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INTELECTUAL ATITUDE AUTOCORRETIVA CURIOSIDADECRIATIVIDADE

Perseveran A Paci Ncia

Sensibilidade Social Imagina O Disciplinada

b) Agora, compartilhe com a turma quais atributos de um bom pesquisador você acredita que já tem e quais precisa ainda desenvolver.

PORTAL 2

O principal objetivo principal das atividades deste portal é possibilitar aos estudantes aprofundarem suas reflexões sobre o que é uma pesquisa científica e se eles se identificam como pessoas com atributos para se tornarem bons pesquisadores.

RESPOSTAS

2. a) Sugestão de resposta:

A curiosidade é a motivação que faz agir, é o desejo de descobrir o que se encontrará como resultado se a metodologia X ou a Y for aplicada. A criatividade é um exercício permanente do pesquisador, pois, por vezes, quando se planeja um experimento –seja ele de que tipo for –, é necessário resolver problemas inéditos ou fazer adaptações em função de imprevistos. A integridade intelectual é outro atributo ao se fazer pesquisa, pois os dados coletados não podem ser manipulados ou alterados para atender às expectativas do pesquisador; além disso, o conhecimento criado por outros pesquisadores deve ser referenciado adequadamente, e não tomado como seu de forma leviana. A atitude autocorretiva é outro atributo importante de um pesquisador: se errou, é preciso corrigir o percurso e aprender com os erros, evitando cometê-los novamente. A sensibilidade social não é menos importante do que os outros elementos citados, já que é fundamental considerar em que os resultados da pesquisa podem colaborar para a sociedade. A imaginação disciplinada é altamente necessária, sobretudo quando se trata de pesquisadores iniciantes, pois um pesquisador não pode supor que vai dominar o mundo e resolver todas as lacunas de sua área de estudo; desse modo, ao longo de um experimento ou mesmo da escrita do artigo para divulgar os resultados, não se pode desviar o foco da questão de pesquisa e conduzir as ações para respondê-la. A perseverança e a paciência são também essenciais para um bom pesquisador; não raro, são necessárias duas, três ou até mais tentativas para que uma metodologia de coleta de dados fique boa; assim como é comum que o artigo que você tanto quer publicar não seja aceito na primeira revista científica à qual você a submeteu.

b) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a compartilharem essa autoavaliação com os colegas.

Jogando

1o episódio: Eu, leitor de mapa conceitual

Neste episódio, o foco está na análise de um mapa conceitual e nas estratégias gráficas criadas para tornar mais eficiente o acesso dos leitores aos conteúdos abordados.

Tempo previsto: 3 aulas

Reconstrução das condições de produção e recepção dos textos e adequação do texto à construção composicional e ao estilo de gênero: EF69LP29

Relação entre textos: EF69LP30

Estratégias e procedimentos de leitura / Relação do verbal com outras semioses / Procedimentos e gêneros de apoio à compreensão: EF69LP33, EF69LP34

Respostas

1. a) Dê cerca de 15 segundos para os estudantes observarem o mapa conceitual. Terminado o tempo, peça a eles que fechem o livro didático e que respondam à questão feita: “quais competências a iniciação científica ajuda a desenvolver?

• A expectativa é de que os estudantes respondam: autoria, resolução de problemas, autonomia, cooperação e colaboração e argumentação. Quanto às pistas, é provável que eles tenham escolhido as palavras destacadas na cor azul.

Alguém ainda tem dúvida sobre a importância da Ciência? Ela está em todo lado e pode facilitar a vida das pessoas. Se, por um lado, pouca gente desconsidera a importância da Ciência, por outro é preciso admitir que, muitas vezes, as conquistas das pesquisas científicas são para poucos! Quais competências a prática da pesquisa científica pode ajudar a desenvolver? Que tal pensar sobre essas questões?

1º EPISÓDIO: EU, LEITOR DE MAPA CONCEITUAL

Neste episódio, o foco estará nos meios de expressão para além das palavras. Cores e setas (com uma ou duas pontas) podem ser a chave para a leitura de textos como mapas conceituais.

1. O texto que a turma vai analisar neste episódio é um mapa conceitual. Ele foi publicado em um artigo que fala sobre a importância da iniciação científica no Ensino Fundamental – Anos Finais, etapa escolar que você está cursando.

a) Inicie a observação do mapa assim que o professor autorizar. Em sua observação, procure responder à seguinte pergunta: segundo o mapa conceitual, quais competências a iniciação científica ajuda a desenvolver?

Mapa conceitual que indica as competências que a iniciação científica ajuda a desenvolver e as relações entre essas competências b) Leia uma definição de mapa conceitual:

ALBERTONI, Vivian Ignes et al. Iniciação Científica na segunda metade dos anos finais do Ensino Fundamental: percursos da Equipe de Professores do Projeto PIXEL do Colégio de Aplicação da UFRGS. Cadernos do Aplicação, [s. l.], v. 32, n. 1, p. 61-71, jan.- jul. 2019. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/CadernosdoAplicacao/article/view/93328/56422. Acesso em: 10 maio 2022.

• Compartilhe com os colegas sua resposta para a pergunta feita. Fale para a turma que pistas textuais você seguiu para formular sua resposta.

Gênero muito utilizado no mundo das práticas de estudo e de pesquisa, apresenta forma de diagrama, representando visualmente as relações entre conceitos e ideias.

• Qual é a relação entre a resposta que você formulou no item a e essa definição de mapa conceitual? Sua resposta confirma a definição ou não está de acordo com ela? Fale o que você pensa para os colegas.

2. No caderno, relacione cada competência à descrição de como ela acontece durante o processo de pesquisa: a) Autoria 1) Acontece quando o pesquisador internaliza a necessidade de compartilhar informações e dados como parte necessária de seu processo de pesquisa e do aprendizado dos grupos em que atua, valorizando o diálogo e os debates, a empatia e as experiências do outro. b) Resolução de problemas 2) Acontece quando o pesquisador explica as razões pelas quais escolheu o tema, a metodologia utilizada e a forma de apresentar as conclusões. c) Autonomia 3) Acontece quando o pesquisador é desafiado a promover uma prática de pesquisa não centrada nos conteúdos em si, mas na utilização de conhecimentos em situações do dia a dia, como ferramenta para criar soluções. d) Cooperação e colaboração 4) Acontece quando o pesquisador desenvolve estratégias de organização de seus materiais, seja por meio de textos escritos, seja pela forma de armazenar os dados coletados ou na curadoria de fontes adequadas e confiáveis. e) Argumentação 5) Acontece quando o pesquisador assume um lugar de fala e concretiza, por meio de texto produzido, a divulgação dos resultados da pesquisa. a) Do ponto de vista gráfico, como essas relações são sinalizadas? b) Observe este recorte do mapa conceitual. b) • A expectativa é de que os estudantes falem que a resposta ao item a confirma a definição, pois, provavelmente, para responder, eles precisaram considerar o elemento gráfico-visual: a cor azul usada para destacar as competências que a iniciação científica ajuda a desenvolver segundo o mapa conceitual. b) c) • Gráfico-plástica, musical, oral, escrita, corporal. d) • Resposta pessoal. É fundamental que os estudantes compreendam a cooperação e a colaboração como essenciais na produção do conhecimento científico. c) Agora, foque sua atenção neste outro recorte do mapa conceitual. d) Observe mais um recorte detalhado do mapa conceitual. a) Leia uma notícia extraída do site da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).

