![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/7eb2561eb90c1ffd4a9848a3aa882beb.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
64 minute read
ROTEIRO DA MISSÃO
Ler duas reportagens que falam sobre uma das profissões do momento, a de influenciador digital, para você desenvolver uma habilidade especial: analisar criticamente os conteúdos postados nas redes sociais digitais e separar o que é informação de publicidade.
Aprofundar seu conhecimento sobre as estruturas de reportagens, para que você possa decidir a estrutura da própria reportagem no 6º episódio.
Aprofundar seu entendimento dos mecanismos de oração subordinada, para que você possa escrever textos com períodos longos e bem estruturados.
Explorar os diferentes usos das aspas em reportagens, para transformar declarações dadas em uma entrevista oral em citações em seus textos escritos.
Fazer uma entrevista oral com familiares adultos que usam redes sociais digitais, para saber como as pessoas de sua família se comportam na internet.
Redigir uma reportagem expositivo-interpretativa, para adquirir senso crítico e não se deixar enganar nas redes sociais digitais.
Apreciar um poema que também fala de redes sociais, para ver que é possível falar sério brincando com as palavras.
VOCÊ JÁ OUVIU UM DITADO QUE DIZ : “DIGA-ME COM QUEM ANDAS QUE TE DIREI QUEM ÉS!”? PARA ESTA MISSÃO, O DITADO PODERIA SER ADAPTADO PARA “DIGA-ME QUEM TE DÁ LIKES QUE TE DIREI QUEM ÉS!”.
Tempo previsto: 1 aula
Competências Gerais da Educação
Básica: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,10
Competências Específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental: 1, 2, 3, 4, 6.
Competências Específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 10.
Entrando No Jogo
As atividades desta seção visam à introdução da temática sobre redes sociais digitais e à ativação de conhecimentos que, eventualmente, os estudantes já tenham do vocabulário dessas redes.
Tempo previsto: 1 aula.
Produção de textos orais: EF69LP11
Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social: EF69LP13
Nesta seção, e também no decorrer da missão, os estudantes vão analisar uma reportagem, entrevistar pessoas quanto ao uso das redes sociais e produzir uma reportagem sobre o tema. Conhecer e entender como as redes sociais são usadas é fundamental para que estudantes possam, cada vez mais, desenvolver criticidade no que diz respeito ao uso consciente das redes sociais digitais. O uso didático das imagens e ícones dessas redes sociais está amparado legalmente pelo Parecer CNE/ CEB n.15/2000. Nesse documento, afirma-se que “o uso didático de imagens comerciais identificadas pode ser pertinente desde que faça parte de um contexto pedagógico mais amplo, conducente à apropriação crítica das múltiplas formas de linguagens presentes em nossa sociedade, submetido às determinações gerais da legislação nacional e às específicas da educação brasileira, com comparecimento módico e variado”. Afirma-se também que “a escola, ao se apoderar da publicidade comercial, eventualmente presente em livros didáticos, de seus mecanismos e tecnologias, pode tornar-se lugar de uma leitura diferenciada, propiciando discernimento, contextualização, análise de níveis e crítica de valores. O ‘primitivo’ receptor torna-se um autor crítico e criativo”.
Caso deseje conhecer o documento na íntegra, acesse o conteúdo disponível em: https://normativasconselhos.mec.gov.br/ normativa/pdf/CNE_PAR_CNECEBN152000. pdf (acesso em: 5 abr. 2022).
PORTAL 1
O objetivo deste portal é mostrar para os estudantes a quantidade de brasileiros que usa uma ou mais redes sociais digitais e posicioná-los nesse universo de usuários.
RESPOSTAS
1. a) Facebook (130 milhões), YouTube (127 milhões), WhatsApp (120 milhões), Instagram (110 milhões), LinkedIn (51 milhões), Pinterest (46 milhões),
Entrando No Jogo
As atividades dos portais 1 e 2 vão ativar os conhecimentos que você tem das redes sociais digitais e do “internetês”, linguagem amplamente utilizada nessas redes. Preparado?
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/ac45201fb1884df0d31d2907ec9687f9.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/602119ad0ac7f2278300dfebee8e5a22.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Portal 1
1. A imagem a seguir mostra algumas das redes sociais digitais mais utilizadas no Brasil.
Ícones das principais redes sociais digitais.
a) Quais redes sociais digitais, entre as que você consegue identificar na imagem, estão entre as dez mais usadas no Brasil até 2021?
b) Além das que você identificou na imagem, com quais outras redes sociais você completaria a lista das dez mais usadas pelos brasileiros?
c) Você usa alguma dessas redes sociais? Quais?
2. De modo geral, como você definiria seu comportamento nas redes sociais? Você entra em muitos conflitos?
Twitter (17 milhões). Dados disponíveis em: www. posgraduacaounincor.com.br/noticias/865/confira-oranking-das-redes-sociais-mais-usadas-no-brasil-em2020-2021?page=7 (acesso em: 10 maio 2022).
b) Facebook Messenger (77 milhões), Tiktok (16 milhões), Snapchat (8,8 milhões). Dados disponíveis em: www. posgraduacaounincor.com.br/noticias/865/confira-oranking-das-redes-sociais-mais-usadas-no-brasil-em2020-2021?page=7 (acesso em: 10 maio 2022).
c) Respostas pessoais.
2. Respostas pessoais. É importante que os estudantes já comecem a avaliar a forma como se comportam nas redes sociais digitais.
3. Como você avalia seu conhecimento sobre o vocabulário apelidado de “internetês” por usuários de internet? Que tal testar?
• Para participar do desafio, faça dupla com um colega.
• Quando o professor autorizar, vocês podem começar a decifrar o texto da imagem. A primeira dupla que entregar o texto decifrado corretamente em uma folha avulsa para o professor será considerada a campeã do “internetês” da turma.
Portal 2
O objetivo principal da atividade é possibilitar que os estudantes verifiquem por meio de uma atividade lúdica seu engajamento com o vocabulário da internet.
Respostas
3. Tradução: Oi, tudo bem? Estou com saudades demais de você! Quando você vem para cá? Tem novidade? O Gu casou. Não consegui ir à festa. Qualquer dia vou te ver! Me adicione no Messenger! Ou me siga no Twitter. Você tem Facebook? Beijo. Re. Disponível em: https://blogdoenem.com. br/portugues-internetes-dicas-redacao (acesso em: 31 maio 2022).
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/16a2a971648eb083f98b6f5a12eb3719.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Jogando
1o episódio: Eu, leitor de reportagem
Neste episódio, o foco está na importância de os estudantes entenderem que, muitas vezes, eles consomem “gato por lebre” na internet. O objetivo é proporcionar uma discussão crítica a respeito dos influenciadores digitais e o papel que desempenham nas redes sociais. Essa discussão será realizada com a leitura de duas reportagens: uma predominantemente expositivo-interpretativa e outra predominantemente expositivo-opinativa.
Tempo previsto: 4 aulas
Apreciação e réplica / Relação entre gêneros e mídias: EF69LP02
Efeitos de sentido: EF69LP04.
Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos / Caracterização do campo jornalístico e relação entre os gêneros em circulação, mídias e práticas da cultura digital: EF89LP01
Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos / Caracterização do campo jornalístico e relação entre os gêneros em circulação, mídias e práticas da cultura digital: EF89LP02
Respostas
1. Resposta pessoal. É importante que os estudantes tenham a oportunidade de se colocar diante da temática central da reportagem: o desejo de muitas crianças e adolescentes de se tornarem influenciadores digitais.
2. Este pode ser um bom momento para fazer mais um diagnóstico da fluência leitora dos estudantes. Caso tenha uma planilha de anotações do desempenho da turma, registre informações sobre a entonação, a interpretação dos sinais de pontuação e o rápido reconhecimento das palavras, sem atropelos, durante a leitura dos estudantes. Se não tiver, é um bom momento para criá-la. Para a realização da atividade, oriente cada estudante a ler um parágrafo.
Você costuma pensar no que está por trás das curtidas e dos compartilhamentos de postagens em redes sociais digitais? Você sonha em se tornar criador de conteúdo para essas redes e ser influenciador digital? Você segue algum influencer? Se você respondeu “sim” a qualquer uma dessas perguntas, esta missão vai manter você engajado o tempo todo!
1º EPISÓDIO: EU, LEITOR DE REPORTAGEM
Neste episódio, você vai ler duas reportagens que falam sobre uma das profissões do momento: a de influenciador digital. Ser produtor de conteúdo é o sonho de muitos jovens, mas mobilizar práticas da cultura digital, manipulando diferentes linguagens, mídias e ferramentas, requer, além de sonho, estudo, dedicação e muito, muito trabalho. Quem se habilita?
1. Você é um dos adolescentes que sonha em ser criador de vídeos para a internet?
2. Agora, leia a reportagem e confira se você teria mesmo interesse em ser um influenciador.
Ser criador de vídeo na internet vira sonho de carreira de adolescentes
Juliana Gragnani
São Paulo
O que você quer ser quando crescer? Antigamente, a molecada respondia: jogador de futebol, astronauta, cantor, cantora, ator, atriz. Hoje, uma nova aspiração entrou nessa lista: YouTuber
Produzir vídeos para serem veiculados na plataforma virou uma opção de carreira de crianças e adolescentes, muitas das quais passam o dia no site. Seus ídolos são pessoas que têm canais na plataforma, e alguns deles até conseguem tirar uma grana disso.
“Quero ser engenheiro, mas, se o meu canal der certo, prefiro ser YouTuber”, diz Matheus Yoshida, 13, que mora na Grande São Paulo. Ele e o amigo Luís Felipe Godinho, 12, criaram no ano passado no site um canal que tem 35 inscritos (pessoas que seguem as atualizações).
Ali, postam vídeos de “gameplay”, mostrando como um jogo é conduzido pelo jogador, às vezes para ensinar um macete ou uma forma de superar uma fase difícil. Outro vídeo produzido pela dupla é uma “tag”, uma gravação em que o YouTuber participa de um desafio, um jogo ou responde a perguntas feitas por espectadores.
Para Luís Felipe, a grande vantagem de ser YouTuber é “poder trabalhar de casa” e “se divertir no emprego”.
Ele e Matheus vislumbram a possibilidade de se sustentar por meio dos vídeos, que aprenderam a editar por meio de tutoriais na plataforma. O ganho financeiro depende da inserção de anúncios e do número de visualizações – um número reduzido de pessoas, portanto, consegue se sustentar assim.
Produtores de conteúdo desse tipo também podem migrar para outros meios, fazendo campanhas publicitárias, lançando livros e atuando no teatro. Assim, podem fazer mais dinheiro. [...] MIGRAÇÃO [...]
“Antes, as crianças brincavam de teatro. Hoje, brincam de vídeo”, afirma a psicóloga Andrea Jotta, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia e Informática da PUC-SP.
Para ela, é importante que a prática seja vista como mais uma atividade no dia a dia da criança, e não a principal. “A criança pode jogar futebol e também fazer vídeos, como outra atividade. Quem tiver talento pode se sobressair, assim como acontece na aula de balé, por exemplo”, afirma.
O problema, segundo Jotta, é quando a família inteira investe naquilo – da mesma forma que investiam na carreira de jogador de futebol dos filhos. “Para as crianças, é só uma brincadeira.”
[...]
Hobby Ou Profiss O
Parte das crianças, pré-adolescentes e adolescentes que quer ser YouTuber – agora ou quando crescerem –também deseja a fama.
Valentina Mota, 13, se divide entre ser médica e YouTuber. Antes, queria fazer vídeos com tutoriais de maquiagem, gênero popular na plataforma. Atualmente, prefere o “gameplay”, que mostra a condução de um jogo pelo usuário. “Tem pouca menina que joga”, conta a garota, que quer representar as mulheres em vídeos sobre games
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/dd5e15535f3cbe42eeef86525a3da921.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Ela pensa em criar um canal e daí, caso seja bem-sucedido, usar sua imagem “para fazer outras coisas que dão dinheiro, como associá-la a marcas”. Valentina diz gostar da fama e de “estar no centro”. “Se não for para muita gente assistir, não vale a pena, é muito desgaste emocional.”
Um dos primeiros YouTubers a fazer sucesso no Brasil, PC Siqueira, 29, diz que “como em qualquer outra profissão, se você priorizar ser famoso, vai acabar sendo um artista ruim”. Para ele, a busca pela fama pode frustrar a criança, que talvez desista no meio do caminho. “Mas não é negativo ficar frustrado”, ressalva.
