Revista E-Commerce Brasil - Edição 69

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REVISTA BRASILEIRA DE COMÉRCIO ELETRÔNICO

www.ecommercebrasil.com.br

BRASIL R$ 34,00

COMUNICAÇÃO LÍQUIDA

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Como a publicidade acompanha as mudanças no comportamento de consumo e nas plataformas digitais

PRAZER SEM TABU

Aposta em sex shop online há 7 anos faz casal colher os frutos de uma área que só cresce

ADEUS, EMBALAGENS! Empresa vende produtos de limpeza em minissachês que não agridem o meio ambiente

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// EDITORIAL Nós estamos vivendo uma vida fragmentada. Um dos meus livros favoritos se chama “Vida em fragmentos”, do sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Fragmentos são períodos com um começo e um fim, de modo que um fragmento pode ser separado do outro. O que é uma ilusão, claro, porque não funciona assim. Mas tornou-se nossa política de vida: terminar algo e começar uma coisa diferente, zapeando por centenas de imagens e vídeos ao longo do dia, nas redes sociais, por exemplo. E com isso a forma de nos conectarmos uns aos outros e com as marcas também mudou. A publicidade hoje engaja porque também entretém ou entretém porque engaja em novas conversas? A nossa matéria de capa trata sobre esse tema nesta edição. Já estamos no meio do ano, caro leitor! Como foram os seus resultados nestes primeiros seis meses? Quais os seus três principais desafios para o segundo semestre? O case nos convida para uma revisão de lifestyle na escolha dos produtos para limpar os ambientes onde moramos, trabalhamos e convivemos. Como usar a ciência e a tecnologia para trazer menos impacto ambiental e soluções de sustentabilidade para serem aplicadas em larga escala? Esse foi o desafio que inspirou a fundação da Desembala. A entrevista joga luz sobre uma categoria que vai muito bem, obrigada, no online, há muitos anos, mas que não se tem dados e nem pode fazer publicidade, por puro preconceito. Sim, entrevistamos os founders de um sex shop criado em 2015. Não deixe de ler a coluna do Anthony Long. Em julho ele estará no palco do Fórum E-Commerce Brasil apresentando um conteúdo inédito, fruto das reflexões dos artigos já publicados por aqui e também de conversas, pela Europa e nos EUA, com outros executivos sobre desafios diários de engajar e vender. Boa leitura!

Vivianne Vilela

Diretora de Conteúdo - E-Commerce Brasil

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//CORPO EDITORIAL #Edição69 | Junho 2022 EXPEDIENTE PUBLISHER Rafael Ribeiro

DIREÇÃO DE ARTE / DIAGRAMAÇÃO

MARINA TEODORO Editora

Fabio Lody

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Marina Teodoro (MTB 0089605/SP)

COLABORADORES

Anthony Long, Bruno Tortorello, Diego Camuri, Eduardo Bragança, Fabricio Divitiis, Felipe Mendes, Gustavo Chapchap, Luiz Felipe Rocha, Pedro Padis, Thaís de Camargo Lopes Martins e Thiago Mazeto.

EXECUTIVOS DO NEGÓCIO

NATHÁLIA TOREZANI Editora

DINALVA FERNANDES Jornalista

Rafael Ribeiro, Samuel Gonsales, Vivianne Vilela

ORGANIZAÇÃO Grupo iMasters

GIULIANO GONÇALVES Jornalista

A assinatura pode ser feita através da URL ou QRCODE: revista.ecommercebrasil.com.br

JÚLIA RONDINELLI Jornalista

VITOR CAMARGO Jornalista

ENDEREÇO

Oscar Freire, 2379 - Pinheiros, São Paulo - SP 05409-012

TELEFONE

+55 (11) 3063 - 5941

EMAIL

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FABIO LODY Diretor de Arte


somamos vitrines pra você multiplicar A Americanas Marketplace abre as portas das maiores marcas da internet pro seu negócio chegar mais longe.

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//CONTEÚDO Ano 12 Edição 69 | Junho 2022

08. ENTREVISTA

Natali Gutierrez e Renan de Paula formam o casal por trás do Dona Coelha

30 É PRECISO SABER COMO SE FAZER PRESENTE

12. FRANQUIAS

26. MAPEAMENTO

Qual o futuro das franquias de produto?

A importância do mapeamento de processos

14. DIREITO DIGITAL Impactos do novo decreto do SAC no e-commerce

44. NOS BASTIDORES DO E-COMMERCE Metacommerce

28. E-SHOPPER

48. QUALIDADE

Crescimento do número de e-shoppers exige mais eficiência na logística

A importância de processos internos e qualidade em equipes de e-commerce de alta performance

16. TRACKING Os desafios na logística diante da expansão do marketplace in

36. PAGAMENTO Futuro do dinheiro: no que apostar?

20. CASE

50. TENDÊNCIAS, VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS Vender televisão ou publicidade, eis a questão!

Por um mundo mais sustentável, limpo e perfumado

38. FUTURE SHOPPING 24. CHINA A influência do mercado chinês para o fortalecimento do varejo brasileiro

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A vida é uma discoteca: a jornada offline para a online

56. LEITURA EM DIA


110%.

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//ENTREVISTA

O AMOR ESTÁ NO AR (E NO E-COMMERCE) O sex shop online Dona Coelha cresceu 470% em 2020, com faturamento de R$ 7,5 milhões. E promete mais! Por Dinalva Fernandes, da Redação do E-Commerce Brasil

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lientes que procuram sex shop buscam formas de melhorar a experiência com o sexo, seja acompanhado ou sozinho. Experiência, aliás, é o fator principal do negócio. Ainda mais quando se trata de produtos tão íntimos. Como o assunto ainda é tabu na sociedade, muitos consumidores preferem recorrer ao e-commerce para adquirir esses produtos e, por isso, alguns cuidados precisam ser redobrados, como o capricho nas embalagens, as descrições e a forma de utilizar os toys. Nesta edição número 69, que calhou de ser lançada em junho, mês dos namorados, o E-Commerce Brasil conversou com Natali Gutierrez, de 30 anos, e Renan de Paula, de 35, o casal por trás do Dona Coelha, um dos maiores sex shops online do Brasil. O negócio, que começou com um blog relatando as experiências dos então namorados, evoluiu para um site e um canal no YouTube. Atualmente, cerca de 80% do público do site é composto por mulheres, casadas ou sol-

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teiras, e 35% dos clientes se declaram LGBTQIA+. “Muitas mulheres compram produtos eróticos para usar com parceiros homens. Na pandemia, muitas compraram para se conhecerem melhor e se curtirem. Isso foi incrível”, afirma Natali. Em 2020, a Dona Coelha cresceu 470%, com faturamento de R$ 7,5 milhões. No ano seguinte, as cifras passaram de R$ 8 milhões, e a projeção é de R$ 10 milhões para este ano. Confira os principais trechos da conversa: E-Commerce Brasil: Como começou o negócio e por que decidiram vender online? Natali Gutierrez: O negócio começou com um blog antes de se tornar uma loja online. Em 2010, começamos a comprar algumas coisas para usarmos juntos e percebemos como era constrangedor comprar, pois as lojas nos empurravam muitos produtos sem nem saber se já tínhamos usado algo. Então, decidimos relatar em um blog as nossas experiências com os produtos e onde havíamos comprado, e as pessoas


começaram a perguntar se nós vendíamos. Foi daí que surgiu a ideia de abrir uma loja para deixar o contato das pessoas com o sexo mais leve porque, afinal, não precisa ser constrangedor.

produto. Atualmente, não temos loja física, mas o nosso escritório, na zona sul de São Paulo, serve como ponto de retirada para quem não quer pagar frete. A ideia é abrir um local físico nos próximos anos.

Renan de Paula: Na época, já queríamos ser influenciadores digitais, mas não havia espaço para esse tipo de influenciador porque sexo sempre foi tabu. Uma fabricante entrou em contato conosco, e a Natali começou a vender os produtos de porta em porta, para as amigas e no trabalho (ela trabalhava como gestora de eventos para uma ONG de educação, e ele atuava na área de marketing digital e tecnologia). Em 2015, tivemos um insight de levar essa experiência para o e-commerce. Junto da loja, lançamos um canal no YouTube para compartilhar com as pessoas que tipo de produto chegaria à casa delas e linkamos os vídeos em cada

ECBR: Como funciona a descrição dos produtos no site e quais cuidados são priorizados? Natali: Quando fazemos as descrições dos produtos, também pesquisamos com os concorrentes o que eles estão entregando aos consumidores para melhorar essa experiência. Colocamos tudo o que é importante, mas também o que não é óbvio, como que sensação o cliente vai ter com aquele toy, se é para iniciantes ou alguém mais experiente, o que esperar daquele brinquedo etc. Também sugerimos um passo a passo para o cliente se familiarizar com aquele toy

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//ENTREVISTA

antes de usá-lo. É uma forma de evitar que o consumidor tenha uma experiência ruim e nunca mais procure um sex shop.

que vai ser o que ela vai gostar. O que vale para nós é a experiência do cliente.

Renan: Tentamos usar uma linguagem mais acessível, fugindo da linguagem técnica do fabricante para ficar mais parecida com uma conversa entre amigas porque, em geral, as descrições dos produtos são mais frias.

Renan: Para facilitar esse serviço, fizemos um modelo de autosserviço chamado Troca Fácil, onde o cliente pode gerar um código de logística reversa dizendo o motivo da troca, Às vezes, pode ser um caso de suporte ou o produto tem um defeito de fábrica.

ECBR: Como funciona a logística da Dona Coelha?

ECBR: Além de a embalagem ser discreta, como funciona a emissão de nota fiscal?

Natali: Todo o nosso estoque é de produtos próprios. Compramos de fornecedores nacionais e também importamos para a nossa marca. Eu faço a curadoria dos produtos, nada é terceirizado. Toda a parte de envio é feita por transportadoras que fazem a coleta e a distribuição até o cliente final.

Natali: A nota fiscal vai com o nome da empresa, e o endereço é de uma caixa postal que nós temos nos Correios, justamente para nenhum curioso achar o nome da empresa. As transportadoras aceitam a nota fiscal unificada, que é só o código de barras. A exceção são os Correios, que pedem que a nota fiscal fique do lado de fora. Nesse caso, a NF fica dobrada somente com código de barras aparente. A pessoa só vai saber o que tem dentro se abrir. Se for presente, tudo vai em branco, mas a pessoa que comprou recebe a nota por e-mail.

ECBR: Quais os cuidados na logística reversa, já que se trata de produtos íntimos? Natali: Temos um pós-venda que me deixa muito orgulhosa, porque fazemos esse atendimento com muito carinho. Tem cliente que usa o toy e se frustra dizendo que o produto está quebrado, mas na verdade é porque não sabe usar ou ligar. E também tem a parte mais delicada, que é a pessoa comprar, usar e falar que não gostou. É como se a pessoa comprasse uma calcinha e dissesse que não gostou porque é grande e quer devolver. Mas, no geral, é tranquilo. Se o produto apresentou defeito, fazemos a troca com o fornecedor, e a pessoa pode escolher se quer crédito na loja ou receber o reembolso. Como é um produto íntimo, às vezes, a pessoa usa e não se adapta, e também estornamos o valor, mesmo não sendo a regra, porque a pessoa volta no futuro e compra outro produto mais adequado para seu perfil. Fazemos um atendimento personalizado para oferecer o que a pessoa busca. Tem gente que procura o que a amiga usou, mas nem sempre é o

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ECBR: Qual o faturamento nos últimos anos? A pandemia ajudou nesse sentido? Renan: A pandemia ajudou demais o negócio. Em 2020, tivemos aumento de 470% comparado a 2019, com faturamento de R$ 7,5 milhões. Em 2021, foram R$ 8 milhões. Para este ano, a projeção de crescimento é de R$ 10 milhões. ECBR: Há aumento no Dia dos Namorados e outras datas? Renan: A nossa grande data sazonal é o Dia dos Namorados. O aumento de visitas no site é expressivo, e a conversão fica lá em cima. Em geral, faturamos 12 vezes mais do que em um dia comum. Nosso ticket médio hoje é de R$ 250. Tem sex toys de R$ 2 mil,


mas queremos democratizar o uso desses brinquedos para que todo mundo tenha acesso. Por isso, procuramos trabalhar com produtos legais para quem quer iniciar e entender do que gosta.

a transportadora para saber quem recebeu o pacote. Falamos para o cliente e, no geral, a pessoa fica envergonhada e devolve. Porém, já aconteceu uma vez de um vizinho não devolver de jeito nenhum.

ECBR: Ainda há preconceito com o segmento de sex shop? Já tiveram problemas por atuar nesse ramo?

ECBR: Qual é o peso das redes sociais no negócio de vocês?

Natali: Já teve banco que não quis abrir conta para nós, dizendo que não trabalhavam ‘com esse tipo de coisa’. Quando fomos comprar um apartamento, o corretor de imóveis foi bem deselegante. Quando é no nosso segmento, é tranquilo, mas já ocorreram situações em que as pessoas falam com malícia ou deboche. Tem muito preconceito. No começo, já aconteceu de se masturbarem no telefone enquanto falavam comigo, já fizeram comentários péssimos. Hoje, a nossa equipe tem 15 pessoas, sendo 13 mulheres. As atendentes são as que mais sofrem com comentários no telefone, pessoas dando em cima, usando palavras de baixo calão e mandando fotos que não pedimos. É extremamente agressivo.

Natali: Hoje, estamos no Instagram, Twitter, TikTok, YouTube, blog e o site. Cada uma delas com propostas diferentes, mas procuramos amarrar umas às outras para que o cliente finalize a jornada na loja online. Toda essa estrutura é interna na empresa. O Instagram e o YouTube têm um peso muito grande porque são as nossas grandes vitrines, mas temos alguns problemas porque o Mark [Zuckerberg, fundador da Meta, dona do Facebook e Instagram] não gosta de sexualidade. Algumas palavras não podem ser usadas. Inclusive, já tivemos publicações derrubadas.

ECBR: Já aconteceu de terem que bloquear alguma pessoa ou tomar uma atitude mais drástica? Renan: Já fomos atrás disso, mas não existe nenhuma lei que nos ampare. É um assédio, mas ninguém faz nada. Não há uma ação preventiva nesse caso. A melhor ferramenta é bloquear essas pessoas em todos os lugares, principalmente no Instagram. ECBR: Qual é a principal desvantagem de se vender os produtos de sex shop online? Natali: Uma desvantagem é lidar com situações em que alguém pega a encomenda do cliente e nega que pegou. Quando isso acontece, entramos em contato com

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//FRANQUIAS

QUAL O FUTURO DAS FRANQUIAS DE PRODUTO?

A

aceleração do processo de transformação digital tem colocado as empresas diante de muitos desafios.

No varejo, o comportamento omnichannel do consumidor está consolidado, e muitas estratégias devem ser revistas, porque não fazem mais sentido. Em uma jornada que foi digitalizada, ainda é possível manter os modelos de franquias baseados na venda de produtos? Não devemos ignorar que o franqueado, apesar de utilizar a mesma marca, vender os mesmos produtos e ter as mesmas ofertas, é uma empresa apartada, com um empreendedor específico, alguém que não possui a capacidade de escala que a marca tem. A situação gera desafios para todos. Para as franqueadoras, que precisam manter as vantagens e impulsionar a aquisição de clientes do franqueado; e para os franqueados, que demandam estratégias capazes de construir e manter o relacionamento e, assim, gerar vendas recorrentes.

Ainda não está claro como as franqueadoras vão aproveitar com mais eficiência o e-commerce da marca no seu modelo de negócio. Marcas fortes, conhecidas e com boas ofertas tendem a vender bem no e-commerce, mas, nesse caso, o desafio é conectar esse canal à rede de franqueados, trazendo vantagens para toda a cadeia. Ao mesmo tempo, é preciso lidar com algumas questões: como remunerar a rede e o time de vendas que fez o papel de influenciador? Como fechar a conta de uma loja que virou ponto de experiência? Algumas tentativas foram feitas, como transformar lojas em centros logísticos, mas isso pode esbarrar no custo de ocupação das lojas. Seria mais vantajoso o franqueado ter uma dark store do que uma loja em um shopping center, por exemplo. Pensando nos 4 Ps de marketing, entende-se que é um negócio já estabelecido com produto, preço, promoção e o franqueado fica com a parte da praça, ou seja, é responsável

GUSTAVO CHAPCHAP CMO da JET

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por garantir a capilaridade da rede, além de funcionar como um ponto de propaganda. Com as vendas online, contudo, os consumidores não têm mais barreiras, não precisam mais se prender a uma localização. Os e-commerces, entendidos aqui com toda a extensão de canais (mobile, apps, redes sociais etc.), atendem o Brasil todo, sem nenhuma fronteira. Enxergamos nesse caso um ponto principal que precisa ser debatido: temos que compreender as mudanças que ocorreram no comportamento do consumidor no pós-pandemia. A consolidação do home office (ou do trabalho híbrido) reduz a necessidade de deslocamentos e, diante dessa nova situação, será que a pessoa vai sair de sua casa para ir até uma franquia para adquirir um produto que pode ser comprado com mais facilidade pela Internet? Um dos entraves, antes da pandemia, era o custo do frete e o tempo de entrega. Essa condição melhorou muito no último ano, até porque as empresas tiveram que aprimorar seus processos logísticos para atender o cliente de forma remota, além de criar vantagens competitivas para lidar com o aumento da concorrência. Como sempre ocorre nesses momentos de transformações, contudo, essa é uma oportunidade de rever os modelos de negócio. A franquia não detém mais a reserva geográfica da praça, mas o que pode ser feito para fidelizar o cliente?

Temos visto iniciativas bem-sucedidas a partir da integração com o e-commerce. Nesse caso, dependendo do acordo com a franqueadora, o próprio sistema de vendas pode direcionar a compra para determinado local, privilegiando a loja mais próxima do consumidor. Outra saída interessante é pensar sobre os serviços que podem ser agregados ao produto e que podem justificar a visita à loja da franquia e a transformação da loja em um centro de experiência, com ambientes instagramáveis, demonstração de produtos, eventos e, como citado anteriormente, oferta de serviços. A loja da Nike em Nova York, por exemplo, possui uma miniquadra para os consumidores testarem o tênis de basquete. Ela é toda ambientada com a imagem do jogador que leva o nome da linha de produto. É uma experiência que agrega valor à jornada. O mais importante é focar na experiência do cliente, entender o que o deixará satisfeito com a marca, independentemente do canal ou mesmo do modelo de negócio mais adequado para atendê-lo. E, nesse caso, como ponto de atenção, devemos enfrentar o desafio de acomodar empresas distintas. Não há dúvida de que a cobertura de canais é um caminho sem volta, mas é necessário um bom plano para explorar o melhor de cada um dos canais.

Gustavo Chapchap é graduado em Marketing com especialização em Gestão de Projetos, trabalha com comunicação há mais de 20 anos e com e-commerce desde 2006. Redigiu o projeto que originou o Dia do Profissional Digital, #404DigitalDay, aprovado no plenário da Câmara Municipal da Cidade de São Paulo em 2014. É líder do Comitê de e-commerce ABRADi e atua como CMO da JET. Em 2019, foi premiado como MVP no Fórum E-Commerce Brasil.

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//DIREITO DIGITAL

THAÍS DE CAMARGO LOPES MARTINS Advogada associada do COTS Advogados

IMPACTOS DO NOVO DECRETO DO SAC NO E-COMMERCE

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pós muitas discussões, o decreto do SAC foi editado, mudando as regras do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). Mas o que muda nas normas que regem o atendimento ao cliente do seu e-commerce? No dia 6 de abril de 2022, foi publicado no Diário Oficial da União o texto do novo decreto que regula o Código de Defesa do Consumidor para fixar normas sobre o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), com sua vigência prevista em 180 dias. Dentre as inovações trazidas, podemos destacar o leque de opções que se abrem, considerando que antigamente somente poderíamos pedir informações, tirar dúvidas, reclamar, contestar, suspender ou cancelar contratos e serviços, dentre outros, por meio telefônico. Sendo assim, andando em paralelo com o avanço tecnológico, o novo decreto nos abre possibilidades diante do incentivo conferido para o uso de canais alternativos de atendimento ao consumidor, como canais digitais, que atualmente são muito utilizados para a resolução de “quase” todos os problemas.

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Contudo, no que tange ao atendimento telefônico, o novo decreto do SAC nos traz algumas novidades, como o fim do atendimento telefônico em até um minuto, e do atendimento no modelo 24 horas por dia, sete dias na semana. Nesses casos, as empresas terão como obrigatoriedade o oferecimento de atendimento humano por telefone por oito horas, e os demais canais (para os setores regulados da economia) funcionarão dentro da regra de 24 x 7, ou seja, atendimento “full time”. Lembrando que a gratuidade do SAC para o consumidor continua como garantia. O decreto estabelece ainda que será proibida a veiculação de mensagens publicitárias enquanto o consumidor aguarda o atendimento (salvo com seu consentimento), permitindo apenas a veiculação de mensagens em caráter informativo na espera telefônica com o consumidor. Nesse contexto, o consumidor também terá o direito de acompanhar suas solicitações por meio dos canais de atendimento integrados, tendo suas demandas respondidas no prazo de sete dias corridos, a partir do registro, sendo totalmente informado sobre o andamento e


Thaís de Camargo Lopes Martins é advogada do COTS Advogados, escritório especializado em Cyberlaw e Direito dos Negócios Digitais. Pós-graduanda em Proteção de Dados Pessoais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), e especialista na Lei Geral de Proteção de Dados - LGPD - pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Contratos e Proteção de dados pela Data Privacy Brasil.

a conclusão de sua solicitação. Em caso de transferência de ligação, esta poderá ocorrer somente uma única vez. Outra novidade trazida pelo novo decreto se refere ao cancelamento de serviços, inclusive trazendo algumas diretrizes sobre o tema nos incisos de seu artigo 14, como a obrigatoriedade de disponibilização pelas empresas de canal de cancelamento por todos os meios disponíveis para a contratação de serviços, bem como estabelecendo que as demandas deverão ser recebidas e processadas imediatamente, com posterior envio do pedido de cancelamento por correspondência ou por meio eletrônico, o que ficará a critério do consumidor. Contudo, um dos temas quentes está relacionado ao índice de resolutividade, que será o termômetro quando o assunto é “bom atendimento", uma vez que, de acordo com o novo decreto, a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senacon) será responsável por desenvolver a metodologia e implementar uma ferramenta de acompanhamento da efetividade dos SAC, ouvindo os órgãos e as entidades reguladoras, os integrantes do Senacon e os representantes de prestadores de serviços de relacionamento com consumidores. Assim, muito embora ainda não existam nem metodologia, nem ferramentas, o decreto já nos adianta parâmetros que vão compor esse índice como: quantidade de reclamações referentes ao SAC, ponderada por quantidade de clientes ou de unidades de produção; taxa de resolução das demandas, sob a ótica do consumidor; índice de reclamações junto aos órgãos de defesa do consumidor, principalmente no Sistema

"Assim, podemos concluir que, para que as empresas possam realizar suas ações promocionais, elas devem partir de uma das hipóteses legais que autorizam seu tratamento."

