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Ler, escrever e fazer conta de cabeça
Ler e escrever é mais do que um conhecimento formal, é a possibilidade de compreensão do mundo e da vida.
Roteiro Da Miss O
Divertir-se com a leitura de trava-línguas, para que você se recorde dos tempos de alfabetização.
Ler uma notícia, para que você fique por dentro dos números do analfabetismo no Brasil. Acredite: com informação e trabalho, dá para virar o placar!
Analisar os recursos linguísticos utilizados pelos redatores de notícias, para que você se aproprie dos recursos que eles utilizam em seus textos.
Estudar os verbos que os redatores de notícia usam para introduzir a voz dos entrevistados, para que você possa usá-los quando assumir o papel de redator.
Atentar-se para a importância das siglas, para que você aprenda a reconhecê-las nos mais diversos textos.
Escrever uma notícia, para que você possa mostrar como a pandemia de covid-19 afetou negativamente a alfabetização das crianças brasileiras, principalmente as mais pobres.
Produzir uma notícia para TV, para que você possa informar sobre os números do analfabetismo entre crianças em seu município. Apreciar um poema, para que você se sensibilize com as causas defendidas por um poeta popular.
Tempo previsto: 1 aula
Competências Gerais da Educação Básica: 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10
Competências Específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental: 1, 2, 3, 4, 5, 6.
Competências Específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10.
Entrando No Jogo
As atividades desta seção visam à introdução do conteúdo temático da missão, alfabetização e analfabetismo, a partir do contato, no portal 1, com um mapa das taxas de analfabetismo nas regiões brasileiras. No portal 2, os estudantes serão convidados a ler alguns trava-línguas para recordarem, ludicamente, uma atividade que provavelmente foram desafiados a realizar quando estavam se alfabetizando.
Tempo previsto: 2 aulas
Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social: EF69LP13, EF67LP16
Características da população brasileira: EF07GE04
Portal 1
O objetivo das atividades do portal 1 é oferecer uma primeira oportunidade para que os estudantes reflitam sobre os índices de analfabetismo no Brasil.
RESPOSTAS b) O mapa apresenta vários tons de laranja. Essa gradação reflete os dados numéricos: quanto mais forte o tom de laranja, maior a taxa de analfabetismo, permitindo ao leitor identificar visualmente as regiões com as maiores e as menores taxas.
1. a) Nordeste: 60 anos ou mais: 37,20; 15 anos ou mais: 13,90.
Norte: 60 anos ou mais: 25,50; 15 anos ou mais: 7,60.
Centro-Oeste: 60 anos ou mais: 16,60; 15 anos ou mais: 4,90.
Sudeste: 60 anos ou mais: 9,70; 15 anos ou mais: 3,30.
Sul: 60 anos ou mais: 9,50; 15 anos ou mais: 3,30.
• Resposta pessoal. É importante que os estudantes tenham a oportunidade de manifestar em que se basearam para formular suas respostas. Um dos fatores apontados por eles pode ser a desigualdade social entre as regiões. Fique atento a alguma manifestação de discurso de ódio, sobretudo no que se refere às regiões Norte e Nordeste. Caso isso aconteça, intervenha, a fim de que o estudante perceba sua atitude imprópria.
Nesta missão, o jogo envolve letras e números. Preparado para relembrar seus tempos de alfabetização e refletir sobre esse processo?
Portal 1
1. Use seu conhecimento de Geografia para identificar, mentalmente, cada uma das cinco regiões brasileiras no mapa.
Mapa do Brasil
Fonte: IBGE. Pnad Contínua 2019. In BERMÚDEZ, Ana Carla; MADEIRO Carlos. Com atraso, Brasil se aproxima de meta de alfabetização de 2015. Uol São Paulo, 15 jul. 2020. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/ noticias/2020/07/15/com-atraso-brasil-se-aproxima-de-meta-de-alfabetizacao-de-2015.htm.
em: 25 abr. 2022.
a) Agora, relacione as taxas de analfabetismo a seguir com as regiões que você identificou.
anos ou mais: 37,20 anos ou mais: 13,90 anos ou mais: 16,60 anos ou mais: 25,50 b) Como o mapa pode acelerar a interpretação dos dados numéricos pelo leitor?