3. a) Resposta pessoal. A tendência é de que os estudantes concordem, pois, com a força das redes sociais digitais, muitos adolescentes sonham com a possibilidade de se tornarem influencers b) Embora a escolha de qualquer uma das frases não possa ser considerada erro, a frase “Antes, Cristiano Ronaldo; hoje, Felipe Neto” evidencia de forma mais contundente a relação com o que foi dito no trecho em destaque, pois fala em um grande astro do futebol e em um grande nome das redes sociais digitais. Avalie a plausibilidade das justificativas apresentadas pelos estudantes.
4. Para os dois itens, a resposta é pessoal. É importante que os estudantes considerem que as redes sociais digitais não são a única forma de influenciar uma pessoa, embora tenham potencializado esse poder, principalmente porque permitem o acesso de muitas pessoas ao mesmo tempo.
PC tinha 23 anos e “alguns dias livres” quando criou o canal “maspoxavida”, hoje com 2 milhões de inscritos. Depois da fama, apresentou um programa na MTV.
Para Otávio Albuquerque, criador do canal “Rolê Gourmet”, com PC Siqueira (quase 1 milhão de inscritos), e do “Coisas Que Nunca Vivi” (107 mil inscritos), “não ter audiência pode ser muito frustrante”.
“Por outro lado, acho que o exercício da criação é extremamente válido por si só. Se ninguém assistir, já valeu a pena, porque é uma ótima experiência de análise distanciada de si mesmo”, afirma ele, lembrando que o “Coisas Que Nunca Vivi” não lhe rende dinheiro e que essa não é sua preocupação imediata.
Albuquerque ressalta que ser YouTuber é como ter um empreendimento, “com os riscos e as recompensas de qualquer negócio, e não um ‘emprego’, onde você bate cartão e trabalha para alguém”.
“Seu canal pode, sim, ser sua profissão, mas pode ser só um hobby também, um espaço pra você fazer e compartilhar coisas de que gosta.” a) Você concorda que ser influenciador, hoje em dia, pode ser algo comparado ao sonho de se tornar um craque do futebol, comum no passado? b) Em sua opinião, qual das frases a seguir sintetiza de forma mais criativa o que foi dito no trecho em destaque da reportagem: “Antes, Cristiano Ronaldo; hoje, Felipe Neto” ou “Tudo muda o tempo todo”? Justifique seu ponto de vista aos colegas.
Para Paula Priore, 14, “se o vídeo puder afetar de um jeito bom duas pessoas, já está bom”. Ela vê na produção de conteúdo outras possibilidades de carreira, não só a de YouTuber. Gostaria de ser roteirista de vídeos, se não for escritora ou musicista.
Paula já gravou um vídeo sobre o papel dos jovens nas manifestações políticas recentes, mas afirma preferir ficar por trás das câmeras, escrevendo esquetes.
GRAGNANI, Juliana. Ser criador de vídeo na internet vira sonho de carreira de adolescentes. Folha de S.Paulo, São Paulo, 27 mar. 2016. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/03/1754403ser-criador-de-video-na-internet-vira-sonho-de-carreira-de-adolescentes.shtml. Acesso em: 23 maio 2022.
3. Releia o 1º parágrafo da reportagem.
O que você quer ser quando crescer? Antigamente, a molecada respondia: jogador de futebol, astronauta, cantor, cantora, ator, atriz. Hoje, uma nova aspiração entrou nessa lista: YouTuber.
Chave Mestra
Antes de responder, ative os conhecimentos que você tem sobre as pessoas citadas no enunciado: Cristiano Ronaldo e Felipe Neto. Caso você não os conheça, informe-se com um colega ou o professor.
4. Os produtores de vídeo para internet costumam ser chamados de “influencers”, pois podem influenciar as pessoas no que elas comem, no jeito de se vestirem, nas músicas que ouvem...
a) Em algum momento você já sentiu que influenciou o modo de alguém pensar ou agir diretamente ou com a mediação de uma rede social digital?
b) Em algum momento você já sentiu que tomou uma decisão influenciado por outra pessoa?
5. A reportagem aponta ganhar dinheiro, conquistar fama e ter uma voz capaz de inspirar outras pessoas como os principais combustíveis que movem os influenciadores.
• O quanto cada um desses itens é capaz de seduzir você? Coloque-os em ordem de importância caso você seja ou queira se tornar influenciador.
6. Compare o que dizem duas das entrevistadas pela reportagem:
Valentina Mota:
Ela pensa em criar um canal e daí, caso seja bem-sucedido, usar sua imagem “para fazer outras coisas que dão dinheiro, como associá-la a marcas”. Valentina diz gostar da fama e de “estar no centro”. “Se não for para muita gente assistir, não vale a pena, é muito desgaste emocional.”
Paula Priore: a) Em que os pensamentos de Valentina e Paula diferem? b) Com qual das duas você tende a se identificar? Por quê? c) A declaração de Paula Priore se aproxima da declaração de que outra pessoa entrevistada pela reportagem? Justifique sua resposta. a) Você acha que conquistar fama e dinheiro é um desejo exclusivo da era das redes sociais digitais? Fale o que você pensa aos colegas. b) Embora a reportagem afirme que um número reduzido de pessoas consegue se sustentar sendo influencer, muitas pessoas se posicionam dizendo que as redes sociais digitais tornaram o sonho de ter fama e dinheiro um pouco mais acessível. a) Você segue algum influencer? Que tipo de conteúdo ele costuma postar? b) Considerando que a responsabilidade de impactar a vida de milhões de pessoas deve ser levada a sério, converse com os colegas sobre a seguinte questão: se você fosse um influenciador, como gostaria de impactar a vida de seus seguidores? b) Resposta pessoal. É importante que, ao manifestarem seu ponto de vista, os estudantes o façam respeitando os colegas que pensam diferente. c) Da declaração de Otávio Albuquerque, pois ambos defendem que o sucesso de um canal de postagens não pode ser medido apenas pelo número de pessoas que o seguem. b) • As redes sociais podem ter tornado o sonho de ter fama e dinheiro um pouco mais acessível, já que, pelo perfil pessoal, qualquer pessoa, em princípio, pode construir narrativas e histórias, atrair seguidores e, eventualmente, chamar a atenção das marcas. b) Resposta pessoal. b) Resposta pessoal. A expectativa é que os estudantes respondam que não. As barracas sugerem que a acomodação é simples, sem nada de luxuoso. A imagem das barracas se assemelha a um alojamento. c) Oriente os estudantes a formarem uma roda para o desenvolvimento da leitura compartilhada do texto. Você pode solicitar que cada parágrafo seja lido por um estudante diferente. Durante a leitura, faça as perguntas propostas para cada parágrafo. O objetivo é aproximar o universo escolar do que crianças e jovens veem na internet, pois isso passou a ser não só importante, mas indispensável na construção da cidadania e da consciência crítica dos estudantes. A interpretação de texto tal qual conhecíamos ganhou novas camadas, e a educação midiática é chave para que crianças e adolescentes não se percam nesse processo tão complexo. Leitores mais críticos serão consumidores mais conscientes e, consequentemente, cidadãos mais engajados. a) Faça uma lista das atividades que você costuma realizar em cada um dos sete dias da semana. b) Qual das atividades é a sua preferida? Em qual delas você considera que se sobressai? a) Você já refletiu sobre esse assunto ou já conversou sobre ele com colegas e familiares? b) Observe a fotografia a seguir. c) Quer saber mais sobre a confusão do festival que prometeu acomodações luxuosas e ofereceu barracas como alojamento? Então, leia a reportagem a seguir e fique por dentro do fiasco que foi anunciado nas redes sociais digitais como o maior evento de todos os tempos. Durante a leitura, você vai responder a perguntas feitas pelo professor a respeito de cada parágrafo.
[...] “se o vídeo puder afetar de um jeito bom duas pessoas, já está bom”. Ela vê na produção de conteúdo outras possibilidades de carreira, não só a de YouTuber. Gostaria de ser roteirista de vídeos, se não for escritora ou musicista.
7. Releia um trecho da primeira parte da reportagem.
[...] O ganho financeiro depende da inserção de anúncios e do número de visualizações – um número reduzido de pessoas, portanto, consegue se sustentar assim.
• Como você justificaria o posicionamento dessas pessoas?
8. Reflita sobre a sua atitude nas redes sociais digitais.
9. Segundo a psicóloga Andrea Jotta, “A criança pode jogar futebol e fazer vídeos, como outra atividade. Quem tiver talento pode se sobressair, assim como acontece na aula de balé, por exemplo”.
5. • Resposta pessoal. Embora a fama e o dinheiro sejam dois combustíveis poderosos, muitas pessoas se tornam influenciadoras digitais movidas pelo desejo de inspirar pessoas a pensar ou agir de determinado modo.
6. a) Enquanto Valentina Mota considera que não vale a pena postar vídeos se não for para muitas pessoas assistirem, Paula Priore sustenta que, se o vídeo puder afetar de um jeito positivo duas pessoas, já está bom.
7. a) A ideia de ter fama e dinheiro não é um anseio exclusivo da era das redes sociais. Há décadas, muitas pessoas perseguem a oportunidade de aparecer na mídia e, consequentemente, ser bem remuneradas por isso.
8. a) Resposta pessoal. Mais uma vez, o importante é que o compartilhamento de gostos e preferências se dê em um contexto de respeito a quem pensa diferente.
9. É importante que os estudantes entendam o conjunto de procedimentos que precisam realizar para cumprir o solicitado: primeiro, elaborar uma lista de atividades que costumam fazer em cada dia da semana; em seguida, avaliar a rotina da semana, examinando se ela se caracteriza pela presença excessiva nas redes sociais digitais; por último, indicar sua atividade preferida e aquela em que consideram que se sobressaem.
10. a) Resposta pessoal.
1º parágrafo. Pergunta 1: o que significa ter um público exclusivo? Por que, em sua opinião, as pessoas valorizam tanto um conteúdo que se anuncia como exclusivo?
Em linhas gerais, ter um público exclusivo significa promover um evento pelo qual poucas pessoas podem pagar.
1º parágrafo. Pergunta 2: levante uma hipótese: por que os influenciadores foram importantes na construção da fraude que foi o evento?
A resposta vai estar mais à frente, mas é importante que os estudantes reflitam sobre o papel dos influenciadores, que foram fundamentais na construção da fraude, porque anunciavam em suas redes que estariam presentes no evento, quando, na verdade, estavam sendo pagos para fazer isso. Essa atitude fazia as pessoas pensarem: “Se fulano (o influenciador anunciante) vai estar nesse evento é porque vai ser demais e eu também quero ir”.
• Avalie sua rotina semanal: quantas horas você passa nas redes sociais durante uma semana? Você considera essa presença excessiva?
10. As redes sociais digitais, muitas vezes, são usadas para espalhar discursos falsos ou questionáveis.
• O alojamento da fotografia parece uma acomodação luxuosa? Compartilhe sua observação com os colegas.
O poder dos influenciadores digitais
Crianças e jovens precisam entender que o incentivo ao consumo e a disseminação de discursos questionáveis nem sempre estão explícitos nas redes
Em 2017, o anúncio de um festival de música para milionários, programado para acontecer em uma ilha particular nas Bahamas, movimentou as redes sociais. Vendido como o “maior evento de todos os tempos”, o Fyre Festival foi pensado para ter um público exclusivo e os pacotes à venda incluíam mordomias e promessas de uma infraestrutura luxuosa. Com uma campanha massiva no mundo digital, da qual influenciadores com milhões de seguidores e as modelos mais bem pagas do mundo participaram, o evento rapidamente virou assunto e seus ingressos, que custavam dezenas de milhares de reais, esgotaram-se em horas.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/bec93b0ce506912ab79b6f8c12a7aea8.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
As modelos Kendall Jenner e Bella Hadid promoveram o Fyre Festival antes do lançamento.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/308e4823f6572e539ea3db0eb32d5d4b.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
O que tinha tudo para ser um grande acontecimento musical em um cenário paradisíaco foi, na realidade, um tremendo fiasco. Os organizadores tiveram inúmeros problemas estruturais, de falta de alimentação a cancelamento de atrações em cima da hora. Com grande parte dos espectadores já na ilha, o festival não aconteceu, causando um baita prejuízo para os consumidores, que acabaram entrando na Justiça. O mal-estar de escala mundial ficou visível especialmente nos memes espalhados pelas redes sociais – justamente onde tinha começado.
