elétricos não serão o futuro... O futuro é elétrico, mas não para já... Será que o consumidor está mesmo interessado em ter um carro elétrico?... Estudo revela que os consumidores não querem veículos elétricos...”... Todas estas afirmações e dúvidas tiveram honras de destaque, nacional e internacional, nos últimos dois anos, período de tempo em que a realidade já demonstrava ser outra. De facto, há muito que a evolução da oferta, tanto em quantidade (modelos disponíveis e anunciados) como em qualidade (a começar por fatores decisivos como a autonomia e a infraestrutura de carregamento), tornou óbvia a conclusão de que, na mobilidade automóvel, o futuro pertence sim aos veículos elétricos. Mas se até aqui essa evidência resultava sobretudo da aposta dos fabricantes em oferecer cada vez mais e melhores novos modelos elétricos, como forma de responder aos rigorosos critérios ambientais impostos pelo legislador, a partir de agora a certeza desse futuro elétrico fica ainda mais clara. E porquê? É simples: porque agora, ao contrário do que transmitiam as declarações e dúvidas reproduzidas no início deste texto, a reafirmação da mobilidade elétrica como futuro do automóvel conta já com o contributo mais importante, aquele verdadeiramente decisivo... o consumidor! A prova de que assim é está na evolução dos números de vendas, a ponto dos modelos elétricos recarregáveis (veículos 100% elétricos e híbridos plug-in) representarem qualquer coisa como 16% do mercado total de automóveis ligeiros de passageiros novos vendidos em Portugal nos dois primeiros meses deste ano. Uma tendência de crescimento acelerado que não vai mudar, tal como anunciam estudos de mercado de que é exemplo aquele reproduzido nesta edição que indica serem cada vez mais os condutores com uma atitude muito positiva em relação aos veículos elétricos, com quase metade dos automobilistas nacionais inquiridos a revelarem mesmo a intenção de escolher como próximo carro um elétrico (Mobility Insights Report / Edição Veículos Elétricos, da LeasePlan); tendência essa que se estende dos particulares às empresas, como refere outro estudo recente que conclui que mais de 45% das empresas portuguesas considera implementar nos próximos três anos o uso de viaturas elétricas ou eletrificadas (Barómetro Automóvel 2020, publicado pelo Arval Mobility Observatory). Agora já não há qualquer dúvida: também o consumidor já decidiu (que o futuro é elétrico)... 

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atualidade

Renault 5 elétrico em 2023 Revelado no mês de janeiro durante a apresentação do novo plano estratégico do Grupo Renault, o protótipo elétrico R5 não é apenas uma abordagem moderna do automóvel popular dos anos 70 no qual se inspira: a marca francesa já confirmou que vai mesmo fazer renascer um dos seus veículos mais simbólicos, com este concept-car a antecipar um novo modelo herdeiro do Renault 5. Além da reinterpretação do design e do conceito da versão nascida em 1972, o protótipo R5 prefigura assim um futuro citadino compacto 100% elétrico que a Renault irá oferecer na sua gama e que deverá chegar ao mercado em 2023.

Lexus UX 300e disponível para pré-reserva Continua a contagem decrescente para a chegada ao mercado do primeiro Lexus 100% elétrico: a novidade é agora o lançamento em Portugal de um serviço de pré-reserva para o UX 300e. Os interessados poderão registar-se gratuitamente numa plataforma online e aqueles que se inscreverem terão acesso prioritário à compra do UX 300e, com as primeiras entregas previstas já a partir deste mês de março. O site dedicado a este modelo 100% elétrico permite descobrir todos os detalhes da versão de lançamento, comparar com a variante UX300 com motorização híbrida – UX 250h – e em apenas 3 passos fazer a pré -reserva online, recebendo um código único para formalizar a reserva, se assim entender. O registo específico para clientes em Portugal pode ser acedido em: https://ux300e.lexus.pt/

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Os preços do Mercedes EQA A Mercedes-Benz confirmou os preços indicativos de comercialização no mercado nacional do seu novo modelo EQA. Primeiro veículo 100% elétrico no segmento dos SUV compactos “premium” da Mercedes-EQ, o novo EQA vai começar por estar disponível numa versão de lançamento EQA 250, com potência de 140 kW (190 cv) e com preços em Portugal a partir de 53.750€. Está anunciado com uma autonomia até 426 km (perfeito para uma utilização urbana diária, diz a marca alemã) e com um carregamento ultrarrápido permitindo recuperar em 30 minutos carga para mais de 300 km. “O EQA 250 demonstra como a marca da estrela perspetiva a mobilidade elétrica personalizada para as mais diversas necessidades dos grupos de clientes -alvo jovens e urbanos”, promove a Mercedes no lançamento do novo EQA 250.

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atualidade

Nissan Ariya: aerodinâmica maximiza autonomia Portugal vai ter campeonato de veículos elétricos O automobilismo português prepara-se para escrever mais uma importante página na sua história com a realização, já este ano, de um campeonato nacional 100% elétrico. O Campeonato de Portugal de Novas Energias 2021 segue o que já tinha sido começado em 2019 com a Taça de Portugal de Novas Energias, sendo constituído por quatro etapas a disputar na modalidade de regularidade por veículos totalmente descarbonizados: “Oeiras Eco Rally-Portugal” (nos dias 18 e 20 junho); “Eco Race Proença-a-Nova” (a 24-25 julho); “Rota N2 Electric” (6-7 novembro); e “Circuito UVE” (em data ainda por definir). Aberta a participantes nacionais e estrangeiros, a prova é uma iniciativa da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) e inteiramente dedicada a veículos de estrada normais, sendo admitidos apenas modelos elétricos a bateria (BEV).

Recorrendo a uma década de conhecimento técnico em automóveis elétricos e inovação em modelos “crossover”, a Nissan indica que o novo Ariya deverá tornar-se no “crossover” mais dinâmico da marca desde o estabelecimento do segmento em 2007, apontando a um coeficiente de atrito aerodinâmico (Cx) de 0,297. O que vai ter influência direta, diz a marca japonesa, na autonomia do seu novo modelo elétrico, que deverá chegar ao mercado mais para o final deste ano: de modo a maximizar a autonomia proporcionada pelo grupo motopropulsor totalmente elétrico, as equipas de engenharia e design da Nissan trabalharam na avançada dinâmica do Ariya, desde as linhas da carroçaria perfeitamente moldadas às condutas de ar estrategicamente colocadas, num esforço que irá resultar, depois da homologação oficial, numa melhoria face aos cerca de 500 km anunciados aquando da apresentação do veículo. “Com a crescente mudança para a mobilidade elétrica, o design aerodinâmico está a tornar-se cada vez mais importante: a aerodinâmica dos automóveis elétricos está diretamente ligada ao grau de eficiência com que o automóvel se move; menos atrito e melhor estabilidade permitem ao condutor percorrer distâncias mais longas antes de ter de recarregar”, confirma Sarwar Ahmed, Engenheiro de Aerodinâmica e Aeroacústica no Nissan Technical Centre Europe.

Toyota Yaris eleito “Carro do Ano” na Europa O Toyota Yaris foi eleito Carro Europeu do Ano 2021. O júri composto por 59 jornalistas da especialidade automóvel de toda a Europa elogiou a tecnologia híbrida da quarta geração do Yaris, a sua condução suave, baixas emissões e preço acessível (como ilustra o facto de mais de 80% dos compradores do Yaris escolherem a motorização eletrificada), além de ter destacado o seu design, desempenho dinâmico e segurança. Com 266 pontos atribuídos pelo júri do troféu europeu Carro do Ano 2021, o Toyota Yaris foi o modelo mais votado, à frente do novo Fiat 500 (240 pontos), do Cupra Formentor (239), Volkswagen ID.3 (224), Skoda Octavia (199), Land Rover Defender (164) e Citroën C4 (143).

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novidade MOTORES A COMBUSTÃO VÃO ACABAR

Volvo 100% elétrica a partir de 2030

“A

sustentabilidade é agora tão importante para nós quanto a segurança. Dedicámos o nosso negócio a ajudar a proteger a vida das pessoas, tanto dentro como fora dos nossos carros. Vamos agora demonstrar a mesma dedicação para ajudar a proteger o planeta”. A frase é da autoria de Håkan Samuelsson, Chief Executive da Volvo Cars, e sintetiza uma nova etapa do compromisso rumo à sustentabilidade e à eletrificação já assumido pelo construtor sueco: nesta nova etapa, agora anunciada, a Volvo eleva o seu compromisso ambiental ao mesmo nível do histórico compromisso com a segurança pelo qual a marca é mundialmente conhecida. “Somos parte do problema, logo temos de ser parte da solução”, relembra ainda Håkan Samuelsson, justificando assim a transição global para os automóveis eletrificados como uma necessidade absoluta se o mundo quiser mesmo atingir as zero emissões líquidas até 2050, e assim limitar o impacto das alterações climáticas. Essa transição para a eletrificação já fazia parte dos planos da Volvo Cars, mas a marca vai agora ainda mais longe ao anunciar um conjunto de me-

didas que reafirmam o seu compromisso com a sustentabilidade...

Apenas automóveis 100% elétricos a partir de 2030 A começar, claro, pela eletrificação da gama Volvo. A marca sueca acaba de revelar a ambição de se tornar num fabricante de automóveis elétricos até 2030: cada novo veículo vendido a partir dessa data será exclusivamente elétrico. Até lá, todos os modelos com motor a combustão interna, incluindo os híbridos, serão gradualmente removidos da sua gama. “Não existe futuro a longo prazo para os automóveis com motor a combustão interna. Queremos ser um fabricante de automóveis exclusivamente elétricos em 2030”, confirma outro alto responsável da empresa, o Chief Technology Officer, Henrik Green, que justifica este ambicioso plano de eletrificação não só pela

Rumo à sustentabilidade, do início ao fim do ciclo de vida de cada automóvel Além da eletrificação, a Volvo anunciou também outras medidas que fazem parte do seu ambicioso plano climático. Apostando na redução consistente da pegada de carbono associada ao ciclo de vida de cada automóvel e em conseguir chegar a 2040 como uma empresa com impacto climático neutro de toda a sua atividade, como medida intercalar até 2025 a Volvo pretende reduzir em 40% a pegada de carbono associada a cada modelo, através da redução de 50% ao nível das emissões de escape, de 25% ao nível das matérias-primas e fornecedores, e de 25% no total das operações relacionadas com a logística; também apontada ao ano 2025 é a ambição de impacto climático neutro ao nível das unidades produtivas. A Volvo aposta ainda na economia circular ao avançar como meta a atingir até 2025 o aumento significativo da percentagem de materiais reciclados e sustentáveis nos seus automóveis (como exemplo, o novo C40 Recharge agora apresentado será o primeiro modelo da marca sem qualquer componente em pele de origem animal). Por outro lado, um dos principais desafios de sustentabilidade que a indústria automóvel hoje enfrenta está ligado às matérias-primas utilizadas na produção de baterias de iões de lítio, assumindo-se a Volvo Cars como o primeiro construtor automóvel a implementar o rastreamento global do cobalto usado nas suas baterias através da aplicação de tecnologia “blockchain”, de modo a assegurar aos seus clientes uma transparência total sobre a cadeia de fornecimento.

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necessidade de fazer parte da solução no combate às alterações climáticas, mas também como forma de ir ao encontro das expetativas dos clientes. Até porque, acredita a Volvo, quer a legislação quer a melhoria das infraestruturas de carregamento irão contribuir significativamente para uma aceitação crescente dos clientes em relação aos automóveis 100% elétricos. E o caminho até à eletrificação total vai passar pelo lançamento nos próximos anos de nada menos do que 7 novos modelos 100% elétricos (estando já prevista uma nova vaga de lançamentos para o período compreendido entre 2025 e 2030).

C40 Recharge é novo modelo 100% elétrico O primeiro modelo zero emissões da marca está a chegar (a comercialização em Portugal será iniciada ainda este mês): trata-se da variante BEV do XC40. Cumprindo a promessa de lançar um novo modelo 100% elétrico por ano, a Volvo Cars apresenta agora como novidade o C40 Recharge, baseado na plataforma CMA e primeiro mo-

delo da história da marca desenhado e pensado de raiz para ser 100% elétrico. O segundo automóvel com motorização totalmente elétrica da Volvo mostra-se como um elegante “crossover” compacto, ligeiramente mais baixo que um modelo SUV, cujo design inclui uma frente que antecipa como serão os futuros modelos elétricos e na qual se destacam os faróis com tecnologia pixel de última geração; já para o interior promete um dos melhores sistemas de “infotainment” do mercado e um nível de conectividade que permitirá atualizações de software “over-the-air”. Quanto ao mais importante, a propulsão do C40 Recharge será garantida por dois motores elétricos situados nos eixos dianteiro e traseiro, enquanto os 78 kWh de capacidade das baterias anunciam uma autonomia de 420 km (WLTP) e a possibilidade de carregar até 80% em cerca de 40 minutos. Este novo modelo tem início de produção previsto para o outono e deverá chegar a Portugal no final do ano, estando disponível para encomenda online. n

Um futuro elétrico e também online

“Para sermos bem-sucedidos, precisamos de crescimento lucrativo. Assim, em vez de investir num negócio que está a diminuir, optámos por investir no futuro – e esse futuro é elétrico e é online”: é assim que a Volvo anuncia outra novidade, neste caso a adoção de um novo modelo de negócio assente no online. Com a intenção de chegar à liderança no segmento dos automóveis elétricos “premium”, um setor em crescimento rápido, a marca sueca quer simplificar o processo de aquisição de um veículo, apostando assim num aumento do foco nas vendas online – todos os seus modelos 100% elétricos serão comercializados online –, onde sob a alçada do serviço “Care by Volvo” promete apresentar uma oferta mais completa, atrativa e transparente. Uma estratégia comercial que vai criar, diz a Volvo, uma nova forma de se relacionar com os clientes: ao adquirir online, o cliente comprará não só o automóvel, mas também uma vasta gama de serviços como a manutenção, a garantia, a assistência em viagem, o seguro e as opções de carregamento doméstico.

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atualidade

Ferrari elétrico chega em 2030

Shell: 500 mil postos de recarga para VE até 2025

O rumo da eletrificação tornase cada vez mais inevitável para os construtores automóveis, incluindo para as marcas desportivas. E o último exemplo parece ser dado pela Ferrari, que poderá lançar um primeiro modelo 100% elétrico durante o ano 2030. A novidade, já anteriormente dada como muito provável por meios italianos, terá sido avançada em primeira não pelo próprio Presidente da Ferrari, John Elkann, que numa “conference call” com analistas financeiros sobre os resultados 2020 antecipou que até final desta década a aposta na eletrificação passará apenas por modelos híbridos, e que só em 2030 surgirá o primeiro carro da marca do “cavallino rampante” com motorização exclusivamente elétrica. Outra novidade é que esse primeiro Ferrari elétrico deverá ser um modelo GT e não, como estava anunciado como mais provável, uma variante a bateria do Purosangue, o primeiro Ferrari com carroçaria SUV, esperado para o final deste ano ou início de 2022.

A Shell é uma das grandes empresas petrolíferas mundiais que já alargou as suas áreas de negócio à mobilidade elétrica, nomeadamente através da disponibilização de carregadores para veículos elétricos nas estações de serviço tradicionais. Já hoje, a multinacional de origem anglo-holandesa opera em cerca de 35 países uma vasta rede de carregamento para veículos elétricos, “Shell Recharge”, que conta atualmente com mais de 60.000 pontos de recarga a nível global, disponibilizando na Europa postos de carga rápida (50 kW) e ultrarrápida (150 kW) – alguns desses postos utilizam carregadores com origem portuguesa, tendo sido fornecidos pela Efacec. Uma oferta disponível tanto nas estações de abastecimento de combustível da marca como em locais específicos operados por entidades parceiras, e que será reforçada graças à recentemente concretizada aquisição pela Shell da Ubitricity, “start-up” alemã conhecida por explorar em vários países europeus uma importante e prática rede de recarga para veículos elétricos, caracterizada por adaptar infraestruturas urbanas já existentes, como postes de iluminação e pinos de sinalização, transformando-as em postos de carregamento elétrico. Prova adicional dessa aposta forte nesta nova área de negócio, como forma de – tal como referiu o CEO da Royal Dutch Shell, Ben van Beurden – “disponibilizar aos clientes os produtos e serviços de que precisam”, é agora o anúncio pela Shell do objetivo de até 2025 fazer crescer para próximo do meio milhão de postos de recarga a sua rede destinada a servir veículos elétricos. Esse objetivo foi revelado durante a apresentação da nova estratégia “customer-first” (o cliente em primeiro lugar), com a qual a Shell visa acelerar a transição energética de modo a conseguir ter o menor impacto ambiental possível daqui até 2050, ano em que ambiciona transformar-se numa empresa fornecedora de produtos e serviços com zero emissões líquidas.

Novo Seat Leon a gás natural A SEAT iniciou a produção do novo Leon TGI, que estará disponível tanto na variante de 5 portas como Sportstourer, com caixa manual e DSG. Esta versão a gás natural junta-se à gama de motorizações já existente, alargando assim a escolha disponível, que passa a incluir versões a gasolina (TSI), diesel (TDI), “mild -hybrid” (eTSI), híbrido plug-in (e-HYBRID) e agora também gás natural comprimido (TGI). Em termos ecológicos e de benefícios fiscais, a tecnologia de GNC proporciona uma redução do custo por quilómetro estimada em até 50% dos valores de um modelo a gasolina equivalente e até 30% inferior aos de um diesel. Equipado com o motor de quatro cilindros 1.5 TGI, capaz de desenvolver 130 cv de potência e 200 Nm de binário, o novo Leon TGI é alimentado por três depósitos para gás natural comprimido (GNC) com uma capacidade total líquida de 17.3 kg, correspondendo a um alcance de 440 km sem necessidade de reabas-

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tecimento. E mesmo que os depósitos de GNC se gastem até ao fim, o sistema muda automaticamente para a alimentação a gasolina, assegurando a viagem até ao posto de abastecimento de GNC mais próximo.

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Jaguar Land Rover anuncia futuro elétrico A Jaguar Land Rover lança agora uma nova estratégia global, baseada na sustentabilidade e que aposta em recriar o conceito de luxo moderno associado às duas marcas britânicas, que vão manter as suas personalidades distintas e únicas. E o ponto comum será a eletrificação, a alma da nova estratégia agora revelada, com a Jaguar Land Rover a anunciar que até 2030 toda a sua gama estará eletrificada. Assim, ao longo dos próximos cinco anos a Land Rover vai lançar seis versões integralmente elétricas, apostando ao mesmo tempo em manter a liderança mundial nos SUV de luxo através das suas três famílias Range Rover, Discovery e Defender; e o primeiro modelo integralmente elétrico da marca será lançado em 2024. Por seu lado, em meados desta década, mais propriamente a partir do ano 2025, a Jaguar irá emergir como uma nova marca de luxo puramente elétrica e com um portefólio de grande beleza, com designs emocionais e envolventes, além de tecnologias pioneiras de nova geração. Até 2030, a Jaguar e a Land Rover vão assim disponibilizar uma gama de modelos com energia totalmente elétrica, com o fabricante britânico a antecipar que nessa altura 100% das vendas da marca Jaguar e cerca de 60% dos Land Rover vendidos corresponderão a veículos equipados com motores sem emissões de gases de escape.

o ã ç u l o s r o h l e m “Esta é a o ic t s é m o d o t n e m a g para o carre l a g u t r o P m e l e v í n d ispo

Volkswagen ID.3 em versão cabrio? E se o ID.3 fosse lançado também em versão descapotável?... Será que mobilidade elétrica e modelos cabrio combinam?... As perguntas são feitas pela própria Volkswagen, que acaba de lançar aos seus seguidores o desafio de partilharem com os responsáveis da marca, via redes sociais, a sua opinião sobre o apelo e validade desta proposta, ao mesmo tempo que deixa desde já no ar a possibilidade do conceito tornarse realidade.

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Funciona em todas as tomadas nacionais

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mercado MERCADO AUTOMÓVEL EM PORTUGAL

Híbridos plug-in continuam em alta -59%

. Foi quanto caiu o mercado português de automóveis ligeiros de passageiros em fevereiro 2021, comparativamente ao mês homólogo. Valores que vêm confirmar que o setor automóvel continua a ser um dos mais afetados pela situação que o país está a atravessar, lamenta a Associação Automóvel de Portugal. Analisando as vendas por tipo de motorização, de acordo com as estatísticas comunicadas pela ACAP e referentes ao segundo mês do ano os representantes das marcas matricularam menos 67% de carros a gasolina/diesel do que em fevereiro 2020. Os modelos elétricos a bateria

e os híbridos não recarregáveis também venderam menos no último mês comparando com o mesmo período do ano anterior. Só que enquanto os BEV ainda viram o seu share de mercado aumentar em relação a janeiro, os híbridos baixaram significativamente a sua percentagem face ao total de vendas (de quase 20% em janeiro para apenas 10,3% em fevereiro), o que já era esperado tendo em conta que o resultado conseguido no primeiro mês deste ano tinha sido influenciado por antecipar a entrada em vigor do Orçamento de Estado 2021 (que agrava o preço final dos híbridos com autonomia elétrica inferior a

ELÉTRICOS RECARREGÁVEIS

AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS

VENDAS EM PORTUGAL FEVEREIRO 2021 SHARE POR TIPO DE MOTORIZAÇÃO

DIESEL

27,1%

GASOLINA

43,4%

BEV

5,8% PHEV

OUTRAS

1,5%

11,9% HEV

10,3%

TOTAL UNIDADES VENDIDAS: 8.292 (-59%) Legenda: BEV – Elétrico a bateria PHEV – Híbrido plug-in HEV – Híbrido não recarregável

50 km e emissões CO2 superiores a 50 g/km). Pelo que o segmento mais em destaque foi novamente o dos híbridos plug-in, cujas 990 unidades matriculadas em fevereiro 2021 praticamente igualaram as vendas do mês anterior e, ainda mais importante, representaram um crescimento homólogo de 31,5%; os híbridos recarregáveis foram assim a única motorização cujas vendas de fevereiro aumentaram face ao mesmo mês do ano anterior. No total do ano (janeiro e fevereiro), as vendas combinadas dos modelos elétricos recarregáveis (BEV+PHEV) atingem agora 15,8% de share de mercado. 