• Compartilhe com os colegas quais conhecimentos você ativou para formular sua resposta.
2. Você se lembra de quando começou a aprender a ler e escrever? Nesta atividade, você vai voltar no tempo para responder a algumas perguntas.
• Quais os nomes dos professores que o alfabetizaram?
• O que melhor representa a lembrança do tempo em que você foi alfabetizado?
• Quais atividades você mais gostava de realizar naquele tempo?
3. Agora, você vai realizar uma atividade muito comum em turmas de alfabetização: a leitura de trava-línguas. Vai ser um desafio ler rapidamente sem travar a língua. Aceite o desafio e experimente brincar com a sua língua e com a língua portuguesa!
Ativa O De Conhecimentos
Muito comuns na tradição popular, os trava-línguas são versos ou frases que desafiam a pronúncia: quando os falamos rapidamente, geralmente, trocamos as palavras ou as pronunciamos de um jeito errado. Você já deve saber por que isso acontece: essas palavras têm fonemas parecidos ou difíceis de pronunciar.
Texto 2
Portal 2
O objetivo principal das atividades deste portal é possibilitar que os estudantes relembrem, de forma lúdica, o tempo em que se alfabetizaram.
Texto 1
Bebel botou mel no pote e botou o pote no bote o bode subiu no bote e bebeu o mel do pote
Texto 4
O tatu todo treloso tirou a trufa da truta trancou o tigre na toca travou o trompete da traça o tatu todo tinhoso tramou com a trupe da praça a truta, o tigre e a traça não acharam a menor graça
O cabrito Carlito namora a cabra Clara se Carlito encontra Clara cora a cara de Carlito e a cara de Clara cora
No livro Ler, escrever e fazer conta de cabeça (São Paulo: Global, 2015), do escritor mineiro Bartolomeu Campos de Queirós, um menino narra suas impressões sobre a família e os primeiros contatos com a escola. Vale a pena conferir essa história!
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Texto 3
Quico quebrou o queixo quando quis comer queijada queijada quebra queixo queijo quebra quando coalha
Jogando
1o episódio: Eu, leitor de notícia
Neste episódio, o foco está na reconstrução das condições de produção do gênero Notícia pelos estudantes. Além disso, são promovidos movimentos intertextuais e interdiscursivos a fim de tornar a leitura da notícia mais significativa para os estudantes. Amplie seus conhecimentos sobre a abordagem do gênero notícia em sala de aula, lendo o artigo SAMPAIO, D. A. S.; DE MELLO, A. P. R.; SANTOS, C. S. O que os olhos não leem a sociedade sente: a leitura crítica do gênero notícia em sala de aula. Revista Letras Raras. Campina Grande, v. 8, n. 3, p. 147-169, set. 2019. Disponível em: http://revistas.ufcg.edu. br/ch/index.php/RLR/article/view/1453/979
Acesso em: 4 jul. 2022.
Tempo previsto: 4 aulas
Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto: EF69LP03
Efeitos de sentido: EF69LP05, EF67LP06
Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos: EF07LP01
Caracterização do campo jornalístico e relação entre os gêneros em circulação, mídias e práticas da cultura digital: EF07LP02
Relação entre textos: EF67LP03
Você já deve ter ouvido que a notícia é o relato imparcial dos fatos ou que contra fatos não há argumentos. Também é provável que já tenha escutado: “Tudo que envolve números é exato, é matemático”. Os fatos e a matemática que nos perdoem, mas a língua, às vezes, dá um nó nos dois. Você duvida? Dê o start nesta etapa da missão e descubra como desatar os nós.
1º EPISÓDIO: EU, LEITOR DE NOTÍCIA
Neste episódio, você vai ler uma notícia, para ficar por dentro dos números do analfabetismo no Brasil. Por enquanto, estamos perdendo o jogo, mas dá para virar o placar!
