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(PARTE II)

O que se aprende com as distopias?

Nesta seção, os estudantes farão a leitura do restante do romance A vida no céu: romance para jovens e outros sonhadores.

Tempo previsto: 3 a 4 aulas

Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção / Apreciação e réplica: EF69LP44

Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos: EF69LP47

Adesão às práticas de leitura: EF69LP49

Relação entre textos: EF89LP32.

Estratégias de leitura / Apreciação e réplica: EF89LP33.

RESPOSTAS

1. Exercício procedimental.

2. Reserve um tempo durante os intervalos para que os estudantes compartilhem os trechos destacados.

3. Caso algum grupo termine as discussões antes do tempo determinado, sugira que escolha outro elemento para analisar. Durante a socialização, os estudantes terão a oportunidade de rever o que escreveram, acrescentar novas informações etc.

Grupo I

• A amiga (inicialmente se encontram em uma rede social, mas depois se encontram presencialmente no Paris) Aimée

Longuet tem 14 anos e mora no Paris. É loira, alta, tem um sorriso resplandecente, pele muito branca, olhos azuis e uma coleção de chapéus que ela desenha e fabrica. É rica, vivia com os pais e o irmão mais velho, Alain, estudou astronomia e biologia marinha, leu escritores consagrados, praticou judô e aiquidô; é corajosa (há muitas informações sobre ela no capítulo 4). Vive aventuras com o narrador e o ajuda a resgatar o pai. Ele se apaixona por ela.

O amigo cozinheiro Manu Akendengue, “tipo alto, atlético, de uma agilidade surpreendente para a idade” (p. 20), nasceu na terra, em Marselha, na França. Toca saxofone na banda Les Anges Jazz Band e é um ótimo mecânico (presta assistência na casa de máquinas). Já lutou boxe. Ele também ajuda Carlos a resgatar o pai.

O Voador é um misterioso passageiro clandestino que teria vindo do nada e ninguém sabe seu verdadeiro nome.

LEITURA E INTERPRETAÇÃO (PARTE II) O QUE SE APRENDE COM AS DISTOPIAS?

Você conheceu o protagonista da história e o que o fez sair viajando pelas nuvens. Muitas aventuras e revelações ainda estão por vir! Talvez o céu e a terra não sejam os mesmos para você depois da leitura do livro.

1. Com a orientação do professor, montem o cronograma de intervalos para conversar sobre o livro. As atividades a seguir devem ser realizadas depois da leitura dos capítulos selecionados e têm o objetivo de ajudá-lo a refletir sobre a leitura.

1º intervalo: 2º intervalo: 3º intervalo:

1º capítulo (restante)

2º capítulo

3º capítulo

4º capítulo

5º capítulo

6º capítulo 7º capítulo 8º capítulo 9º capítulo 10º capítulo

2. Durante a leitura dos capítulos, anote em seu caderno:

• o significado de termos desconhecidos;

• trechos ou partes não compreendidas;

• trechos que mais chamaram sua atenção;

11º capítulo 12º capítulo 13º capítulo 14º capítulo 15º capítulo

• trechos ou expressões que remetem a algum episódio da sua vida ou a algum texto;

• sentimentos e emoções experimentadas.

A sequência de atividades propostas deve ser realizada no primeiro intervalo de leitura.

3. A turma deve se organizar em quatro grupos. Cada um vai analisar um dos elementos da narrativa a partir dos itens destacados. Depois, devem socializar as informações encontradas.

Grupo I. Personagens

• Que novas personagens aparecem e como são caracterizadas? De que maneira elas se relacionam com o protagonista?

Lembre-se da diferença entre tempo cronológico e tempo psicológico O primeiro é o dos relógios; o segundo é o tempo interior das personagens, do pensamento.

• Que personagem o grupo achou mais interessante? Por quê?

• Como você imagina o narrador-protagonista? Se Aimée fosse descrevê-lo, como ela o descreveria?

Grupo II. Tempo

• Em que tempo a história se passa?

• Identifique exemplos que indicam a passagem do tempo.

• De que maneira o tempo cronológico se relaciona ao tempo psicológico no romance?

Ele se tornou uma espécie de profeta. Desde que Carlos ouviu falar nele, suspeitou ser seu pai, o que acabou se confirmando quando o viu.

Leo, “rapaz calado, de espessa cabeleira negra” (p. 24), trabalhava com Carlos na cozinha. Carlos apenas pede a Leo para acompanhá-lo depois do trabalho.

Sibongile ou Bongi, mulher magérrima, com uma tatuagem em forma de meia-lua na testa, nascida em Durban, na África do Sul, é sangoma ou curandeira. Em busca de Carlos levá-la a um lugar específico, ajuda a encontrar o Voador e, depois, a resgatá-lo, quando o protagonista diz que ele é seu pai.

O primo Luan Benjamim, filho de Ismael, o irmão caçula de sua mãe. Ele era bravo, sorridente, corajoso e insensato. Ambos eram muito ligados na infância.