O que tornou o Fyre Festival tão famoso, como promessa e como fracasso, foi exatamente a participação dos chamados influenciadores digitais na sua promoção, o que gerou muita curiosidade e engajou o público a conhecer – e consumir – o evento. Para se ter uma ideia, um vídeo sobre o festival foi disseminado pelas modelos internacionais Kendall Jenner e Hailey Baldwin, que têm, respectivamente, 118 milhões e 23,5 milhões de seguidores só no Instagram. O alcance do caso foi tão grande que aprofundou o debate sobre postagens publicitárias nos Estados Unidos, exigindo que o teor propagandístico das mensagens fique sempre explícito.
Por aqui, a situação não é assim tão diferente. Se você tem uma conta ativa em uma rede social, provavelmente já notou como a quantidade de anúncios publicitários aumentou consideravelmente nos últimos anos. É comum nos depararmos com “posts patrocinados” ou “parcerias pagas” na timeline do Instagram e do Facebook, por exemplo, assim como é recorrente que os vídeos no YouTube sejam interrompidos por comerciais.
Com a expansão do acesso à tecnologia e à internet, a forma como nos comunicamos mudou imensamente – e a de fazer publicidade também. Se com a televisão, o rádio e os meios impressos era mais fácil visualizar os espaços reservados a anúncios, agora a tecnologia digital borrou a fronteira entre informação e propaganda. E se isso confunde adultos, quem dirá crianças e jovens, que consomem cada vez mais conteúdo online.
De acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2018, 82% dos usuários de internet de 9 a 17 anos têm perfil em redes sociais, sendo o Instagram a rede que registrou o maior aumento desse público nos últimos dois anos: de 36% para 45%. Ademais, os dados mostram que 55% das crianças e adolescentes presentes nas redes tiveram contato com conteúdos que ensinavam a usar um produto; 49% viram postagens em que produtos eram abertos e mostrados para o público e 46% visualizaram vídeos ou imagens em que eram realizados desafios e brincadeiras com algum produto de marca.
Vale ressaltar que a prática publicitária não é proibida, mas precisa seguir padrões éticos e estar em consonância com o que prega o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (Conar). Ou seja: precisa ser honesta, verdadeira e claramente identificada. Ela se torna um problema quando fere qualquer um desses princípios.
Mas afinal: o que são influenciadores digitais, também conhecidos como influencers? Os influenciadores digitais são pessoas com muitos seguidores nas redes sociais e, portanto, com capacidade de influenciar comportamentos ou potenciais compradores de um produto ou serviço, promovendo ou recomendando os itens –como um evento tal qual o Fyre Festival. Ser influenciador virou profissão para muitos e uma trajetória almejada por tantos outros, já que a exibição de produtos e de um estilo de vida desejável acaba instigando a audiência a consumir. Muitos desses influenciadores tornaram-se celebridades nacionais e internacionais, aumentando ainda mais a fama, a renda e, claro, a projeção no mundo online e offline.
Resposta pessoal. É importante que os estudantes se deem conta de que, quando você anuncia que é “seguidor” de alguém, isso pode significar para as demais pessoas que você comunga com as ideias desse influenciador.
2º parágrafo. Pergunta 3: por que se pode dizer que existe certo sarcasmo quando a reportagem diz que o mal-estar ficou visível especialmente nos memes?
Porque o evento tinha sido promovido pelas redes sociais por meio dos influenciadores e agora estava sendo detonado pelos memes, que circulam também pelas redes sociais. O que se pode concluir é que as redes sociais construíram e destruíram o evento.
3º parágrafo. Pergunta 4: por que é importante que a propaganda das mensagens seja explícita?
Porque, assim, o seguidor de determinado influenciador vai saber que ele está sendo pago para anunciar um produto ou serviço.
4º parágrafo. Pergunta 5: você já se deu conta de que boa parte do conteúdo que consome nas redes sociais digitais é pago? Por que ter consciência disso é importante?
Para a primeira parte da pergunta, a resposta é pessoal. Ter consciência disso é importante para não ser enganado ao ler textos que a princípio parecem ser informativos, mas que, na verdade, anunciam um produto ou serviço.
5º parágrafo. Pergunta 6: o que significa dizer que a tecnologia digital borrou a fronteira entre informação e publicidade?
Significa que está cada vez mais difícil distinguir informação de publicidade.
6º parágrafo. Pergunta 7: você já caiu nessa armadilha? Isto é, você já assistiu a vídeos na internet pensando que estava apenas se divertindo, quando, na verdade, estava consumindo a propaganda de algum produto?
Resposta pessoal. Peça aos estudantes que relatem momentos em que eles têm consciência de que isso aconteceu e de que o influenciador estava tentando confundir seus seguidores ao disfarçar o conteúdo publicitário.
7º parágrafo. Pergunta 8: qual ou quais dos princípios exigidos pelo Conar você considera que os influenciadores mais costumam desrespeitar nas redes sociais digitais?
Resposta pessoal. No geral, o princípio mais desrespeitado é a exigência de a publicidade ser claramente identificada.
8º parágrafo. Pergunta 9: você já pensou no que significa dizer que você “é seguidor” de alguém?
9º parágrafo. Pergunta 10: você já conversou ou já ouviu seus familiares conversarem sobre como personalidades do mundo digital podem influenciar a opinião dos eleitores na escolha de seus candidatos? Já ouviu falar que alguns influenciadores tentam conseguir o apoio de seus seguidores para seu candidato espalhando mentiras? O que você pensa sobre esse tipo de atitude?
Resposta pessoal. Para uma formação cidadã mais integral, é importante que os estudantes se deem conta de que não só produtos são disseminados nas redes sociais, mas também ideias, discursos e valores. Isso torna ainda mais importante que eles tenham clareza de como se posicionam os influenciadores que estão curtindo e seguindo.
11º parágrafo. Pergunta 11: você acha que vale a pena fazer qualquer coisa para conseguir seguidores? Você segue algum influenciador que mantém a audiência “trolando” as pessoas? O que você achou da atitude do influenciador Kanghua Ren?
Resposta pessoal. Em nome da liberdade da expressão, muitas vezes, as redes sociais digitais ficam inundadas de discursos de ódio e “brincadeiras” que podem provocar dor e sofrimento. Curtir e seguir influenciadores que fazem qualquer coisa para aumentar o número de seguidores não é ter um comportamento ético nas redes sociais digitais. Para construir um mundo com mais empatia e acolhimento, é necessário posicionar-se criticamente frente a ideias e discursos.
12º parágrafo. Pergunta 12: você considera importante discutir o que é uma postagem espontânea, o que é uma postagem patrocinada e o que é seguro nas redes sociais digitais?
Resposta pessoal. Identificar o contexto em que uma postagem foi realizada e a intenção de quem postou é o ponto de partida para “desmascarar” o borrão que existe entre informação e publicidade nas redes sociais digitais.
2o episódio: Nosso centro de análise de usos da língua
Neste episódio, será aprofundada a discussão sobre a estrutura composicional de reportagens. O objetivo é criar situações em que os estudantes possam observar, in loco, o que Mikhail Bakhtin chama de “relativa estabilidade do gênero”, com base na estrutura de duas reportagens.
Entretanto, apesar da discussão sobre influenciadores ser pautada principalmente pela questão do consumo, uma vez que muitos dos vídeos e fotos postados aparecem como “dicas” (e na verdade são publicidades não sinalizadas), é importante destacar que não se trata apenas de uma questão comercial.
Além de marcas e serviços, influenciadores podem vender ideias e discursos diversos – políticos, por exemplo. Existem centenas de canais de vídeos com conteúdo desse tipo, financiados por diferentes correntes e movimentos, dedicados a influenciar a opinião dos eleitores inclusive por meio da disseminação de mentiras.
Outros tipos de canais, com YouTubers dedicados a pregar peças em desconhecidos e a “trolar” (termo que pode ser traduzido como “zoar” ou tirar sarro) familiares, também podem influenciar crianças e jovens a terem comportamentos totalmente condenáveis, como foi o caso do influencer Kanghua Ren, mais conhecido como ReSet, que deu pasta de dente com bolacha para um morador de rua e, além de filmar a atrocidade, publicou um vídeo mostrando o absurdo.
Esse cenário confuso, em que é cada vez mais complicado distinguir o que é espontâneo, patrocinado, seguro ou apenas “brincadeira”, reforça a necessidade de se educar crianças e jovens para que eles entendam que tipo de mensagem está em jogo. É preciso que eles saibam discernir gêneros textuais e midiáticos, identificando autores, contextos e intenções de um post no Facebook, um vídeo no YouTube ou uma imagem no Instagram.
MANDELLI, Mariana; GALANTE, Isabella. O poder dos influenciadores digitais. Folha de S.Paulo, São Paulo, 21 nov. 2019. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/educacao/2019/11/o-poder-dos-influenciadores-digitais.shtml. Acesso em: 22 maio 2022.
2º EPISÓDIO: NOSSO CENTRO DE ANÁLISE DE USO DA LÍNGUA
Neste episódio, você vai aprofundar seu conhecimento sobre a estrutura composicional de reportagens e descobrir algo importante, que vai ser muito útil quando for redigir a sua reportagem.
1. Nas imagens a seguir estão representadas as estruturas das duas reportagens lidas. Observe-as. Representação gráfica da 1ª reportagem:
Tempo previsto: 1 aula.
Construção composicional: EF69LP16
Estilo: EF69LP17
Representação gráfica da 2ª reportagem: a) À primeira vista, o que essas representações sugerem de diferente entre as reportagens? b) Agora, “coloque uma lupa” para observar atentamente as duas representações e identifique em seu caderno os elementos que cada uma das reportagens apresenta. c) Essas diferenças nos levam a concluir que, no que se refere à forma composicional, as reportagens apresentam uma estrutura estável, relativamente estável ou instável? d) Qual das duas estruturas composicionais você prefere como leitor? Compartilhe com os colegas sua escolha. e) Reflita sobre um elemento da estrutura composicional que só está presente na reportagem 1: os subtítulos.
• Como os subtítulos podem tornar o texto mais fácil de ser compreendido e mais agradável para os leitores?
2. Com uma leitura rápida das reportagens, fica claro que, enquanto a reportagem 1 traz muitas reproduções de declarações entre aspas das pessoas entrevistadas, a reportagem 2 não traz nenhuma fala de entrevistado.
• Informe-se sobre as diferenças entre reportagem expositivo-interpretativa e reportagem expositivo-opinativa
Reportagem expositivo-interpretativa: analisa, estuda, aprofunda, a fim de propiciar ao leitor uma visão mais abrangente do assunto em questão. Reportagem expositivo-opinativa: avalia o assunto em questão e opina sobre ele, a fim de persuadir o leitor a “seguir” ideias, valores e atitudes.
Respostas
1. a) Sugerem que as duas reportagens apresentam estruturas diferentes.
b) As duas reportagens têm título, mas apenas a segunda tem o que se chama “linha fina”, que vem logo abaixo do título (“Crianças e jovens precisam entender que o incentivo ao consumo e a disseminação de discursos questionáveis nem sempre estão explícitos nas redes”). Distintamente da reportagem 2, a 1 tem subtítulos (“Migração” e “Hobby ou profissão”), o que organiza a reportagem em partes. Embora as duas reportagens sejam assinadas, a identificação da redatora, no caso da reportagem 1, vem logo abaixo do título, seguida da informação da cidade, São Paulo; as redatoras da reportagem 2 foram indicadas apenas ao final do texto.
c) Essas diferenças nos levam a concluir que o gênero reportagem apresenta uma estrutura relativamente estável: alguns aspectos são comuns em vários exemplares do gênero, outros estão presentes em alguns exemplares; a ausência de determinado elemento, entretanto, não pode ser usada para dizer que o texto não é uma reportagem.
d) Resposta pessoal. Esse posicionamento é importante, já que os estudantes vão produzir uma reportagem no 6º episódio.
e) • Uma reportagem que tem subtítulos tende a se tornar mais atraente, pois a divisão, se bem realizada, ajuda os leitores a identificarem, com uma rápida leitura, quais aspectos do assunto serão destacados ao longo do texto. Boa parte dos leitores “escaneia” o texto, isto é, realiza uma leitura dinâmica, para avaliar se vale a pena lê-lo do início ao fim.
