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ENTRANDO NO JOGO
Neste jogo, sua parceira é a educação política. Com ela você vai refletir sobre a representatividade política e sobre a democracia. Prepare-se para o exercício da cidadania!
Portal 1
1. Observe a fotografia a seguir que registra a cerimônia de posse de deputados federais.
a) Observando a fotografia, por que se pode afirmar que não existe equilíbrio entre o número de deputados e o número de deputadas eleitos?
b) Você sabe como esses deputados e deputadas foram eleitos? Fale para os colegas.
c) Em sua opinião, a diversidade da população brasileira encontra-se contemplada nessa fotografia dos deputados e deputadas federais?
d) Você se sente representado na fotografia acima?
Portal 2
2. Presidente, senador, deputado federal, governador, deputado distrital, deputado estadual, prefeito, vereador... O que essa gente faz no exercício desses cargos? Que tal ampliar seus conhecimentos sobre essas funções públicas? Para isso, siga as orientações.
a) Em duplas, identifiquem em qual esfera – federal, estadual, distrital, municipal – cada um dos cargos se enquadra.
b) Relacionem as funções descritas nos cartões a cada um dos cargos políticos: presidente, senador, deputado federal, governador, deputado estadual e distrital, prefeito, vereador.
Cartão 1: representantes do povo na esfera estadual (Assembleia Legislativa) ou distrital (Câmara Legislativa do Distrito Federal). Deve legislar, propor emendas, alterar e revogar leis estaduais. Além disso, deve fiscalizar as contas do governo estadual.
Cartão 2: deve fazer leis de abrangência nacional e fiscalizar os atos do presidente da República.
Cartão 3: deve propor, discutir e aprovar leis que vigoram em todo o país.
Cartão 4: deve exercer a direção da administração estadual e representar o Estado em suas relações jurídicas, políticas e administrativas, buscando investimentos e obras federais.
Neste portal, os estudantes continuam a reflexão sobre o tema educação política, abordando a função dos cargos políticos no Brasil.
Respostas
2. Quando se fala em educação política, um dos temas relevantes é conhecer as atribuições das funções desses cargos políticos. Esses representantes são eleitos pelo voto e conhecer o que eles fazem nessas funções é necessário para o exercício da cidadania e da democracia.
a) Presidente, senador e deputado federal: esfera federal; governador, deputado estadual e deputado distrital: esfera estadual e distrital; prefeito e vereador: esfera municipal.
b) Cartão 1 – deputado estadual e distrital; cartão 2 – deputado federal; cartão 3 – senador; cartão 4 – governador; cartão 5 – presidente; cartão 6 – prefeito; cartão 7 – vereador.
c) É importante que os estudantes possam conferir se fizeram a associação entre cargo político e funções de forma adequada.
Cartão 6: deve representar o município em suas relações jurídicas, c) Compartilhem com a turma as funções dos cargos públicos que vocês identificaram. Todos associaram essas funções da mesma forma?
3. Em sua opinião, por que é importante conhecer as atribuições dos cargos políticos? De que maneira esse conhecimento pode ajudar você a exercer seu papel de cidadão?
3. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a se pronunciarem. É importante que eles reflitam que conhecer as funções atribuídas aos cargos públicos de pessoas eleitas pelo povo para representá-lo pode ser um instrumento de exercício da cidadania. Saber o que devem fazer presidente, senadores, deputados federais, estaduais, distritais, governadores, prefeitos e vereadores permite aos cidadãos fiscalizar o trabalho desses políticos em seus mandatos. Além disso, conhecer essas atribuições pode propiciar melhor reflexão no momento de escolha dos candidatos.
Jogando
1o episódio: Eu, leitor de reportagem
Neste episódio, o objetivo é a leitura de uma reportagem sobre uma ONG que tem projetos para fomentar a participação política dos brasileiros. O conhecimento sobre política, em seus diferentes aspectos, é fundamental para o exercício da cidadania e para o fortalecimento da democracia. Os estudantes vão refletir sobre a importância da educação política como forma de participar da vida pública. Segundo a BNCC, p. 146, o objetivo, ao se abordar o campo Atuação na vida pública, é “ampliar e qualificar a participação social dos jovens nas práticas relativas ao debate de ideias e à atuação política e social” e explorar uma reportagem que discute a educação política é uma proposta para cumprir esse objetivo.
Tempo previsto: 3 aulas
Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto: EF69LP03
Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social: EF69LP13, EF69LP15
Apreciação e réplica: EF69LP21
Contexto de produção, circulação e recepção de textos e práticas relacionadas à defesa de direitos e à participação social: EF89LP18
Curadoria de informação: EF89LP24.
Respostas
1. Resposta pessoal. Peça aos estudantes que se pronunciem sobre essa afirmação. É importante que eles reflitam sobre como a política influencia a vida de todos em diferentes instâncias: na escola, no trabalho, no lazer, no transporte, nas relações de consumo.
2. Resposta pessoal. Peça aos estudantes que relatem o que sabem ou conhecem desse tema.
3. Se achar conveniente, faça a leitura coletiva com os estudantes.
Educação política é um processo de construção de conhecimentos que tem como objetivo possibilitar aos cidadãos compreender os debates políticos no Brasil e no mundo, percebendo suas nuances e sua complexidade. Esses conhecimentos também permitem a participação ativa na política.
Webinário: videoconferência, (ou webconferência), geralmente de caráter educacional, em que a comunicação é de apenas uma via, isto é, somente o palestrante se expressa. Os participantes interagem via chat, enviando perguntas ou comentários.
Neste jogo, você vai potencializar sua cultura política e refletir sobre como a democracia pode ser vivenciada de forma mais consciente.
1º EPISÓDIO: EU, LEITOR DE REPORTAGEM
Neste episódio, a jogada de mestre é ler uma reportagem para conhecer como é possível ampliar sua educação política. Preparado para se engajar?
1. Você concorda com a afirmação de que “a política está em tudo”? Fale para os colegas.
2. Você sabe o que é educação política? Acha importante que esse tema seja abordado nas escolas? Fale para os colegas.
3. Leia silenciosamente a reportagem a seguir, publicada em 2022, que apresenta informações sobre uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos engajada em promover a educação política de brasileiros e brasileiras.
ONG quer ajudar brasileiro a ser mais politizado e já formou 73 mil pessoas
Levar educação política para a população brasileira é o objetivo da Politize!, uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que teve início, em 2015, como um portal de conteúdos sobre a democracia e participação cidadã.
O embrião da iniciativa surgiu antes, em 2013, “como uma ideia”, afirma a gestora de comunicação da entidade, Luiza Wosgrau, logo após as manifestações daquele ano. “Muitas das pessoas que estavam lá não sabiam muito bem o que elas estavam reivindicando. Por que essas manifestações estavam acontecendo? A gente percebeu que realmente o que tem de mais democrático no Brasil é o despreparo para a democracia”, reforça Luiza.
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Atualmente, o portal reúne 2,7 mil conteúdos nos mais diversos formatos – texto, webinário, vídeo, infográfico – e os interessados podem fazer cursos on-line e ter acesso a informações que garantam uma participação efetiva na vida pública e cidadã. Mais de 60 milhões de usuários únicos acessaram esses conteúdos pela internet. Em formações presenciais, foram mais de 73 mil pessoas alcançadas até hoje.
“De acordo com o Democracy Index (pesquisa feita pela revista The Economist), o Brasil tem uma democracia falha. Há falta de participação política pela população e de cultura política no país. Pensando nisso, a gente surgiu com uma ideia de levar educação política para a população brasileira para fortalecer a democracia, ou seja, entregar para as pessoas as ferramentas necessárias para que elas consigam participar da democracia.”
Protagonismo comunitário
Para ampliar o escopo da entidade e entendendo que a democracia precisa de Líderes engajados e protagonistas em seus próprios territórios, a Politize! lançou, em 2018, o Programa Embaixadores Politize! com o intuito de ajudar a formar lideranças cidadãs capazes de propor soluções e assumir papéis de destaque em suas cidades ou organizações. São três etapas: Multiplicadores Politize!, Embaixadores Politize! e Líderes Politize!.
Na primeira delas, o jovem ou interessado passa por uma formação de cinco meses em que, além dos princípios da democracia, aprende sobre a importância de políticas públicas, as atribuições do presidente, governador e prefeito, diálogo e empatia cidadã. Também nessa fase, eles são desafiados a compartilhar com suas comunidades tudo o que aprenderam por meio de ações e oficinas, democratizando o acesso ao conhecimento político.
Empatia: capacidade de se colocar no lugar do outro, a fim de compreender sentimentos, emoções, ações e reações.
Escopo: objetivo, meta, finalidade.
Fomentem (fomentar): estimular, incentivar.
Encontro da Politize!, organização da sociedade civil sem fins lucrativos que teve início em 2015.
As pessoas que passam por essa formação podem ir para uma segunda etapa do programa como Embaixadores – quando servem de mentoras para os Multiplicadores do próximo ano e aprendem também vertentes empreendedoras. Nessa fase, as pessoas são convidadas a ingressar em uma Embaixada Politize! ou criar uma Embaixada em municípios que ainda não tenham esses núcleos.
O objetivo é que esses polos – que não têm sede, são formados apenas pela rede de voluntários – fomentem a participação de cidadão naquela localidade para que compreendam os projetos de lei, participem de audiências públicas e exerçam a democracia de forma plena naquele espaço.
“Querendo ou não você tem que manter uma Embaixada de pé, você tem que fazer uma gestão daquelas pessoas. Então, o Embaixador começa também a ter esse senso de comunidade e de gestão”, explica Luiza. “Se a pessoa não quiser fundar uma Embaixada, a gente fica contente também porque ela passou por uma formação sobre democracia, então, o nosso trabalho já foi feito de certa forma.”
Atualmente a Politize! tem 85 Embaixadas administradas por voluntários.
A terceira e última etapa do programa é a de Líderes. A Politize! entende esse núcleo como o de pessoas mais maduras que conseguem propor possíveis políticas públicas a serem desenvolvidas e transformadas em projetos de lei, ou ainda aquelas que conseguem ajudar interessados a criar outra organização ou a fundar um cursinho popular em sua comunidade, por exemplo.
