![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/750505a3ef9598dd5a9feed2425225a8.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
22 minute read
4º EPISÓDIO: DO TEXTO PARA A LÍNGUA PERÍODOS COMPOSTOS POR SUBORDINAÇÃO
Neste episódio, você vai ampliar seus conhecimentos sobre a articulação das orações no período. Os conhecimentos sobre a subordinação de orações vão expandir seu potencial para analisar a sequência de frases e ideias em textos.
1. Releia este período extraído da resenha estudada no 1º episódio.
Como uma biografia, o diário de Carolina Maria é tecido por uma linguagem simples que muito se assemelha à oralidade, com gírias e erros ortográficos que dão tom ainda mais sincero à obra.
a) Observe que esse período tem três orações:
(1) Como uma biografia, o diário de Carolina Maria é tecido por uma linguagem simples.
(2) que muito se assemelha à oralidade, com gírias e erros ortográficos.
(3) que dão tom ainda mais sincero à obra.
• Essas orações têm a mesma importância (ocupam o mesmo nível) ou têm importância diferente (ocupam níveis diferentes) nesse período?
CHAVE MESTRA
Para responder, observe se as orações podem funcionar como períodos simples.
• Qual opção parece mais adequada para representar sintaticamente a articulação dessas orações no período? Converse com os colegas.
I. II. + +
Conquista
O período composto extraído da resenha é classificado como período composto por subordinação. Nesse caso, fala-se em sentenças complexas, em que uma oração se encaixa em outra, gerando uma relação de dependência sintática. Uma oração, denominada principal, tem um ou mais de seus termos desdobrados em outras orações, denominadas subordinadas. Assim, a subordinação consiste na relação de dependência entre as funções sintáticas exercidas por constituintes ou orações. As orações subordinadas se encaixam nas principais, funcionando como um ou mais de seus termos ou constituintes, complementando-as ou ampliando-as.
b) A oração (1) não depende gramaticalmente de nenhuma outra. Ela funciona como oração principal ou como oração subordinada?
c) As orações (2) e (3) dependem sintaticamente de outras orações, ou seja, elas se encaixam em um constituinte ou termo de outra oração. Como elas são tradicionalmente classificadas?
4o episódio: Do texto para a língua
Períodos compostos por subordinação Neste episódio, será abordado o processo de subordinação e será realizada sua comparação com o processo de coordenação. Faça todas as atividades coletivamente para que as discussões e reflexões possam ser compartilhadas.
Tempo previsto: 2 aulas
Variação linguística: EF69LP56
Morfossintaxe: EF08LP11
Respostas
1. a) Os períodos foram estudados nos volumes 6 e 7. Se necessário, retome os conceitos de período simples e período composto.
• Elas têm importância diferente na medida em que as orações (2) e (3) são orações que não funcionam como períodos simples, já que se encaixam em outras orações.
• A expectativa é de que os estudantes apontem o esquema II como o mais adequado, pois, no período, as três ações ocupam níveis sintaticamente distintos, (2) se liga a (1) e (3) se liga a (2).
b) Ela funciona como oração principal.
c) São classificadas como orações subordinadas.
d) Elas equivalem a um adjetivo, porque caracterizam a informação apresentada anteriormente.
e) • No trecho reescrito, as orações subordinadas foram retiradas.
• No trecho original, pois as orações subordinadas acrescentam informações que sinalizam para o leitor o que seria essa “linguagem simples”.
2. Convém relembrar aos estudantes que Carolina Maria de Jesus era semianalfabeta e, por isso, seu texto costuma apresentar construções próprias da linguagem cotidiana coloquial e desvios da norma-padrão.
a) Cinco períodos. Para responder, o estudante deve basear-se no fato de que o período é uma oração ou conjunto de orações que termina por nítida pausa, graficamente representada por ponto-final, ponto de interrogação, ponto de exclamação, reticências ou dois-pontos.
b) d) As orações (2) e (3), que complementam outras orações nesse período, equivalem a um substantivo, a um adjetivo ou a um advérbio? Por quê?
