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ENTRANDO NO JOGO
Neste jogo, a estratégia é perceber que o uso de tecnologias de informação e comunicação pode tornar a sala de aula e o estudo mais convidativos. Viva a educação interativa!
PORTAL 1 a) Qual atividade essa imagem representa? b) Você já participou de atividades como essa? Conte aos colegas. c) Você acha que em atividades como essa podem ser veiculados mais conhecimentos e informações? Por quê? d) Como você imagina que são feitas anotações em atividades como essa?
1. Observe a imagem.
2. Que tal verificar o quanto você conhece os temas videoaula e educação digital a distância participando do jogo “Verdade ou mentira”? Siga as orientações.
• A turma deve se organizar em dois times: A e B.
• O professor vai ler cada uma das afirmações, e os integrantes dos times terão 1 minuto para decidir se o que foi dito é verdade ou mentira.
• Depois de 1 minuto, o professor vai escolher um integrante de cada time para responder. Mas atenção! Além de responder se é verdade ou mentira, cada integrante deve apresentar uma explicação para a resposta dada.
• Depois que o integrante do time A e o integrante do time B tiverem respondido, o professor vai ler a explicação e a turma vai decidir quem deu a melhor resposta: o integrante do time A, o do time B, ambos ou nenhum dos dois. Pontua quem acertar a resposta e apresentar a melhor explicação.
Afirmação 1: A educação digital a distância é a única forma de ensino eficiente no Brasil. Verdade ou mentira? Justifique.
Afirmação 2: A videoaula pode ser gravada em um estúdio simples com custo bastante acessível. Verdade ou mentira?
Afirmação 3: Qualquer um pode pegar uma câmera e gravar uma videoaula. Verdade ou mentira?
Afirmação 4: A educação digital a distância pode exigir maior autodisciplina, foco e dedicação do estudante. Verdade ou mentira?
Afirmação 5: Somente a educação digital a distância permite a visualização posterior do conteúdo de uma aula. Verdade ou mentira?
3. Você já decidiu ler um livro “a distância”, ou seja, lendo uma crítica sobre um livro? Fale para os colegas.
Portal 2
O objetivo das atividades deste portal é compartilhar opiniões sobre videoaulas e educação digital a distância.
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Respostas
2. Afirmação 1: Mentira. A educação digital a distância se tornou fundamental, mas não é a única forma de ensino eficiente. O ensino presencial muitas vezes pode ser mais eficiente que o remoto.
Afirmação 2: Verdade. A gravação de videoaulas não demanda um estúdio profissional com custo alto.
Afirmação 3: Mentira. Para a gravação de uma videoaula é importante saber o que se vai ensinar, ter um bom planejamento da aula e desenvolver uma boa metodologia visando à audiência. Enfim, é preciso ser professor.
Afirmação 4: Verdade. Sem autodisciplina, foco e dedicação, o estudante pode não aprender à distância e se dispersar visitando sites que não contribuem para sua formação educacional.
Afirmaçãoa 5: Mentira. A aula presencial pode também permitir a visualização posterior do seu conteúdo por meio da consulta às anotações feitas ou do material recebido em sala de aula.
3. Resposta pessoal. Esta questão visa investigar se os estudantes, ao escolherem um livro, têm como prática a leitura de críticas sobre ele. Incentive-os a relatarem situações em que uma crítica os tenha levado a ler um livro.
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Jogando
1o episódio: Eu, leitor de resenha
Neste episódio, os estudantes vão analisar uma resenha e compreender como sintetizar e fazer o julgamento de um texto (livro, artigo, tese, dissertação etc.). Entender como os recursos são utilizados em resenhas é um procedimento importante para que os estudantes possam desenvolver autonomia e criticidade no que diz respeito a um dos trabalhos mais solicitados nas atividades acadêmicas e até profissionais. Na missão 1, a resenha foi abordada como exemplo nas referências bibliográficas. Aqui, ela também vai ser abordada como um gênero que faz parte do mundo acadêmico.
A resenha, ou resumo crítico, auxilia o estudante a reter informações de forma concisa e seletiva e, ao mesmo tempo, a avaliar essas informações, assim como a forma e a originalidade com que foram apresentadas na obra original.
A resenha tem papel importante no estudo e na pesquisa na medida em que, além de permitir a difusão de informações de obras extensas, possibilita o conhecimento prévio do conteúdo e do valor das obras
Tempo previsto: 2 aulas
Reconstrução das condições de produção e recepção dos textos e adequação do texto à construção composicional e ao estilo de gênero: EF69LP29
Apreciação e réplica: EF69LP31
Estratégias de leitura: apreender os sentidos globais do texto / Apreciação e réplica: EF89LP04
Efeitos de sentido: EF89LP06.
