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38 minute read
A VIDA NOS LIVROS
Roteiro
Neste projeto artístico-literário, você vai:
ler a biografia Malala, a menina que queria ir para a escola, da autora Adriana Carranca, com ilustrações de Bruna Assis Brasil;
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discutir a importância da luta pelos direitos humanos; trabalhar com o conceito de biografia; produzir um documentário. Você nem imagina em que mundo vai se aventurar!
MOTIVAÇÃO VOCÊ CONHECE SEUS DIREITOS E LUTA POR ELES?
Você sabia que todo ser humano tem direito à liberdade, à igualdade perante a lei, a uma casa e uma família, entre outros direitos? Chegou a hora de conhecer a Declaração Universal dos Direitos Humanos, isso se você já não a conhece! Além disso, você vai conversar sobre pessoas que lutam para garantir esses direitos.
1. Leia o resumo dos 30 artigos que compõem a Declaração Universal dos Direitos Humanos e conheça algumas das violações comuns a esses direitos. Em seguida, converse com os colegas.
Motiva O
Você conhece seus direitos e luta por eles?
As atividades desta seção visam motivar os estudantes a ler, inicialmente, o capítulo 1 do livro Malala, a menina que queria ir para a escola, por meio de atividades lúdicas que os levem a entrar no universo temático da obra que lerão.
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Tempo previsto: 1 aula.
Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção / Apreciação e réplica: EF69LP44
Adesão às práticas de leitura: EF69LP49
Relação entre textos: EF67LP27
RESPOSTAS a) A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 10 de dezembro de 1948, depois da Segunda Guerra Mundial, no intuito de estabelecer os parâmetros para uma paz mundial. Foi esboçada principalmente pelo canadense John Peters Humphrey, além de várias pessoas de todo o mundo. É um documento que não tem obrigatoriedade legal, mas é muito citado por advogados e tribunais. Esta atividade pode ser feita coletivamente para que as informações buscadas pelos estudantes se somem umas às outras. b) Resposta pessoal. Caso as informações resumidas não sejam suficientes, leia o artigo na íntegra, acessando o link disponível em: www.unicef.org/brazil/ declaracao-universal-dos-direitoshumanos (acesso em: 5 maio 2022). c) 1. Prisão sem condenação fere o artigo 9º, que trata da liberdade de detenção e exílio arbitrários; 2. Ameaça à vida e à segurança fere o artigo 3º, que diz que todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal; 3. Trabalho escravo, análogo ou servil fere o artigo 4º, que se refere à liberdade da escravatura; 4. Tortura e castigos cruéis ferem o artigo 5º, que trata da liberdade da tortura e tratamentos desumanos; 5. Injustiça fere o artigo 10º, que trata do direito a julgamento justo; 6. Furto de dados pessoais fere o artigo 22º, que trata do direito à segurança social; 7. Restrição à circulação e à nacionalidade fere o artigo 13º, que trata do direito à liberdade de circulação dentro e fora do país, e o artigo 15º, que trata do direito a uma nacionalidade e liberdade para mudá-la; 8. Limitações à propriedade ferem o artigo 17º, que trata do direito à propriedade; 9. Sequestro e morte de jornalistas ferem o artigo 3º, que diz que todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal, e o artigo 19º, que trata da liberdade de opinião e expressão; 10. Restrição ao voto fere o artigo 21º, que trata do direito a participar no governo e em eleições livres; 11. Abusos a idosos ferem o artigo 12º, que trata da liberdade da intromissão arbitrária na vida privada; 12. Trabalho infantil fere o artigo 24º, que trata do direito ao repouso e ao lazer. a) Você sabe em que contexto a Declaração dos Direitos Humanos foi elaborada? Se não, pesquise e explique. b) Você entendeu todos os artigos da Declaração? Incluiria algum outro? Qual? c) Segundo a Agência Senado, que artigos são comumente violados? d) Você já teve ou conhece alguém que teve um de seus direitos violados? Comente as circunstâncias em que isso aconteceu. e) Que personalidades são conhecidas por defenderem seus direitos e os de outras pessoas? Você também luta por seus direitos? Como? d) Resposta pessoal. e) Resposta pessoal. a) O que todos esses livros têm em comum? b) Você sabe a diferença entre biografia e autobiografia? c) Qual a relação entre biografia, autobiografia e ficção? d) O que leva as pessoas a contarem as próprias histórias ou as histórias de outras pessoas? e) Histórias de vida de que pessoas você gostaria de ler ou escrever? b) A autobiografia é a escrita da história de vida de si, ou seja, quando a pessoa escreve a própria história; já a biografia é a história de vida de alguém escrita por outra pessoa. c) Quando alguém escreve sobre a própria vida ou a de outra pessoa, essa vida se torna ficcionalizada, pois o recorte que se faz para contá-la, ou seja, a escolha do que e como contar e do que esconder acaba transformando a vida em ficção. Além disso, algumas autobiografias e biografias são de personagens ficcionais, embora a maioria seja de pessoas reais. d) O fato de haver algo na vida de certas pessoas que mereça ser contado, como no caso de Nelson Mandela e Wangari Maathai, lideranças políticas, ou de Anne Frank, que viveu uma situação específica de perseguição nazista na Europa no século XX, ou, ainda, de Emília, que é uma personagem famosa de Monteiro Lobato que tem características peculiares. e) Resposta pessoal.
1.
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Faça a atividade de forma coletiva no quadro e, se achar necessário, peça aos estudantes que façam o registro no caderno.
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2. a) Todos eles são biografias ou autobiografias. Chame a atenção para as legendas das capas e os títulos dos livros.
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Introdu O
Quem é a autora e a ilustradora?
As atividades desta seção visam introduzir a obra a ser lida, ou seja, as condições de produção, com foco na autoria e na ilustração da obra.
Tempo previsto: 1 ou 2 aulas.
Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção / Apreciação e réplica: EF69LP44.
Adesão às práticas de leitura: EF69LP49
Respostas
1. Depois de os estudantes lerem a autobiografia de Adriana Carranca e responderem às perguntas, convide-os a assistirem ao vídeo “Adriana Carranca fala sobre sua trajetória no jornalismo”, acessando o link disponível em: https://namu. com.br/portal/entrevistas-depoimentos/ adriana-carranca (acesso em: 10 maio 2022).
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INTRODUÇÃO QUEM É A AUTORA E A ILUSTRADORA?
Olá! Sou Adriana Carranca, autora da biografia de Malala. Fiquei sabendo da história dessa garota incrível e fui me arrumando para ir ao encontro dela. Isso tudo eu conto na biografia que escrevi sobre essa jovem e que Bruna Assis ilustrou.
