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ROTEIRO DA MISSÃO

Analisar um post de campanha midiática, para que você observe a mobilização de elementos verbais e não verbais nos propósitos comunicativos.

Ler um editorial de jornal digital, para que você amplie sua compreensão sobre os textos que circulam nas mídias e jornais. Analisar o uso de recursos linguísticos em textos jornalísticos, como as modalizações e as estratégias de impessoalidade – por meio de agentes inanimados, de voz passiva ou de indeterminação do sujeito –, e a incorporação de referências, para que você possa aprofundar as possibilidades de construção de sentidos dos textos.

(Re)conhecer as orações subordinadas adjetivas restritivas e explicativas e sua função, para que você analise seus efeitos de sentido na construção da coesão de enunciados.

Discutir as diversas funções das aspas, para que você amplie seus conhecimentos e recursos para a produção de textos escritos.

Produzir um political remix, como forma de protagonismo nos debates importantes à sociedade.

Participar de uma discussão oral, para que você vivencie a experiência de conversar sobre ideias controversas com ética e respeito.

Selecionar e organizar dados na forma gráfica, para que você exercite a habilidade de extrair esquematicamente as informações de um texto.

Tempo previsto: 1 aula

Competências Gerais da Educação

Básica: 1, 4, 5, 6, 7, 9, 10

Competências Específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental: 1, 2, 3, 4, 6

Competências Específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental: 1, 2, 3, 5, 6, 7, 10

Entrando No Jogo

As atividades desta seção visam à introdução do conteúdo temático da missão: a participação dos jovens na construção da política do país, sobretudo por meio do voto, e as contribuições sociais advindas desse movimento. Os estudantes vão, também, começar a refletir sobre as estratégias linguísticas para a expressão de posicionamentos diante de questões da sociedade e sobre as vias possíveis de veiculação da própria opinião para praticar a habilidade de recepção e de enunciação de pontos de vista.

Tempo previsto: 1 aula

Apreciação e réplica / Relação entre gêneros e mídias: EF69LP02

Efeitos de sentido: EF69LP05

Estilo: EF69LP17

Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos / Caracterização do campo jornalístico e relação entre os gêneros em circulação, mídias e práticas da cultura digital: EF89LP02

Efeitos de sentido / Exploração da multissemiose: EF89LP07

PORTAL 1

O objetivo deste portal é que os estudantes interajam com peças da campanha digital #SeuVotoImporta, direcionada a jovens com idade para votar, e conversem a respeito desse tipo de iniciativa, do poder de alcance desse tipo de campanha e das estratégias persuasivas expressas por meio dos elementos multissemióticos. Essa atividade estimula a reflexão sobre temas importantes à sociedade e a expressão de pontos de vista, além de sensibilizar os estudantes à identificação dos diversos elementos que compõem os textos, sobretudo os digitais.

Respostas

1.

a) Resposta pessoal.

b) A campanha é direcionada aos jovens que já podem tirar o título de eleitor para votar.

c) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a manifestarem suas impressões sobre as peças e a associarem os elementos verbais e não verbais, como cores e figuras e o uso de hashtag, à estratégia de chamar a atenção do público-alvo.

d) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a criarem hipóteses a respeito do interesse da sociedade no voto jovem. Para ampliar esse debate, introduza brevemente a história da

Entrando No Jogo

Neste jogo, você vai precisar escolher um lado. Informação e discernimento serão suas ferramentas. O importante é manter o respeito e a comunicação aberta.

Portal 1

1. Veja estas peças da campanha #SeuVotoImporta

Atalho

A campanha #SeuVotoImporta foi criada por meninas de todo o Brasil que consideram o voto jovem como meio de protagonismo e de transformação social.

a) Você conhece a campanha #SeuVotoImporta?

b) A quem você imagina que essa campanha é direcionada?

c) Em sua opinião, essas peças têm potencial para atrair a atenção do público ao qual foi direcionada? Por quê?

d) Reflita: por que alguns setores da sociedade consideram esse voto importante a ponto de criarem uma campanha de incentivo a ele?

e) Você pensa em tirar seu título de eleitor assim que fizer 16 anos?

conquista desse direito, dizendo que foi resultado de uma grande mobilização de diversos setores da sociedade, inclusive da juventude. Mais adiante, esse tema será aprofundado. O voto de pessoas dessa faixa etária é um importante exercício de cidadania e a ampliação da participação social por meio do voto contribui para a plenitude da democracia.

e) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a expressarem e justificarem seu posicionamento, compartilhando seus pontos de vista com os colegas.

Portal 2

2. Leia os textos a seguir e responda oralmente às questões.

TSEJUSBR. Campanha #RolêDasEleições. Twitter: @ TSEjusbr. Disponível em: https://twitter.com/TSEjusbr/ status/1504529114077802499/photo/1. Acesso em: 17 maio 2022.

a) Entre as imagens, identifique a charge, o meme e o post.

b) Textos como esses circulam pelas redes sociais e comunicam, de diferentes formas, posicionamentos e argumentos. Responda: c) Se você visse esses textos em suas redes sociais, como reagiria? Escolha um deles para curtir, um para compartilhar e outro para fazer um comentário de 1 a 3 linhas em seu caderno.

• Nos exemplos mostrados, existe uma tendência de um posicionamento a favor ou contra a participação da juventude na política?

O objetivo das atividades deste portal é chamar a atenção dos estudantes para as diversas possibilidades de expressão de posicionamento nas mídias, sobretudo nas digitais, a depender do propósito comunicativo. Eles observarão isso na leitura e, depois, farão essas escolhas comunicativas. Com isso, as reflexões acerca do tema abordado no portal 1 serão ampliadas.

Respostas

2. a) Charge: imagem 3; meme: imagem 2; post: imagem 1.

b) • Espera-se que os estudantes identifiquem que os textos apontam para um posicionamento favorável à participação dos jovens na política. Para ajudá-los a perceber isso, converse a respeito da percepção da ideia, subjacente a todos esses exemplos, de que os jovens podem pensar e decidir sobre as questões que permeiam suas vidas. Partindo dessa ideia, as campanhas de incentivo ao voto jovem confiam no discernimento e apoiam o exercício de autonomia por meio do voto; o meme critica os setores da sociedade que atuam contra o estímulo do pensamento crítico da juventude; a charge reitera a importância da participação da juventude como via de construção do próprio futuro.

c) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a elegerem as ações com base nos contextos habituais de circulação e nos propósitos comunicativos pessoais. Por exemplo, se eles se interessassem por difundir a ideia do incentivo ao voto jovem, seria coerente compartilhar a campanha; se quisessem emitir sintético juízo de valor, deveriam curti-la se; quisessem mostrar seu engajamento, deveriam fazer um comentário.

Jogando

1o episódio: Eu, leitor de editorial

Neste episódio, os estudantes vão ler um editorial publicado em jornal digital e refletir sobre os sentidos do texto e os aspectos socioculturais que podem ser inferidos no texto do campo Jornalístico-midiático. Para ampliar as perspectivas da contribuição desse gênero na educação para leitura crítica do mundo, leia PERFEITO, A. M.; RITTER, L. C. B. O editorial: uma proposta de leitura e de análise linguística. In: FERNANDES, L. C. (org.). Interação: práticas de linguagem. Londrina: Eduel, 2009, p. 153-174. Disponível em: www.escrita.uem.br/adm/arquivos/ artigos/publicacoes/gramatica_analise_ linguistica_e_ensino/artigolivro.pdf (acesso em: 18 jul. 2022).

Tempo previsto: 2 aulas

Construção composicional: EF69LP16

Estilo: EF69LP17.

Variação linguística: EF69LP55

Reconstrução do contexto de produção, circulação e recepção de textos: EF89LP01

Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto / Apreciação e réplica: EF89LP03, EF89LP04

Efeitos de sentido: EF89LP05, EF89LP06

Argumentação: movimentos argumentativos, tipos de argumento e força argumentativa: EF89LP14

RESPOSTAS

1. Incentive os estudantes a se pronunciarem. Pelas experiências com leitura ao longo do Ensino Fundamental – Anos Finais, é possível que eles já tenham vivenciado a leitura de editorais. Comente que editorial é um texto que expressa a voz da instituição que o veicula, ou seja, o jornal, a revista ou mesmo o grupo da redação. É destinado aos leitores para que possam conhecer o posicionamento dos autores. Esse espaço é dedicado a opiniões, críticas ou questionamentos, que, geralmente, se referem a eventos relevantes do momento e que também são noticiados no jornal.

• É importante que os estudantes reflitam sobre o caráter opinativo-argumentativo dos editoriais, assim como de artigos de opinião, de carta do leitor e de resenha crítica.

2. a) Resposta individual. Incentive os estudantes a formularem hipóteses sobre a temática, com base nas discussões realizadas nos portais anteriores.

Você é daqueles que gostam de um bom debate sobre política ou prefere não se envolver? Neste jogo, você vai ser convidado a exercer seu papel como cidadão e refletir sobre como a política pode impactar suas decisões pessoais.

1º EPISÓDIO: EU, LEITOR DE EDITORIAL

Neste episódio, a partir da leitura de um editorial, você vai conhecer um pouco mais da história da participação política dos jovens através do voto. Preparado para discutir cidadania?

Editorial: destaque para a opinião.

1. Você já leu algum editorial? Sabe quem fala, para quem se fala e qual a natureza dos conteúdos veiculados nesse gênero? Fale para seus colegas.

• Você conhece outros textos opinativos publicados em jornais?

O primeiro editorial da história foi escrito por Horace Greeley. Esse jornalista estadunidense usava uma das páginas do jornal para defender suas opiniões, a maioria polêmica para a época em que vivia: em meados do século XIX, Greeley discursava, por exemplo, pelo fim da escravidão, pela ampliação dos direitos das mulheres e pelo fim das guerras. Considerado o precursor dessa iniciativa, Greeley foi fortemente criticado por expressar abertamente seu ponto de vista em um veículo que, até então, só publicava a opinião dos leitores. Todavia, a iniciativa foi difundida e o editorial se tornou um dos gêneros mais importantes do campo jornalístico.

2. Antes de ler o editorial intitulado “Os jovens e as urnas”, que foi publicado no jornal digital GZH, reflita: a) Qual será o tema do editorial? b) Qual abordagem sobre esse tema você espera encontrar no editorial?

Os jovens e as urnas

O engajamento mostra uma renovada disposição dos jovens em colaborar com a construção de um país mais democrático, próspero e justo nos próximos anos e décadas c) • A mobilização dos jovens foi feita para incentivar esse grupo a tirar o título de eleitor.

Foi alentadora a mobilização de jovens entre 16 e 18 anos para tirar o título de eleitor, especialmente nas últimas semanas. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do início de janeiro a quarta-feira, quando se encerrou o prazo para o alistamento, o Brasil ganhou mais de dois milhões de votantes nessa faixa etária. Apenas em abril, foram quase 1 milhão de adolescentes que buscaram assegurar a prerrogativa de ajudar a escolher os próximos deputados federais e estaduais, senadores, governadores e o ocupante da Presidência da República pelos quatro anos seguintes.

Trata-se de um público que, nas eleições anteriores, vinha demonstrando um crescente desinteresse em votar, talvez desencantado pelos maus exemplos vindos da política, pela incivilidade na luta pelo poder e por não se considerar representado pelas opções existentes. Agora, o engajamento mostra uma renovada disposição dos jovens em colaborar com a construção de um país mais democrático, próspero e justo nos próximos anos e décadas. Se o futuro pertence às novas gerações, nada mais adequado do que se aliarem ao esforço para moldá-lo, conforme seus anseios e necessidades.

Ainda segundo o TSE, o número de jovens entre 16 e 18 anos que fizeram o título agora foi 47% superior a igual período de 2018 e 57,4% acima em comparação com 2014, anos das mais recentes eleições gerais. Não há dúvida de que grande parte desse envolvimento é fruto de uma bem pensada campanha da Justiça Eleitoral, que apostou nas redes sociais para levar a mensagem aos adolescentes, com a colaboração de personalidades – não apenas do Brasil, mas inclusive do Exterior – sociedade civil, imprensa e partidos. A conveniência de todo o procedimento poder ser feito de forma digital, por óbvio, foi outro significativo facilitador. O principal mote para sensibilizar os jovens foi o de que, ao se abrir mão de votar, delega-se a outros a tarefa de decidir por si. A Constituição de 1988 deu aos adolescentes entre 16 e 17 anos o direito facultativo de votar. Mesmo quem ainda tem 15 anos, mas completa 16 até o dia 2 de outubro, data do primeiro turno, pôde se alistar.

A Justiça Eleitoral informou ainda que, em um intervalo de 31 dias até a quarta-feira, mais de oito milhões de pessoas fizeram o primeiro título, regularizaram a sua situação ou formalizaram a mudança de local ou município para votação. Foi um recorde. O número também aponta para uma alta motivação dos brasileiros para o pleito que se aproxima. Em vez de apatia, nota-se elevado interesse em cumprir o dever cívico de comparecer às urnas. Mas deve ser felicitada sobretudo a motivação dos jovens, que assim também podem influenciar para que os eleitos trabalhem mais pelas causas em que acreditam, da educação ao meio ambiente. É um sopro de esperança para uma democracia mais vibrante e revigorada, capaz de assegurar mais oportunidades e dias melhores para os brasileiros de todas as idades.

OS JOVENS e as urnas. GZH Opinião, Porto Alegre, 6 maio 2022. Disponível em: https://gauchazh. clicrbs.com.br/opiniao/noticia/2022/05/os-jovens-e-as-urnas-cl2tibr8b00cf01676wz58v50.html.

• Qual foi o motivo da mobilização dos jovens?

Acesso em: 20 maio 2022.

Alentadora: animadora, aliviante.

Aliarem (aliar): unir.

Assegurar: garantir.

Conveniência: vantagem, facilidade.

Engajamento: participação.

Mote: frase ou sentença que expressam motivação.

Pleito: eleição.

Prerrogativa: direito.

• Os novos votantes fazem parte do grupo de jovens que se mobilizou para tirar o título de eleitor. Eles ainda não eram votantes e passaram a ser.

• O que quer dizer a frase “o Brasil ganhou mais de dois milhões de votantes”? 111 d) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a recordarem as expectativas levantadas antes e a compararem com a compreensão pós-leitura. e) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a refletirem sobre a própria experiência de leitura para responder a essa questão. b) A temática abordada, a adesão dos jovens entre 16 e 18 anos ao exercício da votação, é apresentada na introdução. d) Sua expectativa de leitura para esse texto foi confirmada? e) Em sua opinião, o título do editorial contribui para a introduzir o conteúdo temático e atrair a atenção do leitor? a) Identifique a introdução, o desenvolvimento e a conclusão, informando os parágrafos ou a primeira e a última palavra de cada uma dessas partes. b) Qual é a temática abordada nesse editorial? Em qual das subdivisões evidenciadas no item anterior se encontra a apresentação do tema? c) Qual é a posição (favorável ou desfavorável) do veículo de imprensa sobre o tema em questão? Em quais trechos do texto é possível identificá-la com clareza? d) Em qual das subdivisões (introdução, desenvolvimento e conclusão) se encontram os argumentos que defendem o ponto de vista adotado no editorial? e) Qual fonte de informações é utilizada para sustentar esses argumentos? De que modo a escolha dessa fonte contribui para a ideia desenvolvida no texto? f) Na conclusão, apontam-se análises para o que ainda está por vir. g) Identifique e transcreva um trecho que retoma a tese defendida. h) Considerando o contexto de publicação, por que um editorial sobre esse tema é relevante para o jornal e para o público que o lê?