Boniface (o vilão da história) é um bandido, uma espécie de pirata, nascido em Miami, Estados Unidos. Começou a vender droga nas ruas, ainda novo, e enriqueceu. Mandou construir o Española Way, pois nenhum dos dirigíveis o aceitou. Sobreviveu, durante anos, saqueando as aldeias mais pobres. Ele foi expulso do próprio barco por seus homens, pois os tratava mal. Assim, ele foi parar no Paris: escapou em uma lancha rápida e entrou no dirigível subornando os policiais da fronteira com seus diamantes. Tem um cassino clandestino. Estava com o pai do narrador

Grupo III. Espaço

• Por quais lugares as personagens transitam?

• Como é a sociedade descrita no romance? De que maneira ela se relaciona à estrutura social e política atual?

• Que pensamentos e sentimentos o narrador-protagonista divide com o leitor?

Grupo IV. Enredo

• Como o conflito é resolvido? Suas hipóteses foram confirmadas?

• Que outro conflito surge?

• Que título você daria a cada um dos capítulos?

• Como a escolha e a definição dos verbetes se relacionam a esses capítulos?

• Que temáticas são discutidas nos capítulos? Escolha um ou dois temas e explique como eles são tratados no livro.

4. Leia trechos das indicações dos livros a seguir e, depois, responda às perguntas.

A obra “Petrus Logus: o guardião do tempo”, escrita por Augusto Cury, é um romance distópico que narra a história do Reino Cosmus, 100 anos depois da fictícia Terceira Grande Guerra Mundial, que quase extinguiu a humanidade. A narrativa focaliza o percurso do protagonista, Petrus Logus, um dos filhos do corrupto rei Apolo, que passa por uma série de provações na busca pela justiça, enfrentando a perseguição do pai, do insensível irmão Lexus e dos conselheiros do rei. A reflexão sobre nosso presente problematiza questões como o consumismo, a degradação ambiental, a busca pela justiça, a importância do conhecimento e dos vínculos sociais e afetivos. […]

PETRUS logus: o guardião do tempo. Guia Digital uma refeição diferente. Não sofrem com o frio nem enfrentam o terror das grandes tempestades. Em contrapartida, padecem de um tédio infindo, o que se afigura, a mim, a pior das condenações” (p. 43-44); fala de seus sentimentos: “Mergulhou, e eu a segui. Foi nesse momento que me apaixonei. Não percebi isso na hora, da mesma forma que um homem picado por um mosquito não percebe que contraiu malária a não ser dias mais tarde, quando sente febre e frio ao mesmo tempo e uma angústia sem fim, uma vontade de dormir e de sonhar” (p. 22); reflete sobre seu processo de amadurecimento: “Sabemos que crescemos quando começamos a temer a morte” (p. 30) etc.

PNLD, [s. d.]. Disponível em: https://pnld.nees. ufal.br/pnld_2020_literario/etapa-ensino/2020-literario_ensino_fundamental_anos_finais. Acesso em: 29 maio 2022.

Escrita originalmente em inglês por Ray Bradbury, Fahrenheit 451 compõe-se de 3 partes que narram a trajetória de Guy Montag, habitante de uma sociedade distópica na qual são proibidos os livros e, consequentemente, o livre pensamento. Nessa sociedade, um bombeiro como Montag deve atear fogo a bibliotecas e livros, ao invés de conter incêndios. A narrativa coloca o leitor em contato com a evolução pessoal do protagonista, que passa de bombeiro convicto de sua profissão a homem curioso e questionador da realidade que o cerca.

FAHRENHEIT 451. Guia Digital – PNLD, [s. d.]. Disponível em: https://pnld.nees.ufal.br/pnld_2020_ literario/etapa-ensino/2020-literario_ensino_fundamental_anos_finais.

Em relação à caracterização do ambiente nas narrativas, podemos dividi-lo em: no Paris e mandou seus homens irem atrás de Carlos para recuperar Júlio.

Espaço físico: espaço em que as ações acontecem, ou seja, lugares em que as personagens se movem.

Espaço social: referente ao ambiente social, representado pelas personagens figurantes.

Espaço psicológico: espaço interior da personagem, constituído por suas vivências, seus pensamentos e seus sentimentos.

• Resposta pessoal.

• Resposta pessoal.

Grupo II

• A história se passa no futuro: quando as pessoas foram morar no céu depois que o mar engoliu a terra.

• “Três semanas após ter deixado Luanda […]” (p. 18); “Alcancei-o em dois dias” (p. 18); “Nas semanas seguintes [...]” (p. 19); “Seguiram-se minutos de extrema ansiedade” (p. 51).

• O narrador conta a história de forma linear, ou seja, parte do momento em que vai em busca de seu pai até encontrá-lo e resgatá-lo, mas, em alguns momentos, ele se vale de flashbacks para narrar algo do passado, como no capítulo 2, em que se lembra de um episódio da infância quando o primo tropeçou ao patinar (sem o cabo de proteção) e caiu, mas Carlos o ajudou, ou no capítulo 4, em que o narrador se lembra, por exemplo, de ter vivenciado um episódio de xenofobia.