1. Leia o que a autora escreve sobre si no livro Malala, a menina que queria ir para a escola a) Você conhece o significado dos termos a seguir? b) A autora conta como nasceu o desejo de ser jornalista. Como foi? c) Você sabe em quais continentes os países citados pela autora se encontram? d) Que assuntos dentre os escolhidos por Adriana Carranca você escreveria se tivesse a oportunidade de ser jornalista? Por quê? e) Resuma as informações principais da autora, como local de nascimento, formação acadêmica, lugares trabalhados e prêmios recebidos. f) Você concorda com a seguinte frase da jornalista: “O mais importante, para mim, é o conhecimento”? Por quê? a) Que informações aparecem na autobiografia da ilustradora Bruna Assis? b) Que perguntas sobre o trabalho da ilustradora você faria? c) Leia as respostas da ilustradora em uma entrevista e identifique as perguntas que foram feitas a ela.
Quando eu era criança, não tínhamos dinheiro para viajar. Sentávamos, eu e meu avô, na escada que dava acesso ao chalé de madeira onde ele vivia com minha avó, meu tio e minha tia-avó, outra tia e dois primos — parecia até uma casa pashtun! Era lá que eu passava as tardes depois da escola, enquanto meus pais trabalhavam. “Para onde a senhora deseja viajar, madame?”, ele perguntava. Eu respondia um destino qualquer e lá íamos nós, em nosso ônibus imaginário. Meu avô adorava andar de ônibus e quando podia apanhava o circular e ficava dando voltas pela cidade. Assim conheceu, da praia ao porto, cada canto de Santos, a cidade onde nasci. Essa era sua maneira de viajar. Meu pai tinha outra: os livros. Nos fins de semana, percorríamos o mundo pelas páginas de uma enciclopédia que encadernara com uma linda capa vermelha. Quando cresci, quis conhecer os lugares que visitara na infância com meu pai e meu avô; e, como eles, quis contar histórias reais sobre o mundo. Por isso resolvi ser jornalista.
Sou repórter especial do jornal O Estado de S. Paulo e escrevo para publicações internacionais. Cobri a guerra no Afeganistão e no Paquistão. Percorri países muçulmanos como Irã, Egito e Indonésia e os territórios palestinos para reportagens especiais. Vi de perto os conflitos na República Democrática do Congo, Sudão do Sul, Uganda. Escrevo sobre conflitos, tolerância religiosa e direitos humanos, com um olhar especial sobre a condição das mulheres, porque considero esses assuntos importantes. Fiz mestrado em Políticas Sociais e Desenvolvimento na London School of Economics (LSE). Em seguida, fui correspondente na ONU, em Nova York, e pesquisadora convidada do Instituto Reuters para Estudos do Jornalismo, na Universidade de Oxford; e integrei o Projeto de Reportagem Internacional, da Universidade Johns Hopkins, de Washington. Escrevi dois livros-reportagem para adultos: O Irã sob o chador (Globo), finalista do prêmio Jabuti, e O Afeganistão depois do Talibã (Civilização Brasileira). Por meu trabalho, recebi prêmios como menção honrosa no prêmio Esso e duas edições do prêmio Líbero Badaró. O mais importante, para mim, é o conhecimento. Por conta da minha profissão, explorei muitos e muitos lugares que antes só conhecia dos livros de história. Mas sempre que tenho alguma dúvida, volto à velha enciclopédia vermelha.
CARRANCA, Adriana. Malala, a menina que queria ir para a escola. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2018. p. 93-94.
• Pashtun. Por que será que a autora menciona esse nome?
• Países muçulmanos.
• Enciclopédia vermelha.
• Você também tem esse desejo de ser jornalista?
2. Agora, leia as informações sobre a ilustradora.
Eu nasci em Curitiba em 1986. Formada em jornalismo e design gráfico, fiz pós-graduação em ilustração criativa e técnicas de comunicação visual na escola EINA, em Barcelona. Em 2012, recebi o prêmio 30 Melhores Livros Infantis do Ano, da revista Crescer. No ano seguinte, fui indicada ao prêmio Jabuti, na categoria Ilustração. Hoje, tenho mais de trinta livros publicados.
COMO ILUSTRAR LIVROS INFANTIS: ENTREVISTA COM BRUNA ASSIS BRASIL
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• Foi quando eu estava na faculdade. Antes disso, nunca pensei que desenhar poderia ser uma profissão. Eu me formei em Jornalismo e Design Gráfico e foi só no último semestre que me bateu a ideia: e se eu fosse ilustradora? Foi aí que decidi fazer um livro infantil como meu trabalho de conclusão de curso e me apaixonei completamente. Eu gostava de trabalhar como designer, mas ver as portas da ilustração se abrindo para mim foi um momento único, foi quando me dei conta de que a) • Caso os estudantes não saibam, explique que terão a oportunidade de saber o que é lendo o livro de Adriana Carranca. Como geralmente a biografia dos autores se encontra no final da obra, ao escrever sua breve autobiografia, a autora espera que o leitor saiba o significado do termo por já ter lido o livro. Se achar conveniente, leia o verbete “pashtun” que se encontra na obra e explique que Malala pertence a esse povo. b) O que moveu a autora foi o desejo de conhecer lugares que visitara na infância a partir dos livros com o pai e das histórias do avô e, como eles, contar histórias reais sobre o mundo. c) Continentes asiático e africano. d) Resposta pessoal. Os assuntos sobre os quais a autora escreve e acha importantes são conflitos, intolerância religiosa e direitos humanos, com o foco na condição das mulheres. b) Resposta pessoal. É possível que os estudantes perguntem sobre a motivação de Bruna Assis em ser ilustradora, assim como o que a inspira em suas ilustrações, como é a técnica usada por ela ou como ela se prepara para ilustrar um livro. No entanto, muitas outras perguntas podem surgir. Lembre-se de que o objetivo é perguntar algo ligado à questão profissional. c) Como surgiu a vontade de ilustrar livro infantil? Como é seu processo de criação das ilustrações? e) Sugestão de resposta: Adriana Carranca nasceu em Santos. Fez mestrado em Políticas Sociais e Desenvolvimento em Londres. Foi correspondente da ONU, em Nova York, e pesquisadora na Inglaterra e nos EUA. Escreveu dois livros de reportagem – O Irã sob o chador e O Afeganistão depois do Talibã, além de Malala, a menina que queria ir para a escola – e recebeu prêmios por eles. f) Resposta pessoal. podia viver fazendo aquilo que mais amava. Meu projeto ficou muito legal e, assim que me formei, me dediquei a fazer um portfólio e corri atrás das editoras.
• Pashtun: etnia de um povo guerreiro que vive ao longo da Hindu Kush, entre o Afeganistão central e o norte do Paquistão. Sua origem é incerta. Uns acreditam tratar-se de uma das dez tribos perdidas de Israel, embora não haja provas históricas sobre isso. Outros dizem que eles vêm da mistura dos povos arianos e de invasores. Eram chamados de “povos das montanhas”. (CARRANCA, Adriana. Malala, a menina que queria ir para a escola 2. ed. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2018. p. 9).
• Países cuja maioria da população tenha o islamismo como religião.
• Livro que reúne os conhecimentos humanos e os expõe de maneira ordenada, metódica, seguindo um critério de apresentação alfabético ou temático. Geralmente, a capa das enciclopédias era vermelha.