Figuras de linguagem: EF89LP37
Respostas
1. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a se pronunciarem em relação ao conhecimento que têm da obra: se já leram, se já ouviram falar ou não.
2. • Os estudantes vão ler uma resenha sobre Quarto de despejo: diário de uma favelada, e não o próprio livro. Entretanto, esta atividade objetiva despertar a curiosidade dos estudantes para o enredo da obra. A expectativa, considerando o fato de a autora ser uma mulher negra e o fato de o povo negro, historicamente, ser excluído da sociedade brasileira, é de que eles percebam que o livro vai tratar de questões sociais, econômicas e culturais que revelam racismo, exclusão social e desigualdade social em relação à população negra.
Nesta etapa, o foco são as estratégias de retenção de informações na memória para ampliar o conhecimento e o saber. Fique atento às habilidades requeridas para se tornar fera!
1º EPISÓDIO: EU, LEITOR DE RESENHA
Neste episódio, você vai analisar uma resenha para entender o uso de estratégias para a síntese, a avaliação e a retenção das informações de um livro, arquivo ou outro documento. Conhecer essas estratégias é fundamental no estudo e na pesquisa. Preparado para o desafio?
1. Você conhece o livro Quarto de despejo: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus? Fale para os colegas.
2. Observe uma foto da escritora Carolina Maria de Jesus.
Carolina Maria de Jesus (1914-1977) nasceu em Minas Gerais.
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• Considerando a data de nascimento e de morte da escritora e seus conhecimentos sobre a situação histórica do povo negro no Brasil, levante hipóteses: como deve ser o enredo de Quarto de despejo: diário de uma favelada?
O livro Quarto de despejo: diário de uma favelada, publicado em agosto de 1960, consiste em uma seleção de trechos extraídos de 20 diários escritos entre 15 de julho de 1955 e 1º de janeiro de 1960 por Carolina Maria de Jesus, mulher negra, mãe solteira de três filhos, pouco instruída e moradora da favela do Canindé, na metrópole de São Paulo. Seu diário narra de modo fiel o cotidiano passado na favela e seu esforço para conseguir alimentar e criar a família, trabalhando como catadora de papelão e metal no lixão e como lavadeira. As entradas no diário são marcadas com dia, mês e ano e narram aspectos da rotina de Carolina Maria, como pode ser conferido pelos exemplos a seguir.
“15 DE JULHO DE 1955 Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia comprar um par de sapatos para ela. Mas o custo dos gene ros alimentícios nos impede a realização dos nossos desejos. Atualmente somos escravos do custo de vida. Eu achei um par de sapatos no lixo, lavei e remendei para ela calçar.”
“1 DE JANEIRO DE 1959 Deixei o leito as 4 horas e fui carregar agua. Fui lavar as roupas. Não fiz almoço. Não tem arroz. A tarde vou fazer feijão com macarrão. [...] Os filhos não comeram nada. Eu vou deitar porque estou com sono. Era 9 horas, o João despertou-me para abrir a porta. Hoje eu estou triste.”
Conforme a nota dos editores, a obra “respeita fielmente a linguagem da autora, que muitas vezes contraria a gramática, incluindo a grafia e acentuação das palavras, mas que por isto mesmo traduz com realismo a forma de o povo enxergar e expressar seu mundo”.
No prefácio do livro, escrito pelo jornalista Audálio Dantas, ele explica que estava encarregado de escrever uma matéria sobre uma favela que se expandia na beira do rio Tietê, no bairro do Canindé, e lá, “no rebuliço favelado”, ele encontrou “a negra Carolina, que logo se colocou como alguém que tinha o que dizer” (p. 7). Considerando que nenhum escritor poderia escrever melhor aquela história, tendo a “visão de dentro da favela”, o jornalista se responsabilizou pela edição do livro a partir dos 20 cadernos que continham o dia a dia de Carolina Maria.
3. Agora leia silenciosamente uma resenha sobre Quarto de despejo: diário de uma favelada.
ATALHO
A resenha é uma espécie de resumo que auxilia o leitor a reter informações de um texto de forma concisa e seletiva e, ao mesmo tempo, a avaliar essas informações, bem como a forma e a originalidade em que foram apresentadas na obra original. A resenha deve apresentar linguagem clara e ser fundamentada em argumentos pertinentes. Ela também deve ser assinada pelo resenhista. Esse recurso pode ter importante papel na vida escolar/acadêmica por possibilitar o conhecimento prévio do conteúdo e do valor do texto original e por influenciar o leitor a decidir sobre ler ou não ler a obra.
