![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201402-1fce168624993dfc586c4ba51fb20ed9/v1/65802e0a601f0d5dea6545cdf07e3808.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
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Sugestões de atividades de acompanhamento da aprendizagem
Professor, na página XXXVI deste manual, falamos sobre avaliação em larga escala. Na oportunidade, usamos o Saeb como exemplo desse tipo de avaliação. Nessa seção, seguem sugestões de atividades no modelo Saeb, a fim de que você possa utilizá-las como instrumento de monitoramento da aprendizagem dos estudantes.
Missão 1
De braços abertos para o mundo
Questão 1
Leia um fragmento desta crônica de Gregório Duvivier.
A gente não quer só comida, a gente quer postar e quer ganhar like
Viva a internet. Antigamente, era preciso berrar, de preferência de cima de um montinho, aquilo que você queria tornar público. Se fosse um sermão, era preciso descolar uma montanha. Ainda assim, não se conseguia angariar muita gente. Jesus, por exemplo, foi o “influencer” mais popular da era pré-digital e só conseguiu juntar 11 seguidores em vida. Parece que tinha um décimo segundo, mas deu unfollow.
A internet operou uma revolução. Qualquer um consegue atingir o mundo inteiro. “Quantos talentos desconhecidos vão surgir!”, pensou-se. “Quanta ciência! Quanta poesia!” Ledo engano.
“Desde que meu bebê nasceu não consegui tempo pra fazer cocô!”, postou hoje de manhã a mãe de um recém-nascido. “Sem tempo pra nada!” Embora não tenha conseguido tempo pra fazer cocô, vale notar que ela conseguiu postar essa frase no Facebook e, em seguida, responder aos comentários, o que deixa muito claro quais são as prioridades da minha geração. [...]
DUVIVIER, Gregório. A gente não quer só comida, a gente quer postar e quer ganhar like. Folha de S.Paulo.. Disponível em: www1.folha.uol.com. br/colunas/gregorioduvivier/2017/11/1936662-a-gente-nao-quer-so-comida-a-gente-quer-postar-e-quer-ganhar-like.shtml. Acesso em: 30 maio 2022.
Nessa crônica, a ironia se revela em: a) “Viva a internet.” b) “A internet operou uma revolução.” c) “Jesus, por exemplo, foi o «influencer» mais popular da era pré-digital [...]”. d) “Quantos talentos desconhecidos vão surgir!”.
Resposta: alternativa a. Para responder à questão, é preciso identificar a ironia, uma figura de linguagem que consiste em empregar as palavras com o sentido oposto ao que costumam expressar. O cronista inicia o texto com a frase “Viva a internet”, uma ideia de celebração, contrariada na medida em que os argumentos do autor vão sendo apresentados. Isso não acontece em “A internet operou uma revolução”, pois o cronista, de fato, reconhece o alcance e a facilidade de comunicação possibilitadas pela tecnologia; ele discorda, porém, que tal revolução tenha sido utilizado para potencializar o conhecimento humano. A apresentação de Jesus na figura de um influencer causa efeito de humor pela associação inusitada, mas não é ironia. Por último, a frase “Quantos talentos desconhecidos vão surgir!” corresponde à citação de um pensamento popular recorrente, mas ao qual o cronista vai se contrapor. A citação não contém ironia, ainda que seja questionada na sequência.
Questão 2
Leia um fragmento do artigo de Fabi Gomes e responda à questão.
Mais perverso do que apagar o significado do Dia da Mulher é maquiá-lo
O poder da maquiagem é mesmo impressionante. Tanto que uma data histórica tem sido maquiada há anos embaixo dos nossos narizes: o Dia Internacional da Mulher. Maquia-se a data com flores, bombons, cosméticos ou uma linda lingerie. Tudo devidamente embalado com delicadeza, em papel de seda rosa e lindos laços de cetim.
Mais perverso do que apagar um significado, é esvaziá-lo de sentido, maquiá-lo, deturpá-lo, afastá-lo de seu objetivo e simbologia primordiais. A quem interessa essa desconfiguração de significado?
A data comemorativa surgiu há 230 anos, após uma sucessão de fatos ligados à luta pela emancipação feminina e igualdade de direitos. Nasceu num contexto de lutas, de conquistas. Não está associada a um evento isolado, mas sim a todo um movimento. [...]
[...] Impossível não pensar no modo como essa data de protesto contra desigualdades, ironicamente, acabou se tornando uma data linda para o capitalismo faturar um pouco mais e para o mercado enaltecer (coberto de interesses) uma ideia rasa e superficial acerca da mulher. [...]
GOMES, Fabi. Mais perverso do que apagar o significado do Dia da Mulher é maquiá-lo. Universa. Disponível em: www.uol.com.br/universa/ colunas/fabi-gomes/2022/03/08/dia-internacional-da-mulher-data-historica-tem-sido-maquiada-ha-anos.htm. Acesso em: 29 de maio de 2022.
No artigo, a colunista defende a tese de que: a) as mulheres precisam se rebelar contra a obrigação de usar maquiagem e seguir padrões de beleza. b) o Dia Internacional da Mulher deve ser celebrado como um evento político. c) o Dia Internacional da Mulher não deve ser celebrado, pois está ligado a eventos trágicos. d) as mulheres não mais se impressionam com flores, bombons, laços e outras delicadezas.
Resposta: alternativa b. Nessa questão, o estudante precisa demonstrar a habilidade de reconhecer teses defendidas em artigos de opinião. Fabi Gomes explicita seu ponto de vista já no título do artigo, não é a maquiagem o alvo de sua crítica, mas o apagamento da história política do Dia Internacional da Mulhere por meio de homenagens que não contribuem para o objetivo de conscientização e de mobilização com que a data foi criada (uma “data de protesto”, conforme dito no último parágrafo).
Missão 2
O fantástico entra em cena
Questão 1
Leia estes versos do poema de Mario Quintana para responder à questão seguinte.
Da vez primeira...
