#12 | Pocket Magazine Softex

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A explosão do 5G no Brasil

REVISTA tecnologia • inovação • negócios • políticas públicas JAN FEV MAR 12 • 2023

Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro

Presidente da Softex Ruben Delgado

Vice-Presidente da Softex Diônes Lima

Coordenação do projeto Renata Blatt

Jornalista responsável Fabrício Lourenço – DF2887 JP

Assessoria de Imprensa (MLP) Karen Kornilovicz Mário Pereira

Revisão Karine Serezuella

Diagramação e projeto gráfico Simone Silva (Figuramundo)

@2023 – Revista Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro. Uma publicação institucional. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Caros leitores,

A Revista Softex deste primeiro trimestre do ano traz temas de grande interesse para os apaixonados por tecnologia e por tudo o que acontece no vibrante ecossistema digital. Nossa matéria de capa, por exemplo, é sobre o 5G, tecnologia de ponta que promete revolucionar nossa vida ao oferecer velocidades significativamente mais rápidas em relação às suas antecessoras. Mas, após a chegada do 5G no Brasil, o que mudou? Quais foram os impactos? Quais os desafios e as perspectivas para 2023?

Outro tema da maior relevância é questão da Fuga de Cérebros. Como reter aqui nossos preciosos e escassos talentos? A internacionalização, por incrível que pareça, pode ser uma alternativa. E já que estamos abordando o tema, esta edição traz cinco dicas importantes para quem

sonha em levar sua empresa ou startup para o exterior. Nesta edição, você pode acompanhar a “entrevista” com o ChatGPT, chatbot que utiliza inteligência artificial para interagir com humanos. Ele analisa questões interessantes, como o seu impacto na empregabilidade. A pequena empresa também está presente, em uma matéria sobre como a inteligência artificial está transformando sua realidade.

E, pegando carona no recémcelebrado mês das mulheres, contamos a história inspiradora da startup de impacto social Se Candidata, Mulher!, que insere pelo menos duas profissionais por dia no mercado de trabalho.

Boa leitura. Equipe Softex

CONEXÃO pág6

A explosão do 5G no Brasil

ARTIGO

Os impactos do 5G na cibersegurança das empresas

pág14

Hub de Inteligência Artificial e Arquiteturas

Cognitivas (H.IAAC) abre suas portas para a comunidade científica

pág32

ESTU-

DOS

Huawei e Softex lançam whitepaper sobre redes de fibra ótica 5G no Mobile World Congress Barcelona 2023

pág10

INTERNACIONAL

É urgente frear a fuga de cérebros no setor de TI. E a internacionalização pode ser uma solução

pág18

E-

VENTO

Brasil marca presença no MWC pelo 12° ano consecutivo

pág22

ARTIGO

ChatGPT: capacidades, limitações, impactos e desafios

pág36

IA

ENTREVISTA

VIAS teia: uma vitrine com conexões estratégicas para aprofundar o relacionamento entre empresas e startups

pág28

CASES

Quem tem medo do ChatGPT?

Quais os possíveis impactos do modelo no mercado de trabalho? pág42

Como a IA está mudando o jogo para as pequenas empresas AR-

pág26

Setor de Inovação: saiba quais são as tendências para 2023

Startup de impacto social insere pelo menos duas mulheres por dia no mercado de trabalho

ACONTECE NO SETOR

20 mulheres para seguir no mercado de tecnologia

pág13

Redes de investimento-anjo projetam aportar R$ 85 milhões em 2023

pág35

pág25

Softex renova logomarca

Relatório Softex 2022 pág49

TIGO
ESPECIAL pág46
pág38
INOVAÇÃO

CONEXÃO

A explosão do 5G no Brasil

Desde que chegou no país, em 2022, a nova geração promete mais velocidade de conexão, mas é bom ressaltar que ainda vai demorar um pouco para atingir todo o país

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Tudo em todo lugar ao mesmo tempo. O título do filme ganhador do Oscar 2023, que conta a história de uma mulher e suas versões no multiverso, cabe perfeitamente – com pequenas alterações – no roteiro real da sociedade digital que vivemos. A adaptação ao mundo real seria Tudo em todo lugar conectado ao mesmo tempo. E o responsável por essa façanha tem nome: tecnologia 5G. Foi em 2020 que as operadores brasileiras começaram a divulgar sobre as potencialidades e usabilidade do 5G, mas o serviço oferecido era o DSS*, considerado naquele ano uma experiência de transição para a nova tecnologia, no entanto toda conexão acontecia na estrutura 4G, sem muitas alterações.

Brasília foi a primeira cidade a receber, em julho de 2022, o 5G , e já no final desse mesmo ano, todas as capitais estavam utilizando o tecnologia com velocidade de até 10 vezes maior do que a do 4G. Mas como funciona realmente a tecnologia 5G?

Para se ter uma ideia, a média da velocidade 4G no Brasil – entre as

maiores operadoras – era de 17,1 Mbps. Com o 5G, é possível chegar na velocidade entre 1 a 10 Gbps – uma diferença de 100 vezes em relação ao 4G. A promessa é que com o 5G tudo vai ficar conectado: carro, celular, semáforo, relógio, casa integrada, telemedicina, e outras tecnologias que aparecem a cada momento. Cabe ressaltar que a conexão será mais confiável, porque um aparelho poderá se conectar, ao mesmo tempo, com mais de uma antena. No universo coorporativo, o 5G vai proporcionar – em diferentes soluções digitais – , mais eficiência com mudanças significativas que impactarão, sobremaneira, na forma de se investir. Especialistas apontam que, além do ganho que as empresas terão ao utilizaram o 5G, os segmentos de agronegócio, educação, medicina e entretenimento serão os mais impactados pela tecnologia 5G. No que diz respeito às políticas públicas, cabe ressaltar que a alta demanda de investimentos, principalmente em infraestrutura que englobe mobilidade urbana e cidades inteligentes, precisará de apoio do governo federal. A tecnologia 5G, pela complexidade e promessas de grandes mudanças, afeta toda a cadeia econômica do país. Mas ainda há muitos desafios e empecilhos na implementação do 5G no Brasil.

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É preciso investir em estruturas e trabalhar massivamente em políticas públicas para uma melhor distribuição e que a tecnologia seja acessível para todos.

O que esperar da tecnologia 5G em 2023?

No início do ano, Anatel informou a antecipação do 5G em 1.610 cidades no primeiro semestre de 2023. A ideia é que o Brasil possua cobertura total da tecnologia em até oito anos. 2023 certamente será o ano da explosão do 5G no país. Há quem diga que será um marco. As vendas de aparelhos de quinta geração vão ultrapassar 50% , o 5G vai conectar as coisas – tudo conectado ao mesmo tempo e o tempo todo –, novas formas de interação, projetos inovadores, entre outros. No cenário

econômico, mais empregos, aumento de produtividade, novos produtos, serviços, etc.

Mas a implantação no Brasil pode decepcionar?

Depende. Por sua vasta extensão territorial, o Brasil é detentor de desigualdades dificílimas de serem sanadas. É preciso lutar veementemente por uma inclusão digital igualitária.

O 5G já está presente em nossas vidas, o futuro é o presente. Um ano após a sua implementação, chegamos até aqui sem geladeiras falantes, sem carros autônomos, sem a conectividade anteriormente prometida. Mas de uma coisa temos certeza: o caminho é longo, mas não impossível. A barreira da conectividade será derrubada: o céu será o limite.