Grupo III

• Carlos, o narrador-protagonista, torna-se viajante e percorre o céu em busca de seu pai. Ele sai de Luanda, uma aldeia flutuante, com mais de 300 balsas ligadas entre si por redes de cabos fosforescentes e pontes de cordas, e chega ao dirigível Paris, uma cidade flutuante, com apartamentos e espaços públicos, como piscina, discoteca e bares. No Paris, circula por diversos espaços: a cozinha onde trabalha, a piscina em companhia de Aimée, em casernas dos imigrantes etc.

Grupo IV

• Carlos parte em busca de seu pai e o encontra no Paris, como esperado (pois ele descobrira que o dirigível passava abaixo de Luanda no momento da queda do pai), com a ajuda de Aimée e Sibongile. No entanto, o pai está sob os domínios do bandido Boniface, que viu oportunidade de ganhar dinheiro com ele, “servindo-se dele como de um xamã amestrado” (p. 56). Então, Aimée bola um plano para resgatá-lo que dá certo: o irmão de Aimée simula um incêndio no Le Fantôme (entrando no computador central do Paris), fazendo com que Boniface mande seus homens ocultarem as máquinas para salvar o lucro do dia. Assim, Júlio fica sozinho e Aimée e Sibongile o

• A sociedade que se estruturou no céu guarda relações com a nossa: ela se divide em classes sociais que têm privilégios ou não (pobres e ricos vivem de forma diferente); existem preconceitos, como xenofobia, corrupção (Boniface suborna policiais) etc. Além disso, as grandes cidades (os dirigíveis) se diferem das aldeias (formadas por balões ou balsas), que possuem cada qual uma especialidade: aldeia de pescadores, aldeia-oficina, aldeia-cassino, aldeia-restaurante, aldeia de entretenimento, aldeia-biblioteca (o caso de Luanda).

• O narrador-protagonista reflete sobre a vida dos pobres e a dos ricos: “Para os ricos, qualquer contrariedade é uma aventura” (p. 18), “Não invejo a vida dos ricos. Sim, eles alimentam-se melhor do que nós. Podem esperar, a cada dia, resgatam. Carlos já estava na Maianga à espera deles pronto para partir. Manu também ajuda, lutando com os homens de Boniface quando Júlio, Sibongile e Aimée estão chegando à Maianga. Por último, eles têm de escapar de uma balsa, a Port-au-Prince, com três homens a mando de Boniface e, por pouco, Carlos não é atingido no peito por um arpão.

• Carlos precisa levar Sibongile a algum lugar. Além disso, é possível dizer que, além desse conflito, há outro: Boniface precisa do pai de Carlos e ele não sabe por quê.

• Resposta pessoal. Sugestão:

1º capítulo: Em busca do pai;

2º capítulo: Luanda e as aldeias;

3º capítulo: O encontro com o pai;

4º capítulo: Aimée e os ricos do Paris; a) O que significa o termo “distópico”? b) Com base na leitura dos capítulos lidos, responda: por que o livro A vida no céu: romance para jovens e outros sonhadores pode ser considerado um romance distópico? Identifique elementos no texto que justifiquem sua resposta. c) Você já leu, viu ou ouviu falar em outras obras – romances, filmes, séries, HQs – distópicas? d) O que significa “história de ficção científica”? e) O que podemos aprender e experimentar com a leitura de romances distópicos? E com os de ficção científica? f) Faça uma pesquisa e comente com os colegas em que contextos essas narrativas surgiram e por que continuam fascinando leitores. a) O que você acrescentaria com base na leitura dos novos capítulos? Há novas personagens? Quais? Qual é o papel delas na narrativa? b) Em que momento o tempo da história é interrompido? Por quê? c) Escolha um diálogo entre as personagens para comentar. d) Que conflitos são solucionados e que outros surgem? e) Que nome você daria a cada um dos novos capítulos? Como você os relacionaria aos verbetes que aparecem no início de cada capítulo?

5º capítulo: O resgate do pai.

• Resposta pessoal. Sugestão: os estudantes podem destacar que a escolha do termo “céu” (cap. 1) se relaciona diretamente ao espaço em que a narrativa vai se desenrolar, pois as personagens vivem no céu; o termo “viagem” (cap. 2) se liga à ideia de a personagem ser um viajante e estar em busca de seu pai (inclusive a definição de viagem é: “todo movimento de aproximação de uma pessoa a outra” - p. 28); o termo “noite” (cap. 3) parece se ligar ao estado de espírito da personagem que encontra o pai, mas este não o reconhece: “A solidão pode ser também uma representação da noite – digamos, o vazio que há entre as pessoas”p. 34. O termo “terra” (cap. 4) revela como as diferentes gerações (os que nasceram na terra e os que nasceram no céu) concebem essa palavra e “magia” (cap. 5) é um termo que também marca o espírito do narrador-personagem, que está maravilhado por conseguir realizar seu sonho de ter seu pai de volta.