3. O mapa conceitual analisado na atividade 1 sinaliza as relações entre as competências abordadas.

ALBERTONI, Vivian Ignes et al Iniciação Científica na segunda metade dos anos finais do Ensino Fundamental: percursos da Equipe de Professores do Projeto PIXEL do Colégio de Aplicação da UFRGS. Cadernos do Aplicação, [s. l.], v. 32, n. 1, p. 61-71, jan.- jul. 2019. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/CadernosdoAplicacao/article/view/93328/56422. Acesso em: 10 maio 2022.

2. d-1, e-2, b-3, c-4, a-5.

3. a) Essas relações são sinalizadas graficamente por meio de linhas e setas.

• Essas setas sinalizam para os leitores que, na compreensão de quem fez o mapa conceitual, há uma relação entre os itens articulados por setas com duas pontas. Exemplo: ao mesmo tempo que a argumentação amplia a autonomia, a autonomia amplia a argumentação; ao mesmo tempo que a autonomia pressupõe e desenvolve a autoria, a autoria pressupõe e desenvolve a autonomia.

• Resposta pessoal. É importante que os estudantes tenham a oportunidade de indicar as linguagens mais utilizadas por eles. Na escola, há uma tendência de valorização da linguagem verbal, nas modalidades oral e escrita.

4. a) • Avalie a pertinência dos títulos formulados pelos estudantes. Seria importante que o título trouxesse as seguintes informações: entidades que firmaram a parceria e o objetivo dessa parceria. Quanto aos aspectos formais, o verbo do título deve ser flexionado no presente do modo indicativo, objeto de conhecimento abordado de forma sistemática ao longo da coleção. O título original é: “Parceria entre Uesb e Instituto Chico Mendes combate extinção de espécie”.

• Nesse recorte, há um número significativo de setas com duas pontas. Qual pista essas setas dão para os leitores?

ALBERTONI, Vivian Ignes et al. Iniciação Científica na segunda metade dos anos finais do Ensino Fundamental: percursos da Equipe de Professores do Projeto PIXEL do Colégio de Aplicação da UFRGS. Cadernos do Aplicação, [s. l.], v. 32, n. 1, p. 61-71, jan.- jul. 2019. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/CadernosdoAplicacao/article/view/93328/56422. Acesso em: 10 maio 2022.

• Segundo o mapa, a autoria pode se manifestar por diferentes formas de expressão. Quais são elas?

• Dessas linguagens mencionadas como forma de expressão no mapa, indique: quais você mais utiliza na escola e quais prefere para expressar como você é para o mundo?

ALBERTONI, Vivian Ignes et al. Iniciação Científica na segunda metade dos anos finais do Ensino Fundamental: percursos da Equipe de Professores do Projeto PIXEL do Colégio de Aplicação da UFRGS. Cadernos do Aplicação, [s. l.], v. 32, n. 1, p. 61-71, jan.- jul. 2019. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/CadernosdoAplicacao/article/view/93328/56422. Acesso em: 10 maio 2022.

• Você acredita na cooperação e na colaboração como estratégias para a resolução de problemas? Explique seu ponto de vista.

4. A cooperação e a colaboração não acontecem apenas entre pessoas de um mesmo grupo. Por vezes, elas acontecem entre instituições.

• Depois da leitura, formule um título para a notícia que destaque a parceria sobre a qual fala o texto.

Queixadas agrupados no “Recinto dos queixadas”.

Queixada, porcão e porco-do-mato são alguns dos nomes pelo qual o Tayassu Pecari é conhecido. Esse mamífero da fauna brasileira, consumidor de frutas e sementes, contribui para o equilíbrio ecológico fazendo a dispersão das sementes e está sob forte ameaça de extinção. Na área que corresponde ao trecho norte do Rio São Francisco, que compõe os estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, conhecida como Centro de Endemias de Pernambuco, região norte do bioma Mata Atlântica, por exemplo, o queixada foi extinto há mais de 30 anos.

Em busca de recuperar a fauna, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), firmou parceria com a Uesb, a fim de reintroduzir o queixada na área de preservação ambiental da Estação Ecológica de Murici, em Alagoas. Para isso, a Universidade fez a doação de 30 desses animais, e a equipe do ICMBio esteve, na terça-feira, 31, no campus de Itapetinga, para buscá-los.

“Na Estação Ecológica de Murici, a gente está recuperando a fauna há cinco anos e meio. É uma gestão mais rigorosa no controle da caça e uma das espécies que não existe nessa região inteira é o queixada”, explicou Marcos Freitas, analista ambiental do ICMBio e gestor da Estação. “Agora, tem bastante caititu, que é um porco do mato menor, mas também estamos recuperando populações de veado, paca, macaco guariba, jaguatirica, entre outros. O queixada é mais uma espécie muito importante, que a gente vai conseguir fazer a recuperação”, complementou.

Para o analista, a parceria entre a Universidade e o Instituto é de suma importância. “É uma parceria fantástica, porque uma vez que tem uma Universidade que fomenta pesquisa, manejo e criação de animais silvestres e que pode contribuir com a reintrodução desses animais na natureza, como é esse caso aqui, quando a espécie não existe mais, é fantástico, porque ajuda a recuperar a fauna de uma região” destacou Freitas.

Os animais no campus da Uesb – Desde 2006, o campus de Itapetinga obteve o plantel de queixadas do Parque Zoológico da Matinha. De acordo com o professor Dimas Santos, vinculado ao Departamento de Tecnologia Rural e Animal (DTRA) e assessor administrativo do campus, na ocasião, foi solicitado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o registro como criador comercial. O objetivo de aquisição foi, principalmente, atender às demandas relacionadas às aulas práticas dos cursos de Zootecnia e Biologia, bem como as pesquisas científicas.

“Nós já trabalhamos com algumas pesquisas de cortes de carnes, rendimentos de carcaça e também na área de comportamento e ambiência. Na verdade, b) Possibilidades de resposta: autoria: quando os pesquisadores elaborarem relatórios e textos de divulgação dos resultados do trabalho; argumentação: quando os pesquisadores justificam a importância de agir no sentido de combater a extinção do queixada; autonomia: quando as duas instituições se movimentam para formar a parceria em defesa do queixada; resolução de problemas: quando os pesquisadores estabelecem relações entre a sobrevivência do queixada e o equilíbrio ecológico em área que corresponde ao trecho norte do rio São Francisco, quando os pesquisadores antecipam que o manejo e a criação de animais silvestres pode contribuir para a reintrodução desses animais ou quando os pesquisadores identificam as causas que levaram à extinção do queixada na região mencionada.