Períodos compostos Períodos simples Despertei com a voz de D. Maria / perguntando-me / se eu queria comprar banana e alface.
Olhei as crianças. Estavam dormindo. Fiquei quieta.
Chave Mestra
Para responder, considere a que as orações (2) e (3) se referem e se elas exercem papel de substantivo, adjetivo ou advérbio.
e) Leia uma reescrita do parágrafo da resenha.
Como uma biografia, o diário de Carolina Maria é tecido por uma linguagem simples.
• Que alterações foram feitas do trecho original para o trecho reescrito?
• Em qual dos trechos, o original ou o reescrito, o leitor tem uma melhor compreensão sobre a linguagem usada por Carolina Maria de Jesus? Justifique sua resposta.
2. Leia um trecho extraído do livro Quarto de despejo: diário de uma favelada.
21 DE JULHO Despertei com a voz de D. Maria perguntando-me se eu queria comprar banana e alface. Olhei as crianças. Estavam dormindo. Fiquei quieta. Quando eles vê as frutas sou obrigada a comprar. [...] JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 10. ed. São Paulo: Ática, 2014. p. 19.
a) Quantos períodos há nesse trecho? Em que você se baseou para responder?
b) Faça, no caderno, um quadro com duas colunas. Em uma delas escreva “períodos simples” e na outra escreva “períodos compostos”. Em seguida, organize os períodos do trecho de Quarto de despejo: diário de uma favelada nesse quadro.
c) Os períodos compostos desse trecho são constituídos por subordinação ou coordenação? Explique.
Ativa O De Conhecimentos
Quando eles vê as frutas / sou obrigada a comprar.
c) Por subordinação, pois são formados por orações que mantêm entre si relações de dependência sintática. Despertei com a voz de D. Maria (oração principal) / perguntando-me (oração subordinada) / se eu queria comprar banana e alface (oração subordinada).
Quando eles vê as frutas (oração subordinada) / sou obrigada a comprar (oração principal).
Os períodos compostos por coordenação foram abordados nos volumes 6 e 7. Se necessário, retome esse conceito com os estudantes.
d) Poderão ser destacados os seguintes exemplos de uso da língua com obediência às regras da norma-padrão: uso de pronome enclítico: "perguntou-me"; a concordância do verbo com o sujeito no plural: "estavam dormindo"; uso do verbo "despertar", menos coloquial que "acordar".
Nos períodos compostos por coordenação, as orações são sintaticamente independentes, ou seja, é possível dividir o período composto por coordenação em períodos simples, ao contrário do que acontece com as orações de um período composto por subordinação.
d) Esse trecho apresenta construções que divergem das usadas na norma-padrão do português brasileiro. Destaque do trecho um exemplo de uso da língua que obedece às regras da norma-padrão e outro em que há desvio dessas regras. Explique os exemplos que destacou.
e) Com a leitura desse pequeno trecho da obra de Carolina Maria de Jesus, você conseguiu perceber por que, como afirma o resenhista, o livro é “tecido por uma linguagem simples”? Fale para os colegas e o professor.
3. Chegou o momento do desafio gramatical da missão. As orações subordinadas podem ser classificadas em substantivas, adjetivas ou adverbiais de acordo com seu valor e a função sintática que desempenham em relação à oração principal. Será que você consegue identificá-las?
Poderão ser destacados os seguintes exemplos de uso da variedade coloquial da língua: uso da forma verbal “queria” (pretérito imperfeito) em vez de “quereria” (o futuro do pretérito é o indicado na oração condicional no estilo formal); a falta de concordância verbal: "eles vê".
e) Resposta pessoal. Embora o trecho da obra seja muito curto, é possível que os estudantes percebam como a linguagem simples, segundo o resenhista, usada por Carolina Maria de Jesus confere sinceridade ao que está sendo narrado. Isso pode ser observado principalmente com a falta da concordância verbal em “eles vê", no trecho que reforça a situação de escassez vivenciada pela narradora.
a) Usando seus conhecimentos linguísticos, o que seria uma oração subordinada substantiva, uma oração subordinada adjetiva e uma oração subordinada adverbial? Fale com os colegas e o professor.
b) Agora você vai analisar algumas orações subordinadas presentes em períodos da resenha estudada e decidir se elas são substantivas, adjetivas ou adverbiais.