Nacional de Informações de Defesa do Consumidor e no sítio eletrônico do consumidor.gov.br, ou nas plataformas que venham a substituí-los; índice de reclamações no órgão ou na entidade reguladora setorial e grau de satisfação do consumidor. Nesse contexto, podemos concluir que o novo decreto, por um lado, apresenta diretrizes para as organizações, amplificando os canais de atendimento e possibilitando a utilização de novas ferramentas de atendimento ao cliente a fim de proporcionar mais liberdade aos consumidores. Porém, de outro lado, representa um desafio para as empresas, que precisarão gerir com cautela a gestão de dados automatizados, como em chatbots, com o atendimento humanizado, andando lado a lado com a “explosão” digital. Desse modo, as empresas precisam focar no primeiro momento na busca de resolutividade, buscando não somente entender, mas compreender o que o consumidor está demandando, possibilitando cada dia mais uma experiência confortável e transparente ao cliente, balanceando a utilização da tecnologia sem deixar a humanização de lado.

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//TRACKING

OS DESAFIOS NA LOGÍSTICA DIANTE DA EXPANSÃO DO MARKETPLACE IN

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oda digitalização pela qual passamos e o crescimento das vendas feitas pela Internet marcam o amadurecimento em todas as camadas do comércio global. A explosão do delivery e a expansão constante do e-commerce - que cresce dois dígitos por ano, segundo o WebShoppers - naturalmente abrem espaço para novas formas de vender online, novos modelos de negócio e estruturas organizacionais. Os shoppings virtuais, os chamados marketplaces, possuem uma estrutura já conhecida no mercado, utilizada por grandes marcas e redes de lojas que utilizam o alcance de suas vitrines para fornecer poder de venda para seus sellers. A difusão dos marketplaces abre um leque de possibilidades, torna possível a digitalização em escala e traz para a Internet a gestão de

um ecossistema de vendas, que, em muitos casos, as companhias já estão acostumadas a gerenciar. Já há um know-how sobre o modelo de negócio que, agora, pode ser aplicado digitalmente. Os shopping centers têm começado a olhar para o modelo de negócio como uma oportunidade de expandir as vendas no comércio eletrônico. Já há uma estrutura, uma cultura organizacional muito bem definida entre os shoppings e seus lojistas. A estrutura necessária para escalar com o marketplace in Para minimizar todo o choque de rotina e processos do vendedor, ao estruturar os marketplaces próprios, os shoppings têm fornecido toda estrutura necessária para que seus lojistas vendam online.

EDUARDO BRAGANÇA

Head de Marketing e Parcerias na Frete Rápido

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De forma prática, o vendedor recebe todo o suporte, incentivo e instrução para anunciar seus produtos na vitrine e para o processo de packing. E todo o resto é gerenciado pelo time de backoffice do marketplace. No âmbito da logística, o Seller Center Logístico é a tecnologia que irá conectar o ecossistema do marketplace de forma que o gerenciamento seja unificado e os processos, escaláveis. Multicanalidade e a padronização do tracking ”Esteja onde seu cliente estiver”. Esse conceito, apesar de mais difundido no marketing, é aplicado em diversos âmbitos corporativos. No comércio eletrônico, é importante que as operações também tenham a visão de se comunicar com seus clientes em todos canais possíveis - sejam elas de marketplace in ou não - em todos os momentos da venda, inclusive no rastreio. Dispor de tecnologia que irá atualizar o cliente sobre suas entregas via e-mail, SMS, WhatsApp, chatbot, redes sociais e que irá performar em qualquer dispositivo, como em um smartwhatch, fornece ao consumidor uma perspectiva de profissionalismo gigantesca e uma maior satisfação ao aguardar a entrega. Toda essa multicanalidade precisa ser implementada de forma concomitante à padronização do tracking. As transportadoras possuem diversos padrões diferentes no que diz respeito ao rastreio. Para saber onde sua encomenda

está, o consumidor precisa entrar no site da transportadora, informar o CPF ou o ID do frete, dentre outros padrões que variam de acordo com as parceiras de entrega. As nomenclaturas dos status de rastreio também variam caso a caso. Por exemplo, os status “Objeto postado”, “Encomenda coletada" e "Coletada" possuem o mesmo objetivo - informar que a transportadora está em posse da encomenda e iniciará o processo de transporte. As transportadoras são empresas distintas entre si, então é natural que haja diferença de processos e nomenclaturas. Entretanto, o comércio digital já evoluiu e possui tecnologia o suficiente para que as lojas, principalmente no modelo de marketplace in, forneçam um tracking padronizado para seus clientes. O consumidor recebe informações mais escaneáveis e de fácil navegação, e a loja promove conhecimento de marca. Conhecimento de marca no tracking Na página de rastreio, há uma ótima oportunidade para trabalhar a presença de marca, pois o consumidor entrará nessa tela de rastreio várias vezes ao dia para saber se houve alguma atualização no status. O visitante está atento à tela, pois a informação muito o interessa. Esse visitante já é cliente da loja, então há a probabilidade de recompra, com um baixo custo de investimento, através da inserção do anúncio + link da home ou de alguma promoção pontual. É uma estratégia utilizada para fidelizar clientes que chegaram à loja através de al-

Eduardo Bragança é pedagogo por formação e está no mercado de e-commerce desde 2011. Atua como Head de Marketing e Parcerias na Frete Rápido, combinando as experiências do "chão de estoque", didáticas adquiridas na carreira acadêmica e marketing para produzir conteúdos relevantes para as operações de e-commerce.

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//TRACKING

guma sazonalidade. Por exemplo, há muitos novos compradores na Black Friday. Naturalmente, esse cliente pode ser estimulado a comprar novamente com uma promoção de Natal na tela de rastreio.

Veja a seguir um case de aplicação na operação da Basicamente, uma empresa do grupo Basico&CO.

Conclusão O mercado digital continuará se transformando, crescendo em torno do consumidor e explorando as oportunidades de negócio. Movimentos como a expansão do marketplace in fortalecem e trazem maturidade para o ecossistema como um todo. De forma semelhante à globalização, cada vez mais o físico e o digital irão se entre-

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laçar e se complementar em uma jornada de compra única, superando as bolhas das redes sociais e as barreiras geográficas. A logística, atrelada à tecnologia, continuará permeando as jornadas e possibilitando que os processos aconteçam de forma fluida e ajustada.


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//CASE

POR UM MUNDO MAIS SUSTENTÁVEL, LIMPO E PERFUMADO Empresária de Itajubá, Minas Gerais, aposta em produtos de limpeza ecológicos e tecnológicos, que otimiza a logística e minimiza resíduos Por Giuliano Gonçalves, da Redação do E-Commerce Brasil

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magine você criar todo o plano de negócio da sua empresa, detalhe por detalhe, e… vem uma pandemia para virar tudo de cabeça para baixo! Assim como muitas empresárias, Cilene Monteiro passou por esse susto e teve de mudar toda a sua estratégia. “Apesar da falta que o contato físico proporciona para a venda do nosso produto, entendemos que o público digital é mais do que necessário”, afirma Cilene, que é formada em Engenharia de Produção Mecânica na Universidade Federal de Itajubá (MG), com pós-graduação em Engenharia de Petróleo e Gerenciamento de Projetos pela FGV. Aliás, foi depois de trabalhar por muitos anos em multinacionais que ela sentiu uma necessidade de criar algo que gerasse impacto positivo na vida das pessoas - e, claro, no mundo. Essa vontade a fez entrar de cabeça em estudos sobre a economia circular, trazendo uma série de campos a serem trabalhados. Porém, a ideia da Desembala surgiu em um acaso (se é que é possível afirmar que acasos existem). “Estava de licença maternidade, amamentando minha filha, quando

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olhei para a dispensa da minha casa e vi um monte de embalagens de produtos de limpeza. Aquilo me trouxe um sentimento muito ruim, pois dali a 15, 20 dias todos aqueles plásticos iriam para o lixo e outros voltariam à prateleira, num movimento sem fim”. O desafio, portanto, estava lançado para Cilene: “como desenvolver uma solução considerando o modo de consumo atual?” O nascimento da Desembala Como a própria empresária sugere, desenvolver um produto sustentável requer uma boa dose de estudo e criatividade. “O cenário perfeito seria criar um produto focado no meio ambiente para alguém que saiu da região urbana para viver na [e para a] natureza. Afinal, seria uma conversa muito mais fácil, pois essa pessoa está aberta a essas mudanças. No entanto, isso infelizmente ainda não é possível, pois nem todos têm essa oportunidade de mudar para o campo e criar sua própria condição de vida sustentável”. A estratégia então foi pesquisar como usar a ciência e a tecnologia para trazer menos impacto ambiental e soluções


Cilene, portanto, mergulhou em estudos e pesquisas sobre a indústria de saneantes e descobriu, por exemplo, que mais de 90% do conteúdo presente nas embalagens de produtos de limpeza na verdade são… água! “A gente carrega água do supermercado para casa, com um pouquinho de produto concentrado. E tudo isso sobrecarrega a logística dos produtos, tanto em peso como em armazenamento”, lembra. Esse então foi o ponto de partida para o nascimento da Desembala. A alternativa nesse caso foi a criação de minissachês com os produtos de limpeza concentrados, que basta a pessoa colocar no frasco com água que a mágica acontece.

Foto: Divulgação

Não, você não leu errado! Ao adicionar o sachê no borrifador plástico, seu invólucro (biodegradável) se desfaz e, em poucos minutos, a água ganha a cor e o aroma do respectivo produto. “Fizemos uma pesquisa recente sobre a possibilidade de mudar os borrifadores translúcidos para modelos foscos, e ganhamos um unânime NÃO como resposta. Entendemos que, além da eficácia dos produtos, as pessoas adoram ver a transformação dos sachês dentro dos borrifadores”, acrescenta.

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de sustentabilidade para serem aplicadas em larga escala.

Outras vantagens dos sachês Como você pode imaginar, a estratégia de sustentabilidade da empresária mudou muito a cadeia de produção e venda da Desembala. O volume dos produtos, por exemplo, foi reduzido em (pasmem) 50 vezes. Já o peso ficou 40 vezes menor, uma vez que os frascos são entregues vazios e quem adiciona a água e o sachê é quem compra. “Eu entrego cerca de cinco litros de produtos de limpeza em uma caixinha de 6 x 9 centímetros, com peso aproximado de 100 gramas”, vibra a executiva. E a sustentabilidade vai ainda além: salvo a embalagem de papelão (reciclável) que acompanha os produtos, nada mais precisa ser descartado. “Nossos frascos de plástico são comprados somente no primeiro pedido, e podem ser utilizados por gerações. A partir da segunda compra, a pessoa adquire somente os sachês, que são transformados em agentes de limpeza”. Um detalhe interessante é que tanto os sachês como os frascos já vêm identificados por cores e nomes em suas etiquetas - portanto, cada borrifador combina com o seu sachê. Os pigmentos dos sachês, segundo Cilene, são corantes alimentícios, cuja única função é a de distinguir uns dos outros.

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//CASE

Grande parte do perfil consumidor da empresa é feminino, sendo a maioria entre os 30 e 35 anos (60%). Ainda assim, Cilene diz que há muitos jovens casais que já se tornaram clientes recorrentes da marca. “É um produto novo, usado principalmente por quem não tem aquela ‘neura’ por limpeza, como acontecia com as pessoas mais velhas. A facilidade de uso permite que o processo de limpeza seja rápido e eficaz. Afinal, ele não requer enxágue nem esforço, uma vez que basta fazer a aplicação, aguardar um pouco e remover a sujeira com um pano”, explica. Ou seja, funciona como uma luva para quem trabalha e estuda o dia todo e tem pouco tempo para investir em atividades domésticas. Em relação ao tíquete médio, Cilene diz que o valor está em torno de R$ 110. A cereja do bolo, inclusive, fica com as compras recorrentes, que podem ser feitas como uma espécie de “assinatura”. Pelo site, é possível programar as compras entre mensal, bimestral e trimestral, de acordo com o produto desejado. “Se a pessoa não quiser repetir a compra, ela tem a opção de pausar os pedidos ou até mesmo cancelar. Entendemos que isso traz muita versatilidade e, claro, facilidade, uma vez que sempre precisamos usar os produtos”. Além disso, a compra pode ser feita por praticamente todos os canais de vendas da Desembala. “Se mandarem sinal de fumaça, atendemos”, brinca Cilene, dizendo que entendeu que a marca deve estar presente em todos os pontos de contato. Marketing É nesses pontos de contato que Cilene traz conteúdos sobre a empresa e o mercado de sustentabilidade. Afinal, assim como o “multiatendimento”, a empresária percebeu que esse público é ávido por informações

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do segmento. “Geramos muita coisa para Facebook, Instagram, YouTube, LinkedIn… E a venda ocorre meio que organicamente, pois os assuntos trazem interesse de usar os produtos para ser um agente de mudança no mundo”. Interessante é que os próprios consumidores tiram as dúvidas de pessoas interessadas, organicamente, comprovando os benefícios e as qualidades da Desembala. “É o que encoraja uma pessoa presa às marcas tradicionais a experimentar o nosso produto”, afirma Cilene. Bom saber que, enquanto você lê esta matéria, a Desembala já está maior, mais abrangente e sustentável. Isso porque entre os

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Público consumidor da Desembala

planos da empresa estão o investimento em entregas ecológicas e novos pontos de distribuição pelo Brasil - a fim de reduzir o valor do frete e os impactos da logística ao meio ambiente também. “Em São Paulo, faremos as entregas com carros elétricos, para reduzir a emissão de carbono. Também estudamos investir nas entregas por bicicletas e fazer a venda cruzada com outras empresas que oferecem produtos benéficos ao planeta”. Ah, e provavelmente você já terá à disposição novos produtos da Desembala, focados em limpeza de roupas e linha de detergentes. “Nosso próximo passo é lançar esses produtos e, se tudo der certo, passar a atender redes hoteleiras que seguem a nossa proposta de sustentabilidade”, encerra a empresária.


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//CHINA

A INFLUÊNCIA DO MERCADO CHINÊS PARA O FORTALECIMENTO DO VAREJO BRASILEIRO

H

oje, o mercado chinês é uma grande fonte de inspiração para o mercado brasileiro. Precisamos voltar nossos olhares para esse modelo e, cada vez mais, ajudar nossos empreendedores a criar negócios e a prosperar através da tecnologia. Ascensão de PMEs O e-commerce brasileiro tem sido um dos temas mais discutidos nos últimos anos, principalmente após a pandemia, quando as compras online passaram a fazer parte da rotina do consumidor. De acordo com a Jornada de Compra Digital nas Pequenas e Médias Empresas, pesquisa realizada pela Locaweb, 45% das pessoas compram mais de grandes empresas. Porém,

essa realidade tem mudado cada vez mais, pois 41% dos consumidores começaram a comprar pela Internet de pequenas e médias empresas neste último ano. O fato é que ainda há muitas pessoas imaginando que a tecnologia é um aspecto automaticamente associado a grandes projetos e perspectivas de desenvolvimento, como a ideia do metaverso Exemplo chinês Na realidade, o que parece ser novidade para o mercado brasileiro já é uma realidade bem consolidada em outras partes do mundo, o que serve de inspiração e referência para o aprimoramento das plataformas e da relação de empreendedores com o ambiente digital.

THIAGO MAZETO CEO da Tray

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Nesse contexto, é fundamental entender que, cada vez mais, a inovação de verdade já está ao nosso alcance e, literalmente, na palma de nossas mãos por meio de celulares, tablets e computadores de uso cotidiano. A China, por exemplo, iniciou a alavancagem de seu comércio eletrônico no início da década de 2000, motivada em grande parte pelo impacto do SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) na sociedade e na economia chinesa.

deve ser combinada com as ferramentas e a cultura de consumo que encontramos em cada região, estado, cidade e bairro brasileiro. Com a integração cada vez maior entre as estratégias de venda, não haverá, em um futuro próximo, a distinção entre varejo online e offline, e sim apenas um único conceito de varejo, capaz de contemplar o desejo por crescimento nas vendas de um lado e o desejo de boas experiências de compras do outro.

Quando a epidemia eclodiu, o e-commerce deu um grande salto, modificando hábitos de consumo de toda uma população. Em 2021, o país se tornou o primeiro a realizar mais vendas online que físicas, o que dá a dimensão de como o e-commerce foi amplamente assimilado e incorporado na cultura de seus habitantes. Tecnologia e futuro do varejo O uso massivo de alguns recursos tecnológicos, como o QR Code em diversas etapas da jornada de compra, permite que os chineses usufruam de muitos benefícios e proporcionem uma experiência de compra ainda mais eficiente, seja online ou presencial. Além disso, a popularização de influenciadores digitais nas estratégias de social commerce e live commerce incentiva cada vez mais que marcas apareçam nas mídias sociais e ganhem relevância, de forma descontraída, carismática e potencialmente grandiosa. Para o empreendedor brasileiro, a inspiração no sucesso do e-commerce chinês pode e

Thiago Mazeto é CEO da Tray, unidade de e-commerce da Locaweb. Com ampla experiência no varejo, Thiago tem know-how em growth hacking, marketing digital de performance, branding e gestão de pessoas. Além disso, tem MBA em Empreendedorismo, Gestão e Marketing pela PUCRS.

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//MAPEAMENTO

A IMPORTÂNCIA DO MAPEAMENTO DE PROCESSOS

O

s processos de gestão, especialmente de um e-commerce, são dinâmicas orgânicas que exigem do gestor a necessidade de uma atenção constante e ritmada, cadenciada pela melhora e transformação de suas operações e processos de forma que os gargalos possam ser identificados, antecipando as necessidades e recursos, estimando e mensurando o desempenho de cada etapa do processo. Todos esses alinhamentos são imprescindíveis para garantir que o seu e-commerce entre num fluxo próspero de funcionamento. Algumas métricas são bem relevantes para um vendedor de e-commerce, pois elas expressam, em dados, a experiência de relacionamento do consumidor com a plataforma de vendas. Eis algumas delas: taxa de clique, tempo de permanência no site, visualizações, número de visitas. O estudo e a análise dessas métricas iniciais irão fornecer informações referentes ao comportamento do consumidor. É a partir dessas informações que o vendedor poderá tomar controle mais apropriado visando ao crescimento exponencial de suas operações.

Uma restrição de capacidade, ou gargalo como costumam chamar, é a fase na qual um determinado processo não está funcionando da maneira que foi desenhado, atrapalhando todo o andamento dos outros processos. Identificar esses gargalos irá ajudar não só a aprimorar o processo, como dar continuidade ao fluxo sem erros de resultado. Como identificá-los propriamente? Existe uma estrutura por trás dos processos que determinam suas funções e que, necessariamente, precisa ser executada pelos seus responsáveis diretos. Portanto, a delimitação dessas funções e seus responsáveis precisa obedecer um critério específico para que assim sejam bem mapeados. O desenho operacional é a forma mais prática para conseguir detalhar todo o processo. Você pode seguir estes passos para elaborar o desenho do seu processo de forma prática: • Determine os principais componentes do processo;

LUIZ FELIPE ROCHA

Social Manager e Redator da SGPweb

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• Ordene as atividades; • Escolha os símbolos corretos para cada atividade; • Faça a conexão entre as atividades; • Indique o início e o fim do processo; • Revise seu diagrama de processos de negócios. E os recursos, como prevê-los? Com o máximo de detalhamento possível. Todos os recursos que serão alocados ao longo de toda cadeia produtiva devem ser detalhados a fim de que nenhum deles comprometa o processo. O fator crítico: custos Antes de explorar esse tópico, devemos diferenciar custo fixo de custo variável. O primeiro trata daqueles custos recorrentes, que aparecem com uma periodicidade programada; e o segundo faz referência a custos que se alteram de acordo com uma série de fatores associados. Estimar os custos é uma parte fundamental do processo que precisa ser considerada antes de tudo. Essa etapa irá delimitar tudo que entra e sai do processo de forma a garantir um equilíbrio entre custos e benefícios.

• Custo operacional: relativo a todo o funcionamento do negócio; em suma, ele é a soma de gastos administrativos, comerciais, dos recursos humanos, entre outros. • Custo total: aqui, tratamos de custos em geral, a soma dos custos fixos e variáveis. • Custos diretos e indiretos: todos aqueles que podem ser mensuráveis e relacionados ao produto. • Custo primário: tudo que é necessário para a produção do bem que será comercializado. Métricas do desempenho são uma forma de aferir a saúde das suas operações, pois permitem que as atividades sejam padronizadas. Qualquer alteração nelas terá um reflexo direto nos indicadores que sofreram distorções. Visto que essas foram algumas formas essenciais de mapear os processos, percebe-se o quanto se torna vital passar por esse mapeamento e garantir um bom funcionamento do seu negócio. Entenda que a cadeia do comércio precisa ser destrinchada para ser controlada com sucesso. Quanto antes você conseguir dominar todas as esferas do seu processo de vendas, mais rápido você conseguirá atingir suas metas.