2o episódio: Nosso centro de análise de usos da língua

Neste episódio, o foco da análise são os recursos linguísticos que os estudantes vão selecionar na operação de retextualização do mapa conceitual em um texto informativo de natureza verbal.

Tempo previsto: 3 aulas

Reconstrução das condições de produção e recepção dos textos e adequação do texto à construção composicional e ao estilo de gênero: EF69LP29

Estratégias e procedimentos de leitura / Relação do verbal com outras semioses Procedimentos e gêneros de apoio à compreensão: EF69LP33, EF69LP34

Construção composicional e estilo / Gêneros de divulgação científica: EF69LP42

Textualização / Progressão temática:

EF89LP29

Coesão: EF09LP11.

RESPOSTAS o propósito era atender a Pesquisa e o Ensino, mas surgiu o interesse do ICMBio, de solicitar a doação de um grupo de animais para a reintrodução em uma área de conservação”, pontuou o professor. b) A notícia explicita a cooperação e a colaboração.

1. Enquanto os estudantes fazem a retextualização, circule pela sala de aula, certificando-se de que todas as duplas entenderam as orientações. Esta pode ser uma oportunidade para se fazer um diagnóstico do desempenho dos estudantes no que diz respeito às cinco competências elencadas no mapa conceitual: autoria, autonomia, resolução de problemas, argumentação e cooperação e colaboração, tendo em vista que a atividade é em dupla.

Para Santos o processo de reintrodução é muito delicado e precisa de constante monitoramento para que haja sucesso. “Normalmente, existem os fatores que levaram à extinção e, se eles estiverem presentes, levarão, novamente, ao desaparecimento da espécie. Então, precisa ter monitoramento, fiscalização de controle da caça e, principalmente, o que a gente tem visto, que é a redução de habitat e o desmatamento, que têm causado um problema muito sério para essas populações de vida livre”, concluiu Dimas Santos.

AMORIM, Valcelene. UESB. [S. l.], 1 jun. 2022. Disponível em: www.uesb.br/noticias/parceria-entre-uesb-e-instituto-chicomendes-combate-extincao-de-especie. Acesso em: 11 jul. 2022.

• Converse com os colegas e, juntos, procurem descrever como as competências mencionadas no mapa conceitual – argumentação, autonomia, autoria, resolução de problemas – podem ser exercitadas no trabalho dos pesquisadores relatado na notícia.

2º EPISÓDIO: NOSSO CENTRO DE ANÁLISE DE USOS DA LÍNGUA

No episódio anterior, você analisou um mapa conceitual. Neste episódio, vai retomar esse mapa para realizar uma operação de retextualização, isto é, de produção de um novo texto a partir de um ou mais textos que já existem. Não pense que isso vai exigir de você uma coisa inédita: toda vez que repetimos, com outras palavras, o que alguém disse, estamos transformando, reformulando, recriando, retextualizando.

1. Agora, você vai transformar o mapa conceitual em um texto informativo no qual vai demonstrar aos colegas de outras turmas a importância da iniciação científica.

• Para fazer a atividade, junte-se a um colega e acompanhem as orientações a seguir.

— Escrevam um parágrafo introdutório, falando sobre a imagem que as pessoas costumam ter do que é ciência e do trabalho realizado pelo cientista. Para isso, retomem as discussões realizadas no portal 1.

— Elaborem o 2º parágrafo com foco no esclarecimento para os leitores do que é iniciação científica, desmistificando a crença de que a ciência é para poucos. Para isso, retomem as discussões feitas no portal 2.

— Abram o 3º parágrafo destacando que a iniciação científica pode levar ao desenvolvimento de importantes competências, citando as que foram enumeradas no mapa conceitual do 1º episódio.

— Escrevam um parágrafo para cada uma das competências, explicando como elas podem ser desenvolvidas no contexto da pesquisa científica. Para isso, vocês podem usar o que foi discutido na questão 2 do 1º episódio.

— Em seguida, elaborem um parágrafo para mostrar que essas competências estão relacionadas entre si. Para isso, vocês podem usar o que foi discutido na questão 3 do 1º episódio. Selecionem expressões para sinalizar aos leitores essas relações que, no mapa conceitual, eram sinalizadas principalmente por meio de setas.

— No último parágrafo, convidem os colegas de outras turmas a se “iniciarem” no campo da pesquisa científica.

— Criem um título honesto para o texto, isto é, um título que anuncie o que vai ser feito ao longo do texto: uma boa oportunidade para utilizarem a imaginação disciplinada, estudada no portal 2.

2. Releiam o texto produzido pela dupla e grifem todas as expressões utilizadas para sinalizar as relações entre as competências.

a) Com a mediação do professor, elaborem um quadro que permita a vocês compararem as expressões utilizadas pelas duplas.

b) Agora, façam uma análise comparativa entre os dados do quadro: quais foram as expressões mais utilizadas pelas duplas para substituir as setas do mapa conceitual? Alguma dupla escolheu expressões que sinalizam de forma mais clara a relação entre as competências do que as que a sua dupla selecionou? Alguma expressão selecionada pelas duplas provocou problemas de coerência, dificultando o trabalho de produção de sentidos por parte do leitor?

3. Reproduzam os textos e os divulguem em um espaço autorizado pela escola por onde circulam muitas pessoas da comunidade escolar.

3º EPISÓDIO: DO TEXTO PARA A LÍNGUA A SINTAXE EM TEXTOS MULTISSEMIÓTICOS

Neste episódio, você vai observar que a sintaxe não é privilégio dos textos verbais, analisando as relações sintáticas em fragmentos do mapa conceitual lido no 1º episódio.

1. Neste trecho do mapa conceitual, o destaque está na competência argumentativa. Observe: b) Este é um importante trabalho de análise linguística. Atividades como esta costumam conduzir os estudantes à construção da autonomia na escolha de recursos linguísticos coesivos.

2. a) Peça às duplas que leiam suas produções para a turma e anote no quadro as expressões utilizadas para substituir as setas do mapa conceitual. Peça também que expliquem suas escolhas.

3. Como os textos serão lidos a uma certa distância, é importante que a fonte selecionada seja de boa legibilidade e de um tamanho maior que 14.

3o episódio: Do texto para a língua

A sintaxe em textos multissemióticos Neste episódio, o foco é a sintaxe em textos multissemióticos. Os estudantes serão convidados a refletirem sobre a constituição de períodos simples e compostos, a partir da análise de fragmentos do mapa conceitual.

Tempo previsto: 3 aulas

Morfossintaxe: EF09LP05, EF09LP06, EF09LP08

Modalização: EF89LP31

Respostas

1.

a) Declara-se que a argumentação se relaciona com expressão, amplia a autonomia, qualifica produções e viabiliza a cooperação e a colaboração.

b) • O verbo é “relacionar”. Enquanto, no contexto, os verbos “viabilizar”, “qualificar” e “ampliar” são transitivos diretos, o verbo “relacionar” é transitivo indireto, pois se liga a seu complemento por meio da preposição “com”.

c) • O período é composto por coordenação e as orações são coordenadas assindéticas, pois não são ligadas por conjunção.