AS MARCAS MAIS VENDIDAS EM PORTUGAL - JANEIRO-FEVEREIRO 2021

BEV – 100% ELÉTRICOS 20%

10%

Tesla 17,3%

Peugeot 16% Nissan 7,7%

Volkswagen 7,6%

Renault 6,6%

PHEV – HÍBRIDOS PLUG-IN 30%

Mercedes-Benz 37,5%

10%

BMW 15,0%

Volvo 14,4% Peugeot 6,5%

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Audi 4,9%

Dados: ACAP

20%


mercado REVELA ESTUDO LEASEPLAN

49% dos condutores portugueses diz que o seu próximo carro será um elétrico

S

ão cada vez mais os condutores que revelam uma atitude muito positiva em relação aos veículos elétricos, a ponto de considerarem seriamente a mudança para um automóvel zero emissões. Essa é uma das principais conclusões da edição “VEs & Sustentabilidade” do relatório anual “Mobility Insights Report”, inquérito promovido pela LeasePlan que avalia a opinião dos condutores sobre os temas mais importantes que a indústria enfrenta. Realizado em parceria com a Ipsos, uma das principais empresas internacionais de pesquisa, este estudo contou com a participação de mais de 5000 condutores de 22 países, incluindo Portugal. E se no universo abrangido pelo estudo a opinião sobre a condução elétrica melhorou favoravelmente nos últimos três anos para quase metade (44%) de todos os inquiridos, é mesmo no nosso país que essa conclusão tem a maior expressão, já que 87% dos condutores portugueses refere ter uma atitude muito positiva sobre os VE (enquanto 9% têm uma atitude neutra e apenas 4% têm uma atitude muito negativa) e 77% dos inquiridos acredita mesmo que em 2030 a maioria dos novos veículos serão elétricos (ou outro tipo de automóvel com zero emissões). Ainda mais significativo, e confirmando o interesse dos portugueses pelos VE, 49% responderam que provavelmente/quase de certeza o seu próximo carro será um elétrico; 31% talvez mudem para um elétrico; e 20% referiram que provavelmente/quase de certeza não mudariam. “Perceber que os portugueses estão cada vez mais empenhados na mudança para a mobilidade elétrica deixa-nos muito satisfeitos e confirma que temos feito a aposta certa ao facilitarmos aos nossos clientes o acesso a veículos elétricos”, refere Ricardo Silva, Diretor Comercial da LeasePlan, ao comentar estes resultados, acrescentando que “A LeasePlan está em perfeita sintonia com aquela que é a opinião do portugueses e continuará no seu papel pedagógico e facilitador rumo à transição do motor de combustão interna para propulsões alternativas, visando as zero emissões até 2030”. Recorde-se que a LeasePlan, empresa líder no mercado do “Car-as-a-Service” e soluções de mobilidade que tem como missão disponibilizar soluções de renting inovadoras e sustentáveis, assumiu o compromisso de liderar a transição para a mobilidade elétrica e tem como objetivo a atingir até ao ano 2030 as zero emissões líquidas da sua frota. Em termos globais, o relatório conclui que os utilizadores estão cada vez mais conscientes de que uma condução ecológica não tem de custar mais do que conduzir um veículo a gasóleo ou a gasolina, com uma grande percentagem dos inquiridos a afirmar que os veículos elétricos não só contribuem para combater as alterações climáticas através da redução das emissões de CO2,

como também concordam que têm um custo de funcionamento global mais baixo. Os condutores portugueses que participaram nesta edição “VEs & Sustentabilidade” do “Anual Mobility Insights” indicam como razões preferidas para comprar ou fazer um renting de um veículo elétrico:  redução nas emissões de CO2 (59%)  custos de manutenção mais baixos (57%)  subsídios governamentais/benefícios fiscais (41%) Apesar deste estudo demonstrar um apoio recorde à mobilidade elétrica, com um número crescente de inquiridos a considerar fazer a mudança para veículos elétricos, limitações importantes como a falta de postos de carregamento não deixam de ser referidas como nota menos positiva por muitos daqueles que planeiam comprar um carro nos próximos 5 anos. No caso dos condutores portugueses, estes 3 fatores são indicados como os maiores impedimentos à compra de um carro elétrico:  preço de aquisição (64%)  autonomia limitada (55%)  insuficiente estrutura de carregamento (38%) O relatório Mobility Insights Report | Edição Veículos Elétricos pode ser consultado na íntegra no site LeasePlan, em: https://www.leaseplan.com/pt-pt/noticias/mobility-insights -report-ve/ 

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atualidade Ford 100% elétrica em 2030 A Ford dá mais um passo significativo na transformação já em curso na sua gama europeia, ao assumir o compromisso de apostar tudo nos veículos elétricos de passageiros e no crescimento substancial da eletrificação do seu negócio de veículos comerciais: em meados de 2026, a totalidade dos modelos de passageiros Ford na Europa terá capacidade de emissões zero, em configuração totalmente elétrica ou híbrida plug-in, e em 2030 irá tornar-se numa gama exclusivamente elétrica; de uma forma similar, já em 2024 toda a gama de veículos comerciais terá capacidade de emissões zero e em 2030 dois terços das vendas deverão ser comerciais 100% elétricos ou híbridos plug-in. O anúncio destas metas surge no seguimento da notícia do regresso da Ford à rentabilidade na Europa (alcançada no quarto trimestre 2020) e de um grande investimento no domínio da eletrificação: até 2025, a marca investirá a nível global pelo menos 22 mil milhões de dólares em eletrificação, quase o dobro do valor previamente alocado aos veículos elétricos. A liderar o avanço da Ford em direção a um futuro totalmente elétrico está o novo investimento de mil milhões de dólares para a modernização da fábrica de Colónia (Alemanha), um dos maiores centros de produção na Europa, de onde sairá a partir de 2023 o primeiro veículo elétrico Ford de produção em massa e destinado aos clientes europeus, estando em aberto a possibilidade de também vir a ser aí produzido um segundo modelo totalmente elétrico.

Skoda ENYAQ iV: elétrico e sustentável O primeiro modelo de produção Skoda baseado na plataforma modular para veículos elétricos (MEB) do Grupo Volkswagen está prestes a chegar ao mercado, sendo já conhecido que o novo ENYAQ iV estará disponível com motorização elétrica de diferentes níveis de potência e de capacidade de bateria (logo de autonomia). Mas além das motorizações sem emissões, o construtor checo está também empenhado na sustentabilidade, como demonstram as seleções de interiores personalizáveis (Design Selections) disponíveis como opcionais para este novo modelo, que expandem as linhas de equipamento existentes e cuja escolha de materiais revela especial enfâse na sustentabilidade: no interior do Skoda ENYAQ iV essa preocupação é sublinhada pelo uso de couro em cor bronze sem produtos químicos com um extrato de folhas de oliveira, bem como pelos estofos feitos com base numa mistura de lã virgem e poliéster a partir de garrafas recicladas PET, exemplos práticos dos muitos materiais naturais, processados ou reciclados de forma sustentável que são utilizados pela Skoda no seu SUV 100% elétrico.

508 Peugeot Sport Engineered: abertura das encomendas A Peugeot Portugal deu já início à receção de encomendas para o novo 508 Peugeot Sport Engineered, o primeiro produto da nova divisão de elevada performance da marca francesa, criada para estabelecer um novo tipo de desempenho através de modelos cuja potência elétrica permite novas sensações e experiências de condução. Apresentando um grupo motopropulsor que combina as energias térmica e elétrica – motor a gasolina PureTech de 200 cv, motor elétrico dianteiro com 81 kW acoplado a uma caixa de 8 velocidades automática eletrificada (EAT8) e motor elétrico traseiro com 83 kW –, este modelo híbrido plug-in passa a ser o automóvel de série mais potente de sempre da Peugeot, sendo capaz de produzir 360 cv e 520 Nm de binário. O 508 Peugeot Sport Engineered é proposto no mercado nacional por um PVP de 68.855€ na versão berlina e de 70.355€ na carrinha, estando a chegada das primeiras unidades anunciada para o próximo mês de maio.

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atualidade

Breves n A Audi acaba de atualizar os modelos híbridos plug-in A6 e A7 Sportback, que passam a estar equipados com bateria de 17,9 kWh, permitindo uma autonomia elétrica até 73 km. n De modo a ajudar os consumidores a identificar facilmente a opção correta para recarregar um veículo elétrico ou híbrido plug-in, a partir de 20 de março um conjunto de etiquetas harmonizadas passará a ser obrigatório nos veículos novos e postos de carregamento de toda a Europa. n A Bentley Motors vai levar a cabo nos próximos três anos um estudo destinado a tornar os motores elétricos mais sustentáveis e recicláveis.

Cupra inicia produção do Formentor e-HYBRID A CUPRA deu já início à produção do novo Formentor e-HYBRID, variante de motorização híbrida recarregável do primeiro modelo desenhado e desenvolvido exclusivamente para a marca desportiva da SEAT. Produzido a um ritmo que nas primeiras semanas alcançará as 100 unidades por dia, o Formentor e-HYBRID vai estar disponível em duas versões híbridas plug-in: uma de 245 cv e outra de 204 cv. Com estas duas novidades, que se juntam ao Leon e-HYBRID e ao Leon e-HYBRID Sportstourer, a marca CUPRA passa a contar com um total de seis versões PHEV no mercado. A esta gama juntar-se-á também, mais para o final do ano, o el-Born, primeiro modelo 100% elétrico da CUPRA. A marca já aceita pedidos para as duas versões híbridas plug-in do Formentor, que chegarão ao mercado neste mês de março.

EDP e Câmara da Maia criam “hub” de carregamento para veículos elétricos A EDP Comercial e a Câmara da Maia acabam de criar o maior “hub” de carregamento público num município ligado à rede MOBI.E: instalado junto ao Fórum da Maia, numa zona central da cidade, os utilizadores de veículos elétricos têm disponíveis 9 pontos de carregamento, sendo um deles rápido (permite carregar o equivalente a 100 km de autonomia em apenas meia hora). Este hub de carregamento está incluído na estratégia de transição energética da autarquia, ancorada no projeto “BaZe | Maia Living Lab – Net Zero Carbon City”.

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n O fabricante português Efacec apresentou ao mercado nacional e internacional novas soluções de mobilidade elétrica, incluindo uma nova geração de carregadores rápidos e ultrarrápidos. n A Hyundai quer lançar mais de 12 modelos elétricos a bateria nos próximos quatro anos, prevendo atingir em 2025 vendas anuais de 560.000 BEV’s. n Até agosto do ano passado, 27% das empresas portuguesas já dispunham de pelo menos uma viatura elétrica, híbrida ou híbrida plug-in na sua frota automóvel. n A Mazda tornou-se no primeiro construtor automóvel a integrar a eFuel Alliance, aliança que promove os combustíveis ecológicos ou e-fuels e o hidrogénio como soluções para a redução de emissões no setor dos transportes. n A gama ES da Lexus foi ampliada com uma edição especial do 300h, que vem reforçar a competitividade deste modelo dotado de motorização híbrida.

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novos modelos

HYUNDAI IONIQ 5 Reinventar a imagem

Depois do sucesso do seu primeiro carro 100% elétrico, a Hyundai resolveu usar a identidade Ioniq para todos os seus veículos do género. O primeiro é o Ioniq 5, que combinando caráter desportivo com transporte urbano rompe com todos os cânones estéticos do que é suposto ser um automóvel elétrico.

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Ioniq foi um dos automóveis que ajudou a estabelecer a nova identidade da Hyundai na vanguarda da eletrificação. O carro coreano foi o primeiro da marca a existir apenas em variantes eletrificadas, começando pelo híbrido, evoluindo para o plug-in e finalmente para o totalmente elétrico. Revolucionário o suficiente para dar o nome à nova marca da Hyundai, a Ioniq, que vai agrupar apenas carros elétricos, começando pelo Ioniq 5, derivado do protótipo Hyundai 45. O Ioniq 5 tem a aparência de um modelo desportivo, mas com dimensões semelhantes às de um SUV compacto, com 4,3 metros de comprimento e 1,6 metros de altura. A grande vantagem é que tem uma distância entre eixos de três metros, maior até que a do Santa Fé, oferecendo um inovador habitáculo com todos os comandos do condutor concentrados junto ao volante e a consola central entre os bancos a mover-se para permitir acesso de qualquer lado do carro. Os lugares traseiros, que se podem mover para trás e para diante até 135 mm, beneficiam da mesma quantidade de espaço para arrumação normalmente reservado para a dianteira, e a bagageira tem uma capacidade de 531 litros. Vários elementos no revestimento do habitáculo são feitos de materiais sustentáveis, incluindo garrafas de plástico reciclado e lã e tinta de origem vegetal. Passando para a conectividade, o sistema de infoentretenimento Bluelink com navegação adapta-se às necessidades de recarregamento durante uma viagem, podendo navegar até postos públicos de carregamento, não só de corrente alterna mas também contínua ou da rede Ionity, onde se pode recarregar a bateria em apenas 18 minutos, até 80 por cento. Embora já tenha dois ecrãs de informação com 12 polegadas (no painel

de instrumentos e na consola central), também está disponível um sistema de realidade aumentada (“head up display”) que projeta várias informações relativas à viagem no vidro à frente do condutor. A Hyundai vai disponibilizar o Ioniq 5 com duas variantes de bateria, com 58 ou 72,6 kWh de capacidade. Ambas podem ser combinadas com configurações de motor único ou duplo, neste caso oferecendo também tração às quatro rodas. Com a bateria mais pequena, o motor traseiro oferece 125 kW (equivalente a 170 cv) de potência, que sobe para os 173 kW (235 cv) com os dois motores. A bateria de maiores dimensões oferece-lhe potências de 160 ou 225 kW (218 ou 306 cv), com uma autonomia prevista de 480 quilómetros, sendo que a versão mais potente tem um “apetite” realmente desportivo, pois é capaz de atingir os 100 km/h em pouco mais de cinco segundos. O Ioniq 5 apresenta uma longa lista de sistemas de assistência à condução, incluindo travagem anti-colisão, radar de ângulo morto, “cruise control” adaptativo com reconhecimento de limites de velocidade, detetor de fadiga ao volante, faróis máximos automáticos e assistência de estacionamento. Vários dos sistemas trabalham em conjunto na autoestrada, usando as câmaras e os sensores para manterem uma visão de 360 graus sobre a estrada, mantendo o carro centrado na faixa e adaptando a velocidade antecipando faixas de saída ou a presença de outros veículos. A Hyundai deverá lançar o Ioniq 5 na maior parte dos países europeus ainda antes do final do primeiro semestre. Em 2022 vai ter a companhia do Ioniq 6, uma berlina desportiva de alta gama, seguindo-se em 2023 o Ioniq 7, um SUV de grandes dimensões. n

A Hyundai vai disponibilizar o Ioniq 5 com duas variantes de bateria, 58 ou 72,6 kWh, para autonomia prevista até 480 km. blueauto

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em números... 100 km

-90%

A Suzuki Motor Corporation lançou um ambicioso novo plano ambiental – “Suzuki Environmental Vision 2050” –, que prevê para o ano 2050 reduzir em 90% as emissões totais de CO2 dos seus automóveis novos (desde o fabrico à reciclagem final); a médio prazo, em 2030, essa redução será de 40% (em relação aos dados de 2010).

2025

As versões híbridas plug-in da nova geração Mercedes-Benz Classe C anunciam uma autonomia em modo elétrico próxima dos 100 km.

10.º

A BMW assinala agora o 10.º aniversário da gama de automóveis BMW i, submarca nascida em 2011 e dedicada à mobilidade elétrica.

Numa abordagem total à mobilidade elétrica, não se limitando às “emissões zero” dos automóveis, o Grupo Volkswagen prevê lançar mais de 50 modelos totalmente elétricos até 2025, no quadro de um investimento em descarbonização que totaliza 33 mil milhões de euros: um montante, destaca o grupo automóvel alemão, que se compara ao PIB de um pequeno país.

>100.000

A Nissan anunciou ter já registado mais de 100.000 interessados no seu novo modelo 100% elétrico, Ariya. As pré-reservas para o mercado nacional estão previstas a partir do verão 2021 e as primeiras entregas para o final do ano.

iV 80x 47.950€

A gama ENYAQ, modelo SUV 100% elétrico da Skoda que está prestes a chegar ao mercado, irá incluir mais para o final deste ano também uma variante Sportline iV 80x, equipada com dois motores elétricos, tração integral, potência combinada de 195 kW, binário máximo de 425 Nm e autonomia WLTP acima dos 500 km.

Já na segunda quinzena deste mês de março vai chegar aos concessionários Kia o novo Sorento HEV, SUV topo de gama de 7 lugares equipado com uma eficiente tecnologia híbrida de motor a gasolina 1.6 T-GDi + motor elétrico de 44,2 kW. Está disponível para pré-encomenda e com preços a partir de 47.950€.

2Q2021 Já é oficial: a Citroën confirmou que o lançamento em Portugal do AMI - 100% ëlectric está previsto para o segundo trimestre de 2021.

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atualidade

Hyundai i30 estreia eletrificação A Hyundai Portugal apresentou no último mês o novo Hyundai i30, já disponível no mercado nacional. O mais recente modelo da marca sul-coreana (o quarto de um total de 14 lançamentos previstos até ao terceiro trimestre 2021!) chega com preços muito competitivos, um novo design, novos sistemas de segurança e funcionalidades avançadas de conectividade, além de passar a estar disponível com eletrificação do tipo semi-híbrida. A gama de motorizações é bastante ampla, com o intuito de oferecer aos clientes uma maior liberdade de escolha, com destaque para o novo motor a diesel 1.6 CRDi de 136 cv que vem equipado com a tecnologia “mild hybrid” 48 V, que permite reduzir consumos e emissões. Destaque também para a estreia de uma caixa inteligente iMT, que desacopla o motor de combustão quando o condutor deixa de carregar no pedal do acelerador, oferecendo assim uma ainda maior economia de combustível.

Peugeot: sucesso dos modelos eletrificados Em fevereiro a Peugeot registou o seu melhor resultado de sempre no mercado automóvel nacional, ao assegurar a liderança nas matrículas de veículos ligeiros com uma quota de 19%. Já em janeiro a marca francesa tinha sido líder absoluta de vendas no mercado português. Uma liderança que no segundo mês do ano em curso voltou a estender-se também ao segmento dos veículos eletrificados (100% elétricos e híbridos plug-in), no qual graças ao sucesso dos e-208 e e-2008 a Peugeot contabilizou 12,5% do mercado 100% elétrico, enquanto as variantes PHEV do novo 3008 e da gama 508/508 SW representaram 51% das vendas destes dois modelos.

Kia: 11 novos modelos elétricos até 2026 A Kia quer tornar os veículos elétricos mais rentáveis, esperando alcançar em 2025 um nível de rentabilidade semelhante ao que é proporcionado atualmente pelos veículos com motor de combustão interna. Para atingir esse objetivo, a marca sul-coreana aposta no reforço contínuo da melhoria dos custos com os veículos elétricos, através de economias de escala, da expansão do volume de VE e da diminuição dos custos com materiais, fruto do investimento em investigação e desenvolvimento. Este é um dos objetivos da nova estratégia Kia para o futuro, a que a marca chama “Plano S” e que foi agora renovada, passando a estar assente em três pilares principais: acelerar a transição para os veículos elétricos; reforçar o negócio de veículos para fins específicos; e expandir os serviços de mobili-

dade do futuro. No capítulo dos veículos elétricos, a Kia atualizou para 11 o número de novos modelos destinados a reforçar a sua gama de VE até 2026 e para 40% o share de automóveis amigos do ambiente (entre modelos BEV, HEV e PHEV) nas suas vendas totais em 2030, aumentando até esse ano as vendas de VE para as 880.000 unidades e tornando-se assim uma marca líder mundial. A Kia promete para muito breve a apresentação do primeiro dos seus novos modelos elétricos construído a partir de uma plataforma (E-GMP) especificamente concebida para este tipo de veículos, que pretende estabelecer novos padrões de referência em termos de autonomia em modo 100% elétrico, desempenho de condução, espaço interior e aplicação de tecnologia.

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novos modelos

AUDI E-TRON GT Força nas Quattro rodas Lembra-se do Audi Quattro, que a marca construiu para dominar o Mundial de Ralis?... Pois a Audi agora mostra algo parecido: o e-tron GT, um desportivo de luxo tão inovador como o seu antepassado, e que promete oferecer uma dose ainda maior de sensações ao volante.