(1) O diferencial é como a autora conta os fatos [...]
(2) Não é difícil encontrá-los rolando no chão em brigas ocasionadas por fatos ordinários [...]
(3) Durante a leitura é persistente perceber que tais características aproximam Quarto de despejo de outro livro [...]
(4) Dizer que a Fome é apenas um personagem abstrato seria pura tolice.
(5) [...] grande parte dos acontecimentos é narrada com o período do dia que se segue
• É possível substituir a oração subordinada substantiva por um substantivo, a oração subordinada adjetiva por um adjetivo e a oração subordinada adverbial por um advérbio, mantendo o mesmo sentido? Explique.
• Por que as orações subordinadas são essenciais nessas frases para a construção dos sentidos da resenha pelo leitor?
Conquista
As orações subordinadas são classificadas em:
• substantivas, quando têm valor e função de substantivo;
• adjetivas, quando têm valor e função de adjetivo;
• adverbiais, quando têm valor e função de advérbio.
Tal classificação é definida de acordo com seu valor ou função sintática.
Você já teve dúvidas sobre quando usar a vírgula ao escrever? Neste episódio, vamos tratar dessa questão e refletir sobre o uso da vírgula como guia para o leitor no processamento do texto.
1. Leia estes segmentos extraídos da resenha estudada no 1º episódio.
I. Apesar da modéstia na produção, o livro é perspicaz no conteúdo.
II. Em seus relatos, além dos filhos, outros personagens são recorrentes [...] a) A que se deve o uso da primeira vírgula em cada um desses segmentos? b) A sua ausência comprometeria o sentido dos segmentos? Explique. b) (1) oração subordinada substantiva; (2) oração subordinada adverbial; (3) oração subordinada substantiva; (4) oração subordinada substantiva; (5) oração subordinada adjetiva.
III. E se estamos falando de personagens, não se pode deixar de lado um que [...] é, praticamente, o elo que une todos os “núcleos”: a Fome.
IV. Acima de tudo, essa é uma obra que, mais do que livro de cabeceira, deveria ser bibliografia recomendada em grades curriculares da educação.
3. a) Incentive os estudantes a apresentarem suas hipóteses. A ideia é que eles associem os nomes das orações subordinadas às classes de palavras que as nomeiam: substantivos, adjetivos e advérbios. A expectativa é de que percebam que essas orações devem funcionar como se fossem, respectivamente, substantivos, adjetivos e advérbios.
• Não, pois não é possível transformar as orações em apenas uma palavra (substantivo, adjetivo, advérbio), mantendo o mesmo sentido. É importante que os estudantes compreendam que os modos de dizer afetam os sentidos dos textos.
• Porque elas permitem o encaixe de informações relevantes para que o leitor possa, ao ler a resenha, conhecer a obra e se decidir pela leitura dela ou não.
5o episódio: Um giro pelo mundo da escrita
A vírgula: quando usar?
O foco deste episódio são as convenções da escrita, com destaque para os usos da vírgula.
Tempo previsto: 1 aula
Fono-ortografia: EF08LP04
Respostas
1. a) Nesses segmentos, o uso da primeira vírgula é indicado para separar expressões de natureza adverbial ou uma oração adverbial (expressões circunstanciais), que estão antepostas às informações mais relevantes de cada segmento. Neles, a ordem dos termos é indireta, o que faz com que a vírgula deva ser usada.
b) A ausência dessas vírgulas comprometeria o sentido dos segmentos ao não deixar claras as relações/os nexos sintáticos nos segmentos. Explique aos estudantes que os sinais de pontuação indicam as pausas e as alterações que ocorrem no fluxo/na continuidade do pensamento e que é preciso partir do pensamento para o processo de pontuar, e não o contrário.