• Porque qualquer uma das orações pode ser alterada de posição sem que haja mudança significativa no processamento dos sentidos do fragmento.

2. a) • Classificação, pois “corporal”, “escrita”, “oral”, “musical” e “gráfico-plástica” são tipos da classe “expressão”.

a) O que se declara a respeito da argumentação?

b) Embora todos os verbos desse fragmento introduzam declarações a respeito da competência argumentativa, do ponto de vista sintático, um verbo se diferencia dos demais.

• Qual é esse verbo e por que sintaticamente ele é diferente dos demais?

c) Esse fragmento poderia ser materializado verbalmente da seguinte forma: a) A expressão “pode ser” é uma locução verbal formada por dois verbos: um verbo modal (poder) e um verbo de ligação (ser).

A argumentação relaciona-se com expressão, amplia autonomia, qualifica produções, viabiliza a cooperação e a colaboração.

• Classifique sintaticamente esse período.

• Por que se pode dizer que entre essas orações verifica-se também certa independência semântica?

2. Siga a direção das setas para fazer a leitura adequada deste fragmento do mapa conceitual.

Ativa O De Conhecimentos

Verbo modal é um verbo auxiliar utilizado para expressar uma opinião sobre se algo é provável ou possível; verbo de ligação é um verbo que liga o sujeito a seu predicativo, que pode ser uma qualidade, um estado ou uma classificação.

• Na locução verbal em análise, o verbo “ser” sinaliza qualidade, estado ou classificação? Explique sua escolha.

b) Qual é o efeito de sentido do uso do verbo modal “poder” no mapa conceitual?

c) Como devem ser classificados sintaticamente os termos “corporal”, “escrita”, “oral”, “musical” e “gráfico-plástica”?

3. Neste fragmento, tanto “autoria” como “autonomia” podem funcionar como sujeito. Observe o esquema a seguir.

b) O uso do verbo “poder” sinaliza que os tipos citados são possibilidades de expressão.

c) Eles devem ser classificados como predicativos.

• Nesse fragmento em especial, por que há essa possibilidade em torno da indicação do sujeito? Converse com os colegas e, juntos, formulem uma possível explicação.

CHAVE MESTRA a) Essa configuração permite dizer que o conjunto de ações (estabelecer, classificar, antecipar e solucionar) é consequência da resolução de problemas ou que esse conjunto de ações é condição para a resolução de problemas? b) Em seu caderno, faça a análise sintática desse fragmento do mapa conceitual com o maior detalhamento que você conseguir. c) Reescreva esse fragmento utilizando apenas a linguagem verbal, sem alterar sua classificação sintática. d) Agora, reescreva esse fragmento utilizando apenas a linguagem verbal, mas transformando o período composto em período simples.

Considere os aspectos visuais do gênero mapa conceitual para formular sua explicação.

4. Chegou a hora do desafio gramatical da missão. Para isso, foque sua atenção neste fragmento do mapa conceitual.

3. Porque, como as setas têm duas pontas, o leitor pode escolher o termo pelo qual vai iniciar a leitura. O fragmento pode ser lido tanto como “autoria pressupõe e desenvolve autonomia” como “autonomia pressupõe e desenvolve autoria”; ocupará o lugar de sujeito aquele que for lido primeiro. O outro termo funciona como complemento dos verbos “pressupõe” e “desenvolve”.

4. a) Essa configuração permite dizer que esse conjunto de ações é condição para a resolução de problemas.

Conquista

Assim como os textos verbais, os textos multissemióticos também têm uma materialidade sintática, que pode ser sinalizada tanto por meio de expressões verbais como por meio de recursos não verbais.

Resolução de problemas pressupõe estabelecimento de relações, classificação, antecipação de resultados, busca de soluções.

Resolução de problemas pressupõe: estabelecimento de relações, classificação, antecipação de resultados, busca de soluções.

b) O período em análise tem cinco orações, pois tem cinco verbos: Resolução de problemas pressupõe / estabelecer relações / classificar / antecipar resultados / solucionar. O verbo “pressupor” faz parte da primeira oração e, como é transitivo, exige complemento. No mapa conceitual, são apresentados quatro complementos oracionais para esse verbo. Como essas quatro orações se encaixam sintaticamente no verbo “pressupor”, complementando seu sentido, elas são chamadas de subordinadas e a oração “Resolução de problemas pressupõe” é chamada de principal. Como essas orações se encaixam no verbo “pressupor”, complementando seu sentido, sem a mediação de preposição, elas são chamadas de subordinadas substantivas objetivas diretas. Ainda é preciso considerar que as quatro orações que são subordinadas ao verbo “pressupor” são independentes sintaticamente umas das outras, por isso elas são chamadas de coordenadas entre si. Como essas orações coordenadas são separadas por vírgula, e não por conjunções, elas são chamadas de coordenadas assindéticas. Em síntese: esse período é composto por cinco orações, sendo uma principal e quatro orações subordinadas substantivas objetivas diretas; essas quatro subordinadas são coordenadas entre si.

c) Possibilidades de resposta: Resolução de problemas pressupõe estabelecer relações, classificar, antecipar resultados, solucionar. Resolução de problemas pressupõe: estabelecer relações, classificar, antecipar resultados, solucionar.

d) Possibilidades de resposta:

4o episódio: Um giro pelo mundo da escrita

Ah! os pronomes

O foco deste episódio é a comparação entre as regras de colocação dos pronomes oblíquos átonos e a transformação da expressão “a gente” em pronome pessoal do caso reto.

Tempo previsto: 2 aulas

Coesão: EF09LP10

Respostas

1. a) A expectativa é de que os estudantes apontem o pronome oblíquo átono “los” em “buscá-los”.

b) • Porque, ainda que a pessoa tenha um bom nível de escolaridade, como é o caso de um professor universitário, praticamente ninguém usa a variedade linguística de prestígio o todo tempo, independentemente do contexto. Na verdade, o que surpreende e pode até soar inadequado é alguém que, em situação de informalidade, usa todas as regras da variedade de prestígio.

c) No primeiro caso, substituir a expressão “30 desses animais”; no segundo caso, substituir a expressão “30 queixadas”. É importante que os estudantes compreendam que, do ponto de vista textual, as duas formas cumprem bem seu papel coesivo. Entretanto, apenas uma forma tem prestígio, por estar de acordo com as normas da gramática tradicional.

2. Não é objetivo desta coleção apresentar uma lista com as regras de colocação pronominal prescritas pela gramática tradicional. Seguem algumas regras, caso você queira aprofundar o assunto com os estudantes.

Próclise: 1. Em orações subordinadas.

2. Com adjunto adverbial, sem pausa.

3. Oração iniciada por palavras interrogativas ou exclamativas. 4. Junto de palavra de sentido negativo. 5. Junto de pronomes relativos, indefinidos e demonstrativos.