• Resposta pessoal.
Incentive os estudantes a ler a entrevista completa da ilustradora, acessando o link da referência.
2. a) Data e local de nascimento, formação acadêmica, prêmios recebidos e quantidade de livros publicados.
[...] d) As perguntas que você faria à ilustradora foram respondidas na questão anterior? Se não, procure mais informações sobre ela na internet. do livro Malala, a menina que queria ir para a escola a) É possível perceber uma mistura de técnicas usadas na capa? b) Que informações sobre a história podem ser inferidas pela capa? c) O que será que a escola representa para a personagem Malala? d) E para você, o que a escola representa? O que você faria se fosse proibido de ir à escola? Converse com os colegas. e) Em grupos de quatro estudantes, identifiquem, na quarta capa do livro, informações sobre a Malala, os pahstuns, a Adriana Carranca e os talibãs. Cada integrante do grupo deverá ler o texto em busca de um tipo de informação. Depois, todos devem socializar o que encontraram e, por fim, individualmente fazer o registro das informações no caderno. b) A ilustração da garota em primeiro plano, com um livro na mão e trajando uma vestimenta muçulmana, ajuda a entender um pouco quem é Malala, que já aparece no título. Os desenhos que se encontram nas beiradas do livro também reforçam a ideia de que a história se passará em um país muçulmano. A paisagem que se encontra ao fundo, com montanhas, também é indicativa do cenário onde a história se passará. c) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes digam que Malala tem uma visão positiva da escola, já que ela está sendo caracterizada como a menina que queria ir para a escola. Avalie as hipóteses dos estudantes e peça que eles expliquem que pistas usaram para levantá-las. d) Resposta pessoal. É importante que os estudantes conversem sobre a representação da escola para eles para que possam, depois da leitura do livro, reavaliar esse julgamento. e) Malala: nasceu no vale do Swat, no Paquistão; cresceu entre os corredores da escola de seu pai, Ziauddin Yousafzai; era uma das primeiras alunas da classe; foi proibida de estudar pelos talibãs quando tinha 10 anos; lutou pelo direito de continuar estudando; em 9 de outubro de 2012 sofreu um atentado a tiro quando voltava no ônibus da escola; ganhadora do Nobel da Paz.
• Antes de começar uma ilustração, eu gosto de olhar livros que me inspirem, tenho uma boa biblioteca e adoro poder passar um tempinho com uma pilha de livros antes de pegar no lápis. Meu processo de ilustrar propriamente dito começa sempre com lápis e papel. Primeiro faço um minirascunho da composição da cena. Depois, faço os elementos da cena separados, mais ou menos na posição que imagino que vão ficar. Nessa fase, eu defino tudo o que vai ser feito manualmente e o que vou finalizar no computador. A próxima etapa é digitalizar tudo e montar o esqueleto da ilustração no computador. Aí sempre completo com elementos de colagem que tiro de revistas antigas. Esse é o esboço que mando para a editora, depois da aprovação eu finalizo, pintando, adicionando mais colagens e dando os últimos retoques.
ALINE, Ronize. Como ilustrar livros infantis: entrevista com Bruna Assis Brasil. Ronize Aline, [s. d.]. Disponível em: www.ronizealine. com/2013/07/24/como-ilustrar-livros-infantis. Acesso em: 20 abr. 2022.
3. Veja a capa e a quarta capa da obra.
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Malala Yousafzai quase perdeu a vida por querer ir para a escola. Ela nasceu no vale do Swat, no Paquistão, uma região de extraordinária beleza, cobiçada no passado por conquistadores como Gengis Khan e Alexandre, o Grande, e protegida pelos bravos guerreiros pashtuns – os povos das montanhas. Foi habitada por reis e rainhas, príncipes e princesas, como nos contos de fadas.
Malala cresceu entre os corredores da escola de seu pai, Ziauddin Yousafzai, e era uma das primeiras alunas da classe. Quando tinha dez anos viu sua cidade ser controlada por um grupo extremista chamado Talibã. Armados, eles vigiavam o vale noite e dia, e impuseram muitas regras. Proibiram a música e a dança, baniram as mulheres das ruas e determinaram que somente os meninos poderiam estudar.
Mas Malala foi ensinada desde pequena a defender aquilo em que acreditava e lutou pelo direito de continuar estudando. Ela fez das palavras sua arma. Em 9 de outubro de 2012, quando voltava de ônibus da escola, sofreu um atentado a tiro. Poucos acreditaram que ela sobreviveria.
A jornalista Adriana Carranca visitou o vale do Swat dias depois do atentado, hospedou-se com uma família local e conta neste livro tudo o que viu e aprendeu por lá. Ela apresenta às crianças a história real dessa menina que, além de ser a mais jovem ganhadora do prêmio Nobel da paz, é um grande exemplo de como uma pessoa e um sonho podem mudar o mundo.
CARRANCA, Adriana. Malala, a menina que queria ir para a escola. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2018. Quarta capa.
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3. a) Sim. É possível identificar a colagem e a pintura e/ou o desenho. Caso os estudantes não consigam perceber a mistura da colagem com outras técnicas, como a pintura e/ou o desenho, mostre outras imagens que aparecem no livro. Por exemplo, na p. 16, essa mistura fica bem evidente quando a ilustradora une fotografia e desenho. Destaque também os próprios elementos da capa. Por exemplo, a figura de Malala claramente não é uma fotografia, já a árvore à direita parece ser o recorte de uma imagem real.
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Pashtuns: povos que vivem no vale do Swat, região cobiçada por conquistadores, como Gengis Khan e Alexandre, o Grande, e que foi habitada por reis e rainhas, príncipes e princesas; povos guerreiros, também conhecidos como povos das montanhas.
Talibã: grupo extremista que controlou o vale do Swat, ditando muitas regras (proibiram a música, a dança, as mulheres de saírem de casa e estudarem) e mantendo a população sendo vigiada diariamente sob a ameaça de armas.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO (PARTE I)
A história do povo pashtun
Nesta seção, os estudantes farão a leitura do capítulo 1 do livro Malala, a menina que queria ir para a escola
Tempo previsto: 1 aula
Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção / Apreciação e réplica: EF69LP44
Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos: EF69LP47
Adesão às práticas de leitura: EF69LP49.
Produção de textos orais / Oralização: EF69LP53
Estratégias de leitura / Apreciação e réplica: EF67LP28
Figuras de linguagem: EF67LP38
RESPOSTAS
1. A história se passará no Paquistão, mais especificamente no vale do Swat.
A leitura pode ser feita de forma coletiva em sala de aula. Faça uma lista prévia de voluntários para a leitura para que, assim, os estudantes possam ler cada parágrafo a partir da sequência preestabelecida. Peça, ainda, que eles comecem a ler pelo glossário que se encontra no final do texto aqui reproduzido, pois, como a leitura será acompanhada, quando os termos aparecerem, os estudantes já terão conhecimento deles. Fazer a leitura do glossário deste primeiro trecho é também uma forma de mostrar a eles que é importante fazer o mesmo com os glossários que vão aparecendo ao longo da obra.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO (PARTE I) A HISTÓRIA DO POVO PASHTUN
Preparado para começar a ler a biografia de Malala? Então venha comigo e se inspire na coragem dessa grande menina e de seus ancestrais!