Da vez primeira em que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
Depois, de cada vez que me mataram, Foram levando qualquer coisa minha...
E hoje, dos meus cadáveres, eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada...
Arde um toco de vela, amarelada...
Como o único bem que me ficou!
[...]
Os versos caracterizam o eu lírico como: a) uma figura de natureza irreal e inexplicável, pertencente à literatura fantástica. b) um personagem sofrido, mas que preserva ainda alguma energia para viver. c) uma pessoa a quem nada mais restou, além de amargura e de decepção. d) um ser envelhecido, que recorda sua história enquanto aguarda pela morte.
Resposta: alternativa b. Responder a essa questão exige a habilidade de identificar e de interpretar a linguagem conotativa como tal. Assim, o assassinato, as mortes em série sofridas pelo eu lírico não podem ser tomadas ao pé da letra, precisam ser consideradas em seu sentido metafórico. Da mesma forma, é preciso compreender o simbolismo do toco de vela amarelada, uma fonte de energia ainda, mesmo que tênue.
Questão
2
Leia o fragmento do texto a seguir e responda à questão.
LITERATURA GÓTICA: O “BIG BANG” QUE DEU ORIGEM AO UNIVERSO DO HORROR
A casa assombrada, as galerias subterrâneas: conheça os elementos que, há mais de 250 anos, estão à disposição dos criadores das histórias de horror
Na nova versão cinematográfica de It, em certo momento, a trupe de heróis adolescentes toma coragem para invadir um enorme casarão abandonado. De madeira escurecida, coruchéu piramidal e para-raios sinistros no telhado, o edifício emana maldade. E uma vez lá dentro, a moçada desce até galerias úmidas, onde a trama se desenvolve.
Trata-se de um dos trechos mais tensos do filme. E grande parte dessa força se deve a elementos que, há mais de 250 anos, estão à disposição dos criadores das histórias de horror: aqueles reunidos sob a denominação de literatura gótica, que teve sua origem na Inglaterra do século XVIII. Mais especificamente em 1764, com a publicação de O Castelo de Otranto, de Horace Walpole.
A que elementos nos referimos? Bem, no caso de It, à própria mansão desolada, que faz o dia anoitecer; às galerias subterrâneas no melhor estilo de catacumbas medievais; e à própria escuridão que domina o filme de um certo momento em diante. Mas, se fôssemos mencionar todos os recursos que surgiram a partir da novela de Walpole — e que são intensamente usados até os dias atuais —, precisaríamos de um espaço muito maior do que este que nos cabe. [...]
NESTAREZ, Oscar. Literatura gótica: o ‘Big Bang’ que deu origem ao universo do horror. Revista Galileu Disponível em: www.revistagalileu.globo.com. Acesso em: 30 maio 2022.
Ao debater literatura e cinema, o artigo coloca em evidência: a) a composição de personagens. b) os tipos de narradores. c) o tempo no qual se desenvolvem as narrativas. d) o espaço no qual são ambientadas as narrativas.
Resposta: alternativa d. Essa questão exige o conhecimento dos elementos que compõem uma narrativa. O artigo analisado estabelece uma correspondência entre os elementos cênicos do filme It e a literatura inglesa do século XVIII, marcada pela ambientação medieval. É o espaço narrativo que está em evidência: casarão, telhado piramidal, para-raios, edifício, catacumbas, galerias.
Missão 3
É luta, é dança, é música, é cultura, é resistência, é história...
Questão 1
Leia o post ao lado e responda à questão proposta. No post, a conjunção “e” indica ideia de: a) alternância, pois o autor ficaria satisfeito com qualquer um dos pratos. b) adição, pois o autor poderia comer todos os pratos para matar a fome. c) explicação, pois o autor comenta com seus seguidores a fome que sente. d) oposição, pois os pratos são muito diferentes e não combinam entre si.
Resposta: alternativa b. Resolver essa questão requer o conhecimento dos mecanismos de coesão textual, especificamente das conjunções coordenativas, e de seus efeitos de sentido. O humor identificado no post se deve à ideia de exagero, de uma fome tão grande que precisaria de muitas e diferentes refeições para ser aplacada. O exagero é construído pela noção de adição, proporcionada pela repetição da conjunção “e”.
Questão 2
Leia a tira ao lado para resolver a questão proposta. Por meio da tirinha, o cartunista propõe uma crítica: a) às condições desiguais de acesso aos livros e à educação. b) à literatura de ficção científica, que distrai as pessoas da realidade. c) à falta de representatividade de pessoas negras em determinados locais. d) à discriminação racial historicamente sofrida pelas crianças negras.
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Resposta: alternativa c. Para resolver essa questão, é preciso mobilizar a capacidade de interpretar textos com o apoio de recursos gráficos diversos, bem como a capacidade de interpretar o sentido do termo “alienígena”. A personagem Isaura se destaca por ser única em um grande grupo de crianças brancas, fato que explica a falta de representatividade e de acesso da população negra a determinados locais. Por outro lado, não é possível identificar qualquer atitude de rejeição da personagem negra por parte das crianças brancas, o que invalida a alternativa d
Disponível em: www.juniao.com.br/wp-content/uploads/2014/08/ Tira_Dona_Isaura_00116_juniao_14_agosto_2014_72.jpg. Acesso em 30 maio 2022.
Missão 4
A publicidade em foco!
Questão 1
Leia o anúncio a seguir.
O que chama a atenção no anúncio publicitário é: a) O uso da palavra “peça”, que se refere tanto à peça que falta em um quebra-cabeça, como à peça de roupa a ser doada. b) O slogan da campanha: “Onde há calor há mais vida”, fazendo referência ao calor do sol. c) Um instituto federal fazer uma campanha para arrecadar roupas de inverno. d) O título da campanha sendo representado por pombas brancas, que simbolizam a paz.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201402-1fce168624993dfc586c4ba51fb20ed9/v1/099575edde3afcdafeb7b91bc8ddaab5.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Resposta: alternativa a. A questão exige que o estudante reconheça o efeito de sentido decorrente da escolha de determinadas palavras. No anúncio publicitário, é imprescindível que se perceba ambiguidade da palavra “peça”, significando tanto a peça que falta no quebra-cabeça, formado pela imagem do cesto com as roupas, como também fazendo referência à própria peça de roupa a ser doada na campanha de inverno.