As vantagens do 5G

» Mais veloz

» Tempo de resposta mais ágil e mais estável do que 4G

» Tempo de resposta mais ágil entre dispositivos

» Conexão mais estável

» Videochamadas mais claras

» Experiência de jogos on-line aprimorada

» Melhor transmissão de vídeos ao vivo

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Glossário do 5G O que significa Mbps, Gbps, MHz e GHz?

» Hz: hertz é a unidade de medida de frequência de ondas e equivale a um ciclo por segundo.

» MHz: megahertz representa 1 milhão de hertz (1 milhão de ciclos por segundo).

» GHz: gigahertz representa 1 bilhão de hertz (1 bilhão de ciclos por segundo).

» Bps: bits por segundo são a menor unidade medida de transmissão de dados por segundo.

» Mbps: megabits por segundo representam 1 milhão de bits por segundo.

» Gbps: gigabits por segundo representam 1 bilhão de bits por segundo.

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ESTUDOS

Huawei e Softex lançam whitepaper sobre redes de fibra ótica 5G no Mobile World Congress

AHuawei, em parceria com a Softex e a Teleco, lançou no Mobile World Congress Barcelona, o evento mais influente do mundo para a indústria de conectividade realizado no final do mês de fevereiro, o whitepaper “F5G –

O F5G (fixed 5G) foi proposto pela primeira vez no MWC Shanghai em 2019. Anos depois, tornou-se um consenso da indústria, assim como o 5G. O mercado brasileiro de banda larga fixa encontra-se no estágio inicial da era F5G e teve um crescimento notável ao longo dos

últimos anos. Com um crescimento médio de 7% desde 2014, a assinatura de banda larga fixa totalizou 42,1 milhões no primeiro trimestre de 2022. Nos últimos dez anos, a fibra óptica tornou-se a tecnologia mais utilizada no mercado de banda larga fixa. Segundo dados da Conexis, entre os mais de 40 milhões de assinantes de banda larga fixa até 2022, até 65% terão acesso à tecnologia de fibra óptica. Nos últimos 10 anos, o acesso à fibra óptica cresceu cerca de 28 vezes para os atuais 27,7 milhões de usuários.

"O Brasil está entrando em uma excitante nova era de comunicações, e as redes fixas desempenham um papel essencial nessa evolução ao lado e em cooperação com as redes móveis. Com tecnologias de fibra óptica, as redes fixas de 5a geração oferecem larguras de banda mais altas e maior disponibilidade do que as redes móveis e têm potencial para suportar as aplicações

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promissoras do futuro, como vídeo de ultra-alta definição, e-saúde, escritório em nuvem, ensino online, entretenimento online, realidade virtual (VR), e realidade aumentada (AR). O F5G foi projetado para trazer benefícios sem precedentes às redes e comunicações fixas brasileiras", explicou Carlos Lauria, diretor de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da Huawei.

Para Ruben Delgado, presidente da Softex, "é grande o desafio de entregar velocidades de dados mais rápidas, conectividade mais confiável e maior capacidade de dispositivos conectados em uma única rede de forma a contribuir para o crescimento da economia e de toda a sociedade. Sua superação passa, obrigatoriamente, pela condução de políticas públicas de incentivo ao investimento em infraestrutura e Pesquisa e Desenvolvimento na área de 5G, pelo estabelecimento de parcerias entre o setor público e privado, pela educação e treinamento para que as pessoas possam aproveitar ao máximo as

oportunidades oferecidas pela tecnologia 5G e pela criação de um arcabouço jurídico para garantir que os direitos dos consumidores sejam protegidos e que a competição seja sempre saudável".

O artigo apresenta informações e dados importantes sobre a evolução das redes fixas, em especial, de fibra óptica no Brasil e no mundo e oferece recomendações e sugestões de políticas públicas que diminuam o abismo digital existente no país, reforçando a importância das novas tecnologias para a criação de cidades inteligentes e sustentáveis, além de novas formas de e-cidadania, na qual habilidades com dispositivos móveis e com os serviços em ultravelocidade são essenciais.

A apresentação das conclusões, realizada no estande Brasil IT+, contou com a participação de Sun Baocheng, presidente da Huawei Brasil; Atilio Rulli, vice-presidente de Relações Públicas da Huawei na América Latina e Caribe; Carlos Lauria, diretor de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da Huawei; Ruben Delgado, presidente da Softex e Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, além de integrantes da delegação brasileira, executivos e jornalistas.

Para acessar o conteúdo completo do whitepaper, visite https://softex.br/ estudoshuaweiesoftex/

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20 mulheres para seguir no mercado de tecnologia

O Grupo Daryus, referência em Consultoria e Educação em Gestão de Riscos, Cibersegurança, Proteção de Dados e Segurança da Informação, lança o Top 20 Women to Follow, ranking que destaca mulheres que são referências nas áreas de Cibersegurança, Cyber Threat Intelligence, Forense Digital, Gestão de Riscos, Gestão de Crise e Continuidade de Negócios, Privacidade de Dados, Compliance, Segurança da Informação, Governança e Gestão de TI. A iniciativa visa homenagear as profissionais e inspirar o público feminino a ingressar ou seguir na carreira de tecnologia.

ACONTECE NO SETOR

As indicações foram realizadas por meio de um formulário divulgado no mercado, por comunidades femininas e pelas próprias profissionais que atuam no setor. A seleção passou por uma curadoria interna dos profissionais do Grupo Daryus.

“É a segunda edição dessa iniciativa que tem o objetivo fomentar profissionais mulheres no mercado de trabalho e destacar suas competências e contribuições para a comunidade”, ressalta Nadia Guimarães, COO e Cofundadora do Grupo Daryus. Clique aqui para baixar o relatório.

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ARTIGO Os impactos do 5G na cibersegurança das empresas

Tema bastante frequente nos últimos anos, o 5G é apontado por muitos como uma verdadeira revolução na conectividade global. Além de maior velocidade na conexão com a internet móvel, por exemplo, estamos falando de uma tecnologia que certamente trará enormes ganhos em latência, que é o tempo necessário para o tráfego de dados, bem como melhor estabilidade e maior capacidade de conectar diversos dispositivos simultaneamente em uma mesma rede, um fator importante em processos automatizados, como carros autônomos e robôs de fábrica. As vantagens são indiscutíveis. O outro lado da moeda, porém, é que junto das possibilidades surgem também novos desafios, impactando diretamente na cibersegurança.

O primeiro ponto evidente é que cada novo aparelho conectado representa, em última análise, um novo ponto de contato a ser protegido. Estima-se que quase 30 bilhões de dispositivos estejam conectados à Internet

em 2030, o que é muito mais do que o encontrado hoje, sem dúvidas. Isso abre a chance para que até mesmo lâmpadas inteligentes, conectadas às redes por Wi-Fi ou outro padrão de ligação, possam ser a porta de entrada para contaminações e invasões. O mesmo vale para cafeteiras, geladeiras, aparelhos de TV e por aí vai.