1. Observe o mapa e localize onde se passará a história de Malala. Leia o primeiro capítulo da biografia e depois responda às perguntas a seguir.
MALALA, A MENINA QUE QUERIA IR PARA A ESCOLA
Malala era uma menina que queria ir para a escola. Mas, no lugar onde vivia, isso era proibido. Livro, só escondido. No caminho para a escola havia muitos perigos. Riscos inimagináveis, de morte até.
Esse lugar se chama vale do Swat.
O vale do Swat fica num país distante chamado Paquistão. Tem campos verdejantes, cercados por montanhas gigantes, que a neve pinta de branco quase o ano inteiro. No verão, quando o sol aquece os picos, a neve derrete e se junta ao rio Swat, que desce serpenteando a serra até o encontro do rio Cabul, este vindo do país vizinho, o Afeganistão. Ali, entre a magnífica cordilheira de Hindu Kush e as águas cristalinas dos rios, com um pé no Paquistão e outro no Afeganistão, vivem há mais de 2 mil anos os pashtuns, como Malala.
Ilustração
São tão belas e férteis suas terras, que poderosos imperadores tentaram conquistá-las. Até Alexandre, o Grande o maior deles. O rei dos reis viajou ao vale do Swat no ano 328 a.C., desafiou deuses que se acreditava protegerem o vale, cruzou rios apinhados de gaviais, venceu os montes, lutou batalhas atrozes. Mas, ao enfrentar os bravos pashtuns, acabou ferido, e por isso admitiu não ser um deus imortal, mas um homem comum. Seus escritos não sobreviveram intactos ao tempo, mas persistem nas lendas do Swat.
Pashtun: Etnia de um povo guerreiro que vive ao longo da Hindu Kush, entre o Afeganistão central e o norte do Paquistão. Sua origem é incerta. Uns acreditam tratar-se de uma das dez tribos perdidas de Israel, embora não haja provas históricas sobre isso. Outros dizem que eles vêm da mistura dos povos arianos e de invasores. Eram chamados de “povos das montanhas”.
Alexandre teria dito que os pashtuns eram tão ferozes quanto os leões. “Estou envolvido na terra de um povo leonino e valente, onde cada pé do chão é como uma parede de aço, confrontando meus soldados. […] Todos nesta terra podem ser chamados de Alexandre.”
Gengis Khan, fundador do maior império da história, atravessou essas terras no ano de 1200 com seus cavalos de guerra e arqueiros tão hábeis que eram capazes de acertar o alvo com suas flechas a mais de quinhentos metros de distância. Deixou como herança o buzkashi, um jogo bélico em que cavaleiros disputam uma cabra sem cabeça. Sem cabeça! Era assim que ele treinava seus guerreiros nas montanhas, e os pashtuns aprenderam com eles.
Outros conquistadores vieram. Mas os pashtuns nunca se deixaram dominar porque são um povo muito bravo e valente; o mais bravo e valente de todos os povos bravos e valentes.
Foi assim que o filósofo grego Heródoto, o pai da História, descreveu os indianos que viviam por volta de 430 a.C. em um lugar chamado “paktuike”, onde fica hoje o vale do Swat: um lugar habitado por formigas gigantes que garimpavam ouro no deserto, por camelos que corriam como cavalos e pelo povo “mais guerreiro de todos”.
Foi deles que as meninas do Swat herdaram sua coragem.
Gavial: Grande crocodilo que habita o rio Ganges e chega a ultrapassar cinco metros de comprimento.
Rio Ganges: É um dos principais rios do subcontinente indiano e um dos vinte maiores do mundo. Com 2 525 quilômetros, percorre do norte da Índia a Bangladesh (antes parte do Paquistão). É considerado sagrado para os seguidores da religião hindu, que são maioria na Índia.
Indianos: habitantes da Índia, país do qual o território onde fica o Paquistão fez parte até a sua independência, em 1947.
CARRANCA, Adriana. Malala, a menina que queria ir para a escola. 2. ed. São Paulo:Companhia das Letrinhas, 2018. p. 9-11.
2. Qual a função do glossário do texto?
3. Como a narradora decide iniciar a história de Malala?
4. Sobre a descrição que aparece no terceiro parágrafo, responda: a) Que elementos do vale do Swat são destacados? b) Com que objetivo a narradora descreve o vale do Swat? c) Você ficou com vontade de conhecer a região? d) A descrição do vale condiz com que é dito no primeiro parágrafo sobre o lugar onde vivia Malala? Por quê?
• Que figuras de linguagem e adjetivos são usados para ressaltar as belezas naturais do local?
5. Quem tentou conquistar o vale do Swat e por quê?
6. De quem é a seguinte fala?
“Estou envolvido na terra de um povo leonino e valente, onde cada pé do chão é como uma parede de aço, confrontando meus soldados. […] Todos nesta terra podem ser chamados de Alexandre.” b) A descrição tem o objetivo de situar o leitor brasileiro, que provavelmente não conhece o vale do Swat. c) Resposta pessoal. d) Não, pois, pela descrição da narradora, não parece ser um lugar perigoso. Ela opta por fazer essa descrição para mostrar o contraste entre o passado e o presente.
• Como essa fala chegou até a narradora? Por que ela é dita?
2. Explicar termos ligados à cultura paquistanesa que possivelmente os leitores teriam que pesquisar e não encontrariam em um dicionário qualquer. Comente com os estudantes que o glossário aparece em todos os capítulos, portanto seria interessante que eles sempre consultassem o glossário correspondente ao trecho que estão lendo no momento.
3. Adriana Carranca, que é a narradora (já que se trata de uma biografia), começa situando o leitor sobre o fato de Malala ter sido proibida de estudar para, em seguida, descrever o lugar onde ela vivia e contar a história dele.
4. a) • Sua localização (fica no Paquistão) e suas belezas naturais (campos verdejantes, montanhas gigantes cobertas de neve, o encontro do rio Swat com o rio Cabul do Afeganistão, a cordilheira Hindu Kush).
• Personificação: “que a neve pinta de branco quase o ano inteiro”, “quando o sol aquece os picos”; metáforas: “[o rio Swat] que desce serpenteando a serra até o encontro do rio Cabul”; adjetivos: campos verdejantes; montanhas gigantes; magnífica cordilheira; águas cristalinas.
5. Poderosos imperadores, como Alexandre, o Grande, e Gengis Khan, pois o vale possui terras belas e férteis.
6. A frase é de Alexandre, o Grande.
• Essa fala chegou até a autora pelos moradores do vale do Swat. Ela é dita para valorizar e mostrar o quão valente são os pashtuns.