Leia o texto a seguir.
Por que as crianças ficam obcecadas com vídeos de unboxing?
Sabe aqueles vídeos onde youtubers – crianças ou adultos – abrem caixas de brinquedos, enquanto narram suas ações? Não é só o seu filho que está obcecado por eles, não! Esse tipo de vídeo acumula milhões de visualizações e é sucesso na internet. Mas será que eles são bons ou ruins para o desenvolvimento dos pequenos?
Enquanto os adultos ainda tentam entender o que há de tão atraente em ver alguém abrindo um novo brinquedo, as crianças estão cada vez mais obcecadas. Esse tipo de vídeo, batizado como unboxing, é bastante popular entre os pequenos, e os youtubers já sacaram isso. Tanto que alguns já são “especializados” e até são pagos para abrir produtos de fabricantes.
Há quem diga que as empresas enviam brinquedos aos youtubers antes mesmo de serem colocados à venda para abastecer a demanda antes do lançamento do produto. Alguns parecem resenhas sobre os prós e os contras de um produto. Outros soam mais como publicidade. Tem ainda aqueles que gravaram os filhos abrindo presentes, jogaram na internet e o vídeo acabou viralizando.
ONGARATTO, Sabrina. Por que as crianças ficam obcecadas com vídeos de unboxing? Revista Crescer. 21 de dez 2018. Disponível em: https:// revistacrescer.globo.com/Criancas/Comportamento/noticia/2018/12/por-que-criancas-ficam-obcecadas-com-videos-de-unboxing.html.
O uso do ponto de interrogação, no fim do título do texto, tem a função de: a) expressar uma dúvida da autora do texto relacionada à importância de vídeos de unboxing. b) chamar a atenção do leitor com um questionamento que será discutido ao longo do texto. c) indicar um questionamento das crianças em relação aos vídeos de unboxing. d) convencer o leitor de que os vídeos de unboxing são importantes na formação das crianças.
Resposta: alternativa b. Esse tipo de questão avalia se o estudante é capaz de identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação no título do texto: é uma interrogação que tem como objetivo chamar a atenção do leitor, estimulando a reflexão sobre o assunto dos vídeos de unboxing na formação da criança.
Missão 5
Hora de se vacinar e se proteger!
Questão 1
Leia os textos a seguir e responda à questão proposta.
Texto 1
[...] O vermelho sinaliza: “Pare! Perigo!” Freios de emergência e botões de alarme são vermelhos. Nos balões, o cabo que só pode ser puxado para descida é vermelho. A cor vermelha nos diz: “Pare!”, “Proibida a entrada!”. Uma luz vermelha à porta de um estúdio de rádio ou de uma sala de operações significa que o acesso está proibido.
No futebol, um jogador fica proibido de continuar jogando quando o árbitro da partida lhe mostra o “cartão vermelho”. [...]
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201402-1fce168624993dfc586c4ba51fb20ed9/v1/bc6292675b49ebe083433942ce8a34d9.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Na comparação entre os textos 1 e 2, pode-se afirmar que: a) os dois tratam do mesmo assunto – a cor vermelha. b) o texto 1 explica os recursos utilizados na construção do texto 2. c) ambos os textos visam orientar o leitor a reagir diante do perigo. d) ambos os textos assumem um tom alarmista para atrair a atenção do leitor.
Resposta: alternativa b. Essa questão exige a habilidade de estabelecer relações entre diferentes textos. O primeiro expõe alguns significados atribuídos à cor vermelha, associando-a a proibições ou a situações perigosas. O estudante deve notar que esse elemento é predominante na construção do texto 2, escolha que faz muito sentido, considerando-se que visa alertar para o perigo das fake news.
Questão 2
Leia o fragmento da reportagem e responda à questão proposta.
A juventude trancafiada: ela dá sinais de mau humor, irritação e solidão
[...] “A proibição foi suspensa hoje. Não mais... máscaras. Tudo aberto também. O Romance de Tarzan está passando no Coliseu, como há cerca de seis semanas. Eu gostaria tanto de poder ir ao cinema assistir ao filme. A escola abre esta semana, na quinta-feira! Você sabia? Como se não pudessem esperar até segunda-feira!” Esse trecho do diário de Violet Harris, uma adolescente de 15 anos de Seattle, nos Estados Unidos, poderia ter sido escrito hoje, hoje mesmo, sem tirar nem pôr, mas tem mais de 100 anos, foi rabiscado em 15 de outubro de 1918, em um dos momentos de abre e fecha da quarentena imposta pela gripe espanhola.
Ressalte-se que aquela pandemia, na comparação com o surto do novo coronavírus, tinha uma característica assustadora para quem namorava a idade adulta: atingia e matava mais os jovens, filhos de um período em que houve duas tragédias simultâneas, a da saúde e a da I Guerra. Havia pouco respiro e escassa esperança, em um tempo evidentemente sem internet, em que as janelas fechadas isolavam as pessoas do mundo [...]
ROSÁRIO, Mariana. A juventude trancafiada: ela dá sinais de mau humor, irritação e solidão. Revista Veja. 7 de abril de 2021. Ed. nº 2732. Disponível em: https://veja.abril.com.br/saude/a-juventude-trancafiada-ela-da-sinais-de-mau-humor-irritacao-e-solidao. Acesso em: 27 jun. 2022.
No trecho destacado no texto, as vírgulas foram utilizadas para separar: a) uma expressão que explica o termo anterior. b) uma informação circunstancial de lugar que foi deslocada no período. c) elementos de uma enumeração. d) elementos com a mesma função sintática na oração.