Historicamente, os especialistas em cibersegurança têm realizado um excelente trabalho em dissuadir ataques cibernéticos. No entanto, a chegada da internet de quinta geração e a expansão da Internet das Coisas (IoT – de Internet of Things, em inglês) certamente alterarão – ou expandirão – a natureza das ameaças, exigindo a construção de um novo modelo de confiança (seja para uso doméstico ou para as indústrias). A alta conectividade do 5G exigirá que as empresas adotem medidas de segurança mais abrangentes e inteligentes, com tecnologia que

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também seja capaz de ampliar o alcance das políticas de proteção. É importante criar estratégias que mitiguem as possíveis vulnerabilidades, de preferência antecipando proativamente as análises para além das fronteiras da rede. Se é verdade que o perímetro a ser protegido está mais difuso, descentralizado e complexo, é igualmente verdade que temos de implementar soluções que procurem, ao máximo, expor esses endponts e usuários a qualquer risco. Essas medidas devem estar em vigor para impedir que os cibercriminosos sequestrem os aparelhos conectados ou lancem ataques de negação de serviço distribuído (DDoS), por exemplo. Vale destacar que essa maior conectividade, com mais dados e equipamentos, provavelmente impulsionará, também, uma era de computação de bordas – a Edge Computing – com processamento, armazenamento e operação dos dados feitos longe dos núcleos centrais que sempre nortearam as infraestruturas. E isso, claro, também significará que os invasores terão ainda mais chances de interceptar os dados. Não há nada de errado com esse caminho. É uma solução eficiente. Entretanto, permitir que esses ambientes rodem sem acompanhamento e proteção poderá significar o desencadeamento de ataques ou de sequestros. Outros aspectos que devem ser considerados é o avanço do

Metaverso e da economia HumanoDigital, com a possibilidade de conectar os mundos virtual e real (inclusive nos óculos de Realidade Virtual, pulseiras inteligentes que monitoram dados biológicos, etc.). Essa soma geralmente é baseada em funções de rede decompostas, virtualizadas e distribuídas, com novos componentes literalmente conectados às pessoas. O resultado, porém, também pode expor novos pontos de ataque cibernético e levar a desafios no gerenciamento de cibersegurança pessoal.

Evidentemente, não se trata de abandonar as oportunidades que o 5G trará para nossa experiência neste ou em outro mundo. Ao contrário, o grande pensamento deve ser o de aproveitar este tempo, enquanto o mundo se prepara para essa nova era, para também se discutir e implementar soluções de segurança cibernética modernas e melhor preparadas para garantir que tudo ocorra sem problemas. Muitas empresas têm, por

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exemplo, infraestruturas que já não acompanham mais a realidade da conexão atual; elas, sem qualquer dúvida, terão que alterar suas atuais abordagens para lidar com as tecnologias emergentes relacionadas à Internet 5G.

À medida que novos recursos e ideias surgem para aproveitar as vantagens do 5G, é fundamental que as companhias também invistam na construção de fortalezas, com barreiras de segurança para acompanhar a demanda crescente de dispositivos e aplicações conectados e interagindo automaticamente entre si. Caso contrário, elas inovarão como

quem constrói sua casa na areia. Por isso, é crucial que as lideranças avaliem a estratégia e as consequências dessa inovação, antes que suas organizações de fato avancem nessa jornada. O caminho está em desenvolver com segurança, colocando a cibersegurança como parte do plano para o futuro – e não mais como um apêndice das transformações tecnológicas. Em um mundo hiperconectado e rápido, mitigar ameaças e riscos é um passo que pode muito bem diferenciar as companhias de sucesso daquelas que perecerão diante dos ataques. Como acontece com qualquer revolução, o 5G é um oceano de oportunidades, mas somente aqueles que aprenderem a surfar suas ondas são que estarão aptos a extraírem melhor proveito das mil possibilidades que o futuro certamente trará.

INTERNACIONAL

É

urgente frear a fuga de cérebros no setor de TI. E a internacionalização pode ser uma solução

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Achamada “fuga de cérebros”, movimento no qual profissionais qualificados não exercem suas habilidades em seu país de origem, mas no exterior, não é uma realidade apenas do Brasil. Ela está ocorrendo em todo o mundo.

A pandemia acelerou o processo de transformação digital e também a adoção do trabalho remoto, o que contribuiu para o aumento do assédio exterior a profissionais experientes – e até mesmo de recémformados, principalmente no setor de TI – atraídos pelas facilidades de expatriação promovida por diversos países e por salários mais elevados pagos em euro ou em dólar. Pelos registros da Fragomen, a maior e mais antiga empresa de imigração do mundo, a maior demanda por profissionais brasileiros no exterior se dá nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Desenvolvedores latino-americanos ganham, em média, 2,2 vezes mais trabalhando para empresas de fora do que para companhias de seus próprios países. Apesar dos esforços do governo e das empresas para atrair jovens para a profissão, há um gap enorme entre o número de desenvolvedores de software formados nas universidades brasileiras e o volume requerido pela indústria.

Na área de TI, segundo pesquisa do Boston Consulting Group, 92% dos profissionais brasileiros consultados pelo levantamento desejam trabalhar fora ou já estão trabalhando. O país é o quinto no ranking de maiores desejosos de trabalhar no exterior, logo atrás de Tunísia e Catar. "Nós estamos investindo muito na formação de mão de obra, mas os cientistas de dados e os analistas de sistemas estão indo embora do país atraídos pelas multinacionais. Software é muito estratégico para trazer valor agregado. O Brasil precisa parar de exportar cérebros e investir na sua permanência para o fortalecimento da economia digital”, defende Ruben Delgado, presidente do Softex.

Nunca tantos brasileiros decidiram deixar o país. Há, atualmente, mais de 3 milhões de brasileiros vivendo, de forma regular, no exterior. Esse número é três vezes maior do que o número de estrangeiros com registro formal no Brasil. A maior parcela de brasileiros está nos Estados Unidos, cerca de 600 mil. Em Portugal, são quase 300 mil, um terço do total de estrangeiros que vivem lá.

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Internacionalizar para reter talentos

Embora o intercâmbio de conhecimento seja sempre positivo, a queda no número de profissionais qualificados impacta a produção científica e tecnológica de um país, o seu desenvolvimento e também a sua economia.

Uma forma encontrada por muitas organizações para manter seus talentos tem sido a expansão para o exterior. Ao se internacionalizar, as empresas e instituições criam novas oportunidades de trabalho e de crescimento para os profissionais locais, o que ajuda a reter talentos e a diminuir a fuga de cérebros. Fundada há sete anos como uma empresa focada em treinamento de agilidade para o mercado B2C, a Agile expandiu sua atuação também para o segmento de consultoria e transformação digital, incluindo o desenvolvimento de aplicativos e de produtos digitais.

“Atendemos muitos clientes internacionais com faturamento acima de R$ 1 bilhão e isso acabou por alavancar nossa presença global, em especial na Europa. Em outubro do ano passado, inauguramos nosso escritório em Portugal que atuará como um hub de negócios para o continente”, explica Ivan Santos, CEO & Founder da Agile.

“Temos crescido cerca de 80% anualmente e, além de Portugal e Estados Unidos, estamos analisando nossa entrada em mais um mercado, provavelmente na Europa aproveitando nosso escritório

em Lisboa. Para nós, a expansão internacional é não apenas uma oportunidade para atender (nearshore e offshore) nossos clientes, como também reter nossos talentos, um asset extremamente importante para nós”, complementa Ivan.