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Comunicação não violenta: processo que prevê o desenvolvimento de habilidades de comunicação verbal e não verbal que buscam criar compaixão e empatia para o fortalecimento das relações humanas.
Estímulo ao diálogo
Além de compreender conceitos da política institucional, como criação de leis, orçamento público, e correntes de pensamento, a formação leva os cidadãos a aprenderem a dialogar com pessoas de diferentes visões políticas por meio da comunicação não violenta, conhecerem os principais desafios da sua cidade, aprenderem ferramentas de participação política e implementarem soluções aos desafios do seu município.
“O programa Embaixadores Politize! é o nosso grande ativo. Já alcançamos, com as nossas ações, mais de 13 mil pessoas. São muitos impactados no meio do caminho”, afirma Luiza. Atualmente, a Politize! conta com 3 mil Multiplicadores ativos, 412 Embaixadores e 48 Líderes.
Fazer a diferença
Um desses Líderes é o estudante de relações internacionais Bryan Leonardo Nery, 22 anos, também fundador da Embaixada Rio-Niterói. A história de Bryan com a Politize! começou em 2016, quando ele se preparava para prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e encontrou, na internet, um conteúdo feito pela entidade. Ele passou a ter a Politize! como uma referência bibliográfica, além de seguir as redes sociais e conferir as novidades no portal de conteúdo.
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Foi apenas em 2019 que, atraído pelas chamadas para participar do Embaixador Politize! e depois de um ano de muito envolvimento com a política por causa das eleiçoes de 2018, Bryan se filiou è entidade.
“Foi um ano incrível pra mim, em que aprendi muito, saí da minha zona de conforto, furei minha bolha social e conheci uma nova realidade”, afirma Bryan.
Desenvolvendo atividades e workshops dentro das comunidades e favelas do Rio de Janeiro, ele conheceu a realidade do cidadão brasileiro que têm os seus direitos negados pelo Estado. “Pude perceber, nas vivências, como era difícil para algumas pessoas ter acesso ao básico, ao direito à informação, por exemplo. Isso me impactou muito e só provou para mim que eu precisava cada vez mais estar dentro de atividades que geram algum tipo de impacto positivo na sociedade.”
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‘A gente percebeu que realmente o que tem de mais democrático no Brasil é o despreparo para a democracia’.
O estudante de relações internacionais Bryan Leonardo Nery, 22 anos, é um dos membros da Politize!.
No ano seguinte, ele e outros amigos da rede fundaram a Embaixada Rio-Niterói em que Bryan atuou como gerente de comunicação, fazendo o engajamento dos voluntários e cuidando da curadoria e da produçao de conteúdo para redes sociais do polo. No local, Bryan também atuou como Mobilizador.
O convite para que ele se tornasse um Líder da entidade veio este ano e foi apenas a coroação de um trabalho que ele já vinha exercendo. “A rede de Líderes é o espaço em que as pessoas estão juntas pensando e cocriando soluções para os problemas públicos. E é isso o que eu quero: colocar na prática tudo o que eu aprendi nos últimos anos com as vivências que eu tive no Rio de Janeiro. E eu estou muito ansioso para começar a implementar soluções para a nossa sociedade.”
Política e cidadania nas escolas
O mais novo eixo de trabalho da Politize! foi criado em 2020 com o intuito de ser o de maior impacto em alta escala. O projeto Escola da Cidadania Ativa! busca, por meio de acordos e de parcerias com as Secretarias de Educação dos estados, implementar a educação para a cidadania na educação básica de escolas públicas – atualmente, há acordos firmados com São Paulo, Bahia, Amazonas, Acre, Roraima, Sergipe, Distrito Federal e Mato Grosso.
A entidade oferece planos de aulas para ajudar os professores a falar sobre temas como alfabetização midiática, imprensa e jornalismo, sustentabilidade, direito e justiça e diálogo. Os materiais têm como foco estudantes do 1º ao 3º ano do ensino médio.
Diferentemente de mim e dos meus colegas aqui da Politize!, que saímos da escola sem compreender como funciona o nosso sistema, como é uma democracia, o que faz o prefeito da minha cidade, a nova geração vai poder ser formada com esses conhecimentos para poder exigir seus direitos, exercer os seus deveres e contribuir, dentro do seu espaço, para um futuro melhor.
Luiza Wosgrau, gestora de comunicação da Politize!
Para estimular o protagonismo dentro de sala de aula, a entidade tem ainda o Liderança Ativa, uma formação de 30 horas para representantes de turma. O curso traz conceitos de gestão democrática, comunicação não violenta e conhecimentos sobre o sistema educacional, de forma que os estudantes possam melhor desempenhar o papel pelo qual foram escolhidos democraticamente dentro da escola.
Para 2022, já há 1,8 mil inscrições para o Liderança Ativa no estado do Amazonas. A expectativa é, no final de maio, abrir inscrições no estado do Acre.
BERALDO, Lílian. ONG quer ajudar brasileiro a ser mais politizado e já formou 73 mil pessoas. Ecoa, Brasília, DF, 31 maio. 2022. Disponível em: www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2022/05/31/iniciativaquer-ajudar-brasileiro-a-ser-mais-politizado.htm. Acesso em: 21 jul. 2022.
a) De acordo com a reportagem, o que é a Politize! e qual é seu objetivo central?
b) Releia este trecho da reportagem.
O embrião da iniciativa surgiu antes, em 2013, “como uma ideia”, afirma a gestora de comunicação da entidade, Luiza Wosgrau, logo após as manifestações daquele ano. “Muitas das pessoas que estavam lá não sabiam muito bem o que elas estavam reivindicando. Por que essas manifestações estavam acontecendo? A gente percebeu que realmente o que tem de mais democrático no Brasil é o despreparo para a democracia”, reforça Luiza.
a) Politize! é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, criada em 2015, cujo objetivo central é levar educação política para a população brasileira.
b) c) De acordo com a reportagem, esse programa tem como objetivo ajudar a formar lideranças cidadãs que possam propor soluções e assumir o protagonismo no lugar onde vivem. Esse programa é composto por três etapas:
• Se possível, permita que os estudantes realizem essa pesquisa com o celular para que possam se informar sobre as manifestações de 2013. É importante, para garantir a confiabilidade das informações, que eles acessem sites institucionais, como os de portais de notícias, ou governamentais, como os de instituições superiores. Algumas sugestões de sites para a pesquisa: https://guiadoestudante.abril.com.br/ estudo/manifestacoes-de-junho-de2013-relembre-os-fatos-importantes; https://aventurasnahistoria.uol. com.br/noticias/reportagem/20centavos-ao-impeachment-osbastidores-dos-protestos-de2013-a-2016-no-brasil.phtml; www. brasildefato.com.br/2018/06/13/ jornadas-de-junho-de-2013-foramum-marco-nos-protesto-popularesno-brasil (acessos em: 22 jul. 2022).
Caso não seja possível, explique que as manifestações de 2013 levaram milhares de pessoas às ruas, sobretudo jovens, em diferentes cidades brasileiras para protestar contra o aumento da passagem do transporte público, escândalos de corrupção e para exigir melhorias na área da saúde, da educação, do transporte público, da segurança pública, entre outros.
• Ela afirma isso porque pôde perceber que, nas manifestações de 2013, muitos participantes não sabiam as razões pelas quais estavam protestando, ou seja, esse desconhecimento é democrático porque é compartilhado por muitas pessoas. O despreparo para o exercício da democracia é compartilhado por muitos brasileiros e, em função dessa quantidade, é algo democrático.
• O trecho em que se cita a pesquisa realizada pela revista The Economist: “o Brasil tem uma democracia falha. Há falta de participação política pela população e de cultura política no país”.
1) Multiplicador – o interessado participa de uma formação com duração de cinco meses, em que aprende sobre a importância de políticas públicas, a função de cargos do Executivo, o diálogo e a empatia cidadã. Além disso, é convidado a compartilhar o que aprendeu em sua comunidade.
2) Embaixador – o interessado exerce a função de mentor de outros Multipli- c) Explique, com suas palavras, o que é o programa de Embaixadores criado pela Politize! em 2018. d) Segundo a reportagem, quais são as vantagens para quem participa do programa de Embaixadores? e) Por que se pode afirmar que a história de Bryan, relatada na reportagem, funciona como argumento a favor do programa de Embaixadores? f) Por que se afirma que o novo projeto da Politize! chamado de “Escola da Cidadania Ativa!” tem potencial para alcançar um número maior de brasileiros? g) Segundo a reportagem, a Politize! também oferece o curso “Liderança Ativa”. Leia as informações sobre esse curso disponibilizadas no site da ONG.
• Usando o celular, faça uma pesquisa rápida em sites institucionais ou governamentais sobre as manifestações que aconteceram em 2013 e compartilhe com os colegas os resultados.
• Por que a gestora de comunicação da Politize! afirma que “o que tem de mais democrático no Brasil é o despreparo para a democracia”?
• Qual trecho da reportagem parece confirmar essa fala de Luiza Wosgrau?
• Você se sentiu interessado em fazer parte do programa de Embaixadores? Por quais razões? Fale para os colegas.
• Você gostaria que sua escola participasse desse projeto? Por quê? Fale para a turma e seu professor.
CURSO GRATUITO
Liderança Ativa [2022]
A Formação “Liderança Ativa” é feita para as lideranças estudantis que querem entender melhor a sua função na comunidade escolar e desenvolver o seu protagonismo, de modo que sejam capazes de identificar seus espaços e planejar as ações, promovendo a empatia e a equidade no contexto escolar. São 40 horas de discussões e reflexões que vão ajudá-los(as) a exercer a liderança estudantil com melhor entendimento sobre o sistema educacional, sobre o seu papel na escola e suas potencialidades, buscando resolver problemas de maneira racional e democrática.
CURSO gratuito. Liderança Ativa! [2022]. Politize!, [S. l.], 2022. Disponível em: https://ead.politize.com.br/courses/ lideranca-ativa-2022/#learndash-course-content. Acesso em: 21 jul. 2022.