2. a) A primeira reportagem tende a ser mais investigativa e a segunda, mais opinativa. Entretanto, não se pode pensar em polarização, pois é apenas uma questão de tendência. De fato, as duas apresentam características que podem ser consideradas investigativas e opinativas ao mesmo tempo.
b) As muitas declarações servem, de alguma maneira, para que o repórter manifeste sua intencionalidade e sua opinião por meio da voz de terceiros, os entrevistados, que são cuidadosamente selecionados. Por isso, aparentemente, o texto assume viés interpretativo.
É importante que os estudantes entendam as estratégias do jogo jornalístico-midiático. O repórter seleciona falas de pessoas que ele acredita que podem atribuir credibilidade à reportagem. Ao fazer essa seleção, ele critica, elogia, ironiza e opina por meio da fala de seus entrevistados. Portanto, o repórter coleta as informações e seleciona as de maior interesse na opinião do grupo editorial para o qual trabalha ou dopróprio interesse. Desse modo, pode-se dizer que a reportagem intercala fatos e falas e, por trás dessa trama, procura orientar os leitores a concluírem em determinada direção. O estudo da estratégia de usar declarações para manifestar intenções será aprofundado no 4º episódio desta missão.
3o episódio: Do texto para a língua
Orações subordinadas
Neste episódio, será aprofundada a discussão sobre subordinação, com destaque para os mecanismos de encaixamento e a distinção entre orações subordinadas substantivas, adjetivas e adverbiais. O ponto de partida para a discussão é um fragmento da primeira reportagem lida nesta missão.
Tempo previsto: 3 aulas
Variação linguística: EF69LP56.
Morfossintaxe: EF08LP12
Respostas
1.
a) No trecho original, são apresentadas mais informações. Justificativas: o trecho reescrito diz que Luís Felipe considera que “é uma grande vantagem ser YouTuber”, mas não informa quais são as vantagens; cita que Luís Felipe e Matheus vislumbram a possibilidade de se sustentar por meio dos vídeos, mas não informa como eles aprenderam a produzir esses vídeos; diz que produ- a) Considerando essas definições, conclua: qual das duas reportagens lidas tende a ter características de expositivo-investigativa e qual tende a ter mais características de expositivo-opinativa? b) Como essa tendência pode ser relacionada ao fato de a primeira reportagem apresentar muitas declarações entre aspas das pessoas entrevistadas?
3º EPISÓDIO: DO TEXTO PARA A LÍNGUA ORAÇÕES SUBORDINADAS
Neste episódio, você vai aprofundar seu entendimento dos mecanismos de subordinação. Vai ser como um jogo em que você vai ter de ficar atento aos encaixamentos de uma peça na outra!
1. Releia o fragmento da reportagem 1 e uma proposta de reescrita desse fragmento.
Trecho original
Para Luís Felipe, a grande vantagem de ser YouTuber é “poder trabalhar de casa” e “se divertir no emprego”. Ele e Matheus vislumbram a possibilidade de se sustentar por meio dos vídeos, que aprenderam a editar por meio de tutoriais na plataforma. O ganho financeiro depende da inserção de anúncios e do número de visualizações – um número reduzido de pessoas, portanto, consegue se sustentar assim.
Produtores de conteúdo desse tipo também podem migrar para outros meios, fazendo campanhas publicitárias, lançando livros e atuando no teatro. Assim, podem fazer mais dinheiro.
Trecho reescrito a) Embora falem sobre o mesmo assunto, qual é a diferença entre os dois trechos no que se refere à quantidade de informações? Justifique sua resposta. b) As orações retiradas no trecho reescrito são coordenadas ou subordinadas?
Para Luís Felipe, é uma grande vantagem ser YouTuber. Ele e Matheus vislumbram a possibilidade de se sustentar por meio dos vídeos. O ganho financeiro depende da inserção de anúncios e do número de visualizações – um número reduzido de pessoas, portanto, consegue se sustentar assim.
Produtores de conteúdo desse tipo também podem migrar para outros meios. Assim, podem fazer mais dinheiro.
• Como a diferença na quantidade de informações entre os dois trechos se manifesta gramaticalmente?
Ativa O De Conhecimentos
A subordinação é um processo de encaixamento de orações, que podem ter valor e função ora de substantivo – orações subordinadas substantivas –, ora de adjetivo – orações subordinadas adjetivas –, ora de advérbio – orações subordinadas adverbiais. Esse encaixamento permite agregar informações aos textos.
tores de conteúdo podem migrar para outros meios, mas não informa os modos pelos quais eles podem migrar.
• O trecho original tem maior número de orações.
b) São subordinadas.
Para Luís Felipe, a grande vantagem de ser YouTuber é “poder trabalhar de casa” e “se divertir no emprego”.
a) Nesse trecho, o encaixamento entre as orações pode ser representado graficamente assim: b) Esse parágrafo poderia ter sido escrito assim:
2. a) • Nessa representação, as orações “poder trabalhar de casa” e “se divertir no emprego” são subordinadas ao trecho “a grande vantagem de ser YouTuber é”; por isso, foram colocadas um nível abaixo. Ao mesmo tempo, essas duas orações são coordenadas entre si, pois ambas exercem a mesma função sintática; por isso, foram colocadas no mesmo nível.
• Explique por que o encaixamento entre as orações do parágrafo mencionado foi representado dessa forma.
Para Luís Felipe, a grande vantagem de ser YouTuber é “o trabalho de casa” e “a diversão no emprego”.
• Como as duas orações, quando desempenham o papel de subordinadas, devem ser classificadas?
3. Releia, agora, este outro trecho: a) Como o mecanismo de encaixamento entre as orações desse trecho pode ser representado graficamente? b) Como as duas orações subordinadas desse trecho devem ser classificadas? a) Como o mecanismo de encaixamento entre as orações desse trecho pode ser representado graficamente? b) Como essas três orações encaixadas por um mecanismo de subordinação na oração principal devem ser classificadas?
Ele e Matheus vislumbram a possibilidade de se sustentar por meio dos vídeos, que aprenderam a editar por meio de tutoriais na plataforma.
4. Releia mais um trecho.
Produtores de conteúdo desse tipo também podem migrar para outros meios, fazendo campanhas publicitárias, lançando livros e atuando no teatro.
Ativa O De Conhecimentos
As orações subordinadas costumam ser recorrentes em reportagens, pois, por meio delas, o redator pode alcançar maior detalhamento das informações, ampliando as possibilidades de o leitor produzir sentidos de forma significativa.
c) Há gramáticas que consideram orações como “fazendo campanhas publicitárias”, “lançando livros” e “atuando no teatro” termos acessórios.
• Sabendo que alguns dicionários definem “acessório” como aquilo que tem menor importância, que é dispensável, converse com os colegas e, juntos, formem um ponto de vista sobre esta questão: no contexto da reportagem lida, as orações citadas podem ser consideradas acessórios?
tempo, essas três orações são coordenadas entre si, pois, ao se encaixarem na oração principal, exercem a mesma função sintática; por isso foram colocadas no mesmo nível.
b) As três devem ser classificadas como orações subordinadas adverbiais.
c) • Embora seja possível argumentar em outra direção, a expectativa é de que os estudantes respondam que no contexto da reportagem essas orações não devem ser dispensadas, pois isso poderia afetar o objetivo da própria reportagem, que é oferecer a informação com maior grau de detalhamento do que outros textos jornalísticos, como a notícia.
Fez-se a opção, dada a complexidade do objeto em análise, por não trabalhar com o desmembramento da oração “de ser YouTuber”, que parece se comportar como subordinada substantiva completiva nominal, pois complementa o substantivo “vantagem”.
b) • Como têm valor e função de substantivos, elas devem ser classificadas como orações subordinadas substantivas.
3. a) b) A oração “de se sustentar por meio de vídeos” deve ser classificada como subordinada substantiva, já “que aprenderam a editar por meio de tutoriais na plataforma” deve ser classificada como subordinada adjetiva.
Nessa representação, a oração “de se sustentar por meio de vídeos” comporta-se como subordinada da oração principal “Ele e Matheus vislumbram a possibilidade”, por isso foi colocada um nível abaixo. Já o trecho “que aprenderam a editar por meio de tutoriais na plataforma” se encaixa na oração anterior, subordinando-se a ela, por isso também foi colocado um nível abaixo.
Fez-se a opção, dada a complexidade do objeto em análise, por não trabalhar com o desmembramento entre as orações “que aprenderam” e “a editar por meio de tutoriais na plataforma”; a segunda se comporta como subordinada substantiva objetiva indireta da primeira, pois complementa o sentido do verbo “aprenderam”.
4. a)
Nessa representação, as orações “fazendo campanhas publicitárias”, “lançando livros” e “atuando no teatro” comportam-se como subordinadas da oração principal, “Produtores de conteúdo desse tipo também podem migrar para outros meios”, por isso foram colocadas um nível abaixo. Ao mesmo a) A expectativa é que os estudantes tenham se divertido com a tirinha. O humor é construído pelo fato de o sapo ter feito tanta musculação para goela, tornando-a muito forte, que o seu coaxar ficou parecido com o barulho feito pelos porcos. Por isso, as porquinhas ficaram interessadas por ele. b) A primeira, “para atrair fêmeas”, é subordinada adverbial; a segunda, “que exagerei”, é subordinada substantiva. c) • Caso a oração “para atrair fêmeas” fosse retirada, o leitor deixaria de ser informado do motivo pelo qual os sapos coaxam. Sem que o leitor saiba a finalidade, ficaria difícil entender por que o sapo se esforçaria para fazer musculação para a goela e por que, no último quadrinho, o sapo que se mostra tão entusiasmado no primeiro fica assustado: seu canto teria traído duas fêmeas, só que de outra espécie.
5.
6. Embora a resposta seja pessoal, a expectativa é de que os estudantes optem pela segunda. A falta de orientação para escrever períodos longos quando necessário causa alguns problemas de escrita. Essa discussão pode ser assinalada como uma questão de variação linguística na escrita: não existe, de antemão, uma regra que possa garantir que o uso de períodos simples e mais curtos seja mais adequado que o uso de períodos compostos e mais longos – essa escolha vai depender das informações que o autor do texto quer compartilhar com os leitores e de suas intenções.
4o episódio: Um giro pelo mundo da escrita
As aspas na reportagem O foco deste episódio são os usos das aspas em textos jornalísticos, com destaque para a reportagem.
Tempo previsto: 3 aulas a) Você achou a tirinha divertida? Por quê? b) Identifique as orações da tirinha e classifique-as como substantivas, adjetivas ou adverbiais. c) A retirada da oração subordinada do primeiro quadrinho não traria problemas sintáticos para o texto, mas afetaria de forma significativa a possibilidade de o leitor achar alguma graça.
Estilo: EF69LP17, EF89LP05.
5. Chegou a hora do desafio gramatical da missão. Para participar, divirta-se lendo a tirinha a seguir.
• Explique por quê.
6. Muitos manuais de redação dão dicas de escrita. Uma dica que costuma ser feita em manuais impressos e digitais é a seguinte: a estrutura sintática do período deve ser breve e objetiva, pois períodos longos podem comprometer a construção de sentidos do texto.
• Depois de observar e analisar mecanismos de encaixamento na construção de períodos compostos por subordinação, qual das orientações a seguir você daria a alguém que vai escrever um texto?
• Ao escrever, não use períodos longos, pois eles costumam pecar pelo excesso de informações.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/901b2a4fc4b33b40dfc7839aa790a093.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
• Ao escrever, promova o encaixamento de uma oração na outra quando for necessário apresentar várias informações sobre um mesmo elemento.
4º EPISÓDIO: UM GIRO PELO MUNDO DA ESCRITA AS ASPAS NA REPORTAGEM
Neste episódio, você vai ver que, por diferentes razões, as aspas podem se tornar sinais gráficos importantes na construção de reportagens. Entender como as aspas foram usadas por redatores profissionais vai ajudá-lo a usar esse recurso ao produzir os próprios textos.