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omeça a desenhar-se o formato do que vão ser os desportivos de grande turismo do futuro: vão ter carroçaria coupé, uma traseira comprida, quatro portas e muita, mas mesmo muita potência, retirada dos seus motores elétricos. É esse o formato escolhido pela Audi para a sua nova proposta, o e-tron GT, um carro que amplia a sua família de carros 100% elétricos, juntando-se aos dois modelos já existentes (e-tron e e-tron Sportback), e que partilha muita da sua tecnologia e função com o Porsche Taycan. Mas o e-tron GT não é apenas o Taycan com novas roupagens, tem um estilo muito próprio, usando o seu design, espírito desportivo e tradicional tração às quatro rodas para fazer a ligação com um ícone do seu passado, o Audi Quattro. A Audi espera superiorizar-se aos seus concorrentes com o e-tron GT

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com a mesma eficiência com que o Quattro “devastou” os seus adversários quando se estreou no Mundial de Ralis. O e-tron GT está prestes a chegar ao mercado europeu em duas variantes. A e-tron GT quattro, a menos rápida, está equipada com dois motores elétricos, um para cada eixo, com uma potência total combinada de 350 kW, equivalente a 476 cv, que sobe para os 530 cv com um “boost” de 2,5 segundos. No topo está a variante RS e-tron GT, que vê a potência máxima saltar para os 440 kW, equivalente a 598 cv, e temporariamente para os 646 cv com o “boost” adicional. Ambos têm tração às quatro rodas, como é típico dos modelos mais potentes da marca. Nestas condições, o e-tron GT mais potente é capaz de atingir os 100 km/h em 3,3 segundos. Tal com o “irmão” Porsche Taycan, recorre a uma bateria de 93 kWh de capacidade para ambas as versões, com uma capacidade utilizável de 84-85 kWh, o que lhe deverá garantir uma autonomia de 488 quilómetros, mais que aceitável para um veículo elétrico desportivo. Esta bateria promete ser bem eficaz, pois é compatível com postos de recarregamento de elevada capacidade, podendo recarregar a bateria até 270 kW, o que significa que só precisa de cinco minutos para obter 100 quilómetros de carga. Outro ponto que deverá garantir um uso eficaz da energia acumulada é a capacidade de travagem, ligada ao acu-

mulador, que deverá ser capaz de recuperar 265 kW de energia graças ao poder dos travões hidráulicos. Estes trabalham em conjunto com a suspensão (pneumática no RS) e a eletrónica para assegurar a distribuição ideal de potência entre as rodas e o nível de estabilidade que se espera de um desportivo deste género. Vários elementos da carroçaria, incluindo o “aileron” traseiro, são móveis, para reduzir o arrasto do ar em reta e oferecer melhor apoio em curva. A lista de tecnologias oferecidas no Audi e-tron GT inclui faróis com um conjunto de luzes LED e laser, que duplicam a distância de iluminação, “cruise control” adaptativo com gestão automática de velocidade em trânsito, estacionamento automático remoto (não é preciso o condutor estar sequer sentado no carro) e simulação de som do motor. No habitáculo, o condutor pode contar com um sistema de infoentretenimento com comandos vocais, “head up display” (opcional) e revestimentos feitos com materiais reciclados, mas que simulam o toque e conforto do couro. A posição da bateria, debaixo da bagageira, deixa muito espaço livre para os ocupantes dos bancos traseiros viajarem confortavelmente e para uma bagageira com mais de 400 litros de capacidade. Embora ainda não tenha preços finais definidos, o Audi e-tron GT já está disponível para encomenda. 

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mobilidade elétrica

Hidrogénio? Não, obrigado! Henrique Sánchez Presidente da UVE – Associação Utilizadores Veículos Elétricos

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hidrogénio está na “moda”. Fala-se que será o grande investimento no processo de descarbonização em curso – a transição energética. Mas qual a sua efetiva e eficiente aplicação na eletrificação na mobilidade ligeira dos humanos? Não faz qualquer sentido complicar o que é simples! No que diz respeito à mobilidade ligeira, de automóveis ligeiros de passageiros e ligeiros de mercadorias, bem como para algum transporte pesado de passageiros e de mercadorias que não envolvam grandes viagens, a solução é claramente os veículos a bateria (100% elétricos). Em 2006 tive a oportunidade de me deslocar a Long Beach, na Califórnia, para assistir à Conferência Anual do Hidrogénio nos Estados Unidos da América (NHA – Annual Hydrogen Conference 2006). Esta Conferência tinha como grande objetivo o lançamento do veículo elétrico a pilha de combustível, na altura denominado FCHV (Fuel Cell Hybrid Vehicle - Veículo Híbrido a Pilha de Combustível), sendo que hoje a sua denominação é FCEV (Fuel Cell Electric Vehicle – Veículo Elétrico a Pilha de Combustível). A Honda era a grande dinamizadora deste tipo de veículos a hidrogénio e tinha distribuído cerca de 600 viaturas a famílias californianas para monitorização de consumos, trajetos, autonomias, poupanças, recarregamentos de hidrogénio, etc. Estavam em exposição e disponíveis para testdrive várias marcas e modelos de automóveis movidos a hidrogénio, que tive a oportunidade de experimentar pelas ruas de Long Beach, desde a Honda, a Nissan, a Mercedes-Benz, a Audi, a Toyota, a General Motors, etc. Eram veículos elétricos com todas as vantagens que lhes conhecemos: silêncio, suavidade, ausência de emissões de CO2 ou de quaisquer gases nocivos para a saúde pública, eficientes e económicos, mas, no entanto, com inúmeros problemas quando analisamos a produção, o transporte e o armazenamento do hidrogénio, como descreverei mais adiante.

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Também estava presente uma empresa inglesa, a Intelligent Energy, com uma proposta de moto a hidrogénio, uma aposta absolutamente revolucionária na altura, que acabou por nem sequer nascer para a produção em série, pelas mesmas razões que referi anteriormente. As conclusões finais da Conferência foram, no essencial, que os custos de produção, distribuição e armazenamento do hidrogénio eram incomportáveis para a economia norte-americana. Só o custo de infraestruturar todo o território dos Estados Unidos da América com um sistema de distribuição de

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hidrogénio, só por si, inviabilizava esta opção. O que era para ter sido o lançamento em força da opção hidrogénio para os veículos elétricos ligeiros acabou por ser o seu fim. Nascia, de seguida, a opção do veículo elétrico a bateria, após várias tentativas durante todo o século XX, que não singraram pelo estado de desenvolvimento tecnológico das próprias baterias, pela oposição e combate por parte das grandes empresas ligadas aos combustíveis fósseis e pela resistência ativa da indústria automóvel à época. Enterrado o automóvel a hidrogénio, surgiram os primeiros passos da eletrificação dos automóveis ligeiros de passageiros, com o nascimento da Tesla e o lançamento dos primeiros modelos de produção em série para venda ao comum dos cidadãos: o Nissan Leaf, o Mitsubishi i-MIEV e o Renault Fluence, todos veículos 100% elétricos a bateria. Então, porque é que o hidrogénio é um contra senso que se quer recuperar agora para a mobilidade ligeira e alguma mobilidade pesada para atividades urbanas e metropolitanas? Este é, em resumo, o trajeto do hidrogénio desde a sua produção até à sua utilização como energia propulsora no veículo elétrico:

Sempre privilegiando a produção de eletricidade através das energias renováveis, seja a solar fotovoltaica, a eólica, a hídrica ou até a geotérmica (por exemplo, no caso dos Açores), o processo é complexo e dispendioso, obrigando à criação de redes de distribuição, transporte e armazenamento que necessitam de grandes investimentos e, muito provavelmente, de transporte rodoviário utilizando combustíveis fósseis. Por comparação, esta é a solução do veículo elétrico a bateria, que é a opção mais eficiente, sustentável, segura e economicamente mais sensata, e de fácil realização prática pois já existe uma rede generalizada de distribuição de energia elétrica:

Privilegiando a eletricidade produzida por energias renováveis, todo o processo é muito mais simples e com a enorme vantagem de que toda a infraestrutura de distribuição de eletricidade já existe. Uma imagem das duas opções para melhor se identificar as vantagens do automóvel elétrico a bateria em relação ao automóvel elétrico a pilha de combustível (hidrogénio):

Não compliquemos o que já existe e é simples, fácil e económico para o utilizador final de um veículo elétrico, podendo e devendo ainda ser mais útil e acelerador da eletrificação da mobilidade dos humanos e da transição energética, produzindo cada vez mais eletricidade a partir de fontes renováveis. Acresce que num automóvel 100% elétrico com baterias é possível carregá-lo nas nossas casas, sempre que tal seja possível: numa moradia, num condomínio com garagem ou mesmo no local de trabalho com parqueamento. O automóvel a pilha de combustível (hidrogénio) só será possível recarregá-lo numa estação apropriada para o efeito. Será então de equacionar para os automóveis ligeiros de passageiros ou de mercadorias, ou mesmo para os pesados de passageiros e de mercadorias em ambiente urbano e mesmo metropolitano, o uso do hidrogénio? Não, obrigado!

Lisboa, 1 de março de 2021. n

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ao volante

SUZUKI

SWIFT

SPORT 1.4T HYBRID 48V Brinquedo para todos É possível criar um automóvel moderno para um condutor jovem se divertir ao volante, sem pagar muito e sem contribuir para a poluição do meio-ambiente? A Suzuki acredita que sim, criando com o Swift Sport um modelo que combina duas personalidades num único pacote, sem grandes sacrifícios.

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s carros pequenos de cariz desportivo e baixo preço têm vindo a desaparecer. Se no passado eram a forma dos automobilistas mais jovens desafiarem a estrada, nos últimos anos as suas marcas têm sofrido pressão para os eliminar, de modo a cumprirem leis cada vez mais restritivas sobre emissões de dióxido de carbono. E como os carros elétricos ou eletrificados mais potentes se encontram em faixas de preço fora do alcance do automobilista comum, parece já não haver hipótese de escolha para quem precisa de um carro acessível e capaz de proporcionar emoções fortes. Ou será que ele afinal existe?... A Suzuki parece achar que sim, pois continuar a oferecer o Suzuki Swift Sport, alvo de uma recente renovação, e mantendo um preço abaixo dos 25 mil euros para um carro equipado com um motor 1.4 turbo. E até responde aos desejos de quem quer divertir-se ao volante mas exige uma consciência ecológica. É que as alterações feitas ao pequeno bólide japonês incluem um certo nível de eletrificação, com a adoção de

uma bateria de 48 volts, que lhe permite recuperar energia de travagem e baixar os consumos e as emissões em andamento normal. Este motor, que é adotado pela primeira vez num citadino desportivo, já é conhecido do Vitara e do S-Cross, mas tem potencial para um comportamento mais agressivo no Swift Sport. As alterações feitas para o tornarem um semi-híbrido incluem a adoção da bateria de 48 volts, que acumula energia de travagem para fornecer a energia a um motor de 10 kW, bem como modificações ao sistema de admissão e recirculação de gases para o turbo, a taxa de compressão mais elevada. O resultado final reduz a potência máxima dos 140 cv anteriores para os 129 cv, mas também elimina alguma da tendência natural dos turbos para só entrarem em ação em regime elevado, e agora oferece uma aceleração muito mais progressiva, com uma resposta mais agradável a regimes médios, entre as 2000 e 3000 rotações por minuto. No Swift, o 1.4 turbo da Suzuki vai ser sempre rápido quando solicitado pelo condutor para adotar um ritmo mais agressivo, mas também mais civilizado do que anteriormente. Como é que um desportivo é mais ecológico? Se é verdade que

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ao volante passar o tempo a “brincar” ao volante do Swift Sport vai fazer os consumos saltar para os 6,6 a 6,8 litros aos 100 quilómetros, a assistência do motor elétrico garante que, numa utilização mais racional, é mais fácil controlar os consumos, usar a desaceleração regularmente para recarregar constantemente a bateria e usar essa energia em situações como ultrapassagens ou terrenos inclinados. Deixando a diversão apenas para momentos especiais, o consumo médio poderá baixar para os 6,0 a 6,2 litros aos 100 quilómetros sem grandes dificuldades. Combinando um comportamento desportivo quando tem oportunidade com um andamento mais reduzido no dia-a-dia, os consumos médios ficarão sempre abaixo dos 6,5 litros.

E tem potencial para mais! Se a renovação do motor do Swift Sport o deixa mais agradável em todas as situações de condução, o mesmo não se pode dizer do chassis, que se não é um ponto fraco também não é um ponto forte em todas as situações. Mesmo para uma versão desportiva, o carro é bastante confortável quan-

do está a ser utilizado no dia-a-dia, mais do que é habitual para uma viatura do género, com um comportamento suave dos amortecedores. Também o manuseamento da caixa de velocidades é fluido, quando outros carros da concorrência privilegiam um uso mais agressivo da alavanca. Por isso, quando o condutor opta por uma toada mais desportiva no Swift Sport, sente logo falta de uma reação mais “picante”. O carro é rápido a entrar e sair das curvas, mas nota-se alguma tendência para subvirar, não o suficiente para colocar o condutor em dificuldades, mas não nos deixa “atirá-lo” para dentro da curva. O condutor vai sentir-se sempre demasiado à vontade com a direção assistida, faltando algum feedback mais realista quando usado nos limites, enquanto a afinação da suspensão, que conta com elementos específicos no eixo traseiro em comparação com o Swift de base, não é dura o suficiente para assegurar maior comunicação entre o condutor e a estrada. Entendemos a necessidade de garantir uma redução das emissões de CO2 ao tornar o Swift Sport mais civilizado, mas há aqui espaço de manobra por parte da Suzuki

Já conhecido do Vitara e do S-Cross, este motor tem potencial para um comportamento mais agressivo no Swift Sport. 28

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para regressar a um comportamento um pouco mais “selvagem”, se tivesse a opção de instalar amortecedores mais duros. Não que o Swift Sport tenha sido concebido para se gastar muito dinheiro com ele. O conforto vai além do comportamento do carro, com a Suzuki a conseguir oferecer uma lista de equipamento muito interessante por um preço de campanha de apenas 24.196 euros. O destaque vai para o reforço do equipamento de segurança, que inclui elementos como alerta de fadiga, alerta de mudança de faixa e novas câmaras e sensores que garantem a incorporação de um detetor de ângulo morto e sensor de tráfego cruzado na traseira. O sistema de informação foi reforçado com um novo ecrã no painel de instrumentos digital, que permite monitorizar a carga e o comportamento da bateria de 48 volts. No interior, o condutor vai ser sempre lembrado que está ao volante do Swift Sport, com uma série de acabamentos exclusivos, incluindo bancos desportivos que asseguram um nível apropriado de apoio lombar. O volante multifunções, ar condicionado e portas USB para ligação de smartphone (em adição à ligação Bluetooth) também facilitam a sua utilização diária.  Paulo Manuel Costa (texto)

FICHA TÉCNICA Motor

4 cilindros, 1373 cc, 16 v., inj. direta e turbo Bateria 48 V, motor síncrono de 10 kW Potência 129 cv/5500 rpm Binário 235 Nm/2000-3000 rpm Tração dianteira, caixa manual de 6 vel. Suspensão McPherson à frente, barra de torção atrás Comprimento 3890 mm Largura 1735 mm Altura 1495 mm Bagageira 265 litros Peso 1020 kg Consumo 5,6 l/100 km (anunciado) Acel. 0-100 km/h 9,1 segundos Emissões CO2 127 g/km PREÇO 24.196€

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dossier VEÍCULOS ELÉTRICOS

BATERIAS Revolução anunciada! Como comprova qualquer estudo de mercado, a par do preço dos carros e da escassez da rede de carregamento a autonomia permitida pela capacidade das baterias atuais é, sem dúvida, um dos grandes obstáculos a uma adoção ainda mais acelerada dos veículos elétricos por parte dos consumidores. Isso apesar dos avanços já conseguidos nos últimos tempos, sendo agora vários os fabricantes que anunciam novos modelos de automóveis elétricos cujo alcance máximo com uma única carga de bateria ultrapassa os 500 km. A “corrida” aos 1000 km de autonomia até pode ser interessante para quem utiliza ou considera a utilização de um veículo elétrico, mas a solução final daquilo que para muitos é ainda um problema poderá não passar exatamente por aí, antes sim por assegurar à mobilidade elétrica aquilo que qualquer utilizador de um carro com motor de combustão tão bem conhece: a possibilidade de abastecer facilmente e depressa.

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facilidade será garantida pelo crescimento da rede de carregamento elétrico, ainda deficiente é certo mas de qualquer forma já bem mais importante do que era, por exemplo, há um ano. Um crescimento que vai continuar, com a expansão dos pontos de carga, tanto públicos como privados, a caminhar no sentido de vulgarizar cada vez mais a oferta. E tanto em quantidade (número de postos) como em qualidade (ou seja, velocidade), com a instalação de um número também ele crescente de carregadores rápidos e até ultrarrápidos, que já permitem “reabastecer” de eletricidade em questão de algumas dezenas de minutos e não mais de várias horas. Ainda assim, mesmo considerando que o desenvolvimento quantitativo e qualitativo da infraestrutura de carregamento elétrico promete tornar cada vez mais fácil e rápida a operação de recarregar a bateria, esta continua a ser um elemento decisivo no processo de evolução que vai fazer do veículo elétrico a regra e não a exceção. Componente chave num automóvel elétrico, a bateria que armazena a energia necessária à sua propulsão é agora, mais que nunca, alvo de pesquisas e estudos, que visam desenvolver alternativas à atual geração de baterias que recorre à tecnologia de iões de lítio. Uma tecnologia que, em princípio, irá continuar a ser dominante nos próximos anos, mas que deixará de ser solução única. Preço, segurança, densidade energética, índices de carga e descarga, ciclo de vida e também sustentabilidade são algumas das preocupações mais atuais. E através de uma série de estudos centrados na pesquisa por formas mais eficientes de armazenar energia procura-se melhorar fatores como a densidade energética e a durabilidade das baterias, sabendo que a pesquisa e o desenvolvimento na área da química são vitais para a mobilidade elétrica, já que tudo passa em grande parte pelo domínio das reações químicas que estão na base do funcionamento de uma bateria elé-

trica: o caminho da inovação é percorrido através da substituição de componentes e tecnologias já conhecidos por outros com propriedades eletroquímicas melhoradas, concebendo e sintetizando modelos de funcionamento que consigam levar ao grande objetivo final de conceber e industrializar uma nova geração de baterias para carros elétricos – mais seguras, mais rápidas de carregar e mais duradouras, além de mais baratas de produzir e, claro, mais sustentáveis.

Vêm aí as baterias de estado sólido... Vejamos apenas alguns exemplos mais recentes dessas possíveis soluções... Se já se fala regularmente de novas tecnologias, uma das expressões mais referidas é “baterias sólidas”, que marcas como a Toyota garantem ir produzir em massa e solução que até já existe em aplicação prática, nomeadamente em veículos pesados. Esta solução destaca-se sobretudo por permitir maior densidade energética, maior segurança, ciclos de vida superiores a 1000 recargas e menor volume comparativamente a uma convencional bateria de iões de lítio. Uma equipa de investigadores do Instituto Avançado de Tecnologia da Samsung apresentou recentemente um protótipo de célula de bateria de estado sólido que poderá ajudar os veículos elétricos a atingir

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dossier 800 km de autonomia com uma única carga, ao mesmo tempo que a tecnológica suíça Innolith AG, líder mundial em baterias inorgânicas recarregáveis, anunciava estar a desenvolver a primeira bateria com densidade energética de 1000 Wh/kg, que tornará possível – diz a empresa – um veículo elétrico fazer mais de 1000 km com uma única carga. Também o Grupo Volkswagen aposta no apuramento da tecnologia de “estado sólido”, tendo mesmo reforçado recentemente a sua participação na QuantumScape, especialista nesta área que trabalha numa nova geração de baterias destinadas a oferecer aos VE maior autonomia e menor tempo de carregamento.

E não só?... O fabricante de células de bateria InoBat Auto acaba de revelar detalhes do que designa como “a primeira bateria inteligente do mundo” para automóveis elétricos: recorrendo a inteligência artificial e tecnologia de testagem em série de última geração, terá como grande vantagem conseguir aumentar já hoje para 265 Wh/kg a densidade energética, otimizando – segundo a empresa cuja sede se situa na Eslováquia – em quase +20% a autonomia real dos atuais carros elétricos; densidade que até ao final de 2023 subirá para 1000 Wh/kg. Adicionalmente, a empresa diz que esta tecnologia vai permitir reduzir a dependência face ao cobalto, uma das matérias primas indispensáveis aos elétrodos das células de baterias de iões de lítio cuja mineração mais questões levanta em termos éticos e de sustentabilidade. A primeira geração destas baterias desenvolvidas pela InoBat poderá estar em produção na Europa ainda este ano, prevendose para 2025 o fornecimento à escala global.

Por outro lado, a Mercedes-Benz assume-se pioneira na abordagem ao que chama de tecnologia de bateria orgânica: uma revolucionária tecnologia de bateria que consiste em química de células orgânicas baseada em grafeno, não utilizando pois materiais raros, tóxicos ou caros, como metais, tornando assim a mobilidade elétrica independente dos recursos fósseis. Outras vantagens: além de uma densidade de energia “exponencialmente alta”, este tipo de tecnologia também anuncia uma excecional capacidade de carregamento rápido, refere a marca alemã, que confirma as baterias orgânicas como parte das suas pesquisas atualmente já em curso nesta área, bem como o seu potencial para aplicação futura em veículos elétricos.

Carregar em apenas 5 minutos... Já o fabricante chinês GAC Motor anunciou no início de fevereiro ter conseguido “progressos inovadores” na tecnologia de baterias baseadas em grafeno, que podem reduzir significativamente o tempo de recarga e estender consideravelmente a vida de uma bateria. Acrescentando que este tipo de solução começará a ser produzida em série já a partir de setembro, de modo a ser instalada pela primeira vez ainda este ano num veículo elétrico da marca, a GAC destacou que os mais recentes testes laboratoriais demonstraram a capacidade destas novas baterias carregaram a uma potência seis vezes superior à das baterias atuais –, facto que combinado com um carregador de alta potência a 600A poderá levar a que uma bateria seja recarregada a 80% em apenas 8 minutos.

A tecnologia atual continuará a ser dominante nos próximos anos, mas vai deixar de ser solução única.