Resposta: alternativa a. Esta questão exige identificar os efeitos de sentido decorrentes da exploração de recursos morfossintáticos. É preciso reconhecer que a expressão “uma adolescente de 15 anos de Seattle” é um aposto, constituindo uma ampliação ou uma explicação do termo “Violet Harris” e, portanto, está isolada por vírgulas.
Missão 6
Um rap originário!
Questão 1 https://revistaquale.com.br/edicoes_quale/edicao-12.
Analise o infográfico a seguir.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201402-1fce168624993dfc586c4ba51fb20ed9/v1/860764fcd11aa00dded3b4c1ab5d66b5.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
De acordo com o infográfico, conclui-se que: a) em números absolutos, o Brasil é o país com o maior número de indígenas do mundo. b) o país com a maior proporção de indígenas em sua população está localizado na América do Sul. c) o Brasil tem 0,4% de toda a população indígena mundial, totalizando 817 mil indígenas. d) a América Central tem um total de 56% da população indígena mundial.
Resposta: alternativa b. Para responder à questão, é necessária a interpretação dos recursos verbais e não verbais de um infográfico. Espera-se que o leitor analise os dados numéricos relacionados à proporção da população indígena no mundo e nos países destacados, tecendo comparações e cálculos, se necessário.
Questão 2
Leia a seguir um trecho do depoimento de Mrynho re Kaiapó, indígena da nação mebêngôkre-kayapó.
“NÃO VAMOS DEIXAR O GARIMPO ENTRAR NA NOSSA TERRA”
Indígena de grupo reduzido a 140 pessoas diz que seu povo vai resistir ao avanço de garimpeiros no Pará
Em depoimento a Felippe Aníbal
Eu sou do povo mebêngôkre-kayapó. Nasci, cresci e moro na aldeia Kubenkrãkenh, no Pará, na região do Médio Xingu. É uma terra muito longe dos kuben [homem branco]. Para chegar à cidade mais perto [Ourilândia do Norte], tem que viajar três dias de barco. É difícil. Tem tantas corredeiras que, em alguns trechos, todo mundo tem que descer e ir a pé, pela margem, puxando o barco com cordas, por mais de uma hora. Também dá pra ir à nossa aldeia de avião, mas é algo raro. Ainda assim, dá uma hora de voo. Mas isso [a dificuldade de acesso] também é bom: ajuda os mebêngôkre a continuarmos isolados, mantendo nossa cultura. É isso que queremos. [...]
O uso de colchetes ao longo do parágrafo: a) tem a mesma função em todas as ocorrências. b) trouxe informações adicionais importantes para a compreensão do depoimento do indígena. c) é necessário para se esclarecer o significado das palavras indígenas. d) revela um trecho do depoimento do indígena que foi suprimido.
Resposta: alternativa b. Esse tipo de questão avalia se o estudante é capaz de identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras anotações, como os colchetes, ao longo do parágrafo: na primeira ocorrência, os colchetes trazem a tradução de um termo indígena; na segunda, temos a informação de qual é o nome da cidade mais perto da aldeia; por fim, os colchetes trazem o referente do pronome “isso”, ou seja, o termo ao qual ele se refere.
Ler, escrever e fazer conta de cabeça
Questão 1
Leia um trecho de uma entrevista feita com o escritor Bartolomeu Campos de Queirós e responda à questão a seguir. Nasci em uma cidade pequenininha, no interior de Minas Gerais. Era uma cidade que tinha três ruas. A rua de cima, a de baixo e a do meio. Hoje o poder público já chegou lá, e a rua de cima se chama Visconde do Rio Branco. A do meio, Juscelino Kubitschek; e a outra, Benedito Valadares. [...] Quando eu nasci (em 1944), devia ter uns cinco mil habitantes. Meu pai era caminhoneiro e minha mãe era uma leitora, uma grande leitora e dona de casa. Devo o meu gosto pela palavra também ao meu avô. Talvez ele tenha me alfabetizado. Meu avô morava em Pitangui, uma cidade perto de Papagaio, ganhou a sorte grande na loteria e nunca mais trabalhou. Ele cultivou uma preguiça absoluta. Levantava pela manhã, vestia terno, gravata e se debruçava na janela. Todo mundo que passava falava: “Ô, seu Queirós!”. Ele falava: “Tem dó de nós”. Só isso. O dia inteiro. Tudo o que acontecia na cidade, ele escrevia nas paredes de casa. Quem morreu, quem matou, quem visitou, quem viajou. Fui alfabetizado nas paredes do meu avô. Eu perguntava que palavra é essa, que palavra é aquela. Eu escrevia no muro a palavra com carvão, repetia. Ele ia lá para ver se estava certo. Na parede da casa dele, somente ele podia escrever. Eu só podia escrever no muro.
Disponível em: https://rascunho.com.br/noticias/bartolomeu-campos-de-queiros. Acesso em: 30 mai. 2022.
A finalidade desse texto é: a) revelar os segredos da vida de seu Queirós, avô do escritor Bartolomeu Campos de Queirós. b) informar sobre as três ruas principais de uma pequena cidade mineira, onde nasceu Bartolomeu Campos de Queirós. c) narrar sobre a influência do avô na relação que Bartolomeu Campos de Queirós estabeleceu com as palavras. d) convencer os leitores a respeito da importância da participação da família no processo de alfabetização das crianças.
Resposta: alternativa c. Esse tipo de questão avalia a capacidade de identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. Espera-se que o estudante perceba que esse trecho é narrativo e traz as memórias afetivas que Bartolomeu Campos de Queirós estabeleceu entre seu processo de alfabetização e sua vivência com o avô.
Questão 2
Analise o infográfico a seguir e responda à questão proposta.
