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3.6. Comercialização, crédito rural e regularização ambiental
Este tópico contém um conjunto de informações que se referem à comercialização, ao crédito rural e à regularização ambiental. Ao todo, são oito questões, quatro delas com múltiplas escolhas (30, 31, 32 e 34) e quatro com resposta única (33, 35, 36 e 37). Abordam a formação de preços de comercialização, os principais canais de venda de produtos ou serviços, a emissão de documentos de vendas, o acesso a linhas de crédito para investimentos, o custeio das atividades agropecuárias, o acesso a seguros, a elaboração do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o interesse em aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA).
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Com relação aos parâmetros utilizados na estimativa do preço de venda de seus produtos, a resposta mais frequente foi pelos “Preços de mercado”, seguida por “Preços definidos por terceiros”, “Custo de produção”, “Preços estabelecidos por contrato” e “Custo de processamento”, conforme mostra a Figura 45.
Figura 45 – Parâmetros utilizados na estimativa do preço de venda dos produtos, São Paulo, 2021 Fonte: dados da pesquisa
Osdadosobtidos sobreosprincipais canaisdecomercializaçãoutilizadospelos produtoresdemonstram que grande parte se utiliza de intermediários/atacadistas para comercialização de seus produtos (60,9% dos entrevistados). Os outros canais de comercialização foram menos citados, como venda direta a estabelecimentos comerciais (19,8%), vendas por intermédio de associações e cooperativas (18,8%), venda para agroindústrias/usinas/laticínios (14,9%), venda direta ao consumidor/cestas (14,6%), Ceasa/Ceagesp (8,2%), feira livre ou feira do produtor (8,0%), venda para frigoríficos (7,4%), compras públicas (5,7%) e venda direta a outros produtores (3,8%) (Figura 46).
Figura 46 – Principais canais de venda dos produtos agropecuários, São Paulo, 2021 Fonte: dados da pesquisa
Outro importante questionamento realizado aos produtores foi sobre os comprovantes de venda emitidos, sendo que muitos (80,9% dos entrevistados) declararam que emitem nota fiscal manual. A emissão de nota fiscal eletrônica é realizada por 14,1% dos entrevistados e 8% citaram que emitem recibo/documento não fiscal (Figura 48). A minoria (6,1%) dos pequenos produtores não emite documento algum como comprovante de venda (Figura 47).
Figura 47 – Emissão de comprovantes de venda dos produtos agropecuários, São Paulo, 2021 Fonte: dados da pesquisa
Figura 48 – Tipos de comprovantes de venda emitidos pelos pequenos produtores, São Paulo, 2021 Fonte: dados da pesquisa
Sobre a questão do acesso ao crédito para investimento, 1.075 produtores (68,1%) declaram que já acessaram e 503 (31,9%) declararam não ter acessado crédito para investimento (Figura 49).
Figura 49 – Acesso a linhas de crédito para investimento, São Paulo, 2021 Fonte: dados da pesquisa
Já em relação ao custeio da atividade agropecuária, a maioria dos produtores declarou utilizar-se de recursos próprios (76,1%). Outras fontes de financiamento foram citadas com menor frequência, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), linhas de crédito específicas, Cédula de Produtor Rural (CPR), integração com empresas parceiras/agroindústrias e outros, como mostra a Figura 50.
Figura 50 – Fontes de recursos para custeio da atividade agropecuária, São Paulo, 2021 Fonte: dados da pesquisa
Quanto ao uso do seguro rural, o levantamento demonstrou que 78,2% dos produtores entrevistados não contratam seguro agrícola e 21,8% fazem sua contratação (Figura 51).
Figura 51 – Acesso ao seguro rural, São Paulo, 2021 Fonte: dados da pesquisa
Sobre o CAR, outra questão aplicada nesse estudo, 96,1% dos produtores afirmaram já ter realizado o cadastramento e apenas 3,9% não o realizaram (Figura 52).