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Como funciona uma bateria de ião-Li

Eletrólito

Cátodo

Solvente orgânico, sal condutor de lítio, aditivos

Óxido de metal de lítio, folha de alumínio

Ânodo

Separador

Carbono (grafite), folha de cobre

Película porosa de poliolefina, banda cerâmica Carga Descarga

Ou até menos... A empresa israelita StoreDot promove outra potencial solução inovadora, desenvolvendo um conceito baseado numa nova geração de células ião-lítio ditas XFC (do inglês “Extreme Fast Charging”) que, através da substituição

da grafite no ânodo por nanopartículas metálicas (à base de silício), promete resolver o problema das baterias tradicionais ao garantir uma maior resistência ao aumento da temperatura causado pelo processo de recarga elétrica e, com isso, a possibilidade de manter a potência de carga, resultando assim em tempos de carregamento muito inferiores aos atuais. Contando com grandes nomes da indústria como parceiros, a StoreDot anuncia-se como pioneira no carregamento ultrarrápido das baterias, prometendo resolver o problema trazido pela famosa “ansiedade da autonomia” graças a tempos de recarga tão curtos como 5 minutos e para breve a passagem à produção em série desta solução. Aliás, a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para aplicação em baterias elétricas é hoje uma área de importância estratégica também do ponto de vista político, como comprovam iniciativas como o programa BATTERY 2030+, financiado por fundos da União Europeia através do plano “Horizon 2020”. Com todos estes exemplos, que são apenas uma amostra selecionada entre muitos outros projetos em curso, promovidos tanto por fabricantes de automóveis como pelos seus parceiros e outros industriais estabelecidos, além de “startups” em busca do sucesso, facilmente se conclui que o desenvolvimento das tecnologias associadas às baterias está, mais que nunca, na ordem do dia; e que, sendo decisivo para a globalização dos VE, este processo evolutivo levará seguramente à descoberta de soluções para as limitações inerentes à atual geração de baterias, anunciando assim para breve uma verdadeira revolução nas baterias que alimentam os automóveis elétricos... n

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entrevista

PROFESSORA MARIA HELENA BRAGA

“As baterias de estado sólido permitem aumentar a segurança, a densidade de energia e diminuir o tempo de carga” A “glass battery”, inovação patenteada que recorre a um eletrólito sólido (o vidro) em vez de líquido, está na primeira linha dos avanços tecnológicos que prometem revolucionar a utilização das baterias nos veículos elétricos. Uma inovação também conhecida como “bateria Goodenough/ Braga”, em homenagem aos dois nomes que estão na origem desta novidade: o veterano físico norte-americano John Goodenough, co-inventor da bateria de iões de lítio e vencedor do Nobel da Química 2019; e a investigadora portuguesa Maria Helena Braga, Professora Associada no Departamento de Engenharia Física da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Ninguém melhor, pois, do que a Professora Maria Helena Braga para esclarecer o que, como e quando vai mudar nas baterias dos veículos elétricos...

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Irá a bateria de estado sólido substituir em breve a bateria de iões de lítio que hoje conhecemos como solução universal (já que equipa todos os VE a bateria)? Não querendo fazer futurologia, penso que sim. Não sei exatamente quando porque muitos fundos foram investidos em grandes fábricas de baterias de ião-Li, mas o que é facto é que estas últimas evoluem hoje à custa de otimizações de engenharia. Impressionantes, mas não disruptivas. As baterias de estado sólido permitem aumentar a segurança, a densidade de energia e diminuir o tempo de carga. Qual é hoje o ponto da situação em relação à investigação no campo das baterias para veículos elétricos? Quando será possível passar à prática os desenvolvimentos já conseguidos em laboratório? Já é possível. A questão é que a maior parte dos eletrólitos sólidos são fabricados a altas temperaturas e as baterias no estado sólido exigem uma certa reconversão do equipamento utilizado no fabrico das baterias de ião-Li. Por outro lado, a maior parte dos eletrólitos sólidos apenas desempenha bem a temperaturas acima do ambiente. Quais são as grandes limitações das baterias de iões de lítio atuais, que levam à necessidade de pesquisar e desenvolver novas tecnologias? A segurança e a autonomia. Por exemplo, com o advento das scooters possuindo baterias com “management systems” que não são de qualidade, o carregamento rápido não controlado tem dado origem a curto circuitos e incêndios. Especialmente em países muito povoados em que estas últimas são carregadas no domicílio. Para além da segurança, a densidade de energia das baterias, limitada pela capacidade do cátodo, não permite atingir a autonomia ambicionada. Por outro lado, as baterias e o sistema de controle das mesmas ainda é demasiado oneroso. Tal deve-se ao facto de a maioria dos cátodos ainda usar cobalto e da temperatura da bateria ter que ser controlada para que o “termal runaway” não aconteça, prejudicando a segurança da mesma.

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Foto: Egídio Santos.

“Para além da segurança, a densidade de energia das baterias (atuais) não permite atingir a autonomia ambicionada”

E quais as vantagens de tecnologias como a bateria dita de estado sólido, projeto no qual a Professora é pioneira? Para além da segurança, uma vez que as nossas baterias podem ser utilizadas desde temperaturas negativas até aos 180ºC (dependendo dos outros constituintes da bateria), o carregamento é rápido (menos de 15 min.), passando pela elevada densidade de energia. As nossas tecnologias associam aos processos eletroquímicos característicos das baterias os processos eletrostáticos característicos dos condensadores. Explique-nos também, por favor, o interesse do recurso ao sódio em vez de lítio no projeto que a Professora integra? O sódio é muito mais abundante e por isso muito mais barato que o lítio. E, nas nossas tecnologias mais interessantes e totalmente desenvolvidas em Portugal, nem sequer é necessário que os elétrodos contenham sódio ou lítio inicialmente. Todo

o sódio existente na célula está inicialmente contido no eletrólito. O eletrólito à base de sódio ou lítio pode ser depositado num coletor de corrente (por exemplo cobre), como publicámos em 2016. Assim, a tecnologia à base de sódio pode tornar-se realmente segura e competitiva. Quais são exatamente os maiores obstáculos a estas novas soluções? A própria tecnologia, ainda não suficientemente desenvolvida? O fator segurança? Ou o preço, a viabilidade económica da sua aplicação prática em larga escala? Penso que é algo que estará/irá acontecer. Em seu entender, que autonomias com uma única carga será razoável estimar com as novas tecnologias de bateria? E que tempos de carregamento? As autonomias não dependem apenas do eletrólito. No entanto, nas nossas tecnologias, ao contrário do que acontece nas baterias de ião-Li, a capacidade não depende apenas dos elétrodos. O eletrólito pode dobrar a capacidade do cátodo e a célula pode mesmo apenas depender da capacidade do eletrólito e tornar-se assim muito barata e bem mais fácil de fabricar. Mas será a tecnologia de estado sólido uma solução universal para as baterias no futuro? Ou acredita que existirão outras soluções? Acredito que haverá dispositivos que recolherão energia térmica e eletromagnética e armazenarão energia elétrica. Isto é algo que nós podemos fazer, pelo menos em parte, com algumas das nossas tecnologias. Mas deverão surgir outras.

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entrevista

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Maria Helena Braga e John Goodenough.

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“A bateria de iões de lítio ainda estará connosco durante os próximos anos”... A frase é da autoria do diretor de pesquisa de baterias de uma das principais marcas da indústria automóvel. Mas qual é a sua visão de verdadeira especialista no tema? Durante ainda quantos anos: 5? 10? mais?... A visão que prevalece é sempre aquela aonde está o negócio... O que é facto é que as empresas que desenvolvem baterias de estado sólido já sentiram a necessidade de fazer “press releases”… Talvez uns 5 anos mais para realmente entrarem no mercado e depois uns anos mais para as baterias de ião-Li serem calmamente substituídas. E o que vai acontecer então às baterias de iões de lítio que equipam hoje os carros elétricos? Ou seja, como compatibilizar os veículos atuais, que usam esse tipo de bateria, com a futura geração de baterias? Será isso um problema para quem compra hoje um VE? Em princípio mudar-se-ão as baterias e o sistema de controlo. O espaço ocupado pelas baterias de ião-Li e sistemas de proteção vai permitir colocar muito mais baterias sólidas e ganhar em autonomia. Aqui há uns tempos a Professora referiu que o projeto em que participa já tinha despertado o interesse de

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“Penso que a ‘glass battery’ irá ser conduzida pelo mundo...”

algumas empresas da indústria automóvel... Sabemos que, naturalmente, não vai entrar em detalhes nem referir nomes, mas podemos esperar para breve o anúncio de alguma aplicação prática baseada também no seu trabalho? Em verdade já se fizeram vários anúncios nesse sentido. Penso que a “glass battery” irá ser conduzida pelo mundo... Enquanto cientista, acredita na solução pilha de combustível alimentada a hidrogénio como futura solução energética para os veículos elétricos, complementar à tecnologia das baterias? Sim, aliás foi o armazenamento de hidrogénio que me levou ao armazenamento de energia quando estava em Los Alamos, EUA, em 2009... Agora está outra vez na moda... Os veículos pesados poderão beneficiar muito do uso do hidrogénio. n

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novos modelos

DS 9

Requinte francês Para ser uma verdadeira marca de luxo, a DS precisava de um veículo de luxo de grandes dimensões. Essa lacuna é agora preenchida com o DS 9, um modelo mais tradicional em aparência, mas inovador face à concorrência em Portugal, pois é o único que só está disponível como um verdadeiro híbrido.

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uando a Citroën trouxe de volta o nome DS com o modelo DS 5, o sucesso foi tão grande que o nome rapidamente evoluiu para uma marca separada. Mais requintados e luxuosos que os Citroën, os DS marcavam a diferença para quem estava disposto a pagar um pouco mais por um carro diferente, mas para se afirmar como marca de luxo faltava um verdadeiro topo de gama. Agora, finalmente chega a Portugal o DS 9, um automóvel que é menos experimental no design que outros modelos da marca francesa, mas que oferece um motor híbrido e um amplo e luxuoso interior. Com quase cinco metros de comprimento, o DS 9 assemelhase a uma berlina de três volumes, do mesmo género que se

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pode encontrar na gama das marcas “premium” alemãs, mas a DS vai buscar inspiração ao clássico DS de 1955 para instalar um portão traseiro com abertura total para facilitar o acesso aos mais de 500 litros de volume da bagageira. O habitáculo também é extremamente amplo, com mais de 2,9 metros de distância entre eixos, com destaque para o espaço dos bancos traseiros, quase ao nível de uma limusina. Em condições normais, a marca francesa já oferece acabamentos com materiais mais exclusivos, assim como as já conhecidas teclas em forma de cristal (imagem de marca da DS), mas, através da gama “Inspirations” oferece ainda várias oportunidades de personalização. Incluindo vários tipos de revestimento em couro, bem como um relógio analógico da BRM no topo do tablier.

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Fotos: Carlos Pedrosa

O DS 9 E-Tense 225 oferece uma potência total combinada de 225 cv. Em Portugal, o DS 9 está disponível apenas como híbrido, num sistema que já é conhecido de outros modelos oferecidos por quase todas as marcas da Stellantis. A variante E-Tense 225 combina um motor 1.6 turbo a gasolina de 180 cv com um motor elétrico de 80 kW, para uma potência total combinada de 225 cv. No futuro, deverão existir variantes mais potentes, com 250 e 360 cv, incluindo até tração às quatro rodas, mas sempre com o mesmo sistema híbrido de base. A sua bateria de 11,9 kWh garante uma autonomia de 56 quilómetros e consumos médios inferiores a 1,5 litros por cada 100 quilómetros. Pode circular em modo completamente elétrico até 135 km/h, e o sistema está programado para privilegiar o uso da bateria elétrica em vez do motor de combustão, especialmente no tráfego urbano. A bateria pode ser carregada em uma hora e meia recorrendo a uma wallbox de 7,4 kW, montada em casa. Oferecido em dois níveis de equipamento, a versão mais bara-

VERSÕES E PREÇOS Performance Line + 59.100€ Rivoli + 61.000€

ta, a Performance Line, começa abaixo dos 60 mil euros, oferecendo equipamento como o sistema de infoentretenimento “Mirror Link”, conectado à Internet, faróis LED com feixe adaptativo, bancos dianteiros aquecidos, jantes de 19 polegadas ou abertura sem chave. Pacotes de opcionais estão disponíveis com preços entre os 1000 (“Park Pilot”) e 1850 euros (“Night Vision”). O chassis do DS 9 inclui uma suspensão ativa com sensores que detetam variações no asfalto e no movimento do veículo para alterar automaticamente a afinação dos amortecedores e melhorar a aderência e estabilidade em estrada. O equipamento de segurança integra também alerta de desvio de trajetória com correção automática de direção, travagem de emergência, reconhecimento de sinais de trânsito, “cruise control” com limite de velocidade, sensores de estacionamento e câmara traseira. n

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REVISTA DE IMPRENSA “A produção responsável de um veículo elétrico vai muito para além da fábrica onde ele nasce” Volkswagen

“Nos próximos 5 a 10 anos vamos assistir a uma revolução na indústria automóvel, causada por tendências como a condução autónoma, a conectividade e a mobilidade elétrica” Antonio Gratis Managing Director, Centro Técnico de Nardò Porsche Engineering

“Acreditamos que, com o investimento necessário, os e-fuels e o hidrogénio, ambos neutros em CO2, irão dar um contributo credível e real para a redução das emissões, não só nos automóveis novos, como também no parque automóvel já existente”

“Vamos disponibilizar uma gama excecional de veículos eletrificados, apoiados por experiências e serviços digitais centrados no cliente, convidando os nossos clientes a juntarem-se a nós na viagem até um futuro totalmente elétrico que acaba de começar com o lançamento do Mustang Mach-E 100% elétrico” Stuart Rowley Presidente – Ford Europa

Wojciech Halarewicz Vice-Presidente de Comunicação e Relações Públicas – Mazda Motor Europe

“A Suzuki também apostou fortemente na eletrificação com a tecnologia híbrida, a solução que melhor se adapta aos tempos atuais e melhor satisfaz as necessidades dos utilizadores” Suzuki

“As grandes petrolíferas deveriam estar interessadas em liderar o carregamento elétrico, que será a nova maneira de abastecer no futuro” Hakan Samuelsson Presidente e CEO – Volvo Cars

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“Nos próximos 10 ou 15 anos, o custo das baterias dos veículos de passageiros vai baixar, a sua capacidade vai aumentar, a rede de carregamento e a velocidade do carregamento vai melhorar, e de facto poderemos fazer a transição, abandonando o carro a gasolina, sem grande prejuízo para o consumidor. Em muitas outras áreas, ainda temos muito trabalho a fazer. (...) Sem inovação, a mudança é quase impossível” Bill Gates Cofundador da Microsoft, ativista ambiental, autor do livro ‘Como Evitar um Desastre Climático’ (em entrevista à RTP)

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“Descobri que quando utilizo o meu híbrido plug-in no modo 100% elétrico a condução é diferente. E fico feliz por isso: descobri que é uma condução muito mais calma, muito mais relaxada e prazeirosa” “Nas próximas décadas não seremos capazes de produzir quantidades suficientes de hidrogénio necessário à propulsão de modo neutro em CO2. É por isso que não acredito no hidrogénio para uso nos carros. (...) A solução para o automóvel é a bateria” Markus Duesmann CEO – Audi (em declarações ao jornal alemão Die Zeit)

Nilton Humorista, utilizador de automóvel eletrificado (na conferência digital ‘Eletrificação Automóvel caminho sem retorno?’ promovida pela Sociedade Comercial C. Santos)

“Os automóveis híbridos tornaram-se numa das opções mais populares entre os condutores de todo o mundo” SEAT

“Com a entrada em vigor do Orçamento de Estado 2021, no final de 4 anos de utilização um veículo híbrido (plug-in ou não) que não cumpra os requisitos referidos (autonomia em modo elétrico superior a 50 km e emissões oficiais inferiores a 50 g CO2/km) poderá ter um acréscimo de despesa da ordem dos 19% a 20%, o que se pode tornar sem dúvida num impedimento para a aquisição deste tipo de veículos”

“Até ao final da década veremos um Ferrari totalmente elétrico, queremos vê-lo” John Elkann Presidente – Ferrari

“Só digo isto às pessoas: experimentem um carro elétrico! Estou certo que ficarão convencidas. (...) As pessoas começam a perceber que os carros elétricos são fixes” António Félix da Costa Piloto da equipa DS Techeetah Fórmula E

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LeasePlan (no WhitePaper ‘Alterações Fiscais 2021’ que explica as novidades do OE 2021 para os veículos híbridos e híbridos plug-in)

“No final desta década, mais de 80% dos nossos modelos desportivos serão híbridos ou elétricos” Oliver Blume CEO – Porsche AG (em entrevista ao jornal alemão Bild am Sonntag)

“Em meados desta década, a Jaguar irá emergir como uma nova marca de luxo puramente elétrica” Jaguar Land Rover

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apresentação

NISSAN QASHQAI

Para a família do futuro Passaram-se 14 anos desde que a Nissan redefiniu o conceito de automóvel familiar, e o sucesso do Qashqai ganha agora uma nova vida e uma nova geração, a terceira, com um visual mais imponente, interior mais luxuoso e uma gama de motores completamente eletrificada, incluindo o seu primeiro híbrido.

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criação do Nissan Qashqai permitiu à marca japonesa criar um novo tipo de automóvel, deixando de se limitar por formas tradicionais do que devia ser um transporte para a família. Desde então, foram vendidas mais de três milhões de unidades, divididas por duas gerações, pelo que a Nissan resolveu não mexer no sucesso e atualizar o conceito com uma terceira geração que procura melhorar tudo aquilo que os seus clientes já gostavam neste modelo. Adotando uma nova plataforma da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, o novo Qashqai ganha uma forma mais imponente, crescendo também em tamanho: além de mais 20 mm na distância entre eixos, também é 35 mm mais comprido, 32 mm mais largo e 25 mm mais alto, abrindo caminho para um melhor aproveitamento do espaço interno, com destaque para o crescimento da bagageira, que cresce em mais de 50 litros em comparação com a anterior geração. Para isso contribui também o novo desenho da suspensão traseira, que permite baixar o piso de carga. No habitáculo, o foco incide sobre a qualidade dos acabamentos, com o Qashqai a ostentar revestimentos mais luxuosos e iluminação ambiente. Existem ainda múltiplas oportunidades de personalização, começando nas novas jantes de 20 polegadas, passando também pelas 16 combinações de cores da carroçaria e a possibilidade de montar o já habitual tejadilho panorâmico. A conectividade foi ampliada no novo Qashqai, graças ao aplicativo NissanConnect Services, que permite ter acesso a serviços da Google e Amazon através dos comandos do sistema de infoentretenimento, incluindo mapas, localização remota do veículo e definição de parâmetros de condução. Este oferece um ecrã de nove polegadas na consola central e capacidade de ligação WiFi para até sete aparelhos móveis diferentes. O condutor também tem à sua disposição um novo painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas e a possibilidade de acrescentar um “head up dis-

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play”, projetado no vidro dianteiro numa largura de ponta a ponta de 10,8 polegadas. Nesta terceira geração, todas as variantes do Nissan Qashqai têm alguma forma de eletrificação dos grupos propulsores. O motor diesel desaparece, e para o seu lugar vai o novo híbrido com tecnologia e-Power, que descrevemos em pormenor ao virar da página, e que consiste num propulsor a gasolina de 154 cv que serve como gerador para alimentar a bateria, fornecendo energia a um motor elétrico com potência máxima de 140 kW. Na base da gama está o mais acessível 1.3 DiG-T, com injeção direta de gasolina e turbocompressor mais eficiente, mas que passa a ter também um sistema semi-híbrido: uma bateria de 12 volts acumula a energia da força cinética da travagem ou desaceleração, reduzindo os consumos e baixando as emissões de CO2 em 4%. Com 140 cv na base, oferece também uma variante de 156 cv, que pode ser combinada com uma caixa automática ou com tração às quatro rodas, neste caso oferecendo cinco modos selecionáveis de condução – Normal, Eco, Sport, Snow e Offroad. O novo Qashqai foi concebido para reduzir o peso total do conjunto, com uma estrutura de aço mais resistente e painéis de alumínio na carroçaria. Estreia ainda uma suspensão traseira multibraços no eixo traseiro, mas apenas como opção, enquanto o equipamento inclui novos faróis LED (integrados no design da secção dianteira) para as versões de topo. O sistema de ajuda à condução ProPilot foi também renovado com a opção Navilink, cuja velocidade adaptativa reconhece sinais de trânsito e antecipa curvas apertadas, enquanto a direção trabalha em conjunto com o radar de ângulo morto. O novo Qashqai já está disponível para encomenda no site da Nissan, com um preço de 33.600 euros para a versão especial de lançamento “Premiere Edition”, que chegará aos primeiros clientes durante o verão. n

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tecnologia

ELETRIFICAÇÃO

em estreia no novo Nissan Qashqai MOTOR ELÉTRICO INVERSOR BATERIA

GERADOR

e-POWER: o que é?

MOTOR COMBUSTÃO

Trata-se de uma abordagem única à eletrificação: sendo de facto uma nova solução híbrida, na prática este sistema e-POWER exclusivo da Nissan junta ao motor elétrico um motor a gasolina mas cuja função é apenas a de carregar, quando necessário, a bateria. Pode ser classificada como um solução tecnológica tipo híbrido em série, só que neste sistema o motor térmico é mais do que um simples extensor de autonomia: os sistemas híbridos convencionais associam um motor elétrico de baixa potência a um motor a gasolina para acionar as rodas quando a bateria está fraca (ou no caso de deslocações a velocidades elevadas); nesta solução e-POWER da Nissan, o motor a gasolina não está ligado às rodas, simplesmente carrega a bateria.

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Nissan quer alcançar 50% de vendas eletrificadas na Europa até 2024. E para chegar a esse objetivo o novo Qashqai vai desempenhar um papel decisivo: primeiro, pela importância do modelo, um verdadeiro “best seller”, na gama da marca japonesa; e também pelo facto desta nova geração Qashqai marcar a estreia europeia do inovador sistema e-POWER, que oferece condução exclusiva em modo elétrico, com as rodas totalmente acionadas pelo motor elétrico e o motor a gasolina utilizado apenas para carregar a bateria. Esta nova tecnologia proprietária da Nissan faz parte da estratégia de eletrificação com a qual o fabricante do LEAF quer continuar na linha da frente da mobilidade sustentável, uma estratégia que inclui o lançamento de novos modelos 100% elétricos (como o já apresentado SUV Ariya) mas também a aposta forte na eletrificação da gama atual, o que significa introduzir nos modelos já em comercialização outras formas de eletrificação, não 100% elétricas. Como é justamente o caso desta novidade designada e-POWER, tecnologia de eletrificação que a marca começou por lançar no Japão e que se prepara agora para chegar também ao mercado europeu, com a variante com motorização e-POWER do novo Nissan Qashqai esperada para o início do próximo ano.