Percentual de crianças de 6 e 7 anos não sabem ler e escrever no Brasil. IBGE/Pnad contínua. Disponível em: https://exame.com/brasil/ pesquisa-jovens-brasileiros-alfabetizados. Acesso em: 30 maio 2022.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201402-1fce168624993dfc586c4ba51fb20ed9/v1/0435b3259bea6b329df4f167c43b82c5.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
De acordo com o infográfico, conclui-se que, no Brasil: a) em todos os anos, o percentual de crianças analfabetas pobres é três vezes maior que o das crianças mais ricas. b) nos três últimos anos analisados, houve aumento no número de crianças que não sabem ler, tanto pobres como ricas. c) ao longo da década, o analfabetismo entre as crianças é crescente, independentemente se são pobres ou ricas. d) entre 2012 e 2021, houve apenas um ano em que ocorreu uma diminuição no analfabetismo tanto de crianças mais pobres como no das mais ricas.
Resposta: alternativa d. Responder à questão exige a interpretação tanto dos recursos verbais como dos não verbais do infográfico. O estudante precisa analisar os números percentuais de crianças analfabetas, entre seis e sete anos, ao longo de nove anos, e comparar esses dados às classes sociais das crianças.
Missão 8
− Zum zum? Zummmm!
Questão 1
Leia os textos a seguir.
Texto 1
As abelhas de estimação
Criação desses insetos em casa vem ganhando adeptos pelo país
O jornalista João Fellet tem centenas de animais de estimação em sua casa, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Não se trata de cães ou gatos, mas sim de abelhas. Atualmente, ele possui quatro colônias de espécies de jataí e mirin-guaçu, ambas sem ferrão. [...]
Ele não é o único a cultivar esses insetos em casa. Há criadores de abelhas sem ferrão por todo o país, inclusive com associações e grupos no Facebook e no WhatsApp. Ali, eles aproveitam para trocar informações e dicas, ajudando uns aos outros.
Muitos decidiram criar abelhas para ter seu próprio mel, mas há também aqueles que resolveram adotar o inseto para ajudar o meio ambiente. Isso porque esses insetos são um dos principais polinizadores da natureza, ou seja, ajudam na reprodução das plantas e no desenvolvimento de seus frutos. [...]
PEIXOTO, Fabricia. As abelhas de estimação. Revista QUALÉ. Disponível em: https://revistaquale.com.br/ edicoes_quale/edicoa-15/. Acesso em: 30 maio 2022.
Texto 2
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Comparando-se os textos 1 e 2, pode-se afirmar que: a) ambos tratam do mesmo assunto: a preservação do meio ambiente. b) apresentam a mesma temática: a importância das abelhas para o meio ambiente. c) predomina em ambos os textos a linguagem verbal. d) ambos refletem, com humor, sobre a mesma temática: o papel das abelhas na natureza.
Resposta: alternativa b. É necessário ativar a habilidade de relacionar os textos da questão. Espera-se que o estudante compare os textos, percebendo que são de gêneros diversos, mas apresentam a temática semelhante: a importância das abelhas para o meio ambiente.
Questão 2
Leia o texto a seguir e responda à questão.
Cientistas e cartunistas se unem para divulgar ciência em quadrinhos
Biólogo da USP e quadrinista lançam tirinha feita a partir de artigo científico, enquanto físico dos EUA publica graphic novel para estimular conversas sobre ciência
Se já é quase consenso que devemos colocar mais ciência na pauta pública, a divulgação científica – que é a comunicação da ciência para o público não especializado – tem feito a festa com os novos meios de comunicação. Todos os dias, novos conteúdos de ciências de criadores de todo o mundo são compartilhados em plataformas como YouTube, mídias sociais e podcasts. Mas também se destacam novos usos que os divulgadores têm dado para velhos meios. Nesta categoria, a adoção da linguagem dos quadrinhos tem bons exemplos aqui na Universidade. [...] O biólogo e pesquisador da USP Luciano Queiroz e o cartunista Marco Merlin lançaram a tirinha Ciclos, que transformou em HQ os resultados de um artigo científico.
O objetivo do estudo que deu origem à tirinha, feito quando Luciano Queiroz ainda estava na iniciação científica na Universidade Federal de Goiás (UFG), foi estudar como acontece a colonização de riachos por insetos aquáticos. Os insetos aquáticos não são tão conhecidos e muitos deles sequer foram “batizados” com nomes populares. Libélulas, percevejos, besouros e mosquitos são mais famosos, mas nem por isso têm menos importância ecológica do que os efemerópteros, trichopteros e plecopteros – alguns dos personagens do HQ. [...]
Dessa forma, autores esperam fazer chegar em mais gente os resultados alcançados no estudo, mostrando a importância dos insetos para a conservação dos ambientes aquáticos. “A combinação da linguagem visual e textual ao conteúdo científico facilita muito a compreensão dos conceitos mais abstratos ou técnicos”, diz o quadrinista Marco Merlin.
CAIRES, Luiza. Cientistas e cartunistas se unem para divulgar ciência em quadrinhos. Jornal da USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/ ciencias/cientistas-e-cartunistas-se-em-para-divulgar-ciencia-em-quadrinhos. Acesso em: 10 jun. 2022.
O trecho que apresenta uma opinião da autora é: a) “Se já é quase consenso que devemos colocar mais ciência na pauta pública, a divulgação científica [...] tem feito a festa com os novos meios de comunicação.” b) “Todos os dias, novos conteúdos de ciências de criadores de todo o mundo são compartilhados em plataformas como YouTube, mídias sociais e podcasts.” c) "[...] O biólogo e pesquisador da USP Luciano Queiroz e o cartunista Marco Merlin lançaram a tirinha Ciclos [...].” d) “A combinação da linguagem visual e textual ao conteúdo científico facilita muito a compreensão dos conceitos [...].”
Resposta: alternativa a. Essa questão avalia se o estudante consegue diferenciar os fatos apresentados no texto da opinião que a autora expressa. Na primeira alternativa, temos algumas expressões que demonstram se tratar de uma opinião: “quase consenso”, “devemos colocar”. Já as outras alternativas trazem fatos inquestionáveis.
Refer Ncias Comentadas
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
Uma nova aula de português é possível? Esse livro defende que sim! Nele, são delineados caminhos para o trabalho com a leitura e a escrita, incluindo o estudo gramatical, e são oferecidas orientações e sugestões de atividades de escrita, leitura, reflexão gramatical e oralidade.