7. Para auxiliar os estudantes a fazer a pesquisa, converse com eles sobre as perguntas que devem responder, como quem foi essa personalidade, onde e quando nasceu e morreu, o que fez e enfrentou para ser conhecido como tal, que características possuía etc.
8. No último parágrafo, é dito que Malala e as companheiras herdaram sua coragem de seus ancestrais, seu povo, justificando, assim, o fato de a narradora escolher falar sobre os pashtuns e sua história no primeiro capítulo.
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9. Resposta pessoal. O objetivo da atividade é fazer os estudantes levantarem hipóteses sobre a história de Malala. É possível que algum deles conheça algo sobre ela.
10. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a falar sobre seus familiares e suas histórias de luta e superação.
8. Como o capítulo se encerra?
9. O que você acha que Malala fará para defender seu direito de estudar?
10. Como você acha que se comportaria no lugar de Malala? De quem você herdou sua coragem?
LEITURA E INTERPRETAÇÃO (PARTE II) A HISTÓRIA DE MALALA E ADRIANA
A minha aventura e a história de Malala ainda nem começaram! Muitas coisas ainda estão por vir. É só continuar a ler e se envolver...
1. Com a orientação do professor, montem o cronograma de intervalos para conversar sobre o livro. As atividades a seguir devem ser realizadas depois da leitura dos capítulos selecionados e têm o objetivo de ajudá-los a refletir sobre o que estão lendo.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO (PARTE II)
A história de Malala e Adriana Nesta seção, os estudantes farão a leitura do restante da biografia Malala, a menina que queria ir para a escola
Tempo previsto: 3 a 4 aulas
Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção / Apreciação e réplica: EF69LP44
1º intervalo: dia x
1º intervalo: 2º intervalo:
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
2º intervalo: dia y
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
2. Durante a leitura dos capítulos, siga os seguintes procedimentos e registre as informações no caderno:
• pesquise e anote os significados de termos desconhecidos;
• dê título aos capítulos, sintetizando o que aconteceu neles; a) No capítulo 2, o que a autora conta que fez assim que chegou ao Paquistão? Por quê? b) Ainda no capítulo 2, que fotografias Adnan mostra à autora e que comentários tece sobre elas? c) Ao final do capítulo 2, o que a autora explica que foi fazer no vale do Swat? d) No capítulo 3, a autora conta de forma detalhada como chegou à casa de Sana, no vale do Swat. Por que ela faz isso? e) Que emoções e/ou sentimentos a autora demonstra no capítulo 3? Que elementos ela usa para mostrá-los? f) Quem são as seguintes personagens que aparecem no capítulo 3?
• destaque trechos que merecem comentários e/ou partes não compreendidas.
3. Responda às perguntas e depois compare suas respostas com as de um colega. Anote as discordâncias e leve-as para discutir com a turma.
• Por que a autora opta por inserir a conversa com Adnan na biografia de Malala?
• Você conseguiu sentir essas emoções? Que outras emoções a leitura despertou em você?
Ejaz, Sana, Hanif, Razia, Mohib, Nazia, Almoz, Tanzeela, Aimun te e pacífico que tinha um exército só dele; o avô Ayub Khan, o general que tomou a presidência por golpe; a mãe, Nasim, na escola, com penteado bonito, e seu pai, Miangul Aurangzeb, último rei de Swat; o próprio Adnan quando menino, mirrado, de calças curtas e cabelo arrumadinho; a amiga Benazir Bhutto, primeira mulher a assumir o posto mais alto em um país muçulmano, a de primeira-ministra, assassinada pelos talibãs. c) Ela queria saber o que aconteceu no vale em que as meninas podiam frequentar as escolas e depois passaram a não poder mais. d) O objetivo da autora, a partir do detalhamento de suas ações e do ambiente, é fazer com que o leitor vivencie e tenha emoções parecidas com as que ela sentiu. e) Ela demonstra deslumbramento no trajeto que faz até chegar ao vale do Swat (“tão profundo quanto um abismo!” – p. 17) ou quando fala do céu do vale (“céu mais azul que eu já vi! – p. 19); medo, quando andava pelas ruas no escuro e via muros altíssimos nas casas (“estava tão escuro que comecei a ficar com medo…” – p. 20) ou quando entrou em uma hujera e viu homens armados com muitas pistolas e fuzis (“Fiquei paralisada pelo medo e não consegui pensar em mais nada” – p. 21); espanto e medo, quando Sana disse que seu irmão era um talibã (“Eu devo ter ficado tão branca que meu rosto se iluminou no negrume da
• A opção por inserir a conversa com Adnan é uma forma de contar a história do vale do Swat.
Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos: EF69LP47
Adesão às práticas de leitura: EF69LP49 Recursos linguísticos e semióticos que operam nos textos pertencentes aos gêneros literários: EF69LP54
Estratégias de leitura / Apreciação e réplica: EF67LP28
Respostas
1. Exercício procedimental.
2. Como os estudantes já leram o primeiro capítulo, comece dando título a ele de forma coletiva com a turma. Depois que eles lerem os capítulos combinados, peça que compartilhem os títulos escolhidos e compare-os com os dos colegas. Sugestão de títulos: capítulo 1: Os pashtuns; capítulo 2: Chegando no Paquistão; capítulo 3: A visita ao vale do Swat; capítulo 4: Quem é Malala; capítulo 5: Os talibãs; capítulo 6: Os talibãs no vale do Swat; capítulo 7: A busca dos Yousafzai pela paz; capítulo 8: A reconstrução do vale do Swat; capítulo 9: “O tiro” ou “O atentado”; capítulo 10: Os encontros. b) Ele mostra fotografias de seus familiares e amigos: o bisavô Miangul Golshahzada Abdul-Wadud, um wali benevolen- noite. Ao ver o meu espanto, Sana soltou uma ruidosa gargalhada” – p. 21); felicidade e graça, quando ria das histórias do velho Mohib (“Nós ríamos muito com essa história e íamos dormir felizes” –p. 26); compaixão, quando descreve Aimun, a filha mais velha de Sana, como triste e calada, que gostaria de ter outro destino que não o previsto para ela. • Resposta pessoal. f) Ejaz, o motorista que levou Adriana à casa de Sana, no vale do Swat; Sana, quem acolheu a autora em sua casa (ele era o tradutor dela); o professor Hanif, chefe dos lashkars; Razia, mulher de Sana; Mohib, pai de Sana, de 85 anos; Nazia, cunhada de Razia; Almoz, menina de 7 ou 8 anos que percorria o vale levando uma cabra para vender o leite; Tanzeela, filha de 4 anos de Razia e Sana; Aimun, filha mais velha de Razia e Sana, de 14 anos. g) Os estudantes podem comentar as seguintes informações que aparecem sobre a história, a geografia, a economia do vale ou os pashtuns:
Reserve um tempo durante os intervalos para que os estudantes compartilhem os trechos destacados.
A sequência de atividades propostas deve ser realizada no primeiro intervalo de leitura.