Definir o quanto será gasto em cada etapa com a execução do processo é ter domínio sobre pontos que podem ser otimizados, mas você conhece, de fato, todas as classificações de custos?

Luiz Felipe Rocha é apaixonado pela produção de textos e conteúdos que incentivem a articulação de assuntos sobre mercado, marketing e mídias sociais. Entrou no time SGPweb em novembro de 2021 com o intuito de manter o grupo por dentro das atualidades do setor e deixar os canais de comunicação da empresa ainda mais cheios de novidades e tendências do e-commerce.

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//E-SHOPPER

CRESCIMENTO DO NÚMERO DE E-SHOPPERS EXIGE MAIS EFICIÊNCIA NA LOGÍSTICA

O

número de aquisições anuais feitas pelo e-shopper brasileiro disparou, alcançando 16 compras ao longo de 2021, o que representa um acréscimo de 128% em relação ao ano de 2019. Os consumidores recorrentes, conhecidos como e-shoppers adictos, colaboraram fortemente para esse acréscimo: o número de encomendas recebidas em 2019 mais do que dobrou - da média de 3 encomendas, para 6,5 ao mês, totalizando 78 encomendas no ano. Esses são dados revelados pela pesquisa E-Shopper Barômetro 2021, realizada pela rede DPDGroup, líder em entregas expressas na Europa e controladora da Jadlog, e que faz uma ampla radiografia do perfil dos e-shoppers no Brasil. A pesquisa avaliou o comportamento dos consumidores entre 2019 e 2021 e mostrou que a participação da população online brasileira nas compras pelo e-commerce cresceu de 56% em 2019 para 63% em 2021, muito em função dos impactos da pandemia sobre os hábitos das pessoas. Nesse contexto, segmentos que tinham menor expressão no e-commerce, como alimentos frescos, mercearia, beleza e saúde, remédios e acessórios, ganharam participação.

O crescimento do número de compradores e, consequentemente, de encomendas movimentadas, vem fazendo aumentar, na mesma proporção, a exigência, por parte de embarcadores e e-shoppers, pela eficiência logística. Esse movimento tem levado à oferta de diversas modalidades de entregas e a uma comunicação mais assertiva e eficaz sobre o status da entrega para os clientes. Estão em evidência, portanto, não apenas a entrega do produto intacto no prazo correto, ou antes do prometido, mas também as mais variadas opções de entrega e retirada de produtos oferecidas pelos varejistas virtuais e marketplaces. São alternativas que trazem flexibilidade e conveniência a todos os envolvidos da cadeia do comércio eletrônico e colaboram para a conversão das vendas. A pesquisa também mostrou que o delivery em casa continua sendo a modalidade de entrega mais pedida, com 86% da preferência dos e-shoppers, seguida pelo local de trabalho, com 12%. Contudo, temos observado, nos últimos dois anos, um aumento significativo da escolha pelo recebimento das encomendas fora de casa - OOH (Out Of Home, em inglês) -, de modo que os pontos

BRUNO TORTORELLO CEO Jadlog

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de correio, também conhecidos como PUDOs (Pick up Drop off ), alcançaram 11% da preferência dos entrevistados, em comparação a apenas 5% em 2019, enquanto a retirada na própria loja do varejista representou 10% das escolhas, em comparação a 6% na pesquisa anterior. Acompanhando essa tendência, é fundamental que varejistas online e marketplaces, em conjunto com os operadores logísticos, ofereçam diversas alternativas de recebimento da encomenda para que o e-shopper escolha a mais conveniente à sua jornada. Disponibilizar aos e-shoppers as soluções OOH, que incluem os lockers, é estratégico, pois possibilita retirar a mercadoria em um ponto comercial parceiro definido previamente, próximo de casa ou do trabalho, com horário estendido de atendimento. São opções que reduzem significativamente o insucesso nas entregas e os custos logísticos, pois, em média, são 20% mais baratas do que a entrega domiciliar e até mesmo podem viabilizar, com mais facilidade, a oferta de frete grátis. As soluções OOH são, inclusive, mais sustentáveis, pois reduzem a circulação de veículos de última milha nas cidades e a emissão de CO2 na atmosfera, ao passo que há uma quantidade menor de insucessos de entrega e, em uma única viagem, várias encomendas de vários destinatários são deixadas em um único PUDO. Sob esse aspecto, destaca-se que a pesquisa apontou a preocupação ambiental dos e-shoppers, pois 74% deles indicaram a necessidade de que marcas e empresas sejam ambientalmente responsáveis, o que

inclui a logística de entrega. De cada dez consumidores brasileiros, sete dariam preferência aos varejistas com opções verdes de entrega. Para 72%, as alternativas ecologicamente corretas são importantes, e 74% responderam que teriam mais chances de optar por um varejista ou marketplace se ele possuir entregas verdes. Entre elas, as mais mencionadas foram as entregas com veículos com baixa emissão de carbono e as entregas conjugadas de vários produtos para recebimento no mesmo dia, o que otimiza a operação e reduz as emissões. As notificações digitais entre embarcador e consumidor destacaram-se no ranking da E-Shopper Barômetro 2021. A mais mencionada foi o rastreamento em tempo real, seguido por notificações avançadas (dentro de uma janela de uma hora). Nesse sentido, uma comunicação digital assertiva para estreitar o relacionamento com o e-shopper faz a diferença na experiência de compra, permitindo que ele acompanhe toda a rota da sua encomenda e programe o dia para recebê-la. Operadores logísticos já informam o destinatário sobre o horário de entrega via SMS e e-mail, inclusive no dia da entrega, com a janela de uma hora de variação até a chegada efetiva do pacote. Tal solução tecnológica traz previsibilidade e reduz os insucessos de entrega, melhorando a eficiência logística. São tendências que estão em linha com os anseios dos e-shoppers, cada vez mais em busca de quem lhe ofereça a melhor experiência de compra.

Bruno Tortorello tem mais de 21 anos de experiência na área de logística e distribuição e é um dos executivos mais destacados do setor. Graduado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da USP, com especialização em Administração pela FGV e MBA em Gestão Internacional pela FIA, Tortorello foi presidente da Total Express e, anteriormente, liderou áreas comerciais e operacionais do braço logístico do Grupo Abril. Chegou na Jadlog com a missão de alavancar as vendas e os negócios por meio das operações do e-commerce e do fortalecimento do negócio B2B de pequenas encomendas, contribuindo para que a transportadora alcançasse o faturamento de R$ 1 bilhão em 2020

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//CAPA

É PRECISO SABER COMO SE FAZER PRESENTE O mundo mudou e o marketing também. Para acompanhar a demanda no digital, não basta apenas um perfil nas redes sociais, é preciso entreter e saber usar a evolução tecnológica e comportamental a seu favor Por Marina Teodoro, da Redação do E-Commerce Brasil

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o e-commerce, muito se fala sobre o senso de urgência do consumidor, que se potencializou ainda mais nos últimos dois anos, embalado por uma transformação jamais observada no comportamento de compra. No entanto, essa urgência não está apenas nas entregas ultrarrápidas, na aprovação do pagamento e na velocidade das plataformas tecnológicas. Está também - e principalmente - na comunicação. As chances de que, antes que você termine a leitura desta edição da Revista E-Commerce Brasil, uma nova trend do TikTok seja lançada e usada para basear toda a estratégia de comunicação de campanha de uma empresa são grandes. Isso porque hoje, para conseguir a atenção do público e passar a men-

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sagem desejada, uma marca precisa estar atenta ao que está acontecendo ao redor do seu consumidor. E o que está acontecendo ao redor do consumidor está mudando o tempo todo. “Em uma vida moderna líquida não há laços permanentes, e qualquer coisa que seguramos por um tempo deve ser amarrada vagamente para que os laços possam ser desatados novamente, tão rápido e tão facilmente quanto possível, quando as circunstâncias mudarem”. A frase em questão foi dita pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman, e parece uma análise simples de se fazer sobre a sociedade de hoje se não fosse pelo detalhe de que ela foi dita há mais de 30 anos, quando TikTok era apenas um termo


usado para onomatopeias relacionadas à passagem de tempo. O conceito do sociólogo não poderia ser mais atual e define o cenário de marketing e comunicação no qual nos encontramos, por isso é usado por muitas empresas para guiar suas equipes de publicidade em pleno 2022. Em sua análise, Bauman faz uma reflexão profunda sobre o mundo pós-moderno, comparando-o ao estágio “líquido”. Segundo ele, estamos vivendo em aceleração contínua e crescente, o que impede que padrões, conhecimentos, ideias, comportamentos e relacionamentos sejam solidificados. Nada permanece igual por muito tempo. Nem as plataformas usadas para comunicar, nem a linguagem e nem o consumo. Diante de uma cultura fragmentada, descentralizada, a preocupação das empresas não é apenas em acompanhar as tendências que são criadas a cada semana nas redes sociais, mas também em se destacar em meio ao volume de conteúdo que bombardeia o consumidor em todos os canais de comunicação a que ele tem acesso, desde o primeiro minuto em que acorda até a hora em que vai dormir.

tórico onde produzíamos para a TV. A gente se sentava no sofá em busca de distração. Agora, com o celular e o online, distração é o que mais temos”, afirma Camilo Barros, Head de Parcerias Latam da VidMob, plataforma de inteligência criativa que fornece solução tecnológica para marcas melhorarem seus resultados de marketing. O executivo brinca que hoje os consumidores possuem o que ele chama de “maior ferramenta contra a comunicação digital”, que é o dedo humano. “A gente corre 300 metros de telas de celular por dia. É algo que a gente não percebe que está fazendo. Enquanto isso, a gente vê uma série de comunicação que não chama nossa atenção. Mas aquela que vai conseguir nossa atenção é a que foi produzida da maneira certa”. Entreter para vender Para entender de que maneira é possível conseguir o engajamento desejado, o também sociólogo Don Slater, que nasceu na Inglaterra, havia cravado, em 2002, que a redefinição das horas de folga como horas de consumo e a transformação do lazer em mercadoria são fatores cruciais para

“Enquanto isso, a gente vê uma série de comunicação que não chama nossa atenção. Mas aquela que vai conseguir nossa atenção é a que foi produzida da maneira certa.” “O desafio é conseguir ter o [time] criativo certo, o momento certo e a plataforma certa na sua campanha. A gente vem de um his-

o crescimento capitalista. Dessa forma, o entretenimento acaba se colocando como uma excelente opção de linguagem fluida

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//CAPA

e objetiva para a comunicação midiática principalmente a publicidade - se apropriar. A ideia de atender às necessidades dos consumidores, que demandam ludicidade, diversão e prazer, explica o sucesso das redes sociais como principais plataformas de comunicação utilizadas pelas marcas para marketing e branding. O caminho para o sucesso, porém, não é exatamente linear, já que a mesma rapidez com que uma empresa pode chegar aos trending topics com um post acertado na plataforma ideal é também a exata velocidade que faz com que uma empresa seja cancelada após um posicionamento ou ação impopular - e nenhuma marca está imune a essas condições. Por isso, o cuidado com a linguagem e o conteúdo usado nas redes sociais é o que vai ditar os resultados de uma campanha. “Não basta apenas estar na rede e fazer postagens regulares. É preciso acompanhar as principais tendências e ferramentas para nos engajarmos com os mais diferentes perfis”, pontua Marcelli Valle, Gerente de Marketing da Americanas. Segundo Camilo, a estratégia usada pelos times criativos acaba impactando diretamente nos resultados das ações de publicidade. "Durante a pandemia, tivemos um crescimento absurdo do TikTok que é [uma plataforma] totalmente diferente das outras em termos de criatividade. A gente teve quem não entrou e não aproveitou o crescimento, mas também quem entrou de forma errada. Já os nossos clientes que entraram de forma correta, utilizando nossas métricas e direcionamentos, tiveram muito resultado e hoje utilizam o TikTok como a plataforma primária, como principal meio de comunicação”.

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Mas, para “entrar de forma correta”, é preciso saber produzir o conteúdo correto, e traçar um plano para cada rede social é a peça-chave para conseguir resultados efetivos. À frente do Coolmmerce, um perfil no Instagram que produz conteúdos voltados para estratégias, branding, marketing e e-commerce, a artista, diretora criativa e empresária Isabela Gaidys usa a plataforma para educar marcas a “saírem do óbvio” e vender mais. Entre as dicas de como gerenciar uma marca no digital, ela bate na tecla de que cada rede social tem sua própria particularidade - e que isso pode mudar rapidamente. “Todas [as redes sociais] são diferentes, então a comunicação acontece de forma diferente. É preciso entender como a rede social funciona e aplicar estratégias diferentes. Você não vai simplesmente sair postando fotos no Twitter, por exemplo… É preciso pensar na forma como as pessoas conversam lá”. Gaidys reconhece que estar sempre por dentro de tudo, acompanhar as tendências do mercado nem sempre é fácil, e cita a necessidade de um olhar criterioso para poder identificar o que vai ser tendência para apostar e conseguir resultados. Valle destaca que, no caso da Americanas, que é uma marca generalista e conversa com vários tipos de públicos, é preciso aproveitar todos os canais de comunicação da marca para estar cada vez mais próximo do consumidor. No entanto, a Gerente de Marketing reconhece as dificuldades para conseguir produzir conteúdos que realmente sejam relevantes. “O desafio é produzir algo que prenda a atenção do público, dado que diariamente as pessoas são impactadas por diversas ações e marcas”. Ela defende que, para superar esse obstáculo, é preciso produzir conteúdos de forma estratégica e otimizada, além de conhecer o


seu público e - sempre que possível - mensurar o resultado das suas ações, para assim tomar as decisões mais assertivas. “Acompanhar tendências e necessidades do seu público e da sociedade em geral também impacta diretamente na sua estratégia de marketing digital, pois possibilita à marca criar novos serviços para as mudanças constantes e rápidas acompanhando as novas necessidades dos consumidores”, declara.

com outros perfis de consumidores nas redes sociais. No BBB22, a Americanas foi a grande campeã no ranking das anunciantes, contando com 217 mil menções diretas ao nome da marca, e também se tornou a empresa mais comentada da edição, segundo uma pesquisa realizada pela STILINGUE, plataforma brasileira de insights, que acompanhou a movimentação no ambiente digital sobre o reality show usando inteligência artificial.

A criadora de conteúdo ainda reforça que, ao estar presente em alguma rede social, é preciso fazer o básico: socializar. “As redes sociais servem, literalmente, como o nome diz, para você criar relações sociais com as pessoas. Lá é onde você cria laços, desenvolve relacionamentos. Mas isso não acontece com as marcas. Elas dificilmente criam laços com a audiência, porque o público não conhece nada sobre a marca. A marca é só uma empresa que vende produtos e pronto. Não existe esse afeto entre a empresa e o cliente”. Gaidys completa dizendo que as redes sociais no mundo do marketing têm a função de “ajudar as marcas a se relacionar com os clientes, se divulgar, se posicionar e se firmar no mercado”.

Não se pode ignorar o fato de que estratégias como essas são possíveis graças a grandes investimentos - seja nos times, nas ferramentas de trabalho e, claro, em anúncios. Apesar de as opções de mídia tradicionais, como TV e rádio, ainda serem consideradas

Combinação entre inovação e investimento Saber falar para o seu público e para a plataforma é uma estratégia essencial. Mas isso não é tudo. A marca que souber inovar e seguir estratégias criativas e diferenciadas para o canal correto sempre sairá na frente. Um exemplo disso é a aposta da Americanas nas edições do Big Brother Brasil, especialmente nesta última, em que, além de patrocinar cinco provas e uma festa do reality show, a empresa esteve presente no programa de TV semanalmente, no mercado da casa. A estratégia transmídia foi um sucesso e conseguiu entreter o público na TV e interagir

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importantes para a construção da marca e obtenção de novos clientes, quando comparadas ao patrocínio digital, o gasto com essas opções de alcance em massa é menor. Os investimentos em mídia social aumentaram 53% entre os profissionais da área em todo o mundo, o que já é significativamente maior do que o aumento agregado dos gastos com TV e rádio, conforme mostra o Relatório Anual de Marketing de 2022, realizado pela Nielsen sob uma perspectiva global. Sendo assim, o conteúdo digital patrocinado é considerado o principal gasto para os times de marketing. Para se ter ideia, em 2021, mais da metade do orçamento total de publicidade dos profissionais de marketing da América Latina foi gasto em patrocínio digital.

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Inteligência de dados para vender Além de conhecer o seu público e saber atuar em cada canal de maneira que faça sentido com a plataforma, outro grande desafio do setor é utilizar as soluções tecnológicas existentes de maneira assertiva para alcançar e melhorar as experiências do consumidor. Quem concorda com essa afirmação é Barros, que oferece, através da VidMob, a gestão data driven para o marketing. “Esse é o nosso diferencial, aliás. Hoje, nossos criativos usam esse recurso, que vai falar ‘se você olhar para a esquerda em uma peça publicitária, o nível de conversão aumenta e aumenta seu potencial de clique’. E a gente traz essa informação com certeza, feita com a gestão por análise de dados. A partir dela, você consegue saber o que o seu criativo precisa fazer para


melhorar o resultado, e esse resultado vem em métricas para você, em real time. Tudo que era subjetivo virou tangível”. Saber entender essas métricas para medir o ROI do funil completo é fundamental para que a área de marketing de uma empresa siga na direção fértil. Com o crescimento da proliferação de canais, o uso de ferramentas de mensuração na hora de traçar estratégias de marketing personalizadas é indispensável. No entanto, na visão global, 36% dos profissionais do setor afirmam que o acesso a esses dados, a resolução de identidade e a obtenção de insights acionáveis a partir dos dados são extremamente ou muito difíceis. Já a América Latina parece mais confiante: 78% expressam satisfação com as ferramentas que possuem para medir suas atividades de marketing. Tecnologia e suas possibilidades A tecnologia, além de ser capaz de ampliar o conhecimento e orientar com inteligência como tornar a experiência do consumidor mais produtiva, pode aumentar as possibilidades de interatividade para que essa experiência seja cada vez mais imersiva. Entre os vários exemplos de ferramentas que são usadas pelo marketing estão a inteligência artificial, realidades aumentada e virtual, IoT e suas combinações. Ainda que o uso dessas soluções seja visto como “novidade” no Brasil, com a popularização do metaverso, elas tendem a se desenvolver com certa velocidade para estarem cada vez mais familiarizadas com os consumidores.

e hoje existem poucos ambientes digitais que podem ser chamados de metaverso. No Brasil, por exemplo, só existem quatro. A gente tem uma experiência em IA, aí já sai falando que é metaverso. Não! Metaverso vai ser um ambiente onde todas as marcas vão estar juntas, dividido entre físico e digital, mas, no momento, a gente tem que separar o que é metaverso e o que são soluções de tecnologia imersiva”. Sobre soluções de tecnologia imersiva, ele afirma que muitas vezes é sobre isso que a empresa está se referindo quando coloca no briefing a palavra “metaverso”. “Aí a gente precisa entender o que a marca quer”, orienta. Mesmo assim, nada impede que os times de marketing daqui já estejam preparados e passem a se especializar em publicidade no metaverso ou venda de algum produto em NFT, por exemplo. “Sem dúvidas, o metaverso está vindo com tudo, e ele dá uma oportunidade ímpar de tornar a experiência do cliente com a marca mais intuitiva. Tudo isso pode ser construído de uma forma em que essa jornada passe os valores e a essência da marca para os consumidores. E a melhor coisa de fazer isso no ambiente do metaverso é, teoricamente, você não ter limitações de criação dessas experiências. E é bom ficar de olho, pois cada vez mais ficará mais clara a transformação na forma de consumir produtos e serviços”, finaliza Valle.

No entanto, o cenário atual ainda está se adaptando ao que de fato é o metaverso, e é preciso entender esse conceito antes de aplicá-lo a uma marca, como alerta Barros. “O metaverso virou a buzzword do momento e todo mundo quer estar lá. Mas o metaverso não é um lugar, é um ambiente digital,

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//PAGAMENTO

FUTURO DO DINHEIRO: NO QUE APOSTAR?

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revisões e opiniões sobre o futuro do dinheiro não faltam. Desde especialistas até o seu Zé da padaria: todos querem dar um palpite sobre como, afinal, nós pagaremos pelas coisas nas próximas décadas - e no que devemos investir. Também não é de hoje que grandes mudanças acontecem nas relações comerciais. Desde os tempos mais longínquos até hoje, já houve grandes revoluções nas “moedas de troca”: escambo, ouro, prata, papel, moeda, cheques, cartões, e tantos outros, até chegarmos nos meios de pagamento digitais e suas variações. Fato é que nos adaptamos bem até aqui às disrupções do dinheiro. Mas, por que quando falamos do futuro, temos receios em relação a assuntos como criptomoedas? O que podemos projetar, de fato, a respeito do novo comportamento de pagamento do consumidor? Bem, vamos lá. Essa é uma longa discussão, e nos resta fazer um recorte sobre por que ela é relevante e, nesse mar de possibilidades, como escolher as tendências onde concentrar esforços.

Big picture: para onde estamos caminhando É inegável que o e-commerce obteve uma performance de brilhar os olhos nos últimos dois anos: foi a solução perfeita para uma situação atípica que mudou para sempre nossa relação com o meio digital. Conjuntamente, a tecnologia financeira nunca esteve tão acelerada. Só em 2021, surgiram mais de 400 novas fintechs no Brasil, e outras se tornaram unicórnios. Também somos um dos poucos países já avançados no Open Banking. Essa iniciativa promete muita inclusão financeira e produtos mais personalizados e acessíveis. O Pix é outro bom exemplo do sucesso estrondoso que as inovações podem ter. Suas transações instantâneas somaram R$ 3,89 bilhões no último trimestre de 2021, o que superou a quantidade de movimentações por meio de cartões de crédito ou de débito no País. Além disso, o Banco Central já estuda o lançamento do “Real Digital”, que será um próximo passo importante no cenário global.

