E5TOU CO/vTISO/ MANUAL DO 6º ANO I EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA CATÓLICA
FUND.A.<;:ÃO
Manual do Aluno - Educação Moral e Religiosa Católica - 6º Ano do Ensino Básico Coordenação geral : Cristina Sá Carvalho Coordenação de Ciclo: Elisa Urbano Equipa de Autores: Elisa Urbano, Mónica Pires, Sérgio Martins Com a colaboração de: P. Júlio Franclim do Couto Pacheco Revisão Ortográfica: Gráfica Almondina Capa: Pedro Ventura , Pedro Alves Design Gráfica: Pedro Ventura Ilustrações: Pedro Alves - www.toonstudio.com Imagens: Pedro Neto , Pedro Ventura, Sérgio Martins, www.pixabay.com , www.istockphoto .com Tiragem : 40 000 ISBN: 978-972-8690-90-8 1.ª Edição: abril 2015 Depós ito Legal: 391594/15 Edição e Propriedade: Fundação Secretariado Nacion al da Educação Cristã - Lisbo a, 2015 Impressão: Gráfica Almondina - Torres Novas Aprovação: Conf erência Episcopal Portuguesa
Queridos Alunas e Alunos Estimadas Famílias Caros Docentes
É com grande alegria que vos entregamos os manuais de Ed ucação Moral e Religiosa Católica, que foram preparados para lecionar o novo Program a da disciplina, na sua edição de 2014. O que aqui encontrarei s procura ajudar, cada um dos alunos e das alunas que frequentam a disciplina , a «posicionar-se, pessoalmente, frente ao fenómeno religioso e agir com responsab ilidade e coerênc ia», tal como a Conferência Episcopal Portugue sa definiu como grande finalidade da disciplina", Para tal, realizou-se um extenso trabalho que pretende, de forma pedagogicamente adequada e cientificamente significativa, contrib uir com seriedade para a educação integral das crianças e dos jovens do nosso País. Esta tarefa, realizada sob a superior orientação da Conferência Episcopal Portuguesa, a responsabilidade da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé e a dedicação permanente do Secretariado Naciona l da Educação Cristã , envolveu uma extensa e motivada equipa de trabalho. Queremos, pois, agradecer aos autores dos textos e aos artistas que elaboraram a montagem dos mesmos, pelo seu entusiasmo permanente e pela qualidade do resultado final. Também referimos , com apreço e gratidão, os docentes que experimentaram e comentaram os manuais, ainda durante a sua execução , e o contributo insubstituíve l dos Secretar iados Diocesanos responsáveis pela disciplina na Igreja local. E a todos os docentes de Educação Moral e Religiosa Católica, não só entregamos estes indispensáve is instrumentos pedagóg icos como aproveitamos esta feliz ocasião para sublinhar a relevância do seu fundamental papel, nas escolas e na formação das suas alunas e dos seus alunos, e testemunhamo s o nosso reconhec imento pelo seu extenso compromisso pastoral na sociedade portuguesa. Do mesmo modo, estamos agradecidos às Famílias, porque desej am o melhor para os seus filhos e filhas e, nesse contexto , escolhem a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica como um importante contributo para a formação e o desenvolvimento pleno e feliz dos seus jo vens. Os jovens conformam o nosso futuro comum e o empenho sério na sua educação é sempre uma garantia de uma sociedade mais bondosa, mais bela e mais ju sta. Finalmente, queridas crianças e queridos jo vens, a Igreja quer ir ao vosso encontro, estar convosco, ajudar-vos a viver bem e, nesse sentido, colaborar com o esforço de construção de um mundo melhor a que sois chamados, enraizados e filmes (cf Coi 2, 7) na proposta de vida que Jesus Cristo tem para cada um de vós. É esse o horizonte de vida, de missão e de futuro, a construir convosco, que nos propomos realizar com a disciplina de Educação Mora l e Religiosa Católica. Em nome da Conferência Episcopal Portuguesa e no nosso próprio, saudamos todas as alunas e todos os alunos de Educação Moral e Religiosa Católica de Portugal com alegria e esperança,
Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé Lisboa, 19 de março de 20 15, Solenidade de S. José, Esposo da Virgem Maria e Padroeiro da Igreja Universal
*Conferência Episcopal Portuguesa. (2006) , Educação Moral e Religiosa Católica - Um valioso contributo para a fonnaç ão da persona lidade. n. 6.
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Cara amiga, caro amigo! Estás no 6º ano! Vês como o tempo passou a voar?! Recordas-te do nome do teu manual do 5º ano? "Conta com igo! ". Se não leste um texto parecido com este... bem-vindo à aula de Educação Moral e Religiosa Católica! A disciplina de EMRC acompanha-te este ano com novos temas: ''A Pessoa Humana"; 'Jesus, um Homem para os outros" e ''A partilha do pão". Conhecermo -nos como pessoas, conhecer quem foi Jesus e o que propôs a todos nós e aplicar essa mensagem na vida, tornando-nos humanos e generosos, é aquilo que queremos que consigas aprender connosco este ano. A Maria e o Miguel continuam aqui! Um pouco diferentes... Cresceram! Mudaram de visual! Mas não foi só isso, o mais importante, foi o crescimento como pessoas! Eles querem viver o 6º ano de uma forma agradável, descobrindo e explorando, partilhando as suas experiências contigo! São duas pessoas da tua idade, que, como tu, escolheram a disciplina de EMRC e vão relatando o que acontece nas suas aulas! Querem partilhar as suas descobertas. Já reparaste no nome do novo manual? Estamos contigo! Os Autores
íNDICE A PESSOA HUMANA
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Quem é a Pessoa? Dimensões da Pessoa humana Dimensão biológica Dimensão social Dimensão espiritual Nascemos para ser felizes A autenticidade Direitos e deveres da Pessoa humana Quando os direitos não são garantidos Direitos da Criança Garantir direitos às Crianças Atentados aos direitos da Criança Garantir direito a ser Pessoa Artigo 71.º (Cidadãos portadores de deficiência) Organizações de apoio à Pessoa O contributo da Igreja Católica na defesa da criança Direito da Criança... .. à família ao bem estar à educação Deus estabelece com o Homem uma relação pessoal «Ser Pessoa» e dar condições para que todos sejam «Pessoas» Nesta unidade aprendi que... ..
12 15 16 17 22 24 26 30 32 33 35 37 38 39 40 40 40 40 41 42 42 45 47
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JESUS, UM HOMEM PARA OS OUTROS Quem é Jesus de Nazaré? Jesus, o Messias prometido Jesus, um marco na história Jesus na Arte O calendário cristão O Deus de Jesus A confiança no Deus bom Para Deus, todos somos importantes Viver centrados no amor ao próximo Acolher e perdoar Uma religião que nasce de uma relação íntima e humilde com Deus É mais importante ser do que ter A Missão de Jesus A contestação dos poderosos Jesus é preso Julgamento no tribunal judaico Julgamento no tribunal romano A Ressurreição, vitória da Vida sobre a morte Tradições da Páscoa As Procissões O Compasso O Folar Dar vida aos outros Nesta unidade aprendi que... ..
