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ROTEIRO DA MISSÃO

Aprender a usar seu poder argumentação, para combater os preconceitos contra o futebol feminino.

Conhecer as bases que sustentam a construção de argumentos, para não cair nas armadilhas do discurso argumentativo e, ainda que sem querer, ajudar a propagar preconceito, discriminação e discurso de ódio.

Aprofundar seu conhecimento sobre as orações subordinadas substantivas, para escrever artigos de opinião cada vez mais claros e convincentes.

Estudar processos de formação de palavras, para descomplicar algumas questões ortográficas.

Falar para se posicionar, ora argumentando, ora contra-argumentando, a fim de exercer a cidadania de forma mais plena. Escrever um artigo de opinião, para mostrar que futebol é para todos e para todas!

Realizar uma sessão comentada de cinema, para mostrar que a sétima arte pode ser utilizada para combater os preconceitos.

IMAGINE A VIDA DAS MULHERES CUJO SONHO É MOSTRAR SEU TALENTO EM UM CAMPO DE FUTEBOL! POR QUE ESSE SONHO, MUITAS VEZES, TRANSFORMA-SE EM PESADELO? ESTA MISSÃO É PARA ALIMENTAR SONHOS!

Tempo previsto: 1 aula

Competências Gerais da Educação

Básica: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10

Competências Específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental: 1, 2, 3, 4, 5, 6

Competências Específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 10

Entrando No Jogo

As atividades desta seção visa à introdução da discussão sobre o reconhecimento das mulheres no futebol.

Tempo previsto: 2 aulas

Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social: EF69LP13

PORTAL 1

O objetivo da atividade é confrontar os conhecimentos prévios que os estudantes têm do futebol masculino e do futebol feminino.

RESPOSTAS

1. Marta, Cristiane, Formiga, Megan Rapinoe, Neymar, Gabigol, Hulk, Cristiano Ronaldo.

Seja sincero: quando você pensa em futebol, os principais nomes que costumam vir à sua cabeça são os de Neymar, Cristiano Ronaldo, Messi, certo? Mas onde ficam Marta, Cristiane, Formiga e Megan Rapinoe, estrelas do futebol feminino? Não basta dizermos que não temos preconceito contra o futebol feminino, é preciso valorizar esse esporte! Concorda?

PORTAL 1

1. Quais ídolos do futebol você consegue identificar só de bater o olho? Demonstre apontando e nomeando quem é quem no álbum de figurinhas a seguir.

Confira seu desempenho neste “idolômetro”, medidor de conhecimento sobre ídolos: você conhece bem os homens, mas “pisa na bola” quando as mulheres entram em campo! você sabe quem é um ou outro no mundo do futebol!

Se o assunto é ídolos do futebol, mulheres ou homens, brasileiros(as) ou estrangeiros(as), você conhece todos e todas: manda superbem!

Portal 2

2. Converse com os colegas sobre as questões a seguir: a) Compartilhe com os colegas e o professor sua avaliação dessa narração. b) Você gosta de todas as narrações de futebol feitas por homens? c) É possível concluir, apenas com base em sua experiência pessoal, que homem narra bem futebol e mulher narra mal? d) O que pode motivar muitas pessoas a fazerem comentários ofensivos nas mídias sociais sobre o desempenho das mulheres ao narrarem uma partida de futebol?

• Você já assistiu a alguma transmissão de futebol pela televisão?

• Você já assistiu a alguma transmissão de futebol feminino pela televisão?

• Em alguma das transmissões a que você assistiu, quem narrava ou comentava era mulher?

3. Assista na internet a alguns minutos de uma partida de futebol narrada por uma mulher.

Portal 2

O objetivo principal deste portal é possibilitar a reflexão dos estudantes sobre o envolvimento da mulher no mundo do futebol ser concebido em cima de crenças e preconceitos já estabelecidos.

Respostas

2. Respostas pessoais.

3. Não há expectativa, neste início da discussão, de que os estudantes formem um ponto de vista sobre o tema em discussão. O objetivo é levar os estudantes a refletir: afinal, por que muitas pessoas concluem, apressadamente, que mulher narra mal com base em uma única experiência e por que essas mesmas pessoas concluem que homens narram bem, apesar de não gostarem de todos os homens narrando?

Jogando

1o episódio: Eu, leitor de artigo de opinião

Neste episódio, o foco será a análise de procedimentos de contra-argumentação. Para isso, os estudantes vão ler um artigo de opinião que coloca em xeque quem renega a participação feminina no mundo do futebol. Esse artigo de opinião tem uma estrutura menos convencional: isso reforça a teoria bakhtiniana de que os gêneros têm uma estrutura e um estilo apenas relativamente estáveis.

Tempo previsto: 4 aulas

Apreciação e réplica / Relação entre gêneros e mídias: EF69LP01

Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos / Caracterização do campo jornalístico e relação entre os gêneros em circulação, mídias e práticas da cultura digital:

EF89LP01, EF08LP01, EF89LP02

Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto / Apreciação e réplica: EF89LP03, EF89LP04

Relação entre textos: EF08LP02

Efeitos de sentido: EF89LP05, EF89LP06.

Argumentação: movimentos argumentativos, tipos de argumento e força argumentativa: EF89LP14

Interdisciplinaridade:

Construção do sentido global do texto: EF07LI08

RESPOSTAS a) Comente com os estudantes que a estrutura desse artigo de opinião especificamente tem a vantagem de isolar cada comentário e os argumentos utilizados na refutação. Essa estratégia pode tornar o artigo mais eficiente, favorecendo uma tomada de posição dos leitores sobre a questão, bastante polêmica, do futebol feminino. No 2º

1. Esta atividade pode ser feita tanto individualmente como coletivamente. Caso opte pela segunda possibilidade, faça a mediação do debate entre os estudantes na busca pela coerência entre comentários feitos sobre o futebol feminino e argumentos utilizados para refutá-los. Esse tipo de atividade costuma ter forte engajamento entre os estudantes, pois se assemelha a um desafio de quebra-cabeça: a vantagem pedagógica é que, já na primeira leitura, há uma tendência de que os estudantes processem o sentido global do texto.

Não dá mais para pisar na bola, não é mesmo? Lugar de mulher é no futebol e onde mais ela quiser! Para sair fortalecido desta missão, você vai usar todo o seu poder de argumentação no combate ao preconceito contra a mulher no mundo do futebol, seja jogando, seja narrando, seja comentando!

1º EPISÓDIO: EU, LEITOR DE ARTIGO DE OPINIÃO

Neste episódio, cada comentário contrário à participação feminina no futebol será combatido por argumentos de duas especialistas. Ao final, quem vai vencer essa disputa?

1. Leia a seguir o artigo de opinião publicado no dia 8 de junho de 2019, um dia após o início da Copa do Mundo de Futebol Feminino realizada na França.

refutar: rejeitar, ir contra, contestar, combater por meio de argumentos.

Sempre que houver uma interrogação laranja, no caderno, indique um comentário. Se houver duas interrogações laranjas, indique dois comentários.

a) O artigo de opinião que a turma vai ler tem a seguinte estrutura: introdução + comentários contrários ao futebol feminino + argumentos para refutar os comentários. A articulista, Debora Miranda, convidou duas pessoas para apresentarem argumentos que refutassem comentários feitos por homens sobre o futebol feminino. De propósito, esses comentários foram retirados de sua posição original no texto.

• Durante a leitura, encaixe esses comentários no lugar certo, tomando como base os argumentos apresentados pelas pessoas citadas no artigo para refutá-los.

b) Conheça os comentários que você deve encaixar no lugar certo durante a leitura do texto:

Comentário A

Se elas tivessem posado [no álbum de figurinhas da Copa] de biquíni, topless ou de lingerie eu até compraria. Mas ver mulher com calção, camiseta, meião e chuteiras? Tô fora.

Futebol feminino não dá. Nem as mulheres conseguem assistir a 90 minutos de toques errados, canelada e chutes sem direção. Não tem como cobrar igualdade, as mulheres nunca vão conseguir rivalizar com os homens em nenhum esporte de esforço físico.

Comentários B e C

Vamos falar a verdade: quantas mulheres alguma vez na vida foram em um estádio assistir a um jogo de futebol feminino? É muito fácil ficar reclamando e dizendo que o futebol feminino é vítima de machismo. Na verdade, o futebol feminino é vítima de falta de interesse das próprias mulheres.

Comentário D

Comentário E episódio serão explorados os tipos de argumento e a razão para Debora Miranda ter escolhido citar Silvana Gollner e Alline Calandrini. b) Este trecho e os comentários a serem encaixados estão em negrito, no texto original, pois formam um conjunto de comentários que se subordinam ao subtítulo “O que eles dizem por aí”. Há, portanto, uma função retórica, argumentativa, da tipografia e do espaçamento. Chame a atenção dos estudantes para essa linha retórico-argumentativa proporcionada pela organização visual.

Acho futebol feminino chato ao extremo. Não tem força física, habilidade e as goleiras aceitam tudo o que é chutado.

É só escalar mulher feia para ser repórter de campo que ninguém agarra e beija.

Comentários F e G

Se tem uma coisa que é certa é que mulher não entende, não joga e não deve opinar em futebol. Não tem nada de machista. Certo é certo. Ninguém gosta de futebol feminino. Mulher comentando futebol, então, é um desastre. Nesse caso sou machista: futebol é pra homem!

Comentário

H

Equiparação salarial? Os salários pagos aos esportistas refletem o retorno de mídia que eles trazem. Se poucos assistem ao futebol feminino, por exemplo, é totalmente inviável que mulheres ganhem o mesmo que os homens.