• Ao tirar o título, os jovens buscam exercer o direito de participar da escolha dos próprios governantes, além de reverter a baixa adesão a essa prerrogativa, observada nas eleições passadas.

• Esse comportamento é mais participativo do que o que vinha ocorrendo, quando a adesão dos jovens à prerrogativa de votar estava em queda contínua, e mostra possível crescimento do interesse desse grupo pelas formas de participação política.

• A mudança de comportamento se deu, segundo o texto, após campanhas de mobilização nacionais e internacionais, com a participação de instituições e de artistas conhecidos, de modo a incentivar a opinião dos jovens. Essa campanha teria conseguido influenciar a atitude desse grupo por meio do apelo à autonomia.

• Espera-se que os estudantes identifiquem o tom apelativo do tema, que joga com a expectativa de que os jovens queiram tomar decisões sozinhos, que queiram autonomia e independência. Assim, a ideia de deixar que outros decidam em lugar deles mesmos, expressa em “ao se abrir mão de votar, delega-se a outros a tarefa de decidir por si”, é rejeitada pelos jovens, que, para evitá-la, recuperam sua prerrogativa de escolha do futuro do país por meio da solicitação do título.

• Segundo o texto, o crescimento dos eleitores nessa faixa demonstra renovação do interesse pelas eleições e da disposição em participar ativamente da construção política do país.

• O texto evidencia essa participação como uma forma a mais de acompanhar, regular e pressionar o trabalho dos eleitos, conforme os interesses da juventude.

3. a) A introdução é feita no primeiro parágrafo; o desenvolvimento pode ser localizado a partir do segundo parágrafo até o meio do último parágrafo; a conclusão pode ser identificada no meio do último parágrafo, começando com o período “Foi um recorde”.

O editorial é um gênero que apresenta uma análise e um ponto de vista sobre determinado assunto. Para sustentar a posição adotada, são mobilizados argumentos e informações que assegurem a validade desses argumentos, como dados, exemplos, citações, entre outros. O editorial é composto por título, introdução, desenvolvimento e conclusão. Nos jornais impressos, ocupa espaço no primeiro caderno; nos meios digitais, pode ser encontrado na divisão temática “opinião”.

• O que os jovens buscam ao tirar o título de eleitor?

• Em que essa mobilização se diferencia do comportamento juvenil nas eleições anteriores?

• Segundo o editorial, a mudança de comportamento mencionada no texto é resultado de qual(is) ação(ões)?

• Em sua opinião, por que a temática utilizada foi eficaz no propósito de conquistar a adesão dos jovens ao voto?

• De que modo o novo comportamento da juventude é interpretado no editorial?

• Segundo o texto, quais são os benefícios da adesão dos jovens à votação?

3. No caderno, faça o que se pede com relação ao texto lido.

• Identifique o trecho que evidencia essa perspectiva futura.

4. Releia os trechos e responda oralmente às perguntas.

Trecho 1 c) O jornal GZH se posiciona a favor do voto jovem e comemora a grande adesão desse grupo ao movimento de tirada do título. Essa posição pode ser percebida pelas afirmações “Foi alentadora a mobilização de jovens entre 16 e 18 anos para tirar o título de eleitor”, “nada mais adequado do que se aliarem ao esforço para moldá-lo”, “deve ser felicitada sobretudo a motivação dos jovens” e “é um sopro de esperança para uma democracia mais vibrante e revigorada, capaz de assegurar mais oportunidades e dias melhores para os brasileiros de todas as idades”. d) Os argumentos estão presentes no desenvolvimento. e) O autor se baseia em dados do TSE, órgão da Justiça Eleitoral. A escolha dessa fonte de dados e a apresentação dos números e índices reforça a ideia da grandeza do movimento feito pelos jovens. Além disso, a apresentação de uma fonte fidedigna transmite a ideia de validade para o próprio argumento. f) • Essa perspectiva é expressa no trecho “assegurar mais oportunidades e dias melhores para os brasileiros de todas as idades”. g) A tese defendida pode ser identificada no trecho “o engajamento mostra uma renovada disposição dos jovens em colaborar com a construção de um país mais democrático, próspero e justo nos próximos anos e décadas”. a) Distinga o fato apresentado da opinião do autor. b) Qual pista textual você utilizou para fazer essa distinção? c) Você concorda com as suposições feitas no editorial? Discuta com os colegas essas e outras possíveis justificativas para o afastamento desse grupo das eleições. d) Indique um instrumento que a sociedade tem para medir o interesse ou o desinteresse do público jovem pelo voto.

Trata-se de um público que, nas eleições anteriores, vinha demonstrando um crescente desinteresse em votar, talvez desencantado pelos maus exemplos vindos da política, pela incivilidade na luta pelo poder e por não se considerar representado pelas opções existentes.

Trecho 2 e) Qual foi o principal meio de comunicação do TSE com os jovens? f) Qual foi a estratégia adotada pelo TSE para atrair a atenção desse público-alvo? g) Em sua compreensão, por que o TSE buscou o apoio de personalidades nacionais e internacionais para fortalecer a campanha? h) Qual é a avaliação feita no editorial sobre a campanha do TSE? Que pistas textuais sinalizam esse posicionamento?

Não há dúvida de que grande parte desse envolvimento é fruto de uma bem pensada campanha da Justiça Eleitoral, que apostou nas redes sociais para levar a mensagem aos adolescentes, com a colaboração de personalidades – não apenas do Brasil, mas inclusive do Exterior – sociedade civil, imprensa e partidos.

Trecho 3 i) Embora se saiba que o público de faixa etária entre 16 e 18 anos seja muito diversificado e apresente opiniões, motivações e comportamentos distintos, o trecho, assim como o título, aborda o grupo de uma forma indiferenciada ao utilizar o vocábulo “jovens”. Aponte um aspecto do comportamento desse público que:

O engajamento mostra uma renovada disposição dos jovens em colaborar com a construção de um país mais democrático, próspero e justo nos próximos anos e décadas.

• o diferencia; j) Em sua opinião, de que modo os jovens tendem a ampliar sua participação na política para além do voto, engajados na construção de um país melhor para todos?

• o une.

Trecho 4 k) Com base não somente nesse trecho, mas no entendimento global do editorial, discuta com os colegas o que se pode dizer a partir dessa afirmação em relação:

A Constituição de 1988 deu aos adolescentes entre 16 e 17 anos o direito facultativo de votar.

• ao significado histórico desse direito; cultura já bastante incorporada pelo grupo em questão. Dessa forma, é natural pensar que a participação política da juventude avançará em direção a um modelo assim. k) Esta atividade tem o objetivo de instigar a reflexão sobre os efeitos das escolhas lexicais e sintáticas na construção do sentido. É possível que os estudantes precisem de ajuda para alcançar a compreensão, por isso enfatize, nessa discussão, “a Constituição” como agente e o significado do verbo “dar” sem que se evidenciem os anseios e a luta de quem recebeu esse direito, para que os estudantes possam ampliar as possibilidades de compreensão do enunciado. h) Como os editoriais elegem para tema fatos ou situações com potencial mobilização da opinião pública, a publicação do editorial é relevante por se dar em ano de eleição, ao final de uma ampla campanha de incentivo à adesão de eleitores entre 16 e 18 anos, em um contexto de queda de participação deste grupo. b) A marca textual que aponta para uma diferença entre o fato e a opinião é a palavra “talvez”. Esse advérbio de dúvida sinaliza que o que vem a seguir é uma opinião. c) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a se posicionarem diante das hipóteses levantadas no editorial e a formularem outras possibilidades, validadas nas próprias experiências. d) Uma das maneiras de se medir esse interesse é por meio da contagem dos votantes dessa faixa etária, comparando o resultado com os anos anteriores. O desinteresse pode estar indicado na queda desse índice. e) O principal meio de comunicação utilizado pelo TSE na campanha foram as redes sociais, segundo o editorial. f) Como estratégia, o TSE contou com o apoio de celebridades do Brasil e do exterior, de membros da sociedade civil, da imprensa e de partidos. g) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes comentem a influência de personalidades sobre a opinião da juventude e sobre como esse poder pode ser usado para reforçar campanhas como a que foi movida pelo TSE. h) A avaliação feita no editorial é de que a campanha foi bem-feita e que teve êxito em seus objetivos. Expressões como “bem pensada” e “não há dúvida” sinalizam textualmente para esse posicionamento. i) Resposta pessoal. Os estudantes podem abordar múltiplos aspectos do comportamento jovem em ambos os itens. Um exemplo é apontar gostos e estilos musicais preferidos como aspecto que diferencia esse grupo e o uso massivo das redes sociais como aspecto que os une. j) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a refletirem sobre as redes sociais e o mundo digital como forma de compreensão e construção da

• à escolha dos jovens em não fazer uso desse direito.

• Espera-se que os estudantes percebam que essa construção textual valoriza a aquisição, mas não a luta pela conquista, uma vez que omite os agentes que se esforçaram por alcançar o feito e o anuncia por meio de um agente inanimado, como “a Constituição”.

• Essa construção também transmite, de modo implícito, a ideia de que os jovens estariam menosprezando o direito adquirido e desperdiçando uma oportunidade de exercer um importante papel na democracia.

4. a) O fato apresentado é o crescente desinteresse dos jovens em votar. A opinião é sobre os motivos que levaram a esse fato, os quais, de acordo com o autor, podem ter sido o desencanto e a falta de representatividade.

5. Se possível, os estudantes devem assistir ao vídeo curto que complementa a matéria, disponível em: www.youtube.com/ watch?v=OUYQ1XMCPl4&t=107s (acesso em: 12 jun. 2022).

5. Conheça um pouco mais da luta da juventude pelo direito ao voto. Leia com a turma o texto a seguir, publicado no Migalhas, portal de conteúdos jurídicos, políticos e econômicos.

Jovens comemoram a conquista do voto facultativo aos 16 anos, em 1988.

Voto antes dos 18: relembre a conquista da participação dos jovens nas eleições

Em 2018, o voto facultativo aos maiores de 16 e menores de 18 anos completa 30 anos.

Abstenções: número de pessoas que deixaram voluntariamente de participar da votação.

Alistamento eleitoral: parte do processo para emissão do título de eleitor.

Emenda: alteração feita em trechos da Constituição.

Facultada: permitida.

Facultativa: não obrigatória.

Nocivas: danosas.

Reacionários: pessoas cujo posicionamento político é contrário ao progressista.

Sagrou (sagrar): consagrar, oferecer.

O som era uníssono e empolgante: “Chegou a nossa vez, voto aos 16!” era o que saía da boca de milhares de jovens em 1988. O pedido era direto e simples, assim como a fala de protesto: os adolescentes de 16 e 17 anos queriam escolher diretamente quem ocuparia os cargos de presidente da República, governador, prefeito, senador, deputado Federal e estadual e vereador.

Foi então que a Assembleia Nacional Constituinte, em 2 de março daquele ano, aprovou a emenda do deputado Hermes Zanetti. Com 355 votos a favor, 98 contrários e 38 abstenções, a escolha dos representantes do país era, finalmente, facultada aos maiores de 16 e menores de 18 anos. Junto com essa conquista, veio também a obrigatoriedade do alistamento eleitoral e do voto para os maiores de 18 anos, e a escolha facultativa dos representantes para os analfabetos e maiores de 70 anos.

O movimento estudantil foi encabeçado por entidades como a UBES – União Brasileira de Estudantes Secundaristas e a UNE – União Nacional dos Estudantes. Mas a mobilização para a participação na eleição do ano seguinte não foi bem vista aos olhos mais reacionários da época. O discurso da resistência era que o país estaria “nas mãos de crianças” e, por conseguinte, as escolhas seriam imaturas e nocivas para quem havia acabado sair de mais de duas décadas de um regime ditatorial.

[...]

A redemocratização incentivou maior participação política e, mesmo sem o poder da difusão da internet, os adolescentes e jovens se mobilizavam para fazer valer a sua voz. De acordo com os jornais da época, Manuela Pinho, líder do “Se Liga 16”, movimento para atrair os jovens para a primeira eleição presidencial pós-redemocratização, entregou ao então presidente do TSE, Francisco Rezek, um vídeo que acabaria no horário eleitoral gratuito.

A Constituição, que sagrou os direitos políticos da juventude, completa 30 anos em 2018. A participação dos jovens mudou sensivelmente desde então. [...] a) Você já conhecia a história da conquista do direito ao voto aos 16 anos? b) Identifique um aspecto que aproxima a mobilização dos jovens em 1988 e as campanhas de incentivo após cerca de 30 anos e um aspecto que distancia os dois movimentos. Para isso, considere as informações presentes no editorial lido e nas discussões dos portais 1 e 2. c) Em sua opinião, por que os grupos jovens se reuniram para reinvidicar o direito de votar nos anos 1980? d) Elabore uma continuidade para o último parágrafo do texto – “A Constituição, que sagrou os direitos políticos da juventude, completa 30 anos em 2018. A participação dos jovens mudou sensivelmente desde então” – com um breve relato sobre essa situação na atualidade, de acordo com as informações presentes no editorial e com o que foi discutido até o momento. e) Releia um trecho da reportagem e faça o que se pede.

VOTO antes dos 18: relembre a conquista da participação dos jovens nas eleições. Migalhas, 25 maio 2018. Disponível em: www.migalhas.com.br/quentes/280483/voto-antes-dos-18--relembre-a-conquista-daparticipacao-dos-jovens-nas-eleicoes. Acesso em: 18 maio 2022.

O discurso da resistência era que o país estaria “nas mãos de crianças” e, por conseguinte, as escolhas seriam imaturas e nocivas para quem havia acabado de sair de mais de duas décadas de um regime ditatorial.

• Reflita antes de passar para o próximo item: o que você pensa sobre o discurso contra o voto jovem?

• Elabore um comentário na variedade linguística de prestígio que poderia ser publicado no portal Migalhas, expressando seu ponto de vista sobre a posição da “resistência” à incorporação do voto da juventude entre 16 e 18 anos na Constituição de 1988.

6. De que maneira a leitura do editorial “Os jovens e as urnas” possibilitou a você conhecer um pouco da participação política da juventude brasileira?