49 50 50 52 53 55 57 57 58 60 61 63 64 66 66 67 68 70 72 74 74 74 74 76 79
A PARTILHA DO PÃO
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A alimentação A refeição, experiência de encontro O significado simbólico-religioso do alimento e da refeição O Pão O Azeite O Vinho A Água O Cordeiro A produção e o comércio dos alimentos Comércio Justo A fome e a injusta distribuição dos bens A fome e subnutrição Falta e desperdício de comida Causas da fome A pobreza e a injusta distribuição de bens Instituições nacionais e internacionais que lutam contra a fome O amor partilhado Solidariedade e voluntariado A partilha fraterna dos primeiros cristãos A última ceia O lava-pés Ser pão para os outros A diversidade de carismas no serviço Nesta unidade aprendi que... ..
82 85 88 89 90 90 91 94 95 96 98 98 100 101 104 105 107 107 110 111
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O quê! Estás a tentar dizer que não querias voltar a escola? A escola não é boa? Não querias brincar no recreio e falar com todos os teus amisos?...
Ei.. calma! Maria.. estás M mesma... Tanta persunta junta! Olha.. é claro que queria voltar.. mas ao mesmo tempo queria continuar a aproveitar o tempo quente deste fim de verão ...
Eh Maria.. estás a falar há 1.-5 minutos sesuidos... vai uma ásua para
hidratar as tuas cordas vocais?
Só de pensar nos dias destas férias que passei M praia .. noS passeios que dei, MS horas que sastei a chutar M bola.. já sinto saudades! Foram tão boas as férias... Este ano fui pela primeira ve~ visitar as cidades de ~;''''''' 4uimarães e Évora.. nunca mai me vou esquecer! Mas e tu .. conta-me o que andaste a faur MS tuas férias! Misue(.. essas tuas sraciMas... olha.. vá lá.. ao menos ainda sabes que devemos hidratar as cordas vocais.. as aulas de música não ficaram esquecidas!
M .. estava a ver que não me deixavas falar! Olha eu fui a bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla.. bla b~ .. W~ b~ .. b~ .. b~ .. b~.. b~ .. b~ .. b~..
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Sim.. Maria! É isso mesmo!...As I tuas férias foram espetocutaresi Tenho de dizer aos meus pais para irmos visitar esses sítios de que falaste!
Ol~a Maria~
os miúdos do stJ ano...
Estava a 90ZD.r! No aM passado fomos nóS a c~e!Jar aqui com aquela cara de ansiosos~ creios de dúvidas e confusos.
Vamos pois, afinal temos de pôr em prática tudo o que aprendemos em EM RC no ano passado: acol~er os outros~ viver em 9rupo~ ter espírito fraterno ...
Cada ser humano nasce inseridó numa determinada comunidade. Desenvolve-se na família, no grupo de amigos, na escola e nos vários contextos com os quais contacta. Da comunidade recebemos saberes e valores, através das experiências que vivemos e da abertura à realidade que nos rodeia. Temos consciência da nossa existência, das nossas experiências e aprendemos com elas. Afirmamo-nos através dos nossos pensamentos, sentimentos e afetos, os quais comunicamos aos outros através da linguagem, verbal ou corporal. •• - . • ... • ... • -• • artilhar as nossas ex eriências rnariltesfârido aos outros ue somos De igual modo, revelamos a nossa intimidade, os nossos pensamentos e afetos através de palavras e comportamentos. Desenvolvemos a nossa experiência espiritual, exteriorizamos os sentimentos e manifestamos a nossa inteligência, abrindo-nos aos outros e a Deus.
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Na nossa relação com os outros vivemos em liberdade dando cumprimento aos nossos direitos e deveres, como forma de mostrar a nossa singularidade, mesmo que inseridos numa comunidade. Estas são as características que nos distinguem dos outros seres vivos: -A Liberdade; - A Racionalidade (Razão, Pensamento, Inteligência); - A Comunicação; - Os Sentimentos; - Os Direitos e Deveres; - A Dimensão moral (bem/mal); - A Dimensão espiritual/religiosa, abertura ao transcendente.
Acreditava-se, desde a Grécia antiga, que o ser humano era composto por duas dimensões: o corpo e a alma ou o espírito. Este pensamento integrou a filosofia de várias culturas, tendo chegado ao Cristianismo. o ensarnento cristão atuat.esiasdiiàs realidades a cor orar e --
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Quando amamos, pensamos ou tomamos dec isões, fazemo -lo simu ltaneamente de forma espiritual e física. Se não fôssemos corpo, não seríamos capazes de nos revelarmos aos outros, de com eles comunicarmos e, em geral, de estabelecermos relações de comunhão. É através do corpo que nós exprimimos o que pensamos, o que sent imos ou as nossas decisões. Sem corpo seríamos seres virados para dentro de nós, como conchas fechadas que não comunicam com o exterior. e
Sabes Migue l, esta frase faz-me pensar... eu nunca me imaginei sem corpo ... como seria eu sem o meu corpo? Serias um bivalve egoísta, que só se via a si próprio! Miguel! Bivalve egoísta?! Que exagero! Pronto, choqu ei-te? É preferível imagin ares-te com o teu corpo, sempre a comunicar com igo . Eu não aprecio bivalves...
Observa as imagens que se seguem e, com a ajuda do banco de palavras, procura identificar os sentimentos, as emoções, os pensamentos ou a vontade que as personagens transm item. carinho alegria tristeza paixão amizade raiva poder
A palavra 'pessoa', de origem latina, deriva de persona, «máscara de teatro»; por extensão, significa o papel atribuído a essa máscara, a 'personaqern', Relacionado com o ser humano, o pensamento cristão e, sobretudo, Santo Agostinho, usou a palavra para se referir às três pessoas (divinas) da Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A palavra 'pessoa' designava a capacidade de estabelecer relação com os outros.
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A pessoa caracteriza-se por diferentes dimensões que podemos agrupar em três: a biológica, a social e a espiritual.
à sua capacidade de comunicação e de organização em grupo; no entanto, no ser humano, esta dimensão é muito mais complexa, como podemos verificar pela organização das soc iedades humanas. - -dimensão iritual a vid interior dO serh m no: a sua capacidade racional (o pensamento), a vontade e a consciência moral, a afetividade(sentimentos, emoções) e a relação com o transcendente. Todas estas capacidades espirituais estão na base da comunicação com os outros, que acontece a um nível muito superior ao dos animais, especialmente através da complexa linguagem verbal. Um dos aspetos que distingue o ser humano de todas as outras espécies é a sua capacidade de distinguir entre o bem e o mal, de tomar decisões livres e responsáveis, agindo assim sobre a realidade que o rodeia orientado por valores éticos e pela capacidade de análise da realidade.
