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Limitações da pesquisa

Importante destacar que esta pesquisa está sujeita a uma série de limitações (materiais, humanas e mesmo cronológicas) que, sem diminuir a pertinência de nossas análises, ou a relevância deste estudo em sua totalidade, devem ser claramente explicitadas de modo a delinear claramente o alcance teórico e, sobretudo, empírico deste estudo.

A primeira e, talvez, mais importante limitação decorre do fato de haver relativamente poucos dados acessíveis por meio da chamada ‘pesquisa aberta’ (‘open search’)3 não só sobre as áreas de fronteira (tanto interna, como externa) da União Europeia-UE, como também sobre as interações entre atores e unidades no plano intra-estatal e/ou regional.

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Como será explicitado ao longo deste trabalho, a despeito de a UE possuir um sistema bastante desenvolvido de coleta e análise de dados para os diferentes temas de importância política e legal (normalmente, tratados e administrados pela agência “Eurostat”), os poucos dados existentes sobre as questões que nos interessam (i.e. demografia, indicadores socioeconômico e de segurança em regiões de fronteira) são não só relativamente desatualizados, mas igualmente pouco detalhados quando se deseja analisar os planos regionais e/ou infra-nacionais (províncias e municípios).

Como essa pesquisa foi realizada essencialmente à distância, o acesso a eventuais documentos internos (de instituições europeias e/ou nacionais) que possam conter os dados e indicadores mais completos e atualizados tornou-se mais difícil.

A dificuldade de se obter dados é ainda maior quando se trata de governos e/ou instituições regionais e locais, que em geral possuem menos recursos e tendem a não ter informações bem estruturadas e/ou disponibilizáveis sobre temas como segurança e controle de fronteiras.

Nesta pesquisa foi utilizada essencialmente as fontes e dados oficiais disponibilizadas pela União Europeia (através da Eurostat, da Europol, mas também da Comissão Europeia) e não os eventualmente produzidos por Estados-membros, e/ou suas regiões e municípios.

Tal escolha justifica-se em primeiro lugar pelo grande número de países membros da UE, bem como os associados ao Espaço Schengen. Tal número torna-se ainda maior quando se leva em consideração as regiões e municípios que localizam-se nas diferentes fronteiras da UE. Seria, assim, extremamente difícil coletar dados individualmente (para todos os países, regiões e municípios).

A outra razão para privilegiar os dados fornecidos pelas instituições da UE (e não dos Estados-membros, regiões e/ou municípios) é metodológica, pois evita-se desta forma a fragmentação de fontes o que tornaria difícil a comparação dos indicadores disponíveis.

3 Todas as pesquisas realizadas no quadro desta consultoria serão feitas com base em recursos livremente acessíveis na internet aberta e em formato gratuito. Não são, assim, acessadas as chamadas fontes ‘fechadas’, tais como as bases de dados de revistas e jornais acadêmicos cuja utilização requer o pagamento de assinaturas (como JSTOR), ou ainda de jornais e revistas com o mesmo tipo de requisito.

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