7. Você gostou da leitura do editorial? Quais reflexões ela mobilizou em você?

B Nus

Quem representa você? Já parou para pensar que votar significa escolher um representante para suas ideias e seus projetos para a sociedade em que vive? Você discutiu a história do voto jovem, mas e o voto das mulheres? E o dos analfabetos? E o dos indígenas? Quando foi que todos esses grupos foram reconhecidos como eleitores legítimos? E quem representa os interesses desses brasileiros? O documentário Quem me representa, dirigido por Jimi Figueiredo, produzido por Renata Gonzaga e captado por Ricardo Movits, uma produção comemorativa dos 25 anos da TV Senado, discute representação política e voto no Brasil desde as primeiras eleições, em 1532, até os dias atuais. O vídeo está disponível em: www12.senado.leg.br/tv/programas/tela-brasil/2021/03/quemme-representa-documentario-discute-representacao-politica-e-voto-no-brasil (acesso em: 24 maio 2022).

O documentário Quem me representa, produção da TV Senado, discute representação política e voto no Brasil desde as primeiras eleições, em 1532, até os dias atuais.

a) Resposta pessoal.

b) O aspecto que aproxima essas mobilizações é que ambos os movimentos se valeram das mídias e das tecnologias disponíveis no momento: em 1988, os jovens gravaram um vídeo que foi transmitido em rede nacional; 30 anos depois, eles usam as redes sociais. Já o aspecto que os distancia é que o movimento de 1988 foi protagonizado por jovens que lutavam pelo direito de serem eleitores. Já os movimentos posteriores buscam o engajamento da juventude no exercício desse direito já adquirido.

c) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a formularem hipóteses baseadas nos próprios conhecimentos e experiências e depois conte a eles como o movimento estudantil, incluindo o dos secundaristas, foi importante no processo de redemocratização do país – a morte do secundarista Edson Luís de Lima Souto amplificou significativamente os protestos contra o governo militar e mobilizou diferentes estratos da sociedade em prol do fim da ditadura -, de modo que era natural que esse grupo quisesse ser incluído em todos os processos de participação política. Para ampliar o debate, consulte o site da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), disponível em: http://ubes.org.br/memoria/historia (acesso em: 15 jul. 2022).

d) Resposta pessoal. Esta é uma atividade que permite que o estudante sintetize as informações discutidas até o momento.

• Resposta pessoal. Estimule os estudantes a sintetizarem o que foi discutido até o momento e a consolidarem uma posição pessoal sobre o assunto.

• Produção individual. Relembre os estudantes de que, ao longo deste episódio e dos portais anteriores, muito do que foi debatido poderá servir à defesa de seus pontos de vista.

6. Incentive os estudantes a refletirem sobre como a leitura do editorial é um meio para se informar a respeito dos acontecimentos de sua comunidade e do mundo, bem como meio de formação crítica e sensibilização sobre temáticas importantes para a sociedade.

7. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a se posicionarem com comentários afetivos e reflexivos em relação à leitura. O objetivo é estimulá-los a se posicionarem criticamente com relação aos textos lidos, bem como a sintetizarem e formularem verbalmente as ideias mobilizadas ao longo do episódio.

e) Esta atividade tem por objetivo estimular os estudantes a sintetizarem as reflexões desenvolvidas neste episódio, bem como nos portais 1 e 2, e a expressarem seus pontos de vista sobre a temática discutida por meio de um gênero (digital) usual e cotidiano, o comentário, o qual também foi trabalhado no portal 2. O primeiro item pede uma reflexão e pode ser realizado coletiva ou individualmente, conforme sua avaliação. Já o segundo item pede uma produção individual, mas é indicado que, depois de realizado, seja compartilhado com a turma, a fim de socializar os posicionamentos e os argumentos levantados por cada um. Esse compartilhamento é um passo importante para o exercício de habilidades que serão desenvolvidas e requeridas no 6º episódio, no qual eles participarão de uma discussão oral sobre uma questão controversa.

2o episódio: Nosso centro de análise de usos da língua

Neste episódio, os estudantes vão refletir sobre os usos de alguns recursos linguísticos e gramaticais mobilizados na redação do editorial. Proponha que as atividades sejam feitas coletivamente para que eles possam compartilhar suas ideias.

Tempo previsto: 2 aulas.

Construção composicional: EF69LP16

Estilo: EF69LP17

Variação linguística: EF69LP55

Argumentação: movimentos argumentativos, tipos de argumento e força argumentativa: EF89LP14

Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto / Apreciação e réplica: EF89LP04

Efeitos de sentido: EF89LP06.

Modalização: EF89LP16

RESPOSTAS b) Sim, há estratégias discursivas que possibilitam que se argumente em defesa de um ponto de vista sem que haja implicação pessoal. Isso é feito por meio de escolhas lexicais, de adjetivações, de flexões verbais, entre outros recursos que expressam pontos de vista sem que se diga “eu penso que” ou afirmação similar. c)

1. • O texto foi escrito na variedade linguística de prestígio. O vocabulário selecionado é objetivo, os períodos não são longos ou complexos, de modo a permitir uma leitura fluida. Incentive os estudantes a refletirem sobre a acessibilidade presente na linguagem empregada, pois é necessário que o texto seja compreendido pelos leitores de todo o país e de diversas faixas etárias.

2. a) Estimule os estudantes a exporem seu ponto de vista, apresentando argumentos que sustentem essa posição. Caso haja pontos de vista divergentes na turma, estimule-os a debaterem e argumentarem em defesa de suas opiniões. As atividades deste episódio evidenciarão o caráter argumentativo da língua por meio de expressões de subjetividade próprias do estilo impessoal jornalístico adotado em editoriais.

• Nesse enunciado, por meio do uso do adjetivo “alentadora”, o leitor percebe que o editorial demonstra ser favorável à mobilização dos jovens para tirar o título de eleitor.

2º EPISÓDIO: NOSSO CENTRO DE ANÁLISE DE USOS DA LÍNGUA

Neste episódio, você vai analisar alguns recursos linguísticos usados no editorial lido para ampliar seus conhecimentos sobre estratégias argumentativas.

1. O editorial lido procura obedecer às regras da variedade linguística de prestígio? Em sua opinião, o que explica essa escolha?

2. A língua é fundamentalmente argumentativa.

Ativa O De Conhecimentos

A língua é fundamentalmente argumentativa. Essa é uma ideia defendida por linguistas modernos e estudiosos do discurso. Tal perspectiva compreende que toda comunicação tem um propósito e que os discursos são construídos por meio de argumentos com a finalidade de alcançar essa intenção. Argumentos, nesse sentido, são entendidos como os meios linguísticos pelos quais os propósitos se materializam.

a) Você tende a concordar com essa afirmação? Justifique seu posicionamento.

b) É possível argumentar a respeito de um tema sem se implicar pessoalmente no ponto de vista? Fale o que você pensa para a turma.

Ativa O De Conhecimentos

Em um editorial, não é comum que a opinião do órgão de imprensa venha anunciada por estruturas como “eu penso que”, “nós achamos que” ou “em nossa opinião”. Embora seja por meio dos editoriais que os leitores tenham acesso à opinião da instituição, esses textos costumam ser escritos em estilo impessoal.

c) Releia o trecho introdutório do editorial: d) Releia o trecho final do editorial: d) e) De que modo a referência a eventos passados e a perspectiva de acontecimentos futuros se articulam para construir a análise argumentativa proposta no editorial? f) Por que se pode afirmar que a seleção lexical é um recurso linguístico fundamental para construção do posicionamento defendido pelo editorial? a) O trecho destacado poderia ser substituído por uma palavra. Qual é ela? b) Reescreva a passagem substituindo o trecho destacado pela palavra encontrada no item anterior. c) Compare as duas versões e responda: de que modo a seleção lexical contribui para o reforço do ponto de vista apresentado? d) Identifique outros trechos em que a mesma estratégia foi utilizada.

Foi alentadora a mobilização de jovens entre 16 e 18 anos para tirar o título de eleitor, especialmente nas últimas semanas.

• Qual é o posicionamento defendido pelo editorial sobre a mobilização dos jovens? Explique.

• Discuta com os colegas de que modo a abertura do texto por meio desse enunciado contribui para a construção do posicionamento do veículo de imprensa ao longo do texto.

• Esse trecho se refere a um evento passado. Como isso é verificado?

É um sopro de esperança para uma democracia mais vibrante e revigorada, capaz de assegurar mais oportunidades e dias melhores para os brasileiros de todas as idades.

• O que há em comum entre as palavras destacadas?

• A afirmação do posicionamento no trecho introdutório obriga que, ao longo do editorial, esse ponto de vista seja retomado e reforçado. Caso isso não aconteça, configura-se um problema de coerência.

• Verifica-se que se trata de um evento passado em razão do uso do verbo “Foi” no pretérito perfeito e do uso da expressão adverbial “especialmente nas últimas semanas”.

• As palavras destacadas têm valor positivo e acenam para uma ideia futura, de algo que pode vir a acontecer.

• O que esse trecho revela sobre a percepção do veículo de imprensa sobre as condições da democracia na data em que o texto foi escrito?

• De que modo o voto pode ser vinculado à revitalização da democracia?

3. Releia mais um trecho do editorial.

Apenas em abril, foram quase 1 milhão de adolescentes que buscaram assegurar a prerrogativa de ajudar a escolher os próximos deputados federais e estaduais, senadores, governadores e o ocupante da Presidência da República pelos quatro anos seguintes.

4. Compare a versão original de um trecho do editorial com uma sugestão de reescrita.

Versão original Versão sugerida

A Constituição de 1988 deu aos adolescentes entre 16 e 17 anos o direito facultativo de votar.

Os jovens organizados conseguiram a inclusão do direito facultativo de votar na Constituição de 1988.

a) Qual termo é enfatizado em cada uma das versões?

b) Explique por que, no trecho original, faz-se uso da metonímia e da personificação.

c) Do ponto de vista argumentativo, qual trecho apresenta mais força? O original ou o reescrito? Explique.

• O trecho revela a percepção de que a democracia está pouco vibrante e sem vigor, ou seja, é uma democracia frágil.

• O posicionamento expresso vincula a ampliação da participação nas eleições ao fortalecimento da democracia por meio da relação entre voto e representatividade.

e) A análise crítica de um fato – no caso a mobilização de jovens de 16 a 18 anos para fazer o título de eleitor – considerado positivo se articula com perspectivas de acontecimentos também considerados positivos. Dessa forma, essa articulação sinaliza para o leitor o posicionamento do editorial em relação à tese que está sendo defendida.

f) Porque o uso de adjetivos, como “alentadora”, “vibrante”, “revigorada”, “melhores” e de expressões adverbiais, como “especialmente nas últimas semanas” é fundamental para que o leitor perceba que, para o órgão de imprensa, essa mobilização dos jovens de 16 a 18 para tirar o título de eleitor é um sinal de que esse grupo pode fazer diferença na escolha dos candidatos com potencial para fortalecer a democracia brasileira.

3. a) O trecho pode ser substituído pela palavra “votar”.

b) Apenas em abril, foram quase 1 milhão de adolescentes que buscaram assegurar a prerrogativa de votar.

c) A escolha lexical explicita as responsabilidades e as consequências do voto, o que reforça e valoriza a defesa da adesão dos jovens a esse movimento.

d) Outros trechos que podem evidenciar essa estratégia discursiva são “o engajamento mostra uma renovada disposição dos jovens em colaborar com a construção de um país mais democrático, próspero e justo nos próximos anos e décadas” e “nota-se elevado interesse em cumprir o dever cívico de comparecer às urnas”.

4. a) O termo em destaque na versão original é “A Constituição”; na versão sugerida é “Os jovens organizados”.

b) No trecho original, a expressão “A Constituição”, documento legal, se refere metonimicamente aos parlamentares que votaram a favor do voto jovem em 1988. Ao dizer que a Constituição deu aos jovens o direito facultativo de votar atribui-se a um ser inanimado uma ação tipicamente humana, configurando-se a personificação.

5. a) Esses trechos apresentam dados usados como argumentos para a defesa do ponto de vista defendido.

b) Os dados são atribuídos à Justiça Eleitoral, mais especificamente ao Tribunal Superior Eleitoral, fonte validada socialmente por ser o órgão que controla as informações sobre o processo eleitoral e delas dispõe.

c) • Sim, o sentido da versão reescrita está completo.

• A supressão da fonte não impõe problemas à compreensão da informação trazida; porém, o valor da informação é diferente com e sem a explicitação da fonte.

• É esperado que os estudantes encontrem as mesmas respostas na comparação dos enunciados. A supressão da fonte não provoca problemas de construção dos sentidos.

d) A opção pela explicitação da fonte é um recurso de validação da informação e serve à construção da força do argumento e da negociação de sentidos no texto. Opta-se por evidenciar uma fonte na intenção de expressar a veracidade do dado apresentado e, por extensão, da análise desse dado.

3o episódio: Do texto para a língua

Orações subordinadas adjetivas restritivas e explicativas: alguns usos

Neste episódio, os estudantes vão estudar as orações subordinadas adjetivas restritivas e explicativas, analisando diferenças de usos. As orações subordinadas adjetivas foram estudadas na missão 4 do volume do 8º ano, de forma que este episódio configura um aprofundamento reflexivo sobre os efeitos de sentido gerados pelo emprego desse tipo de composição.

Tempo previsto: 3 aulas.

Efeitos de sentido: EF69LP05

Construção composicional: EF69LP16

Estilo: EF69LP17

Morfossintaxe / Semântica: EF09LP09.

Coesão: EF09LP11

RESPOSTAS b) • O índice se refere a todos os jovens de 16 a 18 anos.

1. a) O índice se refere aos jovens entre 16 e 18 anos que fizeram o título na ocasião da publicação do editorial.

• O sentido é alterado, já que a versão original associa o índice aos jovens de 16 a 18 anos que fizeram o título à época de publicação do editorial, e não a todos os jovens de 16 a 18 anos.

5. Releia estes trechos do editorial.

Trecho 1

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do início de janeiro a quarta-feira, quando se encerrou o prazo para o alistamento, o Brasil ganhou mais de dois milhões de votantes nessa faixa etária.

Trecho 2

Ainda segundo o TSE, o número de jovens entre 16 e 18 anos que fizeram o título agora foi 47% superior a igual período de 2018 e 57,4% acima em comparação com 2014, anos das mais recentes eleições gerais.

Trecho 3 a) Qual é a função desses trechos? b) Qual é a fonte usada? É uma fonte validada socialmente? c) Compare o primeiro trecho com a versão sugerida:

A Justiça Eleitoral informou ainda que, em um intervalo de 31 dias até a quarta-feira, mais de oito milhões de pessoas fizeram o primeiro título, regularizaram a sua situação ou formalizaram a mudança de local ou município para votação.

Versão original Versão sugerida d) Por que a linha editorial opta por anunciar a fonte nos trechos?

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do início de janeiro a quarta-feira, quando se encerrou o prazo para o alistamento, o Brasil ganhou mais de dois milhões de votantes nessa faixa etária.