1. Releia fragmentos da primeira reportagem. Em todos eles, verifica-se o uso de aspas.
“Quero ser engenheiro, mas, se o meu canal der certo, prefiro ser YouTuber”, diz Matheus Yoshida, 13, que mora na Grande São Paulo. Ele e o amigo Luís Felipe Godinho, 12, criaram no ano passado no site um canal que tem 35 inscritos (pessoas que seguem as atualizações).
Para Luís Felipe, a grande vantagem de ser YouTuber é “poder trabalhar de casa” e “se divertir no emprego”.
“Antes, as crianças brincavam de teatro. Hoje, brincam de vídeo”, afirma a psicóloga Andrea Jotta, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia e Informática da PUC-SP.
Para ela, é importante que a prática seja vista como mais uma atividade no dia a dia da criança, e não a principal. “A criança pode jogar futebol e também fazer vídeos, como outra atividade. Quem tiver talento pode se sobressair, assim como acontece na aula de balé, por exemplo”, afirma.
O problema, segundo Jotta, é quando a família inteira investe naquilo – da mesma forma que investiam na carreira de jogador de futebol dos filhos. “Para as crianças, é só uma brincadeira.”
Valentina Mota, 13, se divide entre ser médica e YouTuber. Antes, queria fazer vídeos com tutoriais de maquiagem, gênero popular na plataforma. Atualmente, prefere o “gameplay”, que mostra a condução de um jogo pelo usuário. “Tem pouca menina que joga”, conta a garota, que quer representar as mulheres em vídeos sobre games
Ela pensa em criar um canal e daí, caso seja bem-sucedido, usar sua imagem “para fazer outras coisas que dão dinheiro, como associá-la a marcas”. Valentina diz gostar da fama e de “estar no centro”. “Se não for para muita gente assistir, não vale a pena, é muito desgaste emocional.”
Um dos primeiros YouTubers a fazer sucesso no Brasil, PC Siqueira, 29, diz que “como em qualquer outra profissão, se você priorizar ser famoso, vai acabar sendo um artista ruim”. Para ele, a busca pela fama pode frustrar a criança, que talvez desista no meio do caminho. “Mas não é negativo ficar frustrado”, ressalva.
PC tinha 23 anos e “alguns dias livres” quando criou o canal “maspoxavida”, hoje com 2 milhões de inscritos. Depois da fama, apresentou um programa na MTV.
Para Otávio Albuquerque, criador do canal “Rolê Gourmet”, com PC Siqueira (quase 1 milhão de inscritos), e do “Coisas Que Nunca Vivi” (107 mil inscritos), “não ter audiência pode ser muito frustrante”.
“Por outro lado, acho que o exercício da criação é extremamente válido por si só. Se ninguém assistir, já valeu a pena, porque é uma ótima experiência de análise distanciada de si mesmo”, afirma ele, lembrando que o “Coisas Que Nunca Vivi” não lhe rende dinheiro e que essa não é sua preocupação imediata.
Albuquerque ressalta que ser YouTuber é como ter um empreendimento, “com os riscos e as recompensas de qualquer negócio, e não um ‘emprego’, onde você bate cartão e trabalha para alguém”.
“Seu canal pode, sim, ser sua profissão, mas pode ser só um hobby também, um espaço pra você fazer e compartilhar coisas de que gosta.”
Para Paula Priore, 14, “se o vídeo puder afetar de um jeito bom duas pessoas, já está bom”. Ela vê na produção de conteúdo outras possibilidades de carreira, não só a de YouTuber a) Na reportagem 1, há reproduções de declarações entre aspas das seguintes pessoas: Matheus Yoshida, Luís Felipe, Andrea Jotta, Valentina Mota, PC Siqueira, Otávio Albuquerque e Paula Priore. b) Nem tudo o que os entrevistados falam se transforma em citação no texto e aparece entre aspas. O redator seleciona trechos que, por diferentes razões, avaliou como mais relevantes.
• Agora, coletivamente e com a ajuda do professor, analisem o uso das aspas nessa reportagem, conversando sobre as questões a seguir.
• Considerando que a reportagem fala sobre o sonho de muitos adolescentes de se tornarem influenciadores digitais, respondam: por que cada uma dessas pessoas foi selecionada para ser ouvida pelo repórter e por que se pode dizer que as declarações delas valorizam o texto?
• Quais declarações trazem opiniões e frases que vocês consideram originais, especialmente esclarecedoras, expressivas, marcantes, de efeito, espirituosas ou inspiradoras e, por isso, também selecionariam para destacar entre aspas se o texto fosse de vocês?
Respostas
1. a) • Matheus Yoshida e Luís Felipe são adolescentes que já têm o próprio canal na internet e admitem querer ser influenciadores profissionais no futuro; Andrea Jotta é psicóloga e foi chamada a opinar sobre o comportamento dos adolescentes; Valentina Mota e Paula Priore são adolescentes que também admitem o desejo de serem influenciadoras, mas que têm opiniões diferentes sobre a profissão; PC Siqueira foi um dos primeiros influenciadores digitais do Brasil; Otávio Albuquerque também é um influenciador de sucesso. As declarações dessas pessoas valorizam o texto porque mostram que houve preocupação do repórter em conversar com pessoas envolvidas com o tema abordado na reportagem, o que ajuda a construir credibilidade junto aos leitores.
b) • Resposta pessoal. Avalie a pertinência das respostas dos estudantes. Um dos entrevistados, PC Siqueira, por exemplo, declara que, quando começou a postar e decidiu criar um canal, tinha 23 anos e “alguns dias livres”; a expressão “alguns dias livres” pode ser interpretada como espirituosa, pois PC fala de maneira bem-humorada do tempo em que não tinha trabalho. O trecho entre aspas no qual Otávio Albuquerque apresenta seu ponto de vista de que ser um influenciador digital é como ter um empreendimento, “com os riscos e as recompensas de qualquer negócio, e não um ‘emprego’, onde você bate cartão e trabalha para alguém”, pode ser considerado especialmente esclarecedor. Já a consideração de Paula Priore de que “se o vídeo puder afetar de um jeito bom duas pessoas, já está bom” pode ser avaliada como inspiradora por quem quer começar no mundo das postagens.
c) Resposta pessoal. O estudante pode responder “sim” ou “não”. O importante é ele entender que o uso de aspas não é aleatório. No caso de uma reportagem, por exemplo, é preciso ter bom senso: nem declarações entre aspas em excesso, que podem causar no leitor a impressão de que as informações foram “jogadas” no texto, nem declarações entre aspas de menos, o que pode sugerir para o leitor que o repórter não conversou direito com o entrevistado ou que apenas recolheu informações de segunda mão sobre suas opiniões.
d) • Um efeito de sentido provável é que, com o isolamento em um parágrafo, o redator deu mais destaque à declaração. Ele não precisou usar verbo declarativo ou mencionou Albuquerque porque fica subentendido para o leitor, por vir na sequência, que é a mesma pessoa quem fala.
e) • A orientação foi seguida no trecho que traz as declarações de Valentina Mota.
• Resposta pessoal. Informe os estudantes de que os maiores jornais do Brasil e do mundo têm os próprios manuais de redação. Os redatores devem seguir as regras do manual do jornal no qual trabalham. Assim, pode ser que, em um manual de redação de outro jornal, a orientação dada aos redatores seja diferente.
2. a) Na 2ª reportagem, em nenhuma ocorrência as aspas foram usadas para citar uma declaração.
• Pode sinalizar que, enquanto na apuração do assunto da 1ª reportagem o repórter ouviu diretamente muitas pessoas que se relacionavam com a temática, na 2ª, o repórter recolheu informações de segunda mão.
c) Vocês deixariam alguma das declarações de fora da reportagem por considerar que o redator abusou do uso de aspas, deixando a impressão de que as informações foram inseridas sem critério no texto? Justifiquem.
d) Releiam a sequência que destaca as declarações de Otávio Albuquerque.
• Qual é o efeito de sentido de a última declaração ter sido isolada em um parágrafo? Por que o redator não precisou utilizar um verbo declarativo como fez nas anteriores e não mencionou Albuquerque para o leitor?
e) No Manual de Redação do jornal Estado de S.Paulo, há a seguinte recomendação quanto ao uso de aspas. Leiam:
[...] Não coloque nunca ponto para dar continuidade a uma declaração entre aspas. Por exemplo: “Foi horrível. Fiquei quatro horas presa no trânsito”, disse a advogada Denise Barros. O certo é quebrar a frase ao meio: “Foi horrível”, disse a advogada Denise Barros. “Fiquei quatro horas presa no trânsito.”
ESCLAREÇA as suas dúvidas: declarações textuais. In: ESTADÃO. Manual de redação 3. ed. São Paulo: Estadão, 1990. Disponível em: www.estadao.com.br/manualredacao/esclareca/declaracoestextuais. Acesso em: 22 maio 2022.
• Retomem os trechos que trazem as declarações de Andrea Jotta e de Valentina Mota e indiquem em qual trecho essa orientação foi seguida.
• Como leitores, vocês tendem a preferir qual redação? Expliquem sua escolha aos colegas.
2. Releia fragmentos da segunda reportagem em que se verifica o uso de aspas.
[...] Vendido como o “maior evento de todos os tempos”, o Fyre Festival foi pensado para ter um público exclusivo e os pacotes à venda incluíam mordomias e promessas de uma infraestrutura luxuosa.
[...] É comum nos depararmos com “posts patrocinados” ou “parcerias pagas” na timeline do Instagram e do Facebook, por exemplo, assim como é recorrente que os vídeos no YouTube sejam interrompidos por comerciais.
Entretanto, apesar da discussão sobre influenciadores ser pautada principalmente pela questão do consumo, uma vez que muitos dos vídeos e fotos postados aparecem como “dicas” (e na verdade são publicidades não sinalizadas), é importante destacar que não se trata apenas de uma questão comercial.
Outros tipos de canais, com YouTubers dedicados a pregar peças em desconhecidos e a “trolar” (termo que pode ser traduzido como “zoar” ou tirar sarro) familiares, também podem influenciar crianças e jovens a terem comportamentos totalmente condenáveis, [...]
Esse cenário confuso, em que é cada vez mais complicado distinguir o que é espontâneo, patrocinado, seguro ou apenas “brincadeira”, reforça a necessidade de se educar crianças e jovens para que eles entendam que tipo de mensagem está em jogo. [...] a) Qual é a principal diferença no uso de aspas entre a 1ª e a 2ª reportagem? b) Se você fosse o repórter responsável pelo segundo texto, que pessoas tentaria entrevistar? c) Por que no último trecho em destaque o redator colocou aspas em “brincadeira”?
• O que essa diferença no uso de aspas pode sinalizar para o leitor sobre o modo como cada uma das reportagens foi feita, embora elas tenham sido divulgadas no mesmo veículo de imprensa?
3. Em outra parte de seu manual de redação, o jornal recomenda o seguinte: a) Imagine que você fosse fazer uma reportagem sobre adolescentes que decidiram não usar mais redes sociais digitais. Para fazer a reportagem, você perguntou a Vítor por que ele decidiu parar de usar as redes sociais.
[...] Embora as declarações entre aspas devam transcrever com fidelidade as palavras do entrevistado, adapte o texto às normas gramaticais, acerte as concordâncias, elimine as repetições muito frequentes e contorne os vícios de linguagem. A menos, claro, que haja alguma razão para manter literalmente o texto.
[...] A adaptação do texto às normas linguísticas não deve, porém, permitir que ele assuma caráter artificial. Uma jovem cantora, por exemplo, dificilmente diria frases como estas que lhe foram atribuídas: “Tudo entre nós sempre foi resolvido no seio da família” ou “Meu pai não pôde aceitar ver-me posar nua para uma revista”. A expressão seio da família e a forma não pôde aceitar ver-me posar soam falsas no contexto.
[...] Pode haver casos em que convenha ressaltar os erros ou as formas estranhas das declarações textuais. Nesse caso, nunca deixe de acrescentar um sic!, entre parênteses, logo depois do erro ou da afirmação.
ESCLAREÇA as suas dúvidas: declarações textuais. In ESTADÃO. Manual de redação 3. ed. São Paulo: Estadão, 1990. Disponível em: www.estadao.com.br/manualredacao/esclareca/ declaracoestextuais. Acesso em: 22 maio 2022.