FABRICIO DIVITIIS

Superintendente Comercial na iugu

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Já no campo das criptos, o Bitcoin rendeu 116% no ano passado e foi considerado um dos melhores investimentos do ano. Paralelamente, milhares de novas criptomoedas foram lançadas. Algumas com uma curta vida, e outras que, aparentemente, são mais estáveis e promissoras. Cripto é pop? 60% dos brasileiros ainda usam dinheiro vivo com frequência. Além disso, a falta de reservas financeiras e o despreparo levam a maioria da população a não investir sequer nos ativos mais conservadores. Não faltariam exemplos para mostrar que o Brasil não está preparado para muita disrupção. Mas seria reducionista demais pensar só por esse lado - afinal, até um país considerado “subdesenvolvido” como El Salvador está adotando a criptomoeda. Surpreendentemente, as estatísticas são promissoras quando se trata da relação do brasileiro com as criptos: 13% da população possuem alguma criptomoeda, e mais de 25% esperam comprá-las nos próximos meses, segundo o Relatório Blockchain – Latam 2022. Outro relatório, o Demystifying Crypto, aponta que, no exterior, 82% dos comerciantes que aceitam pagamentos de produtos e serviços em cripto dizem que isso ajudou a atrair mais clientes e em menos tempo. Mais de US$ 2,5 bilhões em pagamentos foram feitos por meio do cartão cripto da Visa somente no primeiro trimestre fiscal de 2022.

Na prática, vale escolher quais brigas comprar Considerando que os consumidores estão mais digitalizados do que nunca, a conclusão mais óbvia é que qualquer empresa competitiva precisa pensar nessas novidades para crescer. Mas é preciso saber como brincar com essa tecnologia. Existem empresas que só estão no digital e aderindo às tendências porque se sentem obrigadas - e a consequência é que a experiência do cliente se torna limitada e pouco autêntica. Para muitos segmentos - como o da moda e do luxo -, a presença no metaverso, por exemplo, pode ser muito positiva para substituir os cliques monótonos de comprar pelo e-commerce. Mas isso vale para qualquer indústria? Nem sempre. E nem para todos os públicos. O mesmo vai ter que ser considerado em relação às criptomoedas e às alternativas de pagamento. Faz sentido? Como disse Paul Brody, líder global de blockchain na Ernst & Young: “O dinheiro é apenas uma representação dos ativos do mundo. O futuro do dinheiro é como colocaremos os imensos recursos deste planeta para funcionar.” É por isso que não há resposta certa para a questão - ela depende de a que atribuímos valor como pessoas e empresas.

Usar criptomoedas numa transação ainda não é algo tão simples, mas há um grande potencial de se popularizar. Fabricio Divitiis possui 15 anos de atuação no mercado em Meios de Pagamento, com experiência em serviços e vendas consultivas, vendas diretas e indiretas no varejo.

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//FUTURE SHOPPING

ANTHONY LONG

Inovador na área de marketing e tecnologia lontony@gmail.com

COLUNISTA

A VIDA É UMA DISCOTECA – A JORNADA OFFLINE PARA A ONLINE

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e-commerce leva a experiência de compra da vida real para um canal digital. Isso pode parecer uma maneira antisséptica de ver as coisas, mas é verdade. Seja a alegria da aquisição ou o trabalho da visita, o comércio eletrônico é o varejo com Prozac: os altos não são tão altos, mas os baixos são muito mais fáceis de gerenciar. Tome isso como um sinal de que vamos afastar esse assunto da nossa conversa habitual sobre tecnologia e dados. Pode ser impossível desconsiderar completamente a tecnologia ou os dados, mas vamos nos afastar porque, embora a experiência do consumidor possa ser otimizada usando dados, isso não garante que a experiência do consumidor melhorará. Nem a arte do varejo nem o potencial de prazer das compras podem ser encontrados nos requisitos de negócio de qualquer plataforma de comércio online. Para impulsionar o e-commerce (e, é preciso dizer, para manter nossos trabalhos interessantes), as melhorias do setor sempre foram focadas no desempenho, seja na maneira como a tecnologia funciona, como o fulfillment é tratado ou quaisquer das mi-

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croetapas que se alinham para resultar em uma transação. Talvez, em vez de aplicar a tecnologia para promover o comércio eletrônico, devêssemos desenvolver novas maneiras de aprimorar a experiência do consumidor misturando os mundos online e offline. Dessa forma, podemos criar ótimos momentos de varejo e adjacentes ao varejo, que constroem o valor da marca, ajudam a aumentar a base de dados de consumidores ativos e, por fim, vendem mais coisas. Afinal, o que é “offline para online”? As palavras por si só fazem sentido, mas não contam toda a história. Offline para online é uma ponte entre a experiência e as atividades do consumidor de uma ação offline, que pode ser invisível para você, até um evento online, em que a atividade cria uma trilha de dados que pode ser rastreada e executada. Também é mais. Há muitas maneiras de capacitar os consumidores a participar - e ajudar a impulsionar a qualidade - da experiência de compra. Não queremos mais vender para os consumidores, porque muitas vezes isso faz com que a marca fale "para" o consumidor. Em vez disso, queremos tornar o consumidor parte da experiência do jeito


Anthony Long é um inovador na área de marketing e tecnologia com mais de 20 anos de experiência em transformação digital no mercado global, e-commerce e comportamento mobile do consumidor. Já passou pela Kimberly-Clark e seu atual projeto inclui atribuições de longo prazo em e-commerce e transformação digital para as principais marcas globais de consumo na Europa e nos Estados Unidos.

que ele é quando está “navegando” pelos corredores físicos. Um dos primeiros exemplos de como isso funciona é a tão esperada expansão das product tags (tags de produto, em tradução livre) no Instagram. Esse recurso não é novo (está no ambiente de produção desde 2016), mas a chave é que, a partir de abril de 2022, todos os usuários dos EUA poderão marcar produtos em suas postagens, "ampliando drasticamente o acesso a uma ferramenta anteriormente reservada para marcas e influenciadores", nas palavras da revista Business of Fashion. As tags direcionam os usuários para uma página da web no aplicativo, onde eles podem visualizar informações sobre um item e até comprá-lo, tudo sem sair do Instagram. Que as tags de produto estão sendo testadas com consumidores dos EUA, não é tão importante. A pergunta que você tem que fazer é: por que alguém faria isso? Existem duas razões. Primeiro, o modelo product tags prevê um momento em que os consumidores - você e eu - seriam recompensados com uma "microcomissão" por marcar algo que levasse a uma venda rastreável. Isso parece óbvio e pode ser definido como um processo de negócios, mas é diabolicamente complexo de implementar, rastrear e medir. Considere o Cubo de Intenção do Consumidor com as tensões opostas: o que realmente impulsionou a venda? A venda teria acontecido se a página de detalhes do seu produto não fosse uma bagunça total? Além disso, há estoques esgotados e será que o etiquetador deve, ou não, perder a comissão porque o varejista não tinha estoque? Mas a maior razão, e mais interessante, é a noção de "Cultura Participativa". Nossa boa amiga Wikipedia a define assim:

Um conceito oposto à cultura do consumo, [Cultura Participativa] é uma cultura na qual os indivíduos privados (o público) não atuam apenas como consumidores, mas também como contribuintes ou produtores (prosumers - produintes, em tradução livre). O termo é mais frequentemente aplicado à produção ou à criação de algum tipo de mídia publicada. Isso é algo importante. Em 2006, o estudioso de mídia Henry Jenkins, com os coautores Ravi Purushotma, Katie Clinton, Margaret Weigel e Alice Robison, escreveu um artigo técnico intitulado Confronting the Challenges of Participatory Culture: Media Education for the 21st Century. Esse artigo descreve uma cultura participativa como tendo: 1. Barreiras relativamente baixas à expressão artística e ao engajamento cívico. 2. Forte apoio para criar e compartilhar suas criações com outras pessoas. 3. Algum tipo de mentoria informal em que o que é conhecido pelos mais experientes é passado para os novatos. 4. Membros que acreditam que suas contribuições são importantes. 5. Membros que sentem algum grau de conexão social uns com os outros (pelo menos eles se importam com o que as outras pessoas pensam sobre o que eles criaram). Sempre defendemos aqui que as marcas devem aspirar ações positivas de seus consumidores, na forma de recomendar produtos e experiências a seus amigos, postar sobre produtos ou experiências nas mídias sociais e fornecer feedback direto à marca ou varejista. A noção de cultura participativa

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apóia isso, nos dizendo que é uma via de mão dupla, que alguns consumidores buscam ativamente oportunidades para fazer exatamente isso. Quanto é "alguns"? Você nunca saberá até criar o caminho para o consumidor lhe mostrar. Os caminhos óbvios são online, onde os mecanismos de classificação e reviews, as mídias sociais, as plataformas de blogs e o YouTube permitem que todos sejam críticos, e os mais ardentes sejam influenciadores. Os caminhos mais difíceis - e, portanto, interessantes - acontecem no mundo real. Em todo o cenário do varejo, existem inúmeras experiências na vida que funcionam para ajudar a converter um cliente em comprador e depois em defensor. Isso pode incluir demonstrações na loja, consultas de compras privadas agendadas, eventos de compras em grupo, lojas pop-up etc. O principal objetivo adicional de uma estratégia offline para online é capturar a atividade de vendas offline que geralmente não é vista online. Queremos fazer isso para poder estimular ainda mais comportamentos participativos, ou pelo menos recompensar a lealdade do consumidor. No centro de uma boa estratégia offline para online está a recuperação da propriedade da experiência do consumidor, bem como dos dados produzidos pelas atividades do consumidor. Quando um consumidor compra um item de um varejista terceirizado, o que você pode fazer para trazer essa compra de volta ao seu ambiente, onde você pode fornecer o nível certo de serviço, o nível certo de recompensa e a oportunidade para o consumidor participar mais adiante? Quando você chegar a uma bifurcação na estrada, pegue-a Existem duas considerações distintas, mas relacionadas, trabalhando ao mesmo tempo

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com estratégias offline para online. Primeiro, há a realidade de mudar uma experiência offline para um canal online; segundo, há a captura de dados de uma transação que você não controlou e da qual nem participou. Embora essas duas considerações sejam motivadas por aspectos muito diferentes de quando, por que e como você se relaciona com o consumidor, elas devem ser consideradas como uma unidade estratégica, mesmo que precisem ser implementadas separadamente. Descrevi aqui três estratégias fundamentais a serem seguidas com seus resultados potenciais/prováveis: 1. Cultive o relacionamento direto com o consumidor • Oportunidades de construção de marca que geram experiências compartilháveis nas mídias sociais; • Possibilite atos surpresas e aleatórios de gentileza como forma de agradecimento; • Conceda benefícios de fidelidade em camadas que recompensam o esforço extra que um cliente fez quando registrou sua compra de terceiros; 2. Amplie as experiências 1:1 para criar o banco de dados do consumidor • Instruções por videoconferência ao vivo ou minisseminários: daremos dicas sobre como obter o máximo valor de sua compra, mas você deve se inscrever primeiro; • “Traga um amigo” para consultas de compras online - cada registro é uma inscrição; 3. Ganhe assinantes, converta-os em compradores ativos


• Crie e publique uma biblioteca de conteúdo de vídeo online (YouTube, Instagram); • Crie um catálogo online exclusivo para assinantes para compelir as pessoas a se inscreverem; • Use correio em papel para enviar um teaser com um código escalável que você usa com um telefone para desbloquear ofertas adicionais. Uma das principais observações que você provavelmente faz é que essas estratégias não se concentram em gerar mais vendas unitárias. Uma iniciativa offline para online deve se concentrar na construção da marca e no aprimoramento da experiência do consumidor. Você quer estabelecer com muita firmeza o benefício de seu engajamento para o consumidor, que a marca honre e respeite o tempo e a atenção do consumidor. Os derivados saudáveis de uma forte estratégia offline para online são (sem ordem específica): • Melhor visibilidade na pesquisa orgânica - isso vem do conteúdo criado sobre sua marca por você, mas também, e o mais importante, por outros. • Aquisição aprimorada a um custo menor - o gasto de mídia para adquirir pode ser menor se houver uma quantidade saudável de conteúdo sobre o produto já disponível. O que nos leva a algo que muitos de nós pensávamos ter morrido há muito tempo, mas está ganhando nova vida para marcas e consumidores: o QR Code. Deus Ex Machina Direto de 1994, inventado por um fabricante japonês de peças automotivas, o QR Code ganhou destaque como ferramenta

de marketing em 2011, quando smartphones com câmeras se tornaram o dispositivo móvel "padrão". Muitos de nós se lembram de como os QR Codes pareciam estar em toda parte no início de 2010, apenas para desaparecer rapidamente. Os QR Codes fizeram seu retorno triunfante como facilitadores essenciais da jornada offline para online. Eles são fáceis de criar, baratos de produzir, confiáveis em desempenho e tirar uma foto em vez de inserir texto é muito melhor do que a navegação com dedos gordos em um pequeno teclado na tela. Com eles, podemos reduzir ao máximo a quantidade de toques de tecla que um consumidor precisa fazer para registrar uma atividade offline em uma instalação online. O uso de um QR Code como mecanismo de entrada de URL facilita a utilização de URLs complexos e marcados sem confundir a experiência do consumidor. Esses URLs marcados permitem a coleta de análises detalhadas sobre o tráfego digital de várias fontes e também podem conter um ID de campanha que permitiria um grau de personalização de conteúdo com base em saber qual QR Code (item/variante específica/ local etc.) foi digitalizado. Ainda assim, no espírito de um framework "good-better-best" (bom-melhor-o melhor, em tradução livre), colocaríamos o QR Code simplesmente como bom. "Melhor" seria um aplicativo que facilita um nível de acesso direto e notificações push, com "O melhor" sendo algum tipo de mágica de comunicação de campo próximo. Mas uma boa estratégia offline para online não requer uma construção de app ou mágica de tecnologia. Requer uma razão convincente para o consumidor (ou o consumidor em potencial) querer participar ou se envolver de outra forma. Se voltarmos à definição de cultura participativa, é fácil ver por que muitos tipos

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de pessoas querem se envolver. A pergunta passa a ser: “Como?” Uma redução na entrada na tela graças aos QR Codes ou outra tecnologia definitivamente ajuda a melhorar a experiência do consumidor, mas a entrada do dedo não impediu o crescimento de nenhuma das principais plataformas de mídia social. Todas elas existem graças a uma enxurrada de digitação, captura e/ou seleção de imagens ou vídeos, passando por diferentes opções de filtragem de imagens, selecionando/excluindo destinatários e outras interações acionadas por dedos.

pessoa famosa nas redes sociais “gostou” da sua mensagem ou até comentou de volta? Este é o comportamento que acontece com o consumidor de hoje regularmente: mais de 50% dos usuários de mídia social baseados nos EUA deixam comentários nas postagens de pessoas que eles não conhecem pessoalmente, de acordo com o Centro de Engajamento de Mídia da Universidade do Texas, em Austin. Todos sabemos que isso provavelmente também é verdade no Brasil.

Essa necessidade de um incentivo sintonizado com o retorno esperado do investimento do consumidor nos remete à noção de lealdade. Quando consideramos diferentes frameworks de programas de lealdade, queremos nos concentrar em dois tipos: Resgate Instantâneo (receber um código de desconto imediato ou voucher para algo que pode ser resgatado imediatamente) e Investimento Atrasado (acumulação de milhas aéreas ou pontos de recompensa). Nenhum é melhor que o outro, eles existem para satisfazer as diferentes expectativas e necessidades dos consumidores. Do ponto de vista do profissional de marketing, ambos são atrativos para conquistar e manter o engajamento do consumidor e a atividade comercial.

Não se preocupe, estamos mantendo as coisas reais... e, francamente, seus consumidores também. Sua estratégia offline para online não é copiar o mundo real no mundo digital, mas sim unir seu engajamento e a noção de lealdade que existe em seus encontros cara a cara com o mundo digital portátil que todos afirmam odiar, mas na verdade preferem. Fornecer uma razão convincente para um consumidor se esforçar para se envolver em um novo canal será um dos seus desafios criativos mais importantes. Trate isso como uma oportunidade: isso o forçará a fazer algumas novas perguntas sobre como você está se envolvendo com os clientes hoje e como você pode precisar mudar as coisas. Não fique preso na tecnologia: mecanismos como nosso amigo QR Code só ajudam a remover alguns obstáculos, mas eles não são o veículo.

No entanto, a lealdade também tem como fundamento a ideia de que “se eu me envolver com eles, eles se envolverão de volta comigo”. Engajamento é a atividade precipitante que leva à lealdade. Trata-se de reconhecimento e cuidado, de acesso e pertencimento. Profissionais de marketing tendem a pular direto para a transação - O que temos que dar a eles para fazê-los agir? -, enquanto perdem os paralelos em seus próprios comportamentos. Por exemplo, você já deixou um comentário em uma plataforma de mídia social para uma pessoa famosa? Você já se gabou para um amigo que uma

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No metaverso? Ou na discoteca?

O marketing do offline para o online prova que a vida realmente é uma discoteca. Se o clube tiver uma reputação boa o suficiente, as pessoas suportarão a corda de veludo. Tudo o que você precisa fazer como segurança/anfitrião/gerente é garantir que o maior número possível de pessoas certas entrem, que elas se divirtam e queiram voltar.


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PEDRO PADIS

CEO e sócio da Gourmetzinho Alimentos pedropadis@hotmail.com

COLUNISTA

METACOMMERCE

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mersão, interatividade, NFTs, AR (realidade aumentada), VR (realidade virtual), criptomoeda, blockchain. Todas essas palavras-conceito, embora ainda pouco familiares ao grande público, têm ganhado cada vez mais atenção midiática por fazerem parte de um novo momento - para alguns, revolucionário - do desenvolvimento tecnológico. Considerado como o futuro da Internet e das interações digitais, o metaverso conflui diversas inovações técnicas e demandas comportamentais a fim de tangibilizar a tecnologia típica da esfera digital e o mundo físico. Apesar de já ter se tornado uma buzzword, o entendimento e a aplicabilidade do que constituiria, de fato, o metaverso, ainda são nebulosos. O termo alcançou ampla repercussão, ultrapassando o vocabulário da geração Z, apenas em outubro de 2021, quando o Facebook anunciou seu compromisso com a construção desse novo mundo digital e, por isso, mudaria o nome da holding que abriga a rede social para Meta. Na ocasião, Mark Zuckerberg descreveu o metaverso como "a próxima evolução das interações sociais". Contudo, a ideia não é assim tão disruptiva, principalmente para jogadores assíduos de plataformas como Fortnite ou Roblox; e, até mesmo, o mais conhecido Second Life, que também mantém um mundo digital semelhante ao metaverso há algumas

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décadas. Justamente, o termo metaverso foi cunhado por Neal Stephenson em seu romance de 1992 “Snow Crash”, que retratava um lugar onde as pessoas usam fones de ouvido de realidade virtual para interagir em jogos digitais. O caráter abstrato e hodierno do novo universo digital se reflete nos resultados do último relatório divulgado pela agência global de marketing Wunderman Thompson, em que apenas 38% dos consumidores estão familiarizados com o conceito de metaverso. No entanto, o desconhecimento acerca das nomenclaturas e tendências que regem o movimento de ultradigitalização não impede que o público e, principalmente, os consumidores, usufruam das novas ferramentas digitais que compõem o que hoje entende-se por metaverso. Mesmo com as empresas ainda ensaiando iniciativas, potencialidades e impactos, já é possível vislumbrar a concepção da próxima fronteira da economia digital. E o ecommerce, é claro, não poderia deixar de liderar esse processo. À medida que a tecnologia e a adoção de tecnologias aumentam, a tendência é que novos recursos que mesclam compras offline e online sejam desenvolvidos. Em especial, a crescente popularidade da realidade aumentada faz com que consumidores se sintam mais confiantes na qualidade e adequação dos produtos antes da compra, agregando conveniência e apro-


Atuando desde 2010 com mercado digital, e-commerce e omnichannel, Pedro Padis é, atualmente, CEO e sócio da Gourmetzinho Alimentos, empresa especializada em alimentação infantil congelada. Com histórico de head de e-commerce do Grupo Aste, coordenou grandes operações de marcas globais como New Balance, Kipling e Diesel. Ainda traz denso background em varejo, tendo passagem pelo Dia e Walmart.

ximação com a marca, além de, do ponto de vista prático, reduzir a porcentagem de devoluções e trocas. Ao responder a uma crescente e inerente demanda dos consumidores, a personalização de produtos e serviços também deve ser explorada pelo metaverso. As novas tecnologias permitirão que as marcas ofereçam aos compradores uma experiência digital única, intuitiva, imersiva e imediata. Será uma oportunidade para aprimorar o conhecimento sobre as audiências e aplicar uma abordagem genuinamente customer centric, aproveitando a disponibilidade de dados.

taverso na plataforma de jogos Roblox com os produtos já disponíveis no mercado e futuras soluções de mobilidade. O espaço virtual compartilhado coletivamente permite que os usuários conheçam e experimentem os veículos da marca e personalizem seus avatares. Como o primeiro conteúdo de experiência virtual no Roblox desenvolvido por uma automotiva, indústria tradicionalmente considerada mais resistente a mudanças, o Hyundai Mobility Adventure é direcionado a jovens consumidores experientes em explorar os mundos virtuais, visando a construir relacionamentos duradouros, com foco em fidelização.

