Molde, N.º 134

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N 134 JULHO 2022

/ DESTAQUE

PROCESSO DE QUALIDADE É SELO DE CONFIANÇA PARA OS CLIENTES

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Helena Silva * * Revista Molde

Qualidade: o principal aliado das empresas na conquista de mercados e clientes e na afirmação da indústria portuguesa de moldes no mundo. A aposta na aplicação de sistemas de gestão da Qualidade incrementou-se com a entrada dos fabricantes de moldes como fornecedores da indústria automóvel, cujas exigências implicavam uma qualidade extrema na resposta. A partir daí, as empresas têm galgado patamares, entrando em mercados cada vez mais exigentes. Mas o pilar é a aposta na Qualidade. Uma gestão da Qualidade eficaz ensina as empresas a aprenderem com os seus erros e a evitá-los. Monitoriza. Mede. Caminha lado a lado com a produção e acompanha os processos, de forma a detetar fragilidades e a melhorá-los. A área da qualidade é um dos garantes da rentabilidade das organizações.

JR MOLDES: QUALIDADE ESTRATÉGICO E ABRANGENTE

É

UM

PROCESSO

Para uma gestão eficaz da Qualidade, os processos produtivos têm de ser agregados, de forma a alcançar uma melhoria contínua. Toda a estrutura tem de estar alinhada nesse desígnio. Sandra Ribeiro, da JR Moldes, explica que a certificação inicial da empresa, em 2004, “foi de extrema importância”, uma vez que os clientes “começavam a pedir essa certificação como requisito para trabalhar connosco”. Além disso, adianta, “potenciou a colaboração direta com clientes internacionais de grande relevância”. O sistema de gestão da Qualidade da JR Moldes encontra-se implementado e certificado pela TÜV Rheinland Portugal desde 2004, por dar cumprimento aos requisitos da Norma ISO 9001:2000. Para além desta, em 2015, a empresa implementou um Sistema de Gestão Integrado de Melhoria, que passou a cumprir os requisitos de quatro normas: ISO 9001 – Sistemas de Gestão da Qualidade; da ISO 14001 – Sistemas de Gestão Ambiental; da OSHAS 18001 – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho; e da NP 4427 – Sistema de Gestão de Recursos Humanos. “Atualmente, somos certificados pelas normas da Qualidade (ISO 9001:2015), Ambiente 14001:2015 e Segurança e Saúde no Trabalho (45001:2018)”, sintetiza. Estas certificações que se foram sucedendo em função da evolução da empresa acabaram por ter um impacto direto e importante na competitividade. “A certificação abriu portas de clientes diretos, o que possibilitou a realização de negócios mais vantajosos para a nossa empresa”, refere / / Sandra Ribeiro – JR Moldes

Sandra Ribeiro, sublinhando que “passámos a ser fornecedores mais competitivos, com mais qualidade e competência para fazer face às expectativas dos clientes”.

FASES DO PROCESSO De uma maneira geral, o controlo de qualidade deve acompanhar todas as fases de produção, defende. “Este controlo deve iniciarse após a encomenda do molde, quando se dá início ao projeto. É necessário controlar todo o processo de desenvolvimento do molde desde o início, com o objetivo de identificar a melhor solução para o cliente”, explica. “O nosso trabalho, enquanto fabricantes, é muito específico: cada molde é uma ferramenta para injetar uma peça plástica única, o que torna a nossa missão mais desafiadora, pois não há produção em série”, sublinhando, lembrando que “quando são identificados erros, há que corrigir as falhas e implementar ações para evitar a repetição dos mesmos erros”. Isso, considera, “revela-se desafiante”, mas também fundamental. Por isso, o controlo da qualidade “percorre todos os departamentos, desde a fase do projeto, passando pela maquinação, polimento e montagem até à injeção da peça plástica”. Nessa altura, adianta, é verificada a qualidade do molde e da peça final. Para assegurar que um processo com esta importância é eficaz, sustenta, é fundamental uma aposta na formação das pessoas. “São os recursos humanos que fazem uma empresa distinguir-se das outras pela positiva”, sublinha, considerando que “a imagem que a empresa transmite para o mercado resulta diretamente do trabalho da equipa, que deve ser realizado com qualidade, por forma a satisfazer as necessidades cada vez mais exigentes dos seus clientes”.

INTERMOLDE: O FEEDBACK DO CLIENTE É FULCRAL PARA O SUCESSO DO PROCESSO De uma forma resumida, o controlo da qualidade começa no cliente e, depois do fabrico dos moldes, termina no cliente. Em todo o processo, o cliente é o fator-chave e ouvir o seu feedback é fulcral para assegurar um controlo da qualidade eficaz. Quem o defende é Alexandra Nunes, da Intermolde. Quando ingressou nesta empresa em 1996, a implementação do processo de garantia da qualidade estava em curso. Em 1997, a empresa viu o processo reconhecido com a certificação de acordo com a Norma NP EN ISO 9002:1994. Foi, na época, uma das primeiras do sector a obter a certificação, com este referencial. Desde então, conta, a certificação tem sido renovada e mantida. A empresa tem ainda uma outra certificação, no âmbito da Investigação, Desenvolvimento e Inovação – a NP 4457:2007.


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