Após dez anos de atividades no mercado brasileiro, a Liax Tecnologia, especializada em outsourcing de TI, participou pela primeira vez de um evento internacional no ano passado: a Web Summit, em Portugal. “Atuamos com grandes clientes em grandes projetos por meio de relações longevas. Acreditamos que a proximidade cultural, linguística e de valores que o Brasil mantém com Portugal nos ajudarão a acelerar e a reduzir os obstáculos de uma operação na Europa, um processo naturalmente difícil”, avalia Petterson Paula, CEO e CTO da Liax Tecnologia, acrescentando que mais do que apenas uma oportunidade de negócios, a companhia vislumbra a internacionalização como uma forma de reduzir a fuga de cérebros. É importante ressaltar que a internacionalização não é a única solução para o problema da fuga de cérebros. É necessário, também, investir em políticas públicas que valorizem e incentivem a educação para a formação de novos talentos para o setor de TI, bem como a pesquisa e a inovação, para que os profissionais locais possam desenvolver suas habilidades e encontrar boas oportunidades de trabalho dentro de seu país de origem.

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Pensando em levar sua empresa

para o exterior? Confira antes essas 5 dicas importantes

Ao longo dos últimos 19 anos, o Projeto Brasil IT+, parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e da Softex, já envolveu mais de 640 companhias interessadas em expandir sua atuação para além das fronteiras nacionais. O volume de negócios gerado pelas empresas aderidas ao Projeto atingiu US$ 593 milhões em 2022. Internacionalizar é um processo que exige muito preparo prévio. Confira cinco dicas importantes:

1. Pesquisar profundamente o mercado-alvo e os seus desafios

2. Estudar a jornada do cliente local e também os seus competidores

3. Definir a melhor estratégia de atuação nesse mercado: exportação, jointventure, parceiros ou abertura de escritório local

4. Contratar escritórios de advocacia e de contabilidade especializados para cuidar dos aspectos jurídicos e tributários

5. Procurar possíveis benefícios de investimentos oferecidos pelo país-alvo

Pensando em internacionalizar a sua empresa? Converse com os consultores do Brasil IT+ e conheça os benefícios oferecidos:

EVENTO Brasil marca presença no MWC pelo 12° ano consecutivo

Com uma delegação integrada por 20 empresas e startups, o Brasil esteve presente pelo 12° ano consecutivo no Mobile World Congress (MWC). Considerado o evento mais influente do mundo para a indústria de conectividade, ele foi realizado no final do mês de

fevereiro na Espanha e recebeu, segundo projeção dos organizadores, mais de 88,5 mil pessoas. A participação nacional foi uma iniciativa do Programa de Internacionalização para a Espanha, desenvolvido no âmbito do Projeto Brasil IT+, parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações

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e Investimentos (ApexBrasil) e da Softex e contou para a sua realização com o apoio do Consulado do Brasil em Barcelona em iniciativa do Programa de Diplomacia da Inovação. “Os setores de TI e Telecom são estratégicos para alavancar o crescimento do país e nossa presença em um evento desta relevância é fundamental para o mapeamento de oportunidades de negócios, bem como das principais tendências do mercado mundial, além de contribuir para fortalecer a presença de nossas companhias no mercado global”, avalia Ruben Delgado, presidente da Softex. Durante o MWC23, Delgado cumpriu uma extensa agenda de reuniões que começou com reunião setorial da delegação brasileira e prosseguiu com encontros préagendados com representantes do Reino Unido e Canadá, empresas

de Telecom e diversas agências internacionais de investimento.

A Espanha é o 29º país mais inovador do mundo segundo o Índice Global de Inovação 2022. Possui mais de 20 mil startups e 14 unicórnios. As cidades de Madri e Barcelona estão entre os dez maiores hubs de inovação da Europa.

Integraram a delegação brasileira Agile; Argotechno; CESAR; Click Alert; Diagnext; Digivox; Evo Systems; Ilegra; I. M. Tecnologia; Instituto Eldorado; Knowcode; Kymo; MC1; Positivo; Pulsus; Real2U; Stefanini; Trackage; Venko e W5.

Ao longo dos últimos 17 anos, o Projeto Brasil IT+ já envolveu mais de 640 companhias interessadas em expandir sua atuação para além das fronteiras nacionais. O volume de negócios gerado pelas empresas aderidas ao Projeto atingiu US$ 593 milhões em 2022.

Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e parlamentares são recebidos pelo presidente da Softex, Ruben Delgado, no estande Brasil

IT+ em Barcelona

Inovação brasileira

contribuindo para a inclusão social global

A edição deste ano do encontro ocorreu em um contexto internacional no qual a inovação se posiciona como uma importante força motriz não apenas para o sucesso dos negócios, mas também para a inclusão social.

Isso ficou claro com o interesse demonstrado por diversos governos em duas soluções apresentadas no estande Brasil IT+. A primeira é a do Instituto Iracema, voltada para a capacitação no setor de TI de cegos e portadores de baixa visão, em uma iniciativa que inclui, além da metodologia, teclados, mouses e impressoras especiais.

Os representantes do Instituto deixaram Barcelona com reuniões agendadas com diversos governos de países africanos para estudar a realização de um projeto-piloto semelhante ao que já está em operação na cidade de Fortaleza, no Ceará, e que capacitará 120 profissionais para esse segmento em altíssima demanda.

Outro destaque da participação brasileira voltado para a inclusão social que conquistou os visitantes do estande brasileiro é o bemsucedido projeto de telemedicina para ambientes hostis da dignext. com. Concebido para garantir acesso médico a moradores de cidades do interior da Floresta Amazônica, ele se

mostrou adequado para replicação em outros ambientes hostis do mundo, como na área desértica do Chile, onde também comprovou sua eficiência.

“Nosso objetivo no evento foi levar nossos conhecimentos, implantações, tecnologias, serviços e processos a novas fronteiras, aproveitando a interação da Europa com o resto do mundo. Vivemos um cenário no qual o planeta como um todo demanda o conhecimento e a experiência em projetos como os que atuamos”, explica Leonardo Melo, founder da diagnext.com.

No MWC23, houve ainda oportunidade de testar a internacionalização de institutos de pesquisas brasileiros. “Em conversas com investidores norte-americanos, vamos trabalhar para estruturar uma possível parceria com uma instituição local que permita a venda de tecnologias assistivas brasileiras em projetos de compras públicas do governo dos Estados Unidos”, contextualiza Diônes Lima, vicepresidente executivo da Softex. Vale ressaltar, ainda, a importância da vinda de parlamentares brasileiros envolvidos com o setor de tecnologia para presenciar o que o mundo está realizando em termos de inovação para que seja possível compreender melhor os desafios nacionais. Afinal, é fundamental ter uma inteligência estratégica por trás de toda a infraestrutura de 5G que está sendo desenhada no Brasil, inclusive já pensando no 6G.

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ACONTECE NO SETOR

Relatório Softex 2022

O documento, que traz o lema “Conexão e a vida de experiências”, apresenta as ações, projetos e programas da entidade, além de reunir os principais resultados e indicadores da organização ao longo

do ano, bem como os destaques institucionais, as diretrizes e os valores que norteiam sua atuação e o seu desempenho. O acesso ao Relatório é gratuito e em breve estará disponível no site da Softex.