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tecnologia e-POWER: como funciona? O sistema e-POWER baseia-se na tecnologia de veículos elétricos, acrescentando no entanto um motor a gasolina para carregar, quando necessário, a bateria, eliminando a necessidade de um carregador externo e oferecendo simultaneamente um elevado desempenho. Apesar de juntar ao motor elétrico um motor a gasolina, as rodas do veículo são

sempre e unicamente acionadas pelo motor elétrico. O sistema a estrear no novo Qashqai foi melhorado de modo a responder às exigências de condução dos consumidores europeus, sendo composto por uma bateria de elevado rendimento e um grupo motopropulsor que integra um motor 1.5 a gasolina de 154 cv com taxa de compressão variável,

e-POWER: que vantagens? Esta nova tecnologia oferece assim, basicamente, as vantagens da mobilidade elétrica em termos de emoção na condução, resposta na aceleração (graças à condução pura do motor elétrico, não existe qualquer atraso de resposta, ao contrário do que acontece com um motor de combustão interna ou híbrido) e também uma poupança muito importante ao nível das emissões, mas tudo isso sem ter que carregar a bateria, já que esta carrega-se sozinha. Uma vez que o sistema Nissan e-POWER corresponde essencialmente a um veículo elétrico cujo motor aciona diretamente as rodas, as virtudes dos veículos elétricos são mantidas: n O e-POWER fornece um excelente binário (330 Nm) quase instantaneamente, o que melhora a resposta da transmissão e resulta numa aceleração linear forte mas suave; n O sistema opera também de uma forma muito silenciosa, tal como um veículo totalmente elétrico; n Ao combinar o acionamento por motor 100% elétrico com um motor a gasolina que carrega a bateria, os automóveis com tecnologia e-POWER proporcionam ainda, além de uma aceleração instantânea e suave, uma maior eficiência de combustível – utilizado exclusivamente para carregar a bateria de elevado rendimento, o motor a gasolina funciona sempre à velocidade ideal, o que permite uma eficiência de combustível superior e emissões mais baixas comparativamente a um motor de combustão interna tradicional, especialmente nos trajetos suburbanos e em cidade; n “Last but not least”, se o carregamento da bateria (e o tempo que isso demora) deixa de ser um problema, outra vantagem da solução e-POWER é que também a autonomia deixa de ser uma preocupação...

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Na apresentação da nova geração Qashqai, Marco Fioravanti, vice-presidente de planeamento de produto na Nissan Automotive Europe, resumiu assim essas vantagens: “Com a adoção da tração por motor 100% elétrico da tecnologia e-POWER no novo Qashqai, os clientes podem desfrutar dos benefícios da condução de um automóvel elétrico sem se preocuparem com a autonomia ou o acesso a uma estrutura de carregamento”. Mas a melhor definição do que representa esta tecnologia a que a Nissan chama e-POWER e que o novo Qashqai se prepara para estrear na Europa pode ser aquela dada por David Moss, vice-presidente sénior de investigação e desenvolvimento da marca: “O sistema e-POWER oferece a melhor tecnologia de transição entre motores de combustão interna e automóveis elétricos”! Já que o elemento único que caracteriza esta tecnologia e-POWER da Nissan é o facto do motor a gasolina ser utilizado apenas para gerar eletricidade, enquanto as rodas são exclusiva e totalmente acionadas pelo motor elétrico, permitindo isso que o sistema funcione sempre com autonomia ideal e resultando – garante a marca – em eficiência de combustível superior e emissões de CO2 mais baixas em comparação com um motor de combustão interna tradicional. 

gerador de energia, inversor e motor elétrico de 140 kW (188 cv) com tamanho e potência similares aos de automóveis elétricos da Nissan. Este tipo de sistema poderia requerer um motor e baterias maiores, uma vez que a fonte direta para acionar as rodas é apenas o motor, o que dificultou até agora à indústria automóvel a sua montagem em automóveis compactos. Mas a Nissan desenvolveu uma solução pioneira para minimizar e reduzir o peso e concebeu métodos de controlo do motor mais ágeis, de modo a otimizar a gestão da energia: o resultado é um sistema que utiliza uma bateria mais pequena do que a do LEAF, mas que proporciona a mesma experiência de condução agradável de um veículo totalmente elétrico. O Qashqai com motorização e-POWER vai apresentar três modos de condução: – Standard, no qual a regeneração do motor elétrico é melhorada para simular a travagem do motor de um automóvel a gasolina convencional; – Sport, para uma ainda melhor resposta de aceleração, com tempos de desativação do motor elétrico reduzidos; – Eco, modo de poupança de combustível, otimizando a gestão da bateria e permitindo que o condutor selecione um modelo de velocidade de cruzeiro para condução económica em autoestrada.

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HÍBRIDO CONVENCIONAL

Motor elétrico

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Bateria Gerador

Motor Combustão Motor elétrico Inversor Gerador Bateria

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novos modelos

MERCEDES CLASSE C

Espírito moderno

Na Mercedes, o futuro é agora, ao renovar o seu “cavalo de batalha”, o Classe C, com novas formas, um interior mais amplo dotado de sistema de infoentretenimento melhorado, e movido por uma gama de motores completamente eletrificada.

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gama Mercedes continua a transformar-se em direção ao futuro, com uma linguagem de design mais limpa e mais agressiva, um maior recurso à integração com os aparelhos pessoais de comunicação do condutor e o obrigatório rumo para a eletrificação. A nova geração do Mercedes Classe C continua a ser reconhecível, mas é modernizada em tantos aspetos que pode dizer-se que nada tem em comum com o modelo que deixa para trás na sua história. A nova geração chega ao mercado simultaneamente como berlina e carrinha, chegando aos concessionários em junho, mas os interessados podem registar as suas encomendas já a partir de março.

O novo Classe C passa a ostentar uma gama de motores completamente eletrificada, que inclui motores a gasolina e diesel, distribuída por semi-híbridos e híbridos plug-in. Os semi-híbridos vão formar a base da gama, e são os únicos disponíveis no lançamento, mas logo nos meses seguintes vão chegar também as versões plug-in, que vão ter vantagens em termos de consumos e emissões, especialmente num ambiente urbano. Pela primeira vez desde que o 190 deixou de ser produzido, em 1992, todos os Mercedes neste segmento vão ter motores de quatro cilindros. O sistema semi-híbrido usa um gerador ligado por corrente a uma bateria de 48 volts, que permite acumular

O Classe C passa a ostentar uma gama de motores completamente eletrificada, distribuída por semi-híbridos e híbridos plug-in. 48

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energia de travagem e desligar o motor de combustão quando se levanta o pé do acelerador. Também ganha novos turbos, mais eficientes, e um novo sistema de refrigeração. Fornece ainda 15 kW adicionais de potência (equivalente a 20 cv) para arrancar ou facilitar ultrapassagens. A gasolina está disponível como C 180 (1.5 turbo com 170 cv), C 200 (1.5 turbo com 204 cv) e C 300 (2.0 turbo com 258 cv) e consumos perto dos 6,5 a 7,5 l/100 km, conforme o andamento e o motor. A diesel está disponível como C 220d (2.0 biturbo com 200 cv) e C 300d (2.0 biturbo com 265 cv), sendo que o motor diesel ostenta consumos perto dos 5,5 a 6,5 l/100 km. As versões híbridas plug-in deverão seguir o mesmo esquema atual: uma a gasolina e outra diesel. A Mercedes ainda só divulgou detalhes sobre a parte elétrica do sistema, cujo motor passa a debitar 95 kW (mais 5 kW que no modelo anterior) e 440 Nm de binário. Graças a uma nova bateria de 25,4 kWh, os híbridos vão ter uma autonomia elétrica de 100 cv e poder manter o motor térmico desligado até 140 km/h. O tempo de carga será de meia hora num carregador de 55 kW. O novo Classe C deverá ser bem mais ágil que o anterior, graças à adoção de um eixo traseiro direcional, assegurando me-

lhor estabilidade a curvar e reduzindo o espaço necessário para fazer uma inversão de marcha. Entre os sistemas de assistência à condução, o destaque vai para a evolução do reconhecimento de distância ao carro da frente, assistência à direção até 210 km/h e reconhecimento de sinais de trânsito em posição temporária. A ajuda ao estacionamento também é feita de modo mais rápido. Com mais 25 mm de distância entre eixos, mais 65 de comprimento e mais 10 de largura, a nova geração tem mais espaço no interior, beneficiando o conforto para os ombros e joelhos dos ocupantes e oferecendo maior capacidade de carga, especialmente nas variantes híbridas, de 45 litros na berlina e 40 na carrinha, graças ao novo posicionamento da bateria. O Classe C está equipado com um sistema de infoentretenimento de aparência personalizável, com três opções visuais, três modos de utilização e uma relação mais interativa com os comandos vocais. Estão disponíveis vídeo aumentado, “head up display” e updates de software. Também estreia um novo sistema de iluminação com três LED principais, que lhe permite ajustar-se diretamente às condições de luminosidade de modo mais intuitivo. n

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desporto

EXTREME E

Aventuras (elétricas) na natureza É em menos de um mês que vai ter início o mais novo campeonato de automóveis elétricos. Mais do que uma corrida em todo-o-terreno, o Extreme E vai chegar ao público com uma mensagem ecológica, usando as provas desportivas para apontar a lente à natureza que está a ser afetada pelo aquecimento global.

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emorou alguns anos a construir, mas está pronto para arrancar no primeiro fim de semana de abril. O Extreme E é o novo campeonato de carros elétricos, que se distingue pelo facto de ser disputado no meio da natureza. Nascido da mente de Alejandro Agag, fundador da Fórmula E, não é apenas uma corrida de todo-oterreno, pois o conceito também inclui um novo formato de divulgação, onde as componentes ambiental e educativa são tão importantes como a desportiva. O formato desportivo é diferente, com os melhores qualificados a garantirem a sua participação diretamente na primeira meia-final, enquanto os piores classificados tomam parte na segunda meia-final, denominada “Crazy Race” (corrida maluca). Os três melhores da primeira corrida e apenas o melhor da “corrida maluca” podem avançar para a final, onde vai ser encontrado o vencedor. Cada concorrente percorre um percurso de apenas 16 quilómetros, em confronto direto, como em provas de ralicross. As transmissões televisivas vão além das provas desportivas, com um magazine especial, criado com a ajuda de um comité de cientistas, com vista a promover a preservação de paisagens naturais e mostrar o impacto ambiental em locais vulneráveis, como o deserto da Arábia Saudita, os glaciares da Gronelândia e da Terra do Fogo, e a biosfera especializada do Lago Rosa (onde antes terminava o “Dakar”) e da floresta

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amazónica. Além dos motores elétricos dos carros, o impacto ambiental do campeonato é minimizado pelo transporte de toda a logística no RMS St. Helena, um navio convertido para usar o hidrogénio como combustível. O campeonato atraiu a atenção de poucos construtores mundiais, e apenas o Grupo VW (ABT Cupra) e a General Motors (Chip Ganassi Racing) se juntaram ao conceito. Mas existem muitos especialistas em novas tecnologias, como a QEV (com a Acciona/Sainz) e a Xite Energy (com a marca exótica Hispano-Suiza). Além de Carlos Sainz, também os campeões de F1 Lewis Hamilton, Nico Rosberg e Jenson Button criaram as suas próprias estruturas, com Button a juntar-se ao plantel. Cada carro será partilhado por equipas mistas, com presença feminina obrigatória, garantida por especialistas como Claudia Hürtgen (a “rainha do Nürburgring”) ou Catie Munnings (várias vezes campeã de motocross). 

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Odyssey 21, o elétrico sem medo Tal como os carros da Fórmula E, o veículo de competição do Extreme E é construído em França pela Spark Racing Technologies, enquanto a bateria é originária da divisão tecnológica da equipa Williams de Fórmula 1. Denominado Odyssey 21, usa uma estrutura tubular, para um peso total do conjunto de apenas 1650 kg. A carroçaria de base pode ser redesenhada pela equipa, mas até agora apenas a Chip Ganassi Racing adotou um design parecido ao do futuro GMC Hummer. Com 550 cv e pneus preparados para lidar com extremos de temperatura, deverá providenciar acelerações rápidas, mas também garantir aderência em inclinações de 30 por cento. A sua estreia em prova foi feita numa etapa do “Dakar”, nas habilidosas mãos de Ken Block. Mattias Ekström, Sébastien Loeb e Stéphane Sarrazin são outros nomes famosos, cada um especialista em várias modalidades distintas.

EQUIPAS

Equipa ABT Cupra Acciona/Sainz Team Andretti United Chip Ganassi Racing Hispano-Suiza Xite JBXE Rosberg X Racing Techeetah Veloce Racing X44

CALENDÁRIO Data 3/4 Abril 29/30 Maio 28/29 Agosto 23/24 Outubro 11/12 Dezembro

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Pilotos Claudia Hürtgen / Mattias Ekström Laia Sanz / Carlos Sainz Catie Munnings / Timmy Hansen Sara Price / Kyle LeDuc Christine Zonca / Oliver Bennett a confirmar / Jenson Button Molly Taylor / Johan Kristofferson a confirmar / a confirmar Jamie Chadwick / Stéphane Sarrazin Cristina Gutiérrez / Sébastien Loeb

Prova Desert X Prix Ocean X Prix Arctic X Prix Amazon X Prix Glacier X Prix

Local Wadi Rum, Arábia Saudita Lac Rose, Senegal Kangerlussuaq,Gronelândia Pará, Brasil Terra do Fogo, Argentina

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novos modelos

HONDA HR-V Força conjunta

A próxima geração do Honda HR-V chega no final do ano e junta-se à família de híbridos da Honda, estreando um novo sistema com dois motores elétricos.

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Honda acelerou o passo para eletrificar completamente a sua gama de modelos, objetivo que tenciona cumprir até 2022. Além do elétrico Honda e, a marca japonesa já oferece variantes híbridas do Jazz, Crosstar e CR-V, e agora preparase para introduzir no mercado europeu a nova geração do HR-V. O SUV urbano vai ser o primeiro a estrear a nova tecnologia híbrida, que vai reduzir ainda mais a dependência do motor de combustão, usando dois motores elétricos. Embora ainda não tenha revelado muita informação sobre este motor da família e:HEV, espera-se que o mesmo tenha um

nível de potência mais perto do já consagrado CR-V (184 cv) do que do mais recente Jazz (109 cv). No entanto, ainda não deverá ser um híbrido plug-in. O motor vai ser instalado dentro de uma carroçaria com aparência desportiva, mas mais robusta que o HR-V atual. Mesmo assim, deverá sentir-se mais à vontade no tráfego urbano. Pelas imagens já divulgadas, o novo HR-V híbrido deverá oferecer um interior mais espaçoso que o modelo atual. O habitáculo vai ter um design mais minimalista, com materiais mais requintados, bancos traseiros rebatidos flexíveis e, em estreia, um novo sistema de ar condicionado, que vai ser capaz de direcionar de modo mais eficaz por toda a área do habitáculo. Como tem evitado o recurso aos plug-in, optando por melhorar a eficiência do conjunto elétrico dos seus motores híbridos, a Honda deverá oferecer no novo HR-V uma habitabilidade e conforto superiores aos seus concorrentes eletrificados. n

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concept-cars

LOTUS E-R9 Fim da resistência

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ASA DELTA

PAINÉIS MÓVEIS

Com a secção dianteira mais estreita que a traseira, a configuração de asa delta oferece uma melhor resistência estrutural, ao mesmo tempo que permite baixar o peso total da estrutura. Embora não seja ideal para veículos familiares, a configuração asa delta pode ser ideal para desportivos de estrada no futuro, revertendo a tendência para carros de mais de 1000 cv para contrabalançar o peso elevado das baterias, e respeitando a tradição de baixo peso da Lotus.

Nos carros de competição, ou desportivos de estrada, já existem apêndices aerodinâmicos ativos, que mudam de posição conforme a velocidade e o tipo de condução. O Lotus E-R9 vai mais longe e Richard Hill, responsável pela aerodinâmica dos projetos da marca britânica, optou por criar o que chama de “painéis transmorfos”, escondidos na zona lateral da asa delta, que podem ser ativados pelo condutor ou automaticamente, levantando-se para reduzirem a distância de travagem.

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Dada a obsessão dos construtores de automóveis elétricos em extrair sempre mais um quilómetro de cada carga de bateria, há um grande obstáculo a eliminar para encontrar uma melhor eficiência: a resistência aerodinâmica. Esta também é importante para assegurar uma melhor segurança em certas condições, mas tem o inconveniente de causar mais arrasto, piorando a eficiência energética. A redução da resistência aerodinâmica torna-se cada vez mais importante com a eletrificação, mas como muitos componentes da indústria automóvel são testados em competição, e a vantagem nas corridas depende muito do apoio aerodinâmico, os dados obtidos nestas condições extremas podem não se traduzir de modo útil na conceção de um automóvel de produção. A proposta da Lotus para resolver este problema é o E-R9. Apresentando-se como um conceito que antecipa como seria correr numa prova como as 24 Horas de Le Mans em 2030, tem algumas ideias interessantes que poderiam ser traduzidas para melhorar as capacidades dinâmicas de um automóvel de estrada sem prejudicar o consumo energético.

EFEITO DE SOLO

BATERIA COMPACTA

A secção inferior do Lotus tem o mesmo efeito de um túnel de Venturi, servindo para agarrar o carro à estrada sem necessitar de apêndices aerodinâmicos permanentes nem de pneus demasiado largos. Em teoria, deverá reduzir o arrasto, mantendo a aderência à estrada sem prejudicar a segurança nem o consumo energético. Louis Kerr, responsável pela plataforma técnica (partilhada com o futuro elétrico Evija), espera que se comporte como uma mistura de carro e avião a jato.

Louis Kerr ainda não sabe que tipo de baterias e que motor o seu Lotus vai ter, isto porque espera grandes avanços nesta tecnologia a curto prazo. O seu objetivo é que o E-R9 possa recorrer a baterias com químicas diferentes (incluindo estado sólido, três vezes mais eficientes), ou compactas o suficiente para se poder trocar um conjunto de baterias facilmente e em poucos minutos, o que substituiria as horas de reabastecimento.

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guia de compras

Todos os modelos elétricos e híbridos à venda em Portugal guia de compras

SEMI-HÍBRIDOS

AUDI A3

AUDI A4

AUDI A6

 Semi-híbrido, 1.5TFSI, 150 cv  Consumos 5,6 a 6,2 l/100 km  Emissões 128 a 142 g/km PREÇOS Sportback 35 TFSI desde 34.629€ Sedan 35 TFSI desde 35.264€

 Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 163 a 347 cv  Consumos 3,7 a 7,1 l/100 km  Emissões 98 a 185 g/km PREÇOS 35 TDI desde 47.343€ S4 TDI quattro 87.788€ Avant 35 TDI desde 49.332€ S4 Avant TDI quattro 91.166€

 Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 204 a 347 cv  Consumos 5,3 a 7,9 l/100 km  Emissões 139 a 205 g/km PREÇOS 40 TDI desde 61.463€ 50 TDI quattro desde 90.024€ S6 TDI quattro 109.541€ Avant 40 TDI desde 64.266€ Avant 50 TDI quattro desde 93.450€ S6 Avant TDI quattro 112.479€ Allroad 45 TDI quattro 95.453€ Allroad 50 TDI quattro 98.533€ Allroad 55 TDI quattro 108.909€

AUDI A7 SPORTBACK  Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 204 a 347 cv  Consumos 5,4 a 7,8 l/100 km  Emissões 142 a 205 g/km PREÇOS 40 TDI 67.893€ 40 TDI quattro 73.009€ 50 TDI quattro 95.016€ 55 TDI quattro 98.926€ S7 TDI quattro 118.413€

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AUDI A8  Semi-híbrido, 3.0 TFSI e 3.0 TDI, 286 a 340 cv  Consumos 5,4 a 7,8 l/100 km  Emissões 142 a 205 g/km PREÇOS 55 TFSI quattro 127.143€ 50 TDI quattro 126.862€ L 55 TFSI quattro 129.919€ L 50 TDI quattro 129.993€

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AUDI Q5  Semi-híbrido, 2.0 TDI e 3.0 TDI, 163 a 347 cv  Consumos 5,6 a 8,2 l/100 km  Emissões 146 a 213 g/km PREÇOS 35 TDI quattro desde 60.545€ 40 TDI quattro desde 64.311€ SQ5 TDI quattro 95.814€


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SEMI-HÍBRIDOS AUDI Q7

AUDI Q8

BMW SÉRIE 3

 Semi-híbrido, 3.0 TFSI, TDI e 4.0 TDI, 231 a 435 cv  Consumos 6,8 a 9,1 l/100 km  Emissões 179 a 239 g/km PREÇOS 55 TFSI quattro desde 93.953€ 45 TDI quattro desde 90.344€ 50 TDI quattro desde 101.854€ SQ7 TDI quattro 140.595€

 Semi-híbrido, 3.0 TDI e 4.0 TDI, 286 a 435 cv  Consumos 8,1 l/100 km  Emissões 212 g/km PREÇOS 50 TDI quattro 129.654€ SQ8 TDI quattro 147.559€

 Semi-híbrido, 3.0 TwinPower, 2.0 d e 3.0 d,122 a 374 cv  Consumos 4,5 a 7,9 l/100 km  Emissões 117 a 181 g/km PREÇOS 318d 320d 330d M340i xDrive M340d xDrive 316d Touring 318d Touring 320d Touring 330d Touring M340d xDrive Touring M340i xDrive Touring

BMW SÉRIE 5 BMW SÉRIE 4  Semi-híbrido, 3.0 TwinPower e 2.0 d, 190 a 374 cv  Consumos 4,5 a 7,8 l/100 km  Emissões 118 a 177 g/km PREÇOS 420d 53.200€ 420d xDrive 55.800€ 420d Cabriolet 60.600€ M440i xDrive 85.800€ M440i Cabriolet xDrive 94.000€

BMW SÉRIE 7  Semi-híbrido, 3.0 d, 286 a 340 cv  Consumos 5,6 a 6,0 l/100 km  Emissões 147 a 158 g/km PREÇOS 730d 129.500€ 730Ld 132.600€ 740d xDrive 135.300€ 740Ld xDrive 138.300€

