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TECH-i9
by CEFAMOL
EDITORIAL TECH-i9
Os elevados níveis de investimento realizado pelas empresas de moldes, ao longo dos últimos anos, quer em novas tecnologias, quer em equipamentos produtivos de última geração ou na inovação dos seus processos organizacionais, tem sido uma constante e uma garantia de qualidade e eficiência perante o mercado internacional, assegurando um posicionamento diferenciador e de destaque para a Indústria Portuguesa de Moldes.
Porém, a dinâmica do mercado e as exigências dos clientes são contínuas, não permitindo desfrutar resultados e obrigando sempre a fazer melhor, mais rápido, mais barato, com “erro zero”. É nestes pontos que se concentram todos os esforços das empresas para continuar a manter a confiança dos clientes que apostam em Portugal para a conceção de muitos dos seus projetos de maior dimensão, complexidade e rigor. É nestes pontos que se concentram todos os esforços das empresas para continuar a manter a confiança dos clientes que apostam em Portugal para a conceção de muitos dos seus projetos de maior dimensão, complexidade e rigor.
Para percorrermos este caminho, atingindo os resultados esperados, a otimização e rentabilização de recursos técnicos, humanos, financeiros são atualmente fatores críticos e primordiais para garantir a competitividade do sector a nível global. É neste contexto que os Sistemas de Produção, a sua integração, eficácia e eficiência, assumem real preponderância.
Temas como a digitalização, automação ou standardização têm sido amplamente discutidos no seio do sector como contributos essenciais para este desafio, mas será possível transformar uma indústria de produção unitária, onde muitas vezes se diz (e com razão) que “não há dois moldes iguais”, numa indústria semelhante à produção em série, com linhas contínuas de operação, onde estes conceitos se integram e adaptam?
Na verdade, o esforço de alinhamento de conceitos e integração de processos nos Sistemas de Produção para daí retirar ganhos de competitividade e produtividade já se iniciou. É, com certeza, um caminho que levará o seu tempo para ser percorrido, com tempos de aprendizagem e otimização distintos, de empresa para empresa, e até entre diferentes áreas funcionais dentro de uma mesma organização. Mas nesta, como em tantas outras áreas com que as empresas lidam no seu dia a dia, o conhecimento, experiência e formação adequada das equipas técnicas serão elementos fundamentais para atingir os objetivos pretendidos.
Será importante olhar e entender as organizações como “ecossistemas”, onde as diferentes áreas estão interdependentes, devendo ser tratadas como um todo, ao invés de “ilhas” com processos e ritmos diferentes entre si.
Este tema torna-se ainda mais pertinente numa altura em que o mundo mudou, e a sociedade, a nível global, tenta responder de melhor forma possível aos efeitos nefastos causados por uma pandemia, cujos próprios efeitos económicos e sociais ainda estão por contabilizar. Num mercado onde alguns dos nossos principais clientes, reduziram o lançamento de novos projetos, cancelaram ou suspenderam encomendas ou até agravaram condições de pagamento, foi criada uma nova realidade (um “novo normal” como muitos denominam) para as empresas de moldes.
Os desafios são muitos e cada vez mais complexos, mas, ao longo dos anos, e por diversas vezes, demonstrámos a nossa resiliência e capacidade de colaboração e cooperação como elementos distintivos para ultrapassar constrangimentos e superar com sucesso as adversidades a que estamos sujeitos. É nestas alturas, de maior exigência, que se unem esforços, discutem problemas e se definem estratégias e metodologias conjuntas para relançar o sector numa nova senda de crescimento. Assim o será, também desta vez…
Manuel Oliveira
Secretário-geral da CEFAMOL