6. Com o verbo no infinitivo precedido de preposição. 7. Com o verbo no gerúndio precedido da preposição “em”. 8. Em orações que exprimem desejo. 9. Conjunções. Ênclise: 1. No início de oração. 2. Com o verbo no imperativo afirmativo. 3. Com o verbo no gerúndio não precedido da preposição “em”.

Mesóclise: Quando o verbo estiver no futuro.

a) É possível concluir que os pronomes oblíquos átonos podem vir antes do verbo, no meio do verbo e/ou depois do verbo.

4º EPISÓDIO: UM GIRO PELO MUNDO DA ESCRITA AH! OS PRONOMES

Neste episódio, você vai refletir sobre as regras de colocação pronominal na variedade linguística de prestígio e vai poder confirmar que a variação linguística acontece independentemente do controle que a chamada norma-padrão procura exercer sobre os usos da língua.

1. Releia um fragmento da notícia lida no 1º episódio.

Em busca de recuperar a fauna, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), firmou parceria com a Uesb, a fim de reintroduzir o queixada na área de preservação ambiental da Estação Ecológica de Murici, em Alagoas. Para isso, a Universidade fez a doação de 30 desses animais, e a equipe do ICMBio esteve, na terça-feira, 31, no campus de Itapetinga, para buscá-los.

a) Essa notícia foi divulgada no site de uma universidade. Em função disso, a variedade linguística esperada é a de prestígio.

• Aponte no fragmento um uso que caracteriza, de forma inequívoca, a variedade linguística de prestígio.

b) Imagine a seguinte situação: um professor envolvido na parceria da Uesb com o Instituto Chico Mendes conversa informalmente com um amigo sobre a parceria e diz: c) Tanto em “para buscá-los” como em “pra buscar eles”, os pronomes “los” e “eles” cumprem a mesma função textual. Qual é essa função? a) A que conclusão se pode chegar a partir desses exemplos?

A Universidade deu 30 queixadas e o pessoal do Instituto Chico Mendes teve, na terça, no campus de Itapetinga, pra buscar eles.

• Por que não se pode dizer que a variedade linguística utilizada pelo professor surpreende?

2. Segundo a gramática tradicional, a colocação dos pronomes oblíquos átonos obedece a várias regras. Observe algumas ocorrências de pronomes oblíquos átonos.

• Não me desmotiva o trabalho árduo: queremos salvar o queixada.

• Desmotiva-me a falta de empenho das autoridades no que diz respeito à preservação de espécies em extinção.

• Desmotivar-me-ei se os maiores responsáveis pelo desmatamento que leva à extinção de muitas espécies não comparecem ao encontro.

CHAVE MESTRA b) Em seus espaços de convivência, incluindo a escola, você já presenciou o uso dessas três formas? Qual lhe parece menos comum? c) No seu dia a dia, como as pessoas, inclusive aquelas com boa escolaridade, costumam falar “desmotivar-me-ei”?

Uma pista que você deve seguir para formular sua conclusão é o verbo ao qual o pronome está ligado.

Quando um dos pronomes oblíquos átonos – me, te, se, o(s), a(s), lhe(s), nos, vos – vem antes do verbo, acontece a próclise. Quando um desses pronomes vem depois do verbo, acontece a ênclise. Quando um deles vem no meio do verbo, acontece a mesóclise a) Os gramáticos tradicionais não veem com bons olhos a classificação de “a gente” como pronome pessoal do caso reto. Mesmo os gramáticos mais modernos costumam prescrever: essa expressão só deve ser utilizada em momentos de informalidade. b) Demonstre, com exemplos extraídos da notícia, que “a gente” é semanticamente equivalente ao pronome pessoal “nós” e gramaticalmente equivalente ao pronome pessoal “ele/ela”. c) Por que o fragmento da notícia pode ser usado como evidência do fenômeno da variação linguística? d) E você? O que costuma usar mais: a gente ou nós? E no seu entorno? Qual forma é a mais utilizada pelas pessoas? Fale para os colegas e o professor. e) Como você responderia à pergunta a seguir feita em um site de uma revista especializada em educação?

3. Releia estes parágrafos da notícia lida no 1º episódio.

“Na Estação Ecológica de Murici, a gente está recuperando a fauna há cinco anos e meio. É uma gestão mais rigorosa no controle da caça e uma das espécies que não existe nessa região inteira é o queixada”, explicou Marcos Freitas, analista ambiental do ICMBio e gestor da Estação. “Agora, tem bastante caititu, que é um porco do mato menor, mas também estamos recuperando populações de veado, paca, macaco guariba, jaguatirica, entre outros. O queixada é mais uma espécie muito importante, que a gente vai conseguir fazer a recuperação”, complementou.

“Nós já trabalhamos com algumas pesquisas de cortes de carnes, rendimentos de carcaça e também na área de comportamento e ambiência. Na verdade, o propósito era atender a Pesquisa e o Ensino, mas surgiu o interesse do ICMBio, de solicitar a doação de um grupo de animais para a reintrodução em uma área de conservação”, pontuou o professor.

Para Santos o processo de reintrodução é muito delicado e precisa de constante monitoramento para que haja sucesso. “Normalmente, existem os fatores que levaram à extinção e, se eles estiverem presentes, levarão, novamente, ao desaparecimento da espécie. Então, precisa ter monitoramento, fiscalização de controle da caça e, principalmente, o que a gente tem visto, que é a redução de habitat e o desmatamento, que têm causado um problema muito sério para essas populações de vida livre”, concluiu Dimas Santos.

• Demonstre, utilizando elementos do fragmento em destaque, que é possível apresentar um outro lado para essa questão.

Falar “a gente” é correto ou só é certo usar “nós”?

• Compartilhe o que você pensa com os colegas e o professor.

b) Embora a resposta seja pessoal, é improvável que muitos estudantes convivam com o uso frequente da mesóclise. A verdade é que a mesóclise, embora permaneça na lista de regras da gramática tradicional, caiu em desuso e já dá sinais de que logo não passará de arcaísmo.

c) Provavelmente, “vou me desmotivar”, já que o futuro simples também tem perdido prestígio junto aos usuários do português falado no Brasil.

3. a) • Em uma notícia publicada em um site de uma universidade pública, a expressão “a gente” foi utilizada três vezes na função de pronome pessoal. A utilização foi feita por um analista ambiental e por um professor universitário. Portanto, é preciso admitir, no mínimo, que, embora os defensores da gramática tradicional se mostrem incomodados, os usuários da língua estão oficializando a expressão “a gente” como pronome pessoal.

b) “A gente” é semanticamente equivalente ao pronome pessoal “nós”, pois indica que quem está falando o faz em nome de mais pessoas. Entretanto, gramaticalmente, ao acompanhar “a gente”, o verbo deve ser flexionado na 3ª pessoa do singular. Exemplos do texto: A gente está recuperando, a gente vai conseguir, a gente tem visto.

c) Porque, em um mesmo texto, tanto “a gente” como “nós” são utilizados por uma mesma pessoa, o professor universitário Dimas Santos, o que evidencia a variação linguística. Na notícia em análise, há mais ocorrências de “a gente” do que de “nós”.

d) Resposta pessoal. Sempre que o estudante é convidado a observar seu entorno e falar sobre si, há uma tendência de que ele se envolva mais com a discussão, tornando o tema mais relevante e significativo para ele.

e) • A expectativa é de que os estudantes respondam que as duas formas são corretas e que o uso de ambas caracteriza o fenômeno da variação linguística.

