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5º EPISÓDIO: EU, CRIADOR DE PEÇA PUBLICITÁRIA

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ROTEIRO DA MISSÃO

ROTEIRO DA MISSÃO

Neste episódio, você vai vivenciar a experiência de idealizar um produto ou um serviço que poderia melhorar a vida da comunidade onde você vive. Além disso, vai produzir duas peças publicitárias para divulgar sua criação. Preparado para exercitar seu protagonismo de um jeito diferente?

1. Informe-se sobre o que você vai fazer.

Projeto de comunicação

Gênero Anúncio publicitário e vídeo (peças publicitárias).

Situação A turma vai criar duas peças para uma mesma campanha publicitária – um anúncio e um vídeo –, a fim de divulgar um produto ou um serviço idealizado que tenha potencial para melhorar a vida da comunidade.

Tema Livre, a depender do produto ou do serviço que vai ser criado.

1. Vivenciar a criação de um anúncio publicitário e de um vídeo a fim de se apropriar do uso criativo da linguagem.

5o episódio: Eu, criador de peça publicitária

As atividades deste episódio visam à criação de duas peças publicitárias – um anúncio e um vídeo – para divulgar um produto ou um serviço inventado pelos estudantes com potencial para melhorar a vida das pessoas da comunidade em que vivem. O intuito é promover, por meio da vivência da criação das peças, usos dos recursos linguísticos e semióticos analisados em episódios anteriores. Além disso, os estudantes vão poder refletir sobre a relevância das redes sociais em incentivarem publicações de conteúdos mais edificantes, que possam impactar positivamente as pessoas.

Objetivos

2. Refletir sobre estratégias de persuasão na publicidade, usando-as na produção das peças publicitárias.

3. Exercer o protagonismo ao idealizar produtos ou serviços com potencial para melhorar a vida das pessoas de sua comunidade.

Quem é você Um adolescente protagonista que propõe soluções para melhorar o lugar onde vive.

Para quem Diferentes públicos, a depender do produto ou do serviço idealizado.

Tipo de produção Equipes de 4 a 5 estudantes.

2. Junto a sua equipe, mapeie desafios enfrentados por sua comunidade, organizando-os em uma lista. No trajeto de casa para a escola, observem, por exemplo:

• funcionamento do transporte público;

• limpeza das vias públicas;

• apoio a pessoas em situação de rua;

• programas de castração e adoção de animais em situação de rua;

• conservação de praças e parques;

• infraestrutura, como redes de água e esgoto, asfaltamento das ruas, sinalização para pedestres e veículos, iluminação pública;

• presença de postos de saúde;

• presença de escolas integrais ou creches para crianças;

• policiamento nas ruas;

• presença de centros de apoio a idosos.

Se possível, leve para a sala de aula outros exemplares de anúncios publicitários impressos para que os estudantes observem slogans, uso de imagens, de cores, de letras. Outra sugestão é assistir a outros vídeos de campanhas publicitárias para que possam observar jingles, composição de imagens, uso de efeitos especiais.

Tempo previsto: 6 aulas

Relação do texto com o contexto de produção e experimentação de papéis sociais: EF69LP06

Textualização: EF69LP07

Planejamento de textos de peças publicitárias de campanhas sociais: EF69LP09

Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social: EF69LP13

Estilo: EF69LP17

Apreciação e réplica: EF69LP21

Estratégias de produção: planejamento, textualização, revisão e edição de textos publicitários: EF89LP11

Fono-ortografia: EF08LP04.

Interdisciplinaridade:

Processos de criação: EF69AR23

Respostas

1. É importante que você faça a leitura do Projeto de comunicação com os estudantes, certificando-se de que eles entenderam a proposta. É também essencial certificar-se de que compreendam a importância da apropriação dos elementos que envolvem o projeto que vão colocar em prática. A sugestão é que o trabalho seja desenvolvido em equipes contendo de 4 a 5 estudantes. Essa configuração pode ser alterada em função de seu planejamento, demandas do grupo e quantidade de estudantes em sala de aula.

4. Reforce a importância de que o nome exprima originalidade e criatividade, uma vez que o objetivo é favorecer a memorização da marca pelo público-alvo.

• Caso necessário, retome com os estudantes as análises feitas no 1º e no 2º episódio sobre o anúncio e o vídeo do TikTok.

5. Comente com os estudantes que existem sites que criam logotipos. Para isso, é necessário que os usuários forneçam informações sobre o que vão vender. Algumas sugestões são Zyro (disponível em: https://zyro.com/br/criar-logo-gratis?_ ga=2.25435389.1361646243.16560701031697106795.1656070103); Visme (disponível em: www.visme.co/pt-br/criar-logo); e Free Logo (disponível em: https:// pt.freelogodesign.org) (acessos em: 28 jun. 2022).

6. As orientações para a produção das duas peças preveem a utilização de editores de textos e de vídeos e o acesso à internet. O objetivo é propiciar aos estudantes oportunidades para se apropriarem de ferramentas digitais em processos de produção coletiva e colaborativa em ambientes digitais.

