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3.2.3. Cooperação nas Fronteiras: os Acordos de Tráfego Fronteiriço
from Políticas de segurança pública nas regiões de fronteira da União Europeia Estratégia Nacional de Seg
As recusas de entrada de nacionais de países dos Balcãs Ocidentais com o estatuto de isenção de vistos foram responsáveis por 20% de todas as recusas na UE em 2013, enquanto esta proporção era de apenas 13% em 2010. Tal fato destaca sobretudo o aumento da carga de trabalho das autoridades de controle nas fronteiras da região.
3.2.3. cooperAção nAs FronteirAs: os Acordos de tráFego Fronteiriço
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A UE firmou uma série de “Acordos Tráfego Fronteiriço Leve”, ATFL (em inglês, “Light Border Treaty Agreements”, LBTA) que possibilitam a emissão de licenças de modo mais ágil e facilitando, autorizando, assim, os residentes de regiões fronteiriças a atravessar uma das fronteiras externas terrestres da UE. O escopo maior destes acordos é permitir maior fluidez e celeridade dos controles, sobretudo nas regiões (e municípios) que se encontram muito próximos (e/ou “cortados”) pelas fronteiras.
Os residentes dos países terceiros beneficiados por esse tipo de “acordo de facilitação de visto”, devem obter um título de residência nas regiões e/ou municípios de fronteira, submetendo-se ainda às disposições pertinentes do Regulamento (CE) Nº 1030/2002 de 13 de Junho de 2002.
Em geral, as autorizações ATFL não incluem identificadores biométricos, além da fotografia do titular, embora alguns Estados-Membros (por exemplo, Polônia e Eslováquia) pareçam estar considerando a opção de adicionar outros mecanismos de identificação biométrica no futuro.
Tendo em vista a obrigatoriedade introdução de verificações de impressão digital nas fronteiras terrestres, que entrará em vigor a partir de outubro de 2014, uma série de questões começam a surgir.
Na hipótese da política de vistos continuar a mesma para os cidadãos dos países (terceiros), ainda é incerto se os titulares do cartão ATFL serão isentos da obrigação de fornecer a sua impressões digitais. Se houver tal isenção, é provável que os cartões ATFL se tornarão não só mais populares, mas também mais visados por grupos criminosos como uma forma de evitar a verificação da impressão digital.
No caso da impressão digital se tornar obrigatória também para os detentores do cartão ATFL, todos os sistemas de emissão de cartões em todos os Estados-Membros deverão ser reorganizados para incluir as impressões digitais.