Por que, afinal, o futebol feminino ainda é tão renegado no Brasil?

Debora

Miranda

Nunca se falou tanto em futebol feminino. E, apesar de já haver um processo de reconhecimento e apoio, o preconceito com relação a jogadoras e profissionais do esporte ainda é grande. Muito se questiona também a qualidade do jogo das mulheres. Mas por que, afinal, o futebol feminino ainda é tão renegado no Brasil?

"O papel que a nossa sociedade designa para as mulheres é secundário, não é um papel de protagonismo. E tem essa ideia de que o Brasil é o país do futebol. Quando se fala de um esporte que é a identidade nacional e que é representado sobretudo pelos homens e para os homens, isso piora. As mulheres entram ali e desestabilizam essa representação", afirma Silvana Goellner, pesquisadora do Centro de Memória do Esporte da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Para Alline Calandrini, ex-jogadora e atual comentarista da Band, a evolução do esporte feminino é grande, e esta Copa vai mostrar isso. "Estou muito feliz de ver pessoas que mudam de ideia e reconhecem que o futebol é legal. Ainda existe muito preconceito, mas a gente vai mostrar dentro de campo que não é nada disso. Ontem teve uma baita partida entre França e Coreia. Foi um jogo lindo de se ver! Quem ainda acha que futebol feminino é chato, eu convido para assistir às partidas."

Esse fortalecimento da modalidade pode ajudar a romper os preconceitos, afirma Silvana. "O esporte vira um espaço de empoderamento das mulheres, numa sociedade em que a voz das mulheres é secundarizada. A ideia é pensar se a gente tem que enfrentar o futebol feminino ou valorizar o futebol feminista? Feminista no sentido de mostrar que esse espaço também é das mulheres. E deixar claro que, ao jogar, elas não vão tirar o espaço dos homens."

O que eles dizem por aí Universa selecionou comentários de leitores postados em reportagens sobre o futebol feminino que mostram não só o machismo com relação ao esporte feminino, mas também críticas com relação à qualidade e sexualização de atletas. Até quando?

(1)?

Segundo Silvana, quem faz esse tipo de comentário presta pouca atenção ao futebol de mulheres. "Tem mulheres que jogam muito bem! E homens que jogam mal. A gente não pode fazer esse tipo generalização. O futebol é diverso. Esse argumento tem muito mais relação com o olhar cultural que se construiu com relação às mulheres que jogam futebol do que com a realidade."

As interrogações 2 e 3 devem ser substituídas pelos comentários F e G. A interrogação 4 deve ser substituída pelo comentário A.

As interrogações 5 e 6 devem ser substituídas pelos comentários B e C. A interrogação 7 deve ser substituída pelo comentário H.

Alline diz que não gosta de comparar futebol feminino e masculino. "Óbvio que ambos são futebol, mas são coisas distintas. Historicamente, o futebol feminino foi proibido até um tempo atrás. Além disso, homens e mulheres não têm a mesma força física. O feminino é aquele futebol mais elegante, mais tranquilo, mais lento, naturalmente, assim como o vôlei é, o basquete é. Porque existe a diferença de força física entre homens e mulheres em qualquer outro esporte."

Meninos e meninas têm criações distintas no que se refere à atividade física, lembra Silvana. "Os meninos são logo jogados para o mundo de movimento, para jogar bola, correr, andar de bicicleta. As meninas têm uma educação muito mais voltada para a contenção do gesto. Como a gente quer que elas tenham um desempenho motoro igual? É um aprendizado de vida inteira."

(2)?

(3)?

"É um absurdo dizer que a mulher não entende de futebol. É a absurda desvalorização da opinião feminina. As vozes das mulheres não são ouvidas numa cultura machista como a nossa", afirma Silvana. "Em qualquer espaço que a gente tem que mostrar que é competente, não só no futebol, tem que mostrar muito mais do que os homens para ser ouvida. É uma sociedade misógina, que não valoriza aquilo que as mulheres pensam e dizem, como se elas não fossem autorizadas a ter opinião própria e a ter conhecimento. Inclusive sobre futebol."

Alline destaca que o preconceito está enraizado no brasileiro. "O importante é a gente saber que a mudança está acontecendo. Hoje, temos um Campeonato Brasileiro com transmissões de TV e se alguém não gosta, precisa aceitar e respeitar, pelo menos. É uma realidade. Futebol é para homem, para mulher, para criança, para gay, para todo o mundo. Não dá para a gente ainda ficar nessa de que futebol é para homem."

(4)?

"Esse tipo de comentário é o cúmulo da ignorância. Na minha opinião é ridículo", define Alline. "Isso incomoda bastante no meio do futebol feminino: as pessoas olharem para a parte física das atletas e não olhar para o quanto elas jogam. A mulher não é um objeto, ela é uma atleta que está fazendo o seu trabalho ali."

Silvana concorda e diz que a sexualização e a objetificação do corpo da mulher acontecem em sociedades que não respeitam as vozes e os pensamentos femininos. "Essas mulheres são atletas, acima de tudo. Não pode ser a beleza ou a aparência que fale sobre esse espaço delas. Isso não deveria importar."

(5)?

(6)?

"O futebol feminino é vítima da falta de estrutura que o futebol feminino tem", declara Silvana. "Da falta de apoio das federações, das confederações e do poder público. É recente os jogos em estádios. E agora que estão acontecendo, as mulheres se interessam, sim. Não dá para comparar ainda com as grandes equipes masculinas, mas há um movimento nesse sentido e ele já é visível. Por isso, precisamos investir em divulgação e em estrutura", analisa Silvana.

Alline diz que sua experiência em campo mostrou exatamente isso: as mulheres têm, sim, interesse pela modalidade feminina. "Tenho o exemplo do Corinthians, onde joguei no ano passado. O engajamento da mulher com o time feminino é muito forte. As torcedoras gostam, elas vão aos jogos. Até porque a luta é conjunta [entre atletas e torcedoras]: é mulher e futebol."

(7)?

Alline destaca que o esporte de forma geral não é bem pago no Brasil e que os valores movimentados no futebol masculino são fora da realidade de outras modalidades – não apenas do futebol feminino. "Eu não acho necessariamente que a Marta tem que ganhar o que ganha o Neymar, são coisas diferentes. Mas acho que ela tem que ganhar o que merece. As atletas no Brasil têm que ganhar muito mais do que ganham. A diferença entre homens e mulheres – inclusive em premiação – ainda é muito grande, absurda. Pelo menos que seja justo."

Silvana lembra que a diferenciação salarial no Brasil atinge mulheres de todas as profissões, não apenas as jogadoras de futebol. "A diferenciação por gênero dos salários se dá em quase todas as profissões. As mulheres geralmente ganham menos do que os homens, nas mesmas ocupações, exatamente por serem mulheres. No futebol, essa discussão pode ser ainda mais ampla: se não tem visibilidade, não tem patrocínio. E se não tem patrocínio, não tem visibilidade. Pela primeira vez na história da Copa do Mundo feminina ela está tendo visibilidade, algumas marcas estão apresentando as atletas. Nunca antes houve propaganda na televisão ou nos jornais com jogadoras mulheres. É um cenário que está se modificando. Mas o futebol feminino no Brasil ainda é invisível e não é profissionalizado."

(8)?

"É de novo aquela ideia da sexualização, de que o homem se autoriza a tocar, a beijar, a invadir o espaço das mulheres o tempo todo. É estupro, é assédio, é abuso e isso não pode! Mas é tão naturalizado que eles fazem e ainda acham que a gente está errada quando reclama", explica Silvana.

Alline decreta: "Para mim é o cúmulo da ignorância, e a gente tem que quebrar isso. A mulher tem todo o mérito de ter conquistado espaço no esporte – como jogadora ou jornalista – pelo trabalho dela e não por atributos físicos. A mulher não é objeto sexual. É triste e realmente eu prefiro que quem pensa dessa forma nem venha assistir ao futebol feminino".

"Vi o jogo [final da Champions League] por acaso. Achei que ia ser um porre, mas me surpreendi com o Lyon. Essas moças jogam muita bola, vale a pena assistir."

"Aí fica uma deixa que é muito legal: as pessoas falam mal, mas a verdade é que elas não conhecem o futebol de mulheres. E se prestarem atenção, vai ser exatamente isso: vão se surpreender. Dentro do campo e fora", diz Silvana. "Porque se o futebol feminino ainda hoje existe no Brasil é pela resistência dessas mulheres, a despeito de toda invisibilidade, da falta de estrutura e de profissionalização. Elas continuam jogando e sempre estiveram jogando bola, mesmo quando foi proibido. Futebol para as mulheres nunca foi concessão. É luta, é resistência. Então, se as pessoas começarem a olhar com mais atenção para o futebol de mulheres, desprovidas desse preconceito de que é ruim, de que é menor, de que é inferior, elas vão perceber que é um espaço possível para as mulheres."

Alline completa: "Existe ainda muita falta de informação e muito preconceito. As pessoas olham para o futebol feminino de uma forma que não é justa. Se você não gosta, tem apenas que respeitar, pois há espaço para todo o mundo. Mas vejo que o momento é muito positivo e que essa Copa do Mundo é o ponto chave da modalidade no país. Essa mudança da sociedade vai fazer com que a gente voe longe".

MIRANDA, Debora. Por que, afinal, o futebol feminino ainda é tão renegado no Brasil? Universa uol, [s. l.], 8 jun. 2019. Disponível em: www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2019/06/08/por-que-afinal-o-futebol-feminino-ainda-e-taorenegado-no-brasil.htm. Acesso em: 15 jun. 2022.

