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METAVERSO
METAVERSO: O CONCEITO QUE PROMETE REVOLUCIONAR AS EXPERIÊNCIAS DE COMPRA NO MUNDO ONLINE
“Transformação Digital”. Certamente esse é o termo que define o momento atual do mercado econômico brasileiro. Isso porque, nos últimos dois anos, devido à pandemia da Covid-19 e suas consequências, como o fechamento de lojas físicas e a necessidade de isolamento social, o e-commerce - e digo isso em relação às marcas e aos consumidores - passou por uma digitalização nunca antes vista.
Mas o que é metaverso e como esse conceito pode impactar no comércio eletrônico?
Apesar de o conceito já existir há algum tempo - o termo apareceu pela primeira vez em 1992, no livro de ficção científica Snow Crash, de Neal Stephenson -, o que fez com que o metaverso se tornasse um dos assuntos mais comentados foi o anúncio feito por Mark Zuckerberg, em outubro de 2021, sobre a mudança de nome do Facebook para Meta - em alusão a tal conceito. Em resumo, metaverso é um ambiente virtual em que, por meio de dispositivos digitais - como os óculos de realidade aumentada - e um avatar, as pessoas podem interagir, realizar reuniões, eventos e outras atividades de forma 100% online.
A tecnologia, que garante uma experiência de total imersão e interação para aqueles que a estão utilizando, figura como ponto-chave na evolução da experiência de compra online.
Imagine poder “entrar” em uma loja virtual, ser recebido(a) pelo(a) dono(a) do negócio, caminhar pelo ambiente do estabelecimento, olhar os produtos da marca de perto e até mesmo experimentá-los - tudo de forma virtual!
As possibilidades do metaverso para o e-commerce, entretanto, não param por aí. No ambiente virtual, também é possível
ERICK MELO
CCO e Cofundador da WEBJUMP
realizar eventos, interagir com o cliente por meio da gamificação e até mesmo efetuar a venda de produtos totalmente digitais, isto é, itens que existem apenas no metaverso, como roupas e acessórios para os avatares.
Apesar de o metaverso ainda não existir de fato, certos setores já vêm “funcionando” em ambientes online chamados de metaverso. Esse é o caso do mercado imobiliário.
Em janeiro deste ano, a primeira mansão “MetaReal”, que conta com uma casa no mundo real e uma versão virtual dela, foi colocada à venda no metaverso. Quem comprar a mansão no metaverso The Sandbox também adquirirá a casa real, que será construída em Miami.
Apesar de esse ser o primeiro negócio que inclui produtos do mundo real e virtual, numa venda casada, a compra de terrenos e casas no mundo virtual já acontece. Em novembro de 2021, um terreno do ambiente online Decentraland foi vendido por aproximadamente R$ 13,5 milhões e, em dezembro, um homem pagou R$ 2,5 milhões para ser vizinho virtual do rapper Snoop Dogg no metaverso The Sandbox.
Quando eu vou usar, de fato, o metaverso?
Em conceitos de inovação como esse, é sempre necessário analisar uma série de aspectos, como a própria sociedade e quando uma inovação como essa irá escalar.
Exemplo: o celular foi inventado em 1973 e de lá pra cá sofreu diversas mudanças até chegar ao momento que revolucionou o mercado de smartphones: o lançamento do iPhone, em 2007. A partir daí, a experiência no mobile se aprimorou tanto que, em números de faturamento e pedidos no e-commerce, os feitos via celular já ultrapassam os do desktop.
Hoje, o Brasil é um dos cinco países com maior número de celulares no mundo, são aproximadamente 109 milhões de usuários, segundo levantamento feito pela consultoria Newzoo.
Da mesma perspectiva do smartphone, o metaverso ainda tem um longo caminho a percorrer, principalmente quanto à adoção do conceito, sua escalabilidade e o acesso a dispositivos como os óculos de realidade aumentada. A inovação e a experiência precisam ser para todos, daí a importância da adoção do metaverso ou outra inovação por parte da sociedade.
É inegável que o metaverso é uma tendência que chegou para revolucionar a experiência de se relacionar e de fazer compras. Certamente nós, do meio de tecnologia, estamos excitados com os próximos desdobramentos e acompanharemos de perto o progresso do metaverso, sonhando com um futuro que pode se concretizar, mas sem perder o foco na transformação digital que estamos vivendo - que ainda tem muita estrada. Ou como diria o Dr. Emmett Brown, do filme De volta para o Futuro, "Para onde nós vamos não precisamos de estradas".
Erick Melo tem mais de 15 anos de experiência no mercado online, é cofundador e CCO da WEBJUMP. É responsável por grandes contas e por atuação na estratégia comercial da WEBJUMP em todo o portfólio de produtos oferecidos, com foco no desenvolvimento de e-commerce na plataforma Magento. Com conhecimento na transformação de negócios digitais B2C e B2B, atuou na construção de grandes cases de sucesso do e-commerce nacional e internacional, sempre com uma proposta de trazer modelos inovadores, flexíveis e escaláveis a projetos de empresas como Ambev, Ab-Inbev, Obramax, Havan, Minerva Foods, Nestlé, Banco do Brasil, KitKat, Danone e outras. Faz parte do Conselho do E-commerce Brasil, com foco principalmente no mercado B2B, com o objetivo de contribuir e levar conhecimento ao mercado de e-commerce nacional.