Produzindo o anúncio publicitário da campanha

• Existem sites em que os estudantes podem criar anúncios de forma gratuita. É possível também criar os anúncios usando programas de computador que fazem slides. Algumas sugestões são Genially (disponível em: https://genial.ly/pt-br); Gimp (disponível em: www.gimp.org); Inkscap (disponível em: https://inkscape.org); e Scribus (disponível em: www.scribus. net) (acessos em: 28 jun. 2022).

Produzindo o vídeo da campanha a) Convide o professor de Arte para participar das atividades com os estudantes. Pode ser uma boa oportunidade para um trabalho interdisciplinar.

A sugestão é que o vídeo da campanha tenha 30 segundos. Se avaliar ser necessário, altere esse tempo.

• Comente com os estudantes que usar palavrões ou palavras de baixo calão não é adequado. É importante ressaltar também a necessidade de não haver nenhum tipo de atitude preconceituosa ou excludente.

3. Compartilhem as listas e escolham qual é o problema que cada uma das equipes vai abordar. Se houver coincidências, não se preocupem. Certamente, cada uma das equipes vai inventar um produto ou serviço que aborde determinado aspecto do problema a ser enfrentado.

4. Escolhido o problema a ser enfrentado, idealizem um produto ou serviço que poderia ajudar a resolvê-lo ou minimizá-lo. Vocês podem e devem soltar a imaginação. Decidam também como esse produto ou serviço será nomeado. Alguns pontos que podem auxiliar:

I. quem vai ser o público-alvo;

Quais problemas são enfrentados pela sua comunidade?

II. como vai funcionar e quais serão os impactos desse produto ou serviço para o público-alvo;

III. como esse produto ou serviço vai minimizar ou solucionar o problema;

IV. como esse produto ou serviço vai chegar aos consumidores.

• Registrem as informações para que vocês possam decidir quais estratégias serão mobilizadas para a criação do anúncio e do vídeo.

5. Criem um slogan e um logotipo para a campanha. Esses elementos vão ser utilizados nas duas peças publicitárias que a equipe vai produzir. Para criar o logo, caso a equipe avalie ser pertinente, é possível utilizar sites que criam logotipos de forma gratuita.

6. Agora chegou o momento de produzir as duas peças da campanha publicitária. A criação das peças vai ser feita em duas etapas: na primeira, o foco é a criação do anúncio; na segunda, a criação do vídeo. Sigam as orientações. Produzindo o anúncio publicitário da campanha

• Escolham sites ou programas que, gratuitamente, criem anúncios publicitários (cartazes).

• Selecionem a(s) imagem(ns) que vai(vão) compor o anúncio.

• Escolham uma paleta de cores com potencial para provocar sensações positivas no público-alvo.

• Insiram o slogan, o nome do produto ou do serviço idealizado pela equipe e o logo.

• Criem a hashtag, observando as dicas do 4º episódio para potencializar maior engajamento do público-alvo. Produzindo o vídeo da campanha a) Escrevam o jingle para o vídeo da campanha, que vai ter a duração de 30 segundos. Algumas dicas para produzi-lo:

• Escolham uma música para ser a melodia do jingle, como fez Emicida. Como o vídeo é curto, a letra do jingle deve ser bem curta também. Usem uma linguagem que a equipe avalie ser a mais adequada para engajar o público-alvo.

• Ensaiem antes de realizar a gravação do jingle A equipe pode bater palmas ou usar alguns instrumentos de percussão. Se alguém souber tocar algum instrumento, usem essa habilidade para deixar o jingle ainda mais interessante.

• Depois de bem ensaiado, gravem o jingle usando o celular. Para melhorar a qualidade da gravação, escolham um lugar silencioso, sem interferência de sons externos.

B Nus

Assista ao vídeo “Como fazer jingle para trabalhos de escola e faculdade”, em que o produtor musical Giovani Dal Mas dá dicas de como produzir jingles. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=aiWcUGx0eLc. Acesso em: 30 jun. 2022.

b) Escrevam um pequeno roteiro para a produção do vídeo, decidindo:

• se alguém da equipe vai falar algo e qual será essa fala;

• quais imagens vão compor o vídeo e como elas vão aparecer para potencializar as qualidades do produto ou do serviço criado pela equipe;

• como o slogan e o logo vão aparecer ao longo do vídeo;

• em que momento o jingle vai entrar no vídeo;

• como vai ser estabelecido o diálogo entre o anúncio publicitário e o vídeo – por exemplo, repetindo-se imagens usadas no anúncio; c) Com o roteiro pronto, ensaiem para que a gravação possa ser feita, especialmente se a equipe tiver decidido que os integrantes vão participar. d) Usando o celular, façam a gravação do vídeo. Algumas dicas antes da gravação:

• onde e em que momento o vídeo será gravado.

• limpem a câmera do celular;

• atentem-se para a qualidade do áudio, evitando que barulhos externos provoquem interferências;

• gravem com o celular na horizontal; e) Editem o vídeo, não se esquecendo de inserir o jingle e de produzir os efeitos nas imagens previstos no roteiro. Existem editores gratuitos que podem ser baixados da internet para realizar essa parte da produção.