• Medo da morte, no capítulo 2, quando Carlos comenta o episódio em que o primo quase morreu, e no capítulo 5, quando ele é quase atingido pelo arpão dos homens de Boniface; xenofobia, no capítulo 4, quando Carlos conta um episódio de xenofobia vivido por ele; superação, no capítulo 4, em que Carlos conta a luta de Aimée para vencer a leucemia; amizade e amor (Carlos e Aimée; Carlos e Manu; Carlos e o pai); desigualdade social (quando o narrador compara a vida dos ricos do Paris com a sua ou com a dos imigrantes); relação entre gerações e identidade (quando os mais velhos falam sobre a vida na terra) etc.

Realize as atividades a seguir no segundo intervalo de leitura.

5. Sobre os elementos da narrativa discutidos anteriormente, responda às questões a seguir.

6. Observe a reprodução das cenas a seguir, do filme O quinto elemento b) A vida que os habitantes do céu levam é pior do que a que vivemos na Terra. O contraponto entre as sociedades é feito entre os que nasceram no céu e os que nasceram na Terra: “Vocês, os filhos do ar, não fazem a menor ideia de como a terra era bonita”, “[...] ainda prefiro o meu tempo morto a esse seu tempo novo. Eu era livre, lá na terra, podia ir para onde quisesse. Aqui, no céu, somos todos prisioneiros, ricos e pobres” (p. 26). c) Resposta pessoal. d) A história de ficção científica está relacionada ao futuro, à ciência e à tecnologia e, geralmente, discute os impactos dela na sociedade. e) Na introdução, há um trecho em que se comenta a importância dessas narrativas: “[...] nesse tipo de narrativa, somos convidados a dar um pulinho no futuro e imaginar o que foi feito das nossas ações. Se, no livro, não há mais terra na Terra é porque não cuidamos bem do nosso planeta, não respeitamos a biodiversidade e a vida. De modo que está aí o maior poder dessa ficção: ajudar-nos a ver o futuro e aquilo que ainda nem aconteceu para, quem sabe assim, podermos mudar nossas atitudes, fazer

4. a) O termo “distópico” se refere a uma sociedade inexistente e normalmente localizada em um tempo e espaço em que o leitor consegue enxergar uma estrutura social consideravelmente pior que a sociedade na qual ele vive.

Os enormes edifícios somem diante da espessa fumaça no filme O quinto elemento a) Você já assistiu a esse filme? O que esse cenário revela sobre o mundo em 2259? b) De que maneira é possível relacionar a cidade do filme às do livro de Eduardo Agualusa? c) Leia o conceito de “verossimilhança” e responda, com base nos capítulos já lidos: o mundo construído pelo escritor é verossímil? Justifique sua resposta. verossimilhança ele ou só estaria sem conexão? Os piratas tomaram Paris. O que seria de Aimée e sua família, assim como de Manu? O que Vera e os papagaios conversavam? Que língua falavam? e) Resposta pessoal. Sugestão:

• Qual é o papel da tecnologia nessas cidades?

[...] substantivo feminino Característica do que é verossímil, que aparenta ser ou é tido como verdadeiro; verossimilhante.

Qualidade do que parece verdadeiro, do que não contraria a verdade: havia verossimilhança na alegação do réu.

[Literatura] Numa obra literária, a coerência, a ligação harmônica entre os elementos fantasiosos ou imaginários que são essenciais para o entendimento do texto.

VEROSSIMILHANÇA. In: Dicionário Online de Português, [s. d.]. Disponível em: www.dicio.com.br/verossimilhanca. Acesso em: 30 maio 2022.

6º capítulo: A viagem a Jacarta;

7º capítulo: A história dos dirigíveis;

8º capítulo: A chegada a Jacarta;

9º capítulo: A história de Sibongile e Mang;

10º capítulo: Rumo à Ilha Verde.

Os estudantes devem relacionar os seguintes verbetes ao que é narrado no capítulo ou na história em si: “mar” (6º cap.), b) A cidade verticalizada do filme pode ser associada às cidades do livro, que vivem flutuando. No livro e no filme, a escolhas mais respeitosas e generosas com a nossa vida e a do planeta” (p. 10). f) Exercício procedimental e resposta pessoal. b) No 7º capítulo há uma pausa, pois o narrador passa a contar a história dos dirigíveis e como foi possível os humanos irem para o céu depois do dilúvio. Isso já aconteceu em capítulos anteriores: nos 2º e 4º capítulos, para descrever as aldeias e caracterizar melhor a personagem Aimée e sua família. A ação é retomada no 8º capítulo. c) Resposta pessoal. Os estudantes podem comentar a conversa que as personagens tiveram em torno de comer ou não frango e a relação delas com as aves ou, ainda, sobre as coisas que têm saudades na terra, como correr, andar, mover-se por toda parte, das árvores. d) Carlos consegue levar Sibongile à Jacarta e se encontra com Mang, mas alguns conflitos ainda não estão resolvidos. No início do capítulo 10, o narrador lista os mistérios da trama: “1. O que pretendia Boniface do meu pai? 2. O que acontecera à família da pequena Vera? 3. Quem socorrera Mang, na Ilha Verde, e o devolvera depois ao céu, numa balsa salva-vidas?” (p. 93). No entanto, é possível acrescentar outros: Júlio, o pai, estava sem conexão. Teria acontecido algo a atmosfera na superfície da Terra é quase impraticável para se viver, por isso os humanos vivem perto das nuvens e em altíssimos prédios, respectivamente. A diferença é que no livro o futuro é ainda pior, pois a água já inundou toda a superfície da Terra. c) Resposta pessoal. b) Nos trechos I e III, a comparação foi usada para melhor exemplificar algo que o leitor não conhece ou experimentou. No trecho II, é usada para mostrar uma característica do céu. No trecho IV, é usada de forma a produzir certo humor e destacar uma característica da personagem. Nos trechos V e VI, as comparações são usadas para produzir certas ideias com base em imagens. c) Como o escritor criou um mundo diferente do nosso, é comum o uso das comparações para mostrar ao leitor como ele é ou as sensações e os sentimentos experienciados pelas personagens. b) Resposta pessoal.