2.
a) Ênfase. Se necessário, explique aos estudantes que a eufonia é relacionada à produção de sons agradáveis (efeito acústico agradável). A vírgula pode ser usada para promover uma pausa que teria a eufonia como efeito.
b) Usam-se vírgulas para separar e enfatizar advérbios ou locuções adverbiais que se intercalam entre termos na oração.
3. a) Indicar a omissão de verbo ou de conectivo.
b) Separar orações coordenadas sindéticas (explicativa, no caso).
c) Separar orações coordenadas assindéticas.
d) Separar orações ou termos intercalados.
e) Separar orações ou termos intercalados.
• Incentive os estudantes a apresentarem suas considerações. A expectativa é de que concordem que o ensino do uso de vírgulas relacionado ao sentido e à coerência do texto é mais eficaz e interessante do que o ensino relacionado à memorização de regras. Ajude os estudantes a pensarem em diferentes atividades, como a leitura de um texto sem vírgulas (que seriam retiradas propositalmente), para que eles as empregassem e analisassem os efeitos de sentido provocados, ou a leitura de publicidades, slogans, mensagens de celular e as implicações no processamento dos textos com a presença ou a ausência de vírgulas.
6o episódio: Eu, produtor de resenha
Neste episódio, os estudantes vão produzir a resenha de um livro que estejam lendo ou vão ler na escola. O objetivo é que eles, agora exercendo o papel de resenhistas, possam refletir sobre a apresentação breve do conteúdo de um livro e o teor argumentativo das resenhas. Seria interessante se você pudesse levar para a sala de aula exemplares de resenhas de obras literárias para que os estudantes observem sua forma composicional, seus elementos constitutivos e sua finalidade. Se for possível, acesse a internet e selecione resenhas para que os estudantes também possam visualizar os elementos que compõem esse gênero, foco de análise da missão.
Tempo previsto: 4 aulas
Consideração das condições de produção de textos de divulgação científica / Estratégias de escrita: EF69LP35.
Casos obrigatórios de uso da vírgula
• Separar elementos de uma mesma função ou elementos em uma enumeração.
• Separar elementos idênticos, repetidos.
• Separar o adjunto adverbial deslocado (quando é de grande extensão).
• Separar orações coordenadas assindéticas.
• Separar orações coordenadas sindéticas (exceto as aditivas).
• Separar orações subordinadas adverbiais antepostas à oração principal.
• Separar orações ou termos intercalados.
• Separar aposto ou termos de valor explicativo.
• Separar o vocativo.
• Indicar a omissão de verbo ou de conectivo.
2. Observe o uso das vírgulas na separação de advérbios ou locuções adverbiais nos enunciados a seguir.
I. Genialidade que, a propósito, tem começo na elaboração da metáfora que dá nome à obra.
II. A favela é entendida, então, como um quarto de despejo [...]
III. O romance naturalista realista encontra, aqui, paralelo [...] a) O que as vírgulas conferem nesses enunciados: ênfase, eufonia ou explicação? b) Com os colegas, formule uma regra para o uso das vírgulas nesses casos. a) Os moradores da favela do Canindé são descritos de modo bruto, [são] constantemente remetidos a animais por suas ações quase primitivas. b) Precisamos ficar chocados, pois só assim nos questionamos. c) Tal carrasco corrói, gera inimizades, destrói laços, provoca suicídios e assassinatos. d) Assim, sem eufemismos, a premissa do Diário de uma favelada é subjetivamente feita. e) Cabe aqui, então, lembrar que em momento algum ela dita o tema da obra.
IV. Não “colocou açúcar” naquilo que, muitas vezes, é suavizado para não chocar.
3. Justifique o uso das vírgulas nos enunciados a seguir.
• Discuta com os colegas: pensar no ensino do uso de vírgulas relacionado ao sentido e à coerência do texto deveria ser priorizado nas aulas de português? Se sim, que tipo de atividades você sugeriria para seu professor?