• Em sua opinião, esse curso é relevante para a formação dos estudantes? Compartilhe sua opinião com os colegas e o professor.
4. Em 2018, a Agência Câmara Notícias, da Câmara dos Deputados, publicou a notícia “Número de deputados negros cresce quase 5%” em referência aos dados das eleições de 2018. Leia um trecho dessa notícia.
População brasileira cadores e aprende sobre empreendedorismo. É convidado a entrar para uma Embaixada Politize! ou a criar uma em sua comunidade. d) Segundo a reportagem, as pessoas que participam podem compreender conceitos da política institucional, como criação de leis, orçamento público e correntes de pensamento. Além disso, podem aprender a dialogar com pessoas de diferentes visões políticas por meio da comunicação não violenta, conhecer os desafios da cidade onde vivem, aprender ferramentas de participação política e implementar soluções para os desafios enfrentados pelos municípios. e) Porque, pelo relato, é possível perceber como Bryan passa a atuar de forma protagonista para melhorar o lugar onde vive a partir dos conhecimentos e vivências que foram construídos por ele com sua inserção no programa de Embaixadores. a) Comparando-se a população brasileira e os dados do gráfico, é possível dizer que na Câmara pardos, pretos, amarelos e indígenas estão, de fato, representados? Por quê? b) Reflita com os colegas: por que é importante mudar esses números para ampliar a representatividade das populações parda, preta, indígena e amarela?
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada em novembro do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrava que, em 2016, os brancos representavam 44,2% da população brasileira; os pardos representavam a maior parte da população (46,7%); e os pretos, 8,2% do total de brasileiros. A cor é autodeclarada pelo entrevistado.
3) Líder – o interessado, que deve ter passado pelas duas outras etapas, deve conseguir propor ações que possam ser transformadas em políticas públicas e, também, ser capaz de ajudar outras pessoas a agirem em prol da comunidade onde vivem.
• Resposta pessoal. Peça aos estudantes que apresentem seus motivos para quererem ou não participar do programa de Embaixadores.
Chave Mestra
Para responder, considere que os deputados são as pessoas que vão criar leis para atender às demandas da população.
c) Em sua opinião, de que maneira as ações propostas pela Politize! podem contribuir para que haja mudanças na representatividade da população brasileira na Câmara dos Deputados? Fale para os colegas e o professor.
Amplie seus conhecimentos sobre representatividade na política lendo a reportagem “Mulheres na política: ações buscam garantir maior participação feminina no poder”, publicada pela Agência Senado e disponível em: www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2022/05/aliados-na-lutapor-mais-mulheres-na-politica (acesso em: 22 jul. 2022).
f) Porque o objetivo desse projeto é se inserir dentro de escolas públicas a partir de parcerias estabelecidas com as secretarias de educação dos estados.
• Resposta pessoal. Incentive o posicionamento dos estudantes sobre a possibilidade de participar do projeto “Escola da Cidadania Ativa!”, explicando suas razões.
g) • Resposta pessoal. Os estudantes, ao apresentarem suas opiniões, devem apresentar também argumentos que a fundamentam. Pergunte a eles se se sentiram interessados em participar do Liderança Ativa como forma de ampliar o protagonismo deles no espaço escolar e na própria comunidade em que vivem.
4. a) Não; embora a população de pretos e pardos represente a maior parte da população brasileira, cerca de 55%, essas pessoas ocupam menos de 25% dos lugares na Câmara. A maioria dos deputados federais (75%) é composta por brancos. Os indígenas e os amarelos também estão sub-representados porque o número de deputados que representam essas etnias é ainda menor.
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b) Porque aumentar o número de representantes dessa parcela da população, que, historicamente, sofre com a exclusão social e com a ausência de políticas públicas, amplia as chances de que esses representantes criem leis que tenham como objetivos melhorar as condições socioeconômicas delas.
c) A expectativa é de que os estudantes percebam que as ações da Politize!, ao propiciarem uma educação política para os brasileiros, têm potencial para fazer as pessoas refletirem sobre a importância de se ampliar a representatividade no espaço político, como a Câmara dos Deputados, fazendo mais pessoas se engajarem nesse movimento tanto na apresentação de candidatos quanto na votação de candidatos que representem a população preta, parda, indígena e amarela.
5. Resposta pessoal. Para esta atividade, é necessário disponibilizar para os estudantes o regimento da escola em que estudam, para que possam se inteirar desse documento, que rege e orienta diferentes ações que fazem parte do funcionamento da escola.
a)
• A expectativa é de que os estudantes respondam que não. O inciso IX, que prevê a organização do grêmio estudantil com “finalidades cívicas”, é muito vago no que se refere à educação política para o exercício da democracia.
5. Você já leu o regimento de sua escola? Sabe se ele favorece ações para a construção de uma educação política pelos estudantes? Fale para os colegas o que você sabe sobre esse assunto.
Atalho
Regimento escolar é um documento composto por um conjunto de regras que estruturam e estabelecem o funcionamento e a organização da escola nas dimensões administrativa, didática, pedagógica e disciplinar. O regimento deve estar em conformidade, com a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, conhecida como Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, e com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) , entre outras leis.
a) Leia o trecho de um modelo de regimento escolar, elaborado pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) do estado de São Paulo para os municípios, que aborda os direitos do estudante.
Seção IV
Dos Direitos e Deveres dos Alunos
Art. 41 – São direitos dos alunos, além de outros previstos na legislação vigente:
I – receber formação educacional adequada e em conformidade com os currículos constantes do projeto político-pedagógico;
II – ter assegurado respeito de sua pessoa por toda comunidade escolar;
III – ter convivência sadia com seus colegas;
IV – manter comunicação harmoniosa com seus professores;
V – reunir-se para organização de agremiações e campanhas de cunho educativo, dentro das normas estabelecidas pela escola;
VI – ter acesso ao projeto político-pedagógico, bem como aos recursos materiais e didáticos da escola;
VII – ter conhecimento prévio dos critérios de avaliação utilizados pela escola;
VIII – recorrer dos resultados das avaliações de seu desempenho quando se julgar prejudicado sendo que no caso de aluno menor, o recurso deverá ser interposto por seu responsável;
IX – organizar o grêmio estudantil como entidade representativa de seus interesses, com finalidades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais;
X – receber atendimento adequado por parte dos serviços assistenciais, quando carentes de recursos;
[...] b) Leia o trecho do regimento da sua escola que aborda os direitos dos estudantes. O que esse regimento fala sobre o direito do estudante a uma educação política? Em sua opinião, ele é satisfatório? c) Em sua opinião, para que você tenha a oportunidade de sair da escola compreendendo como funciona nosso sistema político – ou seja, sabendo como é uma democracia, o que faz o prefeito da sua cidade etc. –, é necessário ampliar as possibilidades de construção de educação política? Compartilhe com os colegas sua opinião.
• Esse modelo prevê uma ação efetiva para que os estudantes possam construir uma educação política? Fale para os colegas.
B Nus
Acesse o portal da Politize! (disponível em: www.politize.com.br) e amplie seus conhecimentos sobre educação política.
b) Leia com os estudantes o trecho do regimento da escola em que são abordados os direitos dos estudantes e questione se a educação política está contemplada no documento.
c) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a se pronunciarem em relação ao ponto de vista que têm sobre a própria formação em educação política, a qual pode ser construída no espaço escolar.
2o episódio: Nosso centro de análise de usos da língua
O foco deste episódio é o estudo reflexivo de recursos linguístico-semióticos mobilizados na construção da reportagem.
Tempo previsto: 1 aula
Educação política é um direito de todos.
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2º EPISÓDIO: NOSSO CENTRO DE ANÁLISE DE USOS DA LÍNGUA
Neste episódio, você vai analisar recursos linguístico-semióticos que podem potencializar a construção de sentidos da reportagem e de outros textos da esfera jornalístico-midiática.
1. Releia o primeiro parágrafo da reportagem, que foi reproduzida no livro, e compare com a sua versão digital.
Levar educação política para a população brasileira é o objetivo da Politize!, uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que teve início, em 2015, como um portal de conteúdos sobre a democracia e participação cidadã.
BERALDO, Lílian. ONG quer ajudar brasileiro a ser mais politizado e já formou 73 mil pessoas. Ecoa, Brasília, DF, 31 maio 2022. Disponível em: www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2022/05/31/iniciativa-quer-ajudar-brasileiroa-ser-mais-politizado.htm. Acesso em: 21 jul. 2022.
a) Por que a palavra “Politize!” aparece grafada de forma destacada na versão impressa e na digital?
Ativa O De Conhecimentos
Hiperlinks são recursos que servem para conectar a um texto informações complementares que podem ser lidas no momento da leitura do próprio texto ou em momento posterior. Os hiperlinks, além de proporcionarem o acesso a outras referências para enriquecer o texto, podem evitar que esse texto fique muito longo. Ao clicar no hiperlink, o leitor pode ser direcionado a uma caixa de diálogo e continuar na mesma página, a outra página ou, ainda, a uma conexão direta com algum download, por exemplo.
Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto: EF69LP03
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Estilo: EF69LP17.
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Efeitos de sentido / Exploração da multissemiose: EF89LP07
Modalização: EF89LP16
Respostas
1. a) Na versão impressa, a palavra foi destacada para fazer referência ao fato de que, na versão digital, se trata de um hiperlink, que leva à página inicial do site da Politize!.
Se possível, peça aos estudantes que acessem a reportagem na internet usando o celular. Caso não seja possível, acesse a reportagem e compartilhe a página em que o texto foi publicado clicando nos hiperlinks disponíveis para que os estudantes vejam como essa ferramenta funciona.
b) Resposta pessoal. Além de “Politize!”, aparecem mais dois hiperlinks – “empatia” e “Enem”. Pergunte aos estudantes se para eles esses hiperlinks são suficientes ou se eles avaliam que seriam necessários outros e, nesse caso, quais seriam.
c) Resposta pessoal. Esta questão permite que se conheça algumas práticas de letramento dos estudantes em ambiente digital.
2. A função dos subtítulos é separar os assuntos abordados ao longo da reportagem. O tema geral da reportagem é a ação da ONG Politize! na promoção da educação política dos brasileiros. Os subtítulos apresentam recortes desse tema, direcionando a construção de sentidos por parte dos leitores.