• observem a iluminação do ambiente.

7. Com o anúncio publicitário e o vídeo da campanha finalizados, chegou o momento de socializá-los com os demais colegas. Cada equipe terá 5 minutos para apresentar sua criação e explicar como as estratégias persuasivas foram selecionadas para provocar a adesão e o engajamento do público-alvo. É essencial que as demais equipes pratiquem uma escuta atenta, fazendo comentários pertinentes quando uma finalizar sua exposição.

8. Agora, organizem-se em uma roda de conversa para refletir sobre como foi vivenciar a experiência de criação de duas peças publicitárias. Algumas questões podem colaborar para a reflexão:

• Como foi produzir as peças em equipe?

• Quais foram os maiores desafios nessa produção?

• O que vocês mais gostaram de fazer durante o processo criativo?

• Realizar a atividade fez vocês se apropriarem de recursos digitais na produção de projetos coletivos?

6. e) Se necessário, indique para os estudantes algumas sugestões de editores de vídeo gratuitos. Algumas sugestões: Magisto (disponível em: https://play. google.com/store/apps/details?id=com. magisto&hl=pt_BR), VivaVideo (disponível em: https://vivavideo-free-videoeditor.br.uptodown.com/android), VideoShow (disponível em: https://play. google.com/store/apps/details?id=com. xvideostudio.videoeditor&hl=pt_BR) (acessos em: 30 jun. 2022).

7. Com a apresentação, espera-se que os estudantes expliquem o processo de criação das peças publicitárias, refletindo sobre estratégias de persuasão que eles mobilizaram para persuadir o público-alvo da campanha.

8. O objetivo é promover relatos de experiências para que os estudantes possam refletir sobre processos de uma aprendizagem significativa para necessidades futuras de uso na vida pessoal e profissional.

Neste episódio, os estudantes vão produzir um pitch para simular uma situação de busca de financiamento para os produtos ou os serviços criados no 5º episódio. Um dos objetivos é propiciar, ainda que em uma simulação, uma vivência que remete ao mundo do trabalho, pois fazer pitchs é uma prática utilizada no contexto do empreendedorismo.

Tempo previsto: 3 aulas

Textualização: EF69LP07

Estilo: EF69LP17

Efeito de sentido: EF69LP19

Apreciação e réplica: EF69LP21

Respostas

1. Resposta pessoal. Uma possibilidade é os estudantes associarem o caráter prático, rápido e ao mesmo tempo informativo do pitch com a escassez de tempo e o valor dado à objetividade na sociedade atual. Caso apresentem outras impressões, peça a eles que justifiquem seus pontos de vista.

2. Para realizar o roteiro do pitch, os estudantes devem retomar as peças publicitárias produzidas no episódio anterior. O pitch vai abordar o produto ou o serviço que as equipes inventaram.

6º EPISÓDIO: DIVULGANDO IDEIAS POR MEIO DE UM PITCH!

Imagine a seguinte situação: você e sua equipe precisam apresentar o produto ou o serviço que criaram para empresários a fim de conseguir financiamento para viabilizar a produção, mas em apenas cinco minutos! Como isso pode ser feito? Com a produção de um pitch! Neste episódio, você, os colegas e o professor vão simular essa situação em sala de aula. Preparado para um ensaio para sua futura vida profissional?

1. Você sabe o que é um pitch? Já ouviu falar desse termo? Leia uma definição para se informar.

O que significa pitch?

[...]

Pitch, no sentido literal da palavra, quer dizer arremesso em inglês. Trazendo para o mundo do empreendedorismo, um pitch seria uma curta apresentação para vender uma ideia, projeto ou negócio, no intuito de despertar o interesse, muitas vezes de investimento, de quem está assistindo, é uma ideia de dialogar de forma rápida e direta com quem se pretende comunicar.

[...]

Ser breve e assertivo são habilidades fundamentais para a apresentação de um pitch

Em geral, os pitchs costumam ter de três a cinco minutos e contém apenas informações fundamentais do que se está sendo apresentado. Ao apresentar um negócio para investidores através de um pitch, serão escolhidos pontos que ressaltam a empresa, para conseguir chamar atenção.

[...]

ARRUDAS, Mariana. O que significa pitch? Auspin, São Paulo, 3 abr. 2020. Disponível em: www.inovacao.usp.br/o-que-significa-pitch. Acesso em: 18 maio 2022.

• Em sua opinião, o que o caráter breve e prático do pitch sinaliza sobre a sociedade atual em relação ao uso do tempo?

2. As equipes do episódio anterior vão se juntar novamente para preparar o roteiro do pitch. Para isso, sigam as orientações a seguir para produzir esse roteiro.

Passo 1: apresentem os membros da equipe.

Passo 2: digam qual é o problema que a equipe buscou resolver ou minimizar na comunidade com a criação do produto ou do serviço. Para causar impacto, a equipe pode contar uma pequena história que mostre como esse problema afeta negativamente a vida das pessoas da comunidade.