Este é o Vítor e esta é a resposta dele. Leia-a: sic: advérbio latino que em português significa “exatamente assim”. O uso dele indica para o leitor que, mesmo sabendo que o texto tem problemas quanto ao uso da língua, optou-se escrever da forma como foi dito. c) Porque, com as aspas, fica sinalizado para os leitores que o redator não considera muitas “trolagens” e “zoações” como brincadeiras, como pensam muitos influenciadores e seus seguidores. Caso o redator não usasse as aspas, seria como se ele concordasse que essas “trolagens” e “zoações” não passam mesmo de brincadeiras. b) Com o auxílio do professor como escriba, preparem coletivamente a declaração do Vítor para citá-la entre aspas em sua reportagem.
2. b) Resposta pessoal. Seria importante entrevistar, por exemplo, a pessoa responsável pela produção do evento, pessoas que compraram ingresso e se sentiram lesadas, além de influenciadores que divulgaram o evento em suas redes sociais digitais.
3. b) Peça aos estudantes que ditem as propostas deles e registre-as na lousa. À medida que for registrando, convide-os a revisar e fazer eventuais mudanças.
Vítor passava o equivalente a dois meses do ano usando redes sociais no celular.
O cálculo que eu fiz que fez eu parar de usar rede social... cê pega quatro que é o número de horas que eu gastava por dia no celular... pelo reporte lá cê vê... faz vezes 365, que vai dar o número de horas por ano, vai dar 1460... aí cê pega, mano, e divide por 24, pra ver quantos dias, né, e dá sessenta dias, ou seja, dois meses do ano eu tava mexendo no celular, mano... então, 80% desses dois meses eu vi que era nas redes sociais... então, eu decidi delatar tudo do celular... então, mano, depois que eu deletei, eu consegui reduzir o tempo que eu gasto no celular por dia pra uma hora... então dá 365 horas no ano... você divide isso por 24, vai dar quinze dias, mano... então é como se chegasse o final do ano e você só gastou 15 dias no celular e ainda fazendo coisas talvez úteis, né? Então é isso, mano, essa aí é a resposta.
POR que eu não tenho redes sociais? [S. l.], 4 out. 2021. 1 vídeo. Publicado pelo canal vitor. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=dhePljAtGEY. Acesso em: 3 jun. 2022.
Para deixar a declaração pronta para a reportagem, oriente-se pelas instruções do manual de redação citado e pelo que você aprendeu neste episódio.
Possibilidade de resposta: Perguntado por que havia decidido parar de usar redes sociais digitais, o adolescente Vítor garantiu que foi na base do cálculo: “Eu peguei quatro, que é o número de horas que eu gastava por dia no celular, e multipliquei por 365, que vai dar o número de horas por ano, 1460”. Mas ele para por aí: “Dividi por 24, pra ver quantos dias, e dá sessenta dias, ou seja, dois meses do ano eu estava mexendo no celular; 80% desses dois meses eu vi que eram nas redes sociais”. Ele alerta que foi aí que decidiu deletar as redes sociais de seu celular e comemora: “Depois que eu deletei, consegui reduzir o tempo que eu gasto no celular por dia pra uma hora, o que dá 365 horas no ano; você divide isso por 24, vai dar quinze dias”. Segundo o adolescente, ele chega ao final do ano tendo gastado 15 dias no celular e “ainda fazendo coisas talvez úteis”.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/1c19a6e988a2a4d1f3ee4c7a46ad9ddb.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
5o episódio: Como “nossos adultos” se comportam nas redes sociais?
Só entrevistando para descobrir!
O foco deste episódio são as estratégias de produção de entrevistas que serão utilizadas, no próximo episódio, para a redação de uma reportagem.
Tempo previsto: 3 aulas
Estratégias de produção: planejamento, realização e edição de entrevistas orais: EF89LP13
Respostas
1. Atue como mediador na formação dos grupos. O maior esforço deve ser o de evitar que algum estudante se sinta à margem do processo.
— Funções: Caso as equipes tenham mais que cinco estudantes, a função pode ser dividida com outros estudantes.
5º EPISÓDIO: COMO “NOSSOS ADULTOS” SE COMPORTAM NAS REDES SOCIAIS?
SÓ ENTREVISTANDO PARA DESCOBRIR!
Neste episódio, os papéis vão se inverter: quem está acostumado a perguntar agora vai responder; quem está acostumado a responder agora vai perguntar. Você e seu grupo vão realizar entrevistas com familiares adultos para ver como eles se comportam nas redes sociais digitais. Essas entrevistas serão utilizadas na redação de uma reportagem no próximo episódio. Pronto para vivenciar o papel de repórter?
1. Formem equipes de trabalho para entrevistar familiares adultos sobre como eles se comportam nas redes sociais digitais.
• Para formar as equipes e gerenciar o trabalho, orientem-se, com a mediação do professor, pelas sugestões a seguir:
— Definam os tamanhos das equipes considerando o número de colegas da turma, para evitar a formação de grupos grandes ou pequenos demais; nenhum colega pode ficar de fora.
— Considerem a possibilidade de formar equipes com pessoas que tenham diferentes habilidades.
— Definam onde (em sala de aula, em outro espaço da escola, na casa de um colega) e quando (durante a aula ou no contraturno) acontecerão os encontros da equipe.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/535f08fa94dcb3ec4c03325f8f4291b6.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
— Estabeleçam as funções de cada componente da equipe. Todos devem se solidarizar com um colega que esteja com dificuldades para realizar o que ficou sob sua responsabilidade.
— Funções:
• Mediador: será responsável por mediar a conversa dentro da equipe, estimulando todos a participarem e certificando-se de que todos estão compreendendo as atividades que vão ser realizadas.
• Relator: será responsável por registrar todos os combinados e vai ser o orador da equipe, quando necessário.
• Monitor de recursos: será responsável por garantir que nada faltará para que a equipe realize com sucesso a atividade.
• ”Cuco”: será responsável por controlar o tempo, monitorando se todos estão cumprindo seus compromissos no prazo combinado.
• Harmonizador: será responsável por trabalhar para que todos se sintam confortáveis, satisfeitos e engajados na realização do trabalho.
— Criem um grupo virtual para a equipe interagir à distância em momentos de tomada de decisão.
— Não desmereçam, em hipótese alguma, o trabalho de um colega; todos precisam se sentir valorizados e acolhidos.
2. Com as equipes organizadas, leiam e discutam o tutorial a seguir, para aprimorar o desempenho da equipe na elaboração das perguntas que serão feitas aos entrevistados. O tutorial foi elaborado por Thiago Moraes para uma página da internet conhecida como “Casa dos Focas”.
[...]
Como fazer perguntas em uma entrevista jornalística?
Entrevistar alguém não é simplesmente sair perguntando o que vier na cabeça. As perguntas são uma das principais ferramentas de trabalho de um repórter e devem ser bem formuladas para extrair uma boa resposta do entrevistado. [...]
Tipos de perguntas
Existem perguntas que dão a possibilidade ao entrevistado elaborar, pensar e dar uma resposta melhor, embasada na opinião dele ou na descrição de um fato. É o caso das perguntas abertas. Exemplo: “Qual sua opinião sobre a maioridade penal ser reduzida para 16 anos?”
Além de pedir uma análise ou opinião de um caso ao entrevistado, outra forma de fazer perguntas abertas é usar no início das questões “Quais”, “De que forma”, “Como”, “Por que” etc.
O contrário disso são as perguntas fechadas, que podem fazer o entrevistado limitar a resposta em “sim”, “não” ou pouquíssimas palavras. Exemplo: “As investigações apontam que o copiloto tinha problemas psicológicos?”
Perguntas longas podem fazer o entrevistado se perder na tentativa de entender o que você quer com essa questão. Se preciso for, contextualize, mas sem alongar-se demais. [...]
Perguntas abrangentes podem dar margem ao entrevistado escolher o foco da resposta e falar sobre o que mais o agrada. Exemplo: “Qual sua opinião sobre a vida?” – aqui, o entrevistado pode preferir falar da vida profissional, vida social, vida familiar ou filosofar sobre a existência do ser humano na Terra. Nesse caso só resta aceitar a declaração que vier. É preciso ser objetivo na pergunta. Quanto mais específico for, mais direto ao ponto será a resposta.
Perguntas complexas devem ser evitadas, já que o trabalho do repórter é esclarecer os assuntos e não os complicar ainda mais. Usar termos técnicos, jargões que só
Foca: em jornalismo, esse termo é usado para chamar todo jornalista recém-formado, em início de carreira e ainda inexperiente.
2. Enquanto os estudantes leem, circule pela sala, entre as equipes, monitorando a discussão e a compreensão do tutorial. Você e os estudantes podem se perguntar: por que “foca”? A origem desse termo ainda é muito discutida. Abaixo segue uma explicação retirada do site Casa dos Focas: dizem respeito àquela profissão (como advogados, médicos ou cientistas) pode confundir quem não entende do que se fala. [...]
“Há quem defenda que o termo deriva da palavra latina ‘fócula’, que significa pessoas ‘ignorantes próximas do poder e subservientes ao extremo’. Outra história que corre entre alguns jornalistas afirma que o termo vem dos tempos das máquinas fotográficas que utilizavam flash a magnésio. Ao preparar suas máquinas, os fotógrafos dos jornais focavam e deixavam o obturador aberto. No momento em que os personagens que seriam fotografados estavam prontos, era riscado um fósforo em uma placa de magnésio e ela ‘explodia’ em um clarão. A luz que saía dessa explosão passava pelo obturador aberto e deixava a chapa impressa. Alguns fotógrafos novos, entretanto, demoravam muito para preparar a máquina, o que irritava os que seriam fotografados. ‘Calma aí pessoal, eu tô focando!’, dizia o fotógrafo inexperiente. ‘Foca logo!’, respondiam. O apelido acabou pegando e, mais tarde, sempre que aparecia algum novato, os mais experientes diziam: ‘Olha o foca chegando!”.
COUTINHO, Emílio. O que é um foca? Casa dos focas, [S. l.], 9 out. 2012. Disponível em: www.casadosfocas.com.br/o-que-eum-foca. Acesso em: 6 jun. 2022.
3. Antes da aplicação da entrevista, conheça os roteiros de perguntas de todas as equipes, certificando-se de que não foi formulada nenhuma pergunta inconveniente. Caso detecte algum problema, converse com os componentes da equipe, destacando o que pode causar mal-estar aos entrevistados e orientando a refação da pergunta.
Normalmente, as perguntas devem ser precisas, objetivas, curtas e claras.
Roteiro de perguntas
Antes de começar uma entrevista, é indicado planejar antes as perguntas. Faça um roteiro com as questões que serão feitas no momento em que estiver frente a frente com o entrevistado. [...]
Evite desperdiçar perguntas com indagações básicas. Ao invés de perguntar quantos títulos ou medalhas um atleta tem, busque essa resposta na sua pesquisa e faça uma indagação melhor. Isso evita que o entrevistado pense que você veio para a entrevista despreparado ou mal sabe quem é ele. O indicado é fazer perguntas que estimulem a opinião, análise ou descrição do entrevistado.
Outra dica é começar o roteiro por perguntas referentes ao foco do tema. Se for entrevistar um político sobre a inauguração de um viaduto, por exemplo, prefira fazer primeiro perguntas da obra em si, depois passe para outras perguntas pertinentes a outros assuntos de interesse público e por último a questões mais “pesadas” ou delicadas. [...]
O roteiro de perguntas formulado antes não precisa ser obrigatoriamente seguido. [...] Isso acontece muito com base nas respostas do entrevistado. Se ele disse algo que estimule uma pergunta esclarecedora ou reveladora, a próxima questão do roteiro pode esperar ou até mesmo “cair”.
MORAES, Thiago de. Como fazer perguntas em uma entrevista jornalística. Casa dos Focas, [S. l.], 8 abr. 2015. Disponível em: www. casadosfocas.com.br/como-fazer-perguntas-em-uma-entrevista-jornalistica/. Acesso em: 23 maio. 2022.
3. Agora, elaborem o roteiro de perguntas que a equipe vai usar para entrevistar os adultos da família sobre o modo como eles se comportam nas redes sociais digitais.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/54fbe91dbc7c0987446e59715ecaf9f3.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
• Informem-se sobre tópicos que podem servir de base para a elaboração do roteiro da entrevista.
— O cuidado com informações pessoais.
— A curtida de páginas com mensagens de ódio.