• A expectativa é de que os estudantes respondam que sim. Subtítulos são usados para separar as informações em uma reportagem, abordando o tema sob diferentes perspectivas. Além disso, o uso de subtítulos acaba por dar uma arejada na página, pois as informações não se apresentam em blocos compactos.
3. A primeira fotografia, inserida próxima ao título da reportagem, reforça o objetivo da ONG de promover a educação política entre os brasileiros ao mostrar a gestora de comunicação em um encontro com várias pessoas.
A segunda fotografia, inserida no trecho do subtítulo “Protagonismo comunitário”, reforça a ação do projeto Embaixadores ao mostrar vários jovens, juntos, participando do encontro. A ideia de coletividade, de diversidade e de protagonismo jovem fica ressaltada pela imagem.
A terceira fotografia, que apresenta um close da gestora de comunicação da Politize! sorrindo, próxima ao subtítulo “Estímulo ao diálogo”, reforça a ideia de valorização do diálogo, da comunicação não violenta e da troca de conhecimentos.
A quarta fotografia, inserida no subtítulo “Fazer a diferença”, reforça a importância da ação da Politize! ao apresentar uma foto sorridente de um Embaixador formado no programa que depõe sobre as ações que têm feito diferença no lugar onde ele vive.
4. a) As vozes de Luiza Wosgrau, gestora de comunicação da Politize!, e de Bryan Leonardo Nery, Líder do programa Embaixadores.
b) Foi utilizado o discurso direto ou indireto para reportar as vozes de Luiza e Bryan. O objetivo é conferir mais autenticidade ao que está sendo veiculado.
b) Observe, na reprodução da reportagem no 1º episódio, os outros hiperlinks que foram criados. Em sua opinião, eles são suficientes?
c) Como leitor em ambiente digital, você costuma acessar os hiperlinks disponíveis? Fale para os colegas.
2. A reportagem apresenta subtítulos. Qual é a função deles?
• Em sua opinião, o uso desse recurso facilita o processamento das informações por parte dos leitores? Explique.
3. Observe as fotografias que compõem a reportagem. Explique como cada uma delas é usada para ampliar as possibilidades de construção de sentidos por parte dos leitores.
4. Além da voz da redatora, aparecem outras vozes na reportagem. Responda: a) De quem são essas vozes? b) Qual recurso foi mais usado para reportar essas vozes e qual é o objetivo pretendido por esse uso? c) Releia este trecho da reportagem da Politize!
Diferentemente de mim e dos meus colegas aqui da Politize!, que saímos da escola sem compreender como funciona o nosso sistema, como é uma democracia, o que faz o prefeito da minha cidade, a nova geração vai poder ser formada com esses conhecimentos para poder exigir seus direitos, exercer os seus deveres e contribuir, dentro do seu espaço, para um futuro melhor.
Wosgrau, gestora de comunicação da Politize!
• Quais recursos foram usados para destacar a fala de Luiza?
• Por que esse trecho foi destacado?
5. Releia outros trechos da reportagem.
Trecho 1: [...] e ter acesso a informações que garantam uma participação efetiva na vida pública e cidadã.
Trecho 2: O convite para que ele se tornasse um Líder da entidade veio este ano e foi apenas a coroação de um trabalho [...] a) Quem enuncia essas informações? b) Qual ponto de vista é defendido em relação à Politize! por esse enunciador? c) Linguisticamente, como esse ponto de vista pode ser confirmado em cada um dos trechos? d) Em sua opinião, a apresentação de pontos de vista contrários ao que foram defendidos pela reportagem teria potencial para conferir maior argumentatividade a esse texto? Fale para os colegas. c) • O uso de aspas e a letra em tamanho maior, além do destaque desse trecho no corpo da reportagem. b) A redatora assume um ponto de vista favorável à Politize!. c) No trecho 1, o ponto de vista favorável pode ser confirmado pelo uso do verbo “garantam” e do adjetivo “efetiva”. Esses usos reforçam que, para a redatora, as ações da Politize! impactam positivamente nessa participação política. No trecho 2, pelo uso do substantivo “coroação” – esse uso reforça que, para a redatora, o trabalho de Bryan em parceria com a Politize! é exitoso e o convite para ser Líder é o ponto alto desse sucesso. No trecho 3, pelo uso do advérbio “melhor” – esse uso reforça que, para a redatora, participar do curso vai ajudar os representantes a agirem de forma mais democrática. d) A expectativa é de que os estudantes respondam que sim. A reportagem apresenta apenas pontos positivos sobre a Politize!, o que acaba sendo tendencioso. Se houvesse a apresentação de pontos de vista contrários, com argumentos, o leitor poderia avaliar os prós e os contras das ações desenvolvidas pela ONG.
Trecho 3: [...] de forma que os estudantes possam melhor desempenhar o papel pelo qual foram escolhidos democraticamente dentro da escola.
• Esse trecho, em certa medida, resume os objetivos do projeto Escola da Cidadania Ativa! e destaca o projeto, que é mais recente, motivo pelo qual mereceria atenção especial por parte dos leitores.
5. a) A redatora da reportagem.
3º EPISÓDIO: DO TEXTO PARA A LÍNGUA PREDICADO NOMINAL
Neste episódio, a jogada é ampliar seus conhecimentos sobre os tipos de predicado e conhecer mais uma oração subordinada. Falar e escrever com mais propriedade é a meta!
1. Releia duas orações retiradas da reportagem sobre a Politize!.
Oração 1: A terceira e última etapa do programa é a de Líderes.
Oração 2: O programa Embaixadores Politize! é o nosso grande ativo.
a) Identifique o sujeito e o predicado das orações 1 e 2
Ativa O De Conhecimentos
Sujeito é o termo com o qual o verbo deve concordar em número e pessoa, quando se usa a variedade de prestígio da língua. Geralmente, em uma oração, o sujeito é o termo sobre o qual se traz uma informação. A parte que traz uma informação sobre o sujeito é chamada de predicado, composto de verbo + complementos, quando necessários.
b) Na oração 1, qual é a função do termo “a de Líderes”?
• Esse termo funciona como nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) ou como verbo? Explique.
c) Na oração 2, qual é a função do termo “o nosso grande ativo”?
• Esse termo funciona como nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) ou como verbo? Explique.
d) Em ambas as orações, qual seria a função do verbo “é”?
Conquista
O verbo ser (é), quando funciona como elo entre o sujeito da oração e alguma predicação desse sujeito, é classificado como verbo de ligação. Além do verbo ser, podem funcionar como verbos de ligação as formas estar, permanecer, andar, ficar, continuar, parecer, virar, entre outras.
e) O núcleo do predicado na oração 1 é o termo “a de Líderes” e na oração 2 é o termo “o nosso grande ativo”.
• Considerando as análises feitas até o momento, como pode ser nomeado o predicado das orações 1 e 2: verbal ou nominal? Explique.
Conquista
Predicado nominal é aquele que tem como núcleo uma forma nominal (substantivos, adjetivos, locuções adjetivas) ou uma forma pronominal (pronome). É possível também que o núcleo de um predicado nominal seja um advérbio. Os predicados nominais são introduzidos por verbos de ligação.
3o episódio: Do texto para a língua
Predicado nominal
Neste episódio, será abordado o predicado nominal. Além disso, também serão estudadas as orações subordinadas substantivas predicativas para que se complete o estudo das orações subordinadas substantivas, iniciado no 8º ano.
Para ampliar a discussão, realize as atividades de forma coletiva. Ao conduzir as atividades, monitore o processo de reflexão dos estudantes na explicitação do que já sabem e na construção dos conhecimentos que ainda estão em processo.
Tempo previsto: 2 aulas
Morfossintaxe: EF09LP05
Respostas
1. a) Oração 1 – sujeito: a terceira e última etapa do programa; predicado: é a de Líderes.
Oração 2 – sujeito: o programa Embaixadores Politize!; predicado: é o nosso grande ativo.
b) A função é especificar qual é a terceira e a última etapa do programa.
• Esse termo funciona como nome, pois especifica o sujeito.
c) A função é qualificar o programa Embaixadores Politize!.
• Esse termo funciona como nome, pois qualifica o sujeito.
d) A função do verbo “é” é ligar o sujeito ao termo que o está especificando na oração 1 e ao termo que o está qualificando na oração 2 e) • A expectativa é de que os estudantes afirmem que o predicado das orações 1 e 2 é nominal, já que os termos que são núcleos funcionam como “nomes”, no caso, como adjetivos que especificam e qualificam os sujeitos a que se referem. f) A informação “a de Líderes”, porque essa expressão contém a informação sobre o sujeito. No trecho da reportagem em que a oração 1 aparece, o assunto são as etapas do programa Embaixadores Politize!. No caso, explica-se que a terceira etapa do programa é a etapa de Líderes. g) A informação “o nosso grande ativo”, porque essa expressão contém a informação sobre o sujeito. No trecho da reportagem em que a oração 2 aparece, o assunto é o programa Embaixadores Politize!. No caso, informa-se que esse programa é o ponto central do trabalho da ONG. b) A função do núcleo é fornecer informações sobre um dos Líderes: o que ele estuda, seu nome, sua idade e a Embaixada na qual ele atua como Líder. c) O termo “predicativo” é usado para indicar que o núcleo do predicado nominal tem como função predicar o sujeito, ou seja, atribuir a ele algum tipo de caracterização.
2. a) Predicado nominal. O núcleo é “o estudante de relações internacionais Bryan Leonardo, 22 anos, também fundador da Embaixada Rio-Niterói”.
3. a) • A relação é de subordinação, porque a oração 2 exerce função sintática em relação à oração 1 b) O verbo “é” é um verbo de ligação. c) De predicativo do sujeito. d) Oração subordinada substantiva predicativa. f) Do ponto de vista semântico e discursivo, qual informação é a mais relevante no predicado nominal da oração 1: “é” ou “a de Líderes”? Por quê? g) Do ponto de vista semântico e discursivo, qual é a informação mais relevante no predicado nominal da oração 2: “é” ou “o nosso grande ativo”? Por quê?
