44 | Guia Gastronómico e Vinhos
AROMAS
A CADAI VINHO OI SEU COPOI
Usar um copo de proporções adequadas, transparente, de vidro fino e de boa qualidade, ajudará a apreciar todo o potencial do vinho. Um exemplo prende-se com o material, sendo do senso comum que para melhor apreciar um vinho, este deve ser servido em copo de cristal, liso, transparente e de espessura fina. Na maior parte dos casos, os aromas dos vinhos brancos distinguem-se melhor em copos em forma de tulipa, semelhantes aos dos tintos, mas mais esguios. Para os tintos que são mais aromáticos, como alguns monocastas de Touriga Nacional, os copos deverão ser de grande volume e de boca mais ampla, para maximizar o contacto com o ar, como o chamado copo Shiraz, escolhido por um painel de especialistas.
Na maior parte dos casos, os aromas dos vinhos brancos distinguem-se melhor em copos em forma de tulipa, semelhantes aos dos tintos, mas mais esguios
A
escolha do copo adequado pode aumentar o prazer de apreciar um vinho. Quem o diz são os especialistas que resumem esta premissa, dizendo que o copo deve valorizar as particularidades do vinho e realçar as suas qualidades. Por isso, as unidades de fabrico da loiça utilitária
contam hoje com equipas especializadas em design. A complexidade e intensidade com que se sentem os aromas do vinho variam com o tamanho e configuração do balão dos copos, que também podem influenciar a percepção dos gostos na passagem do líquido pela boca.
Para o espumante, a escolha recai nos copos altos e estreitos, porque são os que melhor contribuem para a produção contínua de bolhas finas. Nos mais largos, o borbulhar é mais enérgico, tal como a perda de aromas. Mesmo assim, os grandes apreciadores deste tipo de vinhos preferem os mais largos, pois permitem sentir melhor os seus odores e gostos e, por consequência, a sua capacidade de proporcionar prazer. Outra regra a não esquecer é que os copos não se podem encher demais. Para os brancos e os tintos, os copos devem ser enchidos até menos de metade do seu volume, o que permite a libertação dos aromas. Já os espumantes querem o copo quase cheio, pois assim melhor se avalia a formação e o tipo de bolhas.