3. a) Visitou o príncipe do Swat, Miangul Adnan Aurangzeb. Ela diz ter feito isso por achar curioso existirem ainda reis e rainhas, príncipes e princesas de verdade.
• a Grand Trunk Road, antiga rota de comércio entre emirados, reinos e impérios, foi construída por ordem do pashtun Sher Khan. Ele foi chamado de rei leão, porque contam que ele matou um leão com as próprias mãos na floresta de Bihar;
• o trecho de estrada até o vale do Swat é chamado pelos pashtuns de cemitério dos impérios, pois foi onde aconteceram mais batalhas que em qualquer outra parte do mundo, e os pashtuns conseguiram expulsar os inimigos em todas elas;
• Mingora é a maior cidade do vale do Swat;
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• os carros dividem o espaço com os riquixás, os carros de boi e os pastores de ovelhas;
• o pico Falaksair pode ser visto de qualquer ponto, possui 6.257 metros e tem o topo nevado o ano inteiro;
• os moradores constroem suas casas com as pedras do rio Swat, empilhadas umas nas outras, como há milênios;
• o shalwar kameez e o véu são vestimentas das mulheres do vale e elas nunca mostram o rosto nas ruas;
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• as mulheres não podem ser vistas por homens estranhos e não devem sair sozinhas;
• em algumas casas, as pessoas se sentam no chão, em volta de um fogaréu a lenha, não há cozinha nem banheiro; g) Ainda no capítulo 3, que informações sobre a cultura, a história, a economia, a geografia do vale do Swat e os pashtuns você achou mais curiosas?
REBECA ANDRADE: UMA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO
A jovem atleta de 22 anos e natural de Guarulhos, na Grande São Paulo, encerrou sua participação com a melhor e mais vitoriosa campanha da ginástica artística brasileira em Olimpíadas. Rebeca mostrou saber o que faz, mas até chegar em Tóquio a ginasta passou por momentos muito difíceis.
Rebeca cresceu ao lado de seis irmãos e com 3 anos de idade já sabia dar estrelinha sem encostar as mãos no chão. Sem um pai presente, Dona Rosa, mãe de Rebeca, ia trabalhar a pé para que a filha tivesse dinheiro para condução. Aos 9 anos, autorizada pela mãe, Rebeca se mudou para Curitiba com o objetivo de seguir o sonho de se tornar ginasta, processo que foi fundamental para o desenvolvimento da atleta.
A ginasta sofreu graves lesões antes das Olimpíadas, passou por três cirurgias no joelho, o que quase fez com que Rebeca desistisse de sua carreira. Mas, a paixão pela ginástica e o apoio dos familiares e treinadores durante a recuperação fizeram com que ela permanecesse em busca do sonho.
Fazendo história, Rebeca Andrade, se tornou a primeira brasileira a conquistar uma medalha na ginástica artística dos Jogos Olímpicos. Ao som de “Baile de Favela”, Andrade atingiu 57.298 pontos com a sua apresentação solo nas Olimpíadas de Tóquio, no Japão. Ela ficou atrás somente da estadunidense Sunisa Lee, que somou 57.433 pontos, e na frente da russa Angelina Melnikova, com 57.199 pontos. Além disso, Rebeca também conquistou uma medalha de ouro na disputa de salto, sendo a primeira medalha dourada na ginástica feminina brasileira.
• os pashtuns são muito hospitaleiros; na casa, há sempre um betak, que é um quarto ou sala para receber visitas, e compartilham as refeições com o visitante;
• a família inteira mora na mesma casa e todos se ajudam;
• os chapatis são usados como prato para servir a comida e os pashtuns tradicionais comem com as mãos;
• a tradição oral é forte;
• não há luz elétrica e, portanto, não há chuveiro elétrico; é preciso esquentar a água, que é retirada de um poço, para tomar banho;
• para beber leite, era preciso esperar a menina passar com a cabra;
• os meninos brincavam e as meninas ajudavam as mães no trabalho de casa; a) Por que a história de Rebeca Andrade é uma história de superação? b) Que características comuns às biografias o texto apresenta? c) Mostre como essas características também aparecem no texto de Adriana Carranca a partir de exemplos do capítulo 4. a) No capítulo 4, há uma mudança na narração, que passa da terceira para a primeira pessoa. Quando e por que isso acontece? b) Qual a importância de destacar a relação de Malala com a escola no capítulo 4? c) Que teoria é desenvolvida no final do capítulo 4 sobre a proibição das meninas em ir à escola? d) No capítulo 5, é falado sobre o que Malala gostava e não gostava de usar em relação às roupas tradicionais das mulheres do vale do Swat. Identifique e explique por quê. e) Quem e como são as pessoas que proibiram as meninas de ir à escola? f) Você entendeu a relação entre a Guerra Fria, os talibãs e a proibição de Malala de sair para estudar apresentada no capítulo 5? Explique a um colega. g) Que nomes de talibãs são citados no capítulo 5? a) Quando e o que aconteceu no vale do Swat com a chegada dos talibãs? b) Destaque palavras ou expressões que nos dizem algo da cultura, do esporte, da economia, da religião paquistanesa e/ou do vale do Swat antes da dominação dos talibãs no vale. c) Qual era o nome e o apelido do chefe dos talibãs no Paquistão? d) Qual foi a reação imediata de Malala quando Fazlullah anunciou pela rádio que as meninas estavam proibidas de ir à escola? a) O que Malala e seu pai fizeram em seguida ao pronunciamento de Fazlullah? b) Em um primeiro momento, que repercussão teve a escrita do blog ou a campanha realizada por Malala e seu pai contra a proibição de meninas estudarem? b) O texto apresenta um narrador em terceira pessoa que conta a história de vida de uma pessoa, no caso, de uma garota. Dessa forma, é comum a presença de informações, como a idade e local de nascimento, características da pessoa e da família, momentos difíceis e como eles foram superados etc. Também é comum a presença de falas de outras pessoas ou do próprio biografado. Além disso, o texto geralmente é estruturado de forma cronológica. c) O capítulo se inicia com informações sobre Malala e sua família. Depois, destacam-se características dela. Comente com os estudantes que Adriana Carranca também decide estruturar a biografia em ordem cronológica. No capítulo 1, ela conta a história dos pashtuns para contextualizar a história de Malala; no capítulo 2, ela conta o que fez quando chegou ao Paquistão; em seguida, no capítulo 3, conta sua ida ao vale do Swat; nos capítulos 4 e 5, contextualiza para o leitor quem são Malala e os talibãs; nos outros capítulos, segue a história dos talibãs, da Malala e dela no vale do Swat. a) No penúltimo e no último parágrafos da página 31, o narrador, que era de terceira pessoa, passa a ser de primeira pessoa. Esse deslocamento objetiva mostrar onde ele se encontra e o que vê (“Sentada em um banquinho no saguão de entrada, eu observava as alunas chegando para as aulas do período matutino”; “Era uma manhã ensolarada e eu as encontrei reunidas no terraço […]” (p. 31). b) Malala era uma excelente aluna. Ao destacar sua relação com a escola, Adriana mostra o quão importante era a escola para Malala. d) Malala não gostava de usar a burca, porque dizia ser difícil andar com ela. Já o véu, achava-o bonito e colorido e gostava de usá-lo para enfeitar os cabelos – e não para esconder o rosto. Além disso, podia esconder os livros nele. e) São os talibãs, que vivem nas montanhas e têm barba muito longa. “Talibã” quer dizer estudante. f) Durante a Guerra Fria, em 1978, os soldados soviéticos invadiram o Afeganistão. Por causa das bombas, milhares de famílias foram viver em campos de refugiados no Paquistão. Como o lugar era muito pobre e as famílias viviam muito mal, muitas crianças eram tiradas das famílias e levadas para madrassas, que são escolas ou internatos religiosos, onde tinham uma vida melhor, mas eram ensinadas a lutar e a usar armas, tornando-se ho- mens violentos mais tarde. Depois de expulsar os soviéticos do Afeganistão, os talibãs tomaram o poder e estabeleceram, entre outras coisas, que as mulheres não podiam sair de casa sozinhas e que as meninas não podiam estudar. Com o aumento de seu poder, os talibãs acabaram invadindo o vale do Swat. g) Abdul Salam, conhecido como Mulá Foguete, e Mulá Omar, chamado de Mulá Caolho.