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• • ••• • •• Dos nossos pais recebemos a herança genética, através da qual partilham os traços fisionóm icos com a nossa linhagem materna e paterna. Contudo, as nossas características físicas não são apenas o somatório da herança das características da mãe e do pai, pois também apresentamos traços distintos que fazem de cada um de nós um ser único .
Do pai recebemo s a informação genética, que define a nossa identidade sexual. Esta caracteriza-se pela diferenciação dos órgão s genitais masculino e feminino , ou seja, pela diferenciação do homem e da mulher. Os homens e as mulheres não são apenas diferentes do ponto de vista biológico, também se diferenciam do ponto de vista psicológ ico e comportamental.
As células dos seres humanos contêm, cada uma, 23 pares de cromossomas, num total de 46 cromossomas. Cada cromossoma contém uma cadeia, em forma de hélice, de ADN com toda a informação genética. Mas as células sexuais (o espermatozóide e o óvulo), ao contrário das outras células, só têm 23 cromossomas. No momento da fecundação, o óvulo e o espermatozóide unem-se e juntam, em pares, os 23 cromossomas provenientes da mãe e os 23 cromossomas provenientes do pai, dando origem a um ser geneticamente diferente . Todavia, a diferença do novo ser em relação aos pais não se fica por aqui, uma vez que os cromossomas provenientes da mãe e do pai trocam pequenos fragmentos de informação genética (ADN). As diferentes combinações possíveis de cromossomas e ADN são tantas que cada ser humano é uma espécie de «milagre": um ser único e irrepetível.
Este desenvolvimento faz com que os seres humanos sejam dotados de inteligência superior, que se manifesta na capacidade de resolver problemas com lexos e elaborar raciocínios profundos.
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ela, cada ser humano estrutura os seus conhecimentos e valores que influenciam as suas atitudes e os seus comportamentos, bem como as suas decisõe s.
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uma importância fundamental no desenvolvimento da pessoa. Nela fazemos a primeira experiência de sermos únicos. De igual modo, tomamos consciência de que cada uma das pessoas com quem nos ~ relacionamos é única. :s<ç ~~ _.... .....
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Quando os pais cão.o no filho, estão, simbolicamente, a atribuir-lhe ~'::>~l~~91~ uma identidade [2rópria ue o distin ue como pessoa e o diferencia dos • • •• ••• •• • •• • !t... outros. Por isso, • • • • • n-ome pois nome (a identidade de cada essoa- é sa rad -Assim se entende a origem cristã do direito que cada pessoa tem ao bom nome, ou seja, o direito a ser respeitado na sua dignidade e na sua identidade.
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A esta propósito, veja-se, por exemplo, a Constituição da República Portuguesa:
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s os dIreItos a Identidade ' ..- •.- .. ! Intimidade da vida priv~~me e r~putação, à image~e:so~', a cap~cidade civil, :...._ .._ .._ .._ .._ .._. a e fam,lrar." (CoR.P., artº 26º) , pa avra e a reserva da
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( s assoei Iturais e recreativas, os clubes desportivos, assim como outras Instituições favorecem a participação das pessoas na vida social. São formas de socialização que manifestam a tendência natural das pessoas para cooperarem, procurando atingir objetivos que vão muito para além das suas capacidades individuais. As associações estimulam as aptidões de cada pessoa, o seu espírito de iniciativa e de responsabilidade, contribuindo para o exercício da cidadania.
Manual do Aluno - Educação Moral e Religiosa Católica - 6º Ano do Ensino Básico Coordenação gera l: Cristina Sá Carvalho Coo rdenação de Ciclo: Elisa Urbano Equipa de Autores: Elisa Urbano, Mónica Pires, Sérgio Martins Com a colaboração de: P. Júlio Franclim do Couto Pacheco Revisão Ortográfica: Gráfica Almondina Capa: Pedro Ventura, Pedro Alves Design Gráfica: Pedro Ventura Ilustrações: Pedro Alves - www.toonstudio.com Imagens: Pedro Neto, Pedro Ventura , Sérgio Martins , www.pixabay.com, www.istockphoto.com Tiragem: 40 000 ISBN: 978-972-8690-90-8 1.ª Edição: abril 2015 Depós ito Legal: 391594/1 5 Edição e Propriedade: Fundação Secretariado Nacional da Educação Cristã - Lisbo a, 2015 Impressão: Gráfica Almondina - Torres Novas Aprovação: Conferência Episcopal Portuguesa
Queridos Alunas e Alunos Estimadas Famílias Caros Docentes
É com grande alegria que vos entregamos os manuais de Educação Moral e Religiosa Católica, que foram preparados para lecionar o novo Programa da disciplina, na sua edição de 20 14. O que aqui encontrareis procura aj udar, cada um dos alunos e das alunas que frequentam a disciplina, a «posicionar-se, pessoalmente, frente ao fenómeno religioso e agir com responsab ilidade e coerência», tal como a Conferência Episcopal Portuguesa definiu como grande finalidade da disciplina*. Para tal, realizou-se um extenso trabalho que pretende, de forma pedagogicamente adequada e cientificamente significativa, contribuir com seriedade para a educação integral das crianças e dos jo vens do nosso País. Esta tarefa, realizada sob a superior orientação da Conferência Episcopal Portuguesa, a responsabilidade da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé e a dedicação permanente do Secretariado Nacional da Educação Cristã, envolveu uma extensa e motivada equipa de trabalho . Queremos, pois, agradecer aos autores dos textos e aos artistas que elaboraram a montagem dos mesmos, pelo seu entusiasmo permanente e pela qualidade do resultado final. Também referimos, com apreço e gratidão, os docentes que experimentaram e comentaram os manuais, ainda durante a sua execução, e o contributo insubstituível dos Secretariados Diocesanos responsáveis pela disciplina na Igrej a local. E a todos os docentes de Educação Moral e Religiosa Católica , não só entregamos estes indispensáveis instrumentos pedagógicos como aproveitamos esta feliz ocasião para sublinhar a relevância do seu fundamental papel, nas escolas e na formação das suas alunas e dos seus alunos, e testemunhamos o nosso reconhecim ento pelo seu extenso comprom isso pastoral na sociedad e portugu esa. Do mesmo modo, estamos agradecidos às Famílias, porqu e desejam o melhor para os seus filhos e filhas e, nesse contexto, escolhem a disciplina de Educação Moral e Religios a Católica como um importante contributo para a formação e o desenvolvimento pleno e feliz dos seus jo vens. Os jovens conformam o nosso futuro comum e o empenho sério na sua educação é sempre uma garantia de uma sociedade mais bondosa, mais bela e mais justa. Finalmente, queridas crianças e queridos jovens, a Igreja quer ir ao vosso encontro, estar convosco , ajudar-vos a viver bem e, nesse sentido , colaborar com o esforço de construção de um mundo melhor a que sois chamados , enraizados e firmes (cf. CoI 2, 7) na proposta de vida que Jesus Cristo tem para cada um de vós. É esse o horizonte de vida, de missão e de futuro, a constru ir convosco, que nos propomos realizar com a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica. Em nome da Conferência Episcopal Portuguesa e no nosso próprio, saudamos todas as alunas e todos os alunos de Educação Mora l e Religiosa Católica de Portuga l com alegria e esperança ,
Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé Lisboa, 19 de março de 20 15, Solenidade de S. José, Esposo da Virgem Maria e Padroeiro da Igreja Universal
· Conferência Episcopal Portuguesa, (200 6), Educação Moral e Religiosa Católica - Um valioso contributo para a/armação da personalidade.