• A versão reescrita tem sentido completo?

Do início de janeiro a quarta-feira, quando se encerrou o prazo para o alistamento, o Brasil ganhou mais de dois milhões de votantes nessa faixa etária.

• A supressão da fonte modifica a compreensão do fato enunciado?

• Suprima a fonte nos trechos 2 e 3 e verifique se há comprometimento do sentido nos trechos.

3º EPISÓDIO: DO TEXTO PARA A LÍNGUA ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS RESTRITIVAS E EXPLICATIVAS: ALGUNS USOS

Neste episódio, você vai analisar o emprego de orações subordinadas adjetivas e refletir sobre funções que elas desempenham em textos argumentativos.

1. Releia este trecho do editorial “Os jovens e as urnas”

[...] o número de jovens entre 16 e 18 anos que fizeram o título agora foi 47% superior a igual período de 2018 [...] a) A qual grupo de jovens o índice de 47% superior se refere? b) Compare o trecho original com uma versão reescrita. c) Classifique as orações destacadas em ambos os trechos.

O número de jovens entre 16 e 18 anos, que fizeram o título agora, foi 47% superior a igual período de 2018.

• Na reescrita, a qual grupo o índice de 47% superior se refere?

• A versão reescrita não mantém o sentido original do enunciado. Explique.

Ativa O De Conhecimentos

As orações subordinadas adjetivas são aquelas que, em relação à oração principal, exercem, morfologicamente, a função de adjetivo e, sintaticamente, a função de adjunto adnominal. São introduzidas por pronomes relativos.

d) Por que, no editorial, optou-se pelo uso da oração destacada sem o uso de vírgulas?

ATIVAÇÃO DE CONHECIMENTOS e) Classifique as orações destacadas da versão original e da versão reescrita em adjetiva restritiva ou adjetiva explicativa.

As orações subordinadas adjetivas podem ser classificadas em restritivas e explicativas. As subordinadas adjetivas restritivas restringem o significado do termo a que se referem, particularizando-o. As subordinadas adjetivas explicativas têm a função de acrescentar explicações ou informações suplementares a um termo que já foi suficientemente definido e delimitado.

2. Reflita sobre o papel da vírgula na diferenciação das orações adjetivas destacadas na questão 1 a) Por que a presença das vírgulas é a marca linguística que sinaliza para o leitor o modo como ele deve interpretar cada enunciado? b) Alterações sintáticas podem ter como consequência alterações semânticas. a) De que modo a informação introduzida pela oração subordinada adjetiva, em destaque, se relaciona com o termo “público”? c) Em ambos os trechos, as orações destacadas são classificadas como orações subordinadas adjetivas. d) No editorial, o tema é a mobilização de jovens de 16 a 18 anos que fizeram o título de eleitor. É sobre esse grupo de jovens que o editorial está falando, ou seja, a oração adjetiva foi usada para restringir, para especificar. e) Na versão original, a oração subordinada adjetiva é restritiva; na versão reescrita, a oração subordinada adjetiva é explicativa. b) • A expectativa pelas análises realizadas com as subordinadas adjetivas restritivas e explicativas é que os estudantes tendam a concordar com a afirmação. b) • A alteração da ordem padrão se dá em função da ênfase dada ao adjunto. Como o editorial compara o comportamento da juventude nas eleições anteriores e no período da publicação, o deslocamento do adjunto adverbial de tempo fortalece esse enfoque. c) A oração adjetiva é restritiva. Ajude os estudantes a diferenciarem a vírgula usada para deslocar o adjunto e a usada na construção da explicativa.

• Com base nas análises feitas até aqui, você tende a concordar ou a discordar dessa afirmação?

3. Releia este trecho.

Trata-se de um público que, nas eleições anteriores, vinha demonstrando um crescente desinteresse em votar, talvez desencantado pelos maus exemplos vindos da política, pela incivilidade na luta pelo poder e por não se considerar representado pelas opções existentes.

2. a) As vírgulas, presentes na versão reescrita (segundo enunciado), servem para expandir as atribuições dadas ao substantivo presente na oração principal. Por meio das vírgulas, inclui-se uma caracterização a esse termo. Na ausência das vírgulas, não há essa expansão, e sim o contrário, uma restrição, por meio da caracterização do termo já mencionado.

3. a) A oração subordinada acrescenta uma informação ao substantivo.

119 b) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a relacionarem a composição da HQ com experiências pessoais e de percepção de mundo. c) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a fazerem comentários de apreciação da experiência e de percepções estéticas. d) A linguagem não verbal ilustra os enunciados verbais, modalizando-os por meio das expressões das personagens e das escolhas ilustrativas. e) Os quadros com enunciados verbais são seguidos de ilustrações. Após as ilustrações, há novos enunciados verbais que exprimem o desencadeamento do evento anterior. Assim, pode-se dizer que há uma relação de sucessão de acontecimentos. O pronome relativo “que” retoma termos mencionados anteriormente e, ao mesmo tempo, apresenta ações que desencadeiam, por sua vez, outras ações. f) A retomada do piolho gera efeito de circularidade: a primeira ação é com ele e a última também. Ao longo dessas pontas, sucessivas ações são desencadeadas pelas personagens. g) O pronome “que” é repetido ao longo da HQ, todavia, a cada quadro faz referência a um termo diferente, de modo que nunca tem o mesmo sentido. Funcionando como sujeito, ele é sempre um sujeito diferente a cada quadro. h) “Que quando se coça derruba um copo d’água”; “que molha o gato siamês da família”; “Que sai correndo”; “Que faz um caminhão desviar”; “Que quando abre espalha uma grande quantidade de cartas”; “Que dá um grito ensurdecedor”; “Que balançam os fios elétricos”; “que queima uma lâmpada”; “Que cai”. i) Porque seu conteúdo proposicional é o que confere a ideia de sucessão das ações. O uso repetido de orações subordinadas adjetivas restritivas intensifica a ideia de um acontecimento sucedendo a outro na sequência temporal. Além disso, a repetição do “que” intensifica essa sensação de sucessão, ampliando o humor da HQ. b) O adjunto “nas eleições anteriores” foi deslocado do final do período para próximo ao núcleo “público”, por isso se encontra entre vírgulas. c) Classifique a oração subordinada adjetiva como explicativa ou restritiva. a) Você já conhecia os trabalhos desse cartunista? O que você achou da HQ? b) Você esperava pela progressão de eventos apresentada? Você também costuma imaginar desencadeamentos surpreendentes para eventos triviais? c) Você considera que essa HQ cumpriu o objetivo de entreter com humor? d) Como a linguagem verbal e a não verbal se relacionam nesse texto? e) Qual é a relação entre os quadros da HQ? Qual é a marca linguística que explicita essa relação? f) Identifique o efeito gerado pela retomada do piolho no último quadrinho. g) Explique a afirmação: na HQ, o pronome “que” é repetido sem nunca se repetir. h) Encontre as orações subordinadas adjetivas da HQ e leia-as em voz alta com a turma. i) Do ponto de vista semântico, por que as orações adjetivas são importantes?

4. a) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a fazerem comentários de apreciação da experiência e de percepções estéticas.

• Essas orações são subordinadas adjetivas restritivas, porque, na HQ, vão caracterizando as personagens por meio das ações.

• Por que a linha editorial fez essa opção textual, em vez de manter a ordem sintática padrão, na qual o enunciado teria o formato “Trata-se de um público que vinha demonstrando um crescente desinteresse em votar nas eleições anteriores”?

4. Chegou o momento do desafio gramatical da missão. Para isso, leia a HQ publicada na série Macanudos, do quadrinista argentino Liniers.

• Essas orações são subordinadas adjetivas restritivas ou adjetivas explicativas? Justifique.

4º EPISÓDIO: UM GIRO PELO MUNDO DA ESCRITA ASPAS E UM POUCO DE HISTÓRIA

Neste episódio, você vai ampliar suas percepções sobre o uso das aspas e conhecer a história desse sinal, que, assim como as línguas, também é dinâmico.

4o episódio: Um giro pelo mundo

Da Escrita

Aspas e um pouco de história

Neste episódio, o trabalho enfoca as aspas sob um viés histórico. A sugestão é de que as atividades deste episódio sejam feitas coletivamente, em sala de aula, com sua mediação.

Tempo previsto: 2 aulas.

Estilo: EF69LP17

Marcas linguísticas / Intertextualidade: EF69LP43

Respostas

1. a) Resposta individual. Incentive os estudantes a enumerarem diferentes possibilidades desse uso.

1. Você provavelmente conhece o gesto que se faz com as mãos indicando que uma fala está entre aspas.

a) Você costuma usar esse gesto? Em quais situações?

b) Na fala, esse gesto dispensa indicações que poderiam ser feitas verbalmente. Junte-se a um colega e faça o que se pede.

• Elaborem três enunciados orais que contenham o gesto das aspas.

• Falem em voz alta esses enunciados, fazendo também o gesto.

• Agora, retirem o gesto, substituindo por palavras que expressam o sentido dado “pelas aspas gestuais” e verbalizem novamente os enunciados.

c) A utilização desse gesto é adequada para uma interação oral formal ou informal?

2. As aspas são sinais gráficos próprios de textos escritos.

a) Relembre possíveis usos desse recurso e indique em quais situações escritas as aspas costumam aparecer.

b) Leia um texto informativo publicado no portal de conteúdos culturais e jornalísticos Risca Faca.

“Muito” além das aspas irônicas

Da Grécia antiga até Joey, de “Friends”

A poucos metros um do outro, dois restaurantes na Faria Lima, em São Paulo, fazem um uso curioso de aspas em seus letreiros. “Por uma alimentação mais saudável”, diz um. “Grande variedade” de lanches, diz o outro. O uso de aspas em contextos esquisitos está em todos os cantos: nas placas nas ruas, em comunicados de condomínio nas paredes de elevadores, em posts nas redes sociais (como aquele do b) • Espera-se que os estudantes desvelem as intenções comunicativas ativadas gestualmente e encontrem substitutos verbais para essas intencionalidades. c) Esse gesto tende a se adequar a interações orais informais.

2. a) Essa atividade tem o objetivo de ativar os conhecimentos prévios dos estudantes. Espera-se que entre os usos enumerados apareça o de citação de textos de terceiros, o do discurso direto, a indicação de estrangeirismo e de gíria e a sinalização de ironia.

Faria Lima: importante avenida da cidade de São Paulo.

Letreiros: placa.

Affordable Care Act: lei de proteção e cuidado ao paciente implementada nos Estados Unidos na gestão do presidente Barack Obama.

Embasbacado: surpreso, admirado.

Estrangeirismo: uso de palavra, expressão ou construção estrangeira que tenha ou não equivalentes na língua em que se comunica.

Manuscritos: escrito à mão.

Neologismo: criação de uma palavra ou expressão, ou atribuição de um novo sentido a uma palavra já existente.

Obamacare: apelido dado à lei de proteção e cuidado ao paciente, o Affordable Care Act.

Neymar, desejando “parabéns” para o filho), em textos no jornal (Pergunta Delfim Netto em sua coluna: “Alguém duvida da importância da ‘cultura’ na construção de uma sociedade civilizada?”). Erros de aspas são comuns, mas há mais usos para a pontuação do que mostrar ironia – esse sentido, aliás, é recente se considerarmos a longa vida das aspas.

A história do sinal de pontuação começa antes de Cristo, na Grécia — pelo menos até onde se tem registro e pode-se afirmar com certeza. “Eles usavam aquela marquinha como uma flecha na margem dos manuscritos da Grécia antiga para chamar a atenção para algo (como uma flecha faz), às vezes como um sinal de que algo era corrupto, duvidoso, ou que precisava de algum tipo de atenção”, conta Ruth Finnegan, autora do livro “Why Do We Quote? The Culture and History of Quotation”, em que revê a origem das aspas.

Desde então, as aspas ganharam um monte de usos. Alguns deles, enumerados por Ruth: destacar, dar dignidade, conferir autoridade, ligar quem escreve a algo, afastar o autor do que ele está dizendo (“não sou eu quem estou falando, só estou passando adiante”), marcar diálogos (um uso mais recente, de dois séculos para cá) e citações de outras pessoas (muito utilizado na academia) e mostrar ironia.

Escreve Merrill Perlman [...] “Às vezes essas aspas curtas são utilizadas para destacar um termo em discussão. Às vezes são usadas para apresentar um termo não muito familiar”. Aspas podem, por exemplo, destacar uma palavra usada fora do contexto, um neologismo, um estrangeirismo

Para entender o significado da aspa, contexto é importante, diz Merill, que hoje trabalha no departamento de jornalismo da Universidade de Columbia, em Nova York. Exemplo: se em uma reportagem um jornalista escreve que Fulano ficou “embasbacado” com algo, há duas interpretações possíveis. O autor pode ter colocado a palavra entre aspas para mostrar que aquele foi exatamente o termo usado pelo entrevistado ou para mostrar um estranhamento com a palavra — como se Fulano não estivesse ou não devesse estar embasbacado. “Se o contexto não é claro, a mensagem não vai ser clara. Uma razão para evitar aspas para uma só palavra é que há uma possível confusão”, diz Merill. “Na maior parte das vezes, na minha visão, autores usam aspas em uma palavra para resolver um problema, quando não conseguem pensar numa forma de usar mais palavras. É resolver um problema às custas do leitor.” [...]

“Também acho que essas aspas estão sendo usadas mais politicamente hoje também. Por exemplo, quando o Affordable Care Act passou nos Estados Unidos, os republicanos o chamaram de, Obamacare,para mostrar seu desgosto com ele. Quando os repórteres citavam os republicanos, colocavam Obamacare entre aspas para indicar que o termo era usado como forma de ridicularização, zombaria, como se fosse um nome falso.

Depois os democratas começaram a usar Obamacare também, tentando eliminar a conotação negativa. A Associated Press continua usando ‘Obamacare’, entre aspas, como usam para apelidos. O problema, pra mim, é que não fica claro para o leitor se eles usam as aspas ironicamente, ou se é para mostrar que é um apelido, ou outra coisa.”