• A oração 1 é classificada como oração principal.
2. Releia este trecho da reportagem, observando o predicado destacado.
Um desses Líderes é o estudante de relações internacionais Bryan Leonardo Nery, 22 anos, também fundador da Embaixada Rio-Niterói a) Classifique o predicado e identifique o seu núcleo. b) Qual é a função do núcleo do predicado no trecho?
CONQUISTA c) Explique o uso do termo “predicativo”. a) A relação estabelecida entre as orações 1 e 2 é de subordinação. b) Como pode ser classificado o verbo “é” da oração 1? c) Qual é a função sintática exercida pela oração 2 em relação à oração 1: de sujeito, de objeto direto, de objeto indireto, de complemento nominal ou de predicativo do sujeito? d) Como pode ser nomeada a oração 2?
Em predicados nominais, os termos que funcionam como núcleos são nomeados como predicativos do sujeito. Isso quer dizer que sintaticamente esses termos funcionam como predicativos do sujeito. A estrutura básica de um predicado nominal é sujeito + verbo de ligação + predicativo do sujeito.
3. Releia este trecho da reportagem, observando os trechos destacados.
(1) O objetivo é (2) que esses polos [...] fomentem a participação de cidadão naquela localidade para que compreendam os projetos de lei, participem de audiências públicas e exerçam a democracia de forma plena naquele espaço.
• Explique essa afirmação.
• Como se classifica a oração 1?
CONQUISTA e) Releia o último período da reportagem.
Oração subordinada substantiva predicativa é aquela que exerce, em relação à oração principal, função sintática de predicativo do sujeito. Geralmente vem introduzida pela conjunção integrante “que”.
A expectativa é, no final de maio, abrir inscrições no estado do Acre.
• Identifique as orações A e B desse período.
• Como podem ser classificadas essas orações?
• Qual diferença pode ser observada em relação à estrutura da oração B?
• Reescreva o período para que a estrutura da oração B se torne similar à estrutura da oração 2 da atividade 3 a) Classifique os predicados nas três ocorrências. b) Classifique o verbo “virar” nas três ocorrências quanto à transitividade. c) O que se pode concluir sobre a classificação do verbo “virar” como verbo de ligação?
4. Chegou o momento do desafio gramatical da missão. Releia as frases a seguir, observando os usos do verbo “virar”.
(1) Antônio virou um cidadão consciente de seus direitos políticos.
(2) A disputa eleitoral virou na cidade.
(3) Assumir a prefeitura virou a cabeça do prefeito.
4º EPISÓDIO: UM GIRO PELO MUNDO DA ESCRITA O VERBO "SER" E UM POUQUINHO DE HISTÓRIA
Você já se perguntou por que as formas do verbo "ser" são tão diferentes no presente, no pretérito perfeito e no pretérito imperfeito do modo indicativo? Neste episódio, você vai aprofundar seus conhecimentos linguísticos sobre esse verbo com um pouquinho de história.
1. Leia o texto a seguir para conhecer algumas informações sobre a origem do verbo "ser".
Origem do verbo ser e) • Oração A: A expectativa é; oração B: no final de maio, abrir inscrições no estado do Acre. b) Em (1), “virou” é verbo de ligação; em (2), “virou” é verbo intransitivo; em (3), “virou” é verbo transitivo direto. c) A expectativa é de que os estudantes observem que “virar” não funciona sempre como verbo de ligação. É preciso observar o contexto em que ele é usado.
O presente do indicativo do verbo esse ‘ser’ em latim é: sum, es, est, sumus, estis, sunt. Dele provém o presente do indicativo em português (com exceção da 2ª pess.pl., que tem outra origem).
Outro tempo da língua portuguesa que se origina do verbo esse latino é o imperfeito do indicativo. Imperfeito indicativo em latim: eram, erās, erat, erāmus, erātis, erant. Note-se que o radical es- (que se vê em es-t, es-tis, es-se) mudou para er-, visto que o s latino, quando está em posição intervocálica, muda para r (é o rotacismo, uma mudança regular em latim).
Outras formas do verbo ser em português, como o imperativo (sê, sede), o presente do subjuntivo (seja, sejas, seja etc.), o futuro do presente (serei, serás, será etc.), o futuro do pretérito (seria, serias, seria etc.), são provenientes de outro verbo latino, o verbo sӗdēre. O próprio infinitivo presente em português se origina de sӗdēre Sedēre em latim significa ‘estar sentado’, ‘assentar’. [...]. As mudanças sonoras são regulares, a saber, perda do -e final (apócope), queda do -d- intervocálico (síncope), fusão das vogais iguais (crase): sӗdēre> *seder>seer> ser.
É notável a forma como as línguas se organizam internamente ao longo do tempo!
ORIGEM do verbo ser. Latim básico. [S. l.], set. 2012. Disponível em: https://latim-basico.pro.br/blog/2012-09-01.html. Acesso em: 19 jul. 2022.
• Oração A: oração principal; oração B: oração subordinada substantiva predicativa.
• A oração B apresenta um verbo no infinitivo, sem a conjunção “que”.
• A expectativa é, no final de maio, que abram inscrições no estado do Acre.
4. a) Em (1), o predicado é nominal; em (2) e (3), os predicados são verbais.
4o episódio: Um giro pelo mundo da escrita
O verbo “ser” e um pouquinho de história Neste episódio, os estudantes vão refletir sobre a origem do verbo de ligação “ser”, que foi objeto de estudo do 3º episódio como verbo de ligação em um predicado nominal.
Amplie a discussão sobre a origem do verbo “ser” e também do verbo “estar” lendo BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2011, p. 609-615.
Tempo previsto: 1 aula
Curadoria de informação: EF89LP24
Respostas
1.
a) Se necessário, retome com os estudantes a diferença entre verbos regulares –que seguem um paradigma de conjugação – e os verbos irregulares – que não seguem um paradigma de conjugação. A explicação para as formas irregulares do verbo “ser” no português é o fato de esse verbo ser proveniente de dois outros verbos no latim: os verbos esse e sĕdēre. Como esses verbos são diferentes e tinham conjugações diferentes, essa diferença foi “herdada” pelo verbo “ser” no português.
b) • Sum: sou; es: és; est: é: sumus: somos: estis: sois; sunt: são.
• Estis: sois, pois, diferentemente dos demais, para essa forma do “vós” houve uma mudança na forma.
• Resposta pessoal. Deixe que os estudantes apresentem suas hipóteses. Comente que a forma “sois” se formou por analogia com “sou” e “somos”.
2. a) O verbo “é” no trecho traduz uma ideia de permanência.
b) A expectativa é de que os estudantes associem a ideia de permanência do verbo “ser” ao verbo sĕdēre, que significa estar sentado e, por extensão de sentido, permanecer.
3. Incentive os estudantes a realizarem a pesquisa para conhecer um pouco mais sobre a história do verbo “ser”. Bagno (2011, p. 612) explica que em “outros tempos verbais, esse apresentava formas iniciadas em fu-. Essas formas provinham de outra raiz indo-europeia: *bheuə-, ‘existir, ser, crescer’. Dessa raiz deriva o verbo inglês be. Em sânscrito ela gerou bhũtám, ‘natureza’. Com a mutação da aspirada sonora [bh] na aspirada surda [ph], temos em grego duas palavras muito importantes: phy.sis, ‘natureza’ (donde físico, física, fisionomia, fisiologia etc.), e phy.ton, ‘planta’ (donde fitófago, fitoterapia, zoófito etc.). Em latim, a mutação foi de [bh] para [f], resultando nas formas verbais do pretérito perfeito (fui, fuisti, futi etc., donde os nossos fui, foste, foi etc.), do mais-que-perfeito (fueram, fueras, fuerat etc., donde os nossos fora, foras,fora etc.), do imperfeito do subjuntivo (fuissem, fuisses, fuisse etc., donde os nossos fosse, fosses, fosse etc.) e do futuro do subjuntivo (fuero, fueris, fuerit, donde os nossos for, fores, for etc.). Essa também é a origem de futuro, que é o particípio futuro do verbo esse”.
4. A expectativa é de que os estudantes respondam que sim. A história do verbo “ser” ajuda a entender por que no português atual conjugamos esse verbo da forma como é feito.
a) O que explica o fato de o verbo "ser" em português ser considerado verbo irregular?
b) Releia as formas latinas do verbo esse que deram origem às formas do verbo "ser" no presente do indicativo: sum, es, est, sumus, estis, sunt a) O verbo “é” no trecho traduz uma noção de permanência ou de transitoriedade? b) Converse com os colegas: em sua opinião, essa ideia de permanência do verbo "ser" no português atual deve ser fruto do verbo latino esse ou sĕdēre?
• A que formas do presente do indicativo do verbo "ser" cada uma dessas formas latinas correspondem?
• Qual das formas parece não ter seguido a regra?
• Levante hipóteses para explicar o que pode ter acontecido com a forma que você identificou no item anterior.
2. Releia um trecho da reportagem do 1º episódio.
Um desses Líderes é o estudante de relações internacionais Bryan Leonardo Nery, 22 anos, também fundador da Embaixada Rio-Niterói.
3. Usando computadores ou celulares, faça uma pesquisa na internet em sites confiáveis, como os de instituições de ensino públicas, para descobrir de onde vêm as formas do verbo “ser” que começam com a letra F, como: fui, foste, fomos, fosse etc. Compartilhe com os colegas o que você descobriu.
4. Conhecer um pouco da história do verbo “ser” ampliou sua percepção sobre a variação histórica das línguas? Fale para os colegas.
5º EPISÓDIO: AS MULHERES NA POLÍTICA REPRESENTATIVIDADE IMPORTA SIM!
No 1º episódio, você refletiu sobre a representatividade da população parda, preta, indígena e amarela na política. Agora, você é convidado a ampliar essa discussão com foco nas mulheres, sobretudo as mulheres negras. Com essa jogada, você vai dar um plus em sua educação política!
1. Você vai ler a transcrição de um vídeo informativo produzido pelo Instituto AZMina. Você conhece esse instituto? Já assistiu a vídeos ou leu matérias jornalísticas produzidos por ele? Fale para os colegas.