ARTIGO

Como a IA está mudando o jogo para as pequenas empresas

Por Enio Mores, CIO na Semantix

Ainteligência artificial (IA) é mais frequentemente associada às grandes corporações. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 57% das pequenas

empresas dizem desconhecer as inovações impulsionadas pela indústria 4.0. Porém, com os avanços na tecnologia, os players menores podem aproveitar o poder da IA para competir no mercado e apresentar crescimento acelerado.

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Simplificação das operações

As pequenas empresas podem usar a IA para automatizar tarefas repetitivas e racionalizar suas operações. Os chatbots, por exemplo, alimentados por IA, podem lidar com as consultas dos clientes, liberando os funcionários para se concentrarem em tarefas mais complexas. Além disso, a IA pode ser usada para analisar dados e identificar ineficiências nos processos empresariais, permitindo que os proprietários de pequenas empresas tomem decisões baseadas em dados sobre como melhorar suas operações.

Personalização da experiência do cliente

A personalização é a chave para proporcionar uma grande experiência ao cliente, e a IA pode ajudar as pequenas empresas a alcançá-la em escala. Ao analisar os dados do cliente, os algoritmos de IA podem fornecer recomendações personalizadas de produtos, mensagens de marketing direcionadas e conteúdo personalizado. Isto não só melhora a Customer Experience (CX), mas também pode levar a um aumento das vendas e da fidelidade do cliente.

Aumento de vendas

A IA pode ser usada para identificar padrões no comportamento dos clientes e prever quais

produtos ou serviços eles têm maior probabilidade de comprar. Estas informações fornecem direcionamento para esforços de marketing de forma mais eficaz e recomendam produtos que têm maior probabilidade de levar a uma venda. Além disso, a inteligência artificial pode ser usada para automatizar o processo de vendas, permitindo que as PMEs processem os pedidos com mais rapidez e eficiência.

Uso de IA em setores específicos

Além desses casos de uso geral, a IA está sendo aplicada em setores específicos para melhorar os resultados para pequenas empresas. Por exemplo, na saúde, a IA está aprimorando os resultados dos pacientes, analisando dados médicos e identificando padrões que podem ajudar os profissionais da saúde a fazer diagnósticos mais precisos. Na indústria de restaurantes, a ferramenta otimiza a oferta de cardápio e agiliza o processo de pedidos.

Em geral, a inteligência artificial tem o potencial de transformar a forma como as pequenas empresas operam e competem na economia de hoje. Ao aproveitar o poder da IA, as PMEs podem automatizar tarefas repetitivas, personalizar as experiências dos clientes, aumentar as vendas e ganhar uma vantagem competitiva em sua área de atuação.

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ESPECIAL

VIAS teia: uma vitrine com conexões estratégicas para aprofundar o relacionamento entre empresas e startups

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OPrograma VIAS é parte da estratégia ABDI

Open, jornada de difusão e adoção de tecnologias da ABDI, utilizando a conexão com startups como vetor de transformação e é executado pela Softex. Ele está dividido em três etapas: o VIAS scan, que tem como objetivo identificar o nível de maturidade do relacionamento entre empresas e startups por meio de um diagnóstico personalizado e indicação de boas práticas para

potencializar as conexões; o VIAS verso, com pílulas de conhecimento que engloba a temática inovação na prática em uma plataforma EAD; e o VIAS teia, cujo propósito é indicar empresas e startups a atores do ecossistema de inovação de forma a auxiliá-las a superar os pontos de atenção mapeados no diagnóstico e dimensões do VIAS scan, além de incentivar novas oportunidades de parcerias.

O VIAS teia é uma plataforma que atua como uma rede de relacionamentos, que contribuirá

no aprofundamento das conexões entre empresas e startups atuando a partir das seis dimensões do diagnóstico do VIAS scan: Pessoas, Cultura, Processos, Estratégia, Ecossistema e Conexão. Essas dimensões, aliás, foram construídas a partir de estudos e boas práticas do programa Startup Indústria e de instituições renomadas, tais como Harvard, MIT e Fundação Dom Cabral.

O VIAS teia atua como uma vitrine, apresentando aos atores envolvidos possíveis oportunidades de parcerias e conexões para auxiliar na superação de seus desafios,

tornando-se assim uma importante ferramenta de apoio à inovação e ao desenvolvimento de negócios. Nos últimos cinco anos, o volume de acordos entre empresas e startups registrou um crescimento de 20 vezes. A perspectiva do Programa VIAS é aprimorar o relacionamento e potencializar a relação ganha-ganha entre esses atores, beneficiando assim todo o ecossistema brasileiro de inovação.

Para conhecer todos os recursos do Programa VIAS e potencializar seus relacionamentos em inovação aberta de forma totalmente gratuita, acesse http://www.vias.net.br/ .

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Procure por Softex Nacional nas principais plataformas

IA Hub de Inteligência

Artificial e Arquiteturas Cognitivas (H.IAAC) abre suas portas para a comunidade científica

Oespaço do Hub de Inteligência Artificial e Arquiteturas Cognitivas (H.IAAC), iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com coordenação da Softex, e execução do Instituto ELDORADO e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), já está em operação. Ele foi apresentado à comunidade científica no dia 17 de março em solenidade que contou com as participações de Antonio José de Almeida Meireles, reitor da Unicamp; Leandro Villas, professor do Instituto de Computação (IC) da Unicamp; Diônes Lima, vicepresidente da Softex; Roberto Sobol, superintendente do Instituto ELDORADO; e José Soares, diretorexecutivo da Motorola. Resultado de um aporte da ordem de R$ 16 milhões advindos da Lei de Informática, o Hub está instalado na Unicamp e foi criado com o objetivo de desenvolver e disseminar conhecimento sobre tecnologias capazes de integrar diversos recursos de inteligência em dispositivos móveis, tornando-os hábeis em tomar decisões e, assim, efetivamente inteligentes. Cabe aos pesquisadores da universidade produzir e disseminar o conhecimento tecnológico e ao ELDORADO o desenvolvimento dos protótipos das aplicações. O espaço será utilizado por cerca de 50 pesquisadores.

O projeto de pesquisa do H.IAAC está dividido em sete linhas sinérgicas de pesquisa: Arquiteturas Cognitivas, Aprendizado em Arquiteturas Cognitivas, Aprendizado Distribuído, Representação de Conhecimento, Processamento de Linguagem Natural, IA para Finanças, IA para Marketing.

Participam da iniciativa 23 professores especialistas em IA, Arquiteturas Cognitivas, sensores e IoT, dos quais cinco estão listados entre os 2% dos cientistas mais influentes do mundo, segundo estudo da Stanford University.

Smartphones realmente inteligentes

Atualmente, a capacidade computacional de dispositivos móveis multipropósito, como os smartphones, é equiparável à de equipamentos computacionais robustos de um passado recente. Esse aumento da capacidade e também de comunicação trazem significativo poder de processamento e de sensoriamento com recursos embarcados. Assim, esses equipamentos são capazes de monitorar o ambiente, gerando uma quantidade de dados que permite seu uso para a implantação de arquiteturas cognitivas. “Em conjunto, tais equipamentos, com mais de 230 milhões de

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smartphones habilitados no Brasil, podem ser usados para entender comportamentos de seus usuários, mas também tendências futuras de desenvolvimento urbano, econômico e social, trazendo informações importantes para dirigir o planejamento do desenvolvimento econômico, social e tecnológico futuros”, destaca Leandro Villas, professor do Instituto de Computação (IC) da Unicamp. Na visão de Mário Henrique

Reino Cintra, gerente de P&D do ELDORADO, esse projeto é de grande importância para a indústria nacional no desenvolvimento de aplicações móveis. “Em seu curto período de existência, o H.IAAC desenvolveu protótipos das primeiras arquiteturas cognitivas para o sistema operacional Android. Os testes revelaram não apenas as potencialidades dessas arquiteturas, mas as oportunidades e os muitos desafios de pesquisa e desenvolvimento a serem superados, grande parte deles associados a tecnologias que ainda estão em desenvolvimento pela indústria, justificando, assim, investimentos de longo prazo no Hub”.