1. Leia, silenciosamente, a notícia.
Taxa cai levemente, mas Brasil ainda tem 11 milhões de analfabetos
A taxa de analfabetismo no Brasil passou de 6,8%, em 2018, para 6,6%, em 2019, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Educação, divulgada hoje (15). Apesar da queda, que representa cerca de 200 mil pessoas, o Brasil tem ainda 11 milhões de analfabetos. São pessoas de 15 anos ou mais que, pelos critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete simples.
“É uma taxa que vem baixando ao longo do tempo“, diz a analista da pesquisa Adriana Beringuy. Em 2016, era 7,2%. “O analfabetismo está mais concentrado entre as pessoas mais velhas, uma vez que os jovens são mais escolarizados e, portanto, vão registrar indicador menor”, acrescenta.
Apesar de ter registrado queda, os dados mostram que 18% daqueles com 60 anos ou mais são analfabetos. Em 2018, eram 18,6% e, em 2016, 20,4%.
Reduzir a taxa de analfabetismo no Brasil está entre as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014, que estabelece o que deve ser feito para melhorar a educação no país até 2024, desde o ensino infantil, até a pós-graduação. Pela lei, em 2015, o Brasil deveria ter atingido a marca de 6,5% de analfabetos entre a população de 15 anos ou mais. Em 2024, essa taxa deverá chegar a zero.
“A gente percebe que chegou em 2019 com a taxa nacional próxima à meta de 2015, é como se estivéssemos quatro anos atrasados nesse atendimento”, diz Adriana.
Desigualdades
Além das diferenças entre as idades, o levantamento mostra que existem desigualdades raciais e regionais na alfabetização no Brasil. Em relação aos brancos, a taxa de analfabetismo é 3,6% entre aqueles com 15 anos ou mais. No que se refere à população preta e parda, segundo os critérios do IBGE, essa taxa é 8,9%. A diferença aumenta entre aqueles com 60 anos ou mais. Enquanto 9,5% dos brancos não sabem ler ou escrever, entre os pretos e pardos, esse percentual é cerca de três vezes maior: 27,1%.
As regiões Sul e Sudeste têm as menores taxa de analfabetismo, 3,3% entre os que têm 15 anos ou mais. Na Região Centro-Oeste a taxa é 4,9% e na Região Norte, 7,6%. O Nordeste tem o maior percentual de analfabetos, 13,9%.
Entre os que têm 60 anos ou mais, as taxas são 9,5% na Região Sul; 9,7% no Sudeste; 16,6% no Centro-Oeste; 25,5% no Norte; e 37,2% no Nordeste.
A Região Nordeste foi a única a apresentar leve aumento da taxa de analfabetismo entre 2018 e 2019. Entre os mais jovens, a taxa praticamente se manteve, variando 0,03 ponto percentual. Entre os mais velhos, a variação foi de 0,33 ponto percentual.
Segundo o IBGE, a maior parte do total de analfabetos com 15 anos ou mais, 56,2% – o que corresponde a 6,2 milhões de pessoas – vive na Região Nordeste e 21,7%, o equivalente a 2,4 milhões de pessoas, no Sudeste.
Anos de estudo
A Pnad Contínua Educação mostra que, em média, o brasileiro estuda 9,4 anos. O dado é coletado entre as pessoas com 25 anos ou mais. Esse número aumentou em relação a 2018, quando, em média, o tempo de estudo no Brasil era de 9,3 anos. Em 2016, de 8,9.
Com relação à cor ou raça, segundo o IBGE, “a diferença foi considerável”, mostra o estudo. As pessoas brancas estudam, em média, 10,4 anos, enquanto as pessoas pretas e pardas estudam, em média, 8,6 anos, ou seja, uma diferença de quase dois anos entre esses grupos, que se mantém desde 2016.
As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste têm médias de anos de estudo acima da nacional, com 10,1; 9,7; e 9,8 anos respectivamente. [...] a) Para o IBGE, quando uma pessoa é considerada analfabeta? b) Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, o analfabetismo está mais concentrado entre as pessoas mais velhas.