RESENHA DO LIVRO QUARTO DE DESPEJO: DIÁRIO DE UMA FAVELADA a) Apresentar uma avaliação crítica da obra literária Quarto de despejo: diário de uma favelada. b) O livro é considerado o diário de Carolina Maria porque nele são narrados os acontecimentos que ocorrem com a autora a cada dia e por ser escrito em uma linguagem simples, que se assemelha à oralidade, com gírias e erros ortográficos. c) O diário de Carolina Maria de Jesus é comparado a uma biografia. Biografia é um texto que narra a história de vida de alguém. A autobiografia é escrita pela própria pessoa, em primeira pessoa. Nela, autor, narrador e personagem são um só e ocupam um papel de destaque nos acontecimentos narrados. d) • [...] o diário de Carolina Maria é tecido por uma linguagem simples. Por meio da metáfora, o autor confere maior expressividade ao texto, já que “tecer” um diário remete a criação, composição, trabalho poético, e não simplesmente a um registro escrito de fatos do cotidiano. a) Qual é a finalidade desse texto? b) Por que o autor da resenha se refere ao livro resenhado como “diário de Carolina Maria”? O que você sabe sobre o gênero diário? c) A que gênero é comparado o diário de Carolina Maria? O que você sabe sobre esse gênero? d) Releia o primeiro parágrafo da resenha. e) Releia o segundo parágrafo da resenha.
Como uma biografia, o diário de Carolina Maria é tecido por uma linguagem simples que muito se assemelha à oralidade, com gírias e erros ortográficos que dão tom ainda mais sincero à obra. Aliás, a escrita é um dos pontos contundentes de Quarto de Despejo, grande parte dos acontecimentos é narrada com o período do dia que se segue.
Apesar da modéstia na produção, o livro é perspicaz no conteúdo. As palavras soam de maneira estridente. É como se cada sentença emitisse um som inquietante e tivesse gosto de xarope, tornando a experiência difícil, porém necessária. A realidade grita por entre as páginas. O diferencial é como a autora conta os fatos: parece que estamos em sua frente, tomando um copo de leite e comendo o pão adormecido que costumava comprar por seis cruzeiros, enquanto ela nos despeja verdades que não queremos escutar. Truque de gênio.
Genialidade que, a propósito, tem começo na elaboração da metáfora que dá nome à obra. Carolina Maria pensou na cidade de São Paulo como uma grande casa: o Palácio é a sala de visita, a Prefeitura é a sala de jantar e a cidade é o jardim. A favela é entendida, então, como um quarto de despejo, no qual ficam os objetos fora de uso que vão para o lixo ou são queimados. É desse modo que a autora se sente: um farrapo que fora deixado de lado pela sociedade e jogado no inferno. Assim, sem eufemismos, a premissa do Diário de uma favelada é subjetivamente feita. Cabe aqui, então, lembrar que em momento algum ela dita o tema da obra. Você sabe!
Contundentes: categóricos, fortes, incisivos.
Eufemismos: atenuações, meias-palavras.
Perspicaz: certeiro, sagaz, inteligente. Premissa: ponto de partida.
3. A sugestão é que a leitura seja feita de forma individual e silenciosa. Se avaliar ser pertinente, sugira outras possibilidades, como leitura coletiva ou em duplas.
3.
O gênero diário é um texto/relato pessoal e informal, em que uma pessoa escreve suas ideias, sentimentos, ações, desejos, emoções e acontecimentos do dia a dia em linguagem informal e normalmente sem preocupação com obediência às normas da variedade linguística de prestígio.
Impalpável: que não pode ser tocado, que não possui um corpo físico.
Maniqueísmos: dualidades opostas.
Em seus relatos, além dos filhos, outros personagens são recorrentes: os vizinhos do barraco 15 × 15 em que mora, principalmente aqueles com quem possui desavenças. Os moradores da favela do Canindé são descritos de modo bruto, constantemente remetidos a animais por suas ações quase primitivas. Não é difícil encontrá-los rolando no chão em brigas ocasionadas por fatos ordinários ou mantendo relações sexuais para todo mundo ver.
Durante a leitura é persistente perceber que tais características aproximam Quarto de Despejo de outro livro: O Cortiço, de Aluísio Azevedo. O romance naturalista realista encontra, aqui, paralelo por também transformar a maioria dos personagens em bestas que agem por impulso.