2. O artigo lido foi publicado em uma plataforma feminina, criada por um grande portal brasileiro.

• Converse com os colegas: o que a informação sobre onde o artigo foi publicado sugere sobre a divulgação de conteúdos relacionados ao futebol feminino pela mídia?

A interrogação 8 deve ser substituída pelo comentário E.

Crie um clima de acolhimento às respostas dos estudantes, ainda que elas não estejam de acordo com o que era esperado, buscando entender por que erraram eventualmente. Essa atitude de acolhimento costuma encorajar a participação dos estudantes em outras oportunidades em que sejam convidados a se posicionar.

2. • É importante que os estudantes analisem os interesses que movem o campo jornalístico-midiático. A publicação do artigo sobre futebol feminino em uma plataforma voltada apenas para mulheres, de certa forma, sugere que esse conteúdo ainda não é relevante para leitores que se interessam por futebol masculino.

3. Expectativas de respostas para os itens desta questão: a) Porque a empresa patrocinadora do Corinthians comprou a capa do jornal para dar espaço à conquista. b) A expectativa é de que os estudantes respondam que a notícia seria veiculada com destaque na primeira página do jornal, pois tem o poder de conquistar o interesse de muitos leitores, dada a popularidade do Corinthians. c) A mídia noticia aquilo que, em princípio, teria potencial para despertar grande interesse dos leitores ou telespectadores. d) O episódio da conquista do Corinthians feminino confirma o que diz o trecho do texto: “se não tem visibilidade, não tem patrocínio. E se não tem patrocínio, não tem visibilidade”. a) Se é uma informação, por que ela veio com o carimbo de publicidade? Levante uma hipótese para explicar esse fato. b) Suponha que o Corinthians masculino tivesse se tornado campeão brasileiro. O que você acha que teria acontecido? c) Como esse fato ajuda a entender o que é noticiado e o que não é noticiado e o destaque que a mídia decide dar a determinado acontecimento? d) Como o fato de a conquista do futebol feminino do Corinthians ter ganhado a primeira página de um grande jornal se relaciona com o seguinte trecho do artigo lido?

• Se o campo jornalístico-midiático se pautar apenas por essa lógica, o futebol feminino tenderá a continuar invisível aos olhos de leitores e telespectadores.

• Essa “confusão” entre o que é informação e o que é mercadoria pode fazer o leitor mais crítico questionar: afinal, até que ponto o que é relatado sobre essa conquista é verdade e relevante ou foi superdimensionado porque o patrocinador do time pagou pela notícia em primeira página?

Para elaborar sua resposta, considere que o Corinthians é o time com a 2ª maior torcida do Brasil.

3. No ano de 2021, o Sport Clube Corinthians Paulista se tornou tricampeão brasileiro de futebol feminino. No dia seguinte, a conquista foi capa de um jornal de grande circulação. Na parte superior da 1ª página do jornal, acima do nome da empresa jornalística, vem a seguinte informação: “Informe publicitário”.

• Qual seria uma possível consequência disso para o futebol feminino?

“As mulheres geralmente ganham menos do que os homens, nas mesmas ocupações, exatamente por serem mulheres. No futebol, essa discussão pode ser ainda mais ampla: se não tem visibilidade, não tem patrocínio. E se não tem patrocínio, não tem visibilidade.”

• Por que essa “confusão“ entre o que é informação e o que é mercadoria pode afetar a credibilidade do relato da conquista do Corinthians feminino?

4. Entre todos os comentários que compõem a parte “O que eles dizem por aí” do artigo de opinião, identifique o único que, quanto ao conteúdo, está na contramão do que dizem os outros. Justifique sua escolha.

5. Releia o título do artigo de opinião.

Por que, afinal, o futebol feminino ainda é tão renegado no Brasil?

• Depois de ler o texto e fazer as atividades propostas, como você responderia à pergunta feita no título do artigo de opinião?

6. Releia este comentário refutado no artigo de opinião.

"Ninguém gosta de futebol feminino. Mulher comentando futebol, então, é um desastre. Nesse caso sou machista: futebol é pra homem!"

• Muitos leitores interpretam esse tipo de comentário como mera manifestação da liberdade de expressão. Por que não seria exagero interpretar esse comentário como manifestação de discurso de ódio contra as mulheres?

7. Por que se pode dizer que a notícia a seguir, publicada em 2021, pode ser utilizada como argumento para refutar e desqualificar o comentário analisado na questão anterior?

Barcelona bate recorde mundial de público, mas festa é de todo o futebol feminino

Momento histórico se sobrepõe até mesmo ao resultado em campo na Champions a) Por que se pode dizer que, ao contrário dos comentários refutados no artigo de opinião, as mensagens postadas por essas pessoas nas redes sociais podem alavancar o futebol feminino? b) Confira algumas mensagens postadas na seção de comentários da notícia que relata o recorde de público do Barcelona. a) Porque essas mensagens demonstram que há uma união das pessoas envolvidas com o futebol feminino, tanto o treinador quanto as jogadoras de outros clubes fizeram questão de parabenizar o Barcelona pelo feito. Como todos fizeram isso pelas redes sociais digitais, as postagens ganharam o mundo e mostraram aos usuários dessas redes o potencial do esporte. b) Esses comentários foram reproduzidos com fins didáticos e não são endossados pelo livro. Ao contrário, o objetivo é combater o discurso de ódio contra o futebol feminino e suas praticantes, reforçando a ideia de que o lugar de mulher é onde ela quiser.

"Recorde mundial! Obrigada, Barcelona Feminino, por essa atmosfera incrível".

A mensagem, enviada via redes sociais pelo Wolfsburg Feminino, é a perfeita ilustração da importância do que aconteceu no Camp Nou não apenas uma, mas duas vezes em menos de um mês: um estádio lotado com públicos históricos para a modalidade.

Porque esse recorde oficial, batido no dia 30 de abril (91.533 torcedores, diante do Real Madrid) e rebatido na última sexta-feira (91.648 contra o Wolfsburg), não pertence só ao Barcelona, é de todas as jogadoras do mundo e de todas as pessoas que apoiam e vivem o futebol feminino.

E o Wolfsburg não foi o único a exaltar nas redes o incrível público de sexta-feira no Camp Nou, o segundo acima de 90 mil em três semanas, repetindo o feito alcançado em outra goleada do Barça na Champions, 5 a 2 sobre o Real Madrid, pelas quartas de final.

A marca cruzou fronteiras e foi registrada com alegria nas redes sociais por rivais de diferentes clubes e países, que sabem o significado dessa revolução no futebol feminino e entendem que o sucesso coletivo muitas vezes está acima da rivalidade.

O discurso de ódio costuma ser definido como manifestações que atacam e incitam ódio contra determinados grupos sociais com base em etnia, raça, gênero, orientação sexual, religião ou nacionalidade. Mulheres, negros e LGBTQI+ são os que mais sofrem com discurso de ódio no Brasil.

4. O comentário “Vi o jogo [final da Champions League] por acaso. Achei que ia ser um porre, mas me surpreendi com o Lyon. Essas moças jogam muita bola, vale a pena assistir”. Ele está na contramão porque, ao contrário dos demais comentários, defende o futebol feminino.

5. • Resposta pessoal. A expectativa é de que os estudantes respondam usando argumentos apresentados no artigo lido, principalmente retomando o que diz a pesquisadora Silvana Goellner no início do texto. Um dos motivos que explica o fato de o futebol feminino ser renegado no Brasil é que, de modo geral, o país não está acostumado a ver ela em situações de protagonismo e, quando ela quer exercer protagonismo em um universo muito importante da cultura brasileira, o do futebol – tradicionalmente reservado aos homens –, há muitas reações contrárias.

6. • Porque considerar que uma pessoa não pode praticar ou comentar futebol simplesmente por ser mulher incita o ódio contra mulheres que resistem e jogam futebol ou comentam jogos desse esporte na TV, no rádio ou na internet, o que pode, por vezes, estimular a violência contra essas mulheres.

7. Porque ela é uma evidência concreta de que o futebol feminino pode atrair o público e conseguir o engajamento dos torcedores, afinal, no curto espaço de tempo de três semanas, o time feminino do Barcelona levou a seu estádio, o Camp Nou, mais de 91 mil torcedores por duas vezes.

CALDAS, Allan. Barcelona bate recorde mundial de público, mas festa é de todo o futebol feminino. G1, Rio de Janeiro, 25 abr. 2022. Disponível em: https://ge.globo.com/futebol/futebol-internacional/blogs/gringolandia/post/2022/04/25/barcelona-baterecorde-mundial-de-publico-mas-festa-e-de-todo-o-futebol-feminino.ghtml. Acesso em: 22 jun. 2022.

8. Junte-se aos colegas de turma e tentem traduzir as mensagens, em inglês, enviadas ao time feminino do Barcelona pelas redes sociais. Afinal, o que disseram Mark Parsons, Bethany England, Mary Alexandra Earps e Ella Toone?

8. Mark Parsons: “Parabéns, Barcelona feminino. Outra noite especial para o futebol feminino, atmosfera inacreditável”.

Bethany England: “Um novo recorde mundial em um jogo de futebol feminino, outro grande momento para o nosso esporte”.

Mary Alexandra Earps: “Arrepiante”.

Ella Toone: “Que dia”.

• O comentário que se inicia assim: “É o ciclo natural, chama atenção do público, da mídia, dos patrocinadores...”.

• Há um engajamento muito maior com os comentários que tentam desqualificar o futebol feminino, o que demonstra que a maioria dos leitores que curtiu é contra o envolvimento de mulheres com o futebol.