“voar” (7º cap.), “identidade” (8º cap.), “sonhar” (9º cap.), “nuvens” (10º cap.).

6. a) Resposta pessoal.

O cenário ajuda o espectador a entender como é o mundo em que as personagens vivem e se ambientar nele. Em O quinto elemento, os prédios se tornaram tão grandes que já não se vê o chão e, portanto, os meios de transporte são aéreos. Isso porque a poluição ficou tão intensa que as pessoas não conseguem mais viver próximo à superfície.

Lembre os estudantes de que, neste segundo intervalo, as atividades dizem respeito aos capítulos 6, 7, 8, 9 e 10 do livro; portanto, espera-se que eles já os tenham lido.

5. a) Judite e seus filhos, David, Armando e Esther, são personagens figurantes que aparecem com o objetivo de melhor ambientar a narrativa. Eles são pescadores, e Carlos e Aimée têm uma experiência de mergulhar com eles.

A menina de 1 ano, que encontram sozinha em uma balsa ou um balão-fantasma e que conversava com papagaios, a quem chamam Vera Regina. Ao balão dão o nome de Nova Esperança. A existência dessa personagem pode levar a algumas interpretações e discussões, como a questão do abandono, as más condições de vida no céu, esperança etc.

Outras personagens figurantes são o casal de idosos portugueses da balsa pesqueira chamada Alfama e as cubanas da balsa Sancti Spiritus. As conversas e o encontro com essas personagens ajudam também a ambientar a viagem das protagonistas a Jacarta.

Mang, amigo e amante de Bongi, antigo pirata do grupo de Boniface. É ele quem esteve na Ilha Verde e parte com os protagonistas em busca dela novamente.

• Em ambas as cidades a tecnologia tem papel bastante importante. Na cidade do filme O quinto elemento, há carros voadores, prédios altíssimos, naves voadoras etc. No livro, por exemplo, sair da Estrada das Luzes significava ficar sem conexão com a internet e isso era um perigo, pois corria-se o risco de colisão com outros balões, além de ficar à deriva, sem rumo.

Os estudantes devem perceber que o narrador se preocupa em explicar como os humanos conseguiram, depois do dilúvio, fazer a mudança da terra para o céu. A história dos dirigíveis, como o LZ 127 Graf Zeppelin ou o LZ 129 Hindenburg, e do hotel flutuante no céu, o Manned Cloud, por exemplo, também dá maior credibilidade à história. Além disso, a descrição do espaço da narrativa e de como as personagens realizam determinadas ações contribui para a construção da verossimilhança.

7. a) A comparação.

Chame a atenção dos estudantes aos elementos usados nas comparações, como a teia de aranha e os balões, o vidro e o espelho, o dragão e seu bafo, o ponto de interrogação, a ave de rapina e o pardal, os cabos de uma rede; eles acabam indicando também o universo sociocultural do narrador.

8. a) Metáfora no trecho I, pois o movimento do mar se assemelha ao dos cavalos. Personificação no trecho II, em que a noite assume ações e qualidades humanas: abraçar e ter hálito doce.

7. Releia os trechos.

I. Amanhecia, e a minha aldeia refulgia ao longe, como uma teia de aranha presa entre balões de todas as cores. (p. 60)

II. O céu continuava translúcido como um vidro. (p. 64)

III. Senti-me como se estivesse mergulhando na boca de um dragão. Um bafo inflamado, uma rápida cegueira branca. Depois o mar quebrou-se como um espelho, e logo fendemos a água, assustando um cardume de peixes muito longos e muito verdes, de grandes olhos alucinados. (p. 64)

IV. Sibongile tinha 15 anos quando uma senhora de muita idade, curvada como um ponto de interrogação, se deteve diante dela. (p. 83)

V. O Española Way caiu sobre Durban como uma ave de rapina sobre a carne indefesa de um pardal. (p. 84)

VI. Nada parecia ligar os três enigmas. Eu, contudo, sentia que sim, que se amarravam uns aos outros, firmemente, como os cabos de uma rede, formando, no conjunto, um desenho lógico e musical. (p. 93-94) a) Que figura de linguagem aparece em todos os trechos? b) Com que objetivo essa figura foi usada em cada trecho? c) Essa figura de linguagem é recorrente no texto. Por quê?