ANTUNES, Irandé. Análise de textos: fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
Nessa obra, a autora apresenta estudos de textos de diferentes gêneros, considerando sua dimensão global e aspectos de sua construção.
ANTUNES, Irandé. Gramática contextualizada: limpando o “pó das ideias simples”. São Paulo: Parábola Editorial, 2014.
A obra discute a necessidade de o ensino sobre conhecimentos linguísticos ser abordado em um viés que, de fato, contribua para a ampliação da competência linguístico-comunicativa dos estudantes em suas práticas sociais.
BACICH, Lucas; MORAN, José. (org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora Porto Alegre: Penso, 2018.
O livro trata da participação efetiva dos estudantes em seu processo individual de construção do conhecimento e desenvolvimento de habilidades por meio da adoção de metodologias ativas nas práticas pedagógicas. Para isso, os autores destacam a importância da mediação pelo professor e do uso das tecnologias digitais nesse processo.
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 1999.
Por meio de uma reflexão linguística e política sobre o papel da escola e dos professores, em especial os de Língua Portuguesa, o autor promove discussões acerca do combate ao preconceito linguístico, tão enraizado na cultura brasileira.
BAGNO, Marcos. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. 23. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2009.
Você sabia que todo estudante protagonista é também pesquisador? Essa obra é um pequeno “manual” de instruções de como empreender uma pesquisa no contexto escolar.
BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do português brasileiro São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
Você sabe o que é uma gramática pedagógica? Nessa obra, o autor discute os saberes gramaticais que devem ser ensinados na escola.
BARROS, F.; COIMBRA, L. Literatura e formação de leitor@s literári@s na escola e para além dela. In: MENDONÇA, Cleidimar (org.). América Latina e língua espanhola: perspectivas decoloniais. Campinas: Pontes, 2020, p. 31-64.
Nesse artigo, as pesquisadoras discutem, dentre outras coisas, o status da literatura na Base Nacional Comum Curricular, delineando uma proposta que chamam de antropofagia curricular.
BENTES, Anna Christina. Linguagem oral no espaço escolar: rediscutindo o lugar das práticas e dos gêneros orais na escola. In: RANGEL, Egon de Oliveira; ROJO, Roxane Helena Rodrigues (coord.). Língua portuguesa: ensino fundamental. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010, p. 129-154. (Coleção Explorando o Ensino; v. 19)
A pesquisadora discute o lugar periférico das práticas e dos gêneros orais no espaço escolar, ao mesmo tempo em que sugere formas para um trabalho consistente com a oralidade, em sala de aula, fundamentado em princípios teóricos e metodológicos.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br. Acesso em: 19 maio 2022.
O documento estabelece os direitos de aprendizado essenciais que devem ser garantidos a todos os estudantes da Educação Básica no país. Nele, são definidas competências e habilidades que devem pautar o processo de aprendizagem em todos os segmentos de ensino, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.
BRASIL. Coordenação-Geral de Inovação e Integração com o Trabalho. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: contexto histórico e pressupostos pedagógicos. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2019. 20 slides, color. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/ implementacao/contextualizacao_temas_contemporaneos.pdf. Acesso em: 20 maio 2022.
A BNCC atualiza a proposta de trabalho com a transversalidade temática já prevista pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), ampliando o alcance dos assuntos, considerando as relações socioculturais, históricas e econômicas da atualidade, por meio da abordagem com os 15 Temas Contemporâneos Transversais (TCTs).
CAMPOS, Elísia Paixão de. Por um novo ensino de gramática: orientações didáticas e sugestões de atividades. Goiânia: Cânone Editorial, 2014. A aprendizagem pode acontecer em um contexto significativo? Esse livro apresenta sugestões de como é possível trabalhar em sala de aula com morfologia e sintaxe de uma maneira a ampliar o desempenho linguístico e a competência comunicativa.
CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. In: CANDIDO, A. Vários escritos. 5. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2011.
O autor trata da literatura como um direito, especialmente devido a sua função humanizadora. Em outros ensaios da mesma obra, Candido apresenta reflexões sobre textos de escritores como Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Oswald de Andrade, Cláudio Manuel da Costa, Guimarães Rosa e Basílio da Gama.
CASTILHO, Ataliba Teixeira de. A língua falada no ensino de português. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2002.
Partindo de uma discussão sobre a crise do ensino de Língua Portuguesa, o autor apresenta propostas concretas de integração da língua falada nas práticas escolares, focalizando a conversação, o texto e a sentença.
COSCARELLI, Carla. (org.). Tecnologias para aprender. São Paulo: Parábola Editorial, 2016.
Neste livro, a autora traz o tema do letramento digital em dez artigos que estudam e discutem as possibilidades digitais, dentro e fora da escola, e seus usos de forma cidadã e crítica.
COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2014.
Nessa publicação, inicialmente, o pesquisador aborda as relações entre literatura e mundo e literatura e escola. Em seguida, é apresentada uma metodologia de trabalho sobre letramento literário.
COSTA VAL, Maria da Graça. A gramática do texto, no texto. Revista de Estudos da Linguagem, Belo Horizonte, Faculdade de Letras da UFMG, v. 10, n. 2, p. 107-133, jul./dez. 2002.
Você já pensou o quanto a gramática é importante na construção dos sentidos dos textos? Nesse artigo, a autora discute a importância de se estudar a gramática, considerando os efeitos de sentido decorrentes dos usos de recursos linguísticos.
COSTA VAL, Maria da Graça. Texto, textualidade e textualização. In: FERRARO, M. L. et. al. (org.). Experiência e prática de redação Florianópolis: Editora da UFSC, 2008. p. 63-86.
A autora procura definir os conceitos de textualidade e textualização e sua importância nos estudos da linguagem, já que podem ter muitas aplicações nas aulas de Língua Portuguesa, no ensino da leitura e da escrita.