• Qual o único comentário que, pelo conteúdo argumentativo, destoa dos demais?

• O que as curtidas nos comentários revelam sobre o posicionamento das pessoas sobre o futebol feminino?

9. Este livro didático foi escrito em 2022; portanto, em data anterior à realização da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2023, com sedes na Austrália e na Nova Zelândia.

• Você acompanhou esse torneio? Sabe qual seleção se sagrou campeã da Copa? Gostou da qualidade técnica dos jogos? Os jogos da seleção brasileira repercutiram nos noticiários de TV e nas mídias sociais? Havia mulheres narrando e comentando os jogos dessa Copa na televisão? Em sua avaliação, o engajamento do brasileiro com o futebol feminino cresceu?

9. Respostas pessoais. É importante que os estudantes tenham a oportunidade de analisar se o cenário no Brasil se tornou mais amistoso ao futebol feminino.

2o

episódio:

Nosso centro de análise de usos da língua

Neste episódio, o foco da análise é a base que sustenta cada tipo de argumento: autoridade, prova concreta, exemplificação, consenso. É recomendável que as atividades deste episódio sejam realizadas coletivamente com sua mediação.

Tempo previsto: 2 aulas. Argumentação: movimentos argumentativos, tipos de argumento e força argumentativa: EF89LP14

Respostas

1. a) Não, pois Silvana e Alline são especialistas no assunto. Sendo assim, a tendência é de que o que elas pensam e opinam sobre esse assunto tenha mais credibilidade e força do que o que dizem outras pessoas quaisquer.

b) Argumento com base em autoridade. Antes de os estudantes responderem a este item, leia com eles o boxe Chave mestra e certifique-se de que se apropriaram do conteúdo.

2º EPISÓDIO: NOSSO CENTRO DE ANÁLISE DE USOS DA LÍNGUA

No episódio anterior, você viu que a notícia “Barcelona bate recorde mundial de público, mas a festa é de todo o futebol feminino” é um exemplo que comprova que a modalidade tem potencial para atrair o público e, portanto, pode ser usada como argumento para refutar comentários que se posicionam contrariamente à participação feminina no futebol. Esse argumento é baseado na exemplificação e em prova concreta. Neste episódio, você vai explorar a base que valida outros argumentos.

Ativa O De Conhecimentos

É um equívoco definir um argumento como prova de que algo é verdadeiro. Um argumento deve ser compreendido como recurso linguístico, que tem como objetivo levar o interlocutor a aceitar os pontos de vista de quem fala.

1. Em seu artigo de opinião, Debora Miranda cita duas pessoas: Silvana Goellner, pesquisadora do Centro de Memória do Esporte da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Alline Calandrini, ex-jogadora de futebol e comentarista desse esporte na TV. Com base nisso, responda: a) A articulista poderia ter escolhido outras duas pessoas quaisquer que, assim como Silvana e Alline, defendem o futebol feminino para citar em seu artigo? Explique sua resposta aos colegas. b) Você diria que, ao citar essas duas pessoas, Debora Miranda usou em seu artigo um argumento com base em exemplo, autoridade, prova concreta ou consenso?

Chave Mestra

Para responder, considere que argumentos com base em exemplificação acontecem quando exemplos representativos são usados como justificativa para o que está sendo defendido; argumentos com base em autoridade acontecem quando são citadas pessoas que têm certo domínio do assunto em debate; argumentos com base em prova concreta acontecem quando são apresentados dados pertinentes, que comprovem o que se está defendendo; e argumentos com base no consenso acontecem quando proposições universalmente aceitas (pela lógica, pela ciência, pelo senso comum etc.) são usadas para fundamentar um ponto de vista.

2. Releia estes comentários. Os dois últimos são respostas ao primeiro.

No dia 4 de junho de 2022, um jogo do campeonato brasileiro de futebol feminino foi a principal manchete de um dos principais portais jornalísticos do país. Sinal de que os tempos estão mudando?

a) Os dois comentários usados para desqualificar o comentário favorável ao futebol feminino também poderiam ser usados para desqualificar um comentário contrário ao futebol feminino. Demonstre que isso é possível com base no comentário a seguir, extraído do artigo de opinião.

"Acho futebol feminino chato ao extremo. Não tem força física, habilidade e as goleiras aceitam tudo o que é chutado."

• Por que esse comentário é relativamente fácil de ser refutado?

• Ao analisar esse comentário, Silvana Goellner critica: “esse argumento tem muito mais relação com o olhar cultural que se construiu com relação às mulheres que jogam futebol do que com a realidade”. A crítica de Goellner sinaliza que esse comentário é baseado em exemplificação, autoridade, prova concreta ou consenso?

b) Imagine a seguinte a situação: você ainda não é adepto do futebol feminino, mas admite mudar de ideia.

• A forma como se encerra o comentário favorável à presença feminina no futebol, “Aos retrógrados, resta o choro”, tenderia a conseguir sua adesão ou a aumentar sua resistência à modalidade? Compartilhe suas impressões com os colegas, justificando seu posicionamento.

3. Releia estes fragmentos do artigo de opinião.

"Se elas tivessem posado [no álbum de figurinhas da Copa] de biquíni, topless ou de lingerie eu até compraria. Mas ver mulher com calção, camiseta, meião e chuteiras? Tô fora."

"Esse tipo de comentário é o cúmulo da ignorância. Na minha opinião é ridículo", define Alline. "Isso incomoda bastante no meio do futebol feminino: as pessoas olharem para a parte física das atletas e não olhar para o quanto elas jogam. A mulher não é um objeto, ela é uma atleta que está fazendo o seu trabalho ali."

Silvana concorda e diz que a sexualização e a objetificação do corpo da mulher acontecem em sociedades que não respeitam as vozes e os pensamentos femininos. "Essas mulheres são atletas, acima de tudo. Não pode ser a beleza ou a aparência que fale sobre esse espaço delas. Isso não deveria importar."

2. a) Da mesma forma que os comentários “Mas fala aí, você já foi em algum jogo feminino? Kkkkkkkkk” e “Mas é claro que nunca foi” foram feitos para desqualificar o comentário positivo, insinuando que a pessoa só se mostra favorável ao futebol feminino porque não assiste a jogos dessa modalidade, eles poderiam ser usados para desqualificar o comentário negativo em destaque com base na mesma insinuação: “Você acha chato porque nunca assistiu a uma partida de futebol feminino!”.

• Porque incorre em uma generalização indevida, pois o fato de um jogo de futebol feminino ter sido chato não significa que todos serão chatos. Há jogos femininos chatos, assim como há jogos masculinos chatos.

• Argumento com base no consenso. Este momento é oportuno para esclarecer para os estudantes que há argumentos com base no consenso que podem ser difíceis de refutar quando este tem base científica. Mas, quando o consenso estabelece com base no senso comum, pode ser mais fácil de refutá-lo.

b) • Resposta pessoal. É importante que os estudantes compreendam que, no jogo argumentativo, desqualificar o “adversário” ao qual você se contrapõe pode não ser o melhor caminho, já que o objetivo deve ser desqualificar o argumento do “adversário”; ao contrário, o melhor caminho pode ser tratar o “adversário” com respeito, a fim de conseguir a adesão dele ao que você defende. Peça aos estudantes que pensem em outra forma de encerrar o comentário. Sugestão: “Que tal pensar no assunto com carinho e respeito?”.

3. a) Apresenta um argumento com base no consenso, pois lança mão, assim como outros contrários ao futebol feminino, de uma prática alimentada pela cultura machista de sexualização e objetificação do corpo da mulher em qualquer situação.

b) Resposta pessoal. Entretanto, é possível dizer, até com base com o que foi discutido no item da questão 2 deste episódio, que a estratégia utilizada por Alline desqualifica seus oponentes de uma forma que pode ser caracterizada como pouco polida; já a estratégia usada por Silvana se ocupa de desqualificar o ponto de vista que ela quer refutar.

3o episódio: Do texto para a língua

Orações subordinadas substantivas

Neste episódio, o foco recai sobre as orações subordinadas substantivas. O estudo terá como ponto de partida o artigo de opinião lido no 1º episódio. Sugere-se que as atividades sejam realizadas, coletivamente, em sala de aula, com sua mediação. Esse procedimento metodológico favorece o ensino reflexivo, pois se baseia na interação entre o professor e os estudantes e entre os próprios estudantes.

Amplie seus conhecimentos sobre os usos de orações subordinadas substantivas consultando a tese de doutorado SPERANÇA-CRISCUOLO, Ana Carolina. Orações subordinadas substantivas sob uma perspectiva funcionalista-cognitivista: uma proposta de descrição e ensino. 2011. 155 f. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2011. Disponível em: http://hdl. handle.net/11449/103544. Acesso em: 21 jun. 2022.

Tempo previsto: 4 aulas

Morfossintaxe: EF08LP06, EF08LP07, EF08LP11

RESPOSTAS b) Eles devem ser classificados como orações, porque ambos apresentam ver- a) O comentário destacado em negrito apresenta um argumento com base em exemplificação, autoridade, prova concreta ou consenso? Justifique sua resposta. b) Qual das duas estratégias utilizadas para desqualificar o argumento contrário ao futebol feminino tende a funcionar melhor com você: a adotada por Alline ou a adotada por Silvana?

1. a) Como os trechos complementam os sentidos do verbo “reconhecem” e da locução verbal “vai mostrar”, os trechos ficariam incompletos, provocando dificuldade para o leitor produzir os sentidos. Oriente os estudantes a lerem sem os complementos para que percebam que o sentido fica incompleto: “pessoas que reconhecem o quê?”, “a gente vai mostrar dentro de campo o quê?”.