Criado em 2015, o Instituto AZMina é uma organização sem fins lucrativos cujo objetivo principal é a promoção da igualdade de gênero por meio da informação e da educação, considerando especificidades de raças, classe e orientação sexual. O Instituto produz uma revista digital (AZMina), um aplicativo para enfrentar a violência doméstica (PenhaS), uma plataforma de monitoramento legislativo dos direitos das mulheres (Elas no Congresso), palestras e consultorias.
5o episódio: As mulheres na política
Representatividade importa sim!
Neste episódio, com base em um vídeo informativo multissemiótico, os estudantes vão ampliar a discussão sobre representatividade na política com foco nas mulheres, sobretudo as mulheres negras. O objetivo é ampliar a reflexão sobre educação política sob o viés da representatividade.
Tempo previsto: 3 aulas. Não se está computando o tempo gasto para fazer a pesquisa de opinião com os estudantes da escola.
Efeitos de sentido: EF69LP05.
Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social: EF69LP13
Apreciação e réplica: EF69LP21
Curadoria de informação: EF89LP24
Respostas
1. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a se pronunciarem sobre o Instituto AZMina. Caso algum deles já tenha acessado o site do Instituto, peça-lhe que relate sua experiência.
2. O vídeo “Representatividade política: por que isso importa?”, com duração de 1 minuto e 36 segundos, foi publicado no site do Instituto AZMina em 2020 e pode ser acessado em: https://azmina.com.br/reportagens/mulheres-negrashackeiam-a-politica (acesso em: 22 jul. 2022). Responda: a) As hipóteses que você levantou sobre o sentido da frase “O Brasil é uma democracia representativa.” se confirmaram? Fale para os colegas. b) Por que, segundo o vídeo, a representatividade na política é importante? c) Por que se afirma que as mulheres negras, que representam 29% da população brasileira, estão subrepresentadas no cenário político e quais são as consequências dessa sub-representação? d) Embora, em 2019, as mulheres no exercício de cargos políticos tenham sido responsáveis por projetos de lei que privilegiam o aumento da representatividade feminina na política, o tema raça não foi citado. a) Incentive a checagem de hipóteses por parte dos estudantes. Saber que no Brasil os cidadãos podem escolher seus representantes por meio do voto é fundamental para a educação política e para o exercício da cidadania. b) Porque quanto mais pessoas diferentes entre si discutirem as políticas públicas, melhores serão as soluções propostas. O Brasil, por ser enorme e diverso, abriga diferentes populações com diferentes demandas que precisam ser representadas no cenário político. c) Porque a maioria dos políticos hoje é formada por homens brancos que legislam sobre temas com os quais nunca conviveram, como racismo, machismo e pobreza. As consequências são que, em 2019, 30% dos projetos de leis criados por esses políticos foram desfavoráveis para os direitos das mulheres. d) • Incentive os estudantes a se pronunciarem. Solicite que, ao apresentarem suas hipóteses, eles também argumentem em favor delas. É preciso considerar que, historicamente, a população negra sofre um processo de exclusão em todos os setores da sociedade brasileira: acesso ao trabalho, à moradia, à escolarização, ao lazer, à representatividade política etc. Se, para as mulheres, o ingresso na política enfrenta muitas barreiras, para as mulheres negras essas barreiras são ainda maiores. O fato de o tema raça não aparecer como pauta no aumento da representatividade feminina implica mais dificuldades para que essa parcela da população seja representada de forma equitativa. e) Porque essas populações, ao pensarem em políticas públicas mais justas e inclusivas, têm potencial para promover uma sociedade melhor para todas as pessoas. f) • Incentive os estudantes a pesquisarem na internet. Algumas sugestões de pesquisa: https://blogdaboitempo. com.br/2022/03/10/quem-e-angeladavis; www.blogs.unicamp.br/ mulheresnafilosofia/angela-davis; www.culturagenial.com/angela-davis (acessos em: 18 jul. 2022). g) e) Por que, de acordo com o vídeo, a inserção na política de grupos historicamente excluídos, sobretudo o de mulheres negras, seria positivo para toda a sociedade? f) Para finalizar o vídeo, cita-se uma frase de Angela Davis. g) Ao longo do vídeo, a narradora estabelece um diálogo com os espectadores. Responda: h) Observe algumas imagens do vídeo. h) • As imagens do vídeo são compostas por fotografias, desenhos, gráficos, texto verbal em um fundo azul, colagens, linhas, linguagem matemática.
• A primeira frase do vídeo é “O Brasil é uma democracia representativa.” Você sabe explicar o que isso quer dizer? Fale para os colegas.
3. Leia a reprodução do áudio do vídeo “Representatividade política: por que isso importa?” e, em seguida, responda às questões.
Representatividade política: por que isso importa?
O Brasil é uma democracia representativa. O que quer dizer que a gente escolhe, através do voto, os nossos representantes pro governo. E como o Brasil é enorme e diverso, existem muitas populações diferentes, com necessidades e interesses diferentes, e que deveriam estar representadas no poder. Mas olha só... Enquanto 29% da população brasileira são mulheres negras, elas estão muito sub-representadas na política. E nem vamos falar do executivo nacional, né? Mas por que essa representatividade é importante? Quanto mais gente diferente entre si, discutindo as políticas públicas, melhores vão ser as soluções que o país vai encontrar. Mas o que a gente tem hoje é uma maioria de homens brancos legislando sobre a vida de todo mundo. Sobre realidades que eles não vivem, como racismo, machismo e pobreza. Não é à toa que quase 30% dos projetos criados pelos homens em 2019 são desfavoráveis para os direitos das mulheres. E enquanto as mulheres foram responsáveis por quase 70% dos projetos pensando no aumento da representatividade feminina na política, raça não foi nem lembrada nas propostas. E tem mais: mulheres negras propõem mais políticas que no geral beneficiam a sociedade como um todo. Esse ano, os temas que elas mais trabalharam foram economia, saúde, trabalho, educação e violência. Falar em mais representatividade para mulheres, negros e outros grupos que hoje não estão no poder não é falar só em políticas mais justas para eles, mas em uma política mais justa pra toda a sociedade. Como diz Angela Davis: “Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201404-059d7af8a8aa3fcb78b64463b78126d2/v1/d3087ad592d833b1987c8b3d34fd3012.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Transcrição de: REPRESENTATIVIDADE política: por que isso importa?”. In Ferreira, Letícia. Mulheres negras hackeiam a política. AZMina [S. l.], 22 jul. 2020. Disponível em: https://azmina.com.br/reportagens/mulheres-negras-hackeiam-a-politica. Acesso em: 18 jul. 2022.
• Levante hipóteses: de que maneira essa ausência prejudica o acesso de mulheres negras à política?
2. • Resposta pessoal. Incentive os estudantes a se pronunciarem sobre a afirmação. Depois que tiverem lido o texto, essa questão vai ser retomada para checagem das hipóteses que forem levantadas.
3. Se possível, faça coletivamente a leitura da reprodução do áudio do vídeo e a rodada de perguntas. O compartilhamento das reflexões pode enriquecer a discussão. Incentive também os estudantes a assistirem ao vídeo usando computadores da escola ou celulares.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201404-059d7af8a8aa3fcb78b64463b78126d2/v1/8cbf662166ceaaca8df57147569458ba.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
• Caso não seja possível realizar a pesquisa em sala de aula, comente com os estudantes que Angela Davis é uma filósofa estadunidense, nascida em 1944. Professora emérita do departamento de estudos feministas da Universidade da Califórnia, Angela é também ícone da luta pelos direitos civis. Foi presa na década de 1970, ficando mundialmente conhecida pela mobilização da campanha “Libertem Angela Davis”. É autora de vários livros e sua obra é marcada por um pensamento que objetiva romper com as assimetrias sociais. Sua militância ficou conhecida por envolver a resistência antirracista, o combate ao machismo e as injustiças no sistema prisional. Seu posicionamento é a favor da liberdade de todos os seres: sendo vegana, uma de suas bandeiras na atualidade é pelos direitos dos animais.
• Incentive os estudantes a se pronunciarem. A expectativa, pelas discussões realizadas até o presente, é de que os estudantes percebam que as mulheres negras, que representam 29% da população brasileira, estão na base da sociedade do país. Se ela se movimenta, toda a sociedade se movimenta junto com ela. Se a representatividade política desse grupo aumenta, com propostas de mudanças, que incluem respeito, combate ao racismo, ao machismo, igualdade de oportunidades, toda a sociedade se movimenta a fim de se tornar mais inclusiva e menos desigual.
• A ideia é estabelecer o diálogo com os espectadores a fim de conseguir sua adesão ao que está sendo veiculado. Essa estratégia procura estabelecer uma relação de proximidade, de intimidade com o espectador, como se o que estivesse acontecendo fosse uma conversa.
• Ao usar, em alguns momentos, uma linguagem mais coloquial, como “Mas olha só...”, “E nem vamos falar do Executivo nacional, né?”, “Mas o que a gente tem hoje”, o tom de conversa com os espectadores fica mais acentuado.
• Usando computadores da escola ou o celular, pesquise por meio da internet informações sobre Angela Davis em sites confiáveis, como os governamentais, os de instituições públicas de ensino ou os de portais de notícias.
• Por que quando a mulher negra se movimenta toda a sociedade se movimenta com ela? Compartilhe suas ideias com os colegas.
• O que se objetiva com essa estratégia?
• De que maneira a linguagem usada na narração favorece esse diálogo?
• Com base na análise das imagens, quais recursos foram usados para compor as imagens do vídeo?
• De que maneira as imagens do vídeo estabelecem relação com a narração?
• Quais efeitos esse diálogo entre imagens e narração buscam produzir nos espectadores?