— A publicação de fotos que podem gerar constrangimento.
— A emissão de opinião em questões polêmicas.
— As discussões com o uso de palavrões.
— O bloqueio a “amigos” inconvenientes.
— O compartilhamento de postagens que sabidamente são fake news.
— As pessoas que me seguem e as pessoas que sigo.
— A utilização do meu perfil.
— A reação a opiniões divergentes.
— A publicação de fotos de alguém sem a autorização prévia.
— O compartilhamento de postagens de “trolagem” e gozação.
4. Apliquem a entrevista com familiares adultos usuários de redes sociais digitais. Utilizem um celular para gravar a entrevista, com a prévia autorização do entrevistado.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/413c116b3a7aca2f90c6e640ee7e3630.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
4. Destaque para os estudantes a importância de se pedir a autorização prévia do entrevistado. Ainda que a pessoa seja da família, ninguém pode ser gravado sem ser informado disso.
5. Oriente os estudantes a não descartarem o material que não foi previamente selecionado, pois eles podem mudar de ideia quando forem redigir a reportagem. Destaque para as equipes que a seleção das declarações que comporão deve ser uma decisão da maioria e com base nos critérios estudados no episódio anterior e relembrados no boxe Chave mestra.
5. Reúnam-se para escutar as gravações das entrevistas e pré-selecionar as falas que comporão a reportagem sobre o tema “Como nossos adultos se comportam nas redes sociais”.
Chave Mestra
Na seleção, considerem os critérios estudados no 4º episódio: declarações que trazem opiniões e frases consideradas originais, esclarecedoras, expressivas, marcantes, de efeito, espirituosas ou inspiradoras.
6o episódio: Eu, redator de reportagem
O foco deste episódio é a escrita de uma reportagem expositivo-interpretativa. Com isso, os estudantes terão a oportunidade de resgatar os conhecimentos que construíram sobre esse gênero e retomar as entrevistas que fizeram com os familiares adultos que usam redes sociais digitais. O objetivo é propiciar aos leitores da reportagem uma visão mais abrangente sobre o comportamento dos adultos nessas redes.
Tempo previsto: 5 aulas
Estratégia de produção: planejamento de textos informativos: EF89LP08
Estratégia de produção: textualização de textos informativos: EF89LP09
Relação do texto com o contexto de produção e experimentação de papéis sociais: EF69LP06
Textualização: EF69LP07
Revisão/edição de texto informativo:
EF69LP08
Construção composicional: EF69LP16
Curadoria de informação: EF89LP24
Modalização: EF89LP16.
Fono-ortografia: EF08LP04
Morfossintaxe: EF08LP06, EF08LP10, EF08LP11
Semântica: EF08LP14
Coesão: EF08LP15.
Respostas
1. É importante fazer a leitura do Projeto de comunicação com os estudantes, certificando-se de que eles entenderam a proposta.
2. A pesquisa pode ser feita em casa ou em sala de aula. Caso aconteça em sala de aula, aproveite para acompanhar o processo e informe os estudantes de que as respostas às perguntas serão utilizadas na redação da reportagem. Incentive-os a formularem novas perguntas, caso eles estejam curiosos sobre aspectos que não foram suscitados pelas perguntas do livro didático.
6º EPISÓDIO: EU, REDATOR DE REPORTAGEM
Neste episódio, você e sua equipe vão retomar as entrevistas realizadas no episódio anterior e ativar os conhecimentos que construíram sobre reportagens ao longo da missão para produzir uma reportagem. Disposição, cooperação e engajamento serão combustíveis indispensáveis!
1. Informe-se sobre o que você vai fazer.
Projeto de comunicação
Gênero Reportagem expositivo-interpretativa.
Situação A mídia tem divulgado muita informação sobre o comportamento de crianças e adolescentes nas redes sociais digitais. Agora, os adolescentes vão investigar o comportamento dos adultos nessas redes.
Tema O comportamento dos adultos nas redes sociais digitais.
Objetivo Propiciar ao leitor uma visão mais abrangente sobre o comportamento dos adultos nas redes sociais digitais.
Quem é você Um repórter.
Para quem As pessoas que visitam as redes sociais digitais da escola.
Tipo de produção Em equipe.
2. Para começar, pesquise com os colegas o assunto “Redes Sociais Digitais” (RSD).
a) Elaborem as perguntas às quais a equipe deverá responder. Vejam algumas sugestões de perguntas, mas vocês podem e devem elaborar outras.
• O que são as RSD e quando elas surgiram?
• Qual é o impacto das RSD na comunicação humana?
• Qual é o impacto das RSD na forma como consumimos informações e produtos?
• Quando as RSD podem ser consideradas um problema?
• As RSD proporcionam privacidade e segurança aos usuários?
• Quais são as RSD mais usadas no Brasil?
b) Pesquisem em fontes abertas confiáveis, isto é, fontes disponíveis ao público em geral e que, por isso, não exigem credenciamento para serem acessadas.
CHAVE MESTRA a) Transcrevam as respostas pré-selecionadas ao pé da letra. b) Depois da transcrição, se necessário, adaptem o texto às regras da norma-padrão e eliminem as repetições muito frequentes.
Dicas que podem ajudar a equipe a avaliar se uma fonte é confiável: consultem mais de uma fonte, comparando os resultados encontrados; chequem as credenciais do autor da informação; procurem detectar se o texto pesquisado não é publicidade passando-se por informação; verifiquem se o conteúdo é atual, se o texto está bem escrito e se cita suas fontes de informação; peçam a ajuda do professor ou do bibliotecário da escola, se necessário.
3. Retomem as entrevistas que vocês realizaram no episódio anterior.
CHAVE MESTRA
Caso decidam manter algum trecho que não esteja de acordo com as regras da norma-padrão, lembrem-se de inserir um “SIC” entre parênteses logo depois da citação.
4. Além das entrevistas realizadas com os familiares adultos que usam as RSD, escolham um especialista para ser entrevistado pela equipe. Como o assunto é o comportamento das pessoas nas RSD, um profissional de psicologia pode ser uma boa referência.
5. Decidam a estrutura da reportagem.
• Considerando que o título é obrigatório, é preciso definir: a reportagem da equipe terá ou não a linha fina?
• A identificação dos autores virá abaixo do título e da linha fina (se houver) ou ao final do texto?
• Haverá subtítulos ou o texto vai ser apresentado ao leitor em um único bloco?
• Serão inseridas fotografias? Se sim, quantas? Elas vão mostrar o especialista apresentado e/ou os autores das declarações que foram selecionadas para a reportagem?
6. Agora, a equipe vai materializar tudo que planejou e elaborou ao longo das etapas de produção da reportagem. Para isso, sigam estas etapas: a) Criem um esboço para definir a ordem das informações. Ao redigir:
• evitem o uso de expressões muito categóricas, como “com certeza”, “certamente”, “sem dúvida alguma”; o menos arriscado e comprometedor é usar expressões como “deve”, “é provável”, “possivelmente”; b) Retomem as respostas que vocês produziram ao realizar a pesquisa da atividade 2 deste episódio e façam uma primeira versão da reportagem. c) Encontrem os melhores momentos para inserir as falas dos entrevistados entre aspas. d) Insiram legendas em todas as fotografias selecionadas. e) Escrevam subtítulos atraentes – os leves e divertidos, mas sem exageros, costumam ser os preferidos dos leitores.
• usem orações subordinadas como estratégia para promover o “encaixamento” de informações.
• Deem importância especial ao primeiro parágrafo: o que pode ser feito para despertar o interesse dos leitores? Promover curiosidade fazendo uma pergunta pode ser uma boa estratégia, como: você já parou para pensar em como sua geração se comporta nas redes sociais digitais?
3. É preferível que esta etapa seja realizada em sala de aula, para que você possa acompanhar a adaptação das respostas pré-selecionadas e as regras da norma-padrão.
4. Relembre os estudantes de que a voz de um especialista costuma conferir credibilidade aos textos jornalísticos. Foi sugerido um profissional de psicologia, mas você e a turma podem pensar em profissionais de outras áreas.
5. Destaque para as equipes que as decisões precisam tomadas coletivamente e com respeito a todos os componentes. Ninguém pode ser desqualificado.
6. Embora tome um tempo significativo, seria importante que esta etapa do processo fosse ao menos iniciada em sala de aula, pois sua mediação pode ser importante para o bom andamento dos trabalhos nas equipes. Enquanto os estudantes escrevem e tomam decisões, circule pela sala e oriente-os quando necessário. Se a escola tiver laboratório de informática, esta atividade pode ser realizada nele.
7. Depois que as equipes tiverem concluído a revisão, pode-se pedir a elas que apresentem para a turma as reportagens. Isso pode ser feito por meio de projetor e vai permitir uma última revisão do texto antes de sua divulgação. Todos os tópicos da revisão foram abordados nesta ou em outras missões. Se necessário, retome com a turma algum item que não esteja suficientemente claro.
• Selecionem verbos adequados para introduzir as declarações dos entrevistados. São muitas possibilidades: “afirma“, “ assegura “ , “reclama“, “lamenta“, “discorda“, “ comemora “ , “conclui“ etc.
Chave Mestra
Para elaborar os subtítulos, leiam cada trecho com atenção e se perguntem: qual é a informação mais importante, a ideia central dessa parte?
f) Definam qual informação será destacada na linha fina – esta pode ser uma ótima oportunidade de “fisgar” o leitor e fazê-lo ler a reportagem até o final.
g) Por fim, criem um título com potencial para conseguir o engajamento dos leitores. Por exemplo, qual destes títulos vocês escolheriam para uma reportagem que apresentasse dicas de como cuidar de seu cachorro: “Cuide melhor do seu cachorro” ou “Mude a vida de seu cãozinho com essas dicas”?
• Reflita: qual dos dois transmite uma ideia de urgência e, por isso, tem mais chance de despertar o interesse de leitores que têm cães?
7. Com a primeira versão pronta, é hora de fazer uma cuidadosa revisão e, se necessário, reescrever partes que, na avaliação da equipe, ainda não ficaram tão boas. Para isso, orientem-se pelas perguntas a seguir.
• O título, a linha fina e o primeiro parágrafo são atraentes e trazem informações verdadeiras?
• Todas as fotografias têm legendas?
• Os períodos compostos por subordinação estão bem estruturados, com as informações “encaixadas” umas nas outras de forma clara?
• A reportagem está livre de afirmações categóricas que possam comprometer os autores?
• As declarações dos entrevistados foram corretamente colocadas entre aspas e, quando necessário, passaram por revisão para se adequarem às regras da norma-padrão?
• Os verbos selecionados para introduzir as declarações mostram para o leitor como vocês interpretaram a atitude dos entrevistados?
• A reportagem está livre de repetições desnecessárias e, para evitá-las, a equipe usou adequadamente expressões sinônimas e pronomes?
• Conjunções como “mas”, “no entanto”, “porém”, “porque”, “pois” foram utilizadas de modo a não deixar partes do texto sem sentido?
• As concordâncias nominal e verbal estão de acordo com a norma-padrão?
• A reportagem está livre de vírgulas separando o sujeito do predicado?
• As palavras estão escritas de acordo com as regras ortográficas?
8. Publiquem a reportagem produzida por sua equipe nas redes sociais digitais da escola e acompanhem como os leitores reagiram à postagem: muita gente curtiu e comentou?
9. Sentem-se em roda e compartilhem com os colegas das demais equipes as dificuldades e as soluções encontradas por sua equipe durante o processo de produção da reportagem.
7º EPISÓDIO: MESMO TEMA, OUTRO CAMPO DE ATUAÇÃO SOCIAL O POEMA
Você já experimentou poesia com rapadura? Neste episódio, você vai degustar essa iguaria bem nordestina. O chef é o poeta Bráulio Bessa. Prepare seu paladar para as coisas que ele vai falar...
1. Leia, de forma silenciosa, um cordel do poeta popular – é assim que ele se define – Bráulio Bressa
Atalho
Bráulio Bessa nasceu em Alto Santo, no sertão do Ceará, em 1986. Faz muito sucesso declamando cordéis na televisão e nas redes sociais digitais. Em 2014, passou a declamar seus poemas em um programa de TV, em um quadro que, não por acaso, se chamava “Poesia com rapadura”, nome dado posteriormente a seu primeiro livro, publicado em 2017.