3º EPISÓDIO: DO TEXTO PARA A LÍNGUA ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Neste episódio, você vai aprofundar seu conhecimento sobre as orações subordinadas substantivas. Esse conhecimento vai permitir que você escreva textos cada vez mais claros e coerentes.

1. Para dar o pontapé inicial no estudo das orações subordinadas substantivas, releia um fragmento do 3º parágrafo do artigo de opinião analisado no 1º episódio. Você vai sentir como se estivesse reunindo as peças de um quebra-cabeça.

Para Alline Calandrini, ex-jogadora e atual comentarista da Band, a evolução do esporte feminino é grande, e esta Copa vai mostrar isso. "Estou muito feliz de ver pessoas que mudam de ideia e reconhecem que o futebol é legal. Ainda existe muito preconceito, mas a gente vai mostrar dentro de campo que não é nada disso Ontem teve uma baita partida entre França e Coreia. Foi um jogo lindo de se ver! [...] a) Do ponto de vista do sentido, o que aconteceria se os dois trechos sublinhados fossem retirados? b) Como cada um dos trechos tem um verbo, como eles devem ser classificados gramaticalmente? c) Esses dois trechos sublinhados exercem a função sintática de objeto direto, objeto indireto, sujeito, complemento nominal ou aposto? Justifique sua resposta. d) Qual classe de palavra costuma exercer a função sintática que esses trechos exercem nos períodos analisados? e) A relação entre os trechos e as partes que os antecedem é de coordenação ou de subordinação? Justifique sua resposta. f) Utilize as peças do quebra-cabeça para classificar os dois trechos grifados. Eles são orações coordenadas sindéticas aditivas, orações subordinadas substantivas objetivas diretas ou orações subordinadas adjetivas explicativas? bos; nos dois casos, há o verbo “ser”, flexionado na 3ª pessoa do singular: “é”. c) De objeto direto, pois complementam o sentido dos verbos sem preposição entre os verbos e eles. d) Em geral, é a classe dos substantivos. e) A relação é de subordinação, pois os trechos encaixam-se sintaticamente nas partes que os antecedem. f) Orações subordinadas substantivas objetivas diretas, pois têm verbo; exercem função sintática, encaixando-se em outra oração, e exercem a função sintática de objeto direto, que geralmente é exercida por um substantivo. g) Por que se pode dizer que Alline Calandrini usou a oração “que o futebol é legal” como recurso linguístico para fazer valer seu objetivo argumentativo de refutar aqueles que sustentam que futebol feminino não é legal de assistir?

Conquista

As orações subordinadas substantivas podem ser classificadas em subjetivas, quando exercem a função de sujeito; completivas nominais, quando exercem a função de complemento nominal; objetivas diretas, quando exercem a função de objeto direto; objetivas indiretas, quando exercem a função de objeto indireto; e apositivas, quando exercem a função de aposto.

2. Agora, dê seguimento ao quebra-cabeça, focando sua atenção no último período do 3º parágrafo para analisá-lo sintaticamente.

[...] Quem ainda acha que futebol feminino é chato, eu convido para assistir às partidas.

a) No caderno, divida o período em orações.

b) Reescreva esse período, colocando-o na ordem direta.

CHAVE MESTRA c) No período em análise, qual é a oração principal e quais orações são subordinadas substantivas?

Para colocar na ordem direta, observe como devem ser os mecanismos de encaixe de uma oração na outra, observando a relação de sentido entre elas: quem faz o convite? Quem é convidado? O convite é para fazer o quê?

• No que diz respeito ao uso de vírgula, o que se pode observar ao se colocar o período na ordem direta?

• Entre as orações subordinadas desse período, em que uma se difere das demais no modo como se encaixa na anterior?

• Em função dessa diferença, como essa oração deve ser classificada?

CHAVE MESTRA d) Por que se pode dizer que as orações subordinadas desse trecho são fundamentais na construção do argumento de Calandrini? b) Eu convido quem ainda acha que futebol feminino é chato para assistir às partidas. c) A oração principal é “eu convido”; as orações “quem ainda acha”, “que futebol feminino é chato” e “para assistir às partidas” são subordinadas substantivas. d) Porque essas orações encaixadas no verbo “convido” ganham um tom de desafio, demonstrando a confiança que a ex-jogadora tem na capacidade do futebol feminino de despertar o interesse dos torcedores. b) Porque esse trecho tem um verbo, “faz”. c) O trecho deve ser classificado como oração subordinada substantiva subjetiva. d) A expectativa é de que os estudantes reconheçam a importância dessa oração subordinada substantiva subjetiva, pois é por meio dela que se identifica explicitamente a quem se dirige a refutação: a todos que fazem esse tipo de comentário. b) • Enquanto a 2ª oração se encaixa em um verbo, sem a mediação de uma preposição, devendo ser classificada, portanto, como oração subordinada substantiva objetiva direta, a 1ª traduz, esclarece para o leitor, o que o autor do comentário está chamando de “verdade”, por isso ela deve ser classificada como oração subordinada substantiva apositiva, pois é uma oração exercendo o papel sintático de um aposto.

Para encontrar um nome adequado para essa oração, leve em conta a função sintática que ela exerce, classifique as outras duas orações subordinadas do período e tire sua conclusão.

3. O quebra-cabeça continua esperando por você para encaixar cada peça no lugar certo. Releia mais um parágrafo do artigo.

Segundo Silvana, quem faz esse tipo de comentário presta pouca atenção ao futebol de mulheres. "Tem mulheres que jogam muito bem! E homens que jogam mal. A gente não pode fazer esse tipo generalização. O futebol é diverso. Esse argumento tem muito mais relação com o olhar cultural que se construiu com relação às mulheres que jogam futebol do que com a realidade."

1. g) Porque Calandrini usou esse trecho para integrar outra voz ao texto. Ela traz para seu discurso a fala do outro por meio das próprias palavras, encaixando a oração subordinada substantiva objetiva direta em um verbo de dizer que encaminha o leitor do artigo a concluir que quem experimenta assistir a um jogo feminino de futebol feminino acaba gostando. Ela encaixa a oração objetiva direta não em um verbo qualquer, mas em um verbo específico, “reconhecem”, que sinaliza para o leitor do artigo uma mudança de atitude das pessoas diante do futebol feminino: “Assisti e reconheço que gostei”.

No boxe Conquista, não foram inseridas as orações subordinadas substantivas predicativas pela seguinte razão: a BNCC prevê o estudo de orações com a estrutura sujeito-verbo de ligação-predicativo no 9º ano (EF09LP05). Em função disso, as substantivas predicativas serão estudadas no 9º ano.

2. a) Esse período tem quatro orações, pois tem quatro verbos: Quem ainda acha / que futebol feminino é chato, / eu convido / para assistir às partidas.

• Com o período na ordem direta, o uso da vírgula se torna dispensável.

• A oração “para assistir às partidas” se encaixa na principal por meio da preposição “para”.

• As orações “quem ainda acha” e “que futebol feminino é chato” devem ser classificadas como orações subordinadas substantivas objetivas diretas; já a oração “para assistir às partidas” deve ser classificada como oração subordinada substantiva objetiva indireta, pois exerce a função sintática de objeto indireto, por se encaixar na principal por meio de uma preposição.

3. a) A função sintática é de sujeito. A expectativa é de que os estudantes, fazendo uso das orientações do boxe Chave mestra, identifiquem a oração destacada como sujeito do período composto.

4. a) • Enquanto as duas primeiras se encaixam em verbos, respectivamente “destaca” e “saber”, a terceira se encaixa em um substantivo, “ideia”, que está lá implicitamente.

• As duas primeiras devem ser classificadas como orações subordinadas substantiva objetivas diretas; a terceira deve ser classificada como oração subordinada substantiva completiva nominal, pois complementa o sentido de um nome, de um substantivo.

• Porque o que se diz no período anterior é “Futebol é para homem, para mulher, para criança, para gay, para todo o mundo” e, com a retirada da oração “de que futebol é para homem”, teríamos apenas “Não dá para a gente ainda ficar nessa [ideia]”, o que seria incoerente: não daria para ficar na ideia de que futebol é para todo mundo? Promovendo uma análise para além dos aspectos meramente sintáticos, fica fácil perceber que essa oração subordinada substantiva completiva nominal é essencial para o sentido dessa parte do artigo de opinião.

• Porque, ao utilizar uma oração subordinada substantiva apositiva, o autor do comentário formula um argumento com base em um consenso sem base científica, o que facilita a refutação: a) Nesse parágrafo, a autora do artigo utiliza um argumento de autoridade, recorrendo à pesquisadora Silvana Goellner para refutar um comentário contrário ao futebol feminino. b) Por que se pode dizer que o trecho sublinhado é uma oração? c) Considerando o que você respondeu nos itens a e b e as informações do boxe Conquista, da página anterior, como esse trecho deve ser classificado? d) O trecho “quem faz esse tipo de comentário” se refere a este comentário. Veja: a) No primeiro parágrafo em análise, foram sublinhadas três orações. Responda: b) No segundo parágrafo em análise foram sublinhadas duas orações. Responda: basta que algumas mulheres respondam que vão a campo para assistir a partidas de futebol feminino que o argumento cai por terra.

Para facilitar a identificação da função sintática do trecho sublinhado, substitua o pronome “quem” pela expressão “as pessoas” e observe o que acontece com os verbos “faz” e “presta”.

• Qual a função sintática exercida pelo trecho sublinhado?

"Acho futebol feminino chato ao extremo. Não tem força física, habilidade e as goleiras aceitam tudo o que é chutado".

