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GESTÃO DE DADOS E INFORMAÇÃO

Moldes RP: Maior objetividade nas decisões da empresa

E, na prática, como veem as empresas a gestão de dados?

Hugo Rosa, da empresa Moldes RP, considera que esta questão “tem assumido um papel cada vez mais relevante, por aquilo que contêm (os dados) e podem conter e o trabalho que podemos fazer com eles”. Com a introdução de novos equipamentos tecnologicamente mais avançados, adianta, “todos os inputs e outputs que são gerados e o seu funcionamento tomaram uma relevância maior”.

PARA CONTINUAR ESSE DESENVOLVIMENTO, É IMPORTANTE QUE AS EMPRESAS PONHAM UM POUCO DE LADO OS MECANISMOS TRADICIONAIS DE AVALIAÇÃO E TOMADAS DE DECISÃO, E PASSEM A SUSTENTAR MAIS AS DECISÕES BASEADAS EM DADOS

E sustenta que “com uma boa gestão de dados, com informação e indicadores robustos, a empresa consegue ser mais objetiva nas decisões e não dispersar do seu foco”. Em resumo, considera, “permite-nos antecipar erros ou problemas e criar algumas rotinas isentas de intervenção humana”.

Em relação aos dados a recolher, afirma que “podem ser das mais variadas naturezas tendo em conta as várias áreas da empresa e as necessidades”. Para um sector da empresa, “pode ser importante tratar uma tipologia de dados para poder avaliar algo e agir sobre e com base nesses dados”, enquanto que, para outro, “haverá dados diferentes que poderão interligar-se ou não durante um determinado momento”, diz.

Na produção há todo um vasto conjunto de dados possíveis de caracterizar, explica, enumerando alguns: “a entrada e saída de uma peça num dado equipamento ou posto trabalho, o tempo consumido e/ou decorrido, as diferentes tarefas executadas, os alertas gerados pelos equipamentos, a possibilidade de notificar em tempo real determinado evento quer seja humano ou máquina”.

Acrescenta que “poder saber em tempo real o estado de determinada peça/tarefa, a sua localização ou o seu percurso são dados relevantes, reais e de extrema importância” e que permitem “reduzir tempo, recursos, custos, e aumentar produtividade”. Por outro lado, “receber alertas de estado/erros/anomalias de determinados equipamentos, permite-nos trabalhar a componente da manutenção preventiva de uma forma completamente diferente da atual” e, para além disso, “todos os dados relativos à produção que possam ser ‘retirados’ de forma autónoma, sem intervenção humana quer seja de máquinas, computadores, operacionalidade de um colaborador, tarefas rotineiras, são de extrema importância porque são dados reais, em tempo real e que quase sempre não têm acréscimo de trabalho por parte dos colaboradores”.

Com a recolha de dados é possível melhorar a produção em vários aspetos. Exemplifica: “podem ser gerados relatórios semelhantes aos já existentes, mas com dados mais rigorosos, podem ser enviadas instruções/ações a operadores e máquinas e é possível saber com mais exatidão a produtividade dos recursos, e em tempo real, e assim gerar planeamentos mais assertivos”. Para além disso, é possível obter “informação detalhada sobre um dado componente, estado real/atual e podem ser criadas rotinas automáticas de trabalho, de controlo. Podemos dar ordens aos equipamentos”.

Hugo Rosa defende, ainda, que “numa fase inicial de implementação, é importante que haja uma equipa que defina quais os dados relevantes ou não com vista à sua recolha/tratamento”. No seu entender, haverá sempre dados que “inicialmente são tidos como importantes e que depois concluímos que não há necessidade de os usar”. Para isso, é necessário “filtrar pela sua relevância, pela maior ou menor dificuldade em recolher esses dados e as vantagens que podemos obter depois de trabalhar sobre eles”.

Para poder melhorar esta área nas empresas, considera que é importante que estas percebam as inúmeras vantagens da recolha e tratamento de dados reais, e de que forma isso as pode projetar.

“Para continuar esse desenvolvimento, é importante que as empresas ponham um pouco de lado os mecanismos tradicionais de avaliação e tomadas de decisão, e passem a sustentar mais as decisões baseadas em dados”, exorta. E sustenta, ainda, que, no seu entender, “a conetividade entre equipamentos, máquinas e softwares precisa de melhorar. Os equipamentos têm de possibilitar a comunicação entre eles”.

Leia o artigo completo na revista TECH-i9.

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