AGUALUSA, José Eduardo. A vida no céu: romance para jovens e outros sonhadores São Paulo: Melhoramentos, 2018. p. 60-94.

8. Releia outros exemplos.

I. Lembra-se das imagens nas televisões. O mar cavalgando sobre as praias e as cidades. Arrastando transatlânticos, caminhões e trens como se fossem gravetos. (p. 83)

II. Debrucei-me na balaustrada. A noite abraçou-me, quente e ensopada. Surpreendeu-me o seu hálito doce. E então os vi. Dançavam à nossa volta. Vinham de longe, do fundo abismo, como uma correnteza de prata. (p. 99) a) Além das comparações, que outras figuras de linguagem são usadas nos trechos? b) Você destacou trechos que possuem figuras de linguagem durante a leitura dos capítulos? Que efeitos eles produziram em você? Comente com os colegas.

AGUALUSA, José Eduardo. A vida no céu: romance para jovens e outros sonhadores São Paulo: Melhoramentos, 2018. p. 83-99.

As atividades a seguir devem ser realizadas no terceiro intervalo de leitura.

9. Que nova personagem aparece no 11º capítulo? Qual é sua importância na resolução de alguns conflitos?

10. No 12º capítulo, há um impasse entre Sibongile e as outras personagens. Qual é? Como ele é resolvido?

11. O que você achou do final do 12º capítulo?

12. O que Boniface queria com o pai de Carlos? Como o narrador descobriu o motivo?

13. Explique o seguinte trecho:

Lembre os estudantes de que, neste terceiro intervalo, as atividades dizem respeito aos capítulos restantes - 11, 12, 13, 14 e 15 - e, portanto, espera-se que eles já os tenham lido.

Somos a esquadrilha dos sonhadores – anunciou, eufórico.

Um bando de nefelibatas em busca de um pouco de chão. (p. 128) a) Identifique o duplo sentido da palavra “terra”. b) No livro A vida no céu: romance para jovens e outros sonhadores, há trechos polissêmicos, ou seja, com mais de um sentido. Destaque dois exemplos e comente-os com os colegas. e, portanto, terão menos dificuldade de resistir ao calor. Na Ilha, eles encontram Boniface, mas ele está bastante confuso. Encontram também Luan, o primo de Carlos, quando decidem retornar às balsas. Ele lhes explica tudo o que aconteceu: uma balsa francesa chega à Luanda e Júlio descobre que querem sequestrá-lo novamente para que leve os tripulantes à Ilha Verde, pois, segundo a lenda, ainda existia uma população indígena que cultuava uma raiz, um tubérculo ou uma fruta que abrandaria o ritmo cardíaco, desacelerando o metabolismo. O consumo regular desse alimento permitiria aos humanos resistir às altas temperaturas. Luanda corta suas comunicações com o exterior para se proteger e Júlio toma a decisão de partir com Mallo, um ex-pirata, e Luan, o sobrinho, pois começava a acreditar realmente na Ilha Verde. Ao chegar à ilha, Mallo deixa Júlio e Luan e se vai, pois Júlio acreditava que Carlos os resgataria. Lá eles fazem amizade com os nativos, que lhes oferecem frutas e água – incluindo a fruta milagrosa. Depois chegam Boniface e seus homens, que tiveram suas armas destruídas, sendo-lhes dada a chance de se juntar aos nativos ou vagar pela floresta (opção pequena de sobrevivência). Carlos e Júlio se reencontram. Sibongile e Mang ficam; os outros partem. Jerônimo, um líder, reconhece Mang. Carlos, a pedido de Jerônimo, escreve em nome dos habitantes da República da Neblina (é assim que se autodenominam) aos governantes das grandes nações para que eles os ajudem na proteção das florestas sobreviventes. Os nativos aceitam receber grupos,

AGUALUSA, José Eduardo. A vida no céu: romance para jovens e outros sonhadores São Paulo: Melhoramentos, 2018. p. 128.

• De que perigo a esquadrilha dos sonhadores conseguiu se desvencilhar no caminho para a Ilha Verde (13º capítulo)?

14. Converse com os colegas: como é o desfecho do romance? Você acha que foi adequado? Esperava algo parecido?

15. Explique a última frase do livro: “O melhor da viagem é o sonho” (p. 156). Você concorda com ela? Converse com os colegas.

16. Que nome você daria a cada um dos últimos capítulos? Não se esqueça de explicar como os capítulos se relacionam aos verbetes que aparecem no início deles.