DELL’ISOLA, Regina Lúcia Péret. Leitura: inferências e contexto sociocultural. Belo Horizonte: Formato Editorial, 2001.
A autora promove uma discussão sobre a importância de se considerar, nas práticas sociais da leitura da esfera escolar, as inferências de natureza sociocultural para produção de sentidos, no plural, dos textos.
DOLZ, Joaquim; NOVERRAZ, Michèle; SCHNEUWLY, Bernard. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento.
In: SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola Campinas: Mercado de Letras, 2004. p. 81-108.
Nesse texto, os pesquisadores apresentam alguns procedimentos didáticos para ensinar a expressão oral e escrita, considerando que o ensino dessas duas modalidades guarda, a um só tempo, semelhanças e diferenças.
FAZENDA, Ivani. (org.). O que é interdisciplinaridade 2. ed. São Paulo: Cortez, 2008.
A partir de diferentes perspectivas e pontos de vista, a autora discute o conceito de interdisciplinaridade, considerando a rede semântica e polissêmica que o cerca. A obra destaca, também, a importância de o professor assumir uma atitude interdisciplinar, convidando-o a investigar a própria prática.
FERREIRA, Carlos Eduardo; RIBEIRO, Leila; CAVALHEIRO, Simone André. Pensamento computacional. Revista da Sociedade Brasileira de Computação. n. 41, dez. 2019. p. 10-12. Disponível em: www.sbc.org.br/ images/flippingbook/computacaobrasil/computa_41/pdf/CompBrasil_41.pdf.
Acesso em: 18 maio 2022.
No artigo, os pesquisadores discutem o conceito de pensamento computacional e como ele pode auxiliar as práticas de ensino e de aprendizagem, contribuindo para a formação de estudantes que sejam capazes de propor soluções para resolver problemas variados.
FIORIN, José Luiz. Argumentação. São Paulo: Contexto, 2016. Utilizando exemplos de textos literários e da mídia impressa, o autor discute as bases da argumentação e expõe as principais organizações discursivas utilizadas na persuasão.
FLEITH, Denise de Souza. O papel da criatividade na educação do século XXI. 2019. Disponível em: https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/guiacriatividade-e-pensamento-critico.html. Acesso em: 13 maio 2022.
A professora apresenta, no artigo, a temática da criatividade como competência fundamental para os desafios atuais, a fim de contribuir para a formação de estudantes mais engajados com as práticas sociais onde estão inseridos.
FRADE, I. C. A. S.; COSTA VAL, Maria da Graça; BREGUNCI, M. G. C. (org.).
Glossário Ceale: termos de alfabetização, leitura e escrita para educadores.
Belo Horizonte: UFMG/Faculdade de Educação, 2014. Disponível em: www. ceale.fae.ufmg.br/glossarioceale. Acesso em: 11 jun. 2022.
Esta obra reúne verbetes de termos relacionados à alfabetização, ao letramento e ao ensino de língua portuguesa.
GERALDI, João Wanderley. Portos de passagem São Paulo: Martins Fontes, 1997.
O autor apresenta um estudo reflexivo sobre o ensino de Língua Portuguesa, destacando conceitos que podem ser incluídos como conteúdo de ensino, visando levar os estudantes a ler ou produzir textos.
GLASSER, William. Teoria da escolha: uma nova psicologia de liberdade pessoal. São Paulo: Mercuryo, 2001.
No livro, o autor discute alguns princípios da psicologia, demonstrando como as pessoas podem se tornar mais críticas, participativas e conscientes.
GOTLIB, Nádia. Battella. Teoria do conto. São Paulo: Editora Ática, 1988. (Série princípios)
Você já ouviu falar que quem conta um conto aumenta um ponto? Nesse livro, a autora traz muitos pontos sobre o conto, caracterizando esse gênero literário de forma crítica com a contribuição de outros estudiosos.
HERMAN, Edward. S.; CHOMSKY, Noam. A manipulação do público: política e poder econômico no uso da mídia São Paulo: Futura, 2003.
Você quer saber o que duas autoridades pensam sobre manipulação do público? Esse livro descreve, sem rodeios, o papel manipulador da mídia de massa na formação da opinião pública.
KELLNER, Douglas. A cultura da mídia. Bauru: Edusc, 2001. (Coleção Verbum). Você sabia que hoje a forma dominante de cultura se encontra na mídia?Essa obra propõe procedimentos de análise da produção contemporânea de filmes, de programas de televisão, de músicas e outros, com objetivo de caracterizar sua natureza e seus efeitos.
KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. Campinas: Pontes/ Editora da Unicamp, 2002.
Nesse livro, a autora aborda as estratégias de leitura, que mudam segundo os objetivos e as necessidades do leitor, e não segundo o que ele estiver lendo. O volume reúne diversas atividades desenvolvidas durante sua experiência com oficinas de leitura.
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.
Com uma linguagem clara e objetiva, a obra apresenta teorias sobre texto e leitura, propondo uma articulação com práticas docentes.
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2018.
As pesquisadoras apresentam estratégias para a construção de textos argumentativos com base na análise de exemplos e na proposição de exercícios de leitura e de escrita.
LAGE, Nilson. Linguagem jornalística. São Paulo: Ática, 2001. Toda área de atuação tem a sua própria linguagem, não é mesmo? Esse livro aborda normas de redação jornalística em veículos impressos, rádio e televisão.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 2006. A obra evidencia a importância da didática, mobilizando conhecimentos das áreas de Psicologia da Educação, Filosofia da Educação, entre outras, com o objetivo de conceituar as práticas de aprendizagem.
LUCKESI, Cipriano Carlos. A avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico. São Paulo: Cortez, 2011. No livro, o autor faz reflexões críticas sobre as práticas avaliativas no ambiente escolar.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2004.
A obra, dividida em duas partes, apresenta uma discussão sobre as relações entre fala e escrita, propondo uma visão não dicotômica dessas duas modalidades da língua.