6º EPISÓDIO: EU, PRODUTOR DE RESENHA
Agora chegou o momento de vivenciar o papel de um resenhista! Neste episódio, você vai produzir a resenha de uma obra literária para recomendar a leitura a outros estudantes. Preparado para mais um desafio?
1. Informe-se sobre o que você vai fazer.
Projeto de comunicação
Gênero Resenha.
Situação Produzir a resenha de um livro de literatura que você avalia que deve ser recomendado para leitura.
Tema Livre, a depender da obra resenhada.
1. Vivenciar o papel de resenhista, a fim de aperfeiçoar o uso da linguagem argumentativa.
Objetivos
2. Refletir sobre o poder de síntese das resenhas.
3. Assumir o protagonismo ao produzir um material que tenha potencial para incentivar a leitura de uma obra literária pelos estudantes de sua escola. Quem é você Um adolescente que vai vivenciar o papel de um resenhista. Para quem Colegas de turma e da escola.
Tipo de produção Individual.
Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição: EF69LP36.
Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção / Apreciação e réplica: EF69LP45, EF69LP46
Variação linguística: EF69LP56.
Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição: EF89LP26
Conversação espontânea: EF89LP27.
Fono-ortografia: EF08LP04.
Morfossintaxe: EF08LP10, EF08LP12.
Semântica: EF08LP14
Respostas
1. É importante que você faça a leitura do Projeto de comunicação com os estudantes, certificando-se de que eles entenderam a proposta. É importante também que os estudantes compreendam a importância de se apropriarem dos elementos que envolvem o projeto que vão colocar em prática. A sugestão é de que o trabalho a ser desenvolvido seja feito individualmente. Essa configuração pode ser alterada em função de seu planejamento e das demandas da turma.
2. Escolha, entre os livros de literatura que você leu, um que você gostaria de recomendar aos colegas de turma ou da escola.
3. Para escrever a resenha, (re)leia o livro e faça anotações sobre os elementos que você quer comentar. Se você escolher um livro que conta histórias, faça anotações sobre os seguintes tópicos:
• Tema: sobre o que trata o livro? Qual é seu motivo principal?
• Enredo: qual é o conflito central ou a complicação da história?
• Foco narrativo: sob qual ponto de vista é feita a narração? Qual é o tipo de narrador: personagem ou observador?
• Personagens: quem executa ações na história?
• Tempo: qual é o tempo da história? Qual é o tempo da narração?
• Espaço: onde a história se passa?
• Linguagem: como a linguagem pode ser caracterizada? O que chama a atenção?
• Autoria: quem é o autor? Há algum fato relevante da vida pessoal do autor que vale a pena ser comentado?
4. Com essas informações devidamente anotadas, você já pode começar a escrever a primeira versão da sua resenha. Seu texto deve conter:
• título;
• introdução - descrição resumida do livro;
• desenvolvimento - contexto e expansão do contexto (nessa parte você vai situar o leitor em relação aos pontos de vista e argumentos que comporão sua avaliação do livro);
• conclusão - crítica final (avaliação positiva do livro).
5. Com a primeira versão pronta, é hora de fazer uma revisão da sua resenha antes de compartilhá-la com seus colegas e o professor. O quadro a seguir vai orientar seu trabalho.
Você usou advérbios, conjunções e preposições para estabelecer conexão entre as partes da resenha?
Você fez uso da pontuação para sinalizar seu posicionamento para o leitor?
Você usou expressões que estabelecem diálogo com o leitor?
Sim Não Mais ou menos
2. Como o objetivo é que os estudantes produzam uma resenha para recomendar o livro, é importante que eles possam escolher uma obra que lhes tenha sido relevante. Essa obra pode já ter sido trabalhada na escola, mas não é necessário que essa condição seja atendida.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/6ba9747244411d061e0eb7373920f6f6.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
6. Se a escola contar com um laboratório de informática, organize os estudantes para que eles possam fazer esse trabalho coletivamente. Caso não tenha, eles podem fazer a leitura das resenhas manuscritas.