A proporção daqueles com 25 anos ou mais que concluíram o ensino médio passou de 47,4% em 2018 para 48,8% em 2019. Entre os brancos, esse índice é maior, 57%. Entre os pretos e pardos, 41,8%. De 2016 para 2019, essa diferença, de acordo com o IBGE, caiu um pouco, “porém se manteve em patamar elevado, indicando que as oportunidades educacionais eram distintas para esses grupos”.
O IBGE pondera que, apesar dos avanços, mais da metade, o equivalente a 51,2%, da população de 25 anos ou mais no Brasil não completaram a educação escolar básica.
Os dados da Pnad Contínua Educação do IBGE são referentes ao segundo trimestre de 2019.
AGÊNCIA BRASIL. Taxa cai levemente, mas Brasil ainda tem 11 milhões de analfabetos. Uol Notícias. [S. l.], 15 jul. 2020. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-brasil/2020/07/15/taxa-cai-levemente-mas-brasil-ainda-tem-11milhoes-de-analfabetos.htm. Acesso em: 21 abr. 2022.
• Qual é o principal fato informado pela notícia?
2. O órgão responsável pela pesquisa que deu origem à notícia é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
• Releia os dados de analfabetismo apresentados no portal 1 e explique a relação entre eles e a afirmação de Beringuy.
Números do analfabetismo no Brasil por região em 2019
Região: Norte
60 anos ou mais: 25,50
15 anos ou mais: 7,60
Região: Nordeste
Região: Centro-Oeste
60 anos ou mais: 16,60
15 anos ou mais: 4,90
60 anos ou mais: 37,20
15 anos ou mais: 13,90
Região: Sul
Região: Sudeste
60 anos ou mais: 9,70
15 anos ou mais: 3,30
60 anos ou mais: 9,50
15 anos ou mais: 3,30
Fonte: AGÊNCIA BRASIL. Taxa cai levemente, mas Brasil ainda tem 11 milhões de analfabetos. Uol Notícias. [S. l.], 15 jul. 2020. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-brasil/2020/07/15/taxa-cai-levementemas-brasil-ainda-tem-11-milhoes-de-analfabetos.htm. Acesso em: 21 abr. 2022. 197
Respostas
1. O fato principal é que, em 2019, o Brasil tinha 11 milhões de analfabetos.
2. a) Quando a pessoa não é capaz de escrever um bilhete simples.
b) Os dados podem ser usados como evidência do que diz Adriana Beringuy, porque mostram que, de fato, o analfabetismo é maior entre as pessoas mais velhas em todo o Brasil.
c) Respostas pessoais. Avalie a pertinência das respostas dos estudantes. Uma possibilidade de resposta é informar-se sobre ações de alfabetização de adultos perto de onde moram e tentar convencer essas pessoas a frequentarem as aulas.
3. a) Porque o 5º parágrafo traz uma fala da pesquisadora do IBGE que é uma conclusão do que foi informado para os leitores no 4º parágrafo. O parágrafo cita que, em 2015, o Brasil deveria ter atingido a marca de 6,5% de analfabetos; já havia sido informado que em 2019 a taxa foi 6,6%. É isso que permite a Adriana Beringuy concluir que o Brasil está quatro anos atrasado no atendimento da meta, já que apenas em 2019 se chegou perto da meta de 2015.
b) Oriente os estudantes a buscar essa informação ou, se preferir, pesquise com eles em sala de aula. Esse tipo de atividade não deve ser desprezado, pois, ao relacionar as informações de um texto com o contexto em que vive, a tendência é de que o texto se torne mais significativo para os estudantes.
4. a) Resposta pessoal. Se o estudante considerar o que foi introduzido no portal 1, a tendência é que ele diga que os dados que relacionam as taxas de analfabetismo às desigualdades são pouco surpreendentes. Afinal, quanto mais pobre uma região, menos acesso à escola. Isso vale para a questão racial: como, no Brasil, negros e pardos têm menos acesso à educação formal do que brancos, o analfabetismo é maior entre esse grupo da população.
b) Uma boa forma seria combater as desigualdades raciais e regionais.