17. Qual a importância da memória, do sonho e da própria literatura na narrativa?

18. Como você percebe a intertextualidade no romance?

19. Leia a tirinha a seguir.

SOUSA, Mauricio de. ASTRONAUTA. [S. l.] 19 abr. 2021. Twitter: @mauriciodesousa. Disponível em: https://twitter.com/ mauriciodesousa/status/1384328183277834240/photo/1. Acesso em: 31 maio 2022.

• De que maneira o duplo sentido contribui para a produção do humor?

• Que efeito o uso da polissemia produz na narrativa?

9. O famoso Patrick Maciel, escritor cego, autor do livro Voando na Noite, entre outros. Ele aprendeu a escutar o vento, então conseguiu seguir o Paris e achar a Maianga mesmo no nevoeiro, fora da Estrada das Luzes. No entanto, cochilou e perdeu o Paris. Ele também conseguiu identificar a língua dos papagaios: hebraico, assim como concluiu que os piratas que tomaram o Paris estavam à procura da Ilha Verde. Por fim, foi ele também quem entrou no Paris e ajudou a tomá-lo de Boniface e seus homens. Além disso, embarca com os protagonistas em busca da Ilha Verde.

10. Como Patrick cortou os cabos que ligavam o Paris à Ilha Verde, pois Boniface e mais dez homens desceram à Ilha, Sibongile se desesperou, pois assim eles perderiam a localização da Ilha. Então, ela quer procurá-la, mas Carlos, Aimée e Mang queriam ajudar Patrick, Manu e Alain a recuperar o Paris (o amigo de Alain, Maurice, também os ajuda). Carlos argumenta que é noite e a alternativa é ajudá-los. No final, Sibongile concorda em ficar e os outros, em ajudá-la a buscar a ilha mais tarde. Os quatro (Carlos, Aimée, Alain e Mang) descem até o Paris e Sibongile fica à espera deles.

11. Resposta pessoal.

Os estudantes podem comentar o sucesso do plano dos protagonistas para salvar o Paris ou a conversa entre Aimée e Carlos sobre a imagem que ele e os pais passaram a ter dela, assim como o beijo deles.

12. Boniface achava que Júlio o levaria à Ilha, pois descobriu que o pai de Carlos viera do Pico da Neblina, o ponto mais alto do Brasil. O narrador descobriu isso ao interrogar Boa-Morte, o pirata que Boniface deixara no comando do Paris.

13. A esquadrilha de sonhadores, os nefelibatas (no caso do livro, os que literalmente vivem nas nuvens), refere-se aos três balões (a Maianga, a Nova Esperança e a Montparnasse) que vão em busca da Ilha Verde.

• Eles viram surgir uma cúmulo-nimbo, ou seja, uma nuvem de tempestade, mas, como era de manhã e Carlos estava acordado, conseguiram se afastar dela. O episódio, inclusive, fez com que o narrador se lembrasse da noite em que seu pai caiu tentando ajudar uma balsa que pegara fogo justamente por causa de uma nuvem desse tipo.

14. Depois de entregar o Paris às autoridades legítimas, o grupo finalmente acha a Ilha Verde, mas só Carlos e Aimée decidem descer, pois são os mais jovens desde que respeitem as leis do lugar e não perturbem o ecossistema, uma vez que o local já se tornou conhecido. Resposta pessoal.

15. O livro termina com Aimée estudando velhos mapas da terra e sugerindo a Carlos procurar o Aconcágua, o ponto mais elevado das Américas, de todo o Hemisfério Sul e o mais alto fora da Ásia. É assim que ele afirma que “o melhor da viagem é o sonho”. Dessa forma, é possível entender que a busca, o desejo, a vontade de se alcançar algo é melhor do que a conquista. Resposta pessoal.

16. Resposta pessoal. Sugestão:

11º capítulo: O encontro com Patrick Maciel;

12º capítulo: O resgate do Paris;

13º capítulo: Novamente em busca da Ilha Verde;

14º capítulo: Finalmente na Ilha Verde;

15º capítulo: A República da Neblina. Os estudantes devem explicar como os seguintes verbetes se relacionam aos capítulos: “esperança” (11º cap.), “vida” (12º cap.), “epifania” (13º cap.), “luz” (14º cap.) e “liberdade” (15º cap.).

17. A todo tempo os mais velhos se reportam à memória para se lembrar dos tempos felizes na terra. Os sonhos, como desejos permanentes, são fundamentais e guiam as personagens em busca da Ilha Verde, de um mundo melhor, de um regresso à terra. Patrick, no capítulo 11, diz que, para encontrar o Paris, terão de se guiar pelos sonhos (“Talvez. Mas teremos de nos guiar pelos sonhos” - p. 106). O sonho para Sibongile é um ofício. Assim, ele também pode se configurar como prenúncio: “Isto é, enquanto as pessoas comuns são arrastadas e enroladas pelos sonhos, guardando deles só uma confusa soma de imagens, os sonhadores profissionais conseguem manter-se à superfície e escolher a melhor direção a tomar. Ao despertar, não só se recordam dos sonhos, como conseguem extrair deles eventuais ensinamentos sobre o futuro. – Um sonho não nos dá certezas – acrescenta Sibongile – Mas pode indicar-nos pistas” (p. 109). Luanda é tida como uma aldeia-biblioteca e o narrador-protagonista faz referência aos livros ao longo da narrativa. Aimée é leitora (“leu Borges, Pessoa e Nabokov” – p. 44) e uma das personagens é escritor.