 Semi-híbrido, 2.0 d e 3.0 d, 190 a 340 cv  Consumos 4,7 a 5,9 l/100 km  Emissões 124 a 153 g/km PREÇOS 520d 530d 530d xDrive 540d xDrive 520d Touring 530d Touring 530d xDrive Touring 540d xDrive Touring

60.100€ 75.900€ 79.700€ 93.400€ 62.900€ 79.000€ 82.800€ 96.400€

47.400€ 50.400€ 63.500€ 82.100€ 83.300€ 48.124€ 49.000€ 52.000€ 65.000€ 84.700€ 86.500€

BMW SÉRIE 6 GRAN TURISMO  Semi-híbrido, 2.0 TwinPower, 2.0 d e 3.0 d, 190 a 340 cv  Consumos 5,3 a 6,8 l/100 km  Emissões 140 a 155 g/km PREÇOS 630i Gran Turismo 77.900€ 620d Gran Turismo 71.900€ 630d Gran Turismo 92.500€ 640d xDrive Gran Turismo 107.200€

BMW X3  Semi-híbrido, 2.0 d e 3.0 d, 150 a 340 cv  Consumos 5,4 a 6,5 l/100 km  Emissões 142 a 171 g/km PREÇOS sDrive 18d xDrive 20d xDrive 30d M40d

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BMW X4 57.800€ 63.200€ 77.100€ 86.000€

 Semi-híbrido, 2.0 d e 3.0 d, 190 a 340 cv  Consumos 5,8 a 6,4 l/100 km  Emissões 153 a 168 g/km PREÇOS xDrive 20d 65.200€ xDrive 30d 78.600€ M40d 87.900€

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SEMI-HÍBRIDOS BMW X5

BMW X6

BMW X7

 Semi-híbrido, 3.0 TwinPower e 3.0 d, 265 a 340 cv  Consumos 7,5 a 10,0 l/100 km  Emissões 197 a 226 g/km PREÇOS xDrive 40i 91.000€ xDrive 30d 98.600€ xDrive 40d 112.500€

 Semi-híbrido, 3.0 TwinPower e 3.0 d, 265 a 340 cv  Consumos 7,5 a 8,9 l/100 km  Emissões 196 a 202 g/km PREÇOS xDrive 40i 102.300€ xDrive 30d 107.600€ xDrive 40d 125.700€

 Semi-híbrido, 3.0 TwinPower e 3.0 d, 333 a 340 cv  Consumos 7,7 a 10,9 l/100 km  Emissões 202 a 231 g/km PREÇOS xDrive 40i 102.300€ xDrive 40d 125.700€

FIAT 500

FIAT PANDA

 Semi-híbrido, 1.0 GSE, 70 cv  Consumos 5,3 l/100 km  Emissões 119 g/km PREÇOS Hybrid desde 18.025€ C Hybrid desde 20.539€

 Semi-híbrido, 1.0 GSE, 70 cv  Consumos 5,4 l/100 km  Emissões 122 g/km PREÇOS Hybrid desde 13.705€

FORD PUMA  Semi-híbrido, 1.0 Ecoboost, 125 e 155 cv  Consumos 5,5 a 5,7 l/100 km  Emissões 125 a 130 g/km PREÇOS Ecoboost 125 desde 23.659€ Ecoboost 155 desde 24.238€

FORD KUGA  Semi-híbrido, 2.0 EcoBlue, 150 cv  Consumos 4,4 l/100 km  Emissões 115 g/km PREÇOS EcoBlue 150 desde 37.732€

FORD FIESTA  Semi-híbrido, 1.0 Ecoboost, 125 e 155 cv  Consumos 4,4 a 4,6 l/100 km  Emissões 99 a 103 g/km PREÇOS Fiesta 125 desde 20.408€ Fiesta 155 desde 22.424€

FORD FOCUS  Semi-híbrido, 1.0 Ecoboost, 125 e 155 cv  Consumos 5,1 a 5,3 l/100 km  Emissões 116 a 121 g/km PREÇOS 125 desde 26.287€ 155 desde 27.890€ Station 125 desde 27.302€ Station 155 desde 28.907€

HYUNDAI TUCSON  Semi-híbrido, 1.6 TGDi e 1.6 CRDi, 136 a 150 cv  Consumos 5,2 a 6,5 l/100 km  Emissões 112 a 131 g/km PREÇOS 1.6 TGDi Premium 31.786€ 1.6 TGDi Vanguard 35.718€ 1.6 CRDi Premium 39.100€ 1.6 CRDi Vanguard 43.300€

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HYUNDAI i30  Semi-híbrido, 1.6 CRDi, 136 cv  Consumos 5,1 a 5,3 l/100 km  Emissões 134 a 138 g/km PREÇOS i30 desde 30.358€ i30 SW desde 31.296€

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JAGUAR XE  Semi-híbrido, 2.0 Ingenium D, 204 cv  Consumos 4,9 a 5,5 l/100 km  Emissões 128 a 144 g/km PREÇOS D200 desde 54.257€


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SEMI-HÍBRIDOS JAGUAR XF

JAGUAR E-PACE

JAGUAR F-PACE

 Semi-híbrido, 2.0 Ingenium D, 204 cv  Consumos 5,0 a 5,9 l/100 km  Emissões 130 a 155 g/km PREÇOS D200 desde 61.997€ Sportbrake D200 desde 65.602€

 Semi-híbrido, 1.5 e 2.0 Ingenium, 2.0 Ingenium D, 160 a 300 cv  Consumos 6,4 a 9,1 l/100 km  Emissões 168 a 207g/km PREÇOS P160 desde 44.314€ P200 desde 56.042€ P250 desde 60.470€ P300 Sport 78.932€ D165 desde 59.879€ D200 desde 63.996€

 Semi-híbrido, 3.0 Ingenium, 2.0 e 3.0 Ingenium D, 165 a 400 cv  Consumos 6,2 a 9,8 l/100 km  Emissões 164 a 230 g/km PREÇOS P400 desde 94.830€ D165 desde 69.845€ D200 desde 72.630€ D300 desde 98.903€

KIA CEED  Semi-híbrido, 1.6 CRDi, 136 cv  Consumos 5,1 l/100 km  Emissões 133 g/km PREÇOS SW 1.6 CRDi Drive 26.150€

KIA SPORTAGE  Semi-híbrido, 1.6 CRDi, 115 e 136 cv  Consumos 5,5 a 5,9 l/100 km  Emissões 143 a 153 g/km PREÇOS 1.6 CRDi desde 30.700€

LAND ROVER DISCOVERY SPORT  Semi-híbrido, 2.0 MHEV e MHEV D, 165 a 250 cv  Consumos 6,7 a 9,2 l/100 km  Emissões 175 a 207 g/km PREÇOS P200 AWD desde 57.842€ P250 AWD desde 62.600€ D165 AWD desde 62.450€ D200 AWD desde 65.433€

LAND ROVER DEFENDER  Semi-híbrido, 3.0 Ingenium e 2.0 Ingenium D, 204 a 400 cv  Consumos 8,6 a 11,3 l/100 km  Emissões 228 a 257 g/km PREÇOS 90 P400 desde 96.494€ 90 D200 desde 92.868€ 90 D250 desde 97.942€ 90 D300 desde 103.605€ 110 P400 desde 103.336€ 110 D200 desde 99.657€ 110 D250 desde 104.686€ 110 D300 desde 110.709€

MAZDA 2  Semi-híbrido, 1.5 SkyActiv-G, 115 cv  Consumos 5,3 l/100 km  Emissões 120 g/km PREÇOS Essence SkyActiv-G 18.048€ Evolve SkyActiv-G 19.783€ Advance SkyActiv-G 20.130€

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MAZDA 3  Semi-híbrido, 2.0 SkyActiv-G, 122 a 180 cv  Consumos 5,4 a 6,5 l/100 km  Emissões 122 a 148 g/km PREÇOS HB SkyActiv-G desde 26.005€ HB SkyActiv-X desde 30.869€ SD SkyActiv-G desde 26.037€ SD SkyActiv-X desde 34.320€

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SEMI-HÍBRIDOS

MAZDA CX-30

MERCEDES CLASSE C

MERCEDES CLS

 Semi-híbrido, 2.0 SkyActiv-G, 122 a 180 cv  Consumos 5,9 a 7,3 l/100 km  Emissões 133 a 165 g/km PREÇOS SkyActiv-G 2WD desde 27.667€ SkyActiv-G 4WD desde 31.327€ SkyActiv-X 2WD desde 33.870€ SkyActiv-X 4WD desde 36.449€

 Semi-híbrido, 1.5 turbo, 184 cv  Consumos 6,0 l/100 km  Emissões 136 g/km PREÇOS C 200 46.250€ C 200 Station 48.250€ C 200 Coupé 49.100€ C 300 Coupé 59.800€ C 200 Cabrio 58.850€ C 300 Cabrio 68.850€

 Semi-híbrido, 3.0 turbo e 3.0 d, 367 a 435 cv  Consumos 5,5 a 9,3 l/100 km  Emissões 144 a 211 g/km PREÇOS CLS 450 100.450€ CLS 300 d 97.850€ AMG CLS 53 4Matic+ 128.600€

MERCEDES AMG GT MERCEDES CLASSE S

MERCEDES CLASSE E

 Semi-híbrido, 3.0 turbo, 435 cv  Consumos 8,0 a 8,1 l/100 km  Emissões 182 a 183 g/km PREÇOS S 500 145.350€ S 500 Longo 147.000€

 Semi-híbrido, 2.0 a 3.0 turbo e 3.0 d, 197 a 435 cv  Consumos 5,5 a 9,7 l/100 km  Emissões 146 a 214 g/km PREÇOS E 200 Coupé 63.400€ E 200 Cabrio 70.550€ E 300 d Coupé 79.550€ E 300 d Cabrio 88.800€ AMG E 53 4Matic+ 108.400€ AMG E 53 4Matic+ Station 111.750€ AMG E 53 4Matic+ Coupé 110.600€ AMG E 53 4Matic+ Cabrio 117.300€

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NISSAN QASHQAI  Semi-híbrido, 1.3 DiG-T, 138 a 156 cv  Consumos – l/100 km  Emissões 144 a 163 g/km PREÇOS Premiere Edition desde 33.600€

MERCEDES GLE  Semi-híbrido, 3.0 e 4.0 turbo, 435 a 612 cv  Consumos 10,5 a 12,4 l/100 km  Emissões 240 a 280 g/km PREÇOS AMG GLE 53 4Matic+ 116.650€ AMG GLE 53 4Matic+ Coupé 146.200€ AMG GLE 63S 4Matic+ 208.050€ AMG GLE 63S 4Matic+ Coupé 236.300€

 Semi-híbrido, 3.0 turbo, 367 a 435 cv  Consumos 8,3 a 8,8 l/100 km  Emissões 189 a 202 g/km PREÇOS GT 43 125.450€ GT 53 4Matic+ 143.250€

MERCEDES GLS  Semi-híbrido, 4.0 turbo, 489 a 612cv  Consumos 11,6 a 13,1 l/100 km  Emissões 264 a 297 g/km PREÇOS GLS 580 182.900€ AMG GLS 63 4Matic+ 219.950€ Maybach GLS 600 235.450€

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SEMI-HÍBRIDOS RANGE ROVER EVOQUE

RANGE ROVER

RANGE ROVER SPORT

 Semi-híbrido, 2.0 Ingenium e Ingenium D, 163 a 300 cv  Consumos 6,4 a 9,6 l/100 km  Emissões 168 a 217 g/km PREÇOS P200 AWD desde 57.800€ P250 AWD desde 62.006€ P300 AWD desde 67.141€ D165 AWD desde 60.522€ D200 AWD desde 64.633€

 Semi-híbrido, 3.0 MHEV e 3.0 MHEV D, 300 a 400 cv  Consumos 8,6 a 10,8 l/100 km  Emissões 205 a 246 g/km PREÇOS P400 desde 145.788€ D300 desde 151.595€ D350 desde 171.946€ D350 LWB desde 178.914€

 Semi-híbrido, 3.0 MHEV e 3.0 MHEV D, 250 a 400 cv  Consumos 8,3 a 10,3 l/100 km  Emissões 199 a 234 g/km PREÇOS P400 desde 117.267€ D250 desde 114.412€ D300 desde 124.103€ D350 desde 145.994€

SKODA OCTAVIA RANGE ROVER VELAR

SEAT LEON

 Semi-híbrido, 3.0 MHEV, 2.0 e 3.0 MHEV D, 200 a 400 cv  Consumos 6,4 a 9,9 l/100 km  Emissões 167 a 222 g/km PREÇOS P400 desde 95.582€ D200 desde 77.053€ D300 desde 102.327€

 Semi-híbrido, 1.0 e 1.5 eTSI, 110 a 150 cv  Consumos 5,5 a 5,8 l/100 km  Emissões 127 a 133 g/km PREÇOS 1.0 eTSI desde 29.500€ 1.5 eTSI desde 33.733€ 1.5 eTSI Sportstourer desde 34.894€

 Semi-híbrido, 1.0 eTSI, 110 cv  Consumos 5,1 a 5,3 l/100 km  Emissões 116 a 119 g/km PREÇOS 1.0 TSI desde 25.877€ Break 1.0 TSI desde 26.792€

SUZUKI SWIFT SUZUKI S-CROSS

SUZUKI IGNIS  Semi-híbrido, 1.2 SHVS, 83 cv  Consumos 4,3 l/100 km  Emissões 97 g/km PREÇOS 1.2 GLE 1.2 GLE 4x4 1.2 GLX 1.2 GLX CVT 1.2 GLX 4x4

16.227€ 17.764€ 17.330€ 18.568€ 18.867€

 Semi-híbrido, 1.4T SHVS, 129 cv  Consumos 5,6 a 6,2 l/100 km  Emissões 128 a 140 g/km PREÇOS 1.4T GLE 24.901€ 1.4T GLX 27.494€ 1.4T GLX 4x4 29.402€

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 Semi-híbrido, 1.2 SHVS e 1.4T SHVS, 83 a 129 cv  Consumos 4,0 a 5,6 l/100 km  Emissões 90 a 127 g/km PREÇOS 1.2 GLE 16.596€ 1.2 GLE CVT 18.027€ 1.2 GLE 4x4 18.137€ 1.2 GLX 17.612€ 1.2 GLX CVT 19.044€ Sport 24.196€

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SEMI-HÍBRIDOS SUZUKI VITARA

VOLKSWAGEN GOLF

VOLVO S60/V60

 Semi-híbrido, 1.4T SHVS, 129 cv  Consumos 5,7 a 6,2 l/100 km  Emissões 129 a 141 g/km PREÇOS 1.4T GLE 26.196€ 1.4T GLE 4x4 28.097€ 1.4T GLX 28.468€ 1.4T GLX 4x4 30.384€

 Semi-híbrido, 1.0 e 1.5 eTSI, 110 a 150 cv  Consumos 5,2 a 5,7 l/100 km  Emissões 118 a 130 g/km PREÇOS 110 eTSI desde 28.987€ 130 eTSI desde 35.190€ 150 eTSI desde 35.126€ Variant 110 eTSI desde 29.490€ Variant 130 eTSI desde 29.976€ Variant 150 eTSI desde 35.611€

 Semi-híbrido, 2.0 B4, B4 diesel e B5, 190 a 250 cv  Consumos 5,1 a 6,4 l/100 km  Emissões 134 a 147 g/km PREÇOS S60 B5 desde 52.431€ V60 B4 Diesel desde 50.872€ V60 B4 desde 49.697€ V60 B4 Diesel Cross Country 58.844€

VOLVO S90/V90  Semi-híbrido, 2.0 B4/B5 diesel, 190 a 250 cv  Consumos 4,6 a 6,9 l/100 km  Emissões 121 a 181 g/km PREÇOS S90 B5 Diesel desde 67.245€ V90 B4 Diesel desde 65.462€ V90 B4 Diesel Cross Country 76.617€ V90 B5 Diesel desde 72.307€ V90 B5 Diesel Cross Country 78.852€

VOLVO XC40  Semi-híbrido, 2.0 B4, 190 cv  Consumos 7,3 l/100 km  Emissões 167 g/km PREÇOS XC40 B4 desde 49.470€

VOLVO XC60  Semi-híbrido, 2.0 B4, B5 e B5 Diesel, 190 a 250 cv  Consumos 6,2 a 8,6 l/100 km  Emissões 162 a 196 g/km PREÇOS XC60 B4 desde 62.003€ XC60 B4 Diesel desde 63.969€ XC60 B5 Diesel desde 74.369€

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VOLVO XC90  Semi-híbrido, 2.0 B5 Diesel, 235 cv  Consumos 6,6 l/100 km  Emissões 174 g/km PREÇOS XC90 B5 Diesel desde 92.242€

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HÍBRIDOS FORD KUGA HEV

FORD MONDEO HEV

 Híbrido, 2.5 HEV, 190 cv (pot. total)  Consumos 5,4 l/100 km  Emissões 125 g/km PREÇOS HEV desde 40.203€

 Híbrido, 2.0 HEV, 187 cv (pot. total)  Consumos 5,6 a 6,0 l/100 km  Emissões 127 a 138 g/km PREÇOS HEV desde 42.161€ Station HEV desde 43.381€

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HÍBRIDOS FORD S-MAX HEV

FORD GALAXY HEV

HONDA CR-V HYBRID

 Híbrido, 2.5 HEV, 190 cv (pot. total)  Consumos 5,6 l/100 km  Emissões 128 a 129 g/km PREÇOS HEV 46.554€

 Híbrido, 2.5 HEV, 190 cv (pot. total)  Consumos 5,8 a 5,9 l/100 km  Emissões 134 a 135 g/km PREÇOS HEV 50.391€

 Híbrido, 2.0 i-MMD, 184 cv (pot. total)  Consumos 5,3 a 5,5 l/100 km  Emissões 120 a 126 g/km PREÇOS Hybrid 2WD desde 46.360€

HONDA JAZZ HYBRID

HYUNDAI IONIQ HYBRID

HYUNDAI KAUAI HYBRID

 Híbrido, 1.5 i-MMD, 109 cv (pot. total)  Consumos 4,5 a 4,8 l/100 km  Emissões 102 a 110 g/km PREÇOS Hybrid Executive 29.850€ Crosstar Hybrid 33.225€

 Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total)  Consumos 3,9 l/100 km  Emissões 92 g/km PREÇOS HEV 27.906€ HEV Pack Plus 30.956€

 Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total)  Consumos 5,0 l/100 km  Emissões 90 g/km PREÇOS HEV Premium 25.130€

HYUNDAI TUCSON HEV

KIA NIRO

LEXUS CT

 Híbrido, 1.6 TGDi, 230 cv (pot. total)  Consumos 5,5 l/100 km  Emissões 125 g/km PREÇOS HEV Premium 38.650€ HEV Vanguard 42.850€

 Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total)  Consumos 3,8 l/100 km  Emissões 86 g/km PREÇOS HEV Urban 25.900€ HEV Drive 28.000€ HEV Tech 30.000€

 Híbrido, 1.8 VVT-i, 136 cv (pot. total)  Consumos 3,6 l/100 km  Emissões 93 g/km PREÇOS CT200h Business 30.600€ CT200h Executive 31.900€ CT200h Executive+ 34.200€ CT200h F Sport 36.800€ CT200h F Sport+ 43.300€ CT200h Luxury 42.600€

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HÍBRIDOS

LEXUS ES

LEXUS IS

LEXUS LC

 Híbrido, 2.5 VVT-i, 218 cv (pot. total)  Consumos 4,4 l/100 km,  Emissões 120 g/km PREÇOS ES300h Business 59.000€ ES300h Special Edition 62.900€ ES300h Executive 63.500€ ES300h Executive+ 64.500€ ES300h F Sport 65.500€ ES300h F Sport+ 70.500€ ES300h Luxury 75.000€

 Híbrido, 2.5 VVT-i, 223 cv (pot. total)  Consumos 4,3 l/100 km  Emissões 99 g/km PREÇOS IS300h Business 44.100€ IS300h Executive 47.000€ IS300h Executive+ 50.900€ IS300h F Sport 51.600€ IS300h F Sport+ 57.800€ IS300h Luxury 58.100€

 Híbrido, 3.5 VVT-i, 359 cv (pot. total)  Consumos 6,4 l/100 km  Emissões 145 g/km PREÇOS LC500h Luxury 121.500€ LC500h Sport 125.500€ LC500h Sport+ 133.500€

LEXUS UX LEXUS LS

LEXUS NX

 Híbrido, 3.5 VVT-i, 359 cv (pot. total)  Consumos 7,0 l/100 km  Emissões 158 g/km PREÇOS LS500h Executive+ 134.711€ LS500h F Sport 147.711€ LS500h Luxury 154.711€ LS500h Superlative 168.711€

 Híbrido, 2.5 VVT-i, 197 cv (pot. total)  Consumos 5,5 a 5,7 l/100 km  Emissões 127 a 130 g/km PREÇOS NX300h Business FWD 53.600€ NX300h Executive FWD 58.800€ NX300h Executive+ FWD 61.000€ NX300h F Sport AWD 66.600€ NX300h F Sport+ AWD 73.600€ NX300h Luxury AWD 73.600€

 Híbrido, 2.0 VVT-i, 184 cv (pot. total)  Consumos 4,5 l/100 km  Emissões 120 g/km PREÇOS UX250h Business FWD 43.000€ UX250h Executive FWD 46.000€ UX250h Executive+ FWD 47.400€ UX250h Premium FWD 50.800€ UX250h F Sport FWD 51.100€ UX250h F Sport AWD 53.000€ UX250h F Sport+ FWD 60.200€ UX250h F Sport+ AWD 62.100€ UX250h Luxury FWD 60.700€ UX250h Luxury AWD 62.600€

LEXUS RC

RENAULT CLIO E-TECH

 Híbrido, 2.5 VVT-i, 223 cv (pot. total)  Consumos 4,8 l/100 km  Emissões 109 g/km PREÇOS RC300h Executive 53.900€ RC300h Executive+ 55.200€ RC300h F Sport 60.900€ RC300h F Sport+ 61.900€ RC300h Luxury 61.400€

