Saúde Indígena na Pandemia ados indígenas, tanto que, ao longo de 2020, avisos da “Comissão Internacional de Direitos Humanos” foram enviados ao governo federal, solicitando uma melhor proteção à pandemia para os povos minoritários em direitos. Na reportagem da TV Brasil sobre o assunto, os nativos alegam que a falta de importância em âmbito político e econômico é a causa desse descaso. DSEIs X SUS: A saúde perante os povos indígenas sempre foi uma problemática enorme no Brasil, envolvendo a efetivação dos direitos dos cidadãos. Com o intuito de resolver parte dessas barreiras, o centro político federal criou unidades especiais que os auxiliam em inúmeros aspectos, a exemplo das DSEIs e as SESAIs. Durante a pandemia do COVID-19, houve conflitos entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e as repartições exclusivas. Entre esses, indígenas doentes são constantemente transferidos de unidades do SUS para as DSEIs e vice-versa, causando diversas mortes. Esse impasse ocorre, porque há uma distinção entre a população autóctone que reside nas cidades e os que são aldeados. Em tese, pessoas que moram na zona urbana deveriam ser tratadas por unidades filiadas ao SUS, e os povos aldeados deveriam ser auxiliados pe-
los serviços orientados. Infelizmente, de fato, isso não acontece, visto que há uma grande quantidade de nativos marginalizados durante esse processo. Tal problema é gravíssimo, pois burocratiza algo que os indígenas necessitam de forma imediata, a garantia à vida. ACULTURAÇÃO: Durante um período tão difícil para o povo brasileiro, quem mais sofre são as minorias em direitos, os quais residem o território nacional a mais tempo que todos os descendentes de imigrantes: os indígenas. O impacto da COVID-19 não traz apenas a morte de indivíduos, mas também faz com que conhecimentos indígenas ancestrais sejam perdidos. A maior taxa de mortalidade está entre os anciões das aldeias, pessoas que dominam grande sapiência e habilidade que devem ser passadas de geração para geração. Com o grande número de mortes de caciques, é posto em risco a reprodução social e a transmissão da cultura na sociedade ameríndia, desse modo, caracterizando-se uma aculturação, que é promovida pela irresponsabilidade governamental. Caso se perca as tradições dos nativos, o Brasil também perderá grande parte da sua identidade, visto que esses povos são os primeiros habitantes da região e a história do país reflete grande parte de seus costumes.
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