E se estamos falando de personagens, não se pode deixar de lado um que é, praticamente, o elo que une todos os “núcleos”: a Fome. Dizer que a Fome é apenas um personagem abstrato seria pura tolice. Em Quarto de Despejo ela toma forma — mesmo que ironicamente impalpável — de um carrasco sanguinário. Tal carrasco corrói, gera inimizades, destrói laços, provoca suicídios e assassinatos.
Carolina Maria de Jesus não hesitou em transcrever uma dura realidade do Brasil do modo que deve ser feito. Não “colocou açúcar” naquilo que, muitas vezes, é suavizado para não chocar. Precisamos ficar chocados, pois só assim nos questionamos. Aliás, Quarto de Despejo proporciona isso: reflexão. Somos levados a pensar nos maniqueísmos cotidianos e na falha deles. Acima de tudo, essa é uma obra que, mais do que livro de cabeceira, deveria ser bibliografia recomendada em grades curriculares da educação.
LIMA, Jarleson. Resenha: ‘Quarto de despejo: diário de uma favelada’. Fala! Universidades. [S. l.], 21 jun. 2020. Disponível em: https://falauniversidades.com.br/resenha-quarto-de-despejo-diariode-uma-favelada. Acesso em: 13 abr. 2022.
Como uma biografia, o diário de Carolina Maria é tecido por uma linguagem simples que muito se assemelha à oralidade, com gírias e erros ortográficos que dão tom ainda mais sincero à obra. Aliás, a escrita é um dos pontos contundentes de Quarto de despejo, grande parte dos acontecimentos é narrada com o período do dia que se segue.
• A resenha é iniciada com uma metáfora. Aponte-a e explique seu efeito na resenha.
Apesar da modéstia na produção, o livro é perspicaz no conteúdo. As palavras soam de maneira estridente. É como se cada sentença emitisse um som inquietante e tivesse gosto de xarope, tornando a experiência difícil, porém necessária. A realidade grita por entre as páginas. O diferencial é como a autora conta os fatos: parece que estamos em sua frente, tomando um copo de leite e comendo o pão adormecido que costumava comprar por seis cruzeiros, enquanto ela nos despeja verdades que não queremos escutar. Truque de gênio. f) Ainda no 2º parágrafo é usada uma figura de linguagem chamada sinestesia
• Qual é a figura de linguagem nesse parágrafo: personificação, metonímia ou metáfora?
• Transcreva trechos que exemplifiquem sua resposta.
• Agora explique em que consiste essa figura e que efeitos de sentido são pretendidos pelo resenhista ao usá-la.
Ativa O De Conhecimentos
Sinestesia é uma figura de linguagem que consiste em atribuir, em uma mesma expressão, diferentes sensações percebidas por diferentes órgãos de sentido.
• Transcreva o trecho em que essa figura de linguagem é utilizada e explique a mistura de sensações ocorrida.
g) Em sua opinião, com qual objetivo o resenhista usou essas figuras de linguagem nesses trechos da resenha?
e) • É usada a personificação.
• [...] o livro é perspicaz no conteúdo. As palavras soam de maneira estridente. É como se cada sentença emitisse um som inquietante e tivesse gosto de xarope [...]
A realidade grita [...] f) • “É como se cada sentença emitisse um som inquietante e tivesse gosto de xarope, tornando a experiência difícil, porém necessária.” h) O que o resenhista considera ser o “truque de gênio”? i) Que outra genialidade da autora da obra resenhada é ressaltada? j) De acordo com a resenha, qual personagem tem o papel mais importante na obra? Por quê? k) Na resenha, afirma-se que “Carolina Maria de Jesus não hesitou em transcrever uma dura realidade do Brasil do modo que deve ser feito. Não ‘colocou açúcar’ naquilo que, muitas vezes, é suavizado para não chocar. Precisamos ficar chocados, pois só assim nos questionamos”. l) Ao final, o resenhista faz uma avaliação positiva ou negativa do livro? Justifique. a) Você considera que a resenha cumpriu seu papel? Justifique. b) A resenha despertou em você o desejo de ler Quarto de despejo: diário de uma favelada? Fale aos colegas. c) Se você já leu o livro, concorda com a avaliação do resenhista? Justifique sua resposta para os colegas. a) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam que a resenha, de fato, apresenta de forma resumida o conteúdo da obra, sua forma e originalidade, ao mesmo tempo que avalia criticamente e difunde o livro. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam apresentando seus pontos de vista fundamentados em argumentos pertinentes e considerando a leitura que fizeram da resenha. c) Resposta pessoal. Caso algum estudante já tenha lido a obra, peça a ele que se posicione em relação à resenha, comparando as impressões dele com as do resenhista. g) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que, com essas figuras de linguagem, o resenhista busca traduzir, com base em seu ponto de vista, as impressões sensoriais que sentiu e que, provavelmente, a obra despertaria no leitor. h) A maneira como a autora do livro conta os fatos de seu dia a dia, como se conversasse com o interlocutor. i) A metáfora que dá título ao livro e evidencia, sem eufemismos, como a autora se expressa e se sente em relação ao lugar onde mora na cidade de São Paulo. j) A fome, porque está sempre presente na narrativa e é causadora de inimizades, destruição de laços, suicídios e assassinatos. k) • A expressão “colocar açúcar” significa adoçar ou, no caso da escrita, procurar formas de expressão mais agradáveis ou polidas, que não choquem os leitores. l) Positiva, inclusive ele defende que a obra faça parte da bibliografia recomendada em grades curriculares da educação.