• as meninas se casam muito cedo.
4. A atividade pode ser feita de forma coletiva.
Após a premiação, Andrade afirmou que mesmo que não tivesse ganhado medalha, já teria feito história por chegar onde está, “justamente pelo processo”.
“Essa medalha não é só minha, é de todo mundo. Todos sabem da minha trajetória, o que eu passei. Se eu não tivesse cada pessoa dessa na minha vida, isso aqui não teria acontecido. Tenho certeza disso. Sou muito grata a todo mundo mesmo. Acho que mesmo se eu não tivesse ganhado a medalha, eu teria feito história, justamente pelo meu processo para chegar até aqui”, afirmou a ginasta.
MOURA, Erika. Rebeca Andrade: uma história de superação. Rádio Plural. Disponível em: https://radiopluralufop.com/ noticia/1032554/rebeca-andrade-uma-historia-de-superacao. Acesso em: 15 jun. 2022.
5. Continue respondendo às perguntas sobre o livro.
6. Converse com os colegas: como você acha que a história vai prosseguir?
• No segundo intervalo de leitura, faça as atividades com três ou quatro colegas. Distribua as perguntas de cada capítulo entre os integrantes do grupo e responda-as individualmente. Depois, avalie as respostas de forma coletiva.
7. As perguntas a seguir se referem ao capítulo 6.
8. Responda às perguntas referentes ao capítulo 7.
4. a) Rebeca Andrade se tornou a primeira brasileira a conquistar uma medalha na ginástica artística dos Jogos Olímpicos, mesmo com poucas condições financeiras para treinar e depois de sofrer graves lesões e passar por três cirurgias no joelho e quase desistir de sua carreira.
5. Os estudantes podem fazer como na atividade 3: responder às perguntas e depois comparar as respostas com as de um colega. Em seguida, devem anotar as discordâncias para discuti-las com a turma.
6. Resposta pessoal.
7. a) Foi em 2007, quando os talibãs chegaram ao vale e destruíram objetos que lembravam o passado. Dançar e cantar foi proibido, pessoas foram mortas para servirem de lição aos que não queriam se adaptar aos novos costumes, mulheres foram c) Adriana brinca com a ideia de que os meninos ficam furiosos com o fato de as meninas aprenderem mais rápido e tirarem as melhores notas na escola, pois, como as meninas são usadas desde pequenas para trazer e levar fofocas da vila, já que as mães raramente podem sair de casa, elas acabam desenvolvendo um talento de observar e saber informações sem perguntar. De acordo com Carranca, isso, então, poderia explicar por que os homens queriam proibir as meninas de estudar. banidas da vida social, as barbearias foram fechadas, pois os homens deveriam deixar a barba crescer, locais foram destruídos, como a estação de esqui e a usina de energia. b) Estátuas de Buda e do reino budista de Gandara (religião); programa do canal Star Plus “O garoto dos meus sonhos virá casar-se comigo”, música “Merahan Merahan”, bailarina Shabana, que animava as festas de casamento do vale (cultura); estação de esqui de Malam Jabba (esporte e lazer). c) Seu nome era Fazle Hayat ou Fazlullah; e seu apelido, Mulá Rádio (porque gostava de falar muito). d) Malala acreditou ter sido o pior dia da vida dela até então. Ela chorou e mal conseguiu terminar a frase para dizer que queria se tornar médica.
8. a) Eles começaram uma campanha para espalhar o que estava acontecendo no vale. Primeiro, Malala discursou; depois, começou a escrever em um blog b) O governo do Paquistão prometeu proteger as escolas e enviar soldados ao vale para lutar contra os talibãs. c) A ajuda do governo não foi suficiente para proteger as meninas que queriam estudar, e os talibãs atacaram e explodiram muitas escolas e deram um prazo máximo para fecharem todas. Então, com medo, a Escola Khushal decidiu fechar. d) A família Yousafzai teve de se exilar duas vezes: na primeira, Ziauddin decidiu sair do vale do Swat com a família por alguns dias logo após o fechamento da Escola Khushal, mas decidiu voltar e encontrou a situação ainda pior; na segunda, eles saíram do vale quando o acordo de paz não aconteceu e a violência voltou, dando início à segunda batalha do Swat, quando a família de Malala teve de partir por um longo período (mais de 2 milhões de moradores deixaram o vale). Malala ficou em diferentes cidades (em três meses foram quatro cidades) em casas dos parentes, enquanto Ziauddin continuava sua campanha em busca de ajuda para acabar com a guerra no Swat. b) Para o vale do Korengal, conhecido como Vale da Morte, em montanhas, cavernas e túneis. c) O diálogo acaba por antecipar o que vai acontecer e mostrar que Malala corria perigo. c) Por que a Escola Khushal, onde estudava Malala, fechou? d) Depois disso, o que aconteceu com a família de Malala até o fim da guerra?
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9. a) Ziauddin contou que Malala era a menina blogueira e ela ficou famosa, dando entrevistas, aparecendo em documentários, ganhando prêmios, conseguindo dinheiro para a reconstrução das escolas na região. Malala ganhou o Prêmio Nacional da Paz em 2011.
9. Sobre o capítulo 8, responda: a) Com a expulsão dos talibãs do Swat, que segredo foi revelado por Ziauddin? Como as pessoas reagiram? b) Para onde se refugiaram os talibãs? c) Releia o trecho final do capítulo.
Há medo em meu coração confessou Malala. Olhando por um buraco na parede da escola, através do qual se via todo o vale do Swat, ela disse: Isso é o Paquistão. O talibã nos destruiu. Vamos matá-la se não se calar! prometeram eles, de seus esconderijos no Vale da Morte.
• Comente o efeito de sentido produzido a partir do diálogo construído pela autora entre Malala e os talibãs.