Oportunidades para todos Em um momento em que o apelo e o número de lojas físicas estão em declínio, soluções têm sido desenvolvidas a fim de acelerar as experiências de compras imersivas. Em dezembro, a Disney registrou uma patente para o desenvolvimento de um “simulador de mundo virtual”, que reproduz um dos parques temáticos da empresa em um reino 3D. Os usuários poderão, então, se deslocar ao longo de experiências virtuais 3D, individualizadas, e altamente imersivas, sem precisar de um dispositivo de realidade aumentada. O CEO da gigante de entretenimento, Bob Chapek, confirmou o plano da empresa de criar seu próprio metaverso: “Nossos esforços até agora são apenas um prólogo para um momento em que seremos capazes de conectar os mundos físico e digital ainda mais de perto. Esperamos criar oportunidades incomparáveis para os consumidores experimentarem tudo o que a Disney tem a oferecer em nossos produtos e plataformas, onde quer que estejam”, contou o executivo. Dois meses antes, em outubro, a Hyundai lançou o Mobility Adventure, um espaço me-

"Em especial, a crescente popularidade da realidade aumentada faz com que consumidores se sintam mais confiantes" À primeira vista, iniciativas do mercado alimentício podem parecer incompatíveis com o universo digital, mas é hora de expandir as barreiras e a imaginação. Recentemente, a Coca-Cola firmou uma parceria com a empresa de avatares Tafi para o desenvolvimento dos primeiros NFTs da marca. Para celebrar o Dia Internacional da Amizade, uma caixa foi leiloada no OpenSea - maior marketplace de tokens não fungíveis da atualidade -, contendo roupas digitais compatíveis com o mundo virtual Decentraland. Pouco depois, a rede americana Wendy’s lançou uma metacampanha orgânica para promover seus hambúrgueres quando a plataforma de jogos Fortnite anunciou uma

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disputa entre os membros do Team Pizza e do Team Burger. O Team Burger armazenou sua carne em freezers, mas “Wendy's não faz carne congelada!" - como diz o jargão da marca. Então, a marca criou um avatar no Twitch, entrou no jogo e começou a destruir freezers de hambúrguer. Por nove horas, Wendy’s destruiu freezers de hambúrgueres dentro do Fortnite, promovendo a missão no Twitter e convidando os jogadores a participarem do que se tornou uma das campanhas com mais alto nível de engajamento da marca nos últimos anos. No que tange ao consumo digital, pesquisas de mercado conduzidas pela renomada Forrester mostram que consumidores estão dispostos a pagar até 40% a mais por um produto que pode ser testado em 3D. A questão fica ainda mais clara em um estudo recente divulgado pela Shopkick: 70% dos consumidores classificam a capacidade de experimentar, tocar e ver produtos físicos como sua parte favorita das experiências de loja. E o metaverso tem o potencial de suprir essa demanda, enriquecendo a jornada do cliente no e-commerce. À medida que marcas e indivíduos avançam em direção ao metaverso, mudanças na forma de interação digital estão criando canais inovadores de conexão com os consumidores. Mesmo nos primórdios do futuro da Internet, já surge o chamado de Direct-to-Avatar Commerce. O modelo Direct-to-Avatar (D2A) refere-se a negócios emergentes que vendem produtos e serviços diretamente para avatares - ou identidades digitais -, ignorando qualquer gerenciamento da cadeia de suprimentos, como dropshipping ou last mile delivery. A tendência é de que o D2A remova mais camada de atrito que ainda existe entre marcas e consumidores. Alguns futuristas mais otimistas afirmam que os produtos digitais se tornarão a norma, e os criadores de conteúdo poderão monetizar

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seu trabalho de maneiras ainda inimagináveis. Para Mark van Rijmenam, conhecido como The Digital Speaker e especialista em tecnologia, até 2030, o D2A terá superado os modelos de negócios B2C. Para as gerações mais jovens, não há dúvida. De acordo com uma pesquisa da Harris, 48% dos millennials e 38% da geração Z acham que o metaverso fará parte de suas vidas diárias nos próximos dez anos. Além disso, 51% dos millennials e 37% da geração Z acham que ter ativos que existem exclusivamente no mundo digital é uma despesa justificada. As expectativas dos nativos digitais parecem claras: o metaverso representa o futuro, tanto para as jornadas do cliente quanto para as experiências de “segunda vida”. Não só aceleradas pela pandemia de Covid-19 e pela crescente demanda dos jovens consumidores, as tecnologias que deram início e permitirão a expansão do metaverso devem começar a desempenhar um papel cada vez mais crucial na experiência e jornada do e-commerce. A adaptação aos novos hábitos e padrões comportamentais dos consumidores será tão importante no mundo digital quanto no físico. Conquistar o metaverso é irreversível.


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//QUALIDADE

A IMPORTÂNCIA DE PROCESSOS INTERNOS E QUALIDADE EM EQUIPES DE E-COMMERCE DE ALTA PERFORMANCE

V

ivemos um tempo de grande evolução no e-commerce, o que demanda, cada vez mais, a qualidade de produtos e processos dentro das companhias, principalmente visando à automação de testes com o objetivo de diminuir os esforços repetitivos, agregando assim mais valor ao produto. Mas será que a função desse setor só está ligada de fato à validação de tarefas e à automação de testes? Precisamos desmistificar ainda mais as execuções das pessoas envolvidas nesse pilar e cada vez mais estimular que essas pessoas desenvolvam um olhar mais crítico voltado para a experiência do usuário, a regra de negócio da operação e a melhoria de processos internos, garantindo assim que cada figura que representa a qualidade de software seja de fato, junto com o gerente de produto, um parceiro de negócio do cliente. É imprescindível que esse nível

DIEGO CAMURI

Project Lead na Digital Hub

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de atuação cause um valor inestimável tanto para o cliente quanto para a companhia. Este artigo é destinado principalmente às pessoas que fazem parte de uma estrutura organizacional que tenha a figura da qualidade inserida ou tenham alguma dúvida de qual a importância desse pilar em um fluxo de e-commerce. Antes de mais nada, é importante apenas frisar que a qualidade e o sucesso do produto não dependem exclusivamente da equipe de qualidade. Essa é uma função e cooperação de todas as funções. Mas, afinal, qual é o papel da qualidade dentro de uma equipe? Parece óbvio, mas nem sempre é o caso em todas as perspectivas. Para discorrermos sobre esse assunto, faz sentido primeiramente enxergarmos muito além do óbvio. O intuito deste artigo não é


falar sobre o bê-á-bá de realizar validações ou criar testes automatizados, mas sim abordar as ações que, se bem feitas, entregam um valor inestimável. Como todas as áreas, existem as pessoas que querem se tornar especialistas no assunto e se formarem como um ponto focal técnico do setor. Mas costumo dizer que as pessoas que estão inseridas dentro do pilar da qualidade em uma companhia, se forem ousadas, curiosas e questionadoras, conseguem alcançar resultados muito mais expressivos. Nesta altura da leitura, você deve estar se perguntando: o que é o óbvio e o que vai além do óbvio? O óbvio é entender que a última figura da esteira de desenvolvimento é a qualidade, e que a qualidade não está ligada só à validação de especificações levantadas. Além do óbvio é saber que a qualidade tem o conhecimento de todos os processos anteriores da companhia, tem informações do início ao fim de todas as demandas do produto e, além disso, está aderente à regra de negócio do cliente.

Então, o que nos impede de fomentar a provocação para que a equipe de qualidade comece a questionar os processos da companhia, tenha curiosidade para procurar formas de trazer uma melhor experiência para o usuário ou seja ousada para propor novas melhorias? O objetivo de termos essa figura inserida em uma equipe de e-commerce é entendermos que podemos trazer significantemente mais conformidade à operação e uma experiência do usuário garantida, obtendo assim o sucesso da melhoria contínua. Com a experiência que tenho vivido nos últimos anos atuando na área, e diante de tudo que foi dito sobre o pilar de qualidade, devemos dar oportunidade e autonomia para que times de qualidade tenham plena convicção e confiança de propor qualquer tipo de melhoria. É importante ressaltar que a qualidade e a melhoria contínua estão presentes em todas as vertentes. Inclusive, dentro dos nossos processos internos e nas nossas plataformas de vendas!

Diego Camuri é graduado em Engenharia de Produção pela USF Campinas, possui mais de cinco anos de experiência com qualidade de software e atualmente é Project Leader na Digital Hub, uma das principais empresas da América Latina certificadas pela Adobe como Adobe Solution Partner para implantação e manutenção de projetos na plataforma.

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//TENDÊNCIAS, VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS

FELIPE MENDES

General Manager Latam da GFK COLUNISTA

VENDER TELEVISÃO OU PUBLICIDADE, EIS A QUESTÃO!

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m 2012, a Best Buy, maior varejista americana de eletroeletrônicos, começou a sofrer os efeitos do “showrooming”, aquela condição na qual os potenciais compradores visitam uma loja física, conhecem o produto e obtêm mais informação, porém depois fazem a compra no e-commerce, buscando melhores preços. Houve muita discussão interna sobre como sair daquela situação, a qual estava corroendo as margens e o lucro da varejista: se em 2012 o lucro caiu pela metade, em 2013 e 2014 se converteu em prejuízo. Em 2015, a varejista viu seu lucro retornar a patamares similares aos de 2011, em um dos turnarounds mais estudados pelo varejo, sob a estratégia “Renew Blue”. Entre as diversas ações, talvez a de maior impacto para os potenciais compradores foi assumir esse papel de “showroom”. Através de treinamento, engajamento e digitalização das equipes de loja (“Blue Shirt Team”), além da criação de diversas “store in store” e a aceleração

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da oferta de serviços como o “Geek Squad“, as lojas se tornaram lucrativas novamente. O slogan da empresa, de 2013 a 2018, se tornou “Expert Service. Unbeatable Price”. No entanto, há uma parte fundamental da história que nem sempre se discute: a negociação entre o CEO da Best Buy e o presidente da operação americana da Samsung. O argumento de Hubert Joly, presidente da varejista Best Buy à época, é que a experiência dos potenciais compradores com os produtos da Samsung dentro das lojas era tão positiva, que gerava vendas adicionais não apenas na própria loja ou nos canais online da Best Buy, mas também em outros varejos. Para provar o fato, Hubert forçou a retirada de produtos da marca Samsung em algumas regiões dos Estados Unidos, e a Samsung viu suas vendas caírem também nos outros varejistas daquelas regiões. Com os resultados em mãos, ambas as empresas se sentaram


Atuou em empresas de bens de consumo, como Phillip Morris, Mondelez e Unilever, no Brasil, Chile e México, até a posição de Diretor de Marketing. Em consultorias de data analytics, como a GfK, vem liderando empresas e unidades de negócio desde 2008, especializando-se em realizar processos de turnaround comercial, operacional e financeiro, bem como integração de empresas adquiridas. Felipe é membro do YPO (Young Presidents Organization) desde 2014 e atua em Conselhos de Empresas e Associações, além de palestrante frequente em eventos de tecnologia, varejo e comércio eletrônico, sendo investidor de startups nesses segmentos.

para negociar um novo modelo de remuneração e colaboração, o qual corroborou a nova estratégia da Best Buy, na qual os fees de mídia passaram a representar uma parte substancial do seu lucro. Dez anos depois, acordamos com a seguinte notícia: a Amazon já é a terceira mídia digital que mais recebe investimentos no mundo, atrás apenas dos ecossistemas Google e Facebook (na América Latina, o Mercado Livre ocupa essa mesma posição). A receita com publicidade da Amazon em 2021 foi de impressionantes US$ 31 bilhões, com um crescimento de 32% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. No ano, o crescimento foi de 50% (similar ao aumento de 2020 contra 2019), e a expectativa de mercado é que cresça outros 30% em 2022. Usando números dos Estados Unidos, a Amazon recebeu imbatíveis 78% do investimento em publicidade no varejo, apesar de ser responsável por “apenas” 41% da receita de vendas do e-commerce americano, demonstrando a força que o tráfego de clientes tem para a geração de vendas de publicidade (ou “Ads”). Essa dominância na receita de mídia está sendo desafiada por outros varejistas, como o Walmart (5% do investimento), Instacart (2%), Kroger e Walgreens, entre outros, que estão profissionalizando suas estruturas de comercialização de publicidade, bem como desenvolvendo “analytics” para demonstrar o retorno de investimento aos anunciantes, fechando o círculo virtuoso da mídia de varejo. Os varejistas perceberam que essa jornada é mais complexa do que parece, já que demanda habilidades muito diferentes das que uma empresa tipicamente de varejo desenvolve,

seja em recursos humanos, operações ou tecnologia. Mesmo na Amazon, os US$ 31 bilhões representaram pouco menos de 7% da receita em 2021. Portanto, é de se imaginar que houve muitas discussões internas, com frases como “vamos manter o foco em serviço”, “publicidade não é o nosso negócio” e tantas outras típicas “bloqueadoras de inovação”. Vale a pena comentar que, na outra ponta, a Amazon se tornou o maior anunciante global em publicidade em 2021, tendo crescido 55% em investimentos em relação a 2020, chegando a US$ 17 bilhões (a segunda colocada, P&G, investiu US$ 8 bilhões). É curioso observar que a Amazon investiu um pouco mais da metade do que recebeu como publicidade de outros anunciantes, e o crescimento, tanto em investimento como em receita de mídia, subiu em patamares similares, próximos a 50%. Será que esse foi um acordo com as áreas de marketing e comunicação da gigante, algo como “a verba de publicidade desse ano será metade do que recebermos de receita com publicidade”? Ainda que seja um pensamento fictício, pode ser um desafio interessante a ser lançado para a área de marketing do seu e-commerce. Quais as razões para o sucesso da “mídia no varejo”? Há três frases que resumem bem esse sucesso, sendo todos movimentos que se aceleraram nos últimos dois ou três anos: 1) Uma frase icônica entre as pessoas de mídia: “Money follow eyeballs” ou, em tradução livre, “O investimento em mídia estará onde houver mais ‘pupilas’”. A mídia de varejo busca não apenas pupilas, mas também dedos (cliques) e cartões de crédito. Esse

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//TENDÊNCIAS, VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS

tráfego de “pupilas” já começa inclusive a ser chamado de “audiência” pelo mercado, tendo crescido enormemente com a aceleração dos marketplaces, em especial no Brasil; 2) Outra frase muito usada em mídia: “Half of my advertising spend is wasted; the trouble is, I don't know which half ”, que pode ser traduzida como: “Sei que metade do meu investimento em mídia não surte efeito, só não sei que metade é essa”. Com a crise econômica global reduzindo os investimentos em mídia, reforçou-se a importância da “mídia de performance”. No varejo, atribuir crescimento de vendas diretamente ao investimento feito naquele e-commerce é a “nirvana” dos diretores financeiros. O ciclo completo se resolve; 3) Finalmente, uma frase que não é originalmente de mídia, mas que cada vez mais se torna parte do vocabulário: “Data is the new oil”, que literalmente significa “Dados são o novo petróleo”, em alusão à riqueza que ter dados pode gerar às empresas. Especificamente em relação à mídia, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), associada às novas regras para “cookies”, aumentou muito a atratividade de empresas que possuem dados “primários”, isto é, conseguidos diretamente com os seus usuários, compradores ou consumidores em suas “propriedades”. Um estudo realizado nos Estados Unidos, com anunciantes de marcas de bens de consumo rápido, comprova a relevância dos atributos acima mencionados, porém vale destacar que os anunciantes estão valorizando tanto a quantidade de gente que visita aquele site (“traffic scale”) como a qualidade desse tráfego. Por qualidade entende-se não apenas o poder de compra do target, mas também a possibilidade de se realizarem campanhas para targets específicos (“audience targeting capability”). Algo para se pensar é que marketplaces verticais, apesar

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de menor tráfego, podem ter bastante valor para alguns anunciantes pela especificidade do target. Outra discussão central é a capacidade da mídia de varejo de “construir marca” ou se é apenas uma “mídia de performance”. As respostas do estudo reforçam que o maior foco atual está em performance, pois, quando os anunciantes americanos foram perguntados sobre os formatos de mídia que compraram, o foco ainda foi direcionado à “base do funil”, com anúncios/mensagens quando o comprador busca produtos, ou simplesmente a entrega de “banners” e vídeos de produtos nas páginas de compra. Essa estratégia é derivada, por um lado, do comportamento do e-shopper: dados do Mercado Livre apontam que quase 80% das buscas de produtos são “genéricas”, isto é, digita-se “computador” para se iniciar uma jornada de compra. Imagine tudo o que pode ser influenciado nesse processo, seja marca, utilidade (gaming?), características (placa de vídeo? memória) e, óbvio, crédito. Mas vale observar a compra de anúncios dentro das TVs conectadas (CTV video ads). Há uma forte parceria, recentemente renovada, entre Amazon e Roku para gerar anúncios da Amazon em TVs Roku, por exemplo. Nota-se que trazer “conteúdo” para o “varejo” é um caminho sem volta, e temos no Brasil exemplos interessantes, como a compra do “Jovem Nerd” e “Canal Tech” pelo Magalu, ainda que a referência do setor seja a Amazon, com IMDb, Twitch, Prime Video, Music, Kindle, Audibles e tantos outros. O que fica claro nesse movimento é que as clássicas definições de “canal de vendas” e “canal de mídia” ficaram absolutamente obsoletas, e esse fato tem enorme impacto dentro das indústrias e dos varejos, já que


negociar vendas de produtos (“GMV”) não é o mesmo que “espaços” de mídia (“Ads”), como já comentei. Para exemplificar, pensemos que, até há poucos meses, quem falava com o varejista de e-commerce era um diretor ou gerente de vendas. Algumas indústrias já contavam com gerentes de trade marketing digital, mas o foco ainda era bastante básico (pagar para “aparecer” antes ou melhor, por exemplo). O investimento no “canal” era feito, portanto, por uma mesma pessoa/área, e quem recebia a verba era uma mesma pessoa/área. Já em 2022, se faz necessário um alinhamento entre marketing, trade marketing e vendas dentro das empresas: em que produto vamos dar foco nesse varejista? Qual investimento que faremos em preço e em exposição? Quanto moveremos sessões de live commerce ou outros formatos que a área de Ads propuser? Como iremos medir a lucratividade desse varejista para a nossa empresa? Como remunerar a agência de publicidade? Do lado do varejo, o “espelho” também ocorre: qual cliente mais me interessa? Aquele que vende mais produtos (que tem uma margem menor), aquele que usa mais meus outros serviços ou aquele que investe mais verba de mídia (que proporciona margens muito maiores)? Imaginaram os conflitos? Colocando alguns números sobre a mesa da sala Na GfK, medimos não apenas as vendas de produtos eletroeletrônicos no varejo, mas também o comportamento dos consumidores, suas jornadas de compra. Para este texto, fui atrás das vendas de dez categorias de produtos durante 2021: telefone celular, televisão, máquina de lavar, fogão, geladeira, aspirador de pó, micro-ondas, laptop,

máquina de café e tablet. Elas somaram algo mais de 93 milhões de unidades, das quais aproximadamente 39 milhões foram vendidas em e-commerces. Como sabemos que, em média, apenas 3% das visitas dos sites geram vendas, com uma conta simples, ainda que cheia de viés, posso assumir que tivemos 1,3 bilhão de visitas durante 2021 procurando essas dez categorias... 1,3 bilhão de pessoas que poderiam ter sido “monetizadas” com publicidade. Uau!!! Mas como a conta acima pode nos deixar deprimidos com tanto dinheiro perdido, falarei apenas dos compradores: entre os 93 milhões que compraram produtos, sem importar o canal, 65 milhões fizeram alguma pesquisa sobre produto “na Internet”. Ou seja, não estou falando aqui de gente que entrou apenas para se divertir e nunca comprou, mas reais compradores que estiveram em propriedades online - portanto, mais atentos a anúncios, banners, vídeos ou campanhas integradas. Desses 65 milhões que fizeram pesquisa na “Internet”, impressionantes 21,8 milhões procuraram informações de produto em sites de varejistas, e sabemos que em mais de um varejista, várias vezes... Esse número é um pouco maior do que os 21,6 milhões que foram a sites de marcas e não muito longe dos 25,2 milhões que buscaram informação em sites de “review”! Isso significa que o potencial já está latente também no Brasil, quando pensamos em hábitos de compra dos e-shoppers. O que o futuro nos traz? Além dos movimentos já antecipados, como a tentativa de gerar formatos que ajudem a construir marca ou que atuem mais no topo do funil, vale destacar três movimentos:

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//TENDÊNCIAS, VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS

1) A competição no varejo brasileiro é muito mais balanceada do que no americano, o que nos leva a crer que cada grande player tentará desenvolver formatos mais interessantes para investir, incluindo aquisição ou parceria de conteúdo, mas também plataformas comerciais mais integradas, isto é, alinhar ações de “GMV” (promoções, modelos exclusivos) com Ads” (live commerce, influenciadores, lançamentos de produto); 2) Além dos anunciantes “endêmicos”, ou seja, aqueles que anunciam e vendem no mesmo site, o tamanho e a qualidade da audiência dos grandes marketplaces permitirão que vendam seus dados para outras empresas, sejam agências especializadas em negociar mídia usando esses dados, ou mesmo a realização de parcerias com marcas, para geração de insights e campanhas altamente segmentadas. Por que não usar os dados de quem compra pneus, mas também assina canais de esportes e compra vinhos caros, para gerar anúncios de automóveis de luxo? 3) O metaverso parece ser um caminho natural para essa integração de conteúdo, publicidade e vendas. Quanto mais tempo mantenho a audiência comigo, mais publicidade posso entregar e mais reação comercial posso esperar, seja no meu próprio ambiente, seja em outros. Não deve ser surpresa, portanto, o aparecimento de muitas iniciativas de varejo e marcas, em conjunto, aproveitando inclusive a capacidade que o 5G trará para os lares. Essa visão também nos ajuda a entender por que o Facebook, líder do social commerce, revisou sua estratégia em direção ao metaverso. É óbvio que o e-commerce médio precisa encontrar seu espaço nesse jogo... e rápido. Ainda que implementar essa estratégia pareça algo complicado, o bonito de se trabalhar com tecnologia é que sempre apa-

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rece alguma startup para “resolver as dores do mercado” e, nesse caso, já começaram a aparecer empresas que ajudam o médio varejista a monetizar suas audiências. Mas talvez ainda mais importante é ter a consciência de que vender publicidade pode gerar de quatro a cinco vezes mais margem do que vender produtos. Portanto, ainda que possa existir um investimento inicial, ele poderá trazer retorno mais rápido do que outras iniciativas comerciais. Único ponto de atenção, em qualquer investimento digital: comece pequeno, teste muito e depois escale. Finalmente, algo para se estar bastante atento: algumas práticas comerciais poderão ser revisitadas nesse processo de desenvolvimento de mídia, como o portfólio de marcas e produtos que você oferece. Por exemplo, não bastará contar apenas com produtos “que se vendem sozinhos”, já que com esses você talvez não consiga ganhar dinheiro com publicidade do fabricante. Ao mesmo tempo, é lógico que se você não tem esses produtos de alta procura, não terá tráfego... Fica claro que haverá a necessidade de se tomar decisões que guiem os algoritmos do seu site na direção desejada, em vendas e publicidade. Mas quem fará isso? O coordenador de mídia ou o gestor do e-commerce? Bom, aí já é uma decisão para você tomar, mas espero que tenha sentido aquele calafrio bom no estômago, típico de oportunidade quando aparece.


