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Innovation Team – Um Think Tank na “Union Internationale des Hussiers de Justice”

José Cardoso

Solicitador, Agente de Execução e membro da Innovation Team da Union Internacionale des Huissiers de Justice A Innovation Team (IT) da Union Internationale des Huissiers de Justice (UIHJ), para muitos de nós ainda desconhecida quanto ao seu papel relevante na actividade do profissional agente de execução – quer na recolha e análise de informações capazes de entender as diferenças entre os vários sistemas judiciais, assim como no desenvolvimento de ideias capazes e inovadoras dos procedimentos inerentes à actividade, com especial relevo em todas aquelas em que é exigível a prática de actos além fronteiras – é constituída por um grupo de pessoas que têm como ponto comum a sua profissão, tal como o entusiasmo pela mesma, ao ponto de dedicarem uma parte significativa do seu tempo livre à realização de actividades e desenvolvimento de projectos.

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A sua história é recente, mas virtuosa, com o seu início apontado para o ano de 2012, durante os preparativos para o Congresso Internacional de Oficiais Judiciais na Cidade do Cabo, em África do Sul. O seu começo foi impulsionado por um outro projecto denominado “Grand Questionnaire” – desenvolvido com o propósito de obter e tratar dados fornecidos pelos vários países cooperantes com a UIHJ – que determinou a necessidade no surgimento de grupos de trabalho que pudessem auxiliar os objectivos desta iniciativa. Certo é que, nos anos seguintes, este projecto, o “Grand Questionnaire”, desenvolveu-se ainda mais e de uma forma ambiciosa, tanto que à medida que os trabalhos se desenrolavam, com a discussão de cada vez mais temas, foram surgindo ideias inovadoras, de tal forma que, sob a direcção da Presidente Honorária Françoise Andrieux - que identificou a potencialidade de fundar um grupo de trabalho permanente ao serviço e sob a orientação da direcção da UIHJ – fundou aquilo a que designou de “Innovation Team”.

Desde logo, a equipa de inovação de que se fala iniciou o seu trabalho com a concepção de conteúdos recorrendo às modernas formas de dar a conhecer ao mundo o trabalho e as actividades impulsionadas pela UIHJ, designadamente através das redes sociais, como o Facebook e LinkedIn, cabendo-lhe a si a gestão destas plataformas.

Mas o seu trabalho não se fica por aqui. O desenvolvimento de vídeos, também com recurso a animações, a actuação na elaboração de questões e o processamento de dados, a análise de relatórios, a colaboração e auxílio na organização dos conselhos permanentes, conferências e congressos, assim como nos bem conhecidos Webinars, têm inquestionavelmente mostrado o seu valor e o mérito dos seus préstimos.

Inicialmente, a equipa de inovação era composta por três membros. Porém, a sua importância e essência determinou a necessidade de crescimento e, hoje, este

grupo de trabalho conta já com nove elementos. São eles: Jona Van Leeuwen (Holanda); Patrick Gielen (Bélgica); Elin Vilippus (Estónia); Tereza Lungova (República Checa); Malone Cunha (Brasil); Risto Sepp (Estónia); Malgorzata Pedziszczak (Polónia); Florent Mounguengui (Gabão) e, por último, eu como o seu mais recente membro.

É de salientar a importância deste grupo de trabalho não só pela realização das suas importantíssimas tarefas – maioritariamente executadas nos bastidores – mas igualmente no alcance do desenvolvimento das relações internacionais entre os vários países que compõem a UIHJ. É manifestamente evidente que vivemos num mundo cada vez mais pequeno e que estamos, progressivamente, mais próximos uns dos outros, em que a natureza das relações mantidas entre todos é cada vez mais essencial e determinante. Este será o ponto mais evidente do seu espírito, na medida em que parte das suas tarefas é a de auxiliar e potenciar as condições adequadas, através da inovação, à prática de actos entre os vários países. É também aqui que a inovação é chamada a dar o seu contributo, pela criação de mecanismos elucidativos eficazes e capazes de converter aquilo que parece difícil em algo acessível e, com isso, contribuir para que todos os profissionais consigam ultrapassar obstáculos quando se torna imperativa a prática de actos além fronteiras, contribuindo ainda mais para o fortalecimento da justiça e das relações entre os seus agentes.

Falando agora da minha breve participação enquanto membro principiante deste grupo de trabalho, parece-me justo e adequado afirmar que tudo tem decorrido de forma intensa e que a experiência, para além de extraordinariamente positiva, tem francamente superado as minhas expectativas. Mas, mais do que tudo, é de salientar a forma cordial e amigável com que fui recebido no seio deste grupo, quanto a mim um princípio básico para constituir um bom presságio. Rapidamente percebi que ouvir e ser ouvido é uma regra essencial e honrada pelos membros da IT, sendo que esta conduta facilita e proporciona o desenvolvimento de ideias e permite a construção de pontes. Muito mais haveria a contar e seguramente que o futuro permitirá apresentar novidades interessantes. Até lá, sugiro a visita ao site da UIHJ, em www.uihj.com, assim como a seguir, através das redes sociais, as suas mais recentes actividades.

OSAE presente no 14.º CONOJAF, no Brasil

A Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução (OSAE), representada pelo seu Bastonário, Paulo Teixeira, e pelo Presidente do Conselho Profissional do Colégio dos Agentes de Execução, Duarte Pinto, esteve presente no 14.º Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (CONOJAF), que decorreu entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro, no Brasil.

Este encontro teve como tema “e-xecutar: A força e a efetividade das novas tecnologias para o oficial de justiça federal”.

No passado dia 31 de agosto, o evento teve início com a cerimónia de abertura, que contou com a intervenção do Bastonário da OSAE. “Este congresso permitirá levar, para Portugal, uma aprendizagem muito importante no âmbito do judiciário, naquilo que é a nobre função do Agente de Execução neste tempo novo que se avizinha”, salientou Paulo Teixeira.

Artigo escrito ao abrigo do antigo acordo ortográfico.

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