10. Responda às perguntas sobre o capítulo 9: a) O que aconteceu no dia 9 de outubro de 2012? b) O relato desse acontecimento é feito de forma breve ou detalhada? c) Como a autora conseguiu reconstituir o fato? d) Quem planejou e realizou o atentado contra Malala? e) Como o capítulo termina?
• Essa maneira escolhida para narrar o fato produz que efeito?
11. Sobre o capítulo 10, responda às seguintes questões: a) O que a autora esclarece sobre o motivo que a levou ao vale do Swat? b) O que aconteceu com as meninas que estavam juntas com Malala no dia do atentado? c) Que casas a autora visita já no final de sua viagem? d) Em que trechos a autora destaca o papel da educação na vida de todos? e) Que notícias sobre Malala a autora teve? f) Releia o trecho e converse com os colegas sobre ele.
O que ela foi fazer lá?
Fui embora pensando em como a vida das meninas no vale do Swat é difícil e em como eu sou privilegiada por ter frequentado a escola, sem que isso representasse qualquer perigo, embora as coisas não sejam assim para muitas crianças também no meu país. (p. 72) b) Detalhada. c) A partir de falas de pessoas que estavam com Malala nesse dia e no momento do atentado, como Rida, Shazia e Maryam. d) Quem atirou foi Attaullah, cumprindo ordens de Fazlullah, o Mulá Rádio. e) Malala é transferida para o Hospital Militar de Peshawar, com a ajuda do general Ashfaq Parvez Kayani, que mandou um helicóptero ao vale para resgatá-la, e, na UTI, ela tenta resistir ao tiro. b) Shazia se recuperou e voltou para casa, passando a frequentar a escola ou sair de casa só com soldados e com autorização. Já Kainat não voltou à escola, mas continuava estudando com seu pai. Ela também só podia sair com soldados. c) A de Shazia, a de Kainat e a de Malala. Ela foi conversar com as meninas; no entanto, na casa de Malala não havia ninguém, pois ela ainda estava no hospital. d) • “O Corão diz que a educação é compulsória para meninos e meninas. Talib quer dizer estudante — ela lembrou. — A educação nos afasta de males e demônios e nos leva na direção certa”. (p. 75)
10. a) Malala, quando voltava da escola para casa, no ônibus escolar, leva um tiro.
• Toda a cena se torna mais dramática e tensa.
11. a) Ela diz ser o tiro que Malala levara.
PROJETO ARTÍSTICO-LITERÁRIO DOCUMENTANDO...
Como jornalista, decidi escrever sobre a história de vida de uma jovem ganhadora do prêmio Nobel da Paz e defensora do direito das meninas à educação. Ela é para mim um exemplo de luta e coragem! Quem inspira você? Já pensou nisso? Que tal mostrar para sua comunidade quem é essa pessoa a partir da produção de um documentário?
Conhecendo O Document Rio
1. Leia trechos transcritos do vídeo “Conhecer as raízes e se jogar no mundo: a força do documentário de Tila Chitunda”, em que a diretora e produtora audiovisual Tila Chitunda fala sobre os documentários. Depois, converse com os colegas: que características dos documentários Tila destaca?
CONHECER AS RAÍZES E SE JOGAR NO MUNDO:
A FORÇA DO DOCUMENTÁRIO DE TILA CHITUNDA
[…] O gênero documentário eu sempre assisti muito, desde documentários na TV e mais recentemente nesses canais de streaming. Foi sempre um gênero que me chamou atenção, porque a gente tava tratando de vida real, de coisas que aconteceram ou que estão acontecendo com as pessoas e eu então começo a fazer filmes que tratam da questão da família. […] Eu acredito muito no poder do documentário, porque eu acho que a gente, a partir de experiências reais e o compartilhamento delas com pessoas que vão nos assistir, tem um poder de criar uma empatia que é muito interessante e eu digo isso por experiência própria. Quando eu chegava nos festivais em que meus filmes acabavam rodando, eu tinha a oportunidade de ter o retorno do público. Você ter acesso ao personagem real que tá ali no filme, mas que tá ali naquele festival, quer dizer, é uma pessoa que existe, você acaba criando isso. Acho que a grande força do documentário é que você acaba criando uma empatia grande com o espectador que tá acompanhando aquela história. Aquela história existiu ou existe, aquela pessoa vivenciou aquilo e, a partir daquela experiência de vida, eu acho que o público, então, consegue refletir sobre a sua própria vida e imaginar como é que ele pode mudar a sua narrativa em função de uma força, de uma coisa que algum daqueles personagens ou que o conjunto daquela história conseguiu permitir. Então eu costumo partir da minha vivência, do meu mundinho, da minha história muito pessoal para falar de coisas que são universais. […] Eu acho que é isso a força do documentário: você poder contar histórias suas, experiências suas ou de pessoas que você teve acesso e fazer com que o público entenda que poderia ser ele. É uma coisa que está mais perto do real, mais perto de mim. […] Eu acho que o cinema e o documentário são ferramentas bem poderosas pra gente poder contar nossas histórias. A gente não precisa de muitos recursos, precisa ter boas histórias pra contar e a gente não precisa correr muito atrás, a gente tem que olhar o nosso redor, às vezes, a boa história tá ali: é nossa vizinha... Aprender o mundo a partir da visão de pessoas reais eu acho que é também uma forma muito interessante de perceber e saber como a gente pode mover nesse mundo. […] Sinceramente eu digo pra vocês, sem medo de errar, que só o fato de você ter um celular e ter uma boa história já tem todas as ferramentas pra começar a fazer documentários. […]
DOCUMENTÁRIO – Conhecer as raízes e se jogar no mundo: a força do documentário de Tila Chitunda. Escrevendo o Futuro, 8 jul. 2021. 1 vídeo (1:46 – 11:50). Disponível em: www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/videos/a-olimpiada/artigo/2909/ documentario—conhecer-as-raizes-e-se-jogar-no-mundo-a-forca-do-documentario-de-tila-chitunda. Acesso em: 3 maio 2022.
• “Eu realizei um sonho. Penso que é o momento mais feliz da minha vida porque estou voltando para a escola. Hoje eu tenho meus livros, minha mochila, e vou aprender…
Eu quero aprender sobre política, sobre direitos sociais e sobre a lei. Eu quero aprender sobre como posso mudar o mundo — ela disse, no primeiro dia de aula. O primeiro dia do resto de sua vida”. (p. 80) e) Malala sobreviveu. Estava no Queen Elizabeth Hospital e passou por quatro cirurgias, ficando internada por quatro meses. Ela saiu do hospital, discursou na ONU sobre a luta pela educação das meninas e voltou a estudar, agora na cidade inglesa de Birmigham, na Edgbaston High School. f) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reavaliem a relação que têm com a escola e o que pensam dela a partir do que leram na biografia de Malala. Além disso, a autora destaca a questão da situação das crianças no Brasil, que também enfrentam perigos ou dificuldades para ir à escola.