Entre as oportunidades identificadas destacam-se a evolução e a constante mudança das tecnologias e arquiteturas associadas à materialização dos ambientes inteligentes nas suas diversas formas, incluindo Indústria Inteligente (Indústria 4.0), Cidades Inteligentes, Agricultura Inteligente, Casas e

Prédios Inteligentes e Sistemas de Transporte Inteligentes.

Diônes Lima, vice-presidente da Softex, lembra que estamos entrando na era da concorrência “robótica”.

“Entretanto, a maioria das aplicações atuais de robôs autônomos considera uma faixa muito limitada de autonomia em razão das abordagens cognitivas mais modernas estarem aquém de arquiteturas cognitivas completas ou distantes da realidade de uso do mercado. Com o H.IAAC temos a oportunidade de posicionar o Brasil como um fornecedor de soluções tecnológicas desta natureza, uma vez que é limitado o número de cérebros atuando nessa área em todo o mundo. O Hub, que inicia suas atividades voltado para o mundo mobile, pode expandir sua atuação para autonomia robótica”, conclui. “É muito difícil viabilizar projetos de pesquisa no Brasil e o H.IAAC é um exemplo de como a parceria entre a indústria, a universidade e um ICT privado pode ser viável, frutífera e criar condições para o desenvolvimento de tecnologia de ponta”, disse José Soares, diretorexecutivo da Motorola, uma das empresas apoiadoras do H.IAAC.

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ACONTECE NO SETOR

Redes de investimento-anjo projetam aportar R$ 85 milhões em 2023

Os investidores-anjos brasileiros continuam com apetite para investir em startups. Um levantamento realizado por um grupo de líderes de redes de anjos apontou que em 2022 foram investidos R$ 68 milhões em 128 startups nacionais. A projeção do grupo, que reúne 24 das maiores redes de investidores-anjos do país, é de que se feche 2023 com R$ 80 milhões em investimento. Um crescimento de 25% em relação ao ano anterior.

Não só o volume de investimento vem crescendo, mas também o número de investidores-anjo. O estudo mostra que 532 startups foram investidas desde a criação das redes que, hoje, contam com 3.258 investidores. Esse número representa

um crescimento de 27% no número de investidores em relação 2021. Outro dado que chama atenção no levantamento são os valores investidos. Em média, cada investidor aporta R$ 25 mil (máximo de R$ 100 mil e mínimo R$ 5 mil) e, quando se fala de rede, a média fica entre R$ 400 mil e R$ 800 mil (máximo R$ 1,5 milhão e mínimo R$ 100 mil).

Entre os setores mais investidos se destacam as agritechs, edtechs, fintechs, food techs, construtech, lawtech, SAAs, negócios de impacto socioambiental e finalmente, varejo e e-commerce em diferentes modelos de negócio. Vemos ainda que houve um aumento no interesse em startups em estágio de tração, o que mostra o amadurecimento do setor.

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ARTIGO

ChatGPT: capacidades, limitações, impactos e desafios

Este artigo é para você que está se perguntando porque esse interesse todo em ChatGPT. Ele é um modelo de inteligência artificial generativa (IAG) que surpreendeu o mundo no final de 2022, por sua capacidade de processamento de linguagem natural. Isso lhe permitiu “passar” no “exame da ordem dos advogados” nos EUA, escrever artigos acadêmicos completos em vários idiomas, criar sites inteiros a partir de dados bastante vagos, despertar uma atenção inédita e chegar a 100 milhões

de usuários em poucas semanas. Esse alto desempenho e grande versatilidade também aparecem em modelos semelhantes, mas de aplicação distinta, como DALL-E 2 e Midjourney, que são dedicados à geração de imagens.

Ao ficarem disponíveis na década de 1950, os computadores revolucionaram conceitos e processos por serem capazes de produzir resultados fantásticos rapidamente, desde que devidamente programados.

A programação de computadores tornou-se uma profissão e o domínio

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de seus conceitos e técnicas, ciência e engenharia. Os modelos de IAG, como o ChatGPT, se propõem a provocar uma nova revolução, encurtando a distância entre nós e nossas vontades. Para isso, tratam autonomamente os temas que propomos e fazem eles mesmos a programação que gera os resultados que esperamos.

Essa perspectiva é, ao mesmo tempo, fascinante e preocupante, pois não conseguimos avaliar a extensão e a profundidade das mudanças que podem surgir. Assim como as calculadoras eliminaram a vantagem de quem conseguia fazer contas “de cabeça”, a IAG poderá tornar obsoletas algumas das nossas competências de hoje. Além disso, tudo acontece tão rápido que é literalmente impossível acompanhar e prever o que ainda está por vir. Por exemplo, apenas um mês antes do lançamento do ChatGPT, um dos maiores congressos internacionais de informática não mencionou IAG uma vez sequer. Prever o que será o mundo daqui a um ano tornou-se um exercício de futurologia muito arriscado.

Já sabemos que IAG causa profundos impactos em atividades ligadas à criação e tratamento de textos e imagens. No entanto, é difícil, para não dizer impossível, dizer o que poderá acontecer em outras áreas. Sabemos também que essas mudanças envolvem riscos. O ritmo com que surgem novas aplicações sugere que os cuidados necessários talvez não estejam sendo tomados. Apenas no

Google Chrome já há cerca de 1.000 extensões que prometem nos ajudar a tirar o máximo do ChatGPT. Será que elas foram suficientemente testadas? Será que os nossos dados estarão a salvo? Será que ao fazer isso não estamos querendo pilotar um Fórmula 1 sem usar cinto de segurança? Essas preocupações não são arbitrárias ou acidentais. Não é difícil mostrar que o ChatGPT pode errar feio em cálculos simples, pode se perder em questões lógicas básicas, pode “alucinar” e gerar respostas sem sentido, preconceituosas ou mesmo falsas. A evolução acelerada da IA, sem a implementação adequada de mecanismos de segurança, alinhamento e governança, gera preocupações em diversos setores, desde o empresarial até o governamental. Recentemente, a Itália bloqueou o acesso ao ChatGPT. Na mesma semana, uma carta aberta, assinada por nomes importantes da área de tecnologia, alertava sobre os riscos e desafios que o rápido desenvolvimento de sistemas de IA pode trazer para a humanidade e pedia a paralisação temporária do treinamento de sistemas de IA mais poderosos que o GPT-4. Quais são as implicações futuras da IA e como podemos nos preparar adequadamente para enfrentá-las? Explorar o desdobramento desse provável novo universo e o que há de fascinante e desafiador na “inteligência artificial ao alcance de todos” será o tema desta série nas próximas edições da revista.