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Cara amiga, caro amigo! Estás no 6º ano! Vês como o tempo passou a voar?! Recordas-te do nome do teu manual do 5º ano? "Conta comigo!". Se não leste um texto parecido com este... bem-vindo à aula de Educação Moral e Religiosa Católica! A disciplina de EMRC acompanha-te este ano com novos temas: "A Pessoa Humana" ; 'Jesus, um Homem para os outros" e "A partilha do pão". Conhecermo-nos como pessoas, conhecer quem foi Jesus e o que propôs a todos nós e aplicar essa mensagem na vida, tornando-nos humanos e generosos, é aquilo que queremos que consigas aprender connosco este ano. A Maria e o Miguel continuam aqui! Um pouco diferentes .. . Cresceram! Mudaram de visual! Mas não foi só isso, o mais importante, foi o crescimento como pessoas! Eles querem viver o 6º ano de uma forma agradável, descobrindo e explorando, partilhando as suas experiências contigo! São duas pessoas da tua idade, que, como tu, escolheram a disciplina de EMRC e vão relatando o que acontece nas suas aulas! Querem partilhar as suas descobertas. Já reparaste no nome do novo manual? Estamos contigo! Os Autores
íNDICE A PESSOA HUMANA Quem é a Pessoa? Dimensões da Pessoa humana Dimensão biológica Dimensão social Dimensão espiritual Nascemos para ser felizes A autenticidade Direitos e deveres da Pessoa humana Quando os direitos não são garantidos Direitos da Criança Garantir direitos às Crianças Atentados aos direitos da Criança Garantir direito a ser Pessoa Artigo 71.º (Cidadãos portadores de deficiência) Organizações de apoio à Pessoa O contributo da Igreja Católica na defesa da criança Direito da Criança... . à família ao bem estar à educação Deus estabelece com o Homem uma relação pessoal «Ser Pessoa» e dar condições para que todos sejam «Pessoas» Nesta unidade aprendi que... ..
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JESUS, UM HOMEM PARA OS OUTROS Quem é Jesus de Nazaré? Jesus, o Messias prometido Jesus, um marco na histór ia Jesus na Arte O calendário cristão O Deus de Jesus A confi ança no Deus bom Para Deus, todos somos importantes Viver centrados no amor ao próximo Acolh er e perdo ar Uma religião que nasce de uma relação íntima e humilde com Deus É mais impo rtante ser do que ter A Missão de Jesus A cont estação dos pode rosos Jesus é preso Julg amento no tribuna l judaico Julgamento no tribunal romano A Ressurreição, vitória da Vida sobre a morte Tradições da Páscoa As Procissões O Compasso O Folar Dar vida aos outro s Nesta unidade aprendi que. .. ..
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A PARTIL HA DO PÃO
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A alimentação A refeição, experiência de encontro O significado simbólico-religioso do alimento e da refeição O Pão O Azeite O Vinho A Água O Cordeiro A produção e o comércio dos alimentos Comércio Justo A fome e a injusta distribuição dos bens A fome e subnutrição Falta e desperdício de comida Causas da fome A pobreza e a injusta distribuição de bens Instituições nacionais e internacionais que lutam contra a fome O amor partilhado Solidariedade e voluntariado A partilha fraterna dos primeiros cristãos A última ceia O lava-pés Ser pão para os outros A diversidade de carisma s no serviço Nesta unidade aprendi que... .
82 85 88 89 90 90 91 94 95 96 98 98 100 101 104 105 107 107 110 111 113 114 116 121
o quê! Estás a tentar dizer que
MO querias voltar a escola? A escola MO é boa? Na'o querias
brincar no recreio e falar com todos os teus amigos?..,
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calma! Maria~ estás M mesma." Tanta pergunta junta! Olna~ é claro que queria voitar, mas ao mesmo tempo queria continuar a aproveitar o tempo quente deste fim de vera'o...
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3-5 minutos seguidos ...
vai uma água para nidratar as tuas cordas vocais?
Só de pensar nos dias destas férias que passei M praia, noS passeios que dei, MS noras que gastei a cnutar M bola~ já sinto saudades! Foram tão boas as f!" terr'as... Este ano fui pela primeira vez visitar as cidades de ~"'"~ Quimara'es e Évora~ nunca mai me vou esquecer! Mas e tu~ conta-me o que andaste a faur MS tuas férias! MigueL essas tuas graciMas... o lna~ vá lá~ ao menoS ainda sabes que devemos nidratar as cordas vocais, as aulas de mcAsica MO ficaram esquecidas!
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Estava a gozar! No aM passado fomos nóS a c~egar aqui com aqlAe(a cara de ansiosos~ c~eios de dú.vidas e conflASos.
Vamos pois, afina( temos de pôr em prática tudo o qlAe aprendemos em EMRC no aM passado: aco(~er os olAtros~ viver em grlApo~ ter espírito fraterno...
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Cada ser humano nasce inserido numa determinada comunidade. Desenvolve-se na família, no grupo de amigos, na escola e nos vários contextos com os quais contacta. Da comunidade recebemos saberes e valores, através das experiências que vivemos e da abertura à realidade que nos rodeia. Temos consciência da nossa existência, das nossas experiências e aprendemos com elas. Afirmamo-nos através dos nossos pensamentos, sentimentos e afetos, os quais comun icamos aos outros através da linguagem, verbal ou corporal. •• -. • •• • •• • -. • artilhar as nossas ex eriências rnariltesfàrido aos outros ue somos De igual modo, revelamos a nossa intimidade, os nossos pensamentos e afetos através de palavras e comportamentos. Desenvolvemos a nossa experiência espiritual , exteriorizamos os sentimentos e manifestamos a nossa inteligência, abrindo-nos aos outros e a Deus.