• Além da legenda que vai conduzindo visualmente a narração do vídeo, as imagens reproduzem o que se está falando. Na imagem 1, por exemplo, ao se falar da diversidade da população brasileira, aparece um mapa do Brasil sobre o qual são inseridas fotografias de indígenas, mulheres negras, homens engravatados e pessoas LGBTQIA+. Na imagem 2, ao se falar sobre o contingente de mulheres negras na população brasileira e sua representatividade na política, aparecem gráficos que sinalizam como essa parcela da população é sub-repre- sentada e como no Congresso Nacional os homens brancos são a maioria. Na imagem 3, ao se falar sobre projetos femininos que preveem maior representatividade da mulher no cenário político, mas que não fazem referência à raça, aparecem uma pilha de papel representando os projetos de lei, fotografias de mulheres brancas e uma mulher negra com o cenho franzido mostrando sua indignação em relação à ausência do tema raça nesses projetos de lei.
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• Esse diálogo busca produzir uma ideia de complementaridade, de simbiose entre o que se diz e o que se apresenta nas imagens. Além disso, no vídeo, a formação das imagens produz efeito de dinamicidade.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230426201404-059d7af8a8aa3fcb78b64463b78126d2/v1/af83a1ed5d377b8c825e07f383c52f88.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
4. Refletir sobre a representatividade na política, sobretudo de mulheres negras, fez você ampliar seus conhecimentos sobre política? Fale para os colegas.
B Nus
Amplie seus conhecimentos sobre a atuação de mulheres negras na política brasileira lendo a reportagem “Mulheres negras hackeiam a política”, disponível em: https://azmina.com. br/reportagens/mulheres-negras-hackeiam-apolitica (acesso em: 22 jul. 2022).
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A representatividade na política promove a inclusão na sociedade.
6º EPISÓDIO: EU, ESCRITOR DE COMENTÁRIOS SOBRE PROJETOS DE LEI
A jogada agora é fundamental: vocês vão escrever comentários para os vereadores da sua cidade a fim de exercitarem seu papel de cidadão. O objetivo é mostrar que estão de olho nas ações que eles estão desenvolvendo no exercício do cargo político para o qual foram eleitos. Preparados para exercerem sua cidadania e seu protagonismo?
1. Informe-se sobre o que você vai fazer.
Gênero Comentário.
Projeto de comunicação
Situação A turma vai escrever comentários para avaliar a atuação de vereadores e vereadoras no exercício do cargo político para o qual foram eleitos, a fim de ampliar sua participação política.
Tema Atuação política dos vereadores e das vereadoras.
1. Escrever um comentário para avaliar a atuação vereador ou de uma vereadora no exercício do cargo.
Caso os estudantes não tenham assistido ao vídeo, comente que as imagens vão se formando de forma dinâmica: a composição é feita com as fotografias — recortadas e coladas —, os desenhos, os gráficos e o texto verbal aparecendo de formas diferentes para compor os quadros. Incentive os estudantes a verem o vídeo em casa, caso não seja possível na escola.
4. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a se posicionarem. Falar sobre representatividade política e suas consequências é um tema relevante quando se fala de educação política. Além disso, esse tipo de reflexão tem potencial para que os estudantes exercitem a empatia e o respeito à diversidade, valorizando o diálogo, os direitos humanos e a cultura da paz.
6o episódio: Eu, escritor de comentários sobre projetos de lei
Objetivos
2. Ampliar a educação política ao tomar conhecimento das ações de vereadores e vereadoras no exercício do cargo para o qual foram eleitos.
3. Refletir sobre representatividade na política na Câmara de Vereadores da cidade onde sua escola está situada.
Quem é você Um adolescente que deseja aprofundar sua educação política e exercer seus direitos de cidadão a fim de acompanhar o trabalho de vereadores e vereadoras da sua cidade.
Para quem Vereadores e vereadoras no exercício do cargo em sua cidade.
Tipo de produção Em equipes de 5 estudantes.
2. Para realizar a atividade, o primeiro passo é investigar quantos habitantes tem o município onde sua escola está instalada. Acesse a internet e faça a pesquisa.
• Quantos habitantes tem seu município e qual é a porcentagem de mulheres em relação a esse número de habitantes?
Respostas
1. É importante fazer a leitura do Projeto de comunicação com os estudantes, certificando-se de que entenderam a proposta. A proposta é que, coletivamente, eles elaborem um comentário de um projeto de lei criado pela Câmara de Vereadores do município onde vivem.
2. Essa informação é importante para que os estudantes possam refletir sobre a representatividade na Câmara de Vereadores. O site www.estadosecidades.com.br (acesso em: 22 jul. 2022) apresenta dados sobre a população de todos os municípios do país. Essa pesquisa também pode ser feita acessando-se o site da prefeitura ou do IBGE.
• Peça aos estudantes que compartilhem o resultado da pesquisa para que todos possam estar cientes desses números.
O foco deste episódio é a escrita de comentários a serem enviados para os vereadores da cidade onde a escola está situada. Para desenvolver a atividade proposta, é fundamental que os estudantes tenham acesso à internet para consultar a página da Câmara dos Vereadores. Esta atividade é mais uma ação para propiciar aos estudantes a oportunidade de ampliarem sua educação política, realizando alguns procedimentos como: conhecer os vereadores da cidade; refletir sobre a representatividade das mulheres, sobretudo as mulheres negras, nesse espaço de poder; posicionar-se criticamente sobre os projetos de lei que estão sendo propostos por esses vereadores; fazer comentários sobre a ação dos vereadores e torná-los públicos; entre outros. O objetivo é proporcionar vivências, no espaço escolar, que possibilitem aos estudantes o exercício da cidadania e da democracia.
Tempo previsto: 4 aulas
Textualização, revisão e edição: EF69LP22
Análise de textos legais/normativos, propositivos e reivindicatórios: EF69LP27
Variação linguística: EF69LP56
Contexto de produção, circulação e recepção de textos e práticas relacionadas à defesa de direitos e à participação social: EF89LP18
Estratégias e procedimentos de leitura em textos reivindicatórios ou propositivos: EF89LP20
Fono-ortografia: EF09LP04 c) Organize a turma para que todas as equipes possam compartilhar os resultados da análise que fizeram sobre o projeto de lei do vereador ou da vereadora. Esse momento é fundamental para que os estudantes possam refletir sobre a relevância do que está sendo feito na Câmara dos Vereadores do munícipio onde a escola se situa. a) Qual é o número total de vereadores em seu município? b) Quais são os partidos dos vereadores em seu município? Há predominância de algum? c) Qual é o número de vereadoras em seu município? Esse número de vereadoras é representativo quando se compara com o número de mulheres da população do município? Há mulheres negras ocupando esse cargo político? a) Conheçam algumas questões que podem orientar a análise dessa atuação política: b) Façam um registro das conclusões da equipe sobre o projeto de lei que foi analisado. Esse registro é fundamental para a escrita do comentário que vai ser produzido. c) Feita a análise de um projeto de lei proposto pelo vereador ou pela vereadora que ficou sob a responsabilidade da equipe, chegou o momento de compartilhar com a turma os resultados dessa análise. Cada equipe vai ter de 5 a 10 minutos para expor as informações. É importante que a turma ouça com atenção e faça questionamentos para entender o que está sendo proposto. Cada equipe deve registrar os comentários que forem considerados pertinentes. Para esse compartilhamento, é fundamental o respeito a opiniões contrárias.
3. Escolha a melhor maneira de organizar as equipes de trabalho: por sorteio, por escolha dos estudantes ou por escolha sua. Se necessário, faça modificações no número de estudantes por equipe.
É importante compartilhar as informações obtidas pelos estudantes. Esta atividade possibilita a eles conhecer quem são os vereadores do município e qual é representatividade das mulheres e das mulheres negras nesse grupo.
4. a) Ajude os estudantes a encontrarem essas informações no Portal da Câmara de Vereadores do seu município. Geralmente, há uma aba nomeada “Projetos de lei em tramitação”. Os estudantes devem navegar pelo portal para conhecer como as informações são disponibilizadas para os cidadãos.
5. É importante que esta produção seja feita em sala de aula. Solicite aos estudantes que retomem o registro das análises que eles fizeram, usando as informações para construir um comentário consistente e embasado. Se considerar pertinente, solicite aos estudantes que pesquisem por comentários feitos pelos cidadãos a projetos de lei em outras casas legislativas.
6. • Se achar pertinente, peça a todas as equipes que compartilhem o comentário feito com toda a turma no grupo de mensagens da turma e solicite que seja feita uma leitura crítica coletiva.
3. Organizados em equipes de cinco estudantes, acessem o portal da Câmara de Vereadores da sua cidade. Para isso, digitem no buscador da internet “Câmara Municipal de (nome do município em que você mora)”. Depois de acessar o portal e pesquisar, respondam às questões a seguir.
4. Cada equipe deve escolher um vereador ou uma vereadora para pesquisar sobre a atuação dele ou dela na proposição de projetos de lei (PL) para o município.
• O que está sendo proposto, ou seja, qual é o tema do projeto de lei?
• Para que se faz essa proposição (objetivos, benefícios e consequências esperados)?
• De que maneira a concretização da proposta é apresentada (recursos, pessoas, ações a serem implementadas)?
• Quando essa proposição vai ser implementada?
• Qual é a relevância dessa proposta para a comunidade? Ela vai trazer benefícios? Em que área: saúde, educação, trabalho, segurança pública?
• Quais sugestões a equipe daria para que esse projeto de lei se tornasse ainda melhor para as pessoas do município ao qual ele se destina?
5. Chegou o momento de escrever a primeira versão do comentário a ser endereçado ao vereador ou à vereadora analisado(a) pela equipe. Para produzi-lo, retomem o registro das análises que foram feitas. É importante sinalizar sobre qual projeto de lei se está falando. Escrevam o comentário explicitando os pontos positivos e/ou negativos, as sugestões da equipe para melhorar o projeto e os questionamentos sobre sua relevância. É importante também que o comentário contenha a identificação de todos os estudantes da equipe e da escola onde vocês estudam.
6. Feita a primeira versão do comentário, agora é o momento de revisá-la. Sigam alguns pontos relevantes: a) Façam as alterações necessárias e procurem o canal, disponibilizado pelo portal da Câmara de Vereadores do seu município, para enviarem a versão revisada do comentário da equipe.
• O vocativo para se referir ao vereador ou à vereadora está adequado (por exemplo, Prezado vereador X ou Prezada vereadora X)?
• O comentário explicita de forma clara a qual projeto de lei está se referindo?