5o episódio: Eu, elaborador de mapa conceitual

O foco deste episódio é a elaboração de um mapa conceitual, considerando aspectos composicionais, estilísticos e semânticos desse gênero tipicamente multissemiótico.

Tempo previsto: 4 aulas

Relação entre textos: EF69LP30

Estratégias e procedimentos de leitura / Relação do verbal com outras semioses / Procedimentos e gêneros de apoio à compreensão: EF69LP32, EF69LP34

Consideração das condições de produção de textos de divulgação científica / Estratégias de escrita: EF69LP35

Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição: EF69LP36

Construção composicional e estilo / Gêneros de divulgação científica: EF69LP42

Curadoria de informação: EF89LP24

Procedimentos de apoio à compreensão / Tomada de nota: EF89LP28

Textualização / Progressão temática: EF89LP29.

Modalização: EF89LP31

Fono-ortografia: EF09LP04

Morfossintaxe: EF09LP05, EF09LP06

RESPOSTAS

1. É importante fazer a leitura do Projeto de comunicação com os estudantes, certificando-se de que eles entenderam a proposta.

2. Deixe que os estudantes definam os critérios para a formação das duplas. A mediação só será necessária se você perceber que alguém está tendo dificuldades para encontrar uma parceria. Se necessário, retome com a turma um dos elementos essenciais no campo das Práticas de estudo e pesquisa: a colaboração e a cooperação.

5º EPISÓDIO: EU, ELABORADOR DE MAPA CONCEITUAL

Neste episódio, você e seu colega de dupla vão escolher um assunto pelo qual têm curiosidade intelectual e pesquisarão sobre ele para elaborar um mapa conceitual que reflita, de forma dinâmica e eficiente, o quanto vocês se apropriaram da temática.

1. Informe-se sobre o que você vai fazer.

Gênero Mapa conceitual.

Projeto de comunicação

Situação Você e um colega vão elaborar um mapa conceitual para compartilhar com os colegas uma temática relacionada a qualquer um dos Temas Contemporâneos Transversais da BNCC.

Tema Um dos Temas Contemporâneos Transversais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

1. Aprofundar sua capacidade de análise do tema selecionado.

Objetivos

2. Criar a própria representação de um determinado objeto de conhecimento. Quem é você Um estudante que tem interesse pelo campo das Práticas de estudo e pesquisa.

Para quem Para os colegas de turma e para o professor.

Tipo de produção Em dupla. Temas Comtemporâneos Transversais da BNCC

2. Forme dupla com um colega e escolham um dos quinze Temas Contemporâneos Transversais da BNCC pelo qual ambos têm curiosidade intelectual.

• Na seleção, perguntem-se por que escolher este ou aquele tema e compartilhem o que cada um tem de curiosidade para descobrir sobre ele.

• Definido o tema geral, criem uma lista a fim de separar as curiosidades principais das secundárias.

3. Coletem as informações necessárias para a elaboração do mapa conceitual com base no que a dupla definiu no item 2: essa é uma parte essencial do processo!

• Acessem todas as ferramentas disponíveis: livros, enciclopédias, revistas e sites de busca na internet (usem fontes abertas e confiáveis).

• Façam uma curadoria. Em outras palavras, realizem a pesquisa sem perder de vista o recorte das questões –com o mundo de informações disponíveis na internet, é preciso cuidado para não perder o foco!

4. Agora, processem as informações e filtrem somente o necessário.

• Com os dados coletados, priorizem o que é realmente importante, levando em conta o tópico principal que vocês querem abordar no mapa.

• Identifique os conceitos-chave que se relacionam ao tópico principal selecionado pela dupla.

• Identificados os conceitos-chave, ordenem-nos: dos mais gerais para os mais específicos. Esse procedimento será fundamental para a dupla definir e elaborar a estrutura do mapa.

5. É hora de a dupla elaborar uma primeira versão do mapa conceitual.

• Estabeleçam as conexões entre os conceitos-chave selecionados: como um elemento se conecta, se relaciona com outros? Considerem que, nesse momento, a dupla pode se dar conta de que alguns conceitos previamente selecionados podem ficar de fora do mapa. Isso não é necessariamente um problema ou um erro: faz parte do processo!

• Definam uma primeira estrutura para o mapa conceitual da dupla e registrem no caderno ou em um arquivo de computador. Essa estrutura vai materializar a forma como vocês interpretaram os textos que leram durante a pesquisa.

3. Antes de os estudantes iniciarem essa etapa, converse com eles sobre a importância de pesquisar em fontes confiáveis. Se houver biblioteca na escola, a pesquisa pode ser realizada no espaço, de preferência com a mediação do bibliotecário.

4. Enquanto os estudantes realizam esta etapa, circule pela sala de aula, fazendo perguntas, quando necessário, para que as duplas consigam a maior eficiência possível na filtragem das informações, sem perder de vista o tópico principal que será o assunto do mapa conceitual. A ordenação dos conceitos, dos mais gerais para os mais específicos, é condição essencial para a elaboração da estrutura composicional do mapa.

5. Os estudantes podem elaborar esta primeira versão em uma folha de papel ou em um arquivo de computador. Se houver na escola um laboratório de informática, esta pode ser uma oportunidade para utilizá-lo com um objetivo claramente definido. Caso a escola disponha de um professor de informática, peça a mediação dele no processo. É importante destacar, entretanto, que, caso os estudantes não tenham acesso a computadores, a atividade pode ser realizada sem perdas significativas. É fundamental que esta parte da produção seja realizada no espaço escolar com seu acompanhamento.

A estrutura? A dupla define! Mas lembrem-se: ela vai mostrar o modo como vocês interpretaram todos os textos que leram no momento da pesquisa.

6. Esta etapa é fundamental, pois é o momento em que os estudantes vão produzir os acabamentos necessários para dar ao mapa um perfil de produto final. Circule pela sala de aula, fazendo um diagnóstico das palavras que a dupla selecionou para sinalizar a ligação entre os conceitos-chave.

7. No episódio de oralidade, os estudantes vão apresentar os mapas conceituais elaborados, submetendo-os à avaliação dos colegas.

6. Agora, é a etapa de elaboração da versão final do mapa conceitual da dupla. Aqui, serão realizados procedimentos de revisão e de refinamento dos detalhes.

• Revisem a versão inicial, observando se as relações entre os conceitos-chave estão adequadamente sinalizadas.