O uso de aspas em textos noticiosos pode gerar outras situações desconfortáveis. Até 2008, por exemplo, o jornal Washington Times utilizava aspas em casamento gay (“casamento” gay), e neste ano o New York Times se referiu à “ocupação” da faixa de Gaza por Israel. Na dúvida, Merill diz para usar aspas irônicas com moderação. “Escritores devem pensar em como usam as scare quotes e se um bom leitor pode interpretar errado.” a) Você gostou de ler o texto? Fale para seus colegas. b) Por que, segundo o texto, se pode dizer que o uso de aspas como indicação de ironia é recente? c) Segundo o texto, quais os usos das aspas? d) Qual seria a intencionalidade comunicativa comum entre os diferentes usos das aspas? e) Justifique a afirmação da jornalista Merrill Perlman de que “para entender o significado da aspa, contexto é importante”. f) Explique a afirmação: “uso de aspas em contextos esquisitos está em todos os cantos”. g) Por que, segundo Merrill, as aspas irônicas devem ser usadas com moderação? h) Releia o trecho. i) O texto chama a atenção para o uso político que vem sendo feito das aspas. Responda: a) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a se posicionarem conforme suas preferências e experiências. b) Porque, segundo o texto, as aspas são usadas desde a Antiguidade e os primeiros usos eram indícios de atenção e destaque ao que se encontrava entre os sinais. O uso como indicação de ironia é recente. c) O texto aponta diversas funções do sinal gráfico, como chamar a atenção, identificar como corrupto ou duvidoso, destacar, dar dignidade e conferir autoridade, ligar quem escreve a algo, afastar o autor do que está sendo dito, marcar diálogos, citar, mostrar ironia, apresentar um termo não muito familiar, indicar neologismo ou estrangeirismo, indicar termo usado por outro, mostrar um estranhamento com a palavra e solução para momentos em que não se consegue pensar em um termo mais adequado. d) Dedicar atenção diferenciada para o que está dentro das aspas. e) Devido à diversidade de sentidos atribuídos às aspas, é necessário recorrer ao contexto para interpretar a intencionalidade comunicativa pretendida pelo seu uso. f) A diversidade de sentidos atribuídos às aspas favorece o uso inadequado e exagerado desse sinal gráfico. g) Porque o uso de aspas irônicas nem sempre é feito de modo claro, o que gera dúvidas quanto à interpretação. Dessa forma, a moderação poderia evitar extrapolações e dubiedades no emprego desse sinal. h) • Resposta pessoal. Incentive os estudantes a refletirem sobre essa estratégia, a compreenderem as limitações deste recurso e a se posicionarem criticamente frente ao uso em questão. i) • Essa expressão indica a apropriação das aspas no debate social que envolve temáticas e pessoas da vida pública.

REIS, Fernanda. “Muito” além das aspas irônicas. Risca Faca, 21 jun. 2016. Disponível em: https:// riscafaca.com.br/cultura/aspas-ironicas. Acesso em: 12 jun. 2022.

• Algum desses usos é novidade para você?

Na maior parte das vezes, na minha visão, autores usam aspas em uma palavra para resolver um problema, quando não conseguem pensar numa forma de usar mais palavras. É resolver um problema às custas do leitor.

• Você reconhece essa situação? Já usou as aspas para solucionar a falta de vocabulário? Já presenciou o uso desse tipo de estratégia?

• O que significa a expressão “uso político”, nesse contexto?

• Por que o uso político das aspas é estratégico para quem faz uso? Considere em sua resposta um dos exemplos apresentados no texto.

3. Depois de realizar as reflexões sobre o uso de aspas, você se sente mais preparado para usá-las em suas produções escritas? Fale para os colegas.

Scare quotes: termo inglês usado para indicar as aspas irônicas.

• Incentive os estudantes a se pronunciarem. As aspas foram estudadas, por exemplo, na missão 3 deste volume como uma indicação de polifonia em textos do campo jornalístico-midiático. Ao longo dos demais volumes, abordou-se o uso de aspas em discurso direto, para destacar palavras, entre outros.

O uso das aspas é diverso e dinâmico, assim como a língua. Desde a origem desse sinal gráfico, na Antiguidade, até os dias atuais, seu emprego já se expandiu, inclusive para a linguagem não verbal, em interações orais.

O objetivo é que eles ampliem o que já conhecem sobre esse sinal gráfico. Caso algum estudante sinalize que uso é novidade, pergunte por que e peça a ele que justifique.

• Esse uso se mostra estratégico na medida em que não implica diretamente o falante no que está sendo dito, mas o desvincula e afasta do discurso veiculado. Usar as aspas também é uma estratégia de criação de sentidos ambíguos, além de servir como possibilidade de justificar uma ironia ou um uso com outro valor. Nos contextos políticos, nos quais os posicionamentos e as acusações devem ser feitos com prudência, o uso das aspas serve como blindagem. Nos casos apresentados, colocar “casamento” entre aspas pode indicar que o jornal não aceita esse direito, mas a blindagem favorecida pela polissemia das aspas não permite a afirmação categórica de que o jornal esteja sendo homofóbico.

Já na escrita de “ocupação”, as aspas apontam para o questionamento desse termo, sem que se afirme outro.

3. Resposta pessoal. Incentive os estudantes a se pronunciarem sobre como as reflexões realizadas têm potencial para torná-los mais seguros em relação ao uso de aspas em suas produções textuais.

5o episódio: Eu, produtor de political remix

O foco deste episódio é um debate sobre as possibilidades de atuação em prol de uma causa. Os estudantes vão produzir um political remix, gênero audiovisual argumentativo, para ser publicado nas redes sociais deles, de modo a contribuir com a discussão de questões importantes para a sociedade. Para aprofundar o entendimento sobre o gênero, consulte a dissertação de mestrado em Comunicação, Cultura e Tecnologia da Informação O Remix como ato de participação política: o caso do vídeo Um Pouco do Troco, escrito por Mariana Apocalypse Eça de Queiroz, disponível em: https://repositorio. iscte-iul.pt/bitstream/10071/10759/1/ Disserta%C3%A7%C3%A3o%20

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63882.pdf (acesso em: 12 jun. 2022).

Tempo previsto: 5 aulas

Relação do texto com o contexto de produção e experimentação de papéis sociais: EF69LP06

Textualização: EF69LP07

Revisão / edição de texto informativo e opinativo: EF69LP08

Construção composicional: EF69LP16.

Apreciação e réplica: EF69LP21

Respostas

1. É importante que você faça a leitura do Projeto de comunicação com os estudantes, certificando-se de que entenderam a proposta. Eles também devem compreender a importância de se apropriarem dos elementos que envolvem o projeto que vão colocar em prática. Os estudantes vão produzir um political remix. Essa produção será midiatizada ao final, com a publicação do texto nas redes sociais.

5º EPISÓDIO: EU, PRODUTOR DE POLITICAL REMIX

Neste episódio, você vai conversar sobre o ativismo como possibilidade de atuação em prol de um ideal ou de uma causa e vai conhecer, de maneira lúdica, algumas personalidades que ficaram conhecidas por sua atuação. Além disso, você vai produzir um political remix, gênero audiovisual de caráter argumentativo, e vai publicá-lo nas redes sociais.

1. Informe-se sobre o que você precisa fazer.

Gênero Political remix.

Projeto de comunicação

Situação Você vai editar vídeos e imagens de maneira a criar um produto audiovisual crítico, informativo e argumentativo sobre uma situação ou uma figura política conhecida.

Tema Ativismo político.

1. Selecionar e editar conteúdos audiovisuais de forma a evidenciar um posicionamento crítico sobre o tema ou a figura escolhida.

Objetivos

2. Produzir um political remix

3. Compartilhar as produções com a turma e com outras pessoas do seu convívio por meio das redes sociais.

Quem é você Um ativista político.

Para quem Colegas e comunidade escolar.

Tipo de produção Equipes de 3 a 4 estudantes.

ATALHO

Ativismo: postura que privilegia a prática de transformação da realidade, baseada em uma ideologia, em detrimento da atividade puramente intelectual.

2. Converse com os colegas sobre os tópicos a seguir.

• O que você conhece sobre ativismo? Quais formas de ativismo existem? É possível atuar em prol de uma causa “sem sair de casa”?

• Você atua em prol de alguma causa? Se você pudesse escolher um campo de atuação ou uma causa específica para defender, qual seria?

• É mais fácil ser ativista em defesa de um objetivo em grupo ou sozinho? Por quê?

3. Adivinhe quem é o ativista! Neste jogo, você vai conhecer muitas pessoas que lutaram por seus ideais. Fique atento e não perca os detalhes.

• Reúnam-se em equipes de cinco colegas.

• Estudem as biografias das personalidades apresentadas e memorizem seus nomes.

• Escrevam os nomes dos ativistas do quadro em um papel. Dobrem e misturem todos.

• Cada jogador tira um papel e, sem ler o nome da personalidade que está escrita nele, cola-o na testa para que os outros possam ver de quem se trata. Assim, todos saberão a identidade dos outros jogadores, mas cada jogador desconhece a própria identidade.

• Escolhe-se a ordem de cada jogador na rodada e o jogo começa.

• A cada rodada, cada jogador pode fazer uma única pergunta a respeito de sua identidade e só pode ter como resposta “sim” ou “não”. Por exemplo, o jogador pode perguntar: “Eu sou brasileiro?”. E os outros respondem “sim” ou “não”.

• Cada jogador deve reunir o máximo de informações sobre a própria identidade e, quando achar que consegue se identificar, na sua rodada, pode perguntar: “Eu sou (nome da personalidade)?”. Se estiver correto, o jogo termina com esse jogador como vencedor. Se estiver errado, o jogador é eliminado e o jogo continua sem ele.

Ativista pelo meio ambiente e preservação da Amazônia.

Nacionalidade: brasileiro (AC).

Profissão: seringueiro.

Fatos marcantes de seu ativismo:

• Foi alfabetizado aos 19 anos.

• Fazia barreiras com o próprio corpo nas áreas ameaçadas de destruição.

• Foi acusado de incitar a violência, mas absolvido por falta de provas.

• Recebeu o Prêmio Global de Preservação da ONU.

• Foi assassinado por latifundiários opositores de sua luta.

Ativista pelos povos indígenas e meio ambiente.

Nacionalidade: brasileira (RO).

Profissão: estudante.

Fatos marcantes de seu ativismo:

• Aos 24 anos de idade foi encarregada de abrir a Conferência Climática da ONU em 2021.

• Desde criança, participou de iniciativas de resistência à destruição da Floresta Amazônica e de terras indígenas.

• Foi a primeira de seu povo a ingressar em um curso de Direito.

• Fundou o Movimento da Juventude Indígena de Rondônia.

• É porta-voz de denúncias de opressão e violência aos povos da floresta.

Ativista da causa LGBTQIA+.

Nacionalidade: estadunidense.

Profissão: marinheiro e político.

Fatos marcantes de seu ativismo:

• Foi expulso da marinha por se declarar gay

• Foi o primeiro homem abertamente gay a ser eleito a um cargo público na Califórnia.

• Foi assassinado por conta de seus enfrentamentos.

• Em 2021, a Marinha dos Estados Unidos batizou um navio com seu nome, em homenagem à sua história.

• Era contrário à Guerra do Vietnã.

Ativista da causa ambiental.

Nacionalidade: sueca.

Profissão: estudante.

Fatos marcantes de seu ativismo:

Teve contato com a temática do aquecimento global em uma atividade escolar aos 8 anos e, desde então, atua pela causa.

• Em 2018, criou uma campanha chamada “Sextas-feiras pelo futuro” para chamar atenção para as mudanças climáticas.

• Em 2018, discursou na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática.

• Em 2019, mais de 1 milhão de jovens, de 100 países diferentes, aderiram ao movimento e proteAstaram juntos pelo clima.

• Entre as posturas que adota, é vegana e não anda de avião.

2. As respostas para a discussão são pessoais e servem à ativação dos conhecimentos e do interesse da turma pelo tema do episódio. Incentive os estudantes a revelarem suas experiências e impressões sobre o assunto.

3. Esta atividade lúdica tem o objetivo de aprofundar o interesse dos estudantes na temática do episódio, bem como ampliar seus conhecimentos sobre as diferentes formas de enfrentamento e de transformação social, para que se preparem para a produção do political remix. Divida a turma em grupos de cinco estudantes e cheque a compreensão do desenrolar do jogo.

Ativista contra a discriminação racial e pelos direitos civis dos negros. Nacionalidade: estadunidense.

Profissão: pastor.

Fatos marcantes de seu ativismo: Entre 1955 e 1956, liderou um boicote aos ônibus de Montgomery (Alabama/EUA) contra a segregação racial.

• Em 1957, formou e foi o primeiro presidente da Conferência da Liderança Cristã do Sul.

• Em 1963, liderou a “Marcha sobre Washington”, na qual proferiu seu célebre discurso “I have a dream” (Eu tenho um sonho).

• Em 1964, ganhou o Prêmio Nobel da Paz pela sua luta contra o racismo nos EUA.

• Em 1968, foi assassinado.

Ativista anticolonial e pela independência da Índia.

Nacionalidade: indiano.

Profissão: advogado.

Fatos marcantes de seu ativismo:

• Especializou-se em ética e política indiana.

• Foi preso por liderar boicotes à cobrança de impostos pelo sal.

• Liderou uma resistência não violenta em prol da independência da Índia.

• Vivia de forma modesta em uma comunidade autossuficiente.

• Fabricava manualmente os tecidos das roupas que usava.

Ativista pelos direitos humanos.

Nacionalidade: brasileiro (MG).

Profissão: sociólogo.

Fatos marcantes de seu ativismo:

• Fundou a Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida.

• Resistiu contra o Golpe de 1964 e a Ditadura Civil-Militar.

• Tornou-se ícone da campanha pela anistia dos exilados da ditadura, eternizado na música “O bêbado e o equilibrista”.

• Foi articulador da Campanha Nacional pela Reforma Agrária.

• Seu ativismo é reconhecido pela Unesco como parte da memória mundial.

Ativista pelos direitos das mulheres e contra a violência a esse grupo.

Nacionalidade: brasileira (CE)

Profissão: farmacêutica bioquímica.

Fatos marcantes de seu ativismo:

• Fundou o Instituto Maria da Penha.

• Lutou contra a violência contra a mulher em sua vida pessoal e fez de sua história uma luta por todas as mulheres.

• O caso Maria da Penha ganhou dimensão internacional e inspirou a formulação de leis de proteção à mulher.

• Recebeu diversos prêmios e condecorações por sua resistência e luta por proteção legal.

Ativista dos direitos das crianças e das mulheres.

Nacionalidade: paquistanesa.

Profissão: ativista.

Fatos marcantes de seu ativismo:

• Desde 2009, em meio à ocupação dos Talibãs na sua região, começou a denunciá-los por impedirem as crianças de frequentarem a escola.

• Criou o blog “Diário de uma estudante paquistanesa”.

• Em 2012, foi vítima de um atentado a tiros, mas sobreviveu.

• Uma das reações ao atentado foi uma mobilização internacional em defesa do direito à escola para todas as crianças do mundo.

• Em 2014, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, com apenas 17 anos.

Ativista pelos direitos das mulheres e das pessoas com deficiência.

Nacionalidade: estadunidense.

Profissão: filósofa.

Fatos marcantes de seu ativismo:

• Antes de completar 2 anos perdeu a visão e a audição por conta de uma doença.

• Foi a primeira pessoa cega e surda a ingressar em uma instituição de Ensino Superior.

• Recebeu diversos prêmios pelo mundo, incluindo a Ordem do Cruzeiro do Sul, no Brasil.

• Tornou-se membro honorário de sociedades científicas e organizações filantrópicas.

• Participou de campanhas pelo voto feminino e por direitos trabalhistas.