5. a) Oriente os estudantes na realização da atividade. Ela é fundamental para a proposta deste episódio: promover uma relação entre a notícia lida e a realidade dos estudantes.
b) Resposta pessoal. Caso a análise fosse da família de Carla, a resposta esperada seria: coincide parcialmente, pois, entre outros motivos, o avô – Carlos, de 67 anos – frequentou a escola por apenas quatro anos; já os pais de Carla frequentaram mais que o dobro de anos de Carlos; o irmão, Diego, já ultrapassou os anos de estudo de todos os familiares, tendo apenas 16 anos de idade. De modo geral, pode-se dizer que a família de Carla supera a média de anos estudados por pessoas pretas e pardas no Brasil, que é de 8,6.
c) Entre seus familiares ou quem convive com você, há pessoas mais velhas analfabetas?
• Como você poderia ajudar essas pessoas a se alfabetizarem?
3. Releia o 4º e o 5º parágrafos da notícia.
Reduzir a taxa de analfabetismo no Brasil está entre as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014, que estabelece o que deve ser feito para melhorar a educação no país até 2024, desde o ensino infantil, até a pós-graduação. Pela lei, em 2015, o Brasil deveria ter atingido a marca de 6,5% de analfabetos entre a população de 15 anos ou mais. Em 2024, essa taxa deverá chegar a zero.
“A gente percebe que chegou em 2019 com a taxa nacional próxima à meta de 2015, é como se estivéssemos quatro anos atrasados nesse atendimento”, diz Adriana.
a) Por que se pode dizer que existe uma dependência de sentido importante entre esses parágrafos?
b) O 4º parágrafo informa que a meta do Brasil para 2024 é chegar a taxa zero de analfabetismo.
• Faça uma pesquisa na internet, consultando sites do governo, de jornais ou instituições ligadas à educação, como universidades, para descobrir se o Brasil conseguirá bater sua meta.
4. Releia a parte da notícia intitulada “Desigualdades”.
a) As informações dessa parte da notícia o surpreenderam ou você as considerava previsíveis? Explique aos colegas o que você pensa sobre as desigualdades no que se refere ao analfabetismo.
b) Levando em conta o que diz essa parte da notícia, reflita: qual seria uma forma de combater o analfabetismo no Brasil?
5. A parte da notícia intitulada “Anos de estudo” apresenta o número de anos que a população brasileira, em média, frequenta a escola.
a) Trace o perfil educacional de sua família. Veja um exemplo da família de Carla.
Familiar 1 A pessoa se declara negra, parda ou branca? Quanto à renda, é baixa, média ou alta?
CHAVE MESTRA b) O perfil educacional de sua família coincide ou se distancia do traçado pelo IBGE para a média da população brasileira? Justifique a sua resposta. a) Leia uma charge de Lute sobre a escolarização dos brasileiros. b) O jovem que está com o jornal na mão parece concordar ou discordar do argumento de que garantir o acesso de todos à escola seria suficiente para resolver o analfabetismo? Explique sua resposta. b) Ele parece concordar, pois comemora o fato de 93% dos brasileiros entre 5 e 17 anos estarem na escola. b) Escute as hipóteses dos estudantes e avalie a pertinência delas. É fundamental que eles compreendam que, embora haja inúmeros veículos de notícias, eles não saem à “caça” desse tipo de informação, que é repassado pelas agências de notícia. c) Foi a Agência Estadão Conteúdo. É importante que os estudantes aprendam a identificar a agência de notícias que publicou o conteúdo divulgado pelo veículo de comunicação em que se está lendo a notícia. As agências de notícias não são exatamente uma novidade no mercado jornalístico. Esse tipo de empresa surgiu em meados do século XIX com a fundação da Agência Havas, hoje France-Presse, pelo escritor e tradutor Charles-Louis Havas, em 1835. Sediada em Paris, a agência enviava as informações mais importantes e as notícias estrangeiras por meio de telegramas para os jornais impressos, que pagavam por esse serviço. Caso os estudantes não consigam acessar os links, incentive-os a realizar essa ação em outro momento a fim de que possam vivenciar essa prática de letramento digital c) Como você avalia a qualidade da escola em que estuda e das outras em que já estudou? Apresente sua avaliação aos colegas e ao professor.