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Na nossa relação com os outro s vivemos em liberdade dando cumprimento aos nossos direitos e deveres, como forma de mostrar a nossa singularidade, mesmo que inseridos numa comunidade. Estas são as características que nos distinguem dos outros seres vivos: - A Liberdade; - A Racionalidade (Razão, Pensamento, Inteligência); - A Comunicação; - Os Sentimentos; - Os Direitos e Deveres; - A Dimensão moral (bem/mal); - A Dimensão espiritua l/religiosa, abertura ao transcendente.
Acreditava-se, desde a Grécia antiga, que o ser humano era composto por duas dimensões: o corpo e a alma ou o espírito. Este pensamento integrou a filosofia de várias culturas, tendo chegado ao Cristianismo. Para o ensamento cristão atual estasdiiàs realidades cor orar e •
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Quando amamos, pensamos ou tomamos decisões, fazemo-lo simultaneamente de forma espiritual e física. Se não fôssemos corpo, não seríamos capazes de nos revelarmos aos outros, de com eles comunicarmos e, em geral, de estabelecermos relações de comunhão. É através do corpo que nós exprimimos o que pensamos, o que sentimos ou as nossas decisões. Sem corpo seríamos seres virados para dentro de nós, como conchas fechadas que não comunicam com o exterior. e
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Sabes Miguel, esta frase faz-me pensar... eu nunca me imaginei sem corpo... co mo seria eu sem o meu corpo? Serias um bivalve egoísta, qu e só se via a si próp rio! Miguel! Bivalve egoísta?! Que exagero! Pronto, choquei-te? É preferível imaginares-te com o teu corp o, sempre a co municar co migo . Eu não aprecio bivalves...
Observa as imagens que se seguem e, com a ajuda do banco de palavras, procura identificar os sentimentos, as emoções, os pensamentos ou a vontade que as personagens transmitem. carinho alegria tristeza paixão amizade raiva poder
A palavra 'pessoa', de origem latina, deriva de persona, «máscara de teatro»; por extensão, significa o papel atribu ído a essa máscara, a 'personagem'. Relacionado com o ser humano, o pensamento cristão e, sobretudo, Santo Agostinho, usou a palavra para se referir às três pessoas (divinas) da Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A palavra 'pessoa' designava a capac idade de estabelecer relação com os outros.
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A pessoa caracteriza-se por diferentes dimensões que podemos agrupar em três: a biológica, a social e a esp iritual.
à sua capac idade de comun icação e de organização em grupo; no entanto , no ser humano, esta dimensão é muito mais complexa, como podemos verificar pela organ ização das sociedades humanas. ~ • a sua capacidade raciona l (o pensamento), a vontade e a consciência moral, a afetividade(sent imentos, emoções) e a relação com o transcendente. Todas estas capacidades espirituais estão na base da comunicação com os outros, que acontece a um nível muito superior ao dos animais, especialmente através da complexa linguagem verbal. Um dos aspetos que distingue o ser humano de todas as outras espécies é a sua capacidade de distinguir entre o bem e o mal, de tomar decisões livres e responsáveis, agindo assim sobre a realidade que o rodeia orientado por valores éticos e pela capac idade de análise da realidade.
• .. .... • •• .. •• Dos nossos pais recebemos a herança genética, através da qual partilham os traços fisionómicos com a nossa linhagem materna e paterna. Contudo, as nossas características físicas não são apenas o somatório da herança das características da mãe e do pai, pois também apresentamos traços distintos que fazem de cada um de nós um ser único.
• .. Do pai recebemos a informação genética, que define a nossa identidade sexual. Esta caracteriza-se pela diferenciação dos órgão s genitais masculino e feminino , ou seja, pela diferenciação do homem e da mulher. Os homen s e as mulheres não são apenas diferentes do ponto de vista biológico, também se diferenciam do ponto de vista psicológico e comportamental.
As células dos seres humanos contêm, cada uma, 23 pares de cromossomas, num total de 46 cromossomas. Cada cromossoma contém uma cadeia, em forma de hélice, de ADN com toda a informação genética. Mas as células sexuais (o espermatozóide e o óvulo) , ao contrário das outras células, só têm 23 cromossomas. No momento da fecundação, o óvulo e o espermatozóide unem -se e juntam, em pares, os 23 cromossomas provenientes da mãe e os 23 cromossomas provenientes do pai, dando origem a um ser geneticamente diferente. Todavia, a diferença do novo ser em relação aos pais não se fica por aqui, uma vez que os cromossomas provenientes da mãe e do pai trocam pequenos fragmentos de informação genética (ADN). As diferentes combinações possíveis de cromossomas e ADN são tantas que cada ser humano é uma espécie de «milagre": um ser único e irrepetível.
Este desenvolvimento faz com que os seres humanos sejam dotados de inteligência superior, que se manifesta na capacidade de resolver problem as com lexos e elaborar raciocínios l:>rofundos.
ela, cada ser humano estrutura os seus conhecimentos e valores que influenciam as suas atitudes e os seus comportamentos, bem como as suas decisões.
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uma importância fundamental no desenvolvimento da pessoa. Nela fazemos a primeira experiência de sermos únicos. De igual modo, tomamos consciência de que cada uma das pessoas com quem nos <91. relacionamos é única. § ;, ~ J!;;;;&ia~
filho, estão, simbolicamente, a atribuir-lhe4Q':>t1!~!6m1i-: uma identidade ~rópria ue o disti ue como pessoa e o diferencia dos • • •• • ... outros. Por isso, • • • • .. ..... .. ..... Assim se entende a origem cristã do direito que cada pessoa tem ao bom nome, ou seja, o direito a ser respeitado na sua dignidade e na sua identidade. A esta propósito, veja-se, por exemplo, a Constituição da República Portuguesa:
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: ,A todos sao reconheci d ' _ .._ .._ .._ .._ .._ .. ~ ~idadania, ao bom os os dIreitos à identidade , - "- "- "- "! Intrmidade da vida pr" n~me e r~putação, à ;mager::e~soa', a capacidade civil :.~_~.~~~:~~~~.:~~~. p., artQ 26Q) , a palavra e à reserva d~ .. ..- ..- .. ..-
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Iturais e recreativas, os clubes desportivos, assim como outras Instituições favorecem a participação das pessoas na vida social. São formas de socialização que manifestam a tendência natural das pessoas para cooperarem, procurando atingir objetivos que vão muito para além das suas capacidades individuais. As associações estimulam as aptidões de cada pessoa, o seu espírito de iniciativa e de responsabilidade, contribuindo para o exercício da cidadania.