• Adicionem palavras ou frases de ligação para demonstrar como os conceitos estão relacionados, tal como feito no mapa conceitual analisado ao longo da missão: locuções verbais constituídas por verbos modalizadores podem ser um interessante recurso nesse momento! Relembrem:

• Decidam se, para facilitar o entendimento do mapa conceitual, será necessário utilizar setas de duas pontas ou outros tipos de linhas, cores, formatos diversos de caixas de texto.

• Para concluir, façam uma revisão sintática do mapa conceitual. Observem se, ao seguir linhas, setas e as palavras usadas para conectar os conceitos, foi possível produzir um sentido para cada período. Se diagnosticarem algum problema, resolvam.

7. Preparem o mapa conceitual para uma apresentação, que será feita no próximo episódio.

Neste episódio, você vai conversar sobre a importância da avaliação dentro e fora da escola.

1. Organizem-se em roda e conversem sobre as questões a seguir.

Estudantes participando de roda de conversa sobre conteúdos étnico-raciais do componente curricular de História em São Paulo (SP), 2018.

Parte 1 – Para começo de conversa

• É comum que empresários reúnam mensalmente seus funcionários para avaliar o desempenho da empresa durante um determinado espaço de tempo. Por que essa avaliação é importante?

• Quando seus familiares decidem comprar uma geladeira nova, como eles costumam proceder?

Parte 2 – A conversa avança

• No contexto da escola, para que você acha que serve uma avaliação?

• Você se sente confortável quando o professor solicita que você avalie o trabalho de um colega? Justifique sua resposta.

Parte 3 – Tirando conclusões da conversa

• Para que deve servir uma avaliação no contexto escolar?

2. Ainda em roda e com a mediação do professor, elaborem uma lista de critérios para avaliar os mapas elaborados pelas duplas a partir do que estudaram sobre mapas conceituais nesta missão.

3. Com a mediação do professor, avaliem os mapas conceituais elaborados pelos colegas a partir da lista de critérios criada pela turma.

• Cada dupla apresenta seu mapa conceitual para a turma.

• Em seguida, três duplas fazem, respeitosamente, a avaliação com base nos critérios criados.

• Por último, a dupla que apresentou o mapa deve ter a palavra mais uma vez, para expressar suas impressões da avaliação dos colegas, sinalizando o que entendem que precisam fazer diferente na próxima vez em que forem elaborar um mapa conceitual.

Parte 2 – A conversa avança

• Geralmente, o mais comum é que a escola utilize a avaliação para atribuir uma nota e classificar os estudantes entre os que são aprovados, os que ficam em recuperação e os que são reprovados. O foco, portanto, está no produto, e não no processo.

• Geralmente, os estudantes têm receio de avaliar os trabalhos dos colegas. Esse receio pode ser consequência do que internalizaram no processo de escolarização sobre o objetivo da avaliação. Como eles não estão acostumados a enxergar a avaliação como procedimento fundamental do processo de aprendizagem, para continuar avançando sempre, mas como instrumento classificatório, quando são convidados a avaliar o trabalho dos colegas, costumam elogiar bem rapidamente, sem explicar os critérios que embasaram a avaliação.

Parte 3 – Tirando conclusões da conversa

• O objetivo é que os estudantes compreendam que, na escola, assim como na vida, a avaliação deve servir para identificar eventuais problemas e criar estratégias para resolvê-los.

2. Registre as sugestões dos estudantes no quadro. Possibilidades de critérios para compor a lista:

• A estrutura do mapa permitiu uma rápida visualização do tema proposto e das relações entre os conceitos-chave?

O foco deste episódio é conversar sobre os mapas conceituais produzidos no episódio anterior. O objetivo é que a turma avalie os trabalhos, apontando, de forma respeitosa, méritos e problemas. É fundamental que eles reconheçam o papel da avaliação, para além da atribuição de uma nota, nas práticas de estudo e pesquisa.

Tempo previsto: 2 aulas

Conversação espontânea: EF89LP27

Estilo: EF89LP15

Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social: EF69LP13, EF69LP14, EF69LP15

Respostas

1. Todas as respostas são pessoais. Esta atividade é importante porque geralmente, na escola, a avaliação está quase sempre associada à atribuição de uma nota. Aqui, o foco será a discussão de como a avaliação pode ser importante para refinar um produto, interferindo decisivamente no processo de aprendizagem. Cuide para que todos que queiram tenham seu direito de fala garantido. Oriente os estudantes a respeitarem os turnos de fala, evitando interromper o colega.

Parte 1 – Pra começo de conversa

O objetivo desta parte é fazer com que os estudantes percebam que avaliar não é um procedimento restrito ao contexto escolar.

• Nenhum empresário avalia sua empresa para classificá-la em boa, média ou ruim; a avaliação, nesse contexto, serve para que sejam diagnosticados eventuais problemas e formuladas resoluções para esses problemas. Em outras palavras, as empresas promovem avaliações periodicamente para pensar possibilidades futuras de sucesso. Convide os estudantes a refletirem sobre a falta de lógica de se avaliar, diagnosticar um problema e não adotar procedimentos para solucioná-lo.

• Em tudo que fazemos, o que buscamos é a construção de uma melhor qualidade dos resultados de nossas ações. Quando alguém decide comprar um produto, vai avaliar as vantagens e desvantagens de adquiri-lo naquele momento. Pode-se avaliar, por exemplo, a relação custo-benefício para decidir qual, entre tantos modelos e marcas ofertados pelo mercado, é aquela que melhor se adéqua à realidade da família.

• As palavras de ligação, bem como setas e linhas, favoreceram o entendimento do assunto?

• A sintaxe é criativa e favoreceu o processo dos sentidos?

• A seleção de cores e de outros elementos gráficos está de acordo com a imaginação disciplinada, sendo útil na compreensão do mapa e indo além do meramente ilustrativo?

3. Antes do início das apresentações seguidas das avaliações, converse com os estudantes sobre este ser um momento oportuno para exercitar a empatia, a colaboração e a cooperação. Também fale sobre a importância de acolher e valorizar o trabalho dos outros.

7o episódio: Mesmo tema, outro campo de atuação social

Poema

Neste episódio, os estudantes são convidados a refletir sobre as possibilidades de diálogo entre duas grandes esferas do conhecimento humano: a ciência e a literatura.

Tempo previsto: 3 aulas

Reconstrução das condições de produção, circulação e circulação / Apreciação e réplica: EF69LP44, EF69LP46

Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos: EF69LP47

Oralização: EF69LP53

Recursos linguísticos e semióticos que operam nos textos pertencentes aos gêneros literários: EF69LP54

Estratégias de leitura / Apreciação e réplica: EF89LP33.

Figuras de linguagem: EF89LP37

Respostas

1. A leitura silenciosa é necessária para que os estudantes tenham um primeiro contato com o poema, a fim de se prepararem para uma leitura expressiva.

2. Porque no título, Receita para arrancar poemas presos, o eu lírico já sinaliza, pela escolha da palavra “receita”, que “poemas presos”, na verdade, é uma metáfora para doenças.