Ativista contra a opressão racial, pela liberdade e pelos direitos civis.

Nacionalidade: sul-africano.

Profissão: advogado e político.

Fatos marcantes de seu ativismo:

• Defendeu a resistência pacífica e a desobediência civil contra a política segregacionista do Apartheid

• Passou 27 anos na prisão.

• Foi eleito o primeiro presidente negro da África do Sul.

• Em seu governo, empenhou-se em eliminar os legados históricos do Apartheid

• Recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Ativista pelos direitos civis dos negros. Nacionalidade: estadunidense.

Profissão: ativista.

Fatos marcantes de seu ativismo:

• Defendeu o nacionalismo negro nos Estados Unidos.

• Foi perseguido e ameaçado pela Ku Klux Klan.

• Colocou o X no seu nome para simbolizar o apagamento da ancestralidade negra pela escravidão.

• Fundou a Organização para a Unidade Afro-Americana.

• Morreu assassinado.

Ativista do movimento LGBTQIA+.

Nacionalidade: brasileira (BA).

Profissão: ativista.

Fatos marcantes de seu ativismo:

• Lidera a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA).

• Foi vice-presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).

• Presidiu o Conselho Nacional de Combate à Discriminação de LGBTQIA+.

• Recebeu o Prêmio Nacional de Direitos Humanos.

• Coordenou o Centro de Promoção e Defesa dos Direitos de LGBTQIA+.

Acervo pessoal

Ativista pelos direitos civis dos negros. Nacionalidade: estadunidense. Profissão: costureira.

Fatos marcantes de seu ativismo:

• Ficou conhecida por se negar a ceder o assento a uma pessoa branca dentro do ônibus, em um ato de desobediência civil, o qual deflagrou uma série de boicotes aos ônibus.

• A repercussão de sua atitude obrigou a Suprema Corte a declarar inconstitucionais as leis de segregação racial.

• Esse foi o primeiro movimento de resistência à segregação que saiu vitorioso.

• Rosa é conhecida como “mãe do moderno movimento dos direitos civis”.

5. Chegou o momento de a turma se organizar para produzir o political remix a) Você já assistiu ou produziu algum political remix? Era engraçado? Era emocionante? Tinha viés confrontador? Comente o tema e a abordagem do texto.

Atalho

O gênero political remix surgiu como forma de protesto e de ativismo contra a Segunda Guerra Mundial: um vídeo com imagens dos soldados nazistas em marcha foi editado por Charles A. Ridley e remixado com uma música popular, atribuída de maneira pejorativa aos judeus, fazendo parecer que os soldados nazistas dançavam ao som da melodia.

O remix foi gratuitamente distribuído aos Aliados, grupo adversário dos nazistas. Conta-se que o Ministro da Propaganda da Alemanha Nazista, Joseph Goebbels, se enfureceu tanto ao assistir ao remix que derrubou violentamente as mesas e cadeiras que estavam por perto. Com isso, dá para imaginar o poder de repercussão desse tipo de produção.

b) Levante hipóteses: por que as pessoas fazem esse tipo de produção?

c) Em sua opinião, essas produções são mais interessantes quando as falas e legendas predominam ou quando as imagens se sobrepõem às falas? Discuta esse aspecto com os colegas.

4. O objetivo das perguntas neste item é o levantamento dos conhecimentos prévios, a ativação do interesse na produção do gênero e o reconhecimento das afinidades entre os estudantes para a formação das parcerias.

a) Resposta pessoal. Estimule os estudantes a compartilharem suas experiências e compará-las com as dos colegas. Se possível, assista com os estudantes ao political remix mencionado no boxe, “The Lambeth Walk-Nazi Style”, disponível em: www. youtube.com/watch?v=gYdmk3GP3iM (acesso em: 1 jun. 2022). Mostre a eles, também, outras possibilidades de remix no portal https://journal. transformativeworks.org/index.php/ twc/article/view/371/299 (acesso em: 18 jul. 2022), com indicação especial para o Video 8. “The Iraq Campaign 1991: A Television History”, discute, não verbalmente, as motivações e as consequências das guerras pelo petróleo.

b) Gêneros como o political remix são produzidos como forma de posicionamento e atuação diante de questões importantes para a sociedade.

c) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a refletirem criticamente sobre os elementos que podem ou não ser inseridos nessas produções, de modo a criar expressividade. Essa reflexão auxiliará na produção que farão a seguir.

6. Esta atividade servirá de roteiro para a execução do projeto. Acompanhe os estudantes em cada etapa e verifique as possíveis falhas ou incompreensões do processo. Ao final da primeira versão, escolha com eles uma data para a exibição das produções em sala. O trabalho coletivo é importante para o resultado da edição e para a prática de habilidades de socialização.

Passo 1 – A concepção

Neste primeiro momento, é importante incentivar os estudantes a exporem seus anseios criativos de forma livre. Aos poucos, ajude-os a adequar as temáticas, de modo que não sejam inadequadas para a situação comunicativa em questão. Relembre-os de que conteúdos de violência ou de discurso de ódio não são adequados para a atividade, bem como a exposição de colegas ou outros conhecidos. Incentive-os a discutirem temas gerais e de interesse social.

Passo 2 – A execução

Existem aplicativos gratuitos de edição de vídeo que podem ser baixados para celular, como o Capcut ou o InShot. Se a escola tiver laboratório de informática, a parte de edição do vidding pode ser feita nesse espaço. Há sites, como o Clipchamp, que permitem a criação e edição de vídeos on-line. Para uso no computador, os estudantes também podem utilizar editores como o Shotcut ou o VideoPad. Oriente-os a consultarem a biblioteca de áudios que dispensam direitos autorais, disponível em: https://support.google.com/youtube/ answer/3376882?hl=pt-B (acesso em: 16 jul. 2022).

Passo 4 – A exibição

Nesta etapa, os colegas serão expectadores críticos dos political remixes produzidos. Assim, as equipes descobrirão se os propósitos foram atendidos e terão chance de fazer modificações antes de compartilhar a produção nas redes sociais. Esclareça aos estudantes o objetivo dessa primeira mostra, para que se sintam confortáveis em fazer comentários construtivos sobre os outros trabalhos e para que aceitem sugestões sobre as próprias produções. Relembre-os da relevância de um “olhar de fora” para avaliar o trabalho feito e perceber possíveis falhas. Além disso, essa etapa de compartilhamento do political remix produzido é fundamental para que os estudantes possam assistir à produção dos colegas. Esse pode ser um excelente momento para os estudantes exercerem a empatia e o diálogo, fazendo-se respeitar e respeitando as escolhas do outro com acolhimento e valorização da diversidade dos saberes e gostos sem preconceitos. Após a primeira mostra, incentive os estudantes a seguirem as etapas “reformulação” e “publicação” do political remix, para que consolidem as habilidades requeridas na produção desse gênero e experienciem o processo de publicação da obra.

Passo 1 – A concepção

• Forme uma equipe de 4 colegas para a produção do seu political remix, que deverá ter entre 2 e 4 minutos.

• Elejam um tema conversando sobre os assuntos que a equipe gostaria de discutir nesta produção. Inicialmente, discorram sobre várias possibilidades e, aos poucos, eliminem os tópicos até que reste um tema para a produção. Retomem o que foi discutido sobre ativismo. Esse pode ser um bom ponto de partida: política, meio ambiente, feminismo, racismo e desigualdade social são algumas possibilidades de temas. É importante não esquecer que o political remix deve apresentar o ponto de vista da equipe e uma crítica sobre o tema abordado.

• Especifiquem a abordagem que vocês farão do tema, discutindo qual aspecto desse assunto vocês gostariam de trabalhar com mais profundidade. Por exemplo, se o tema for política, o grupo pode optar por compor o political remix usando imagens de manifestações como passeatas; se o tema for meio ambiente, o grupo pode optar por compor o political remix usando imagens da devastação da Floresta Amazônica.

Passo 2 – A execução

• Separem os materiais de que vocês precisarão para o trabalho. A seleção e a edição dos conteúdos podem ser feitas em celulares ou em computadores. Nesses dois instrumentos, há aplicativos gratuitos próprios para cortar e colar imagens e sons.

• Elaborem um esboço do audiovisual a ser produzido. Em um papel, construam a narrativa do political remix, explicitando o que se passará no início, no desenvolvimento e no fim, incluindo a inserção de áudios, de elementos gráficos, entre outros apoios expressivos.

• Selecionem os conteúdos de utilidade para seu political remix. Nesse momento, reúnam a maior quantidade possível de opções que poderão ser utilizadas.

• Comecem a edição cortando e colando os conteúdos selecionados, de maneira a construir a narrativa esboçada. Lembrem-se de que vocês estão defendendo um ponto de vista e fazendo uma crítica.

• Deem um título para seu political remix

Passo 3 - A revisão

• Com a primeira versão do political remix finalizada, revisem o material. Alguns elementos que podem colaborar com o processo de revisão: a) As imagens selecionadas estão adequadas ao tema escolhido para compor o political remix? b) Os efeitos sonoros dialogam com as imagens e colaboram para a construção dos sentidos do political remix pelos espectadores? c) O political remix explicita para os espectadores o ponto de vista assumido pela equipe em relação ao tema abordado? d) O political remix apresenta uma crítica a partir da abordagem do tema? e) O political remix tem duração de 2 a 4 minutos e apresenta um título?

• A partir da revisão, façam as alterações que a equipe avaliar como necessárias.

Passo 4 – A exibição

• Combinem com os colegas um momento para a exibição dos political remixes produzidos.

• Depois da exibição de cada vídeo, definam um tempo para que a turma possa fazer comentários e críticas construtivas sobre os political remix exibidos.

• Repensem o trabalho da equipe com base nos comentários dos colegas. Caso necessário, refaçam trechos da sua produção, de modo que ela se torne ainda mais expressiva e atraente.

• Exponham o political remix em suas redes sociais e nas redes sociais da escola para que sua obra alcance o maior número de visualizações possível. Isso pode aproximar vocês de pessoas com afinidades de interesse.

• Curtam e compartilhem as produções de seus colegas, de forma a ampliar o debate das questões levantadas por eles também.

6º EPISÓDIO: SE O TEMA É COMPLEXO, A DISCUSSÃO SE FAZ NECESSÁRIA

Neste episódio, o jogo pede que você participe de uma discussão oral sobre uma questão polêmica. O momento exige serenidade para ouvir o adversário e agilidade para rebater os argumentos dele.

1. Leia a charge do cartunista Renato Machado e converse sobre algumas questões com os colegas.

6o episódio: Se o tema é complexo, a discussão se faz necessária

O foco deste episódio é a elaboração e produção de uma discussão oral sobre uma questão polêmica. Nesse processo, os estudantes aprenderão os aspectos verbais e não verbais que atribuem expressividade e intencionalidade aos posicionamentos. Além disso, eles serão estimulados a ouvir com atenção falas contrárias às suas e se atentarão para os elementos que compõem uma postura respeitosa e ética. Para ampliar as noções sobre esse tipo de interação, leia o material “A discussão oral – Proposta de sequência didática”, escrito por Lúcia Cunha e Noémia Jorge, disponível em: www. researchgate.net/publication/324654044_A_ discussao_oral__Proposta_de_sequencia_ didatica (acesso em: 13 jun. 2022).

Tempo previsto: 4 aulas.

Produção de textos jornalísticos orais: EF69LP11.

Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social: EF69LP13, EF69LP14, EF69LP15

Efeito de sentido: EF69LP19

Variação linguística: EF69LP56

Estilo: EF89LP15

Escuta / Apreender o sentido geral dos textos / Apreciação e réplica / Produção / Proposta: EF89LP22

Movimentos argumentativos e força dos argumentos: EF89LP23

MACHADO, Renato. O debate do século. Casa dos Memes, [20--]. Disponível em: https://memes.casa/img/debate-do-seculo-ringue. Acesso em: 16 jul. 2022 a) Na charge, a que o debate está sendo comparado? Essa comparação é comum? b) Por que se pode dizer que há um desequilíbrio de forças na charge? c) Justifique o título da charge: “Debate do século”. d) Você já se perguntou por que as pessoas se engajam em discussões? A que serve esse tipo de interação? Por que algumas pessoas preferem ficar de fora dessa troca intencional de pontos de vista?

Respostas

1. a) O debate está sendo comparado a uma luta livre. Essa é uma comparação difundida: discussões são comumente associadas a lutas. Comente com os estudantes que o uso de palavras como “adversário” e “luta” quando o tema é debate também reforçam essa comparação.

a informação e com a formação de opinião. Comente com os estudantes que, em 2016, “pós-verdade” foi eleita a palavra do ano pelo Dicionário Oxford, evento que reforça a ideia.

d) As discussões contribuem para a compreensão de questões importantes para a sociedade, visto que elucidam aspectos diferentes de um mesmo tópico. Sendo assim, são instrumentos de construção e amadurecimento de posicionamentos. Além disso, são um meio de negociação de sentidos, de entendimentos e de decisões que coadunam a ideia de uma sociedade democrática, na qual a participação de todos nas tomadas de decisão é bem-vinda. Por fim, essa interação estimula a busca por soluções para problemas que dizem respeito a todos, de modo que contribuem para melhorias comunitárias e sociais. b) O desequilíbrio de forças está expresso na oposição entre um especialista no assunto e um leigo que usa as redes sociais como fonte de informação imediata para o debate. c) O fenômeno da desinformação, representado na charge pelo debatedor com a conta do Facebook, é um fenômeno próprio deste século. O olhar crítico sobre essa realidade vem sendo amplificado e discutido à medida que a sociedade se dá conta de que o advento da internet e a intensificação do uso das redes sociais impacta profundamente a relação que se tem com a) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a compartilharem suas opiniões e impressões sobre o ponto de vista apresentado no trecho. b) • Resposta pessoal. É importante ajudar os estudantes a esclarecerem o posicionamento adotado de modo a se fazerem compreender pelos colegas. Esse exercício contribui para a preparação para a discussão. c) • Resposta pessoal. Esta atividade tem o objetivo de ativar habilidades de elaboração de questionamentos a temas importantes para a discussão, além de exercitar a escuta respeitosa e atenta.

2. Se possível, assista com os estudantes, em sala de aula, ao vídeo da entrevista, disponível em: www.youtube.com/ watch?v=FAUx_hZVVRA&t=143s (acesso em: 13 jun. 2022).

2. Leia com a turma o trecho de “Qual a importância do debate para a sociedade?”, entrevista com o rabino Michel Schlesinger no programa Provoca, mediado pelo apresentador Marcelo Tas e que trata da importância do embate de opiniões divergentes no amadurecimento da sociedade.

Qual a importância do debate para a sociedade?

[...]