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INOVAÇÃO

Setor de Inovação: saiba quais são as tendências para 2023

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Com o rápido avanço da tecnologia, o Setor de Inovação vem se reinventando a cada surgimento de novas ferramentas ou no aprimoramento das tecnologias já existentes. E todo começo de ano, há aquela ansiedade do que pode vir por aí. O que temos de novidades e quais os impactos delas no setor? 2023 chegou com tendências que prometem, mais uma vez, ditar regras, conceitos e mudar a forma de nos relacionarmos. Confira abaixo quais são as tendências que prometem fazer barulho neste ano.

Práticas ESG alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

A palavra Sustentabilidade lidera as rodas de conversas de todas as empresas no mundo. E o Brasil, não seria diferente. E o que ela tem de tão importante? Desde que as práticas ESG (Environmental, Social and Governance , ou Ambiental, Social e Governança, em português) se alinharam aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), as empresas têm se empenhado

em aplicar estratégias com foco nas questões ambientais, sociais e de governança, além de adotarem o conjunto de 17 objetivos estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a promoção do desenvolvimento sustentável em todo o mundo até 2030. Mais quais são os desafios? Reduzir o carbono em até 45%, frear o aquecimento global e limitar o aumento da temperatura do planeta até 2030.

Transformação digital e governança de dados

Com os impactos causados pela pandemia de Covid-19, as empresas em todo o mundo passaram a utilizar a tecnologia para potencializar suas operações e otimizar processos. Dessa transformação vale a pena citar a veloz expansão da Inteligência Artificial, que vem crescendo de forma extraordinária.

5G e IoT (Internet das Coisas)

A promessa de uma internet rápida e de uma garantia de automação está cada vez mais presente com a chegada do 5G, desde o ano passado. Empresas e startups de tecnologia pensam na funcionalidade e aprimoramento da internet das Coisas, com mais dispositivos conectados à Internet com maior interação entre eles.

Plataformas de nuvem

Armazenar dados na nuvem já se tornou uma atividade usual das empresas no dia a dia. Essa tecnologia promete grande evolução neste ano, com mais recursos e flexibilidade. Segundo uma pesquisa da Gartner, empresa global de dados e análises, revela que, em 2027, 50% das empresas usarão plataformas de nuvem para potencializar suas atividades no mercado.

Metaverso

Ainda rodeado de algumas incertezas, o ambiente virtual vem se aprimorando com várias formas de interação, inclusive com a chegada definitiva do home office. O usuário tem fomentado o uso do metaverso e o seu impacto no dia a dia. Com isso muitas marcas estão buscando alternativas para sair do real e aprimorar a experiência desse usuário com ferramentas de realidade virtual e aumentada. Além disso, empresas estão criando oportunidades para realizar reuniões mais produtivas e com foco em resultados. Vale destacar que essas são algumas tendências para 2023 e que inegável que a tecnologia tem sido fundamental para a evolução da sociedade, permitindo a criação de ferramentas que melhoram processos e qualidade de vida das pessoas. É o futuro que bate à nossa porta.

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ENTREVISTA

Quem tem medo do ChatGPT? Quais os possíveis impactos do modelo no mercado de trabalho?

Novo estudo conduzido pela OpenAI investigou as possíveis implicações dos modelos Generative Pre-trained Transformer (GPT) no mercado de trabalho, avaliando ocupações com base em sua correspondência com as capacidades do GPT.

Os resultados sugerem que aproximadamente 80% da força de trabalho dos EUA poderiam ter pelo menos 10% de suas tarefas de trabalho afetadas pela introdução dos modelos GPT, enquanto cerca de 19% dos trabalhadores podem ter pelo menos 50% de suas tarefas impactadas. O estudo conclui que os modelos GPT podem ter notáveis implicações econômicas, sociais e políticas, destacando a importância da colaboração entre academia, indústria e formuladores de políticas para enfrentar os desafios e oportunidades que essas tecnologias apresentam.

Para baixar o conteúdo na íntegra, acesse https://arxiv.org/ abs/2303.10130

Dando início à série “Quem tem medo do ChatGPT”, a Revista Softex “conversou” com o GPT da OpenAI sobre os possíveis impactos da IA e do ChatGPT no mercado de trabalho.

Revista Softex: de que forma o ChatGPT impactará a empregabilidade no mundo?

ChatGPT: como um modelo de linguagem artificial, o ChatGPT não tem capacidade de impactar diretamente a empregabilidade no mundo. No entanto, o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial e aprendizado de máquina, incluindo modelos de linguagem como o ChatGPT, pode ter um impacto significativo na forma como o trabalho é realizado em várias áreas. Por exemplo, a automação de tarefas repetitivas pode permitir que os trabalhadores se concentrem em tarefas mais criativas e de maior valor agregado, enquanto a análise de dados em larga escala pode ajudar as empresas a tomar decisões mais informadas e precisas. Além disso, os chatbots alimentados por modelos de linguagem como o ChatGPT podem ajudar a melhorar a eficiência e a eficácia do atendimento ao cliente. No entanto, é importante notar que as tecnologias de inteligência artificial também podem levar a mudanças significativas no mercado de trabalho e potencialmente afetar negativamente a empregabilidade em algumas áreas. À medida

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que a automação se torna mais avançada, alguns empregos podem ser eliminados ou exigir menos trabalhadores, e os trabalhadores podem precisar se adaptar a novas habilidades e áreas de especialização para permanecerem competitivos no mercado de trabalho.

Revista Softex: que profissões podem estar ameaçadas pelas tecnologias de inteligência artificial e aprendizado de máquina, incluindo modelos de linguagem como o ChatGPT?

ChatGPT: tecnologias de inteligência artificial e aprendizado de máquina podem afetar diversas profissões e áreas de trabalho. Algumas das profissões que podem estar ameaçadas pela automação incluem: trabalhadores de linhas de montagem e operadores de máquinas: a automação de processos de produção tem sido uma realidade em muitas indústrias, substituindo gradualmente a mão de obra humana por robôs e sistemas automatizados.

Motoristas e entregadores: a tecnologia de carros autônomos e drones de entrega pode reduzir a necessidade de motoristas e entregadores em muitas indústrias. Profissionais de escritório: muitas tarefas administrativas e de escritório, como entrada de dados e gerenciamento de informações, podem ser automatizadas.

Trabalhadores de varejo: com a popularização do comércio eletrônico, os trabalhadores de varejo podem enfrentar uma redução na demanda, especialmente em áreas como atendimento ao cliente e gestão de estoque.

Advogados e profissionais do setor jurídico: a inteligência artificial pode ser usada para automatizar tarefas de análise de documentos legais, como contratos e petições, reduzindo a necessidade de trabalho humano nessas áreas. No entanto, é importante notar que a automação também pode criar novas oportunidades de trabalho em áreas relacionadas à tecnologia, como desenvolvimento e manutenção de sistemas automatizados, e em áreas de alta especialização que exigem habilidades e conhecimentos específicos que não podem ser automatizados.

Revista Softex: os trabalhadores devem temer o ChatGPT?

ChatGPT: não, os trabalhadores não devem temer o ChatGPT. Como um modelo de linguagem, o ChatGPT não é capaz de tomar decisões por conta própria ou substituir completamente o trabalho humano em todas as áreas.