7º EPISÓDIO: MESMO TEMA, OUTRO CAMPO DE ATUAÇÃO SOCIAL POEMA

Neste episódio, você vai ser convidado a libertar o poema. Sim: o poema está preso! Onde? Na garganta, na cabeça, no coração, no dedão do pé...

1. Leia, silenciosamente, o poema de Viviane Mosé

Atalho

Viviane Mosé nasceu em Vitória, Espírito Santo, em 16 de janeiro de 1964. É Doutora em Filosofia, psicóloga e psicanalista e, ao longo de sua carreira, tem realizado palestras sobre educação, cultura e sociedade. Além disso, Viviane vem publicando diversas obras de poesia, filosofia, psicanálise e política.

Receita para arrancar poemas presos

A maioria das doenças que as pessoas têm são poemas presos, abscessos, tumores, nódulos, pedras. São palavras calcificadas, poemas sem vazão.

Mesmo cravos pretos, espinhas, cabelo encravado, prisão de ventre, poderiam um dia ter sido poema, mas não.

Pessoas adoecem da razão, de gostar de palavra presa.

Palavra boa é palavra líquida, escorrendo em estado de lágrima.

Lágrima é dor derretida, dor endurecida é tumor.

Lágrima é raiva derretida, raiva endurecida é tumor.

Lágrima é alegria derretida, alegria endurecida é tumor.

Lágrima é pessoa derretida, pessoa endurecida é tumor. Tempo endurecido é tumor, tempo derretido é poema.

E você pode arrancar os poemas endurecidos do seu corpo, com buchas vegetais, óleos medicinais, com a ponta dos dedos, com as unhas.

Você pode arrancar poema com alicate de cutícula, com pente, com uma agulha. Você pode arrancar poema com pomada de basilicão, com massagem, hidratação. Mas não use bisturi quase nunca.

Em caso de poemas difíceis use a dança.

A dança é uma forma de amolecer os poemas endurecidos do corpo. Uma forma de soltá-los das dobras, dos dedos dos pés, das unhas. São os poemas-corte, os poemas-peito, os poemas-olhos, os poemas-sexo, os poemas-cílios.

Atualmente, ando gostando dos poemas-chão. Pensamento-chão é grama e nasce do pé, é poema de pé no chão, é poema de gente normal, de gente simples, gente de Espírito Santo. Eu venho de Espírito Santo. Eu sou do Espírito Santo, eu trago a Vitória do Espírito Santo. Santo é um espírito capaz de operar o milagre sobre si mesmo.

3. • A metáfora e a antítese.

• Porque a cada dois versos tem-se um período. Esses pares de versos são usados para colocar em evidência a antítese, que opõe o que é saudável ao que é doentio.

4. A receita é dançar.

• Resposta pessoal. É importante que os estudantes tenham a oportunidade de expressarem sua subjetividade. Assegure o turno de fala a todos que quiserem se manifestar.

5. Nos últimos versos da última estrofe, o eu lírico se refere a Vitória, capital do estado do Espírito Santo e cidade natal da poetisa.

6. Sugere-se que a leitura seja coletiva. Como são cinco estrofes, serão necessários cinco estudantes por oralização.

MOSÉ, Viviane. Receita para arrancar poemas presos. Quiabo doido. [S. l.], Disponível em: https://quiabodoido.com/cultura/poema-preso. Acesso em: 11 jul. 2022.

2. Por que se pode dizer que, já no título do poema, os discursos da ciência e da literatura se entrecruzam?

3. Releia a 2ª estrofe do poema.

• Quais figuras de linguagem são a base para a construção dessa estrofe?

• Explique por que se pode dizer que, sintaticamente, essa estrofe se organiza em pares de versos.

4. Qual é a receita do eu lírico para arrancar poemas difíceis?

• Qual é sua receita para arrancar poemas difíceis?

5. Por que se pode dizer que, na última estrofe, há uma “confusão” intencional entre o eu lírico e a autora do poema?

Chave Mestra

Para responder, relacione a última estrofe com o conteúdo do boxe Atalho.

6. Agora que a turma já se apropriou de alguns sentidos do poema, que tal aprofundar essa apropriação realizando uma leitura expressiva?

• Cada estudante pode ficar responsável por uma estrofe.

• Durante a oralização, fique atento para promover variação no ritmo de leitura, modular adequadamente o tom de voz, pausar nos momentos certos e usar gestos sem exageros.

Como você se saiu em sua missão de assumir a pesquisa científica como um dos caminhos para resolver problemas e criar soluções que podem melhorar a vida das pessoas? Está convencido de que a ciência é para todos? Para refletir sobre o que foi estudado ao longo desta missão, façam uma roda e conversem sobre as questões organizadas no portal 1 (avaliação) e no portal 2 (autoavaliação).

PORTAL 1

O que é um mapa conceitual e quais são suas principais características?

O que é um procedimento de retextualização?

A sintaxe é exclusiva de textos verbais. Você tende a concordar com essa afirmação ou a discordar dela?

Por quê?

O que são próclise, ênclise e mesóclise?

Qual deve ser o principal objetivo da avaliação no contexto escolar?

PORTAL 2

Que título você daria ao mapa que traduz a produção científica nos hemisférios norte e sul?

Você considera a possibilidade de, no futuro, se tornar pesquisador profissional?

Como o estudo desta missão alterou suas concepções e crenças acerca da ciência?

Dentre as características apontadas como fundamentais para bons pesquisadores – curiosidade, criatividade, integridade intelectual, atitude autocorretiva, sensibilidade social, imaginação disciplinada, perseverança e paciência, quais você considera mais fundamentais?

Em quais das competências mencionadas no mapa conceitual lido nesta missão – argumentação, cooperação e colaboração, autonomia, resolução de problemas e autoria – você considera que tem bom desenvolvimento?

Salvando O Progresso

É importante que os estudantes tenham a oportunidade de avaliar o que foi estudado e de autoavaliar sua aprendizagem. No portal 1, as perguntas permitirão avaliar a aprendizagem dos estudantes acerca dos objetos de conhecimento trabalhados ao longo da missão. No portal 2, os estudantes terão a oportunidade de avaliar a própria aprendizagem, a partir de perguntas que fomentam a manifestação da subjetividade diante dos objetos estudados. É importante durante a realização da roda de conversa, orientar os estudantes a exercer a escuta atenta, respeitando os turnos de fala. Enquanto para as perguntas do portal 1 há respostas objetivas, que podem ser avaliadas como certas, parcialmente certas ou erradas, para as perguntas do portal 2 é impossível exigir respostas padronizadas.

Tempo previsto: 1 aula.

Portal 1

Mapa conceitual e suas caraterísticas foram estudados no 1º e no 2º episódio. Procedimentos de retextualização foram estudados no 2º episódio. A sintaxe em textos multissemióticos foi estudada no 3º episódio. Próclise, mesóclise e ênclise foram abordadas no 4º episódio. Avaliação no contexto escolar foi abordada no 6º episódio.

Portal 2

Respostas pessoais.

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