A vivência em sociedade perm ite a realização c1 vocação hu ma vez que, em princíp io, as soc iedades estão orientaõãs a a realização de cada indivíduo e ara o c m rimento do bem c mum . • • ••• -._Dessa herança , cada um recebe trad ições , crenças, formas de vida, leis, regu lamentos, etc. Estes último s enquadram os direitos e os deveres das pessoas. Assim, cada membro da soc iedade sabe quais são os direitos que pode reivind icar e os deveres a respe itar. A curiosidade natu ral e a proc ura de respostas para problemas levam o ser hum ano, individual e co letivamente, a progredir através de novas apre ndizagens e descobertas, por for ma a encontrar soluções inovadoras.
- •• • - •• Por exemplo, algumas ap licações tecno lóg icas, sendo aparentemente pos itivas, podem revelar-se prejudiciais para o ser humano. De facto, ••••
..
.
Na comun icação, utilizamos a li n g u ag e m~corre n d o a palavras e sons - e ~ve rbaQgestos , posturas do corpo . A linguagem não verbal pode reforçar ou prejudicar a mensagem que pretendemos transmitir.
Torre de Babet, I P'ieter Brueqh e (1525·1569)
. •
d~s
No episód io bíblico d,a. Torre de Babel, (Gn11 1 explicar sem D a origem varras línguas. Babel' : -9), procura-se
fal?re~~í~~~::~~~~:~~~~c~~poeUnmt reune as
JerUsalé:
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si~~I~:~:~i~~~~~gpa;~~aodaas
mal e ecostes n t I d
essoas que falam línguas
. dif~re~t:s (~greJa, o Espírito t 2,4). Na nova
, os povos, vindos d entendem-se , apesar de falarem ql,uatro pontos do mundo ' I as mquas,
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/1 !'._,._.._.._,,_.._..- "_,,_,,_.._.._.._,,_.._,,_,,_"-.._,,_,,_..- ..-,,-"-", ;I i
Kanimanbo Calunga!
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Certo dia, ouvi contar, em lingua ronga, uma história, junto às àguas do grande I mar índico, e de imediato percebi que era desconhecida de todos os que a i escutavam. Um velho e respeitado sàblo contava que hà multo, multo tempo, I i antes da chegada do mulun9o, o Criador, viajando numa nuvem, lançou as sementes das línguas que haveriam de crescer tom a humanidade. O pai proleria a palavra, pron unciava o nome e a língua surgia. Recordo ainda as i suas palavras finais: « E Ele disse: "Faça-se a ling ua swahill". E tez·se nde.a swahlli. i E depois Eie disse: "Faça. se a língua maconde". E tez·se a maco E depois I I Ele disse: "Faça. a língua macua" . E tez·se a macua. E por último Ele disse: se 1 "Faça.se a língua rong . E fez-se a ronga." Depois de percorrer o mundo e a" terminada a distribuiçào das linguas, dizem que se retirou algureS para os lados do Alto Molócue e por là se deixou ticar, de onde observa a Criação. I
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Outros, porém, afirmam que descansa, mais a norte, na região de Niassa. Não houve uma só semente que não tivesse germ inado, o que parecia ser maningue bom para que os povos com unicassem. Mas as pessoas deixaram de se compreender. Deixaram de escutar o que os outros diziam. A obra de Calunga não foi comp reendida pelos homens. Então, os chefes das tribos reuniram -se próximo da baía das acác ias, para tentar resolver o problema. Todos reconh eciam o problema, mas parecia difícil a solução . Eis que um mwalimu do norte disse ter a solução. O problema do conflito não era do céu, mas da terra! As línguas jamais desapareceriam e o problema continuaria. enquanto um só homem não reconh ecesse a grandeza da Criação. Então. todos teriam de pronunciar «Eh Gena Calunga! Kanimanbo, kanimanbo , kanimanbo! » três vezes kanimanbo . As tribo s tinh am-se reunido pela primeira vez e, trabalhando todos com o mesmo objetivo , atingiram o coração de Calunga. Dizia o sábio madala que cada um tinha alcançado não o coração de Calunga, mas o seu próprio coração. Desde então, os povos não deixaram de comunicar, mesmo sem uma língua comum , mas unidos pelo coração. Como form a de agradecimento. todos os anos . no mesmo dia. as tribos juntam -se e partem em peregrin ação , em direção ao norte . Há quem procure todo o ano o lugar onde Calunga descansa, lugar onde . dizem. a luz brilha com mais intensidade. O velho madala, porém, recusa-se a fazer a peregrinação. Diz ter encontrado o Criador em casa. no seu próprio coração. Era a primeira vez que o madala contava a história . tal como já a ouvira contar, uma só vez, ainda em criança. Certo é que, ainda hoje, as pessoas agradecem do coração. em ronqe, pronunciando a palavra mágica kanimanbo .
_..- .. _.. - .. _.. _.. _.. _.. _.. - .. _.. _.. _.. _.. - ._ .. _.. _.. _.. _.._.. _.. _.. _.. _.. _..... Texto inédito de Carlos Guardado da Silva
Lê a história «Kanimanb que Corres d' o Calunga!» e indic pon e a resposta correta : a, em cada conjunto, a alínea
1. A história foi contada por:
~» um sábio muito respeitado un: professor. . 2 O . aContecl.mento narrado é: a) mUIto antigo. b) recente 3 O . ' . . aContecImento narrado ' a) o Criador fez as nu~e~:egUlnte:_ b) Deus criou as lín u ~ue estao no céu. 4. A comunicação entre toJosa~sexlstentes no mundo. a) com facilidade por povos estabeleceu_se: b) com dificu/dad~ que todos se entendiam. 5. A
SO/U)Çã/~ ~roPosta pe'~ ~~~~:o~= ~~v~s não ~e compreendiam.
arte fOI a de: a e 'minarem todas' que seria falada por todos oas Ilnguas e acolherem apenas um b) s povos a, todos reconhecerem . a grandeza da criação 6. O prob lema foi reso/v,'d o porque' . a) as tribos se uniram . mesmo objetivo. e trabalharam para alcançar o b) as tribos se juntaram 7. A melhor forma de comunica~é~prenderam a mesma língua. a) ter um coração aberto b) aprender muitas líng para amar e agradecer. uas para nos entendermos todo
s.
"Pai Nosso"em Ronga Tata wah ina la ngetilweni, .vitorawena a ri hlawu leke; . aku te ku fuma kawena;. kurhand zakawena a kuendliwe . misaveni, tanihilokokuend liwati lwen i. uhiny ikanamuntlhavuswaby ahina. bya sikurin'wana ni rin 'wana;. uhirivalelaswidyohoswahina,. tanihiloko na hinahirivale la lava hidyohe laka ;. ungahiyisiemiringweni. kambe u hiponisaekaLowobiha,. [hikuvaku fuma, ni mat imba, no kutwa la i swawena. himas iku ni masiku. Amen
artlstic s O da criatividade humana e da capacidade de o sernumano cons ruir mundos que não existem. As artes são múltiplas : a música, a dança, a pintura, a escultura, a literatura, o teatro, o cinema... Aprender a captar as mensagens transm itidas pelas obras de arte faz parte do enriquecimento cultural de todas as pessoas. 7 0
1. Podemos comunicar utilizando linguagem verbal e linguagem corpora l. Indica a que tipo de forma de comun icação se refere cada uma das alíneas: a) Agradeço com um beijo os presentes que os avós me oferecem. b) Quando não concordo com um amigo, digo-lhe que não está certo e que deve pensar melhor.
