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Nossa Senhora Medianeira: legado de fé e superação

legado de fé e superação NOSSA

SENHORA MEDIANEIRA:

Uma história de devoção, permeada pelo sentimento comum

de prolongamento da fé, dá bases à fundação do Colégio Nossa

Senhora Medianeira

Por P. Dionysio Seibel S.J.

o início do século XX, a Igreja Católica foi marcada por uma profunda piedade Mariana. O primeiro lugar onde se manifestou a devoção a Nossa Senhora foi a cidade de Lourdes, na França. Esse era um lugar popular de peregrinação. Os peregrinos buscavam proteção para sua própria vida e celebravam a proclamação oficial do dogma da Imaculada Conceição. Ao mesmo tempo, um novo centro de devoção estava sendo formado em Portugal, na localidade de Fátima. N

Em 1921, o cardeal Mercier, da Bélgica, pediu à Universidade de Lovaina um estudo que tomasse em consideração a devoção popular, que depositava sua confiança na intercessão materna da Mãe de Deus, e projetasse sobre tal devoção os fundamentos teológicos. O encontro da piedade mariana popular e sua confrontação teológica deu origem ao título de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças.

A partir de 1929, esse movimento chegou a Santa Maria, no Rio Grande do Sul, por meio da devoção de um jovem jesuíta, Inácio Valle, que dedicou grande parte de seu tempo na divulgação de um novo título que canalizasse a piedade popular. A cidade vivia dias de pânico, a revolução de 1930 ceifou vidas em Santa Maria. O centro ferroviário principal do Rio Grande do Sul era o lugar de embarque das tropas revolucionárias, dispostas a lutar pela tomada de posse de Getúlio Vargas como presidente da República: o povo, com medo, buscava sua proteção na fé e o momento social favoreceu a propagação da devoção.

O culto prestado a Maria florescia em todo país: Aparecida, em São Paulo; O Círio de Nazaré, em Belém; Os jesuítas, no Sul do Brasil, que se tornaram apóstolos marianos e dedicaram a Província a Nossa Senhora Medianeira. Os jesuítas chegaram a Curitiba no dia 23 de março de 1951, assumindo atividades na Igreja do Rosário, que se tornou centro difusor da espiritualidade inaciana pelas Congregações Marianas, com pregação e anúncio da fé em escolas e na sociedade.

O horizonte de desejo era a fundação de um Colégio. O P. Valério Alberton, com um dinamismo incansável, começou a construção do Colégio, num terreno cedido pela Prefeitura. Em momento algum houve dúvidas acerca do nome da futura instituição. A cidade de Curitiba, por meio de promoções e campanhas ajudou a construir o Colégio Nossa Senhora Medianeira. Em 1958, um acidente aéreo vitimou o P. Oswaldo Casado Gomes, que, em sua bagagem, levava a imagem de N. Sra. Medianeira, conservada até hoje, mas retorcida pelo impacto da queda do avião.

Estátua original de Nossa Senhora Medianeira, retorcida pelo impacto de uma queda de avião, em 1958, e conservada até hoje no Colégio Nossa Senhora Medianeira.

Indicações

A devoção mariana da década de 1920, propagada e vivida no Brasil sob diversos títulos, entrou em declínio em meados do século XX, mas a invocação a N. Sra. Medianeira permaneceu e abriu novos horizontes, marcados por uma manifestação discreta, devido às suas bases populares e teológicas. O grande mediador entre Deus e a humanidade é Jesus Cristo. Maria, entretanto, conserva sua missão de nos levar ao encontro de Cristo, pois ela é cheia de graça e dedicada à vontade de Deus.

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P. Dionysio Seibel , S.J. é jesuíta formado em Filosofia e atuou como Professor, Orientador Religioso, Diretor Acadêmico e Vice-diretor nos Colégios da Rede e, além disso, já foi Secretário da Língua Portuguesa na casa Cúria Geral da Companhia de Jesus.

Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças | P. Carlos Zanatta

Medianeira significa “Mediadora, aquela que faz a mediação, que está no meio, entre Deus e os homens”. E é disso que fala o livro Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. A obra narra a criação do ícone de Nossa Senhora Medianeira, contando sua história da devoção, que vem desde os primórdios do cristianismo.

Glórias de Maria | S. Afonso de Ligório

A obra escrita por Santo Afonso de Ligório traz reflexões acerca das principais festas marianas e trata também de práticas devocionais. É um documento riquíssimo para aqueles que desejam se aprofundar no conhecimento sobre a Virgem Maria e crescerem na intimidade com Ela.

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