7. Esse momento de leitura da resenha do colega é fundamental para que os estudantes possam vivenciar a experiência de se posicionar criticamente em relação à recomendação de um texto literário. Além disso, é mais uma oportunidade para o exercício da empatia e do respeito à diversidade.
7o episódio: Mesmo tema, outro campo de atuação social
Texto de lei
Neste episódio, com base na leitura do trecho de um texto de lei, o Estatuto da Criança e do Adolescente, os estudantes vão discutir o direito à educação e a importância da educação na formação de sua personalidade e na ampliação dos conhecimentos. O objetivo é favorecer o protagonismo por meio da realização de atividades com potencial para produzir reflexões na comunidade onde vivem, causando impactos positivos.
Tempo previsto: 2 aulas.
Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social: EF69LP13.
Apreciação e réplica: EF69LP21
Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos legais e normativos: EF89LP17
Respostas
1. Sugerimos que a atividade seja feita em duplas para possibilitar trocas entre os estudantes. Entretanto, a forma de conduzir as atividades pode variar em função de seu planejamento e das demandas dos estudantes. Ao final, proponha que as respostas das questões sejam discutidas coletivamente para que as reflexões sobre o direito à educação possam ser mais ricas e produtivas.
Sim Não Mais ou menos Você usou adjetivos modificadores para reforçar seu posicionamento em relação ao livro resenhado?
Você usou orações subordinadas para acrescentar informações relevantes para o leitor sobre a obra resenhada?
• Faça as modificações que avaliar que são necessárias em sua resenha com base na revisão feita.
6. Usando um editor de texto, digite a versão final de sua resenha. Em seguida, compartilhe o texto no grupo de mensagens da turma.
7. Agora é o momento de ler uma das resenhas produzidas pelos colegas. Para isso, sigam as orientações.
• Façam um sorteio para escolher a resenha do colega.
• Leiam a resenha do colega sorteado, fazendo anotações que avaliarem ser pertinentes.
• Em uma roda de conversa, compartilhem suas impressões sobre a resenha do colega que foi lida e digam se ficaram interessados em ler o livro recomendado. Os comentários devem ser críticos e respeitosos. Não vale ser indelicado, ofensivo, grosseiro. Empatia é a palavra de ordem.
8. Leiam, em outros momentos, as resenhas dos colegas para se orientarem na escolha de livros literários.
Nesta missão, você leu e analisou uma resenha e aprendeu como fazer anotações de aulas ou de videoaulas e resumos como método de estudo, ou seja, para reter na memória as diversas informações contidas em livros e outros materiais culturais. Neste episódio, vamos refletir sobre a importância da educação e dos estudos na formação do cidadão e sobre o direito à educação assegurado aos estudantes de sua faixa etária no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
1. Em dupla, leia com seu colega o texto a seguir para se informar sobre um dos cinco direitos fundamentais assegurados no Estatuto da Criança e do Adolescente. Em seguida, respondam às questões no caderno.
Capítulo IV
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica. (Redação dada pela Lei nº 13.845, de 2019) a) Com a orientação do professor, pesquise sobre como as crianças e os adolescentes eram vistos pela sociedade brasileira antes do ECA
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil Brasília, DF: Presidência da República, [2021]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 24 maio 2022.
Atalho
A aprovação do ECA, ocorrida em 13 de julho de 1990, representou uma grande conquista para os movimentos sociais que lutavam pelos direitos da infância e da adolescência brasileira. Esse estatuto foi organizado para garantir, em lei, medidas de proteção aos direitos da população infantojuvenil. A fonte primária que dá origem e as bases para a elaboração do ECA é o artigo 227 da Constituição brasileira.
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 24 maio 2022.
