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1.4.2. Terrorismo e Crime Organizado Transnacional
from Políticas de segurança pública nas regiões de fronteira da União Europeia Estratégia Nacional de Seg
Ademais da imigração irregular, o tráfico ilegal de pessoas, em especial dos Balcãs, países africanos e do Oriente Médio, assim como o contrabando de drogas e produtos falsificados (em particular o tráfego de contêineres a partir de China via a Grécia13) são outros dos principais riscos enfrentados pelas autoridades italianas nas fronteiras marítimas do país. Outro risco grave é a infiltração de grupos criminosos do Leste Europeu na Itália.
Em termos de ameaças portuárias, o contrabando muitas vezes passa por outros países da UE antes de chegar a Itália, e é, portanto, mais difícil de se detectar em termos de volume e valores. Esse contrabando é, aparentemente, operado por grupos do crime organizado bastante organizado.
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O porto de Bari é especialmente vulnerável à chamada "rota dos Balcãs", utilizada tanto para o tráfico de drogas, armas e o contrabando de tabaco, conforme capítulo I.
Pela proximidade geográfica, no passado, a Albânia era o principal país de origem de contrabandos e tráficos diversos que chegavam ao porto, mas a situação está atualmente sob controle, embora os macedônios e kosovares albaneses ainda usem essa rota para tentar chegar a Itália. Após a adesão da Bulgária à UE, muitos carros e documentos utilizados para o contrabando de pessoas através de Bari tem principalmente origem búlgara.
1.4.2. terrorisMo e criMe orgAnizAdo trAnsnAcionAl
O fluxo crescente de imigrantes de determinados países da África do norte (em particular Síria, Egito e Tunísia) e da Ásia nas costas italianas reflete a transformação da imigração irregular em um negócio lucrativo para uma série de redes criminosas transnacionais.
O “modus operandi” dos traficantes tende a ser bastante semelhante na travessia do Mediterrâneo: estes usam “navios-mãe” que rebocam embarcações menores e cuja navegabilidade é frequentemente comprometida. Quando este está a cerca de 200 quilômetros da costa italiana, os traficantes colocam os imigrantes (cerca de mil passageiros, por vezes) nestas embarcações menores que são gradualmente liberadas. Cada passageiro paga cerca de US$ 3.000 pela viagem, a rentabilidade para essas redes criminosas pode chegar a cerca de US$ 3 milhões.
As autoridades italianas ressaltam que esse capital é muitas vezes transferido a organizações criminosas com possíveis ligações com grupos terroristas na Síria e na Somália.
Robert Fox14, um analista em defesa do Reino Unido, relatou em uma entrevista a Líbia tornou-se uma “porta aberta” ligando Al Qaeda à Europa, e isso significa que veteranos afegãos, e não apenas uma aliança de grupos africanos, tenderão igualmente a penetrar em países europeus pelas rotas do mediterrâneo central.
13 Um número considerável de produtos falsificados (por exemplo, cigarros) vem da China via Grécia. Desde a adesão da
Romênia e da Bulgária à UE, a alfândega italiana tem notificado com frequencia um aumento na apreensão de cigarros falsificados traficados por meio dessa rota. Nos últimos 3 a 4 anos, as autoridades das alfândegas também têm notado um aumento no contrabando de sapatos e roupas esportivas falsificadas que vêm do norte da África, principalmente na Líbia. 14 Ver a reportagem na de Tom Kington et Vego Muradian, “Italy Warns of Continued Security Threat”, Defense News, 20 de janeiro de 2014.