• Como você avalia a importância do trecho na construção argumentativa do artigo de opinião?

4. Vamos ao desafio gramatical da missão? Releia mais dois parágrafos do artigo de opinião: o 1º traz os destaques de Alline Calandrini; o 2º traz um comentário contrário à participação feminina no futebol.

Alline destaca que o preconceito está enraizado no brasileiro. "O importante é a gente saber que a mudança está acontecendo. Hoje, temos um Campeonato Brasileiro com transmissões de TV e se alguém não gosta, precisa aceitar e respeitar, pelo menos. É uma realidade. Futebol é para homem, para mulher, para criança, para gay, para todo o mundo. Não dá para a gente ainda ficar nessa [ideia] de que futebol é para homem."

Além de analisar os mecanismos de encaixe que levam a classificar uma oração subordinada como substantiva e seus subtipos (objetiva direta, objetiva indireta, subjetiva, completiva nominal e apositiva), é importante analisar também os efeitos de sentido decorrentes dos usos essas orações. No gênero artigo de opinião, é recorrente o uso de orações subordinadas substantivas.

"Vamos falar a verdade: quantas mulheres alguma vez na vida foram em um estádio, assistir um jogo de futebol feminino? É muito fácil ficar reclamando e dizendo que o futebol feminino é vítima de machismo. Na verdade, o futebol feminino é vítima de falta de interesse das próprias mulheres."

• Do ponto de vista sintático, isto é, quanto aos mecanismos de encaixe, em que a 3ª oração se diferencia das duas primeiras?

• Em função desses mecanismos de encaixe, como elas devem ser classificadas?

• Por que se pode dizer que, caso a oração “de que futebol é para homem” fosse retirada, haveria um problema na coerência desse parágrafo do texto?

• Do ponto de vista sintático, em que a 1ª e a 2ª orações sublinhadas se diferenciam? Como elas devem ser classificadas?

• Por que se pode dizer que a estratégia usada pelo autor do comentário pode não ter força para conseguir a adesão de muitas pessoas?

4º EPISÓDIO: UM GIRO PELO MUNDO DA ESCRITA JUSTAPOSIÇÃO E AGLUTINAÇÃO

Neste episódio, você vai ficar por dentro da aglutinação e da justaposição. Não! Elas não são palavrões! São dois processos de formação de palavras compostas.

1. Ao ser convidada para apresentar suas expectativas para a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019, Alline Calandrini foi apresentada pela autora do artigo de opinião como “ex-jogadora e comentarista da Band”. Reflita sobre o prefixo "ex-", de origem latina, e faça o que se pede.

a) Esse prefixo exprime a ideia de afastamento/separação ou de condição/posição? Justifique sua resposta com base no exemplo extraído do artigo de opinião.

• Por que o uso desse prefixo é particularmente importante nesse ponto do artigo de opinião?

b) Quanto aos aspectos formais de escrita desse prefixo, o que é observável todas as vezes em que ele aparece e, por isso, pode ser entendido como regra? Dê exemplos com palavras do mundo do futebol feminino que atestem sua resposta.

2. Observe o boxe a seguir. Todas as palavras são compostas.

artimanha guarda-meta homem-gol pontapé rubro-negras tira-teima a) Reúna-se com alguns colegas e, juntos, descubram o sentido dessas palavras no mundo do futebol com base nos exemplos a seguir.

– Marta foi a sensação no Maracanã: deu o passe para o primeiro gol brasileiro na etapa inicial e, perto do fim, venceu a guarda-meta argentina em cobrança de pênalti.

– A jogadora brasileira levou um pontapé que a tirou da partida antes dos quinze minutos do primeiro tempo.

– Por várias vezes, Formiga usou de artimanha e levantou a torcida no estádio Rei Pelé.

– As torcidas do Atlético Goianiense, do Athletico Paranaense e do Flamengo são rubro-negras b) Embora as seis palavras sejam formadas por composição, há algumas diferenças. Siga os passos para descobri-las.

– Com o tira-teima, acabou-se parte das discussões ao final dos jogos.

– Cristiane foi contratada para ser o homem-gol do Santos.

• O que o uso da palavra “homem-gol” na última frase sinaliza sobre o uso da língua no futebol?

• Descubram quais palavras deram origem a cada uma das palavras dadas como exemplos.

Derivação e composição são dois processos de formação de palavras na língua portuguesa. A derivação se dá quando a palavra recebe um afixo (prefixo ou sufixo) e se torna uma palavra nova. A composição se dá quando são utilizadas duas ou mais palavras que, juntas, formarão uma nova palavra.

4o episódio: Um giro pelo mundo da escrita Justaposição e aglutinação

O foco deste episódio são os processos de formação de palavras, com destaque para a composição por justaposição e a composição por aglutinação. Nas palavras formadas por justaposição, pode ou não ocorrer o uso de hífen. Entretanto, nesta coleção, não se pretende fazer um estudo exaustivo dessas regras, o que seria pouco produtivo. Por isso, optou-se pela indicação do livro O que muda com o Novo Acordo Ortográfico, no boxe Bônus.

Tempo previsto: 2 aulas

Léxico / Morfologia: EF08LP05

Respostas

1. a) O prefixo “ex-“ exprime a ideia de separação, afastamento; o substantivo precedido desse prefixo indica aquilo que alguém foi, mas já não é mais. No exemplo extraído do artigo, a autora informa que Alline Calandrini foi jogadora de futebol.

• Porque o uso reforça o argumento de autoridade ao informar que Alline Calandrini supostamente entende de futebol, pois é ex-jogadora dessa modalidade.

b) O prefixo “ex-” deve ser seguido por hífen diante de qualquer palavra. Exemplos: “ex-goleira”, “ex-árbitra”, “ex-treinadora” etc. Esse conteúdo foi estudado no volume do 6º ano; aqui, será usado para introduzir o estudo do uso do hífen com palavras compostas por justaposição.

2. a) ”Guarda-meta” (goleira); “pontapé“ (chute que acerta a adversária de forma desleal); “artimanha” (atitude de enganar a adversária); “rubro-negras” (torcidas que torcem para equipes com uniforme vermelho e preto); “tira-teima” (recurso digital usado pela TV que permite tirar dúvida sobre impedimentos e outros lances duvidosos em jogos de futebol); “homem-gol” (aquele que é o principal responsável do time pela marcação dos gols).

• Dizer que Cristiane foi contratada para ser o homem-gol sugere que o vocabulário do futebol ainda é muito masculino. Do ponto de vista linguístico, o mais democrático seria dizer que Cristiane foi contratada para ser a “mulher-gol” do Santos. É importante que os estudantes percebam que os usos da língua revelam aspectos culturais, sociais e comportamentais.

• A palavra é “artimanha”, que, no processo de fusão, perdeu um “e” e ganhou um “i”; além disso, a nova palavra tem apenas uma sílaba tônica, “ma”.

• A única palavra que se diferencia das outras quatro é “pontapé”, que não tem hífen.

Convide os estudantes a observar que, em todos os casos de justaposição, as palavras têm duas sílabas tônicas. c) Artimanha.

• Identifiquem a única palavra que, no processo de formação, sofreu alteração na ortografia de um dos elementos formadores e ficou apenas com uma sílaba tônica na nova palavra composta.

• Identifiquem, entre as cinco palavras restantes, a única que se diferencia das outras quatro do ponto de vista ortográfico.

Conquista

Quando, no processo de formação de uma palavra, duas ou mais palavras se juntam, acontecendo alteração ortográfica, fonológica e de tonicidade, diz-se que houve composição por aglutinação. Quando, no processo de formação de uma palavra, duas ou mais palavras se juntam, sem alteração em seus elementos formadores, diz-se que houve composição por justaposição (nesse caso, pode-se ou não ocorrer hífen).

c) Depois de fazer a análise das palavras e ler o boxe Conquista, responda: qual é a única palavra das seis analisadas que passou pelo processo de composição por aglutinação?

O foco deste episódio é uma roda de conversa sobre a polêmica questão “Futebol é coisa de homem?”. A conversa vai ser iniciada depois de os estudantes lerem (e, de preferência, assistirem) a transcrição do programa Minuto IBGE.

Tempo previsto: 2 aulas

Conversação espontânea: EF89LP27

Estilo: EF89LP15

Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social: EF69LP13, EF69LP14, EF69LP15

Produção de textos jornalísticos orais: EF69LP10

RESPOSTAS

1. Organize o momento de leitura compartilhada e, em seguida, organize uma roda, a fim de que os estudantes conversem sobre as questões propostas. Não foram usadas marcas de transcrição porque o foco é o conteúdo.

BÔNUS

No livro O que muda com o Novo Acordo Ortográfico, o gramático Evanildo Bechara apresenta as regras e as exceções de uso do hífen em palavras compostas. O livro é da editora Nova Fronteira e foi publicado em 2008.

5º EPISÓDIO: UM VIDEOMINUTO QUE VAI DAR O QUE FALAR!

Neste episódio, você vai falar para se posicionar, para argumentar, para contra-argumentar e, assim, exercer a cidadania: um verdadeiro gol de placa!

1. Leiam, coletivamente, a transcrição do programa Minuto IBGE, que discute o futebol feminino.

• Para a leitura serão necessárias pelo menos oito pessoas: enquanto uma faz a narração, as demais “interpretam” as entrevistadas pelo programa.

Minuto IBGE: “Futebol é coisa de homem?”

A pátria de chuteiras. Assim o Brasil é conhecido mundialmente. Além dos milhões de torcedores nas arquibancadas e à frente da televisão, o futebol é amplamente praticado país afora de forma amadora e recreativa. Porém, a bola ainda não rola tão redonda como merecem os pés e os sonhos femininos. Mulheres jogando futebol são uma minoria e relatam sofrer discriminação.