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c) Todos os dias rezo uma oração. d) Quando a mãe cozinha o meu prato favorito, sinto-me especia l e sorrio de felicidade. e) No meu grupo de amigos todos damos a nossa opinião e somos respeitados. f) Para intervir na aula levanto o braço. g) Quando estou feliz, assobio uma melod ia animada. h) Quando entro numa igreja, faço o sinal da cruz e ajoelho-me.
2. Imagina que na turma entra um novo aluno com alguma incapacidade (auditiva, visual, ou outra). Como comun icarias com ele?
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DIHEN5lrO E5PIRrrUlrL Consiste na capacidade de pensar, de amar, de tomar dec isões livres e de agir sobre o mundo , partic ipando na obra do Criador. Embora outras espéc ies animais tenham comportamentos que se aprox imam dos comportamentos humanos, a dimensão espiritual forma o Homem como um ser qua litativamente distinto.
A~teligê~impelida
pela sabedoria, conduz a pessoa a uma perma nente procura do bem , no relacionamento com os outros e cons igo próp ria.
A ~sciênci~ um dos aspetos que torna o ser humano qua litativamente diferente de todos os outros seres. A capacidade ~speto centra l da vida espiritual, é a marca da presença de Deus em cada um.
~i:~Ia.:.III:óIIoI.::.l - i:S _ Está ,
assim, aberto aos outros, seus irmãos, e a Deus. A dimensão espiritual é também a capac idade de cada indivíduo se relacionar com Deus, faculdade esta que só ocorre entre os humanos. São manifestações da vida espiritual do ser humano, para além das que já se apontaram, as descobertas científicas, as realizações tecno lógicas, as produções artísticas ... Enquanto imagem e semelhança de Deus, cada pessoa é capaz de cont ribuir para a construção de um mundo mais rico, onde a beleza, a verdade, a just iça e o amor orientam o comportamento humano e a vida das soc iedades.
Somos feitos à imagem e seme lhança de Deus!... Deus é Amor!
Então se Deus é Amor, nós somos capazes de amar como Ele! Boa Miguel! Então é isso que significa sermos feitos à imagem de Deus! Nascemos para Amar !
" h na encontra a sua perfeição na A natureza espiritual da pessoa . uma Irit do homem à busca do amor da sabedor ia, que suavemente atrai o espm o
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verdade e do bem. o tempo precisa de uma tal Mais do que nos séculos pass~dos, o nosvs descobertas dos homens. Está as sabedoria, para que.se huma~lze~ as nOdo se não surgirem homens cheios ameaçado, com efeIto, o destIno ~ mu~ õ~s pobres em bens económicos, de sabedoria. E é de n.otar que ~UI as ~ sçoutr~s incalculáveis benefícios. I mas ricas em sabedo na, podem razer a
I:-..Gaudium _.._.._et..Spes, _.._15.._.._.._.._.._.._.._.._.._.._.._..- ••_ ••_ ••_ ••_ •._ .. _ ••_ •._ .•-
• • anto ao nível da dimensão física, como da dimensão soc ial e espiritual. Traduz-se nE(:§Jetivi~ue consiste na ca acidade de mar e criar la os .. ... • - .. ... -. .. .... - . I .. .. de comun hão com o outro . • concretiza-se na voca aoara amar - roximo'- sta vocação pode realizar-se em qua lquer circunstância da vida pessoa l, quer a pessoa tenha optado por partilhar a sua vida com alguém, quer tenha optado por permanecer celibatária, ded icando-se, por exemp lo, a uma profissão ou a uma atividade que interpreta como um serviço ao próx imo. ::;
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Indica as alíneas que correspondem a respostas corretas .
A dimensão es piritual: a) é uma caraterística comum a todos os seres vivos. b) permite que o ser humano pense e decida de acordo com valores éticos. c) faculta aos seres humanos a capacidade de amar. d) leva à destruição da obra do Criador. e) possibilita que, pela inteligência, possamos ser egoístas. f) facilita o nosso relacionamento com os outros. g) dificulta o relacionamento do indivíduo com Deus. h) exprime -se na capacidade de amar, que é a marca da presença de Deus em cada ser humano. i) permite que quem ama procure o bem, o que muitas vezes não passa pela verdade. j) possibilita as descobertas científicas. k) exprime-se também na sexualidade humana, como capacidade de amar e criar laços de comunhão.
,11t5CEH05 PItRIt 5ER FEL/ZE5
A rutura com.,n e oísmo e 'livêocla do amor
ermitern .
Saber colocar de lado o egoísmo a que estamos sujeitos, leva-nos para um caminho onde somos capazes de viver plenamente o amor, permitindo-nos crescer de uma form a saudável e ao mesmo tempo realizarmo-nos como pessoas.
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, Certa vez, um homem , : fazer uma . ' cansado de ver tanta rn 'd : ! situação peregrinação ao santuário de Deus aparaad,ehna re~ião onde vivia, decidiu ! . ,epedlrqu ' !•' Ao entardecer .. e mudasse aquela . , ja cansado de ta t . , b~e~~~~.o local para passar a no%Z. cammhar, parou debaixo de uma árvore e ,. , : ja estava pronto para dor ' . aI ! EI Hom.em, como te chamas? mlr, ouv,u uma voz, vinda do nada que lhe d ' . ' ; e, mUIto assustado re . , izia: A ' spondeu: : ;. -Chamo -m e mar. , : - De onde vens? : , Muito t . t ' : V ns e, Amor resp ondeu-lhe' , ! - enho de uma terra des ol d . : ! ; muito findaram. a a, onde só existe maldade A : . paz e a espe rança há ,
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Apó s a leitura do texto «Conto do Amor », indica, em cada conjunto, a alínea que corresponde à resposta correta. ~~:....-,"",v---;o.1. Na região onde o protagonista habitava só havia : a) maldade. b) solidariedade entre as pessoas . c) pedras e deserto . 2. O protagonista chamava-se: a) Jes us. b) João. d) Amor. 3. Quando abandonou a sua região, o homem sentiu: a) alegria . b) tristeza. c) vontade de se vingar. 4. O protagon ista pensava reso lver o prob lema: a) dirigindo-se ao santuário de Deus para lhe pedir que interviesse. b) abandonando os seus vizinhos à sua sorte. c) impondo, pela força, a justiça. 5. Pelo caminho, encontrou : a) os seus inimigos. b) os anjos de Deus. c) Deus. 6. O ped ido que fez foi o seguinte: a) que Deus o transformasse numa pedra e o colocasse na caldeira de um vulcão. b) que Deus o transformasse em amor e o espa lhasse pe la região . c) Se fores injusto, os outros também o serão. 8. O principal valor que as pessoas daquela região passaram a professar foi: a) a so lidão. b) a esperança.