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//LEITURA EM DIA

DICAS DE LEITURA Por Vivianne Vilela Diretora Executiva do E-Commerce Brasil vivianne.vilela@ecommercebrasil.com.br

HÁBITOS ATÔMICOS: UM MÉTODO FÁCIL E COMPROVADO DE CRIAR BONS HÁBITOS E SE LIVRAR DOS MAUS - JAMES CLEAR

Um dos mais expoentes especialistas na criação de hábitos desenvolveu, a partir de conceitos comprovados da biologia, psicologia e neurociência, um guia descomplicado para tornar os bons hábitos inevitáveis e os maus, impossíveis.

SOCIEDADE DO CANSAÇO - BYUNG-CHUL HAN

Os efeitos colaterais do discurso motivacional. O mercado de palestras e livros motivacionais está crescendo desde o início do século XXI e não mostra sinais de desaquecimento. Religiões tradicionais estão perdendo adeptos para novas igrejas que trocam o discurso do pecado pelo encorajamento e autoajuda. As instituições políticas e empresariais mudaram o sistema de punição, hierarquia e combate ao concorrente pelas positividades do estímulo, eficiência e reconhecimento social pela superação das próprias limitações. Byung-Chul Han mostra que a sociedade disciplinar e repressora do século XX descrita por Michel Foucault perde espaço para uma nova forma de organização coercitiva: a violência neuronal. As pessoas se cobram cada vez mais para apresentar resultados - tornando-as vigilantes e carrascas de suas ações. Em uma época em que poderíamos trabalhar menos e ganhar mais, a ideologia da positividade opera uma inversão perversa: nos submetemos a trabalhar mais e a receber menos. Essa onda do "eu consigo" e do "yes, we can" tem gerado um aumento significativo de doenças como depressão, transtornos de personalidade, e síndromes como hiperatividade e burnout.

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A VIDA NÃO É ÚTIL - AILTON KRENAK

Para o líder indígena, “civilizar-se” não é um destino. Sua crítica se dirige aos “consumidores do planeta”, além de questionar a própria ideia de sustentabilidade, vista por alguns como panaceia. A vida não é útil reúne cinco textos adaptados de palestras, entrevistas e lives realizadas entre novembro de 2017 e junho de 2020.

A QUEDA DO CÉU - DAVI KOPENAWA E BRUCE ALBERT

Um grande xamã e porta-voz dos Yanomami oferece neste livro um relato excepcional e, ao mesmo tempo, um testemunho autobiográfico, manifesto xamânico e libelo contra a destruição da floresta Amazônica. Publicada originalmente em francês em 2010, na prestigiosa coleção Terre Humaine, essa história traz as meditações do xamã a respeito do contato predador com o homem branco, ameaça constante para seu povo desde os anos 1960. A queda do céu foi escrito a partir de suas palavras contadas a um etnólogo com quem nutre uma longa amizade - foram mais de 30 anos de convivência entre os signatários e 40anos de contato entre Bruce Albert, o etnólogo-escritor, e o povo de Davi Kopenawa, o xamã-narrador.

Fonte: Amazon.com

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//DROPS DO MERCADO OFERECIMENTO

Amazon | https://venda.amazon.com.br/

Equipes em todo o mundo inventam em nome de nossos clientes todos os dias para atender às suas necessidades de preços mais baixos, melhor seleção e serviços convenientes. Uma forma de garantir uma ampla seleção de produtos é por meio de pequenas e médias empresas em todo o mundo que vendem na Amazon.com e oferecem mais opções para os clientes. Seja qual for o tamanho do seu negócio, a Amazon é uma das maneiras mais rápidas de começar a vender seus produtos online. Decida o que você deseja vender, inscreva-se e comece hoje mesmo.

AMERICANAS Marketplace | www.americanasmarketplace.com.br

A Americanas Marketplace soma vitrines para você multiplicar. Nossa plataforma possibilita que parceiros vendam em quatro das maiores marcas da América Latina - a Americanas, a Americanas Empresas, o Submarino e o Shoptime -, que, juntas, recebem mais de um bilhão de visitas de 49 milhões de clientes. Aqui tem espaço para lojistas de todos os tamanhos, segmentos e experiências! Além disso, oferecemos soluções completas para impulsionar seu potencial: são serviços de crédito, publicidade, logística e conteúdos exclusivos em todos os formatos que levarão seu negócio cada vez mais longe.

Americanas Marketplace cria curso exclusivo sobre live commerce Trazido em primeira mão para o Brasil pela Americanas com a Americanas ao Vivo em junho de 2020, o live commerce não para de crescer. Por isso, movida a impulsionar cada vez mais as vendas e a visibilidade dos seus parceiros, a Americanas Marketplace lançou o curso exclusivo "Tudo que você precisa saber sobre a Americanas ao Vivo", com dicas sobre live commerce, suas vantagens e como se preparar para fazer uma live de sucesso, atrair a atenção do público e alavancar resultados. O conteúdo foi disponibilizado gratuitamente na área de Capacitação da Americanas Marketplace.

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Elo | www.elo.com.br/

A Elo é uma das principais empresas brasileiras de tecnologia de pagamentos, com portfólio diversificado de produtos e serviços. Com dez anos de mercado, tem mais de 180 milhões de cartões emitidos em parceria com mais de 30 emissores. Sua aceitação engloba 11 milhões de estabelecimentos em todo o País, além de 200 países e territórios, resultado da parceria com a Discover Global Network, marca global de pagamentos da Discover Financial Services. A Elo é reconhecida como uma das Melhores Empresas para Trabalhar, de acordo com o ranking Instituições Financeiras, do Great Place to Work 2020.

Como melhorar o índice de fraudes no e-commerce O e-commerce cresceu 19% em 2021, segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), e o aumento do consumo online também tem atraído mais tentativas de fraudes, conforme aponta o Índice de Confiança e Segurança Digital divulgado pela Sift. Para apoiar os parceiros em todas as etapas da jornada digital do consumidor, a Elo oferece um hub de soluções antifraude transacionais e de autenticação criado para o mercado brasileiro. O portfólio contempla todos os pilares de prevenção de fraudes, desde o onboarding digital até camadas de detecção e repressão/recuperação, com inteligência artificial para identificar comportamentos atípicos.

Infracommerce | www.infracommerce.com.br/

A Infracommerce é um ecossistema que oferece soluções modulares de e-commerce que garantem o melhor customer experience ao cliente final. Contamos com um portfólio de soluções, capaz de se adaptar e se integrar às suas demandas e com uma perspectiva omnichannel, a expertise em diferentes indústrias e clientes - como Nike, Dior, Pernod Ricard e Unilever -, tanto em projetos B2B como B2C e com a eficiência que a sua escala permite. Assim, garantimos a melhor entrega, porque acreditamos que a experiência do cliente não é feita de cada parte, ela depende de todas as partes.

Com tecnologia e experiência, a Infrapay aumenta em até 20% a conversão de seus clientes A vertical de meios de pagamento da Infracommerce, ecossistema modular que viabiliza a transformação digital de indústrias e varejo na América Latina, possui soluções flexíveis de pagamentos omni, crédito e prevenção à fraude para B2C e B2B que, além de alavancar as vendas, reduz em até 25% o risco de crédito e fraude. Com foco nas Indústrias, o Crédito Infrapay aumenta o potencial para vendas na cadeia de abastecimento, alonga prazos para lojistas, diminui riscos, melhora fluxo de caixa com pagamentos antecipados, além de acelerar a aprovação de crédito. Tudo isso contribui para uma jornada de compra mais segura, rápida e sem fricção. Infracommerce: sua estratégia, nosso ecossistema.

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//DROPS DO MERCADO OFERECIMENTO

Magazine Luiza | www.magazineluiza.com.br/

O Magalu Marketplace é um shopping virtual onde você pode aumentar as suas vendas. Sendo uma empresa de tecnologia aplicada ao varejo e reconhecida como uma plataforma digital com pontos físicos e calor humano, o Magalu tornou-se o e-commerce mais premiado do Brasil. Esse marketplace é uma excelente oportunidade de negócio para lojistas de todos os tamanhos criarem o seu canal de vendas digital. Além disso, dentro do ecossistema do Magalu estão outras plataformas como Época Cosméticos, Netshoes, Zattini e Estante Virtual. Venda no Magalu Marketplace!

Pagar.me | https://pagar.me/

O Pagar.me é uma plataforma de serviços financeiros digitais que possibilita ao seu e-commerce aceitar cartão de crédito, boleto bancário, voucher online e Pix com segurança e transparência. Sua tecnologia proprietária entrega estabilidade e as mais altas taxas de conversão de pagamentos, além de ferramentas voltadas para o aumento das suas vendas, como Compra Com Um Clique e Retentativa de Pagamentos e, ainda, um suporte 100% humano para fazer o seu negócio crescer!

Vendas ao vivo no e-commerce: Irroba e Pagar.me lançam Shop Streaming O produto de Shop Streaming da Irroba, plataforma de e-commerce, lançado com o apoio do Pagar.me, promete suprir a falta do contato humano no e-commerce. O objetivo da solução é oferecer a possibilidade de o cliente entrar em contato com um vendedor, ao vivo, e ver de perto os produtos que deseja adquirir. A tecnologia conta com um sistema de inteligência artificial. Assim, os vendedores poderão identificar se o seu atendimento está conquistando ou não o cliente. A novidade não para por aí: a finalização da compra pode ser realizada diretamente na chamada de vídeo, por meio de tecnologia viabilizada pelo Pagar.me.

Voxus | https://www.voxus.com.br/

A Voxus é uma empresa de tecnologia focada no processamento de dados e desenvolvimento de algoritmos inteligentes para otimização de vendas com banners para e-commerces. Operando dados de mais de 60 milhões de brasileiros mensalmente, a Voxus ajuda e-commerces de todos os tamanhos e setores a aumentarem suas vendas através de mídia programática, inteligência artificial e com um time de atendimento especializado em sucesso do cliente. Teste grátis a tecnologia de mídia programática líder em e-commerces no Brasil.

Área de Parcerias: um time todo focado na experiência das agências A Área de Parcerias foi construída para oferecer aos parceiros da Voxus experiências inovadoras e colaborativas. O propósito do time é ajudar as agências a solucionar desafios existentes e desenvolver as melhores soluções para o negócio, estreitando união e parceria. Por isso, o ponto focal procura expandir conhecimentos, tendências e alcançar objetivos estratégicos através da tecnologia Voxus. O time está comprometido em ampliar o portfólio das agências e construir resultados extraordinários para os clientes, e acredita na geração de valor através de aprendizados, por isso leva aos parceiros treinamentos, benefícios exclusivos, conteúdos, mimos e muito mais.

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//DROPS DO MERCADO

Adiq | www.adiq.com.br

Adiq é uma adquirente autorizada pelo Banco Central do Brasil e licenciada pelas bandeiras. Atua na captura, processamento, registro e liquidação de transações eletrônicas no mundo físico ou digital. Com o objetivo de simplificar a indústria de meios de pagamento, vem construindo uma relação de confiança com o mercado criando em conjunto soluções de pagamentos customizadas para seus clientes. Pioneira na adquirência como serviço e fornecedora de plataforma para subadquirentes, a Adiq também tem em seu portfólio ferramentas para e-commerce e marketplaces atuarem de forma segura e automatizada.

Admitad | https://affiliate.admitad.com/pt/site/

A Admitad é um hub de tecnologia que oferece parcerias de longo prazo, monetização e oportunidades para geração de tráfego e vendas para todos os participantes do mercado de performance através de suas soluções.

Performance com influenciadores - A Admitad Affiliate consegue te ajudar O mercado que quer trabalhar com influenciadores de forma estruturada deve obedecer duas interações: com o público-alvo, o qual se quer interagir; e com os influenciadores, que têm a audiência a ser impactada. A Admitad Affiliate é uma rede de afiliados que faz o intermédio entre grandes marcas, os anunciantes, que querem incrementar seus resultados no digital, e afiliados, que querem monetizar seus canais e tráfegos, assim como influenciadores. Diversos parceiros da rede são especialistas e podem cooperar, considerando os objetivos e as restrições de cada campanha. E a melhor parte: a rede te auxilia em cada etapa.

Adobe Experience Cloud | www.business.adobe.com

Adobe Commerce faz parte das soluções de marketing digital da Adobe Experience Cloud, que permite o gerenciamento de conteúdo, personalização e análise de dados para criação de experiências digitais. Com a integração em todo o ecossistema da companhia, incluindo tecnologias como inteligência artificial e machine learning, a Adobe Commerce é a plataforma mais completa do mercado. Assim, a Adobe está mudando o mundo por meio de experiências digitais.

Natural da Terra fideliza clientes on e offline O Natural da Terra desenvolveu um e-commerce próprio em tempo recorde com a Adobe Commerce. O projeto tinha o objetivo de trazer diferenciação e suprir uma nova demanda de vendas no setor de alimentos frescos. Operando numa arquitetura complexa e flexível e saindo do marketplace, a implementação da nova plataforma trouxe um grande aumento no volume de dados e algoritmos, e a companhia passou a utilizar tais informações para aprimorar seus serviços, como garantir maior facilidade para o cliente com slots de entregas, entregas agendadas e retirada na loja.

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Adtail | https://adtail.ag/

A Adtail é uma agência de marketing digital especializada em performance e inteligência de dados. Atua no digital entregando estratégias e resultados para marcas de diferentes segmentos, com serviços de Mídia Online, Business Intelligence, Produção Criativa, Conteúdo Digital, SEO e CRM. Nosso time é formado por profissionais certificados, especializados e estratégicos, movidos por fazer a diferença nas metas dos clientes. Planejamos e executamos ações com criatividade e expertise, oferecendo soluções adequadas a cada negócio, por meio de metodologias próprias de otimização de resultados.

Adtail se destaca com novas certificações e parcerias A Adtail, agência de marketing digital especializada em performance, vem reforçando suas parcerias e certificações com grandes veículos e plataformas do mercado com foco em tecnologia e inteligência de dados. Para serviços de CRM e Inbound Marketing, por exemplo, conta com selos de E-mail Marketing Specialist da Salesforce, um dos maiores softwares de gerenciamento de relacionamento com o cliente. Recentemente, a agência também se tornou Google Partner Premier 2022, status concedido a apenas 3% de todos os parceiros de marketing digital da empresa no Brasil.

Adyen | www.adyen.com/pt_BR/

A Adyen é a plataforma de pagamentos escolhida por muitas das principais empresas do mundo, fornecendo infraestrutura moderna ponta a ponta para eliminar barreiras e entregar a melhor experiência de compras para o consumidor em qualquer canal. A Adyen integra processamento, antifraude e adquirência, e abre a “caixa preta” de insights de dados para levar maiores taxas de conversão às empresas. Com escritórios em todo o mundo, a Adyen atende clientes como Uber, 99, Cabify, Magazine Luiza, Netshoes, Dafiti, Amaro e Azul Linhas Aéreas, impactando mais de 50 milhões de consumidores no Brasil.

Aleph Solutions | https://www.alephcrm.com/pt/home

Aleph Solutions é uma plataforma que ajuda as marcas a digitalizar e compartilhar seu catálogo de produtos com distribuidores atacadistas e varejistas a fim de impulsionar suas vendas online em vários mercados e sites de comércio eletrônico.

All iN | www.allin.com.br

All iN une dados e inteligência para ajudar as marcas a criar experiências personalizadas ao longo de toda a jornada de compra, otimizando investimentos em atração, aumentando as vendas e trabalhando a retenção e resgate de clientes.

Envie mensagens diretas e personalizadas para o seu cliente! Com o app Push da All iN, você tem três opções de envio no mobile: a tradicional, que são aquelas notificações sobre cupons e campanhas de ofertas que os seus consumidores não podem ficar sem saber; a transacional, para atualização de status de pedidos, logística de envio ou atendimento; e o Push Behavior, que utiliza as réguas pré-definidas, criadas a partir da inteligência da All iN, que capta dados de interação do cliente e possibilita uma experiência única e personalizada em cada fase da jornada. Com todas essas funções do app Push, você estará presente nos pequenos e grandes momentos que importam para o seu cliente.

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//DROPS DO MERCADO

Appmax | https://appmax.com.br/

A Appmax é uma plataforma que oferece soluções para maximizar as vendas online. Com uma infraestrutura altamente otimizada e 100% voltada para pagamentos online, a empresa oferece soluções que maximizam o resultado dos seus clientes, contando com a melhor taxa de aprovação do mercado. Aliando tecnologia e pessoas, a Appmax está desde 2018 ajudando seus parceiros a venderem mais e obterem um maior faturamento nos negócios.

Appmax lança integração com Nuvemshop para lojistas online Com o objetivo de ajudar empreendedores digitais a maximizarem seus resultados, a Appmax lançou recentemente sua integração com a Nuvemshop, possibilitando que lojistas que utilizam a plataforma possam contar com as soluções da empresa. A Appmax está constantemente implementando novas funcionalidades e melhorias para atender às demandas dos seus parceiros. A integração com a plataforma é mais uma novidade para quem ainda não processa seus pagamentos com a Appmax e deseja configurar sua loja online da Nuvemshop no sistema.

Atonit | https://atonit.com.br/

A Atonit é uma empresa de tecnologia em e-commerce, desenvolvedora da plataforma Atonit Marketplace Cloud, uma solução de gestão de marketplace que habilita o modelo de negócio marketplace para as operações de e-commerce B2B/B2C, oferecendo extensibilidade, velocidade de implementação e alto nível de configurações para atender a todas as necessidades do operador do marketplace, bem como uma gestão completa para o seller. Sua equipe de especialistas soma experiências no mercado de e-commerce nacional e internacional, tanto no desenvolvimento quanto em consultoria de negócios há mais de 15 anos.

Awin | www.awin.com/br

Parte do grupo Axel Springer, a Awin é uma rede global de afiliados. Com a ShareASale e affilinet, o grupo Awin é composto por 15 escritórios no mundo todo, mil funcionários, cem mil afiliados contribuintes e 13 mil anunciantes, conectando consumidores com marcas em mais de 180 países ao redor do mundo. Operando nas verticais de varejo, telecomunicações, viagens e finanças, a Awin gerou 13.6 bilhões de euros em receita para seus anunciantes e 607 milhões de euros para os seus afiliados no último ano fiscal.

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BaseLinker | https://baselinker.com/pt-BR/home/

Integre e automatize o fluxo de trabalho do seu e-commerce com a BaseLinker. Sua tecnologia de 15 anos chega ao Brasil para facilitar a vida do pequeno ao grande varejista - totalmente em português, com vendas e suporte local. São mais de 15 mil clientes conectando seus negócios através das mais de 400 integrações com marketplaces, plataformas de e-commerce, transportadoras, e outras ferramentas para ajudar na sua rotina. Além de aproveitarem todos os benefícios das infinitas possibilidades que as automações podem proporcionar para que foquem cada vez mais naquilo que importa - crescer!

Bis2Bis | www.bis2bis.com.br

A Bis2Bis é líder em desenvolvimento de lojas virtuais B2B, B2C e B2E. Há mais de 13 anos, a Bis2Bis vem evoluindo sua tecnologia e serviços. Assim, nos tornamos a plataforma de e-commerce mais completa do mercado, garantindo todas as condições necessárias para assegurar que nossas lojas virtuais tenham a maior taxa de conversão. Com mais de 3.700 lojas implementadas, hoje temos orgulho de sermos considerados uma empresa de tecnologia de alto crescimento.

Ótima experiência de compra é fator essencial para vendas online de sucesso O segredo dos grandes e-commerces, na verdade, já está muito claro: oferecer a melhor experiência de compra para os seus clientes. Todas as lojas virtuais de sucesso têm como foco suprir as principais necessidades de seu público e entregar com eficiência e rapidez aquilo que ele procura. Pesquisas do Google apontam que experiências desagradáveis custam mais de R$ 300 bilhões por ano aos lojistas dos EUA e que 76% dos consumidores deixam de comprar online por buscas mal sucedidas. Na Bis2Bis, as lojas online são desenvolvidas a partir de um estudo minucioso sobre o mercado e o produto da marca. Assim, a plataforma consegue entregar a maior taxa de conversão do mercado para seus clientes.

Biso Digital | https://www.biso.digital/

A Biso é uma plataforma de Business Intelligence ativa para seu e-commerce, levando a informação até você no momento certo. O sistema é integrado com as principais plataformas de e-commerce, ERPs, Mídias Sociais, Marketing Clouds e Google Analytics, gerando insights automáticos de tudo aquilo que impacta diretamente no resultado da sua loja. São 15 anos de experiência no mercado digital transformados em uma solução que em poucos cliques geram análises prontas, exemplo: comportamento de compras - RFV, metas, antecipação de ruptura de estoque, vendas em marketplaces, entre outras. Teste já.

Biso aprimora seu algoritmo de inteligência artificial Na busca por otimizar resultados, a Biso tem se tornado referência quando o assunto é facilitar a tomada de decisão baseada no reconhecimento de padrões de dados. O aumento no investimento da área de data science resultou na melhoria do algoritmo de inteligência artificial, responsável por apontar os principais indicadores na melhoria da performance dos resultados de todas as campanhas digitais e na conversão de todas as páginas do seu site. Além disso, traz a possibilidade de entender quais oportunidades dos seus produtos podem ser exploradas e uma série de outras visões. Faça como Malwee, New Balance, Ibyte e outras dezenas de marcas: potencialize o seu e-commerce e agende uma demo já!