[ENTREVISTADA 1]: “Quando eu era criança e adolescente, não se falava muito em mulheres jogando.”

[ENTREVISTADA 2]: “Eu era a menina do prédio que ficava jogando bola no meio dos garotos, enquanto as meninas ficavam brincando de pique-esconde.”

[ENTREVISTADA 3]: “Com o passar dos anos, as mulheres têm conseguido ter uma inserção um pouco maior.”

[ENTREVISTADA 4]: “Decidi com outras mulheres fazer aquilo que os homens sempre fizeram, que é marcar um horário numa quadra, bater bola com amigas e [...] curtir aquela resenha.”

[ENTREVISTADA 5]: “Estamos aos poucos ocupando também esse espaço que nos é de direito.”

[ENTREVISTADA 6]: “Eu tenho percebido que há uma aceitação muito melhor, acho que as pessoas hoje em dia não estranham, né?”

[ENTREVISTADA 7]: “É mais do que futebol: é empoderamento, saúde, conquista de autoestima.”

Segundo o IBGE, em 2015, o futebol era a principal modalidade esportiva praticada no país, por mais de 15 milhões de pessoas. Desses, 94,5% eram homens, e apenas 5,5% mulheres. Os dados são do suplemento “Práticas de Esporte e Atividade Física”, da PNAD 2015.

Do Rio de Janeiro, Caio Bellandi.

IBGE – Informação para a cidadania

MINUTO IBGE – Futebol Feminino [ÁUDIO]. [Rio de janeiro], 2021. 1 vídeo (1min51s). Publicado pelo canal IBGE. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=_vLfLFsSA4c. Acesso em: 18 jun. 2022.

2. Organizem-se em uma roda para conversar sobre as questões a seguir. Se necessário, elaborem outras questões para alimentar a roda de conversa.

• Se você fosse o entrevistado, como responderia à questão “Futebol é coisa de homem?"? Qual argumento apresentaria para sustentar seu ponto de vista? Se você discorda do argumento de algum colega, peça a palavra para apresentar um contra-argumento com força para refutar o que o outro disse.

• Por que o uso da conjunção “porém” na primeira fala do narrador (1º parágrafo da transcrição) já sinaliza um posicionamento dos responsáveis pela produção do programa “Minuto do IBGE”?

• Você conhece mulheres que jogam futebol e sofrem algum tipo de discriminação por isso?

• Como você costuma agir quando uma mulher é discriminada por praticar, narrar ou comentar futebol: concorda e entra na “zoação”; não concorda, mas fica em silêncio; não concorda e manifesta publicamente essa discordância?

• A partir da análise do conjunto de falas das entrevistadas, o que é possível concluir sobre a questão debatida?

• Você considera que essa questão tem relevância social? Entre as falas das entrevistadas no Minuto IBGE, qual você selecionaria para defender a relevância da questão?

• A última fala do narrador traz um argumento de que tipo para mostrar que é importante continuar debatendo a participação feminina no futebol?

• Por que é possível caracterizar a questão da participação feminina no mundo do futebol como uma questão polêmica?

Assista ao videominuto produzido pelo IBGE disponível em: www.youtube. com/watch?v=_ vLfLFsSA4c (acesso em: 9 jun. 2022).

2. • Resposta pessoal. O fundamental é que os estudantes se manifestem respeitando os turnos de fala e se engajem e contribuam para o bom andamento da conversa. Fique atento a eventuais posicionamentos desrespeitosos, que desqualifiquem as mulheres que praticam futebol. É sempre importante monitorar e combater discursos de ódio.

• O uso da conjunção “porém” encaminha as pessoas que assistem ao videominuto a concluir que não importa o Brasil ser considerado “A pátria de chuteiras” se não é garantido às mulheres o direito de praticar futebol, seja profissionalmente, seja de forma recreativa.

Em hipótese alguma confunda o direito de se posicionar, isto é, a liberdade de expressão, com a manifestação de discurso de ódio. Quando for estabelecer diálogo com os pontos de vista e os argumentos de colegas, introduza sua fala com expressões do tipo “concordo”, “discordo”, “concordo parcialmente”, “do meu ponto de vista” etc.

• Resposta pessoal. Garanta que todos tenham resguardado o direito de se manifestarem. Em rodas de conversa, é importante monitorar a distribuição dos turnos de fala, a fim de evitar que uns tenham mais oportunidade de fala que os demais colegas.

• Resposta pessoal. Essa pergunta tem um objetivo principal: promover a compreensão por parte dos estudantes de que existem diferentes níveis de engajamento no combate ao preconceito – não concordar e ficar calado é menos eficiente do que não concordar e manifestar publicamente a discordância.

• É possível concluir que as coisas parecem estar caminhando favoravelmente, embora ainda haja resistência ao envolvimento das mulheres com o mundo do futebol.

• Resposta pessoal. A expectativa é de que os estudantes respondam que a questão tem relevância social. A fala que parece melhor expressar essa relevância é a da entrevistada 7: “É mais do que futebol: é empoderamento, saúde, conquista de autoestima”.

• É um argumento com base em prova concreta, pois são apresentados dados pertinentes, que comprovam que é importante continuar debatendo a presença da mulher no futebol, e também de autoridade, pois traz dados do IBGE, instituição que mais produz dados sobre o Brasil e os brasileiros.

• Porque ainda há posicionamentos divergentes em torno dessa questão. Está longe de ser algo consensual.

6o episódio: Eu, redator de artigo de opinião

O foco deste episódio é a redação de um artigo de opinião, considerando aspectos composicionais, estilísticos e semânticos do gênero.

Tempo previsto: 5 aulas

Relação do texto com o contexto de produção e experimentação de papéis sociais: EF69LP06.

Textualização: EF69LP07.

Revisão/edição de texto opinativo:

EF69LP08.

Construção composicional: EF69LP16

Estilo: EF69LP18

Estratégia de produção: planejamento de textos argumentativos e apreciativos: EF89LP10.

Textualização de textos argumentativos e apreciativos: EF08LP03.

Fono-ortografia: EF08LP04.

Léxico-morfologia: EF08LP05

Morfossintaxe: EF08LP06, EF08LP07, EF08LP11, EF08LP12.

Semântica: EF08LP14

RESPOSTAS

1. É importante fazer a leitura do Projeto de comunicação com os estudantes, certificando-se de que eles entenderam a proposta.

2. a) No momento de decidir quantas pessoas devem ser entrevistas, decida com os estudantes como a diversidade será contemplada. Uma possibilidade é considerar como os entrevistados se autodefinem.

6º EPISÓDIO: EU, REDATOR DE ARTIGO DE OPINIÃO

Neste episódio, você e seu colega de dupla vão escrever um artigo de opinião para ajudar a acabar com o preconceito que diz que futebol não é para mulher. Futebol é para todos e todas!

1. Informe-se sobre o que você vai fazer.

Gênero Artigo de opinião.

Projeto de comunicação

Situação Você e seu colega vão escrever um artigo de opinião com base em falas de entrevistas que vão realizar com pessoas da comunidade.

Tema Futebol também é assunto de mulher!

Objetivo Posicionar-se diante de uma questão polêmica e engajar-se no combate ao preconceito contra o futebol feminino.

Quem é você Um adolescente engajado com questões sociais. Para quem Para a comunidade escolar. Tipo de produção Em dupla.

2. Reúna-se com seu colega de dupla para planejarem as entrevistas com as pessoas da comunidade e a transcrição das respostas selecionadas.

a) Decidam: b) Selecionem as respostas que, na avaliação da dupla, podem ser usadas como argumentos favoráveis ao futebol feminino e selecionem as respostas com argumentos contrários que a dupla gostaria de refutar em seu artigo. Transcrevam as respostas selecionadas, ajustando-as, se necessário, às regras da norma-padrão.

• Quantas pessoas cada um de vocês vai entrevistar? Na escolha dos entrevistados, é importante considerar a diversidade de gênero, de faixa etária, de escolarização, de credo religioso e outras variáveis que julgarem importantes.

• Quantas e quais perguntas serão feitas? Três perguntas que demandem respostas mais curtas podem ser suficientes, mas a dupla é que vai avaliar. Algumas possibilidades: “Futebol é coisa de homem?”, “O que você pensa sobre mulher jogar, narrar e comentar futebol profissionalmente?”, “Você já assistiu a jogos de futebol feminino? Gostou?”, “Você deixaria de consumir os produtos de uma empresa que decidisse patrocinar o futebol feminino?”, “Como você costuma reagir quando um amigo manifesta preconceito com o futebol feminino?”.

3. Na construção da estrutura do texto e dos aspectos semióticos, apropriem-se do modelo utilizado por Debora Miranda no artigo “Por que, afinal, o futebol feminino ainda é tão renegado no Brasil?”:

• Parte introdutória: dois a quatro parágrafos que contextualizam a questão.

– Seria importante que, nesse momento, a dupla apresentasse pelo menos uma autoridade no assunto futebol feminino de sua comunidade: pode ser uma jogadora, uma treinadora, uma torcedora engajada, uma professora de Educação Física (é importante que seja uma mulher).

• Segunda parte: destinada à apresentação das falas das pessoas da comunidade entrevistadas pela dupla. Essa parte pode receber um subtítulo.

– Com o objetivo de destacar as falas, isolem, entre aspas, cada uma delas em um parágrafo e, se quiserem, usem negrito: isso vai ser importante para mostrar ao leitor, de forma explícita, que a questão é mesmo polêmica e precisa ser discutida.