Para fazer a atividade, copie o quadro em seu caderno e colete os dados dos familiares que têm mais de 15 anos de idade e residem em sua casa.
6. A leitura da notícia pode levar o leitor a concluir que garantir o acesso de todos à escola seria suficiente para resolver o analfabetismo.
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• Como o jovem que está com o jornal nas mãos avalia a notícia sobre a taxa de escolarização dos brasileiros?
• O que o jovem com camisa verde e amarela responde ao ser perguntado pelo amigo se havia lido a notícia?
• A resposta do jovem com camisa verde e amarela reforça esse argumento ou faz com que os leitores da charge o questionem?
As pessoas que reconhecem letras e números, mas não conseguem de compreender textos simples, bem como realizar operações matemáticas mais elaboradas, são chamadas de analfabetas funcionais. Por essa definição, o jovem de camisa verde e amarela pode ser considerado um analfabeto funcional.
6. a) Ele avalia positivamente, pois diz: “Cara, olha que legal!”.
• O jovem responde que leu, mas não entendeu quase nada.
• A resposta dele faz com que os leitores da charge questionem o argumento, pois, embora tivesse lido a notícia, não entendeu quase nada, demonstrando que não basta garantir o direito à escola; é preciso garantir o direito a uma escola de qualidade.
6. c) Incentive os estudantes a expressarem sua opinião. Este pode ser um bom momento para investigar a percepção que eles têm do universo escolar.
7. a) A ordem dos elementos: enquanto a manchete do Correio do Povo anuncia no final o órgão responsável pelos dados, o IBGE, a da Isto é Dinheiro anuncia na abertura da manchete.
• Como quase todas as notícias que lemos acabam vindo de poucas fontes –as agências de notícias, o trabalho de checar uma informação – próprio de um leitor atento e pouco ingênuo, pode ser dificultado, pois, ainda que ele pesquise em diferentes fontes, a versão vai ser a mesma ou muito parecida.
CHAVE MESTRA
Ao apresentar a sua avaliação, faça isso de forma respeitosa: aponte os problemas sem ofender as pessoas ou desmerecer o trabalho delas.
7. A taxa de analfabetismo no Brasil foi manchete da maioria dos portais noticiosos no dia 15 de julho de 2020, data em que o IBGE divulgou os dados de sua pesquisa. Confira duas dessas manchetes.
Analfabetismo cai a 6,6% em 2019, mas 11 milhões não sabem ler nem escrever, aponta IBGE
ANALFABETISMO cai a 6,6% em 2019, mas 11 milhões não sabem ler nem escrever, aponta IBGE. Correio do Povo [S. l.], 15 jul. 2020. Disponível em: www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/ensino/ analfabetismo-cai-a-6-6-em-2019-mas-11-milh%C3%B5es-n%C3%A3o-sabem-ler-nem-escreveraponta-ibge-1.450478. Acesso em: 21 abr. 2022.
IBGE: analfabetismo cai a 6,6% em 2019, mas 11 milhões não sabem ler nem escrever
IBGE: analfabetismo cai a 6,6% em 2019, mas 11 milhões não sabem ler nem escrever. Isto é Dinheiro [S. l.], 15 jul. 2020. www.istoedinheiro.com.br/ibge-analfabetismo-cai-a-66-em-2019-mas-11-milhoesnao-sabem-ler-nem-escrever. Acesso em: 21 abr. 2022.
a) Qual é a única diferença entre essas duas manchetes?
b) Converse com os colegas e, juntos, formulem uma hipótese para explicar por que, embora divulgadas em diferentes veículos de comunicação, essas manchetes são praticamente idênticas.
CHAVE MESTRA c) Entre nos links das duas notícias e descubra qual agência distribuiu as informações para o Correio do Povo e para a Isto é Dinheiro
Na formulação da hipótese, considerem a existência das agências de notícias: empresas jornalísticas especializadas em distribuir dados e notícias diretamente das fontes do acontecimento para veículos de comunicação, como jornais, revistas, rádios, portais da internet e emissoras de televisão.
• Como o papel das agências de notícias pode comprometer o direito do leitor de checar a veracidade de uma informação?