A Constituição de 1988 reconhece as crianças e os adolescentes como cidadãos e lhes garante os direitos fundamentais de sobrevivência, desenvolvimento pessoal, social, integridade física, psicológica e moral, além de protegê-los de maneira especial contra negligência, maus-tratos, violência, exploração, crueldade e opressão. Mas, só com o ECA, as crianças e os adolescentes passam a ser “sujeitos de direitos”, ou seja, pessoas em formação de sua personalidade e de sua integridade física e moral.
b) O ECA, ao garantir o direito à educação, colabora para o desenvolvimento da cidadania. Como você entende essa afirmação?
c) A escola tem importante papel na formação do cidadão. Na sala de aula, na interação com os professores e os colegas, ampliamos nosso mundo e nossos conhecimentos. Você concorda com essa afirmação? Converse com os colegas.
a) Auxilie os estudantes a pesquisarem a questão na internet. Um documento que trata do assunto está disponível em: www.educadores.diaadia. pr.gov.br/arquivos/File/formacao_ acao/1semestre_2015/agentes_eca_ anexo1.pdf (acesso em: 29 abr. 2022).
A expectativa é de que os estudantes percebam que, antes do ECA, não havia uma legislação brasileira com o objetivo de garantir os direitos da criança e do adolescente considerando-os sujeitos em desenvolvimento e com especificidades.
b) A expectativa é de que os estudantes percebam que, por meio da educação e dos estudos, crianças e adolescentes adquirem conhecimento e cultura e se preparam para alcançar seus objetivos e ter uma profissão, podendo, assim, desenvolver-se como cidadãos.
c) A expectativa é de que os estudantes concordem que a escola permite a socialização e leva os estudantes a aprenderem sobre respeito, solidariedade, diversidade, direitos e deveres, além de possibilitar a busca pelo conhecimento e o desenvolvimento de habilidades cognitivas.
2. Comente com os estudantes que o UNICEF Brasil (Fundo das Nações Unidas para a Infância) é um órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) voltado para a promoção dos direitos na infância; o Canal Futura é voltado para a divulgação de conhecimento científico e educativo; e o Childhood Brasil é uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP), sem fins lucrativos, que tem por objetivo defender os direitos das crianças.
a) O cartaz tem como objetivo divulgar informações referentes ao ECA, no caso específico, informar e explicar o princípio fundamental do ECA.
b) A frase “Você sabia que?” provoca efeito de curiosidade, incentivando o leitor a ler as informações que estão na sequência.
c) • As cores, as letras e a criança transmitem sensação de energia, de alegria, de vivacidade ao cartaz. Por se tratar de direitos das crianças e adolescentes, esses recursos semióticos reforçam os sentimentos e as emoções (alegria, vivacidade, energia, amorosidade, entre outros) que devem fazer parte da vida de crianças e adolescentes.
d) • Decida a melhor estratégia para formação da dupla: sorteio, escolha dos estudantes, entre outras.
• Existem aplicativos e sites gratuitos que podem ser usados para produzir os cartazes.
a) Qual é o objetivo do cartaz?
b) Que efeito a frase “Você sabia que?”, na parte superior do cartaz, provoca?
c) Observe o uso de cores, o formato e o tamanho das letras e a imagem da criança.
• Que efeitos esses elementos produzem?
d) Que tal formar dupla com um colega para produzir um cartaz como esse divulgando os direitos da criança e do adolescente à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer e publicar em seu aplicativo de compartilhamento de imagens e vídeos? Sigam as orientações.
• Usando aplicativos de celular gratuitos, elaborem o cartaz abordando um dos direitos das crianças e adolescentes do artigo 53 do ECA, que você leu neste episódio.
• Usem imagens, cores e formatos de letra que remetam à alegria, à vivacidade e à energia que devem fazer parte da infância e da adolescência.
• Revisem o texto escrito, conferindo se a ortografia e a pontuação estão adequadas.
• Publiquem o cartaz em seus aplicativos de compartilhamento de imagens e vídeos e acompanhem as curtidas de seus seguidores.