 Híbrido, 1.6 E-Tech, 140 cv (pot. total)  Consumos 4,3 l/100 km  Emissões 98 g/km PREÇOS E-Tech 140 Intens 24.650€ E-Tech 140 RS Line 26.750€ E-Tech 140 Exclusive 27.250€ E-Tech 140 Initiale Paris 30.250€

LEXUS RX  Híbrido, 3.5 VVT-i, 313 cv (pot. total)  Consumos 5,2 a 6,0 l/100 km  Emissões 132 a 138 g/km PREÇOS RX450h Business 83.500€ RX450h Executive 95.500€ RX450h Executive+ 99.700€ RX450h F Sport 101.000€ RX450h F Sport+ 106.500€ RX450hL Executive 99.000€ RX450hL Executive+ 102.000€ RX450hL Luxury 108.500€

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HÍBRIDOS SUZUKI SWACE

TOYOTA CAMRY

TOYOTA C-HR HYBRID

 Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total)  Consumos 4,5 l/100 km  Emissões 103 g/km PREÇOS GLE 28.348€ GLX 30.183€

 Híbrido, 2.5 VVT-i, 218 cv (pot. total)  Consumos 5,5 l/100 km  Emissões 125 g/km PREÇOS Hybrid DF Exclusive 47.460€ Hybrid DF Luxury 50.460€ Hybrid DF Limousine 53.460€

 Híbrido, 1.8 e 2.0 VVT-i, 122 e 180 cv (pot. total)  Consumos 4,8 a 5,3 l/100 km  Emissões 110 a 120 g/km PREÇOS Hybrid Comfort Hybrid Square Collection Hybrid Exclusive Hybrid DF Square Collection Hybrid DF Exclusive

TOYOTA COROLLA HYBRID

TOYOTA PRIUS

 Híbrido, 1.8 e 2.0 VVT-i, 122 e 180 cv (pot. total)  Consumos 4,9 a 5,3 l/100 km  Emissões 110 a 119 g/km PREÇOS Hybrid desde 26.060€ Sedan Hybrid desde 30.510€ Touring Hybrid desde 27.160€

 Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total)  Consumos 4,8 l/100 km  Emissões 108 g/km PREÇOS Hybrid Exclusive 32.890€ Hybrid Luxury 36.890€ Hybrid Premium 38.390€

TOYOTA YARIS HYBRID

TOYOTA RAV4

 Híbrido, 1.5 VVT-i, 116 cv (pot. total)  Consumos 3,7 l/100 km  Emissões 85 g/km PREÇOS Hybrid DF desde 20.570€

 Híbrido, 2.5 VVT-i, 218 cv (pot. total)  Consumos 5,6 l/100 km  Emissões 128 g/km PREÇOS RAV4 desde 39.825€ RAV4 4x4 desde 45.225€ RAV4 Black Edition 49.225€

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29.360€ 31.910€ 33.410€ 34.910€ 36.410€

TOYOTA PRIUS+  Híbrido, 1.8 VVT-i, 136 cv (pot. total)  Consumos 5,8 l/100 km  Emissões 132 g/km PREÇOS Hybrid Luxury 40.360€

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HÍBRIDOS PLUG-IN

AUDI A3

AUDI A6

AUDI A7 SPORTBACK

 Híbrido, 1.4 TFSI, 204 cv (pot. total)  Consumos 1,0 l/100 km  Autonomia 65 km  Emissões 24 g/km PREÇOS Sportback 40 TFSIe desde 38.300€

 Híbrido, 2.0 TFSI, 300 e 367 cv (pot. total)  Consumos 1,6 a 2,1 l/100 km  Autonomia 40 a 53 km  Emissões 31 a 47 g/km PREÇOS Base 50 TFSIe quattro Sport 55 TFSIe quattro Avant 50 TFSIe quattro Base Avant 55 TFSIe quattro Sport

 Híbrido, 2.0 TFSI, 300 e 367 cv (pot. total)  Consumos 1,6 a 2,1 l/100 km  Autonomia 40 a 53 km  Emissões 31 a 47 g/km PREÇOS 50 TFSIe quattro 77.793€ 55 TFSIe quattro 86.516€

68.355€ 76.039€ 70.658€ 78.342€

AUDI Q5

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 Híbrido, 2.0 TFSI, 300 e 367 cv (pot. total)  Consumos 2,2 a 2,8 l/100 km  Autonomia 40 a 45 km  Emissões 51 a 64 g/km PREÇOS 50 TFSI e quattro desde 63.547€ 55 TFSI e quattro Sport 70.311€

AUDI Q7

BMW 225xe Active Tourer

 Híbrido, 2.0 TFSI, 381 cv (pot. total)  Consumos 3,1 l/100 km  Autonomia 40 km  Emissões 71 g/km PREÇOS 55 TFSI e quattro Base 79.690€ 55 TFSI e quattro S Line 83.681€

 Híbrido, 1.5 TwinPower, 224 cv (pot. total)  Consumos 1,9 l/100 km  Autonomia 53 km  Emissões 42 g/km PREÇOS 225xe 42.330€

BMW 330e

BMW 530e

BMW 745e

 Híbrido, 2.0 TwinPower, 292 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 56 a 59 km  Emissões 31 g/km PREÇOS 330e 53.500€ 330e Touring 55.000€

 Híbrido, 2.0 e 3.0 TwinPower, 292 e 394 cv (pot. total)  Consumos 1,3 a 1,7 l/100 km  Autonomia 57 a 61 km  Emissões 30 a 38 g/km PREÇOS 530e 65.400€ 545e 84.100€ 530e Touring 68.200€

 Híbrido, 3.0 TwinPower, 394 cv (pot. total)  Consumos 2,0 a 2,3 l/100 km  Autonomia 45 a 50 km  Emissões 45 a 53 g/km PREÇOS 745e xDrive 122.280€ 745Le xDrive 133.430€

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HÍBRIDOS PLUG-IN BMW X1 iPerformance

BMW X2 iPerformance

BMW X3 iPerformance

 Híbrido, 1.5 TwinPower, 220 cv (pot. total)  Consumos 1,7 l/100 km  Autonomia 52 km  Emissões 39 g/km PREÇOS xDrive25e 49.350€

 Híbrido, 1.5 TwinPower, 220 cv (pot. total)  Consumos 1,7 l/100 km  Autonomia 51 km  Emissões 38 g/km PREÇOS xDrive25e 55.500€

 Híbrido, 2.0 TwinPower, 292 cv (pot. total)  Consumos 2,2 l/100 km  Autonomia 46 km  Emissões 49 g/km PREÇOS xDrive30e 63.220€

CITROËN C5 AIRCROSS HYBRID

CUPRA LEON e-HYBRID

BMW X5 iPerformance  Híbrido, 3.0 TwinPower, 394 cv (pot. total)  Consumos 1,2 l/100 km  Autonomia 87 km  Emissões 28 g/km PREÇOS xDrive45e 88.250€

CUPRA FORMENTOR e-HYBRID  Híbrido, 1.4 TSI, 204 a 245 cv (pot. total)  Consumos 1,2 a 1,6 l/100 km  Autonomia 55 a 59 km  Emissões 27 a 33 g/km PREÇOS e-Hybrid 41.072€ VZ e-Hybrid 46.255€

DS 7 CROSSBACK E-TENSE  Híbrido, 1.6 PureTech, 225 e 300 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 58 km  Emissões 31 g/km PREÇOS E-Tense 4x2 desde 51.950€ E-Tense 4x4 desde 56.700€

 Híbrido, 1.6 PureTech, 225 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 55 km  Emissões 32 g/km PREÇOS Feel Hybrid 39.117€ Feel Pack Hybrid 41.267€ Shine Hybrid 43.247€

 Híbrido, 1.4 TSI, 245 cv (pot. total)  Consumos 1,3 a 1,5 l/100 km  Autonomia 52 km  Emissões 29 a 33,5 g/km PREÇOS e-Hybrid desde 41.264€ e-Hybrid Sportstourer desde 42.425€

DS 9 E-TENSE

FORD EXPLORER

 Híbrido, 1.6 PureTech, 225 cv (pot. total)  Consumos 1,5 l/100 km  Autonomia 56 km  Emissões 33 a 34 g/km PREÇOS E-Tense Performance Line + 59.100€ E-Tense Rivoli + 61.000€

 Híbrido, 3.0 PHEV, 457 cv (pot. total)  Consumos 3,1 l/100 km  Autonomia 42 km  Emissões 71 g/km PREÇOS PHEV ST-Line 84.210€

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HÍBRIDOS PLUG-IN

FORD KUGA PHEV

HYUNDAI IONIQ HYBRID

JAGUAR E-PACE

 Híbrido, 2.5 PHEV, 225 cv (pot. total)  Consumos 1,2 l/100 km,  Autonomia 56 km  Emissões 26 g/km PREÇOS PHEV desde 42.211€

 Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total)  Consumos 1,1 l/100 km  Autonomia 63 km  Emissões 26 g/km PREÇOS PHEV 35.430€ PHEV Pack Plus 38.480€

 Híbrido, 1.5 Turbo, 309 cv (pot. total)  Consumos 2,0 l/100 km  Autonomia 55 km  Emissões 44 g/km PREÇOS P300e desde 59.451€

JAGUAR F-PACE

KIA CEED

KIA NIRO

 Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total)  Consumos 2,2 l/100 km  Autonomia 53 km  Emissões 49 g/km PREÇOS P400e desde 75.479€

 Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total)  Consumos 1,3 l/100 km  Autonomia 50 km  Emissões 29 g/km PREÇOS SW PHEV Drive 32.250€ Xceed PHEV First Edition 33.250€

 Híbrido, 1.6 GDi, 141 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 49 km  Emissões 31 g/km PREÇOS PHEV Urban 34.650€ PHEV Drive 36.450€ PHEV Tech 37.950€

KIA OPTIMA

LAND ROVER DEFENDER P400e

LAND ROVER DISCOVERY SPORT P300e

 Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total)  Consumos 2,2 l/100 km  Autonomia 53 km  Emissões 49 g/km PREÇOS 110 P400e desde 80.876€

 Híbrido, 1.5 Turbo, 309 cv (pot. total)  Consumos 1,7 l/100 km  Autonomia 64 km  Emissões 38 g/km PREÇOS P300e AWD desde 57.219€

 Híbrido, 2.0 GDi, 205 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 62 km  Emissões 33 g/km PREÇOS SW PHEV 45.410€

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HÍBRIDOS PLUG-IN MERCEDES CLASSE A

MERCEDES CLASSE B

MERCEDES CLASSE C

 Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total)  Consumos 1,0 a 1,1 l/100 km  Autonomia 76 km  Emissões 24 a 25 g/km PREÇOS A 250 e 40.800€ A 250 e Limousine 42.150€

 Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 77 km  Emissões 32 g/km PREÇOS B 250 e 43.350€

 Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 320 e 306 cv (pot. total)  Consumos 1,3 a 1,6 l/100 km  Autonomia 53 a 57 km  Emissões 34 a 39 g/km PREÇOS C 300 e desde 53.550€ C 300 de desde 55.950€ C 300 e Station desde 55.450€ C 300 de Station desde 57.700€

MERCEDES CLA

MERCEDES CLASSE E

 Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 68 km  Emissões 31 a 35 g/km PREÇOS CLA 250 e 48.950€ CLA 250 e Shooting Brake 50.400€

 Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 320 e 306 cv (pot. total)  Consumos 1,4 a 1,6 l/100 km  Autonomia 50 a 54 km  Emissões 37 a 41 g/km PREÇOS E 300 e desde 67.650€ E 300 de desde 69.550€ E 300 e Station desde 70.650€ E 300 de Station desde 72.550€

MERCEDES GLA

MERCEDES GLC

MERCEDES GLE

MINI COUNTRYMAN S E

 Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 306 a 320 cv (pot. total)  Consumos 1,7 a 2,3 l/100 km  Autonomia 42 a 44 km  Emissões 46 a 52 g/km PREÇOS GLC 300 e 4Matic GLC 300 e 4Matic Coupé GLC 300 de 4Matic GLC 300 de 4Matic Coupé

 Híbrido, 2.0 turbo e Diesel, 320 cv (pot. total)  Consumos 1,1 l/100 km  Autonomia 80 km  Emissões 28 g/km PREÇOS GLE 350 e 4Matic GLE 350 de 4Matic GLE 350 e 4Matic Coupé GLE 350 de 4Matic Coupé

 Híbrido, 1.5 turbo, 224 cv (pot. total)  Consumos 1,8 l/100 km  Autonomia 51 km  Emissões 40 g/km PREÇOS Cooper S E ALL4 42.650€

69.200€ 70.900€ 67.500€ 69.200€

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 Híbrido, 1.3 turbo, 218 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 61 km  Emissões 32 g/km PREÇOS GLA 250 e 51.700€

85.350€ 87.150€ 95.100€ 96.900€

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HÍBRIDOS PLUG-IN MITSUBISHI OUTLANDER

OPEL GRANDLAND X PHEV

PEUGEOT 508 HYBRID

 Híbrido, 2.4 MIVEC, 230 cv (pot. total)  Consumos 2,0 l/100 km  Autonomia 45 km  Emissões 46 g/km PREÇOS PHEV Instyle 34.990€

 Híbrido, 1.6 Turbo PHEV, 225 a 300 cv (pot. total)  Consumos 1,3 a 1,4 l/100 km  Autonomia 57 a 69 km  Emissões 29 a 32 g/km PREÇOS PHEV GS Line PHEV Ultimate PHEV Ultimate AWD

 Híbrido, 1.6 PureTech, 225 cv (pot. total)  Consumos 1,3 l/100 km  Autonomia 52 a 54 km  Emissões 29 a 30 g/km PREÇOS Allure HY 43.855€ GT HY 46.555€ SW Allure HY 45.355€ SW GT HY 48.055€

46.716€ 52.866€ 59.616€

508 PEUGEOT PSE  Híbrido, 1.6 PureTech, 360 cv (pot. total)  Consumos 2,03 l/100 km  Autonomia 46 km  Emissões 46 g/km PREÇOS 508 PSE 68.855€ 508 SW PSE 70.355€

PEUGEOT 3008 HYBRID

PORSCHE CAYENNE

 Híbrido, 1.6 Turbo PHEV, 225 e 300 cv (pot. total)  Consumos 1,3 a 1,4 l/100 km  Autonomia 40 a 59 km  Emissões 29 a 31 g/km PREÇOS Allure HY Allure HY4 GT HY4

 Híbrido, 3.0 e 4.0 Turbo, 462 e 680 cv (pot. total)  Consumos 3,9 a 4,9 l/100 km  Autonomia 32 a 36 km  Emissões 89 a 111 g/km PREÇOS E-Hybrid E-Hybrid Coupé Turbo S E-Hybrid Turbo S E-Hybrid Coupé

44.135€ 49.135€ 54.185€

100.382€ 105.303€ 186.326€ 190.631€

PORSCHE PANAMERA  Híbrido, 3.0 e 4.5 Turbo, 462 e 680 cv (pot. total)  Consumos 3,3 a 3,8 l/100 km  Autonomia 38 a 44 km  Emissões 74 a 85 g/km PREÇOS 4 E-Hybrid desde 121.122€ 4 E-Hybrid Sport Turismo desde 124.075€ 4S E-Hybrid desde 146.952€ 4S E-Hybrid Sport Turismo 149.906€ Turbo S E-Hybrid desde 216.081€ Turbo S E-Hybrid Sport Turismo 219.035€

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RANGE ROVER EVOQUE P300e  Híbrido, 1.5 Turbo, 309 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 66 km  Emissões 32 g/km PREÇOS P300e desde 58.744€

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RANGE ROVER SPORT P400e  Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total)  Consumos 3,3 l/100 km  Autonomia 39 km  Emissões 74 g/km PREÇOS P400e SE desde 99.782€


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HÍBRIDOS PLUG-IN RANGE ROVER P400e

RANGE ROVER VELAR P400e

RENAULT CAPTUR E-TECH

 Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total)  Consumos 3,3 l/100 km  Autonomia 41 km  Emissões 75 g/km PREÇOS P400e desde 134.346€

 Híbrido, 2.0 Turbo, 404 cv (pot. total)  Consumos 2,2 l/100 km  Autonomia 53 km  Emissões 49 g/km PREÇOS P400e desde 79.593€

 Híbrido, 1.6 E-Tech, 160 cv (pot. total)  Consumos 1,4 l/100 km  Autonomia 50 km  Emissões 32 g/km PREÇOS E-Tech 160 Intens 33.940€ E-Tech 160 RS Line 35.940€ E-Tech 160 Initiale Paris 37.290€

RENAULT MÉGANE SPORT TOURER E-TECH

SEAT LEON e-HYBRID

SKODA OCTAVIA iV

 Híbrido, 1.6 E-Tech, 160 cv (pot. total)  Consumos 1,3 l/100 km  Autonomia 50 km  Emissões 28 g/km PREÇOS E-Tech 160 Zen 36.650€ E-Tech 160 Intens 38.050€ E-Tech 160 RS Line 40.050€

 Híbrido, 1.4 TSI, 204 cv (pot. total)  Consumos 1,1 a 1,3 l/100 km  Autonomia 58 a 64 km  Emissões 25 a 30 g/km PREÇOS e-Hybrid desde 35.712€ e-Hybrid Sportstourer desde 36.900€

 Híbrido, 1.4 TSI, 204 e 245 cv (pot. total)  Consumos 1,0 a 1,2 l/100 km  Autonomia 60 km  Emissões 22 a 27 g/km PREÇOS iV desde 36.829€ Break iV desde 37.715€

SKODA SUPERB iV

SUZUKI ACROSS

TOYOTA PRIUS

 Híbrido, 1.4 TSI, 218 cv (pot. total)  Consumos 1,4 a 1,5 l/100 km  Autonomia 55 km  Emissões 31 g/km PREÇOS Superb desde 40.943€ Superb Break desde 42.059€

 Híbrido, 2.5 VVT-i, 306 cv (pot. total)  Consumos 1,0 l/100 km  Autonomia 75 km  Emissões 26 g/km PREÇOS Plug-in E-Four 56.822€

 Híbrido, 1.8 VVT-i, 122 cv (pot. total)  Consumos 1,2 l/100 km  Autonomia 45 km  Emissões 28 g/km PREÇOS Plug-In Luxury 43.690€ Plug-In Premium 45.690€

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HÍBRIDOS PLUG-IN

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VOLKSWAGEN ARTEON GTE

VOLKSWAGEN GOLF GTE

VOLKSWAGEN PASSAT GTE

 Híbrido, 1.4 TSI, 218 cv (pot. total)  Consumos 1,3 l/100 km  Autonomia 70 km  Emissões 30 g/km PREÇOS GTE desde 50.038€ GTE Shooting Break desde 51.077€

 Híbrido, 1.4 TSI, 204 cv (pot. total)  Consumos 2,0 l/100 km  Autonomia 49 km  Emissões 46 g/km PREÇOS GTE desde 41.532€

 Híbrido, 1.4 TSI, 218 cv (pot. total)  Consumos 1,5 a 1,6 l/100 km  Autonomia 55 a 57 km  Emissões 40 g/km PREÇOS GTE desde 45.919€ Variant GTE desde 49.307€

VOLKSWAGEN TIGUAN HYBRID

VOLKSWAGEN TOUAREG HYBRID

VOLVO S60/V60

 Híbrido, 1.4 TSI, 245 cv (pot. total)  Consumos 1,6 l/100 km  Autonomia 70 km  Emissões 59 g/km PREÇOS Hybrid desde 41.118€

 Híbrido, 3.0 TSI, 380 a 462 cv (pot. total)  Consumos 2,7 a 2,8 l/100 km  Autonomia 47 a 60 km  Emissões 60 a 62 g/km PREÇOS Hybrid desde 86.353€

 Híbrido, 2.0 T, 340 a 405 cv (pot. total)  Consumos 1,7 a 2,7 l/100 km  Autonomia 44 a 56 km  Emissões 38 a 56 g/km PREÇOS S60 T8 Recharge desde 62.726€ V60 T6 Recharge desde 57.560€ V60 T8 Recharge desde 60.020€

VOLVO S90/V90

VOLVO XC40

VOLVO XC60

 Híbrido, 2.0 T, 390 cv (pot. total)  Consumos 1,9 a 2,1 l/100 km  Autonomia 53 a 55 km  Emissões 43 a 47 g/km PREÇOS S90 T8 Recharge desde 70.229€ V90 T6 Recharge desde 71.090€ V90 T8 Recharge desde 74.165€

 Híbrido, 1.5 T, 262 cv (pot. total)  Consumos 2,0 l/100 km  Autonomia 46 km  Emissões 46 g/km PREÇOS T5 Recharge desde 46.588€

 Híbrido, 2.0 T, 340 a 405 cv (pot. total)  Consumos 2,4 a 3,3 l/100 km  Autonomia 36 a 53 km  Emissões 55 a 73 g/km PREÇOS T6 Recharge desde 69.407€ T8 Recharge desde 73.650€ Polestar Eng. 87.567€

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ELÉTRICOS

HÍBRIDOS PLUG-IN VOLVO XC90

AUDI E-TRON

AUDI E-TRON GT

 Híbrido, 2.0 T, 390 cv (pot. total)  Consumos 2,7 a 3,4 l/100 km  Autonomia 43 km  Emissões 60 a 76 g/km PREÇOS T8 Recharge desde 83.520€

 Elétrico, 313 a 503 cv  Bateria 71 a 95 kWh  Autonomia 336 a 446 km PREÇOS 50 quattro desde 72.719€ 55 quattro desde 87.399€ S quattro 99.736€ Sportback 50 quattro desde 75.388€ Sportback 55 quattro desde 88.538€ Sportback S quattro 102.508€

 Elétrico, 476 a 598 cv  Bateria 85 kWh  Autonomia 472 a 487 km PREÇOS e-tron GT quattro – (pré-reserva: depósito de 2.500€) RS e-tron GT quattro –

BMW i3

BMW iX3

CITROËN ë-C4

 Elétrico, 170 a 184 cv  Bateria 33 kWh  Autonomia 279 a 308 km PREÇOS i3 i3s

 Elétrico, 286 cv  Bateria 75 kWh  Autonomia 450 km PREÇOS iX3

 Elétrico, 136 cv  Bateria 50 kWh  Autonomia 350 km PREÇOS Feel Feel Pack Shine Shine Pack