Redes sociais Lá nas redes sociais o mundo é bem diferente, dá pra ter milhões de amigos e mesmo assim ser carente. Tem like, a tal curtida, tem todo tipo de vida pra todo tipo de gente.
Tem gente que é tão feliz que a vontade é de excluir. Tem gente que você segue mas nunca vai lhe seguir. Tem gente que nem disfarça, diz que a vida só tem graça com mais gente pra assistir.
Por falar nisso, tem gente que esquece de comer, jogando, batendo papo, nem sente a fome bater. Celular virou fogão, pois no toque de um botão o rango vem pra você.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/4f9a881cdcd2a58e09f1502495837bc9.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
8. A publicação não é uma etapa do processo de escrita que pode ser suprimida. Ela é fundamental para que a produção textual não se configure como mera tarefa escolar, o que costuma desestimular os estudantes.
9. É importante que, ao final de todo trabalho em grupo, os estudantes tenham a oportunidade de conversar sobre desafios e soluções. O fundamental é que essa conversa se desenvolva em um contexto de empatia e acolhimento.
7o episódio: Mesmo tema, outro campo de atuação social
O poema
O objetivo deste episódio é promover a apreciação de um poema que fala sobre redes sociais, a fim de mostrar que esse tema, dada sua importância, está presente em vários campos de atuação social.
Tempo previsto: 2 aulas
Relação entre textos: EF89LP32. Estratégias de leitura / Apreciação e réplica: EF89LP33
Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos: EF69LP48.
Oralização: EF69LP53
Respostas
1. A leitura silenciosa é necessária nesse primeiro momento para que os estudantes conheçam o poema e se preparem para a leitura compartilhada, que acontecerá na questão 2.
Mudou até a rotina de quem tá se alimentando. Se a comida for chique, vai logo fotografando. Porém, repare, meu povo: quando é feijão com ovo não vejo ninguém postando.
Esse mundo virtual tem feito o povo gastar, exibir roupas de marca, ir pra festa, viajar, e claro, o mais importante, que é ter, de instante em instante, um retrato pra postar.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/a44313071d842ff8cdde64e7b17c1585.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Tem gente que vai pro show do artista preferido, no final volta pra casa sem nada ter assistido, pois foi lá só pra filmar. Mas pra ver no celular nem precisava ter ido.
Lá nas redes sociais todo mundo é honesto, é contra a corrupção, participa de protesto, porém, sem fazer login, não é tão bonito assim. O real é indigesto…
Fura a fila, não respeita quando o sinal tá fechado, tenta corromper um guarda quando está sendo multado. Depois, quando chega em casa, digitando manda brasa criticando um deputado.
Lá nas redes sociais a tendência é ser juiz e condenar muitas vezes sem saber nem o que diz. Mas não é nenhum segredo que quando se aponta um dedo voltam três pro seu nariz.
Conversar por uma tela é tão frio, tão incerto. Prefiro pessoalmente, pra mim sempre foi o certo. Soa meio destoante, pois junta quem tá distante mas afasta quem tá perto. Tem grupos de todo tipo, todo tipo de conversa com assuntos importantes e outros, nem interessa. Mas tem uma garantia: receber durante o dia um cordel do Bráulio Bessa.
E se você receber esse singelo cordel que eu escrevi à mão num pedaço de papel, que tem um tom de humor mas no fundo é um clamor lhe pedindo pra viver. Viva a vida e o real, pois a curtida final ninguém consegue prever.
BESSA, Braúlio. Redes Sociais. In Tudo é poema. [S. l.], 14 maio 2019. Disponível em: www.tudoepoema.com.br/braulio-bessaredes-sociais. Acesso em: 3 jun. 2022.
2. Agora, a turma vai fazer uma leitura coletiva e em voz alta do poema. Cada estrofe será lida por um colega. Leia da forma que você considera mais atraente para quem estiver escutando. Quem não quiser ler deve apreciar, com atenção, a leitura dos colegas.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/dfdc97f34409273df632123ffb6e1a3b.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
2. Embora o objetivo do episódio não seja explorar detalhes do poema, enumeramos algumas perguntas que você pode fazer oralmente para a turma:
1. Como você explica os versos “dá pra ter milhões de amigos / e mesmo assim ser carente”? A expectativa é que os estudantes percebam que ter milhões de amigos no ambiente virtual não significa necessariamente que a pessoa tenha companhia no mundo real. Por isso ela pode ser carente.
2. Nos dois últimos versos da 2ª estrofe, “diz que a vida só tem graça / com mais gente pra assistir”, o eu lírico descreve uma pessoa que se identifica pelo comportamento nas redes sociais com qual entrevistada da reportagem 1 do 1º episódio desta missão? Com a entrevistada Valentina Mota para quem “se não for para muito assistir, não vale a pena, é muito desgaste emocional.” b) O poema, em vários versos, dá sinais de que o eu lírico desconfia do mundo perfeito das redes sociais digitais, isto é, que não dá para acreditar em tudo que é postado. O título da missão também questiona a veracidade do que está nas redes.
3. Por que, na 3ª estrofe, o eu lírico fala “celular virou fogão”? Porque, com o celular, as pessoas podem pedir comida em aplicativos.
4. Por que o eu lírico diz que a interação pelas redes sociais “[...] junta quem tá distante / mas afasta quem tá perto.”? Porque, geralmente, quando as pessoas estão conectadas no celular, não se dão conta de quem está do lado.
5. A qual curtida final o eu lírico se refere no penúltimo verso do poema? A curtida final se refere à morte, que é incerta.
3. a) Resposta pessoal. Avalie a pertinência da resposta dos estudantes.
4. • Resposta pessoal. Possibilidades de resposta:
As fotos 1 e 2 podem ser relacionadas à quarta estrofe do poema, pois o eu lírico reclama que as redes sociais mudaram até a rotina das pessoas ao se alimentarem – todo mundo quer postar o que está comendo, desde que seja chique; ao postar suas refeições, parece que o poeta e o eu lírico vão se contradizer, entretanto ele posta fotos de comida simples, que os chiques não postam. As fotos 3 e 4 podem ser relacionadas à penúltima estrofe do poema, pois o eu lírico afirma que, nas redes, tem conversa que não interessa, mas também é assunto importante. Bráulio posta o que considera assunto importante, a vacinação contra a covid-19. A imagem o mostra se vacinando e fazendo um apelo para que aqueles que queiram também postem fotos se vacinando, a fim de combater a onda de negacionismo que invadiu a sociedade durante a pandemia.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/ef558660e1e4223372a4d309820a53b0.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/f14f0db6d767d52ae2b2b70e006a2b0f.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/b2b68a2b9e7b5e2aedab33ce5f9eabaf.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
5. Ao final, quem quiser pode compartilhar com a turma a quadrinha que criou.
3. Em tom de sarcasmo, mas bem-humorado, o poeta tece críticas aos usos das redes sociais digitais. Com base nisso, responda: a) De modo geral, você tende a concordar ou a discordar do poeta? b) Como o poema “Redes sociais” dialoga com o título desta missão, “Caiu na rede é peixe?”?
4. Embora faça críticas, Bráulio Bessa é bastante ativo nas redes sociais. Observe algumas postagens que ele fez em uma delas.
Fotos 1 e 2
BESSA, Braúlio. Tão servidos? Alto Santo, 2 jul. 2021. Instagram: @brauliobessa. Disponível em: www. instagram.com/p/CQ1Q1vShbik. Acesso em: 19 jul. 2022.
Fotos 3 e 4
BESSA, Braúlio. Tão servidos? [S. l.], 30 set. 2021. Instagram: @brauliobessa. Disponível em: www. instagram.com/p/CUdSZsZPMVR. Acesso em: 19 jul. 2022.
BESSA, Braúlio. Por que tirar foto tomando vacina? [S. l.], 14 ago. 2021. Instagram: @brauliobessa. Disponível em: www. instagram.com/p/CSkaO49l4mU. Acesso em: 19 jul. 2022.
BESSA, Braúlio. UMA DOSE DE ESPERANÇA! Vacine-se! Viva o SUS!
• Com quais versos você relacionaria as fotos postadas em uma rede social de Bráulio Bessa? Justifique sua resposta.
5. Para encerrar esta missão, divirta-se criando uma quadrinha sobre o comportamento digital dos familiares adultos que você entrevistou. A quadrinha é uma criação poética composta de uma estrofe de quatro versos, em que cada verso tem sete sílabas.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/28affe012a134f24566881d8aad6c88f.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Com quantas estrelas você avalia sua missão de se tornar mais crítico sobre os conteúdos que circulam nas redes sociais digitais? Para refletir sobre o que foi estudado ao longo do trajeto até chegar aqui, faça uma roda com os colegas e, juntos, conversem sobre as questões organizadas no portal 1 (avaliação) e no portal 2 (autoavaliação).
Portal 1
O que é um influenciador digital?
Em geral, quais são as partes que compõem a estrutura de uma reportagem?
Quais são os tipos de orações subordinadas?
Qual é a principal função das aspas em uma reportagem?
Qual é a importância de um roteiro na realização de uma entrevista?
O que é uma reportagem expositivo-interpretativa?
O que é uma quadrinha?
Portal 2
Como você avalia a responsabilidade social dos influenciadores que segue nas redes?
A reportagem é um gênero que você tem interesse em ler? Por quê?
Você considera que o estudo das orações subordinadas ajudou você a escrever períodos mais longos e bem estruturados? Como?
Você tende a preferir textos que tenham mais citações entre aspas ou menos citações entre aspas? Por quê?
Você gostou de entrevistar seus familiares adultos? Achou importante entender um pouco mais sobre como eles se comportam nas redes sociais digitais?
Você considera a possibilidade de, no futuro, tornar-se um jornalista profissional? Compartilhe com os colegas o que você pensa sobre essa possibilidade.
Como você avalia a quadrinha que escreveu?
Salvando O Progresso
É importante que os estudantes tenham a oportunidade de avaliar o que foi estudado e de autoavaliar sua aprendizagem. No portal 1, as perguntas permitirão avaliar a aprendizagem dos estudantes acerca dos objetos de conhecimento trabalhados ao longo da missão. No portal 2, os estudantes terão a oportunidade de avaliar a própria aprendizagem, com base em perguntas que fomentam a manifestação da subjetividade diante dos objetos estudados. Durante a realização da roda de conversa, oriente-os a exercerem a escuta atenta, respeitando os turnos de fala. Enquanto para as perguntas do portal 1 há respostas objetivas, que podem ser avaliadas como certas, parcialmente certas ou erradas, para as perguntas do portal 2 é impossível exigir respostas padronizadas.
Tempo previsto: 1 aula
Portal 1
O conceito de influenciador digital foi abordado no 1º episódio. A estrutura de uma reportagem foi estudada no 2º episódio. As orações subordinadas e sua classificação foram abordadas no 3º episódio. A função das aspas em reportagens foi trabalhada no 4º episódio. A entrevista e a construção de seu roteiro foram estudadas no 5º episódio. Os tipos de reportagem foram abordados no 2º e no 6º episódio. A quadrinha foi estudada no 7º episódio.
Portal 2
Respostas pessoais.
MISSÃO 4 “Me respeita!”
Nesta missão, o campo de atuação predominante é o de Atuação na vida pública, com destaque para a leitura e a análise de alguns artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Além disso, o campo das Práticas de estudo e pesquisa vai ser abordado com a leitura de uma transcrição de áudio de divulgação de uma pesquisa sobre adolescentes realizada pelo IBGE.
Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) em destaque são Educação em direitos humanos, Vida familiar e social e Direitos da criança e do adolescente
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201356-324b4367c7fb1db31255b67936ca015f/v1/f38234f59316a07f2018707c68b1e831.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Inicie solicitando aos estudantes que descrevam o que a abertura da missão representa. A expectativa é de que, ao longo da trajetória escolar, além da abordagem feita na missão 2 deste volume, eles já tenham tido algum tipo de contato com o ECA e que façam referência a esse estatuto como sendo fundamental para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes.
Em seguida, leia com os estudantes o boxe Roteiro da missão: é importante que compreendam, ainda que introdutoriamente, o que estudarão na missão. Enquanto lê, pergunte a eles se consideram as habilidades que serão desenvolvidas ao longo da missão realmente importantes. Pedir aos estudantes que se coloquem diante do roteiro do que aprenderão é fundamental na construção da autonomia e do protagonismo.