– Para que a polêmica seja facilmente percebida, usem falas favoráveis ao futebol feminino como contra-argumentos às falas contrárias à modalidade.

• Última parte: um a dois parágrafos para apresentar a conclusão da dupla.

– Essa conclusão precisa retomar e reforçar a defesa do futebol feminino.

4. Com a estrutura delineada, redijam uma primeira versão do artigo de opinião.

• Com o artigo pronto, elaborem um título capaz de despertar o engajamento dos leitores. Seguem algumas dicas que podem ajudá-los. Escolham uma:

– Criem curiosidade nos leitores, elaborando o título, por exemplo, em forma de pergunta.

– Provoquem nos leitores a sensação de que eles terão um benefício claro em ler o artigo, usando expressões do tipo “Como fazer para...”, “Conheça...”, “X ideias para mudar...” etc.

– Provoquem a emoção dos leitores, usando palavras que sugerem o que eles sentirão em relação ao conteúdo do artigo.

• Leiam o título em voz alta e observem se existe alguma palavra que parece destoar do restante.

5. Façam uma cuidadosa revisão do artigo de opinião, reescrevendo as partes em que a dupla diagnosticar que isso é necessário. Orientem-se pelas seguintes perguntas:

– O artigo parece ter potencial para conseguir o engajamento dos leitores na causa do futebol feminino?

– A estrutura se organiza de forma clara nas partes sugeridas?

– Os parágrafos estão interligados, proporcionando aos leitores a sensação de que eles estão diante de um artigo que tem unidade de sentido?

– Os argumentos e os contra-argumentos estão adequadamente conectados?

– Os argumentos importantes na defesa do ponto de vista da turma foram linguisticamente sinalizados para os leitores por meio do uso correto das conjunções?

– Ortografia, regências, concordâncias verbal e nominal e pontuação estão de acordo com as regras da normapadrão, a não ser nos casos em que houve intenção deliberada de não seguir essas regras?

– O hífen foi utilizado de acordo com as regras no caso de palavras compostas?

– O ordenamento das orações deixou o texto claro ou parece que os leitores vão precisar retornar várias vezes em determinado fragmento do artigo?

6. Com o artigo de opinião revisado pela dupla, compartilhem-no com os colegas e elejam aqueles que se mostraram mais eficazes no combate ao preconceito contra o futebol feminino.

7o episódio: Mesmo tema, outro campo de atuação social

Cinema

Neste episódio, os estudantes serão convidados a refletir sobre como o cinema, uma das mais importantes manifestações artísticas, aborda o futebol feminino.

Tempo previsto: 3 aulas

Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos: EF89LP34.

Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção / Apreciação e réplica: EF69LP45, EF69LP46.

Respostas

1. a) A expectativa é de que os estudantes respondam que não, já que a personagem escolhida é Marta, a principal jogadora brasileira de todos os tempos e uma das maiores vencedoras do prêmio de melhor do mundo.

• O adereço, uma coroa, reforça a ideia de que Marta é a principal jogadora brasileira e uma das maiores do mundo, por isso ela foi coroada “Rainha Marta”.

b) Chame a atenção dos estudantes para o fenômeno da mudança linguística, que se manifesta na escrita de muitas palavras usadas na declaração de 1941.

• A palavra borrada é “não”. Esse borrão contraria e refuta o sentido da declaração original do assistente do Ministério da Educação.

• Porque, na capa, a declaração foi refutada ao ser encoberta por uma ficha de filiação de uma mulher a uma federação estadual de futebol, um argumento baseado em prova concreta. Na 2ª página, ao ser desvendada para os leitores da programação, a imagem da programação é borrada, com o fim de ter seu sentido alterado.

7º EPISÓDIO: MESMO TEMA, OUTRO CAMPO DE ATUAÇÃO SOCIAL CINEMA

Neste episódio, o futebol feminino vai invadir as telonas. Tem história para todo gosto. A turma vai organizar um CineFoot na escola para fechar com chave de ouro o combate ao preconceito contra o futebol feminino.

1. No final de 2020, o CineFoot, um festival de cinema sobre futebol, levou as mulheres do campo para a telona e exibiu vários filmes com a temática do futebol feminino. Veja a capa do folheto digital do evento.

a) Você se surpreendeu com a personagem utilizada para ser a protagonista da capa do folheto digital? Justifique sua resposta.

• Como você explica o adereço que foi colocado na cabeça dessa personagem?

b) Em sua capa, o folheto digital sugere que a imagem da ficha de filiação de Marta à Federação Mineira de Futebol de Salão encobre outra imagem, desvendada na 2ª página do folheto. Com base nisso, faça o que se pede.

• Nessa imagem, uma palavra aparece borrada. Qual é ela e qual o efeito de sentido desse borrão?

• Por que se pode dizer que a relação entre a capa do folheto e a 2ª página foi estrategicamente planejada?

2. Qual é a importância, para a modalidade, de um festival de cinema destacar o futebol feminino?

Imagem apresentada na 8ª página do folheto digital: sinopse do filme Minas do Futebol

• Pela sinopse, quais filmes mais despertaram sua curiosidade e o desejo de assistir? Justifique sua escolha aos colegas e ao professor.

4. Que tal a turma recriar o CineFoot Mulheres na escola? Para isso, acompanhem as etapas a seguir.

• Pesquisem na internet filmes sobre a temática que sejam adequados à faixa etária de vocês e escolham um para exibir na escola.

• Assistam cuidadosamente ao filme e elaborem um comentário coletivo sobre ele, destacando de que maneira a obra se mostra vinculada ao futebol feminino: marcador:

– Qual é a história, o enredo?

3. • Resposta pessoal. O fundamental é que os estudantes consigam justificar suas escolhas. Pergunte que informação foi decisiva para eles escolherem um ou outro filme.

- Os planos foram estudados na missão 8 do volume 7. Se necessário, retome os conceitos como os estudantes.

– As personagens são reais ou foram criadas?

– Os diálogos são bem construídos e relevantes para a história?

– Como o cenário e o figurino ajudam a contar a história e criar o clima para o desenvolvimento das cenas?

– Como os objetos usados em cena levam o espectador para o mundo da temática em debate?

– Como é a trilha sonora? Ela emociona? Ajuda na evolução da história?

– As imagens trazem sempre as personagens em primeiro plano ou predomina a escolha de um plano mais geral?

– Ao final, vocês ficaram com a sensação de que o filme contou uma história redondinha ou deu saltos que atrapalharam a produção e os sentidos?

Sessão comentada: momento no qual é assistido um filme em grupo com o propósito de promover o debate referente à questão relacionada à temática do filme.

• Convidem familiares e pessoas da comunidade para assistirem à sessão comentada do filme selecionado pela turma.

– Exibam o filme e, em seguida, promovam uma reflexão sobre como o filme encaminhou a abordagem da temática em discussão.

– Reservem um tempo para que os convidados que quiserem apresentem suas impressões sobre o filme e a temática.

– Ao final, agradeçam a presença dos convidados.

5. Retomem a sessão comentada em sala de aula e compartilhem as impressões que vocês tiveram dos modos como os convidados reagiram: eles pareciam gostar do evento e se engajaram na discussão ou se limitaram a assistir ao filme?

Como você se saiu em sua missão de combater o preconceito contra o futebol feminino? Na real, você merece uma, duas, três... Quantas estrelas? Para refletir sobre o que foi estudado ao longo do trajeto até chegar aqui, façam uma roda e conversem sobre as questões organizadas no portal 1 (avaliação) e no portal 2 (autoavaliação).

Portal 1

Quais são os elementos que compõem a estrutura básica de um artigo de opinião?

Em argumentação, como o ato de refutar deve ser caracterizado?

Quais são os tipos de argumento mais utilizados?

O que são orações subordinadas substantivas? Como elas são tradicionalmente classificadas?

Qual é a importância das orações subordinadas substantivas no gênero artigo de opinião?

Qual é a diferença entre palavras compostas por aglutinação e palavras compostas por justaposição?

Portal 2

Para você, qual é o limite entre a liberdade de expressão e o discurso de ódio?

Em sua opinião, existe um tipo de argumento que é sempre mais eficaz do que os outros?

Você considera importante se posicionar sobre questões polêmicas? Por quê?

Você considera que consolidou seu conhecimento sobre as orações subordinadas substantivas ou ainda é necessário retomá-las?

Em sua opinião, por que é importante estudar os processos de aglutinação e de justaposição?

Você acredita que o cinema pode ajudar no combate a preconceitos? Por quê?

Salvando O Progresso

É importante que os estudantes tenham a oportunidade de avaliar o que foi estudado e de autoavaliar sua aprendizagem. No portal 1, as perguntas permitirão avaliar a aprendizagem dos estudantes acerca dos objetos de conhecimento trabalhados ao longo da missão. No portal 2, os estudantes terão a oportunidade de avaliar a própria aprendizagem, com base em perguntas que fomentam a manifestação da subjetividade diante dos objetos estudados. Durante a realização da roda de conversa, oriente-os a exercerem a escuta atenta, respeitando os turnos de fala. Enquanto para as perguntas do portal 1 há respostas objetivas, que podem ser avaliadas como certas, parcialmente certas ou erradas, para as perguntas do portal 2 é impossível exigir respostas padronizadas.

Portal 1

A estrutura básica de um artigo de opinião e a caracterização do ato de refutar em argumentação foram estudadas no 1º episódio. Os tipos de argumento foram estudados no 2º episódio. As orações subordinadas substantivas foram estudadas no 3º episódio. Aglutinação e justaposição foram trabalhadas no 4º episódio.

Portal 2

Respostas pessoais.

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