Rabino Michel Schlesinger (usando tom sereno, em postura didática): [...] Ter diversas narrativas para a mesma história é bom, é importante, é democrático. Nunca uma mesma história é vista por pessoas diferentes exatamente do mesmo jeito. Então que bom que podemos ter diversas narrativas para o mesmo fato. Mas, às vezes, o objetivo por trás dessa narrativa é enganar o outro, é prejudicar o outro, é tirar uma vantagem deslegítima do outro. E é isso que precisa ser combatido. Só que é muito difícil, porque, como você identifica a narrativa legítima da narrativa que não é legítima? Existe uma passagem judaica na “Ética dos Pais” que diz qual que é o debate que é profano e qual que é o debate que é sagrado. Como diferenciar o debate profano do debate sagrado? E a resposta é: o debate profano é o debate que termina o próprio debate, é o debate do “cala a boca”, é o debate que coloca tudo de forma muito simplista demais. O debate sagrado é o debate que amplia horizontes, é o debate que faz com que o próprio não acabe, com que o próprio debate seja perpetuado. Então aquelas opiniões que têm por objetivo se aprofundar em determinado tema, trazer um novo olhar, elas são muito bem-vindas. Que bom! Que o nosso horizonte seja cada vez mais amplo! Mas tem opiniões que têm por objetivo fazer o contrário disso: encerrar a discórdia e falar “eu tenho a solução”, “eu tenho o gabarito”, “eu tenho a resposta”.

Marcelo Tas (interrompendo o rabino, em tom questionador): E como tá o debate no Brasil?

Rabino Michel Schlesinger (iniciando em postura reflexiva e seguindo para tom seguro e esclarecedor): Eu acho que estamos com dificuldade de debater as questões em profundidade. É muito mais fácil ir para uma resposta rápida, uma resposta simplista e superficial. É esquerda ou direita. É aqui ou ali, mas sabemos que as questões da vida são complexas. [...] a) O que você pensa sobre as colocações feitas pelo entrevistado? O que mais chamou sua atenção na fala dele? b) Você concorda que “ter diversas narrativas para a mesma história” é um aspecto favorável para a sociedade? Explique o seu posicionamento obedecendo aos seguintes passos:

QUAL a importância do debate para a sociedade?.São Paulo: TV Cultura, 2021. 1 vídeo (3 min). Publicado pelo canal Provoca. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=FAUx_hZVVRA&t=143s. Acesso em: 13 jun. 2022.

• mostre sua posição por meio dos marcadores “concordo”, “discordo” ou “concordo parcialmente”; c) Em dupla, realize o exercício de questionamento e de escuta do posicionamento do outro:

• apresente seu ponto de vista a partir de enunciados como “do meu ponto de vista”, “na minha perspectiva”, “na minha compreensão” ou outro similar.

• selecione um ponto de vista apresentado no texto, diferente do comentado no item anterior;

• pergunte a seu colega: “Você concorda com a ideia/afirmação/posição de que (insira aqui o ponto de vista a ser comentado)?”; d) Com base na discussão proposta no trecho da entrevista, elabore uma pergunta controversa e faça-a a seu colega. Marque 1 minuto – ou um tempo que se aproxime disso, caso não tenha um cronômetro – e escute o que ele tem a dizer sem interrompê-lo. Depois inverta os papéis e responda à pergunta controversa que seu colega elaborou. e) Considerando as diferenças entre um debate “profano” e um “sagrado”, nomeie novamente essas duas categorias substituindo o termo “debate” por “discussão” e os termos “sagrado” e “profano” por outros que se adéquem ao ambiente da sala de aula.

• marque 1 minuto – ou um tempo que se aproxime disso, caso não tenha um cronômetro – e escute o que ele tem a dizer sem interrompê-lo.

Conquista

Uma discussão oral é um gênero que se assemelha a uma conversa, contando com a presença de, pelo menos, dois interlocutores. Todavia, a diferença é que, na discussão, os falantes expressam suas opiniões com o intuito de modificar a opinião do outro. Nota-se que, entre uma discussão e um debate, há níveis crescentes de formalidade e de estruturação, sendo o debate um gênero previamente elaborado e formalmente mais circunscrito a regras do que a discussão. Já em relação às semelhanças entre os dois, enumera-se a alternância de turnos, as composições verbal e não verbal na atribuição de sentidos e o caráter predominantemente argumentativo.

3. Aproprie-se do vocabulário adequado a uma discussão respondendo ao quiz e depois anote no caderno, para cada resposta certa, outras duas alternativas que atendem à mesma intenção.

a) Para iniciar sua exposição, qual é a melhor escolha?

• Para além do exposto

• Todavia

• Inicialmente b) Qual destes operadores sinaliza que você ainda está no desenvolvimento, e não no fim da exposição?

• Resumindo

• Conforme dito c) Qual destas opções indica a conclusão da sua fala?

• Contudo

• Paralelamente a isso

• Além disso

• Portanto d) Se você precisa interromper uma pessoa para tomar a palavra, que tipo de expressão você pode usar?

• Deixe-me concluir

• Sobre isso, veja por este lado

• Eu discordo e) Caso você seja interrompido, mas necessite dar continuidade à sua fala, o que pode dizer?

• Só para terminar

• Quero te esclarecer

• Inclusive f) Para iniciar um turno discordando do que foi exposto pelo oponente, qual é o operador mais adequado?

• Todavia

• Por outro lado

• Em suma d) e e) As respostas podem ser diversas. O importante é que os termos atendam à necessidade de traduzirem tanto os conceitos desenvolvidos pelo rabino quanto a adequação à esfera escolar. Algumas possibilidades de resposta: discussão construtiva e discussão destrutiva; discussão informativa e discussão conformativa. a) • Inicialmente; para começar, antes de tudo. b) • Além disso; também; e ainda. c) • Portanto; logo; concluindo. d) • Sobre isso, veja por este lado; deixe-me fazer um adendo, eu gostaria de pontuar algo sobre isso. e) • Só para terminar; já vou te passar a palavra; antes de te passar a palavra. f) • Por outro lado; eu penso diferente; eu discordo. b) Para a construção da argumentação, se houver meios de se usar celulares com acesso à internet, esse pode ser um recurso de busca; computadores da escola também podem servir a esse propósito; além da busca digital, os estudantes podem fazer uma pesquisa na biblioteca, com ajuda do bibliotecário, em revistas, jornais e livros. c) Instrua os estudantes a fazerem inquisições sobre o assunto, de maneira a se exercitarem para a discussão ainda na própria equipe. d) Oriente os estudantes a formularem questões que abranjam amplamente a temática, além de questionarem pontos específicos e polêmicos do lado oposto.

Um estudo realizado pela organização CAUSE, dedicada a causas que têm poder agregador e transformador da realidade, detectou temas de relevância para serem discutidos pela sociedade brasileira, os quais envolvem saúde, educação, direitos humanos e ciência. São eles: investimento em tecnologia e em saber científico, liberdade de expressão, combate à violência doméstica, cultura de doação, redução de desigualdades, educação midiática, ensino domiciliar e valorização importância da saúde mental.

3. Os sinônimos foram dados como sugestão, mas espera-se que os estudantes encontrem as próprias versões.

4. Para a realização desta atividade, cheque a compreensão dos passos e ajude os estudantes a buscarem argumentos que justifiquem a relevância do tema. Ajude-os a selecionarem temas que se apresentem como perguntas. Isso facilitará a discussão que virá depois e a adesão a um dos lados da questão. Por exemplo, o tema “meio ambiente” é vasto e não é, em si, uma polêmica, mas uma questão como “A pena para quem pratica garimpo em terras indígenas deve ser ampliada?” permite o posicionamento de um lado ou de outro.

5. a) Instrua os estudantes a organizarem o levantamento de informações em registros escritos que podem facilitar a consulta futura.

6. • Espera-se que os estudantes observem que pausas longas prejudicam a fluidez e transmitem insegurança para a argumentação, porém pausas curtas contribuem para a assimilação pelo ouvinte da fala do debatedor.

• Espera-se dos estudantes que identifiquem a adequação de um tom audível, pois um tom baixo prejudica a compreensão da fala e um tom muito alto imprime demasiadamente a ideia de confronto, tornando a discussão menos racional e mais passional.

• As interações orais são permeadas por ritmos próprios. O ritmo permite que se dê ênfase a determinado aspecto do discurso, além de modalizar o que se diz, conferindo expressividade e intencionalidade.

• Os recursos não verbais compõem a construção de sentidos, conferindo expressividade. Nas discussões, posturas eretas transmitem a ideia de atenção e envolvimento; expressões neutras transmitem a ideia de sere- a) O primeiro passo é conferir o que você sabe sobre o tema e as questões polêmicas. Algumas questões que podem ajudá-lo a conferir seus conhecimentos prévios: b) O segundo passo é pesquisar sobre o tema para ampliar seus conhecimentos. Para isso, faça consultas a livros, revistas, jornais impressos e a sites confiáveis (institucionais, do governo, portais de informação) e anote em seu caderno. c) Teste-se para se fortalecer: junto com os colegas que têm a mesma posição que você, formulem perguntas para vocês mesmos e busquem respondê-las com a melhor clareza possível. Se vocês puderem explicar para si as questões e justificar seus posicionamentos, já é um bom passo para iniciar uma discussão. d) Formulem questões para serem colocadas aos adversários; afinal, checar os conhecimentos do oponente é uma boa estratégia argumentativa. Essas perguntas podem ser questionadoras e, ao mesmo tempo, informativas. Por exemplo, pode-se dizer: “1 em cada 3 pessoas no mundo não tem acesso à água potável, segundo dados da Unicef. De que modo a privatização de fontes pode proporcionar a segurança hídrica, um bem garantido pela Constituição?”. Certifique-se de ter você mesmo uma resposta que leve em conta seu ponto de vista para essas perguntas. As questões formuladas neste item podem ser feitas no momento da discussão.

4. Você e seus colegas vão escolher o tema que norteará a discussão oral a ser realizada. Escolhido o tema, elaborem questões polêmicas com potencial para suscitar divergência de pontos de vista.

5. Definido o tema e as questões polêmicas, é necessário se preparar para a discussão buscando informações e construindo a seu posicionamento.

• Do que se trata?

• Quais são os grupos prejudicados ou beneficiados com a questão?

• Quem são as autoridades conhecidas na área?

• Qual é a perspectiva histórica do assunto?

• Qual é a perspectiva futura?

• Quais dados ou exemplos sobre o tema você já tem?

• De que modo esta questão impacta a comunidade/sociedade?

Registre em seu caderno as informações que considerar relevantes.

6. Além de bons argumentos, em uma discussão é importante considerar os aspectos relacionados ao uso da modalidade oral da língua. Coletivamente, conversem sobre as questões a seguir.

• Em quais momentos a pausa contribui com a expressividade e a argumentação e em quais momentos não?

• Qual entonação favorece a recepção de uma ideia?

• De que modo o ritmo participa da construção de sentidos?

• Como os gestos, a expressão facial e a postura se relacionam com o discurso, potencializando-o ou fragilizando-o?

7. É hora de iniciar a discussão. Você tem dois objetivos, que, embora gerem resultados diferentes, não são contraditórios na situação de uma discussão:

• convencer o seu adversário da sua posição; nidade e racionalidade; gestos moderados demonstram a espontaneidade e o envolvimento dos participantes com o tema.

• aceitar ser demovido de seu ponto, caso seja convencido pelos argumentos opositores.

7. Estimule os estudantes a participarem de maneira ética e respeitosa, seguindo os protocolos esboçados na preparação para o evento. Sinalize a oportunidade de se aprofundar nos temas e de conhecer o outro lado da discussão. Conforme o número de estudantes na turma, separe-a em equipes de 3 ou 5 colegas, disponha-as em pequenos círculos e contabilize o tempo de discussão para as rodadas – sugere-se 10 a 15 minutos de discussão por rodada, conforme o tamanho da equipe. Fazer mais de uma rodada é importante para a dinâmica e para o amplo compartilhamento de pontos de vista, portanto evite fazer uma única rodada longa.

Assim, aproveite o momento para aprender ainda mais o tema da discussão.

Nesta atividade, você precisará estar atento a cinco aspectos formais da discussão oral:

I. os turnos de fala e as estratégias de tomada da palavra;

II. a estrutura da exposição do seu ponto de vista, com introdução, desenvolvimento e conclusão do posicionamento;

III. a comunicação não verbal, composta de entonação, gestos e expressões faciais;

IV. os conectores discursivos e argumentativos – introdutórios, explicativos, contra-argumentativos, conclusivos, entre outros; a) Como foi, para você, participar desse evento? b) Como você percebe seu preparo para o confronto de pontos de vista no que diz respeito aos aspectos a seguir?

V. os princípios de cortesia e de tratamento, expressos na escuta respeitosa e no atendimento aos demais aspectos formais.

A discussão será realizada no formato de World Café – Café Mundial –, metodologia de diálogo em que os participantes são divididos em pequenos grupos, dispostos em mesas redondas, e lhes é dado um tempo para conversa. Finalizado esse tempo, os grupos são alterados para uma nova rodada de discussão.

8. Avalie a sua experiência em uma roda de conversa com os colegas.

Dê uma nota de 1 a 3, segundo os seguintes critérios: 1 – Insuficiente; 2 – Suficiente; 3 – Excepcional.

• Domínio do conteúdo temático.

• Capacidade de resposta, considerando o domínio temático.

• Capacidade de escuta e compreensão do posicionamento do outro.

• Domínio do estilo e da postura adequada ao gênero.

7

De Pesquisa

Ao longo desta missão, você discutiu diferentes modalidades de participação nas esferas da vida pública ao ler o editorial sobre a mobilização da juventude para o voto e ao discutir a história da conquista desse direito. Além disso, ainda teve a chance de protagonizar diversos tipos de ativismo. Neste episódio, você vai ouvir algumas das reivindicações sociais dos jovens e retextualizar essas informações para um formato que privilegia o aspecto visual.

1. Você já foi convidado a participar de alguma conferência nacional de juventude? Sabe alguma coisa sobre eventos dessa natureza? Fale para seus colegas.

a) Relembre as modalidades de participação discutidas neste jogo.

ATALHO b) • Resposta pessoal.

Conferências nacionais de juventude são fóruns nos quais os desafios desse grupo são debatidos, bem como os direitos são reafirmados. São espaços de escuta de demandas e de construção de políticas públicas voltadas para a juventude.

8. a) Resposta pessoal. Estimule os estudantes a refletirem individualmente sobre a própria experiência e a relatá-la em detalhes.

7o episódio: Mesmo tema, outro campo de atuação social

Relatório de pesquisa

Neste episódio, com base na leitura do trecho de um relatório, os estudantes ampliarão a noção de participação política e produzirão um gráfico de setores com o objetivo de retextualizar as informações e ampliar as possibilidades de construção de sentidos do relatório.