42.100€ 45.900€

desde 72.600€

CITROËN ë-SPACETOURER

DS 3 CROSSBACK E-TENSE

 Elétrico, 136 cv  Bateria 50 kWh  Autonomia 230 km PREÇOS Business M Business XL Feel M Feel XL

 Elétrico, 136 cv  Bateria 50 kWh  Autonomia 320 km PREÇOS E-Tense So Chic E-Tense Performance Line E-Tense Grand Chic

42.907€ 43.523€ 44.270€ 44.886€

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37.607€ 38.607€ 40.007€ 41.407€

FIAT 500

41.700€ 42.350€ 46.500€

 Elétrico, 95 a 118 cv  Bateria 42 kWh  Autonomia 320 km PREÇOS 500e 500e 3+1 500e Cabrio

desde 23.800€ desde 28.800€ desde 29.800€

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ELÉTRICOS

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FORD MUSTANG MACH-E

HONDA-E

HYUNDAI IONIQ ELECTRIC

 Elétrico, 258 a 337 cv  Bateria 75,7 e 98,8 kWh  Autonomia 440 a 610 km PREÇOS SR RWD SR AWD ER RWD ER AWD

 Elétrico, 136 e 154 cv  Bateria 35,5 kWh  Autonomia 210-222 km PREÇOS Base Advance

 Elétrico, 136 cv  Bateria 38,3 kWh  Autonomia 311 km PREÇOS EV

49.901€ 57.322€ 57.835€ 66.603€

36.360€ 38.885€

HYUNDAI KAUAI ELECTRIC

JAGUAR I-PACE

KIA e-NIRO

 Elétrico, 136 a 204 cv  Bateria 39,2 a 64 kWh  Autonomia 305 a 484 km PREÇOS Electric 39 kWh Electric Premium Electric Premium Plus

 Elétrico, 400 cv  Bateria 90 kWh  Autonomia 470 km PREÇOS I-Pace S I-Pace SE I-Pace HSE

 Elétrico, 204 cv  Bateria 64 kWh  Autonomia 455 km PREÇOS Tech

39.105€ 46.705€ 51.580€

81.788€ 89.920€ 96.223€

KIA e-SOUL

LEXUS UX 300e

MAZDA MX-30

 Elétrico, 136 a 204 cv  Bateria 39,2 a 64 kWh  Autonomia 276 a 452 km PREÇOS e-Soul 39 e-Soul 64

 Elétrico, 204 cv  Bateria 54,3 kWh  Autonomia 315 km PREÇOS UX300e Executive+ UX300e Premium UX300e Luxury

 Elétrico, 143 cv  Bateria 35,5 kWh  Autonomia 200 km PREÇOS First Edition Excellence Excellence Pack Plus

37.000€ 40.000€

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52.500€ 57.500€ 63.500€

36.580€

42.750€

34.535€ 35.245€ 37.655€


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ELÉTRICOS MERCEDES EQA

MERCEDES EQC

MERCEDES EQV

 Elétrico, 190 cv  Bateria 66,5 kWh  Autonomia 426 km PREÇOS EQA 250

 Elétrico, 408 cv  Bateria 80 kWh  Autonomia 410 km PREÇOS EQC 400 4Matic

 Elétrico, 116 a 204 cv  Bateria 90 kWh  Autonomia 347 a 358 km PREÇOS eVito Furgão eVito Furgão Longo eVito Tourer eVito Tourer Longo EQV 300 EQV 300 Longo

desde 53.750€

50.563€ 52.124€ 72.813€ 74.423€ 79.441€ 80.437€

NISSAN LEAF

MINI COOPER S E  Elétrico, 184 cv  Bateria 32,6 kWh  Autonomia 235 km PREÇOS Electric S Electric M Electric L Electric XL

79.150€

34.400€ 36.900€ 39.400€ 41.400€

 Elétrico, 150 e 217 cv  Bateria 40 e 62 kWh  Autonomia 270 e 385 km PREÇOS Acenta 10.º Aniversário N-Connecta Tekna e+ Acenta e+ N-Connecta e+ 10.º Aniversário e+ Tekna

26.400€ 27.350€ 27.500€ 30.350€ 31.550€ 32.500€ 33.450€ 35.350€

NISSAN e-NV200  Elétrico, 109 cv  Bateria 40 kWh  Autonomia 275 km PREÇOS e-NV200 e-NV200 Combi e-NV200 Evalia 5 lug. e-NV200 Evalia 7 lug.

desde 29.880€ desde 31.380€ 37.365€ 37.906€

OPEL CORSA-E  Elétrico, 136 cv  Bateria 50 kWh  Autonomia 330 km PREÇOS Edition Business Edition GS Line Elegance

OPEL ZAFIRA-E LIFE 30.110€ 31.310€ 33.310€ 32.610€

 Elétrico, 136 cv  Bateria 50 e 75 kWh  Autonomia 220 a 330 km PREÇOS Business Edition 50 desde 49.520€ Business Edition 75 desde 58.970€ Edition 50 desde 53.110€ Edition 75 desde 62.560€ Elegance 50 desde 58.600€ Elegance 75 desde 67.600€

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OPEL MOKKA-E  Elétrico, 136 cv  Bateria 50 kWh  Autonomia 324 km PREÇOS Edition Elegance GS-Line Ultimate

36.100€ 38.600€ 39.350€ 42.160€

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ELÉTRICOS PEUGEOT E-208

PEUGEOT E-2008

PEUGEOT e-TRAVELLER

 Elétrico, 136 cv  Bateria 50 kWh  Autonomia 340 km PREÇOS e-208 Active e-208 Allure e-208 GT

 Elétrico, 136 cv  Bateria 50 kWh  Autonomia 310 km PREÇOS e-2008 Active e-2008 Allure e-2008 GT

 Elétrico, 136 cv  Bateria 50 e 75 kWh  Autonomia 220 a 330 km PREÇOS 50 desde 55.120€ 75 desde 61.820€

28.920€ 30.070€ 32.270€

PORSCHE TAYCAN  Elétrico, 408 a 761 cv  Bateria 71 a 83 kWh  Autonomia 407 a 484 km PREÇOS Taycan 4S Turbo Turbo S

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32.970€ 34.270€ 36.770€

RENAULT TWIZY

PORSCHE TAYCAN CROSS TURISMO

87.127€ 110.866€ 158.959€ 193.399€

 Elétrico, 476 a 761 cv  Bateria 83,7 kWh  Autonomia 388 a 456 km PREÇOS 4 Cross Turismo desde 97.582€ 4S Cross Turismo desde 116.401€ Turbo Cross Turismo desde 160.435€ Turbo S Cross Turismo desde 194.875€

 Elétrico, 13 cv  Bateria 7 kWh  Autonomia 90 km PREÇOS Life Intens

12.805€ 13.605€

RENAULT TWINGO Z.E.

RENAULT ZOE

RENAULT KANGOO Z.E.

 Elétrico, 82 cv  Bateria 21,3 kWh  Autonomia 190 km PREÇOS ZE Zen ZE Intens

 Elétrico, 109 a 136 cv  Bateria 41 a 52 kWh  Autonomia 306 a 395 km PREÇOS ZE40 R110 Zen ZE50 R110 Zen ZE50 R110 Intens ZE50 R135 Intens ZE50 R135 Exclusive

 Elétrico, 95 cv  Bateria 33 kWh  Autonomia 200 km PREÇOS ZE ZE Maxi 2L ZE Maxi 5L

22.200€ 23.200€

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32.740€ 33.740€ 34.740€ 35.240€ 36.690€

34.428€ 35.904€ 36.888€


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ELÉTRICOS SKODA ENYAQ

SMART EQ

TESLA MODEL 3

 Elétrico, 180 a 204 cv  Bateria 58 a 77 kWh  Autonomia 390 a 510 km PREÇOS iV 50 iV 60 iV 80

 Elétrico, 82 cv  Bateria 17,6 kWh  Autonomia 150 a 160 km PREÇOS fortwo desde 21.975€ fortwo cabrio desde 26.395€ forfour desde 23.745€

 Elétrico  Bateria 75 kWh  Autonomia 415 a 560 km PREÇOS Standard Long Range Performance

TESLA MODEL S

TESLA MODEL Y

TESLA MODEL X

 Elétrico  Bateria 100 kWh  Autonomia 613 a 632 km PREÇOS Long Range Plaid Plaid+

 Elétrico  Bateria 75 kWh  Autonomia 480 a 540 km PREÇOS Long Range Performance

 Elétrico  Bateria 100 kWh  Autonomia 542 a 565 km PREÇOS Long Range Plaid

35.633€ 39.623€ 46.193€

90.990€ 120.990€ 140.990€

65.000€ 71.000€

VOLKSWAGEN ID.3

VOLKSWAGEN ID.4

VOLKSWAGEN e-UP!

 Elétrico, 126 a 204 cv  Bateria 45 a 77 kWh  Autonomia 330 a 540 km PREÇOS Life Business Style Family Tech Max Tour

 Elétrico, 204 cv  Bateria 77 kWh  Autonomia 501 km PREÇOS 1st

 Elétrico, 83 cv  Bateria 36,8 kWh  Autonomia 260 km PREÇOS e-up!

38.642€ 42.136€ 42.327€ 42.154€ 44.839€ 47.074€ 48.101€

blueauto

46.306€

50.900€ 57.990€ 63.990€

99.990€ 120.990€

23.305€

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testemunho

“Com a utilização de um veículo elétrico poderá poupar-se entre 50% a 60% por mês” aspetos positivos superam os negativos. Certamente, em termos de custos correntes com a utilização de um veículo elétrico poderá poupar-se entre 50% a 60% por mês, isto numa condução em modo eco, se a condução for em modo sport o consumo de energia é bastante superior.

Nome: Ricardo Belchior Idade: 36 Profissão/ocupação: CEO Nome da empresa: BMG-Services Marca/modelo: Peugeot e-2008 Km atual: 2500

Por que razão(razões) optou por um veículo elétrico para a frota da sua empresa? A BMG-Services presta serviços na área da limpeza, manutenção e gestão de edifícios, pretendemos contribuir para um mundo sustentável mais ecológico, se podemos ser um exemplo, porque não o ser?! Porquê a escolha do Peugeot e-2008? Na verdade, foi uma escolha fácil, o carro reúne uma série de fatores importantes quando se trata da tomada de decisão de optar por um veículo elétrico, tem uma autonomia de cerca de 320 km, uma condução muito suave, quer na cidade ou fora dela, dotado de tecnologia de ponta e é um carro com um design bastante atrativo. Que balanço faz da sua utilização como veículo de empresa? Em termos económicos, compensa? O balanço é certamente positivo, embora existam contras, os

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Quais as principais vantagens que destaca? Existem várias, mas a principal é ser um ótimo veículo para circular na cidade, com consumos muito baixos nesse tipo de circulação, outra é ser considerado um veículo verde conseguindo ter um dístico para os parques de estacionamento da cidade, aqui está mais um fator de poupança económica. E as principais desvantagens, ou aquilo que poderia ser melhorado? Neste momento eu considero como principal desvantagem o tempo, isto porque para viagens longas os carregamentos têm de ser mais constantes e fora de portas, pelo que teremos de planear as viagens com mais rigor e temos de esperar o tempo de carregamento do veículo que poderá ser entre 20 a 30 minutos, isto se o posto for de 50 kW. A outra grande desvantagem é a falta de pontos de carregamento fora da cidade, por exemplo eu vivo em Sintra e, apesar de ser um dos concelhos com mais habitantes do distrito de Lisboa, ainda dispõe de poucos postos de carregamento.

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VEÍCULOS ELÉTRICOS

“TOP 5” DAS VENDAS NA EUROPA

Os modelos BEV (elétricos a bateria) mais vendidos na Europa em janeiro 2021...

Que tipo de utilização tem com o e-2008? Diária? E urbana ou também para percursos fora da cidade? Quantos quilómetros faz diariamente, em média? A utilização neste momento é diária, é o veículo que uso tanto para deslocações profissionais, como para deslocações pessoais. A utilização tem sido exclusivamente urbana, ainda não fiz nenhuma deslocação fora do distrito de Lisboa, até porque estamos em pleno estado de emergência. A autonomia é suficiente? Com que frequência tem de o carregar? E onde é feito o carregamento? Sim, eu diria que sim, para um percurso maioritariamente urbano apenas é necessário efetuar carregamentos de 3 em 3 dias. Uma vez que não disponho de garagem, utilizo maioritariamente a rede de carregamento, próximo do escritório tenho vários postos decarregamento, e quando necessito de fazer carregamentos rápidos tenho postos tanto próximos do trabalho, como próximos de casa. Como avalia a rede de carregamento? Bem, acho que definitivamente é um ponto a melhorar, porque apesar de existirem pontos com vários postos, apenas se pode carregar um carro de cada vez. Sem dúvida para o número de veículos que começam a existir no país não são suficientes, outro problema é que muitos postos existem, mas estão inutilizados. Como avalia/compara a experiência de utilização de um veículo elétrico com a experiência anterior de condução de um veículo tradicional? É completamente diferente e na minha opinião para melhor, bastante mais segura: uma vez que queremos aproveitar o máximo da autonomia, temos tendência a controlar a velocidade, é uma condução mais consciente.

1 Renault ZOE

2 Kia e-Niro

3 Volkswagen ID.3

4 Peugeot e-208

Recomendaria esta opção a um gestor de empresa? E porquê? Acho que depende do gestor e do tipo de negócio que gere, é muito importante equilibrar as soluções de frota ao negócio. 50% da frota automóvel da BMG-Services são elétricos (2 Peugeot e-2008 e 1 Peugeot iOn). O que indica que a sustentabilidade será uma preocupação real da sua empresa. Quer falar-nos um pouco disso? Sim, conforme referi na primeira pergunta, somos uma empresa jovem e queremos ser um exemplo tanto no serviço que prestamos aos nossos clientes, como nas nossas ações que praticamos no quotidiano, enquanto empresa e cidadãos. Certamente que à medida que o negócio crescer essa percentagem sofrerá oscilações, esperemos que seja maior, com o objetivo de ter a frota 100% elétrica, mas para já isso não é possível. 

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5 Audi e-tron

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especial carregamento

PRODUTOS MOON

EXTERIORES CC

MOON

PRODUTOS MOON

Soluções de carregamento para veículos de todas as marcas

H

á mais uma novidade na área da mobilidade elétrica que chega agora a Portugal: chama-se MOON e é uma nova marca especializada em soluções integradas para armazenamento e carregamento de energia elétrica, disponibilizando produtos e serviços para clientes particulares (“wallboxes”) assim como carregadores rápidos. Marca do grupo Porsche Holding Salzburg (PHS, empresa sediada em Salzburgo, na Áustria, que detém a SIVA – Sociedade de Importação de Veículos Automóveis), este novo player do carregamento para veículos elétricos é representado no mercado nacional pela SIVA, desenvolvendo e comercializando soluções de mobilidade elétrica em três distintas áreas de negócio: clientes particulares; clientes empresariais; e também enquanto Operador de Posto de Carregamento (OPC). Afirmando querer facilitar a vida aos utilizadores ajudando a democratizar a mobilidade elétrica através da oferta de produtos e serviços inovadores, a MOON explica este lançamento com a necessidade de completar o ecossistema criado com a chegada em força dos automóveis elétricos: “As marcas representadas pela SIVA em Portugal têm vindo a apresentar um portefólio cada vez maior de veículos elétricos no mercado nacional. Esse impulso da oferta tem que ser acompanhado por soluções flexíveis e sustentáveis de carregamento. Só assim as pessoas acompanharão o movimento”. Um movimento de transição energética já em curso e para o qual este novo operador quer contribuir. Vão assim ser disponibilizados aos clientes particulares dispositivos “wallbox” para uso doméstico com potências de carga que vão de 3,6 kW (modelo Basic) a 22 kW (modelo Connect), bem como um carregador portátil POWER2GO que permite total flexibilidade e mobilidade de carregamento. O novo player também prevê fornecer aos clientes empresariais soluções à medida das necessidades

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EXTERIORES CC

de carregamento das frotas, desde a instalação dos carregadores mais adequados, passando pela preocupação em garantir a melhor utilização possível da potência disponível, até à possibilidade de geração e armazenamento energético. Já na área www.moon-power.com de OPC, a MOON vai atuar através da disponibilização de postos de carregamento rápido na rede pública Mobi.e – no lançamento estarão disponíveis potências de 75 kW, mas poderão ir até aos 300 kW. Os produtos comercializados em Portugal pela MOON encontram-se à venda nos concessionários das marcas do Grupo Volkswagen –www.moon-power.com grupo que oferece já hoje um importante ecossistema elétrico, juntando à sua vasta gama de modelos diversas soluções de carregamento – representadas pela SIVA (mais informação pode ser obtida no site www.moon-power.pt). O novo operador indica como referência que os seus Power Charger permitem carregar 80% da bateria de um Volkswagen ID.3 em menos 30 minutos. Mas não serão só os clientes das marcas representadas pela SIVA em Portugal que vão poder usufruir deste tipo de carregamento, já que as “wallboxes” e postos de carregamento da MOON são compatíveis com todos os veículos elétricos e híbridos plug-in convencionais: “A MOON vem beneficiar todos os utilizadores de veículos elétricos e ajudá-los a fazer a transição para a mobilidade elétrica sem preocupações, dando-lhes liberdade de escolha”, confirma o novo operador. Que adianta ainda que até ao final do ano serão instalados os primeiros Power Chargers nos concessionários Volkswagen, Audi, Skoda e SEAT, estando já prevista para 2022 uma expansão da rede de modo a permitir maior cobertura nacional, nomeadamente em localizações estratégicas, dando assim resposta a um número crescente de clientes de veículos elétricos. 

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mobilidade elétrica

Consulta Pública - Plano de Recuperação e Resiliência 2021

UVE propõe aumento dos incentivos à mobilidade elétrica

E

lemento central da estratégia europeia destinada a ajudar a reparar os danos económicos e sociais imediatos provocados pela pandemia de coronavírus, o PRR - Plano de Recuperação e Resiliência 2021 português esteve até 1 de março em consulta pública. Com um período de execução até 2026, o PRR 2021 prevê recursos que ascendem a cerca de 14 mil milhões de euros de subvenções a aplicar num conjunto de reformas e de investimentos organizados em três dimensões estruturantes: resiliência, transição climática e transição digital. A UVE - Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, organismo sem fins lucrativos que tem como missão promover a mobilidade elétrica, aproveitou o período de consulta pública para entregar as suas propostas em relação ao PRR 2021, nas quais alerta para o reduzido investimento que esse Plano prevê para a adoção da mobilidade elétrica, tanto privada como pública, seja particular ou coletiva. Na contribuição submetida a 26 de fevereiro, a UVE relembra que a mobilidade elétrica é um vetor de desenvolvimento económico local, regional e nacional, referindo nomeadamente que continuam a ser insuficientes os chamados “incentivos à introdução no consumo de veículos zero emissões” pelos particulares, cujo montante de 3000€ se situa muito abaixo da atual média europeia (que é de 6000€), e sugerindo que o valor resultante da recente redução dos incentivos e benefícios fiscais atribuídos aos veículos híbridos plug-in deverá ser agora transferido para o aumento dos benefícios e incentivos à aquisição de veículos 100% elétricos. Estas foram as propostas da Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos entregues durante a fase de Consulta Pública do Plano de Recuperação e Resiliência 2021:

4. Aumentar o investimento na expansão e manutenção das infraestruturas de carregamento públicas, nomeadamente da Rede Pública de Carregamento para veículos elétricos sob gestão da MOBI.E, com uma dotação para a criação de mais Estações de Carregamento (HUB) com múltiplos carregadores, em mais cidades de norte a sul e a disseminação de mais Postos de Carregamento Rápido (PCR) em todas as sedes de concelho, e nas principais vias que ligam o litoral ao interior do país; 5. Dotar as entidades públicas que têm um papel nas infraestruturas e serviços da Mobilidade Elétrica em Portugal (redes de distribuição, municípios, certificações, fiscalizações) de mais meios e recursos técnicos por forma a dar uma resposta mais célere aos processos que agora carecem de meses ou anos para ser concluídos; 6. Legislar para a obrigatoriedade da existência de carregamento para veículos elétricos em todas as áreas de serviço das autoestradas portuguesas; 7. Redução no pagamento de portagens nas autoestradas e principais pontes para veículos elétricos, como uma medida de investimento até à sua massificação; 8. Eliminar progressivamente qualquer apoio a entidades envolvidas na produção e comercialização de combustíveis fósseis; 9. Integrar nas decisões políticas todas as deliberações acordadas na Conferência das Partes (COP21) realizada em Paris, onde foi aprovado o Acordo de Paris. Os detalhes da posição da UVE relativamente ao PRR 2021 podem ser consultados na íntegra aqui: https://www.uve.pt/page/consulta-publica-prr-2021/ n

1. O valor do incentivo à aquisição de veículos elétricos deve ser revisto para a média europeia, ou seja 6.000€; 2. Deve existir um incentivo extra para todos os particulares que desejem trocar um veículo poluente, com o respetivo abate, por um veículo 100% elétrico. Esta medida beneficia a troca para os particulares face ao atual quadro de benefícios dados às empresas, que dispõem já de um duplo incentivo com a conjugação da Fiscalidade Verde e o incentivo do Fundo Ambiental; 3. Retomar o incentivo à aquisição e instalação de sistemas de carregamento de veículos elétricos, tanto para instituições públicas como privadas assim como para particulares, com uma comparticipação dedutível em sede de IRS;

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LIONS OF OUR TIME Somos leões. E o tempo é a terra que percorremos. Uma terra onde agarramos cada momento. Sim, o tempo é o nosso território, onde escolhemos a cadência, o ritmo, o compasso. O tempo é onde vivemos e transformamos cada momento numa experiência. Somos leões... os leões do nosso tempo. Descubra mais em thenewfaceofpeugeot.com/pt/


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