Passo 3: apresentem o produto ou o serviço criado pela equipe. Sejam claros e objetivos, evitando o uso de gírias. Usem um registro mais formal da língua para causar impacto positivo.

Passo 4: explicitem, de forma clara, qual é o público-alvo do produto ou do serviço criado pela equipe, explicando os motivos para a escolha desse grupo.

Passo 5: deixem claro por que vocês são a equipe certa para ter o produto ou o serviço financiado pelos “empresários”.

Passo 6: finalizem o roteiro com uma frase de impacto, que retome o slogan da campanha que vocês criaram no 5º episódio.

3. Com o roteiro pronto, é o momento de ensaiar a apresentação “oficial” do pitch para os “empresários”.

• Dividam as falas do pitch entre os membros da equipe.

• Ao falar, usem um tom de voz claro, animado, empolgante. Prestem atenção ao ritmo da fala – nem rápido demais, nem lento demais –, à entonação, ao volume. Embora a equipe tenha apenas cinco minutos, não são adequadas falas ofegantes, trêmulas. Atentem-se também para uma postura corporal que sinalize confiança, como cabeça erguida, olhos nos olhos.

• Contabilizem, durante o ensaio, o tempo do pitch Um ponto positivo é conseguir falar tudo o que foi proposto durante os cinco minutos. Se necessário, reformulem o roteiro.

4. Agora é o momento da apresentação “oficial” do pitch a) Seu professor e um membro de cada uma das equipes vão ser os “empresários” durante a apresentação do pitch. Escolham o colega da sua equipe que vai fazer parte da bancada de avaliadores. b) Organizem a sala de modo que os apresentadores do pitch possam ser vistos tanto pela bancada de avaliadores quanto pelo restante da turma. Uma boa sugestão é deixar as carteiras em semicírculo. c) Decidam a ordem de apresentação das equipes. Nesse momento, o membro da equipe que vai avaliar deve se juntar aos colegas para participar do pitch d) Apresentem o pitch seguindo as orientações e os ajustes que foram feitos durante os ensaios. e) A banca de avaliadores deve reproduzir o quadro a seguir em uma folha de papel para avaliar o desempenho de cada uma das equipes.

Equipe avaliada: f) Ao final das apresentações, contabilizem a pontuação de todas as equipes. e) Caso seja viável, reproduza o quadro em quantidade suficiente para as equipes e distribua as cópias entre os membros da banca avaliadora. f) Proponha uma conversa a partir dessas questões para que os estudantes possam refletir sobre o processo e o produto realizados ao longo deste episódio.

Os membros da equipe foram apresentados?

O problema que o produto ou o serviço busca solucionar foi explicado?

O produto ou o serviço foi apresentado de forma clara e objetiva?

O público-alvo foi apresentado?

O diferencial da equipe foi explicado?

O pitch foi finalizado de forma impactante, usando o slogan criado para as peças publicitárias?

O pitch foi apresentado em, no máximo, cinco minutos?

O tom, o ritmo, a entonação de voz e a postura corporal dos membros da equipe estavam adequados?

• Em quais critérios cada equipe se destacou?

• Quais foram os maiores desafios para realização do pitch?

• A turma concorda com a avaliação das equipes feita pela banca de avaliadores?

4. A ideia é simular o que seria uma apresentação oficial de um pitch. Para que haja outras opiniões, um membro de cada equipe também vai participar da bancada de avaliadores.

7o episódio: Mesmo tema, outro campo de atuação social

Artigo científico

Neste episódio, a partir da leitura de um artigo científico, os estudantes vão refletir, de forma mais sistemática, sobre o impacto das redes sociais na saúde mental das pessoas, a fim de que tenham oportunidade de se autoconhecer e se autocuidar. Além disso, serão convidados a realizar um “detox digital”, vivenciando a experiência de não se manterem conectados o tempo todo

Tempo previsto: 2 aulas

Reconstrução das condições de produção e recepção dos textos e adequação do texto à construção composicional e ao estilo de gênero: EF69LP29

Estratégias e procedimentos de leitura / Relação do verbal com outras semioses / Procedimentos e gêneros de apoio à compreensão: EF69LP34

Conversação espontânea: EF89LP27

Textualização: EF89LP30

Respostas

1. • A expectativa é de que os estudantes percebam que, por se tratar de uma publicação científica veiculada a uma universidade pública de renome, as informações apresentem um grau de confiabilidade alto, ou seja, é possível confiar no que está sendo dito.

2. Caso avalie ser adequado, as questões propostas para ampliar a compreensão sobre o artigo podem ser respondidas oralmente pelos estudantes.

7º EPISÓDIO: MESMO TEMA, OUTRO CAMPO DE ATUAÇÃO SOCIAL ARTIGO CIENTÍFICO

Ao longo desta missão, você fez reflexões pontuais sobre o impacto das redes sociais na saúde mental das pessoas, em especial dos jovens. Agora, vai aprofundar a discussão para exercitar o autocuidado. Afinal, para vencer qualquer jogada é fundamental estar saudável, pois “quem tem saúde tem tudo”.