MENDONÇA, Márcia. Análise linguística no ensino médio: um novo olhar, um outro objeto. In: BUNZEN, Clécio; MENDONÇA, Márcia. (org.). Português no ensino médio e formação dos professores São Paulo: Parábola Editorial, 2006. p. 199-226.
O capítulo promove reflexões sobre a abordagem dos conhecimentos linguísticos baseados na gramática normativa que, tradicionalmente, costumam ocupar lugar central nas aulas de Língua Portuguesa, muitas vezes em detrimento do trabalho com a leitura e a produção de textos.
MORAN, José. A aprendizagem é ativa. In: BACICH, Lilian; MORAN, José. (org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora. Porto Alegre: Penso, 2018.
No artigo que dá início à primeira parte do livro, o autor introduz o conceito de aprendizagem ativa, explicando como o questionamento e a experimentação são relevantes para uma compreensão de mundo mais ampla e profunda.
MORETTO, Vasco Pedro. Planejamento: planejando a educação para o desenvolvimento de competências. Petrópolis: Vozes, 1997.
Nessa obra, o pesquisador trata da importância da flexibilidade no planejamento e oferece recursos para que o professor possa reavaliar e replanejar o ensino.
MULLER, Marie-France. Ousar falar em público: os segredos de uma boa comunicação. Petrópolis: Vozes, 2011. (Coleção Práticas para o Bem Viver)
O medo de falar em público pode ser superado? Essa obra demonstra que se expressar e ficar à vontade diante dos outros não são privilégios de uma elite. Todo mundo pode conseguir, basta conhecer e dominar as regras da comunicação em público.
O QUE é pensamento computacional e para que ele serve?, [s. l.], 2020. 1 vídeo (3min13s). Publicado pelo canal Instituto Ayrton Senna. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=IpUbdH7ZuuA. Acesso em: 20 jun. 2022.
Qual a relação entre o pensamento computacional e o ensino e a aprendizagem de língua portuguesa? O vídeo explica o que é pensamento computacional e o que as etapas de padronização, abstração e algoritmo têm a ver com o ensino e a aprendizagem de todos os componentes curriculares.
PAULINO, Graça; COSSON, Rildo. Letramento literário: para viver a literatura dentro e fora da escola. In: ZILBERMAN, Regina; ROSING, Tânia Mariza Kuchenbecker (org.). Escola e leitura: velha crise, novas alternativas. São Paulo: Global, 2009. p. 61-79.
O artigo dos autores está presente em uma coletânea de textos em que se discute a leitura literária na escola e se apresentam novos modos de vivenciar a literatura dentro e fora da sala de aula.
PETIT, Michèle. Os jovens e a leitura: uma nova perspectiva. São Paulo: Editora 34, 2009.
Quais são as relações entre os jovens e o livro no mundo globalizado?
Com base em entrevistas com leitores de bairros marginalizados de grandes cidades francesas, essa obra ajuda os leitores a perceber o papel fundamental que a leitura pode representar na (re)construção dos sujeitos.
PINHEIRO, Helder (org.). Pesquisa em literatura. 2. ed. Campina Grande: Bagagem, 2011.
Você sabia que a literatura também é objeto de investigação científica? Nesse livro, há orientações sobre os caminhos que um jovem pesquisador precisa conhecer para elaborar e executar seu projeto de pesquisa em literatura.
RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala São Paulo: Pólen, 2019.
Você já ouviu falar em “lugar de fala”? Essa obra da filósofa brasileira Djamila Ribeiro discute a importância de se diferenciar discursos conforme a posição social de onde se fala.
ROCHA, Rosa Margarida de Cravalho. Almanaque pedagógico afrobrasileiro Belo Horizonte: Mazza, 2012.
O almanaque descreve uma proposta pedagógica em prol da superação do racismo no cotidiano escolar, dialogando com o conceito de identidade e de protagonismo juvenil.
SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim et. al. Gêneros orais e escritos na escola Campinas: Mercado de Letras, 2004.
Nesse livro, os autores buscam responder a questões sobre como pensar o ensino dos gêneros escritos e orais e como abordá-los de maneira satisfatória. O objetivo é mostrar, para os professores e formadores de professores, encaminhamentos ou procedimentos possíveis para o ensino de gêneros.
SOARES, Magda. A escolarização da literatura infantil e juvenil. In: EVANGELISTA, Aracy A. M.; BRANDÃO, Heliana M. B.; MACHADO, Maria Z. V. (org.). Escolarização da leitura literária. 2. ed., Belo Horizonte: Autêntica, 2006. Nesse artigo, a pesquisadora discute a escolarização da literatura infantil e juvenil, apontando o que seria uma escolarização adequada e criticando uma escolarização inadequada do texto literário.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura 6. ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998. Abordando os processos envolvidos no processamento da compreensão dos sentidos dos textos, o livro apresenta as estratégias de leitura que leitores proficientes são capazes de mobilizar, conscientemente, para dialogar de modo crítico com esses sentidos.
THIESEN, Juarez da Silva. A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino-aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 13, n. 39, p. 545-554, dez. 2008. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-24782008000300010. Acesso em: 19 maio 2022. No artigo, o autor discute questões ligadas à interdisciplinaridade como uma concepção mais integradora, dialética e totalizadora na construção do conhecimento e da prática pedagógica.
VOLÓCHINOV, Valentin; BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico da linguagem. São Paulo: Hucitec, 2004.
Nessa obra, os autores analisam questões importantes para os estudos linguísticos. São discutidas as relações entre linguagem, consciência e ideologia, bem como questões sobre a relação entre língua, fala e enunciação.
WING, Jeannette. Pensamento computacional – Um conjunto de atitudes e habilidades que todos, não só cientistas da computação, ficaram ansiosos para aprender e usar. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, v. 9, n. 2, 2016. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/ rbect/article/view/4711. Acesso em: 20 maio 2022.
Nessa obra, a pesquisadora apresenta explicações sobre o conceito de pensamento computacional, mostrando que os procedimentos podem ser aplicados a qualquer área do conhecimento.