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//DROPS DO MERCADO

Bling | https://www.bling.com.br/home

O Bling é o ERP ideal para seu e-commerce. O sistema permite a emissão de notas fiscais eletrônicas, geração de boletos bancários, cobranças e propostas comerciais. Além disso, é integrado com sistemas de logística e com as maiores plataformas de e-commerce e marketplaces do país. São diversas ferramentas que possibilitam o controle total sobre vendas, finanças, estoque, produtos, clientes, pedidos, comissões de vendedores e muito mais. O Bling permite a organização e a gestão de seu e-commerce integrado à loja física com segurança e eficiência.

BoletoFlex | https://boletoflex.com/

A BoletoFlex é propulsora da liberdade financeira, oferecendo maior poder de compra e facilitando a democratização dos parcelamentos. Pioneira no pagamento digital parcelado, promove a inclusão permitindo que ainda mais brasileiros façam compras online com mais facilidade. Para a loja, a BoletoFlex oferece pagamento integral, assumindo todo risco de fraude ou inadimplência. A BoletoFlex constrói confiança em suas relações e desenvolve alternativas de pagamentos parcelados que colaboram para a transformação de vidas. Uma solução financeira flexível, ágil e ousada!

A evolução do BNPL para um parcelamento ainda mais acessível O mercado digital está em constante evolução e a BoletoFlex acompanha o movimento, sempre inovando com soluções que transformam a vida dos brasileiros através dos meios de pagamento. Um exemplo disso é a nova alternativa de parcelamento no boleto ou Pix sem juros para o consumidor final. Antes, a loja virtual contava com a possibilidade de parcelar suas vendas em até 24x sem cartão de crédito com uma taxa acessível e justa. E agora, além dessa opção, o lojista pode oferecer o parcelamento em até 5x sem juros para seus clientes. E a melhor parte é que é muito flexível, simples e seguro para o e-commerce!

Cedro | https://cedrotech.com/

A Cedro Technologies, há mais de 15 anos no mercado, atua com plataforma de atendimento e compliance, além de outras soluções para o mercado, com o propósito de transformar o complexo em simples, melhorando a vida das pessoas e organizações. Com o PEOPLE, ferramenta de atendimento omnichannel com Inteligência Artificial, a Cedro simplifica todo o processo de atendimento e entrega a melhor experiência para o cliente final. Com o Data Engine, a Cedro aprimora o processo de compliance e antifraude, com ferramentas como OCR e Face Match, reduzindo risco de fraudes e processos.

Data Engine, da Cedro Technologies, otimiza a análise de crédito O Data Engine, plataforma da Cedro Technologies que apoia o processo de compliance e antifraude, e que conta com mais de 100 fontes de dados disponíveis, agora também realiza análise de crédito. A nova funcionalidade traz informações como Consulta de Crédito, Score e Indicadores de Mercado. A análise de crédito do Data Engine é realizada através do Cadastro Positivo, o que diminui o risco de crédito e garante mais assertividade no Score. Isso ocorre porque o Cadastro Positivo considera o histórico de pagamentos de cada cliente. Com isso, é possível ter uma visão do comportamento financeiro completo dos clientes, melhorar a performance de concessão de crédito e analisar novos clientes.

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ClearSale | https://br.clear.sale/

A ClearSale é autoridade em soluções antifraude e score de crédito, equilibrando tecnologia avançada e inteligência humana especializada para entregar excelentes indicadores e gerar confiança no mercado. Brasileira, mas com análises em mais de 170 países, a empresa protege setores como e-commerce, mercado financeiro, venda direta, telecomunicações e seguros, sendo pioneira no mapeamento do comportamento do consumidor digital.

Conheça a Decisão Super Expressa Cada vez mais o e-commerce vem atuando em entregas rápidas, e para atender às necessidades dos mercados de SLAs de decisão mais curtos, a ClearSale lançou a Decisão Super Expressa, que atende às necessidades de decisão robusta a partir de 30 minutos, garantindo ainda maior taxa de aprovação do mercado com maior faturamento para o negócio. Inicialmente ofertada apenas para segmentos de supermercado, farmácia e pet shop, a Decisão Super Expressa é um componente dos produtos existentes na família T/TG, que até então ofereciam respostas expressas a partir de duas horas.

Codeby | https://codeby.com.br/

A Codeby é uma empresa especializada em tecnologia, para empresas que buscam melhorar a experiência de compra dos seus clientes através dos seus canais digitais. Com mais de 7 anos de experiência, temos evoluído e transformado a realidade de grandes marcas e empresas do mercado, contribuindo com soluções tecnológicas personalizadas para ambientes de lojas virtuais. Somos MVP Partner no quadrante da Vtex, e também certificados em Shopify e Linx.

Codeby apresenta Meta Commerce XP no VTEX Day A Codeby, empresa de tecnologia especializada em soluções para e-commerce, desenvolveu o Meta Commerce XP, uma experiência de compra no metaverso totalmente integrada com a plataforma VTEX. A solução foi apresentada no evento VTEX Day deste ano e permitiu que os visitantes simulassem uma compra no metaverso utilizando óculos de realidade virtual. A arquitetura e o desenvolvimento do Meta Commerce XP foram pensados e executados pelo time de inovação, e ele será posteriormente comercializado para lojas que utilizam a plataforma VTEX.

Corebiz | https://www.corebiz.ag/pt/

A Corebiz atua em toda jornada digital, desde a configuração de plataformas e suas interfaces até a entrega de uma excelente experiência de consumo. Aqui, tecnologia, experiência e marketing trabalham juntos para entregar a melhor performance e qualificar a jornada do usuário.

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//DROPS DO MERCADO

Digital Hub | https://www.digitalhub.com.br/

A Digital Hub é uma das principais empresas da América Latina certificadas pela Adobe como Magento Solution Partner para implantação e manutenção de projetos na plataforma. Orientada para alta qualidade de código e máxima entrega de valor em projetos, a Digital Hub é apaixonada por tornar viáveis grandes ideias e necessidades de negócio. Sua atuação é holística na sustentação de operações em Magento, englobando arquitetura de solução, desenvolvimento front e backend, UX/UI design, infraestrutura e integrações.

Projetos Adobe Commerce com go-to-market em 28 dias - conheça o DHOne A Digital Hub acaba de lançar o DHOne, o acelerador de Adobe Commerce/Magento que viabiliza projetos com go-to-market em 28 dias. Utilizando uma das principais plataformas de e-commerce do mundo, o Adobe Commerce comporta toda a escalabilidade e evolução de projetos B2B e B2C, com o custo-benefício perfeito para que qualquer operação evolua com uma plataforma que acompanha o crescimento de cada negócio, independentemente do seu segmento. Conheça o DHOne, o acelerador de e-commerce mais ágil e completo do mercado.

Dito | www.dito.com.br/

A Dito é um CRM omnichannel que empodera o varejo a conhecer e se relacionar de forma personalizada com seu maior ativo: o consumidor. Grandes marcas como C&A, Grupo Soma e Polishop usam a plataforma para unificar dados sobre os clientes das lojas físicas e do e-commerce, impactar sua base com campanhas digitais, empoderar força de vendas com carteiras segmentadas, entender a experiência de compra e mensurar o impacto das ações nas vendas.

Fiserv | https://www.fiserv.com/pt-br

A Fiserv é líder global em pagamentos e tecnologia de serviços financeiros. Presente em 100 países, suas soluções conectam instituições financeiras, grandes empresas, lojistas e consumidores, milhões de vezes ao dia, com confiabilidade e segurança. Como uma fintech global orientada para o mercado de grandes instituições e varejistas, a Fiserv direciona seus esforços para apoiar comerciantes na transformação digital de seus negócios. Recentemente lançou Carat no Brasil, para ajudar na integração do mundo físico e digital, simplificando a gestão dos negócios e com eficiência operacional.

Fiserv facilita a conciliação bancária, financeira e de vendas com duas novidades Na conciliação bancária e financeira, o desafio de todos os varejistas é acompanhar as vendas com suporte na identificação de erros no processo. Para isso, a Fiserv apresenta duas soluções: o Gestão Financeira e o Gestão de Pagamento (Gpag). A primeira, da plataforma omnichannel Carat, é para médios e grandes negócios conciliarem informações das vendas de forma automática. Já a segunda é um app gratuito para micro e pequenos, que permite unificar e controlar os recebimentos - inclusive parcelados. Traz ainda outras funcionalidades, como agenda de cancelamentos, comparativo de taxas e integração dos principais adquirentes.

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Frete Rápido | https://freterapido.com/

A Frete Rápido é o primeiro hub de transporte digital da América Latina. Permite às empresas (indústrias, e-commerce e varejo) se conectarem de forma ágil e precisa com transportadoras em todos os seus canais de venda, utilizando seus próprios contratos de fretes e comparando-os com novas ofertas plugadas na ferramenta. Sua tecnologia automatiza os processos desde a pré-venda (cotação de frete), passando pela pós-venda, gestão e tracking, via ocorrência ou in real time, permitindo gestão eficaz e controle de custo. O hub fornece uma experiência escalável ao embarcador em toda jornada de venda.

Hedgehog | www.hedgehogdigital.co.uk/br/

Seja encontrado online quando seus consumidores procuram por seus produtos e acelere o crescimento do seu e-commerce com SEO. Quem faz tudo não faz nada! É por isso que nós só fazemos uma coisa: SEO. Há mais de dez anos ajudando lojas virtuais no Brasil, Reino Unido e Europa a obterem sucesso online. Soluções únicas pensadas e planejadas de acordo com os objetivos de cada cliente.

Uma agência de SEO com ATTITUDE ATTITUDE para ajudar seu e-commerce a vender mais com SEO. Seja encontrado por consumidores no momento em que eles estão interessados em seus serviços e produtos. Soluções únicas planejadas de acordo com os objetivos do seu negócio. Para nossos profissionais, SEO vai além das palavras-chave. É uma estratégia de marketing digital que une branding, experiência, intenção, comunicação e autoridade. Nossa especialidade é entender e endereçar as intenções de busca dos usuários para criar estratégias que aumentem a rentabilidade da sua loja virtual.

Ideris | www.ideris.com.br/

O Ideris é o hub de integração mais completo para gerenciar seus marketplaces. Integramos todas as soluções necessárias para você gerenciar sua operação nos marketplaces, além de oferecer funcionalidades como: controle de estoque, publicar anúncios massivamente, análise de concorrência, multicontas, impressão de etiquetas e muito mais! Tudo isso sem cobrar porcentagem sobre suas vendas e com o melhor time de suporte técnico do mercado.

Novo Ideris está chegando para revolucionar A nova versão do hub de integração Ideris está a caminho! Com a confiabilidade de sempre, que o colocou no top 5 da América Latina em volume de transação de dados no Mercado Livre, agora o novo Ideris apresenta uma arquitetura mais robusta e tecnológica, o que permite mais performance, segurança, novas funcionalidades e integrações. A experiência do usuário também foi aprimorada, com o surgimento de novos recursos de usabilidade. O novo Ideris demarca o próximo passo para quem gerencia múltiplos marketplaces e canais de vendas na Internet.

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//DROPS DO MERCADO

Insider | https://useinsider.com/

A Growth Management Platform da Insider ajuda os profissionais de marketing digital a impulsionarem o crescimento em todo o funil, desde a aquisição até a ativação, retenção e receita. Dispondo de segmentação preditiva em tempo real alimentada por inteligência artificial, a tecnologia permite jornadas personalizadas na web, web móvel, aplicativos móveis e canais de campanhas. Ela é fácil de implementar e simples de usar, evitando a necessidade de integrações complexas e dependência de equipes de TI.

Insider se torna um dos poucos unicórnios liderados por mulheres Após uma Série D de US$ 121 milhões com avaliação de US$ 1,22 bilhão, a Insider - plataforma de SaaS B2B - atinge o status de unicórnio e planeja investir R$ 500 milhões no Brasil e criar 150 empregos até 2025. Com esse marco de investimento, a empresa, que é líder em experiências personalizadas de clientes em vários canais, também se tornou um dos poucos unicórnios SaaS liderados por mulheres e um dos nove principais unicórnios B2B SaaS do mundo, e o Brasil é um mercado-chave para a Insider desde a sua criação. A empresa atende a algumas das marcas mais inovadoras e populares em seus setores, incluindo, na região, MadeiraMadeira, Riachuelo, Electrolux, Samsung e Via.

Intelipost | www.intelipost.com.br/

Com o propósito de simplificar a logística no mercado da América Latina, o grupo Intelipost se consolida como líder em gestão de fretes no Brasil. Com soluções que vão desde o cálculo de frete, roteirização a pontos de retirada em seu portfólio, o grupo integra de maneira inteligente toda a cadeia logística com tecnologias de altíssima confiabilidade, atendendo a mais de quatro mil lojas, e realiza, em média, dois bilhões de cotações de frete por mês.

Auditoria de Faturas garante assertividade na conciliação do frete com transportadoras Por meio da conciliação semiautomática, a solução de Auditoria de Faturas da Intelipost oferece relatórios que apontam as divergências entre os valores estimados e cobrados, garantindo maior confiança nas informações para as negociações e conferência da quantidade de envios e fatores utilizados no cálculo de frete, resultando em um melhor relacionamento entre transportadoras e varejistas. Para saber mais sobre os benefícios do módulo, você pode assistir a este vídeo com mais informações: https://bit.ly/3jeo8xM.

iugu| https://www.iugu.com

A iugu é uma fintech de automação financeira com foco em meios de pagamentos, recorrência e split (marketplace). Oferece tecnologia e suporte necessários para empresas estruturarem uma operação financeira automatizada e eficiente de ponta a ponta. Fundada em 2012, é responsável pela gestão de mais de 50 mil contas ativas em diferentes áreas como software houses, clubes de assinatura, gestoras de condomínios e e-commerce. Em 2020, a empresa levantou R$ 120 milhões de investimento com o Grupo Goldman Sachs e recebeu a licença do BC para operar como Instituição de Pagamentos regulamentada.

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Jadlog | https://www.jadlog.com.br/jadlog/servicos

A Jadlog é uma das maiores empresas de logística e transportes de cargas expressas fracionadas do país. Em janeiro de 2017, associou-se com a DPDgroup, a segunda maior rede de entrega de encomendas internacionais da Europa. Destacando-se no mercado pela rapidez e qualidade, a Jadlog dispõe de uma das maiores estruturas de distribuição porta a porta de encomendas do país. Através de sua rede de mais 500 franquias espalhadas por todas as capitais, DF e principais cidades, a empresa atende a todos os municípios do Brasil. Sua frota é formada por mais de 240 caminhões e carretas e 4.500 utilitários.

JBQ.Global | https://jbq.global/

JBQ.Global é uma consultoria especializada em soluções tecnológicas e outsourcing para transformação digital com foco no aumento de resultados, sendo reconhecida pela equipe altamente experiente e pela qualidade das entregas. Há mais de dez anos no mercado, conquistou grandes casos de sucesso em diversos setores da economia, como alimentício, automobilístico, educacional, eletrônico, farmacêutico, livreiro, metalúrgico, químico e têxtil. A JBQ.Global atua no Brasil e em outras regiões da América Latina, utilizando sempre as melhores práticas para o desenvolvimento dos projetos.

JET | www.jetecommerce.com.br/

Com mais de 20 anos de experiência, a JET possui soluções omnichannel para empresas de pequeno, médio e grande porte. A tecnologia das plataformas opera no modelo SaaS, é escalável, apresenta alta performance e tem foco na conversão, com alto nível de customização do layout, sistema SEO Friendly e JET Checkout. Valorizando a experiência do consumidor, a JET desenvolveu uma plataforma omnichannel para escalar a venda via web, mobile, marketplaces, loja física, redes sociais e televendas. Maior conversão, autonomia para o vendedor e controle total para o gestor acelerar suas vendas.

Lola Cosmetics encontrou na JET a plataforma ideal para a marca Em um mercado concorrido como o de cosméticos, ao resolver montar o seu e-commerce a Lola Cosmetics buscou uma plataforma que lhe possibilitasse preservar a identidade já construída para a marca. A JET foi a plataforma escolhida e, a partir daí, a empresa conseguiu atingir o seu objetivo: reproduziu no digital o “mundo lolístico”, algo tão importante para os “loletes” – como são chamadas as suas brand lovers. “Montamos uma operação que reflete nossa identidade e que mostra os nossos valores, como a preocupação com a sustentabilidade”, explica Barbara Cavalcante, gerente de marketing da Lola Cosmetics.

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//DROPS DO MERCADO

Kangu | https://www.kangu.com.br/

A Kangu é a plataforma de envios que garante economia e agilidade para empreendedores digitais, além de impacto positivo nas cidades. Por meio de sua plataforma digital, ela conecta lojas e vendedores online a diversas transportadoras parceiras, e uma rede colaborativa de pontos de postagens, os Pontos Kangu, para viabilizar envios, devoluções e retiradas mais eficientes, convenientes e sustentáveis. Fundada em 2019, a Kangu já conta com cinco mil pontos de postagem e retirada somente no Brasil, México e Colômbia, contabilizando mais de 100 milhões de envios realizados para 70 mil lojistas online.

Koin | https://www.koin.com.br/

A Koin é a primeira fintech que parcela compras online com a solução de Boleto Parcelado no Brasil, sem burocracia e 100% segura. A empresa segue ampliando seu portfólio com soluções financeiras para B2B. Atualmente, além do Boleto Parcelado, oferece Antifraude, Gateway de Pagamento e Pix. Com o propósito de oferecer serviços de valor agregado a seus clientes corporativos e melhorar a vida das pessoas, democratizando o acesso ao consumo, o objetivo da Koin é melhorar a experiência de compra do mercado. Em 2020, a Koin foi adquirida pelo Grupo Decolar, maior empresa de viagens da América Latina.

Oferecer pagamento parcelado sem cartão de crédito em todos os canais de vendas? #AGORAPODE Não importa quais são os canais de vendas do seu negócio, o Boleto Parcelado da Koin já está disponível para todos eles. Seja no seu e-commerce, na sua loja ou plataforma própria, televendas ou loja física, agora você pode oferecer a melhor solução de pagamento Buy Now, Pay Later (BNPL) do mercado. Omnichannel, com as menores taxas, aprovação online e até 18x para seu cliente parcelar sem cartão de crédito, só na Koin. Integre agora e tenha taxa zero por 3 meses - Oferta válida até 31/07/2022.

Linx | www.linx.com.br/linx-digital

Soluções que unificam a operação física e online do varejo, melhoram a performance e oferecem para o negócio inteligência de ponta a ponta. Linx Commerce: plataforma robusta e flexível de e-commerce para varejistas que vendem para outras empresas e/ou para consumidores finais, e buscam presença em marketplaces. Linx Impulse: suíte de personalização, mídia e retargeting com algoritmos de inteligência artificial para transformar experiências de compra online em resultados de negócio. Linx Omni: solução omnichannel que unifica a operação de lojas próprias, franquias e e-commerces.

Vitrines patrocinadas e retenção do consumidor: conheça o Linx Ads for Publishers O varejo como espaço publicitário já é uma realidade no mercado, compondo a estratégia de mídia de grandes marcas. De olho nessa oportunidade, a Linx, empresa líder e especialista em tecnologia para o varejo, contempla em seu portfólio uma solução direcionada àquelas que desejam monetizar suas lojas virtuais. Utilizado por empresas como Magalu e Netshoes, o Ads for Publishers gera receita extra de publicidade a partir da construção de vitrines patrocinadas para exibir anúncios pagos de marcas e sellers, mantendo o consumidor dentro do mesmo ambiente de compra e, portanto, aumentando suas chances de conversão.

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liveSEO | https://liveseo.com.br/

Fundada em 2016 na Espanha, e atualmente atuando no Brasil, a liveSEO vem realizando um trabalho consistente e bem direcionado no que diz respeito a otimização para motores de busca, atraindo empresas à procura de crescimento em tráfego orgânico para os seus sites. Através das otimizações técnicas em plataformas e na estrutura dos sites, pesquisa de palavras-chave e produção de conteúdo, seu e-commerce ou blog alcança as primeiras posições nos mecanismos de pesquisa, como o Google, e oferece resultados de excelente qualidade para clientes ávidos pelo seu produto ou serviço.

Loggi | https://ajuda.loggi.com/

A Loggi quer aproximar pessoas e transformar negócios conectando o Brasil com uma experiência de entregas simples e inovadora. A empresa faz logística com tecnologia de ponta a ponta para conectar o país de forma ágil e conveniente, promovendo acesso a entregas de qualidade. A Loggi é para todas as pessoas e todos os negócios, em todos os lugares.

Loja Integrada | https://lojaintegrada.com.br/

A Loja Integrada é uma plataforma que oferece recursos para a criação de lojas virtuais de maneira prática e intuitiva, com opções de temas e layouts, além de parcerias com meios de pagamentos e envios. Com mais de dois milhões de lojas criadas, a empresa tornou-se uma das maiores plataformas gratuitas da América Latina e a mais popular do Brasil. Já são mais de 78,7 milhões de produtos vendidos, com faturamento total dos lojistas de mais de R$ 27,8 bilhões.

Enviali: a mais nova solução para gestão de fretes da Loja Integrada Com foco no fortalecimento das operações de envio e na otimização da rotina do lojista, a Loja Integrada anuncia ao mercado sua mais nova ferramenta de gestão de fretes para lojas virtuais, o Enviali. Com taxas bem reduzidas, a solução não cobra mensalidades e garante facilitar o dia a dia de quem empreende digitalmente. Através dele, é possível emitir etiquetas, cotar/comprar fretes e gerar códigos de rastreio automáticos, diretamente do painel do lojista, de forma simples e prática. A ferramenta está disponível para os lojistas pagos da Loja Integrada, que segue firme no seu objetivo de democratizar o e-commerce brasileiro.

Magis5 | https://magis5.com.br/

O Magis5 é um hub de integração e automação que conecta o seu ERP e os principais marketplaces do Brasil, gerenciando toda operação do seller a partir de um único painel de maneira centralizada e automatizada. Com o Magis5, é possível criar e gerenciar vários anúncios de uma só vez, automatizar a impressão de notas fiscais e etiquetas de forma conjunta, controlar estoque de múltiplos CNPJs em um único dashboard, precificar seus produtos e, por fim, extrair relatórios que serão fundamentais para seu e-commerce decolar e economizar tempo na sua expedição. Magis5, muito mais que um hub!