1. O artigo científico que você vai ler foi publicado, em 2020, na SMAD – Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo.

• O que se pode dizer sobre o grau de confiabilidade das informações apresentadas pelo artigo científico? Fale com os colegas.

2. Em dupla, leia o artigo. À medida que forem lendo, façam anotações, perguntas, questionamentos em seu caderno e confiram se as questões propostas ajudam a responder a essas dúvidas.

Como as mídias sociais influenciam na saúde mental?

Samir Antonio Rodrigues AbjaudeI,II; Lucas Borges PereiraI,II; Maria Olívia Barboza ZanettiI,III; Leonardo Régis Leira PereiraI

IUniversidade de São Paulo, Centro de Pesquisa em Assistência Farmacêutica e Farmácia Clínica, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil

IIBolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES)Código de Financiamento 001

IIIBolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Brasil

Os problemas de saúde mentais e comportamentais são caracterizados por alterações de pensamento, comportamento ou humor, em associação à angústia ou deterioração do funcionamento psíquico global. Esses problemas são decorrentes de aspectos biológicos associados a fatores culturais e muito influenciados pela sociedade, podendo ser intensificados por uma predisposição do indivíduo(1). Os transtornos mentais, especialmente a ansiedade e a depressão, constituem uma das principais causas de morbidade na sociedade atual, comprometendo as atividades cotidianas do indivíduo, especialmente os relacionamentos sociais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 350 milhões de pessoas no mundo vivem com depressão(2). A Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 apresentou prevalência de depressão em 7,6% [...] da população adulta brasileira(3). Tais números tornaram a saúde mental uma prioridade de saúde pública.

O uso de mídias sociais [...] é um hábito relativamente recente, de modo que ainda tenta-se compreender os efeitos desta nova forma de interação social em diferentes populações. O aumento no tempo dispensado utilizando as redes sociais relaciona-se ao sentimento de isolamento do mundo real, o que pode contribuir para o desenvolvimento de transtornos mentais(4). De acordo com o IBGE, 70% da população brasileira tem acesso à internet(5), além disso, o Brasil é o segundo país que mais ocupa tempo por dia na internet, estando online em média 9 horas e 29 minutos por dia, sendo que 40% (3 horas e 34 minutos) deste tempo é utilizado em mídias sociais(6)

O tipo de conteúdo publicado e consumido pelos usuários é ainda mais impactante na saúde mental. Sabe-se que muitas publicações reforçam o narcisismo, os padrões de vida, de consumo e o status, de forma que têm contribuído com o aumento na prevalência de vários transtornos psiquiátricos, incluindo sintomas depressivos, ansiedade e baixa autoestima(7-8)

[...]

Na tentativa de minimizar possíveis impactos na saúde mental de seus usuários, algumas das maiores empresas mantenedoras de plataformas de mídias sociais têm se esforçado para criar barreiras e estratégias de prevenção de problemas de saúde mental. [...]

As empresas e os influenciadores também precisam contribuir na redução desta problemática, utilizando as mídias sociais como ferramentas para a produção de conteúdos que realmente agreguem valor, disseminem informações de qualidade e aproximem as pessoas. Da mesma forma, os usuários das mídias sociais devem preocupar-se com a temática e, em uma estratégia de autocuidado, filtrar os conteúdos a que estão expostos, priorizando aqueles que agregam valor e que não desencadeiam sentimentos prejudiciais. Assim vale ressaltar que tanto o consumo quanto a produção dos materiais devem ser feitos com precaução.

[...]

Os problemas de saúde mental são preocupações cada vez mais frequentes na sociedade, em parte pela utilização inadequada (frequência de utilização e conteúdo consumido) da internet e mídias sociais. Sendo assim, muitas estratégias podem ser adotadas para melhorar este quadro, uma delas é a participação intensiva de instituições e grupos de pesquisa nas mídias sociais por meio de divulgação de conteúdos de qualidade e que promovam o bem-estar social.

Referências

1. World Health Organization. Prevention of Mental Disorders: effective interventions and policy options: summary report [Internet]. Geneva; 2004 [cited Aug 29 2019]. Available from: www.who.int/mental_health/evidence/en/prevention_of_ mental_disorders_sr.pdf

2. World Health Organization. Fact sheet nº 369: depression [Internet]. [cited Aug 29 2019]. Available from: www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/depression

3. Stopa SR, Malta DC, Oliveira MM de, Lopes C de S, Menezes PR, Kinoshita RT. Prevalência do autorrelato de depressão no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Rev Bras Epidemiol. [Internet]. 2015 Dec [cited Aug 29 2019]; 18(suppl 2):170-80. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1980-5497201500060015