• Foram inseridas informações sobre a relevância e pertinência do projeto de lei e sobre seu alcance para as pessoas do município?
• Foram inseridas sugestões de como o projeto de lei poderia se tornar mais efetivo e eficiente para as pessoas do município?
• A despedida do comentário foi cordial?
• Todas as pessoas da equipe e a escola onde vocês estudam foram devidamente identificadas?
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• A ortografia, a concordância e a pontuação estão adequadas à norma-padrão?
7. Acompanhem a tramitação do projeto de lei que vocês analisaram e continuem em contato com o vereador ou a vereadora para cobrar melhorias para seu município. Essa ação é uma forma de exercício da cidadania e da democracia.
A educação política propicia diferentes alternativas de exercício da democracia.
7º EPISÓDIO: MESMO TEMA, OUTRO CAMPO DE ATUAÇÃO SOCIAL CHARGE
Neste episódio, o jogo a favor da educação e da representatividade política continua. Você vai ler duas charges que abordam esses temas e propor ações em sua escola para convocar os colegas para essa discussão.
1. Você costuma ler charges? Onde? Em sua opinião, esse gênero tem potencial para promover reflexões nos leitores?
Fale para os colegas o que você pensa sobre esse assunto.
Ativa O De Conhecimentos
Charge é um gênero, geralmente composto por linguagem verbal e não verbal, que propõe críticas a temas atuais de interesse público e de relevância social, que estão em destaque no noticiário. Costumam ser veiculadas em jornais, revistas e, mais recentemente, têm sido compartilhadas em redes sociais.
2. Leia as duas charges a seguir.
a) Esta charge foi publicada no portal “Ponte Jornalismo” em 2021.
• Explique a crítica feita nessa charge das pelo uso do pronome “nós” e pelas diferentes pessoas, vão contar a história do Brasil. A pluralidade de vozes e a diversidade das pessoas devem ser consideradas na história do Brasil. a) O envio de comentários para vereadores pode ser feito de forma variada a depender do portal da Câmara de Vereadores: via espaço para comentários no próprio portal, via redes sociais. Os estudantes devem investigar qual é o canal disponibilizado pela Câmara dos Vereadores de seu município.
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Fonte: JUNIÃO, Antonio. Charge Disponível em: https://ponte.org/artigo-o-perigo-de-uma-historia-unica.
7o episódio: Mesmo tema, outro campo de atuação social
Charge
Neste episódio, os estudantes vão ler duas charges que abordam os temas de educação política e representatividade. Amplie seu repertório sobre a abordagem de charges em sala de aula lendo o artigo PEREIRA, Adriana S.; BARBOSA, José Roberto. A. A charge em sala de aula: práticas de letramento com vista à criticidade dos estudantes. Revista Tabuleiro de Letras, Salvador, v. 15, n. 2, p. 136-151, jul./dez. 2021, disponível em: www.revistas.uneb.br/index.php/ tabuleirodeletras/issue/view/613. (acesso em: 19 jul. 2022).
Tempo previsto: 2 aulas
Efeitos de sentido: EF69LP05
Textualização: EF69LP07.
Revisão/edição de texto informativo e opinativo: EF69LP08
Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos / Caracterização do campo jornalístico e relação entre os gêneros em circulação, mídias e práticas da cultura digital: EF89LP02
Estratégias de leitura: apreender os sentidos globais do texto / Apreciação e réplica: EF89LP03
Respostas
1. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a compartilharem práticas de leitura que tenham fora do ambiente escolar.
2. a) • A charge critica a falta de representatividade das diferentes populações brasileiras nas narrativas que compõem a história do Brasil. No primeiro quadrinho, que faz referência ao tempo passado (ontem), um homem branco afirma que vai contar a história do Brasil, ou seja, uma única voz vai dar uma versão da história do Brasil. Essa versão única fica marcada pelo uso do pronome “eu”. No segundo quadrinho, que faz referência ao tempo presente (hoje), diferentes populações brasileiras, representa- b) • A charge critica a falta de representatividade da mulher. Em uma roda de conversa para falar sobre a presença de mulheres nos espaços de poder, todas as pessoas que vão debater são homens, com exceção da própria convidada. A organização da roda de conversa evidencia a falta de representatividade das mulheres. e) Incentive os estudantes a compartilharem as charges produzidas e a comentarem as charges dos colegas. b) Esta charge foi publicada em uma das redes sociais da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político em 2021.
3. Ambas as charges, ao falarem da exclusão da população indígena, negra, e feminina no processo de construção da história do Brasil e na ocupação dos espaços de poder, dialogam com os temas tratados ao longo dos episódios. Um dos aspectos da educação política é ter consciência desses processos excludentes e conhecer mecanismos que possam favorecer a inserção dos negros, das mulheres, dos indígenas e de outros grupos historicamente marginalizados nos espaços de poder. A expectativa é de que os estudantes possam retomar as reflexões que foram feitas sobre a importância da representatividade desses grupos na política a fim de ampliar os diálogos e as propostas de inserção dessas populações no cenário brasileiro.
4. A sugestão é que a charge seja produzida em uma folha de papel A4 para ser escaneada pelas equipes e compartilhada nas redes sociais dos estudantes e da escola. Se considerar pertinente, sugira aos estudantes que essa produção seja feita usando-se aplicativos gratuitos para celulares.
MOLINARI, Ray. Mulheres nos espaços de poder. In: Reforma Política Plataforma, nov. 2021. Disponível em: https://web.facebook. com/plataformareformapolitica/photos/pb.100066417015017.2207520000../1841123409401446/?type=3. Acesso em: 21 jul. 2022.
• Explique a crítica feita nessa charge a) Retome a equipe do 6º episódio e decidam qual será a crítica sobre educação política e/ou sobre representatividade política que vocês vão produzir. Não se esqueçam de que as pessoas devem refletir sobre a relevância desses temas no exercício da cidadania e da democracia. b) Em uma folha de papel A4, façam um primeiro esboço da charge, pensando em como vai ser estabelecido o diálogo entre texto verbal e texto não verbal. Aproveitem o espaço da folha da melhor forma possível para que a charge fique com um visual que favoreça a leitura. c) Finalizado esse esboço, usem canetinhas e lápis de cor para finalizarem a charge. Criem uma assinatura que faça referência a todos os membros da equipe. d) Escaneiem a charge, usando celular ou escâner, e compartilhem-na em suas redes sociais e nas redes sociais da escola. Quanto mais pessoas tiverem acesso, maiores serão as possibilidades de reflexão sobre a relevância da educação e da representatividade política. e) Comentem as charges produzidas pelas outras equipes para fomentar a discussão.
3. De que maneira as charges dialogam com as discussões feitas ao longo dos episódios? Compartilhe suas ideias com os colegas.
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4. Agora é o momento de vocês assumirem o protagonismo e, assim como disse Angela Davis, “movimentarem” a comunidade escolar com a produção de charges que tenham potencial para promover reflexões sobre educação política e sobre representatividade política. Para isso, sigam as orientações.
Amplie a discussão sobre a educação e representatividade políticas acessando o site da Plataforma pela Reforma do Sistema Político, disponível em: em https://reformapolitica.org.br (acesso em: 22 jul. 2022). No site são disponibilizados artigos, vídeos, reportagens que versam sobre a relevância da educação e a representatividade políticas sob diferentes vieses.
Depois de aprofundar seus conhecimentos sobre a relevância da educação e representatividade políticas na construção de um país mais democrático, chegou o momento de refletir sobre o que foi vivenciado ao longo dos episódios desta missão. Para refletir sobre o que foi estudado ao longo do jogo, façam uma roda e conversem sobre as questões organizadas nos dois portais: portal 1 (avaliação) e portal 2 (autoavaliação).
PORTAL 1
O que é educação política e qual é sua importância?
O que é verbo de ligação e qual é a sua função?
O que é predicado nominal?
Qual é a origem do verbo “ser” e por que sua conjugação no português atual é tão irregular?
O que é representatividade política e qual a sua relevância para a democracia?
O que caracteriza o gênero charge e qual é sua função?
PORTAL 2
Refletir sobre o conceito de educação política fez você ficar mais consciente do papel da escola na construção desse conhecimento? De que maneira?
Analisar recursos linguísticos e semióticos usados para construir textos do campo jornalístico-midiático potencializou suas habilidades para a compreensão de textos desse campo? Por quê?
Conhecer as origens do verbo “ser” possibilitou a você uma maior compreensão dos processos de variação que fazem parte da construção da língua portuguesa?
De que maneira refletir sobre representatividade política fez você perceber se está ou não está sendo representado no cenário político brasileiro?
Conhecer os vereadores de seu município e investigar os projetos de lei que estão sendo propostos por eles fez você ficar mais consciente do seu papel como cidadão? De que maneira?
Produzir charges possibilitou a você ampliar sua reflexão sobre a relevância da educação e da representatividade políticas na construção e na manutenção da democracia em nosso país? Como?
Salvando O Progresso
É importante que os estudantes tenham a oportunidade de avaliarem o que foi estudado e de autoavaliarem sua aprendizagem. No portal 1, as perguntas permitirão avaliar a aprendizagem dos estudantes acerca dos objetos de conhecimento trabalhados ao longo da missão. No portal 2, os estudantes terão a oportunidade de avaliarem sua aprendizagem, a partir de perguntas que fomentam a manifestação da subjetividade diante dos objetos estudados. É importante, durante a realização da roda de conversa, que os estudantes sejam orientados a exercerem a escuta atenta, respeitando os turnos de fala. Enquanto para as perguntas do portal 1 há respostas objetivas, que podem ser avaliadas como certas, parcialmente certas ou erradas, para as perguntas do portal 2 é impossível exigir respostas padronizadas.
Tempo previsto: 1 aula
Portal 1
A educação política foi abordada no 1º episódio. Verbos de ligação e predicados nominais foram abordados no 3º episódio. A origem do verbo “ser” e as explicações sobre o fato de ser um verbo irregular foram estudadas no 4º episódio. Representatividade política foi discutida no 5º episódio. O gênero charge foi abordado no 7º episódio.
Portal 2
Respostas pessoais.