• Publiquem também nas redes sociais da escola para que a comunidade escolar fique por dentro do conteúdo do ECA.
Vocês chegaram ao fim da missão! O momento é de refletir se, depois de todas as jogadas, o jogo na escola está mais “dominado”. Vocês estão mais preparados para os estudos? Façam uma roda e conversem sobre as questões organizadas no portal 1 (avaliação) e no portal 2 (autoavaliação).
Portal 1
Qual é a função de uma resenha?
O que é e como se faz um resumo?
Como fazer anotações de aulas ou videoaulas?
O que são períodos compostos por subordinação?
Quais são os tipos de orações subordinadas?
Qual é a importância do ECA para garantir o direito à educação de crianças e adolescentes?
Portal 2
Analisar estratégias para a síntese, a avaliação e a retenção das informações de um livro, arquivo ou outro documento ajudou você a ficar mais “afiado” nos estudos? De que maneira?
Como analisar períodos compostos por subordinação ajudou você a compreender melhor a tornar os textos mais claros e informativos?
Saber quando é preciso usar vírgulas fez você se sentir mais preparado para produzir textos escritos?
Qual é a importância da literatura em sua vida? Escrever uma resenha indicando um livro fez você perceber ainda mais a importância da literatura na sua vida? Compartilhe sua opinião com os colegas.
Produzir cartazes sobre o direito de crianças e adolescentes à educação fez você perceber a relevância do ECA para a construção de um país melhor?
Salvando O Progresso
É importante que os estudantes tenham a oportunidade de avaliar o que foi estudado e de autoavaliar sua aprendizagem. No portal 1, as perguntas permitirão avaliar a aprendizagem dos estudantes acerca dos objetos de conhecimento trabalhados ao longo da missão. No portal 2, os estudantes terão a oportunidade de avaliar a própria aprendizagem, com base em perguntas que fomentam a manifestação da subjetividade diante dos objetos estudados. Durante a realização da roda de conversa, oriente-os a exercerem a escuta atenta, respeitando os turnos de fala. Enquanto para as perguntas do portal 1 há respostas objetivas, que podem ser avaliadas como certas, parcialmente certas ou erradas, para as perguntas do portal 2 é impossível exigir respostas padronizadas.
Tempo previsto: 1 aula
Portal 1
O gênero resenha foi estudado no 1º episódio. Como fazer anotações de aulas ou videoaulas foi estudado no 3º episódio. O período composto por subordinação foi tratado no 4º episódio. O direito assegurado pelo ECA à educação foi abordado no 7º episódio.
Portal 2
Respostas pessoais.
Nesta missão, o campo de atuação predominante é o Jornalístico-midiático, com destaque para o trabalho com o gênero Reportagem. Também é abordado o campo de atuação Artístico-literário, com destaque para o gênero Poema.
Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) em destaque são Vida familiar e social e Ciência e tecnologia.
Inicie pedindo aos estudantes que observem a abertura da missão. Peça que, com base em uma visualização rápida, descrevam o que viram. Provavelmente, eles descreverão um sinal de soma ao centro com várias manchas rosas no entorno. Depois, peça a eles que se concentrem no ponto central e fixem o olhar sem piscar: as manchas rosas desaparecerão. Isso é o que se chama de ilusão de ótica. Há muitas ilusões de ótica criadas para “enganar” os olhos, fazendo com que acreditemos estar diante de algo que realmente não existe.
Em seguida, leia com os estudantes o boxe Roteiro da missão: é importante que compreendam, ainda que introdutoriamente, o que estudarão. Enquanto lê, pergunte a eles se consideram as habilidades que serão desenvolvidas ao longo desta missão realmente importantes. Pedir aos estudantes que se coloquem diante roteiro do que aprenderão é fundamental na construção da autonomia e do protagonismo.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/3fae504eb89a22212e730242a3a6bb5b.jpeg?width=720&quality=85%2C50)