4. Primack BA, Shensa A, Sidani JE, Whaite EO, Lin L yi, Rosen D, et al. Social Media Use and Perceived Social Isolation Among Young Adults in the U.S. Am J Prev Med. [Internet]. 2017 [cited Aug 29 2019]; 53(1):1-8. Available from: www.sciencedirect.com/ science/article/pii/S0749379717300168 a) Como alterações de pensamento, comportamento ou humor, em associação à angústia ou deterioração do funcionamento psíquico global. Esses problemas são decorrentes de aspectos biológicos associados a fatores culturais e muito influenciados pela sociedade, podendo ser intensificados por uma predisposição do indivíduo. b) Porque dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2013, apontam que 7,6% da população adulta brasileira tem depressão, ou seja, um número significativo de brasileiros tem a doença e, por isso, a saúde mental foi considerada prioridade de saúde pública. c) • Segundo o artigo, quanto mais os usuários ficam conectados a redes sociais, maiores são as chances de desenvolverem sentimentos de isolamento do mundo real, o que pode contribuir para o desenvolvimento de transtornos mentais. d) Porque muitas publicações reforçam o narcisismo, os padrões de vida, de consumo e o status. Esse tipo de conteúdo, segundo o artigo, tem contribuído para aumentar a prevalência de transtornos psiquiátricos, como depressão, ansiedade e baixa autoestima. e) O que se propõe, basicamente, é que as redes sociais, as empresas e os influenciadores procurem produzir conteúdos mais significativos, com informações de qualidade e com potencial para aproximar as pessoas. Além disso, os usuários devem procurar filtrar o que consomem, selecionando conteúdos relevantes e que não tenham potencial para desencadear sentimentos prejudiciais à saúde mental.

Mantenedoras: aquelas que mantêm, que sustentam.

Narcisismo: no contexto, exibicionismo, sentimento de indiferença em relação ao outro, ausência de empatia.

2.

5. Agência de notícias IBGE. PNAD Contínua TIC 2017: Internet chega a três em cada quatro domicílios do país. 2018. [cited Oct 03 2019]. Available from: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-deimprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/23445-pnad-continua-tic-2017-internet-chega-a-tres-emcada-quatro-domicilios-do-pais

6. We are Social. Global Digital 2019 Reports. [cited Oct 3 2019]. Available from: https://wearesocial.com/ global-digital-report-2019

7. Pantic I. Online social networking and mental health. CyberpsycholBehav Soc Netw. 2014 [cited Aug 29 2019]; 17(10):652-7. doi: 10.1089/cyber.2014.0070

8. Lira AG, Ganen A de P, Lodi AS, Alvarenga M dos S. Uso de redes sociais, influência da mídia e insatisfação com a imagem corporal de adolescentes brasileiras. J Bras Psiquiatr. 2017 [cited Aug 29 2019]; 66(3):164-7. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/0047-2085000000166

9. Lazer DMJ, Baum MA, Benkler Y, Berinsky AJ, Greenhill KM, Mennczer F, et al. The Science of fake news. Science. 2018;359:1094-96. doi: 0.1126/science.aao2998

10. Singer P.W., Brooking ET. Like War: The Weaponization of Social Media. Publisher: Eamon Dolan/Houghton Mifflin Harcourt; 2018.

11. The American Psychological Association. [Internet] Press Release: Why We're Susceptible to Fake News, How to Defend Against It. San Francisco. [cited Aug 29 2019]. Available from: www.apa.org/news/press/ releases/2018/08/fake-news

12. King JE, Walpole CE, Lamon K. Surf and Turf Wars Online-Growing Implications of Internet Gang Violence. J Adolesc Health. [Internet]. 2007 Dec [cited Aug 29 2019]; 41(6):S66-8. Available from: www.sciencedirect. com/science/article/pii/S1054139X07003667

13. Shimizu H. Uso das mídias sociais na ciência. Agência FAPESP; 2013. [Internet]. [Acesso 3 out 2019]. Disponível em: http://agencia.fapesp.br/uso-das-midias-sociais-na-ciencia/16850/

14. Abjaude SAR, Maduro LCS, Pereira LB, Pereira LRL. Use of social media for Education and Popularization of Science and Pharmaceutical Technologies. Rev Cult Ext USP. [Internet]. 2017; 17:39-49. Available from: http:// prceu.usp.br/revista/wp-content/uploads/2018/04/RCE17_SUPL.pdf a) Como transtornos mentais e comportamentais são caracterizados no artigo? b) De acordo com o artigo, por que a saúde mental é considerada uma prioridade de saúde pública no Brasil? c) Segundo dados do IBGE apresentados no artigo, o brasileiro gasta, em média, cerca de três horas e meia por dia em mídias sociais. d) Por que se afirma que, além do tempo, o tipo de conteúdo publicado e consumido pelos usuários nas redes sociais é ainda mais impactante para a saúde mental? e) Que propostas são apresentadas pelos pesquisadores para buscar minimizar o impacto negativo das redes sociais na saúde mental dos usuários? f) Em algumas partes do artigo, algumas palavras são marcadas com números, como “baixa autoestima(7-8)”. Expliquem por quê.

