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Dica de Manejo
Inseminação Artificial: controle de qualidade das doses e conservadoras de sêmen em granjas de suínos
Asuinocultura encontra-se sempre em processo de evolução, e a reprodução suína é um dos segmentos mais inovadores. Se nós nos recordarmos, a produção das doses de sêmen iniciou-se em pequenos laboratórios adaptados ou construídos dentro das próprias granjas. Aos poucos, evoluiu para pequenos centros próprios ou terceirizados nas proximidades das granjas. Atualmente, convivemos com uma realidade bem diferente no que se refere à produção de doses seminais, que são produzidas em grandes centros, localizados em áreas isoladas para garantir a biosseguridade, além do alto controle de qualidade em todas as etapas de produção, para chegar nas granjas com valor agregado e transferência de melhoramento genético. Dessa maneira, o mais indicado é seguir com o controle de qualidade durante o transporte e por todo período de conservação. Com o objetivo de garantir excelência nos resultados reprodutivos, faz-se necessário adotar protocolos de análises e monitoria de controle de qualidade das doses na granja, desde o recebimento até a inseminação artificial. Confira!
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Transporte do sêmen: deve ser transportado em veículo próprio, temperatura adequada e motoristas devidamente capacitados, respeitando todos os critérios e cuidados que se exigem durante o transporte de sêmen.

Na recepção das doses de sêmen, o responsável deverá aferir a temperatura na chegada das doses.
• Na recepção, deve-se registrar a temperatura na chegada das doses. • Informar ao centro de inseminação se houver diferenças de temperatura do esperado. A temperatura de chegada das doses deve ser entre 15 ⁰C e 18 ⁰C.
Monitorar as doses durante a rota de transporte com Data Logger.
• O centro de IA deve ter um protocolo estabelecido para controle de rotina. • Monitorar todas as doses e cada rota de distribuição de sêmen.

• Temperaturas abaixo de 14 ⁰C alteram a membrana do espermatozoide. • Acima de 20 ⁰C, os espermatozoides entram em atividade, predispondo ao consumo de reservas, liberação de metabolitos e crescimento bacteriano.

Equipamento necessário para a análise de sêmen na granja.
• Microscópio com tela digital. • Placa térmica aquecida. • Pipetas Pasteur. • Lâmina e lamínula.
Parâmetros a serem analisados

Aspecto das doses: motilidade, aglutinação e contaminação Aspectos externos das doses
• Avaliação macroscópica da dose por meio da cor, contaminantes e odor.

Análise de motilidade: movimento das células espermáticas
Tipos de movimentos com classificação de 0 a 5: 0 = sem movimento 1 = sem movimento progressivo, girando sobre si mesmo 2 = com movimentos anormais e alguns progressivos 3 = com movimentos progressivos lentos e sinuosos 4 = com movimentos progressivos rápidos 5 = com movimentos progressivos muito rápidos


Aglutinação

Contaminação

• Altas temperaturas + açúcares = meio de cultivo bacteriano. • Os primeiros sinais de contaminação seminal são o aumento de aglutinação e a perda da capacidade de conservação.
Conservadoras A conservadora de sêmen é um dos mais importantes itens para manter a conservação das doses de sêmen.
Controle de temperatura da conservadora de sêmen e o que é necessário:
• Manter a temperatura indicada para conservação das doses de sêmen entre 15 ⁰C a 18 ⁰C. • Manter termômetro de máxima e mínima no interior da conservadora para avaliação diária. • Disponibilizar Data Logger para análise frequente do histórico da temperatura da conservadora.
Quanto ao procedimento de limpeza:
• Manter a conservadora sempre limpa, contendo apenas as doses de sêmen. • Efetuar uma rotina de limpeza nas partes externa e interna da conservadora a cada semana. • Informações: todas as análises deverão ser notificadas, e sempre quando existir um problema, comunicar imediatamente ao centro de inseminação (caderno, ficha de controle ou computador do setor).