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//DROPS DO MERCADO

Melhor Envio | https://melhorenvio.com/

O Melhor Envio é a solução de fretes do e-commerce brasileiro, ajudando quem vende online a usar os serviços de múltiplas transportadoras a preços mais competitivos. Somos uma plataforma gratuita, não cobramos mensalidade e não exigimos uma quantidade mínima de envios por mês. Além disso, não é necessário ter contrato com as transportadoras. Oferecemos cotação de fretes, geração de etiquetas, rastreio de encomendas e integração com os principais ERPs, hubs, marketplaces e plataformas de e-commerce.

Melhor Envio é eleito a melhor Solução do Ano pelo Prêmio E-Commerce Brasil 2021 O Melhor Envio, plataforma online de intermediação e cotação de fretes, foi eleito a Melhor Solução do Ano pelo Prêmio E-Commerce Brasil 2021. A empresa ficou entre os cinco finalistas da categoria e levou o troféu a partir de voto popular. Para o CEO do Melhor Envio, Éder Medeiros, a premiação é prova de que todo o trabalho desenvolvido ao longo dos anos para solucionar as dores dos clientes e entregar condições de frete mais competitivas estão no caminho certo. Éder reconhece que todo o sucesso só é possível graças aos clientes, parceiros e colaboradores do Melhor Envio.

Mercado Pago | https://conteudo.mercadopago.com.br/como-funciona-o-mercado-pago

O Mercado Pago é a maior fintech da América Latina e faz parte do Mercado Livre, oferecendo soluções inovadoras de pagamento para vendedores do marketplace e de diversas lojas online. Com mais de 40 milhões de pagadores únicos, tem o objetivo de democratizar o acesso ao dinheiro e empoderar empreendedores.

Mirakl | https://www.mirakl.com/

A Mirakl oferece a primeira e mais avançada plataforma SaaS de marketplace. Com a Mirakl, organizações B2B e B2C podem lançar marketplaces mais rapidamente, crescer e operar com confiança à medida que superam as expectativas crescentes dos clientes. As plataformas são a nova vantagem competitiva no e-commerce, e as marcas mais confiáveis do mundo escolhem a Mirakl por sua solução abrangente de tecnologia, experiência e ecossistema. Como resultado, empresas como Carrefour, GPA, Leroy Merlin e KaBuM ganham velocidade, escala e agilidade para vencer no cenário de e-commerce em constante mudança.

Newtail | https://www.newtail.com.br/

Newtail é uma solução completa de gestão para o canal digital e venda automatizada por WhatsApp. A venda é a conexão de três elementos: cliente, canal e produto. Canal: desenvolvemos as vendas digitais por meio de soluções proprietárias e integrações dos principais canais digitais. Produto: um produto percorre diversas etapas até chegar ao consumidor. Auxiliamos a gestão do processo completo para o varejista ter uma visão centralizada, live e digital. Cliente: por meio de soluções integradas, conseguimos ter uma visão unificada e clusterizada dos clientes conhecendo seus hábitos.

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//DROPS DO MERCADO

NuPay for Business | https://nupaybusiness.com.br/

A NuPay for Business é a plataforma de pagamentos do Nubank para e-commerce criada para facilitar a dinâmica de pagamentos dentro do varejo. Integrando soluções como o Pix Checkout e o NuPay - produto de débito e crédito parcelado -, transformamos o jeito de pagar e receber. Acreditamos que o futuro dos meios de pagamento deve ser simples, seguro e democrático e mais do que isso, que ele já começou. O nosso papel nessa história tem sido trabalhar em tecnologias para proporcionar uma experiência de pagamentos única para varejistas e clientes Nubank.

Plataforma de pagamentos do Nubank quer inovar o e-commerce O Nubank anunciou um novo produto para estar presente no checkout dos e-commerces: o NuPay. A nova forma de pagamento é criada pela plataforma de pagamentos focada em e-commerce, NuPay for Business, empresa comprada pelo banco digital em agosto de 2021, antiga Spin Pay. Devido ao sucesso da tecnologia de Pix no checkout desenvolvida pela fintech, o NuPay veio para inovar ainda mais os pagamentos e, claro, facilitar a experiência de compra que os lojistas oferecem. O NuPay oferece taxas atrativas para lojistas e parcelamento em 24x para aqueles consumidores que também possuem conta no Nubank, além de mais segurança e menos fricções no pagamento. Saiba mais em www.nupaybusiness.com.br.

Nuvemshop | www.nuvemshop.com.br/

A Nuvemshop é a plataforma de e-commerce líder na América Latina e tem o compromisso de potencializar e motivar todos os empreendedores a transformarem seus sonhos em histórias que transcendam. Com mais de 90 mil lojas, integra produtos, pagamentos, envios e disponibiliza de um ecossistema com mais de 1 mil parceiros, como Facebook, Instagram, marketplaces e lojas físicas. A companhia tem mais de 900 colaboradores e escritórios no Brasil, México e Argentina. Em 2021, recebeu um investimento de R$ 2,6 bilhões e se tornou unicórnio no Brasil.

olist | https://olist.com/pt-br/

O olist é um canal de venda inovador, que dispensa site, diversos contratos e múltiplas plataformas para entrar no mundo do e-commerce. A plataforma serve tanto para pequenos e médios lojistas quanto para grandes marcas. A plataforma permite o gerenciamento de produtos, pedidos, estoque, preço, SAC, entregas e pagamentos em um só lugar de forma simples e prática. Toda a gestão é realizada com foco em alta competitividade comercial e excelente reputação, com impacto direto na visibilidade dos anúncios e conversão em vendas.

Oto | www.otocrm.com.br/

O Oto existe para dar poder ao vendedor através de tecnologia e dados para ser protagonista do varejo omnichannel.

Resultado do Total Economic Impact do Oto CRM é divulgado O estudo encomendado para avaliar o impacto econômico do Oto CRM no varejo teve seu resultado divulgado. Desenvolvida pela Forrester Research, a metodologia Total Economic Impact (TEI) é utilizada para analisar o potencial de retorno do investimento (ROI) de um produto ou serviço para organizações. Quatro grandes varejistas brasileiras foram entrevistadas e falaram sobre os custos, riscos e vantagens obtidos desde a contratação do Oto CRM para suas lojas. Quer saber quais foram os resultados do estudo? Acesse e baixe a pesquisa completa no site do Oto!

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Integramos seus canais de venda, personalizamos sua comunicação e automatizamos seu negócio.

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de receita vinda de CRM

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conversão em vendas em clientes impactados pelas campanhas

Esse e outros cases de sucesso como Reserva, Raízen e Youcom, você encontra aqui.

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Pagaleve | https://pagaleve.com.br/ A PagaLeve é uma fintech inovadora de pagamentos e criou o Parcelamento Inteligente, que consiste no parcelamento via Pix sem juros no principal, sem juros em caso de atraso de pagamento, e com pagamento ao varejista sempre em D+1 útil. Tudo com muita segurança e taxas altas de aprovação. O resultado para o varejista parceiro é um forte estímulo ao aumento de receitas, seja através do incremento em taxa de conversão, ticket médio e recorrência, mas também através da economia em taxas de antecipação - já que paga o varejista em D+1 -, e em chargeback - já que cobre os riscos de crédito e fraude.

Tenha a opção de pagamento parcelado via Pix no seu e-commerce A empresa PagaLeve oferece uma forma de pagamento diferenciada para consumidores: é o parcelamento via Pix em 4x. Não é cartão de crédito, não é crediário e possui aprovação em segundos. Tudo sem juros, sem mistérios e sem complicações. Além disso, a Pagaleve possui a melhor taxa de aprovação do mercado. Com essa solução, o varejista aumenta significativamente seu ticket médio, sua conversão e tráfego da sua loja. Uma opção de pagamento mais justa, ágil e impactante para o cliente se sentir à vontade para comprar cada vez mais.

PagBrasil | https://www.pagbrasil.com/pt-br/

A PagBrasil é uma fintech que possibilita que empresas ao redor do mundo possam oferecer soluções de pagamentos digitais otimizadas para o mercado brasileiro. Com clientes em mais de 45 países, a fintech tem como propósito transformar a indústria de meios de pagamentos através do desenvolvimento contínuo de tecnologias inovadoras e simplificar as transações financeiras online. Para isso, conta com soluções exclusivas como o PagStream®, Boleto Flash®, PagBrasil Pix e Débito Flash™.

PagBrasil disponibiliza desconto por método de pagamento para Shopify A PagBrasil lançou uma nova funcionalidade em seu exclusivo app para Shopify: a possibilidade de oferecer desconto por método de pagamento. O lojista que utiliza a plataforma de e-commerce poderá configurar descontos percentuais em compras realizadas com o Boleto Flash®, PEC Flash® e Pix. A funcionalidade agrega, especialmente, duas grandes vantagens aos lojistas: a primeira é o incentivo à compra. A segunda é a redução de custos com taxas de processamento, já que oferecer desconto em métodos alternativos ajuda a estimular a venda com formas de pagamento que possuem condições de processamento mais atrativas para o lojista.

Pmweb | https://www.pmweb.com.br/

A Pmweb é uma empresa de tecnologia e serviços para marketing e CRM que leva seus clientes a um novo patamar de resultados através da criação de relacionamentos únicos em escala. Utiliza tecnologias e metodologias próprias para integrar dados omnichannel de clientes, criar jornadas, definir estratégias de marketing e automatizar campanhas, trazendo muito mais relevância na comunicação com o consumidor e conversão para os negócios de seus clientes. É a escolha dos grandes líderes de varejo, hotelaria, indústria e serviços (Customer Data Platform). A Pmweb faz parte do grupo WPP.

Nova cliente Pmweb A FISIA, Distribuidora oficial da Nike no Brasil, que pertence ao Grupo SBF, escolheu a Pmweb para avançar nas estratégias de CRM usando a Salesforce. Desde 2020, quando o Grupo SBF assumiu a operação da Nike no País, as decisões passaram a ser locais, e a Pmweb já atendia a Centauro, principal marca do grupo. Com essas grandes marcas, somam-se mais de 15 outros nomes que nos últimos 12 meses escolheram a Pmweb para apoiar em suas estratégias de CRM e o profundo conhecimento de marketing cloud, seja da Salesforce, onde Pmweb é a parceira de marketing que mais cresce na América Latina, ou Oracle, onde Pmweb é a maior e mais reconhecida parceira de marketing cloud do mundo.

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//DROPS DO MERCADO

Precifica | https://www.precifica.com.br/pt-br/ A Precifica é uma empresa especialista em soluções de pricing. Desde 2013, entende o comportamento do mercado e o transforma em informações para seus clientes. Dessa forma, possibilita a tomada de decisões proativas, instantâneas e precisas, por meio de: automatização da captura de informações do mercado; automatização das decisões de pricing com base na concorrência e automatização das decisões de pricing com base no consumidor, com uso de IA. Possui ampla experiência para atender clientes dos segmentos de varejo, fabricantes, OTAs e também Gestoras de Fundos - que, em específico, consomem índices de competitividade para equilibrar a exposição em ações de varejistas.

RD Marketplace | https://www.lojistard.com.br/ O Marketplace foi criado para o mercado, trazendo um marketplace na área de saúde & bem-estar e beleza. Foi uma aposta da companhia Raia Drogasil, que detém as bandeiras Droga Raia e Drogasil, que são líderes no mercado brasileiro de farmácias, com mais de 2.400 lojas em todo território nacional. O marketplace atua nas duas bandeiras: Droga Raia e Drogasil, tanto no app quanto nos sites. O foco do nosso negócio é conectar pessoas, produtos e serviços que possam transformar a saúde em algo acessível.

RD Marketplace promove campanha de incentivo a novos sellers Com foco na expansão de novos negócios, a companhia oferece desconto expressivo na comissão para novos sellers até o dia 31 de julho. Nesse período, os sellers ingressantes na plataforma estarão isentos do pagamento de comissão por 90 dias*, a partir da data em que a loja for ativada. A condição é válida somente para novos contratos de parceiros de integradoras que ainda não estejam homologadas na RD. Após o encerramento dessa campanha, a comissão se dará conforme os índices negociados no fechamento do contrato. *Regras completas, entre em contato.

SAP | https://www.sap.com/brazil/ A SAP Experience Suite transforma cada engajamento, em qualquer dispositivo ou canal, em um momento pessoal e de compra potencial para conquistar mais clientes, com mais frequência e maior valor. As Soluções de Dados do Cliente (Identidade/Consentimento), CDP e Marketing com a Emarsys, integradas com a Solução de Commerce, podem ajudar você a transformar visitantes desconhecidos em clientes fiéis e oferecer experiências hiperpersonalizadas e confiáveis. Com a SAP, personalize cada experiência em tempo real, trazendo uma orquestração perfeita para engajamento do cliente.

SAP ultrapassa US$ 1.1 trilhão no e-commerce A SAP, que é Líder no Quadrante Mágico do Gartner para Comércio Digital pela sétima vez consecutiva, assim como líder no MarketScape da IDC para comércio digital B2B, ultrapassa a marca histórica de US$ 1.1 trilhão em GMV no SAP Commerce Cloud - o que consolida a solução como uma das maiores de e-commerce do mundo. Agradecemos aos milhares de clientes que transformaram seus negócios com o SAP Commerce Cloud e sabemos que eles nos escolheram porque eles também respeitam cada um de seus clientes e querem entregar experiências excepcionais com simplicidade, agilidade, inteligência e muita personalização em uma plataforma digital altamente robusta e escalável. Faça parte desse time!

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A melhor tecnologia de pagamentos para sua loja virtual não é a que tem a menor taxa! Com o Pagar.me, seu negócio tem: Antifraude calibrado para o seu segmento

Altos índices de conversão de pagamentos

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Comece a usar a mídia do futuro no seu negócio digital ainda hoje Mídia programática display de forma simples e eficiente para negócios digitais e agências. Acesse seu teste gratuito aqui

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SGPweb | https://www.sgpweb.app/ A SGPweb é um sistema que proporciona maior controle na gestão dos envios, com a apresentação de forma fácil e intuitiva de informações antes da postagem, relatório completo do que foi enviado por departamento, por serviço e por data. A ferramenta permite fácil integração com marketplaces, e-commerces, ERPs, CRMs e foi desenvolvida com foco nas mais atuais tecnologias voltadas para Internet, com integração a diversos sistemas e empresas para que a informação permaneça fiel e em tempo real a todos os interessados no processo.

SGPweb conectado ao mercado do e-commerce O mercado do e-commerce é responsável por movimentar uma cadeia extensa de agentes. Por essa razão, o SGPweb atua em diversas frentes oferecendo soluções relacionadas à logística dos Correios e também relativas à gestão inteligente, tecnologia e muitas outras modalidades. Nos posicionamos no mercado como uma empresa preocupada em englobar esses agentes a trabalharem de forma mais eficaz e produtiva. Somos mais do que um sistema de logística, somos uma empresa geradora de negócios. De alguma forma teremos a solução para você, acesse: www.sgpweb. app/sgpwebnews, e confira um pouco mais sobre o nosso universo!

Shopify | www.shopify.com.br/ A Shopify é uma plataforma SaaS que nasceu no Canadá e que vem revolucionando o varejo global desde 2004. Suas soluções intuitivas e seu ecossistema global com APIs abertas e uma app store poderosa com mais de 5.300 apps fizeram com que a Shopify se tornasse a preferência de mais de um milhão de negócios em 175 países diferentes. Atendendo a desde pequenos varejistas até grandes empresas corporativas, a Shopify tem em seu portfólio clientes globais como GE, SpaceX, Nestlé, Decatlhon, Staples, entre outros. Marcas brasileiras como Grupo Arezzo, Zeedog, Grandcru e Pampili também confiam na Shopify.

Total Express | https://totalexpress.com.br/

A Total Express é a empresa privada de soluções logísticas mais completa do país. Atende com excelência desde o pequeno e médio e-commerce até os gigantes do varejo, incluindo operações complexas de indústrias e governo. Com capilaridade que cobre 100% do território nacional, mais de 100 hubs espalhados por todos os estados e quase 30 anos de experiência, a Total Express conecta o Brasil.

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//DROPS DO MERCADO

Tray | www.tray.com.br/

Com 20 anos de história, a Tray - unidade de e-commerce do Grupo Locaweb - é uma das empresas de tecnologia brasileira mais competitivas do mercado. A plataforma robusta oferece produtos e soluções exclusivas, integrações com os maiores marketplaces do país, além de uma interface amigável e 100% customizável. Ideal para todos os estágios do empreendedor online, fornece um ecossistema completo que atende desde o pequeno varejista até as grandes operações, através da sua divisão corporativa Tray Corp. Para mais informações, acesse: www.tray.com.br.

Tray é a plataforma pioneira do mundo a integrar com o Google PMax A Tray, plataforma de negócios, é pioneira a integrar com o Google PMax, a nova campanha do Google 100% focada em conversão, com o objetivo de levar pessoas para a sua loja virtual e incentivá-las a tomar decisões. Com PMax, ou Campanha de Maior Performance, o lojista pode criar anúncios de seus produtos no Google, diretamente na plataforma Tray, os quais serão distribuídos, de forma inteligente, para todas as redes do Google Ads, como rede de display, vídeos no YouTube, rede de pesquisa e muito mais. É a inteligência do Google dentro de uma loja Tray. A integração está disponível para todas as lojas Tray. Transforme o seu negócio com a Tray e o Google PMax.

Trustvox | https://site.trustvox.com.br/

RA Trustvox é uma ferramenta especialista em coleta e exibição de reviews verdadeiros dos consumidores. Ajuda a transmitir confiança no momento de compra, e construir a reputação online da sua marca, além de impulsionar os resultados de vendas, aumentar a relevância da sua marca, recompra e aumento do seu ticket médio. Com a plataforma você pode usar a credibilidade e o tráfego do Reclame AQUI para promover os reviews dos seus consumidores. O objetivo da plataforma é ajudar a comprovar a qualidade dos seus produtos, e principalmente da sua marca.

Validity | www.validity.com/br/

A Validity fornece softwares para gerenciamento de dados de CRM, verificação de endereço de e-mail, entrega na caixa de entrada evitando a pasta de spam, e aplicativos de CRM. Essas soluções oferecem campanhas mais inteligentes, leads mais qualificados, vendas mais produtivas e, em última análise, crescimento mais rápido. Milhares de empresas em todo o mundo confiam nas soluções da Validity para segmentar, entrar em contato, engajar e reter clientes de maneira eficaz, usando dados confiáveis como uma vantagem competitiva.

Inteligência de e-mail marketing ao alcance de todos, não importa o tamanho da sua empresa Com foco nas pequenas e médias empresas, a Validity lançou o Everest Elements, a plataforma para o sucesso do e-mail que fornece insights e práticas recomendadas para levar o seu programa de e-mail marketing a um novo patamar. Acesse o nosso site e ganhe um mês para testar gratuitamente todas as funcionalidades da mais nova solução de e-mail da Validity. Comprove você também por que esse canal digital é o meio de comunicação preferido pelos consumidores para receber mensagens das empresas e tem o melhor ROI.

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Vindi | https://vindi.com.br/

A Vindi é uma plataforma de pagamentos completa. É ideal para você cobrar seus clientes usando os principais métodos de pagamento do mercado. Tudo personalizado para as necessidades do seu negócio: pagamento recorrente, avulso, online e mais. Tem a solução certa para diferentes portes e segmentos de negócios. Além disso, a ferramenta ajuda sua empresa a conquistar mais eficiência operacional ao automatizar suas cobranças e processos. Assim, você otimiza tempo e facilita a sua gestão de recebimentos.

VTEX | https://vtex.com/br-pt/

A VTEX desenvolve e comercializa uma plataforma de comércio unificado na nuvem que acelera a transformação digital de mais de 2.500 lojas em 28 países. Reconhecida pelo IDC e pelo Quadrante Mágico da Gartner para plataformas de Comércio Digital, tem como clientes marcas líderes em seus mercados, como Sony, Whirlpool, Coca-Cola, Lancôme, Avon e LEGO. A infraestrutura elástica e arquitetura multitenant da VTEX permite uma redução dos custos operacionais e experiências de compra mais consistentes em todos os canais de venda. Ideal para diversas operações, como B2C, B2B, B2E e B2B2C e marketplace.

wap.store | https://www.wapstore.com.br/

A melhor plataforma de e-commerce para o crescimento do seu negócio. A wap.store tem tudo que você precisa para sua loja online crescer: atualizações periódicas, excelente experiência de compra, controle dos números, personalização, otimização de venda, segurança, estabilidade e muito mais. O foco principal é o crescimento do seu e-commerce, na melhor parceria ganha-ganha.

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//DROPS DO MERCADO

WEBJUMP | https://webjump.com.br/

A WEBJUMP é Enterprise Solution Partner Magento no Brasil e agência líder na América Latina. Desenvolve e cria com excelência soluções e experiências em e-commerce com a plataforma Magento. Promove a transformação digital de seus clientes utilizando processos de trabalho como Metodologia Ágil e Engenharia de Valor. Foi eleita por três anos consecutivos melhor Partner Magento da América Latina e ganhou também o prêmio de melhor B2B com o projeto Parceiro Ambev. Com clientes como Nestlé, Ambev, Obramax, Havan e EspaçoLaser, a WEBJUMP busca ser referência global em desenvolvimento de e-commerce.

Worldpay | https://www.fisglobal.com/pt-br/merchant-solutions-worldpay

A Worldpay from FIS (NYSE: FIS) é uma empresa líder em tecnologia de pagamentos que apoia comerciantes, bancos e mercados de capitais a mover o comércio global. Processando 75 bilhões de transações que alcançam o valor de US$ 9T para mais de 20 mil clientes anualmente, a Worldpay eleva a economia e as comunidades, avançando no mundo de pagamentos, bancos e investimentos.

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