Adaptado de: PEREIRA, Leonardo Régis Leira et al. Como as mídias sociais influenciam na saúde mental? Pepsic. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-69762020000100001. Acesso em: 22 jun. 2022.

• De que forma esse hábito pode impactar a saúde mental desses usuários?

Chave Mestra

Para responder, considere a relevância de, em artigos científicos, as informações serem verídicas e resultantes de pesquisas já realizadas por outros cientistas.

g) Releiam as referências. O que são os trechos sublinhados e em azul e qual é sua função?

• Usando seu celular ou computadores da sala de informática de sua escola, acesse o artigo, vá até o tópico “Referências” e clique nos links para investigar que tipo de informações estão disponibilizadas. O acesso ao artigo pode ser feito pelo link http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S1806-69762020000100001 (acesso em: 30 jun. 2022).

h) As dúvidas que você e seu colega anotaram à medida que foram lendo o artigo foram respondidas? Se houver outras, compartilhem com a turma para que possam ser sanadas.

i) A leitura do artigo colaborou para você ampliar seus conhecimentos sobre redes sociais e saúde mental? Compartilhe sua opinião com os colegas.

3. A prática de bullying pode afetar a saúde mental. Mas você conhece o termo cyberbullying? Fale com os colegas o que você conhece do assunto.

a) Leia a reportagem a seguir e se informe um pouco mais sobre esse assunto.

Brasil é o 2º país com mais casos de cyberbullying no mundo, segundo pesquisa

Os casos de violência virtual acontecem de forma inesperada e constante, principalmente nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp. Existem formas de prevenção ao cyberbullying nas escolas que são pouco discutidas, mas úteis para os dias atuais.

Segundo o Instituto de Pesquisa Ipsos, o Brasil é o 2º país com mais casos de cyberbullying contra crianças e adolescentes. O termo define práticas de violência que acontecem em ambientes virtuais [...]. A falta de compaixão, tolerância e respeito, conforme consta da lei Nacional de Diretrizes e Bases da Educação, são as principais características do cyberbullying.

Conforme afirma a advogada especialista em direito digital, Ana Paula Siqueira, "passamos muito tempo nas redes sociais e na internet e a maior parte das pessoas desconhece seus direitos e deveres do mundo digital - afinal, internet não é terra sem lei".

Para acabar com o cyberbullying, de acordo com a UNICEF, não basta denunciar os agressores, é preciso reconhecer que todos merecem respeito - online e na vida real. [...] g) Os trechos sublinhados e em azul são hiperlinks, nos quais os leitores podem clicar para acessar as referências citadas. Eles são importantes caso os leitores desejem ampliar seus conhecimentos sobre determinado assunto que, de alguma forma, foi abordado no artigo científico lido. h) Promova uma checagem para conferir se os estudantes ainda têm dúvidas sobre o artigo lido. Este pode ser um momento para, inclusive, aprofundar a discussão. i) Resposta pessoal. A expectativa é de que os estudantes, depois da leitura e discussão realizada até o presente momento, respondam que sim.

O que é educação digital compassiva?

Uma solução para esse problema, segundo especialistas, é a Educação Compassiva, que enriquece mais ainda a vida estudantil da criança, tendo um foco maior em sua inteligência interpessoal. Sendo assim, ela foi criada com o objetivo de cobrir os "buracos" que o estudo convencional não conseguiu, tanto que os casos de bullying e cyberbullying não param de acontecer nas escolas, conforme consta da pesquisa do Instituto de Pesquisa Ipsos.

2. f) Esses números remetem às referências. Eles são importantes porque os leitores podem confirmar a procedência de algumas informações apresentadas, que são fruto de pesquisas realizadas anteriormente. A produção científica se vale de pesquisas já realizadas e de conhecimentos já construídos sobre o tema. A partir desse ponto, novas pesquisas podem ser feitas para confirmar, para contradizer ou para acrescentar o que já foi descoberto e feito.

• O objetivo desta atividade é propiciar que os estudantes possam realizar uma ação relacionada à pesquisa. É importante eles investigarem que tipo de informações são acessadas pelos links. Caso não seja possível realizar esse procedimento na escola, instrua-os para que o façam em casa.

3. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a relatarem o que sabem sobre o termo. A expectativa é de que, de alguma forma, eles associem a prática de bullying ao mundo virtual.

3. b) Alguns pontos que merecem ser destacados: a definição do termo, possíveis formas de combater o cyberbullying, a existência de uma legislação para regular comportamentos na internet, o poder de destruição do cyberbullying, o fato de o Brasil ocupar a 2ª colocação no ranking de países que mais praticam o cyberbullying c) Resposta pessoal. É importante que seja criado, neste momento, um ambiente favorável para que os estudantes se sintam confiantes para fazer relatos sobre o cyberbullying. Caso detecte que alguém esteja sofrendo ou praticando cyberbullying, é fundamental comunicar à gestão da escola.