Tempo previsto: 1 aula

Estratégias e procedimentos de leitura / Relação do verbal com outras semioses / Procedimentos e gêneros de apoio à compreensão: EF69LP32, EF69LP33

Conversação espontânea: EF89LP27

Interdisciplinaridade:

Leitura, interpretação e representação de dados de pesquisa expressos em tabelas de dupla entrada, gráficos de colunas simples e agrupadas, gráficos de barras e de setores e gráficos pictóricos: EF09MA22

RESPOSTAS

1. a) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a relatarem o que sabem sobre a realização das conferências nacionais de juventude.

2. Você vai ler, de forma silenciosa, o subitem “3.6 – O recado dos(as) jovens” do relatório da pesquisa Juventude Brasileira e Democracia: participação, esferas e políticas públicas Ao longo da leitura, atente-se aos dados numéricos expostos e, ao final, volte a esses itens para responder às questões.

Atalho

A pesquisa nacional Juventude Brasileira e Democracia: participação, esferas e políticas públicas foi desenvolvida com o objetivo de sondar as expectativas e o real envolvimento dos(as) jovens nas esferas públicas e políticas. Na cidade de Belo Horizonte, foi realizada em duas fases: a primeira, quantitativa, contou com a participação de 1.000 jovens na faixa etária entre 15 e 24 anos. Com base nos dados obtidos na pesquisa desse município, o Relatório Regional de Belo Horizonte foi redigido.

3.6 – O recado dos(as) jovens

No final de cada Grupo de Diálogo, os(as) jovens foram estimulados(as) a se manifestar sobre o Dia e a formularem um recado para os(as) governantes (anexo – tabelas 4 e 5). Vários(as) jovens apresentaram resistências a dar seu depoimento, sendo necessário incentivá-los(as) a imaginar que tinham em sua frente o(a) prefeito(a) ou o(a) presidente da República.

Analisando os depoimentos, podemos constatar que a grande maioria dos(as) jovens (36%) fez referências a alguns valores que devem guiar os(as) tomadores(as) de decisões como responsabilidade, senso de justiça, seriedade, autenticidade e atenção aos(às) pobres. É interessante observar que os(as) jovens não vincularam diretamente as demandas discutidas durante o Dia com o tema de suas falas. Eles(as), em geral, manifestaram um tom de indignação e de protesto com relação à atuação dos(as) governantes (“parar de falar o que não podem cumprir”, “sair dos gabinetes e vivenciassem os problemas da população”, “pára de ser ladrão”). Outras manifestações assumiam um lugar quase de submissão, solicitando que os(as) políticos(as) dessem assistência à população mais pobre (“que eles olhassem mais pra classe pobre”, “pra eles pensarem direitinho no que eles vão fazer, porque se fizer coisa errada lá, não serão eles que vão sofrer, é a gente aqui do lado de cá que sofre”, “ajudar aqueles que precisam”).

O segundo tema mais recorrente foi os(as) jovens como centro da preocupação dos(as) governantes (17%). Os comentários não manifestaram, no entanto, posturas reivindicativas, com poucos jovens exigindo a atenção dos governantes como um direito (“que os políticos escutem mais a gente, prestem atenção nas nossas ideias, que nós também somos gente” ou “que eles parassem de dizer que nós somos o futuro desse país, porque nós somos o presente e a realidade desse país”). Em geral, houve uma posição subordinada (“que a gente tá na mão deles, eles que decidem o que vai fazer com a gente” ou “olhar mais pra gente, que ´tamos precisando”). Nesses depoimentos, podemos perceber a influência das discussões ocorridas ao longo do Dia que, de alguma forma, foram incorporadas ao discurso dos(as) jovens.

Outros temas estavam vinculados às questões debatidas durante o Dia – educação e participação juvenil (4%), cultura/lazer (3,3%), emprego/trabalho e saúde (2,45%). Também aqui podemos perceber elaborações dos(as) jovens a partir dos debates ocorridos ao longo do Dia. Por último, temos um bloco formado por temas variados que foram indicados por poucos(as) jovens: atenção às crianças, atenção aos(às) idosos(as), democracia, preconceito/racismo, corrupção e renovação dos(as) políticos(as). Comparando a tabela dos comentários iniciais com a dos comentários finais, podemos constatar que grande parte das preocupações iniciais não foi retomada no final do Dia, nem mesmo as demandas da parte da manhã ou aspectos dos Caminhos da parte da tarde. Ou seja, grande parte dos(as) jovens não vinculou a mensagem aos(às) governantes com o conteúdo das discussões ao longo dos GDs. Também podemos perceber que as diferenças dos depoimentos existentes entre os GDs tendem a expressar a idiossincrasia dos(as) integrantes de cada um deles, não havendo, a princípio, uma relação mais estreita com algumas das variáveis como a idade, sexo ou escolaridade, por exemplo.

[...]

JUVENTUDE brasileira e democracia: participação, esferas e políticas públicas. Instituto Pólis, São Paulo, 2006. Disponível em: www.bibliotecadigital.abong.org.br/bitstream/handle/11465/939/1621.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 13 jun. 2022.

Atalho

Autenticidade: originalidade.

Demandas: indagação, desejo, questão.

GDs: grupos de discussão.

Idiossincrasia: característica comportamental peculiar a um grupo ou a uma pessoa.

Incorporadas: incluídas.

Reivindicativas: exigidas.

Submissão: obediência.

Subordinada: dependente, obediente, submissa.

a) Em seu recado para os governantes, quais desses temas estariam presentes? Você incluiria algum outro?

b) Em sua opinião, por que algumas posturas são mais submissas e outras, mais reivindicativas? Explique seu posicionamento.

3. Seu objetivo agora é produzir gráficos que auxiliem na construção da compreensão do item 3.6 do relatório.

a) Você já leu textos em que gráficos foram utilizados na composição das informações? Que papel tais gráficos tiveram na transmissão das informações do texto?

Ativa O De Conhecimentos

Gráficos são textos compostos por linguagem verbal e não verbal: números, títulos e legendas compõem a parte verbal, enquanto cores e formas compõem a não verbal. Esses recursos são ferramentas que possibilitam uma visualização concreta e comparativa de dados. Há diversos tipos de gráficos, os quais recebem nomes de acordo com as formas utilizadas na expressão dos dados quantitativos. Assim, há os gráficos de barras, os de pizza ou os de cones, por exemplo.

b) O trecho de “O recado dos(as) jovens”, da pesquisa Juventude Brasileira e Democracia: participação, esferas e políticas públicas, expõe dados numéricos não organizados em gráficos. Faça um teste e responda sem voltar ao texto: b) Resposta pessoal. Incentive os estudantes a refletirem sobre as diferentes linguagens que podem ser assumidas em uma situação de reivindicação de direitos e os efeitos gerados. Uma postura reivindicativa pode afastar os participantes da interação e, ao mesmo tempo, pode ser mais firme em relação ao pedido. Já uma postura submissa pode gerar empatia, porém pode não ser tão categórica em sua reivindicação, por exemplo. b) Resposta pessoal. Esta atividade tem o objetivo de ajudar os estudantes a perceberem que os dados quantitativos são mais bem apreendidos quando lidos em formato visual, como o dos gráficos. Assim, é possível que os estudantes relatem certa dificuldade em se recordar das porcentagens relatadas nos textos e da relação de grandeza entre elas. c) (36%) Responsabilidade, senso de justiça, seriedade, autenticidade e atenção aos(às) pobres. d) Auxilie os estudantes nesse passo a passo, na reunião dos materiais e na compreensão dos comandos. Cada produção será única, embora as informações quantitativas e os tamanhos de cada setor sejam dados. Incentive os estudantes a encontrarem as próprias formas de expressão dentro desse tipo de construção. e) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam a diferença entre a apreensão de dados quantitativos sem o apoio dos gráficos e com o uso dessa ferramenta, notando a melhor compreensão e apreensão dessas informações por meio da visualização nos gráficos. c) Você já ouviu falar no gráfico de pizza? Esse famoso gráfico, também chamado de gráfico de setores, é um recurso visual muito difundido no campo das pesquisas, e é um desses que você vai produzir nesta atividade. Para isso, volte ao texto e anote no caderno as porcentagens e os temas mais recorrentes nos discursos dos jovens. d) Siga as orientações para construir o seu gráfico de pizza ou de setores. e) Você considera que a organização dos dados da pesquisa em formato de gráfico de setores favorece a apreensão das informações? A visualização dos elementos quantitativos ampliou sua compreensão a respeito do relato trazido no texto? Justifique sua resposta.

• Qual das reivindicações feitas foi numericamente mais expressiva?

• A porcentagem de jovens que reivindicou mais educação e participação juvenil foi maior ou menor do que a porcentagem dos jovens que reivindicou mais cultura e lazer?

• Qual foi a reivindicação que teve menor adesão entre os jovens?

Foi fácil ou difícil responder a essas perguntas? De quais recursos você se valeu para se recordar das informações requisitadas?

2. a) Resposta pessoal.

3. a) Resposta pessoal. A atividade tem o objetivo de instigar os estudantes a refletirem sobre o papel dos gráficos na organização e no favorecimento da compreensão de dados quantitativos. Espera-se que eles reconheçam os gráficos como mecanismos de organização visual que favorecem a compreensão de informações numéricas.

(17%) Exigência da atenção dos governantes como um direito.

(4%) Educação e participação juvenil.

(3,3%) Cultura/lazer.

(2,45%) Emprego/trabalho e saúde.

(37,25%) *Bloco formado por temas variados: atenção às crianças, atenção aos(às) idosos(as), democracia, preconceito/racismo, corrupção e renovação dos(as) políticos(as).

*Para encontrar esse número, será preciso subtrair de 100 (total) as outras porcentagens.

• Materiais necessários: caderno, lápis, borracha, compasso (ou outro instrumento que possibilite o desenho de um grande círculo).

• Em computadores, os gráficos de setores são feitos com alta precisão. No caderno, será suficiente que você estime o espaço reservado à porcentagem.

• Desenhe com o compasso um grande círculo, mas não ocupe toda a folha.

• Divida esse círculo em setores, conforme a porcentagem das reivindicações dos jovens. Para isso, lembre-se de que ½ círculo equivale a 50%, ¼ equivale a 25%, ⅛ equivale a 12,5% e assim por diante. Dessa forma, será possível estimar a área destinada aos setores.

• Use uma cor diferente para cada setor.

• Faça uma legenda ao lado do gráfico indicando a relação entre as cores e as demandas.

• Compare seu gráfico com o de seus colegas e perceba como um mesmo recurso pode ser produzido de forma diferente, guardando características informativas semelhantes.

Você chegou ao fim desta missão. O momento é de refletir se nessa etapa o jogo valeu a pena. Você e seus colegas enfrentaram grandes desafios em confrontos ideológicos e conquistaram a escuta atenta de seu oponente. Façam uma roda e conversem sobre as questões organizadas no portal 1 (avaliação) e no portal 2 (autoavaliação).

Portal 1

O que é um editorial?

De que maneira se pode expressar um ponto de vista sem se implicar diretamente na fala?

Por que se pode afirmar que as orações subordinadas adjetivas cumprem papel argumentativo nos textos?

De que forma o uso das aspas contribui para a clareza do texto?

Por que o political remix é considerado ativismo?

De que forma a linguagem verbal e a não verbal se relacionam em uma discussão oral?

De que maneira os gráficos contribuem para a apreensão das informações de um texto?

Portal 2

Você gostou de conhecer mais a respeito do protagonismo juvenil nos debates nacionais?

De que maneira analisar os recursos linguísticos usados no editorial proporcionou a você possibilidades de ampliar a construção de sentidos de gêneros do campo jornalístico-midiático?

Examinar a forma e as funções das orações subordinadas adjetivas ampliou sua compreensão sobre estilo e intenção comunicativa?

Conhecer um pouco da história das aspas ampliou suas possibilidades de uso desse sinal em suas produções escritas?

Você gostou da experiência de ser um produtor de political remix?

Quais foram os maiores desafios na elaboração e execução de uma discussão oral? A experiência valeu a pena?

Selecionar e organizar esquematicamente as informações do relatório ajudou você a se apropriar das informações do texto do campo das práticas de estudo e pesquisa? Como?

Salvando O Progresso

É importante que os estudantes tenham a oportunidade de avaliar o que foi estudado e de autoavaliar sua aprendizagem. No portal 1, será possível fazer, por meio das perguntas sugeridas, uma avaliação da aprendizagem dos estudantes acerca dos objetos de conhecimento trabalhados ao longo da missão. No portal 2, os estudantes terão a oportunidade de avaliar a própria aprendizagem, a partir de perguntas que fomentam a expressão da subjetividade diante dos objetos estudados. Durante a realização da roda de conversa, oriente-os a exercerem a escuta atenta, respeitando os turnos de fala. Enquanto para as perguntas do portal 1 há respostas objetivas, que podem ser avaliadas como certas, parcialmente certas ou erradas, para as perguntas do portal 2 é impossível exigir respostas padronizadas.

Tempo previsto: 1 aula.

Portal 1

O gênero editorial foi estudado no 1º episódio. Estratégias de modalização do discurso foram abordadas no 2º episódio. A função modalizadora, coesiva e estilística das orações subordinadas adjetivas foi abordado no 3º episódio. O uso das aspas foi abordado no 4º episódio. O political remix foi abordado no 5º episódio. O gênero discussão oral foi abordado no 6º episódio. A organização sistemática de dados foi abordada no 7º episódio.

Portal 2

Respostas pessoais.

Miss O 6

Nesta missão será abordado o campo de atuação Artístico-literário, com foco no estudo do gênero Conto de ficção científica, com base na leitura do conto “Amor verdadeiro”, de Isaac Asimov. Antes de se aprofundarem no tema, os estudantes refletirão sobre a temática do amor, por meio da análise de uma pintura surrealista e da recuperação histórica de imagens cristalizadas, como a do “Cupido” e a da “alma gêmea”. Para além do texto, os estudantes conhecerão um pouco do perfil leitor dos colegas, por meio de uma pesquisa de recepção sobre o gênero estudado, e farão um passeio pelo universo da ficção científica e de suas influências na sociedade e na língua, como acontece com a incorporação de estrangeirismos. Por fim, a missão também aborda o campo Jornalístico-midiático por meio de leitura de uma Reportagem multissemiótica e da produção de um Panfleto

Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) em destaque são Ciência e tecnologia, Educação em direitos humanos e Vida social e familiar

Para iniciar, peça aos estudantes que observem com atenção a imagem de abertura da missão: duas mãos diferentes que formam um coração; uma mão humana e a outra indefinida, podendo ser um rascunho ou a mão de uma máquina. O objetivo é que eles se atentem para a temática do amor a dois, do amor romântico e da diversidade de possibilidades que ele contém. Assim, sugira a eles que descrevam e interpretem o que veem.

Em seguida, leia o boxe Roteiro da missão: é importante que eles compreendam, ainda que introdutoriamente, o que estudarão na missão. Enquanto lê, pergunte se consideram importantes as habilidades que serão desenvolvidas. Ressalte para os estudantes que expressar suas percepções sobre o roteiro do que aprenderão é fundamental para a construção da autonomia e do protagonismo do estudo deles.

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