• A personificação é uma figura de linguagem pela qual seres inanimados agem como seres animados, recebendo vida e ação. Na resenha, essa figura de linguagem é usada para caracterizar o livro como perspicaz, capaz de soar e de emitir sons, ter gosto, gritar; assim, na concepção do resenhista, o próprio livro é visto como um ser.
Ocorre a mistura/fusão de uma sensação sonora com a sensação de estado e a sensação do paladar: som inquietante com gosto de xarope.
• O que significa a expressão “colocar açúcar”?
• Qual é a posição do resenhista em relação ao que fez Carolina Maria de Jesus em sua obra? Explique.
4. Agora releia a resenha com seu professor e colegas.
• Posição de concordância, pois afirma que “Precisamos ficar chocados, pois só assim nos questionamos”.
4. Se possível, projete a resenha acadêmica para que a turma possa acompanhar a leitura coletiva. Caso não seja possível, peça aos estudantes que acompanhem a leitura no livro.
5. • O relatório mostra que muitos brasileiros passaram fome durante a pandemia e que os lares chefiados por mulheres, por pessoas negras e pardas e por pessoas com baixa escolaridade foram os mais atingidos. Ao se comparar essas informações com aquelas da resenha de Quarto de despejo: diário de uma favelada, cujo enredo aborda a fome vivenciada em um lar chefiado por uma mulher negra e com baixa escolaridade, é possível dizer que a obra retrata uma realidade ainda vivenciada por muitos brasileiros. Assim, ela continua atual e representativa de nossa realidade.
5. Leia alguns trechos do relatório de uma pesquisa sobre a fome no Brasil durante o período de pandemia do coronavírus.
Em meio à pandemia da Covid-19, o Brasil vive um pico epidêmico da fome: 19 milhões de brasileiros enfrentam a fome no seu dia a dia
O Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 foi realizado em 2.180 domicílios nas cinco regiões do país, em áreas urbanas e rurais, entre 5 e 24 de dezembro de 2020.
Os resultados mostram que nos três meses anteriores à coleta de dados, apenas 44,8% dos lares tinham seus moradores e suas moradoras em situação de segurança alimentar. Isso significa que em 55,2% dos domicílios os habitantes conviviam com a insegurança alimentar, um aumento de 54% desde 2018 (36,7%).
Em números absolutos: no período abrangido pela pesquisa, 116,8 milhões de brasileiros não tinham acesso pleno e permanente a alimentos.
Desses, 43,4 milhões (20,5% da população) não contavam com alimentos em quantidade suficiente (insegurança alimentar moderada ou grave) e 19,1 milhões (9% da população) estavam passando fome (insegurança alimentar grave).
É um cenário que não deixa dúvidas de que a combinação das crises econômica, política e sanitária provocou uma imensa redução da segurança alimentar em todo o Brasil.
[...]
[...]
A fome tem gênero, cor e grau de escolaridade
11,1% dos lares chefiados por mulheres estavam enfrentando a fome.
O Mapa Humano da fome no Brasil
A fome nos lares brasileiros
[...]
10,7% dos lares chefiados por pessoa preta ou parda estavam enfrentando a fome.
14,7% dos lares chefiados por pessoa com baixa escolaridade estavam enfrentando a fome.
EQUIPE EDITORIAL. Insegurança alimentar e Covid-19 no Brasil. DSSBR. [S. l.], 13 abr. 2021. Disponível em: https://dssbr.ensp.fiocruz.br/inseguranca-alimentar-e-covid-19-no-brasil. Acesso em: 13 maio 2022.
• Analisando as informações do relatório de pesquisa e da resenha, o que se pode concluir sobre a contemporaneidade de Quarto de despejo: diário de uma favelada? Fale para os colegas.