18. Resposta pessoal.

Os estudantes podem dizer que há passagens que dialogam com a bíblia, como o dilúvio, a chuva de gafanhotos etc. Ela é citada, inclusive, na página 106, quando falam sobre o hebraico. Eles podem, ainda, comentar a citação da música dos Beatles, “Yesterday”.

PROJETO ARTÍSTICO-LITERÁRIO O LIVRO DE MINICONTOS E A INSTALAÇÃO ARTÍSTICA

Agora, você será o escritor! Como será seu mundo? O meu você já conheceu e tenho certeza de que saiu mais preparado para o atual! E os seus leitores, o que vão encontrar?

Conhecendo O Miniconto

Você já leu minicontos? Sabe a diferença entre eles e outras narrativas, como o romance e o conto?

1. Leia dois minicontos.

Texto I

O quarto

“Eles” vivem reclamando que meu quarto é bagunçado. Me chamam de porco pra baixo.

De vez em quando, “eles” aproveitam uma saída minha e organizam tudo, põem as roupas no guarda-roupa, os livros e games na estante, os cadernos na escrivaninha. E quando eu chego em casa, me recebem com um sorrisinho irônico.

Estou com medo. Acho que meus pais de verdade (aqueles que um dia também foram adolescentes) foram abduzidos e substituídos por “eles”, que têm guarda-roupas, estantes e escrivaninhas no lugar do cérebro. Só pode ser isso.

A invasão começou, e pelo meu quarto.

BRASILIENSE, Leonardo. O quarto. In: BRASILIENSE, Leonardo. Adeus conto de fadas: minicontos juvenis. 3. ed. Rio de Janeiro: 7Letras, 2013. p. 16.

Texto II

[...] Numa ação que suspende missões diplomáticas e de exploração espacial, os mecânicos, faxineiros e cozinheiros da Federação Estelar da Paz Intergaláctica entram em greve, reivindicando direitos trabalhistas.

[...] a) Qual é o tema dos minicontos? b) Identifique os elementos da narrativa. c) Que efeito esses minicontos produziram em você? b) Resposta pessoal.

BALBI, Henrique. Sci-fi sem brilho: 10 minicontos de ficção científica sem o glamour de Star Wars. O Globo 18 dez. 2019. Disponível em: https://oglobo.globo.com/epoca/sci-fi-sem-brilho-10-microcontos-de-ficcao-cientifica-sem-glamour-destar-wars-24143813. Acesso em: 31 maio 2022.

• Que estratégias foram usadas?

2. Levando em consideração o romance lido e os minicontos, em que eles se diferem estruturalmente?

19. a) A palavra “terra” é usada no sentido de planeta (Terra) e de camada superficial do globo em que nascem as plantas (solo).

• O ser alienígena, que se parece com uma minhoca, interpreta a fala do Astronauta, que diz que pertence ao planeta Terra, de forma equivocada. A “minhoca” entende que ele vive na superfície da terra, como ela.

Sugestão: Na página 55, Carlos diz: “Caramba! Pode-se dizer que vi a morte presa por um fio”. Essa fala tem duplo sentido, pois ele joga com a expressão “ver a morte passar por um fio”, ou seja, quase morrer, e com o fato de não ter sido atingido por um arpão porque estava preso a um fio. Na página 83, o narrador afirma sobre Singobile: “Aprendeu a interpretar sonhos, a diagnosticar doenças no jogo dos ossos, a lançar encantamentos, mas não chegou a dominar todo o complexo mistério das raízes e ervas e infusões, pois, de repente, o seu mundo perdeu o chão. O mundo inteiro perdeu o chão”. A expressão “perder o chão” é usada no sentido figurado (se desesperar, não saber o que fazer) e literal (as águas invadiram toda a superfície da Terra).

• Na maioria das vezes, ela produz certo humor, como nos exemplos sugeridos.

Planejando E Escrevendo O Miniconto

Você vai planejar e escrever um miniconto baseando-se no romance lido.

Conquista

Distopia [...] é qualquer representação ou descrição, organizacional ou social, cujo valor representa a antítese da utopia […]. O termo também se refere a um lugar, época ou estado imaginário em que se vive sob condições de extrema opressão, desespero ou privação. As distopias são geralmente caracterizadas por totalitarismo ou autoritarismo (controle opressivo de toda uma sociedade) [...] ou por condições econômicas, populacionais ou ambientais degradadas ou levadas a um extremo ou outro. A tecnologia se insere nesse contexto como ferramenta de controle, por parte do estado ou de instituições ou corporações, ou ainda, como ferramenta de opressão, por ter escapado ao controle humano.

DISTOPIA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2022. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Distopia. Acesso em: 31 maio 2022.

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