Embora a tecnologia de inteligência artificial e aprendizado de máquina possam afetar algumas áreas de

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trabalho, elas também podem criar novas oportunidades e soluções para problemas complexos. Por exemplo, a automação pode ajudar a aumentar a eficiência em tarefas rotineiras, permitindo que os trabalhadores se concentrem em tarefas mais criativas e estratégicas. É importante que os trabalhadores se mantenham atualizados e adquiram novas habilidades para se adaptar às mudanças no mercado

de trabalho. Além disso, as empresas também têm a responsabilidade de garantir que seus funcionários sejam treinados e preparados para trabalhar em conjunto com as novas tecnologias, em vez de serem substituídos por elas. Em resumo, os trabalhadores não devem temer a tecnologia, mas sim estar cientes das mudanças em curso e estar preparados para se adaptar e evoluir com as novas tecnologias.

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CASES

Startup de impacto social insere pelo menos duas mulheres por dia no mercado de trabalho

Por Redação Softex

ASe Candidate, Mulher! é uma startup de impacto social de recursos humanos especialista em conectar mulheres a empresas ou promovê-las dentro delas. Vencedora por três anos consecutivos do Startup Awards, a maior premiação do ecossistema de

inovação do Brasil, essa HRTech já impactou mais de 17 mil mulheres diretamente, promovendo projetos e ações afirmativas inéditas no mercado para a atração e a contratação de mulheres. Sua fundadora, a administradora mineira Jhenyffer Coutinho, sonhava em fazer carreira em uma

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grande empresa. Mas, por motivos como a falta de inglês fluente, quase nunca cumpria todos os requisitos das vagas de emprego e, por isso, não se candidatava. Desde pequena, ela ouvia que teria um destino semelhante ao de sua mãe, que engravidou aos 13 anos e largou os estudos. Mas a empreendedora transformou o descrédito em combustível para cursar uma boa faculdade, ser a melhor da sua sala e viver uma realidade diferente.

Foi nos Estados Unidos, onde foi trabalhar de babá para pagar os estudos de Inglês, que Jhenyffer Coutinho, assustada com a informação de que 6,5 milhões de brasileiras estavam desempregadas no início da pandemia, começou a tirar sua startup do papel.

acabou caindo no seu colo. “Em um mês, tinha 15 mil mulheres inscritas na newsletter. E percebi ali uma oportunidade de negócio”, lembra. O crescimento foi orgânico, apenas com divulgação no Instagram e LinkedIn. A empreendedora retornou ao Brasil em janeiro de 2021. Com R$ 9 mil reais em caixa, Coutinho começou a desenvolver a primeira versão da plataforma para começar a formar um time. “Eu tinha três meses para fazer a Se Candidate acontecer”, recorda. A Se Candidate, Mulher é dividida em uma parte educacional, a SCM Academy, com cursos de capacitação, e em uma base de talentos – formada pelas mulheres que finalizaram os conteúdos educacionais. Elas podem comprar o acesso ao curso e as empresas podem adquirir um combo de acessos para oferecer a suas candidatas e ter acesso à base. “Cerca de 99% das vagas dos nossos clientes são preenchidas em 15 dias, enquanto o mercado fecha

uma vaga em três meses”, destaca a CEO.

Empreender, muitas vezes sinônimo de instabilidade financeira, não era uma opção inicialmente. Mas o negócio

No ano passado, a Se Candidate, Mulher inseriu ou recolocou pelo menos

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“Alguém tinha que fazer algo. A Se Candidate, Mulher nasceu como uma newsletter para dividir conteúdo e incentivar as mulheres.
Hoje, é uma plataforma que capacita e ajuda a inserir talentos femininos no mercado de trabalho”, explica a CEO.

uma mulher no mercado a cada dois dias. Hoje, são, no mínimo, duas por dia. “Já chegamos ao equivalente a 45 salas de aulas lotadas de mulheres promovidas e recolocadas”, celebra Jhenyffer Coutinho.

A Se Candidate, Mulher! captou cerca de R$ 1,2 milhão de investimentos, conta com quase 40 empresas parceiras – como Accenture, Volvo e Ambev – e cerca de 10 mil mulheres na plataforma educacional.

Ao longo dos últimos anos, muitas organizações têm implementado políticas afirmativas voltadas para promover a inclusão da mulher no setor de TI. Mas, como alertou o estudo W-Tech, lançado no ano passado pelo Observatório Softex, as mulheres representam apenas 13,3% das matrículas nos cursos presenciais de graduação em Computação e Tecnologias da Informação e 21,6% nos de Engenharia e correlatos. O trabalho enfatiza, ainda, a importância da promoção de esforços nos níveis governamental, acadêmico e corporativo para lidar com esse desequilíbrio de gênero.

Para Elisa Carlos, head de operações da Softex, “o desafio é atrair e reter mulheres nesses campos de estudo, assim como reduzir as barreiras de inserção e manutenção delas na área, sobretudo

no que diz respeito às mudanças sobre o entendimento do papel da mulher, considerando o contexto socioeconômico e os estímulos de desenvolvimento recebidos desde a infância e/ou juventude na família ou na escola”. Em sua conclusão, o levantamento do Observatório Softex pondera que promover a atração feminina neste cenário de desequilíbrio de espaço entre mulheres e homens na economia da informação –desde a academia – também contribuirá para solucionar a escassez de talentos em ciências, tecnologias, engenharias e matemática frente a demanda do mercado, assim como amenizará a homogeneidade dos profissionais de TIC, que exibe baixa absorção de mulheres, PCDs e pessoas não brancas. Para obter gratuitamente a íntegra do estudo, acesse https://softex.br/inteligencia/

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Políticas afirmativas são importantes para a inclusão de mulheres no mercado de TI

ACONTECE NO SETOR

Softex renova logomarca

Transformação é parte integrante do DNA da Softex. A mudança promove novas experiências e novas conexões. Ela também simboliza a adaptação a um cenário global dinâmico, em constante mutação. Esse é o pano de fundo da decisão da entidade de renovar sua logomarca, que segue mantendo

os tradicionais elos que simbolizam o trabalho conjunto entre governo, empresas e academia. A proposta da renovação foi o de inspirar modernidade e agilidade, sem esquecer de realçar o viés tecnológico, valorizando assim a missão da Softex: promover a tecnologia e a inovação no Brasil.

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Startup de impacto social insere pelo menos duas mulheres por dia no mercado de trabalho

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pages 46-48

ENTREVISTA

3min
pages 42-45

INOVAÇÃO

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pages 38-41

ARTIGO

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pages 36-37

ACONTECE NO SETOR

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IA Hub de Inteligência

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pages 32-34

ESPECIAL

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pages 28-31

ARTIGO

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pages 26-27

Inovação brasileira

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EVENTO Brasil marca presença no MWC pelo 12° ano consecutivo

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pages 22-23

Pensando em levar sua empresa

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urgente frear a fuga de cérebros no setor de TI. E a internacionalização pode ser uma solução

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pages 19-20

ARTIGO Os impactos do 5G na cibersegurança das empresas

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pages 14-17

ESTUDOS

2min
pages 10-13

CONEXÃO A explosão do 5G no Brasil

3min
pages 6-9

Caros leitores,

1min
pages 3-5

Startup de impacto social insere pelo menos duas mulheres por dia no mercado de trabalho

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pages 52-54

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