A educação compassiva trabalha com o princípio básico de que o psicológico vai estar sempre atrelado ao ser humano, independentemente de onde ele esteja e o que esteja fazendo, online ou offline. Dessa forma, ao treinar a inteligência interpessoal desde muito cedo, a criança consegue ter mais controle de problemas como a ansiedade e atenção. A maior parte das escolas não conhece esse conceito, por essa razão dos casos de cyberbullying assombram os coordenadores todos os dias do ano letivo, fato que se comprova com as estatísticas alarmantes de casos de cyberbullying, segundo o Instituto de Pesquisa Ipsos.

Educação digital compassiva

Para aplicar a cultura de paz exigida pela lei de diretrizes e bases da educação, a especialista Ana Paula Siqueira afirma que o objetivo da Educação Digital Compassiva é muito semelhante com o que foi feito no EAD (Ensino a Distância), com uma diferença essencial: a empatia, cidadania, resiliência e direitos fundamentais são explicados de forma simples para alunos de todas as idades e para professores e familiares. A advogada alerta que o termo "Educação Digital" é usado de forma equivocada como sinônimo de manuseio de computadores, tablets e smartphones, sendo que especialistas afirmam que é comum pensar que o bem educado digitalmente é aquele que sabe programar, jogar, gravar mensagens, mandar textos e editar fotos, mas isso não é educação digital.

[...]

Prevenção contra o cyberbullying

[...] b) Considerando o termo "cyberbullying", o que você destacaria como mais relevante no texto que leu? Converse com os colegas. c) Você já sofreu cyberbullying ou já exerceu essa prática nociva? b) Incentive os estudantes a registrarem suas impressões para que possam refletir sobre o processo de autoconhecimento e de autocuidado com a saúde mental. c) Respostas pessoais. Incentive a troca de experiências entre os estudantes. É importante refletir sobre como eles se relacionam com as redes sociais. a) Decidam, coletivamente, quais passos a turma vai se propor a realizar durante uma semana e combinem o dia para compartilhar o resultado do detox digital. b) Depois de escolhidos os passos, sigam as recomendações durante uma semana. Façam um diário e anotem o que conseguiram ou o que não conseguiram fazer, quais foram os maiores desafios, as sensações e os sentimentos ao longo do processo. c) No dia combinado, façam uma roda e compartilhem a experiência vivenciada com o detox digital. Algumas questões que podem orientar a reflexão:

O acolhimento dos pais e das escolas é fundamental, conforme consta das cartilhas informativas da UNICEF. O bullying pode ocorrer devido ao sotaque, condição física ou financeira ou gênero sexual, gerado pela intolerância dos pares com as diferenças, sem limitação de idade, conforme consta do texto da lei.

Terapeutas familiares afirmam que para ser um cyberbullie (valentão, agressor digital), não é preciso ser o mais forte, o mais popular ou o mais temido do grupo; agora basta apenas ter acesso a um celular com internet. O poder de destruição do cyberbullying sobre as vítimas é maior, porque o público, aquela plateia que "assiste" os ataques, ultrapassa as fronteiras da escola e repercute de forma mundial na internet, conforme consta da cartilha de prevenção ao bullying inseridas em diversas redes sociais. Isso ocorre porque as ofensas se transmitem com grande velocidade para outras esferas de convívio da vítima, como os amigos, familiares e colegas, conforme consta do manual antibullying feito pelo Ministério Público de São Paulo.

É importante dar esperança para as vítimas do cyberbullying e mostrar a elas que não estão sozinhas e denunciar os casos para as autoridades competentes.

BRASIL é o 2º país com mais casos de cyberbullying no mundo, segundo pesquisa. Terra, [s. l.], 24 set. 2021. Disponível em: www. terra.com.br/noticias/brasil-e-o-2-pais-com-mais-casos-de-cyberbullying-no-mundo-segundo-pesquisa,35ba9c6294b9001 064c48b892eb65cfdvn0vwms8.html. Acesso em: 2 jul. 2022.

4. Que tal realizar um “detox digital” para conferir como anda sua relação com as redes sociais? Leia o infográfico, publicado pela jornalista mineira Marcela Machado em seu blog “Seja leve”, que apresenta o passo a passo para esse “detox”. Em seguida, converse sobre algumas questões com os colegas.

MACHADO, Marcela. Redes sociais e saúde mental: desconectar é preciso? Seja leve 29 set. 2019. Disponível em: https://sejaleve.com/ redes-sociais-e-saude-mental. Acesso em: 21 jun. 2022.

4. a) É importante que os estudantes decidam quais passos vão se comprometer a cumprir. As viagens de férias, por exemplo, podem não se aplicar à turma.

• Todos conseguiram realizar as ações propostas?

• Quais foram os maiores desafios enfrentados?

• Que percepções sobre seus usos de redes sociais foram construídas?

• Você sentiu algum tipo de alívio por ficar menos tempo conectado?

B Nus

Para saber mais sobre os impactos das redes sociais, assista ao filme O dilema das redes, dirigido por Jeff Orlowski (EUA: Netflix, 2020 [89 min]).

Cartazes de divulgação do documentário O dilema das redes (2020), dirigido por Jeff Orlowski.

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