,A ,AUTENr/C/D,ADE Através dos meios de comunicação social , chega até nós um forte apelo ao consumo de determinados produtos e marcas , cujo valor se baseia no poder das imagens. Associada ao consumismo está uma determinada imagem aparente de nós mesmos, que procuramos transm itir aos outros, a qual se constrói a partir de mode los que a sociedade cria, de que é exemplo a moda. Por vezes, procuramos mostrar aos outros que somos aquilo que de facto não somos, vivendo uma vida de aparência, ou seja, uma vida não autêntica. Sermos genu ínos e autênticos, relacionando-nos com os outros a partir do que somos e daqu ilo em que acred itamos nem sempre é fácil. Mas a verdadeira riqueza pessoal não se encontra nos bens que cada um ossui mas nos valores em que se acred ita
7
Localiza na sopa de letras palavras que caraterizem uma pessoa autêntica (seis), e palavras que caraterizem uma pessoa não autêntica (oito).
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Por isso, zelamos pela saúde do nosso corpo, mantendo cuidados de higiene diários, bem como uma dieta alimentar equilibrada. O cuidado que temos com a forma como aparecemos perante os outros não significa falta de autenticidade. Desde que corresponda à beleza interior (sentimentos pos itivos em relação aos outros ), o facto de nos arranjarmos exteriormente faz com que nos sintamos bem con nosco próprios e com que os outros tenham uma ideia mais agradável a nosso respeito. Isto não pode ser confundido com vaidade, po rque ser vaidoso é ser fútil, superficial e viver quase exclusivamente para a imagem exterior, sem atender aos aspetos mais importantes. Num mundo que vive para o culto da aparência, onde a mentira é um meio para se passar uma imagem de si que não correspo nde à realidade, é cada vez mais premente que cada ser humano seja autêntico, seja ele mesmo, sem procurar enganar os outro s.
Já anteriorme nte dizíamos que a nossa capacidade de amar, nos torna espec iais, nos realiza, nos ajuda a viver a nossa vocação, ou seja, a sermos fiéis ao nosso projeto, às nossas esco lhas, nas diferentes dimensões da nossa existência. ... • e form os capazes de viver a verdade e proc urarmos semp re"a verdade, não temos necessidade de mostrar aqu ilo que não somos.
1 [c, 4. 7-21 'Carlsstmos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus. BAqueie que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor. 9E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que, por Ele, tenhamos a vida. 10É nisto que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados. "Carfssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros.
12A Deus nunca ninguém o viu; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu amor chegou à perfeição em nós . "Damos conta de que permanecemos nele, e Ele em nós, por nos ter feito participar do seu Espírito.
"Nós o contemplámos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. ISQuem confessar que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus. 16Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.
17É nisto que em nós o amor se mostra perfeito: em estarmos cheios de confiança no dia do juízo, pelo facto de sermos neste mundo co mo Ele fo i. "No amor não há temor; pelo co ntrário, o perfeito amor lança fora o temor; de facto, o temor pressupõe castigo, e quem teme não é perfeito no amor. 19Nós amam os, porq ue Ele nos amou prim eiro. 20Se alguém disser: «Eu amo a Deus», mas tiver ódi o ao seu irmão, esse é um mentiroso; pois aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. 21E nós recebemos dele este mandamento: quem ama a Deus, ame também o seu irmão.
ssim, procura descobrir qual a sua maneira de amar mais os outros, a sua vocação de cristão. Para isso, procura escutar na oração qual a vontade de Deus e discernir, nos acontecimentos da vida, os sinais que Deus vai dando para o orientar. I·
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Miguel, quando foi a última vez que Deus falou contigo? Foi ontem. Ligou-me para o telemóvel. Quê?! Sim Deus fala-me muitas vezes através da minha mãe, ou do meu pai. .. eles amam-me, e lembras-te, Deus é Amor! Por isso, ainda ontem Deus me falou ... Ok. Então ficas a saber que ontem Deus também falou comigo! Ai sim? E como foi, também te ligou?
Na assaritos .. . estavam no meu jardim - o mandou-me uns ~ . ilhada com a beleza ' ue fique i maravt a cantar tao bem, q _ abias que Deus ' . a Ou tu nao s rnusic tambem nos f'aIa através da nature za?
dess~
- e. '? Pois ficas a saber: bes tudo nao Ai é? Tu achas que sa . ha avó! Ela disse-me ! ontem Deus falou com a mm
, nem tem telemóvel ... E como foi? A tua avo .
avó estava lá a rezar
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Foi na cozinha... a r,nlnha a eu esperar um bocadinho e eu apareci e ela d l~se-me ~~~ersa dela com Deus. que estava só a terminar a c Deus fala-nos na .nossa vida, e de várias maneiras!
Um homem, passeando pelo bosque, sussurrou: - "Deus, meu Deus, fala Comigo!" E um passarinho cantou. Mas o homem não ouviu. Então o homem gritou: - "Deus, meu Deus, fala Comigo!" E trovões e raios cruzaram os céus. Mas o homem não notou. ' O homem olhou em volta e disse: : - "Deus, mostra -te para mim".
E as estrelas !1percebeu.
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brilhantes apareceram. Mas o homem
E o homem gritou:
; - "Deus, meu Deus mostra-me um milagre".
j E uma vida nasceu . Mas o homem nem reparou.
j Então o homem clamou em desespero: : - "Deus, toca -me. Faz-me perceber qUeestás aqui". E uma borboleta pousou no seu ombro. Mas ! espantou-a.
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Aqui está um grande ensinamento de que Deus está sempre á nOssa volta, em todas as coisas, em coisas que nem j imaginamos .. .Nas pequenas e simples como nas grandes .. .
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, Autordesconhecido
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DIRErr05 E DEVERE5 DA PE550A HUHANA ~~~-=-roi:'.-::. ...
• I.
•• • • _Tanto uns como outros são necessários à vida das sociedades humanas. O que seria uma comunidade em que aos membros não fossem reconhecidos direitos, nem eles assumissem deveres para com os outros? Na verdade, a defesa dos direitos ind ividuais exige o respeito pelos direitos dos outros (deveres). As leis e os regu lamentos servem para garantir esses direitos e clarificar os deveres. O estabe lecimento e reconhecimento dos direitos humanos, tal como os conhecemos hoje, levou muito tempo a ser alcançado e ainda é um processo que não está concluído. Na verdade, os direitos humanos não são cumpridos em todo o lado. Exige-se, pois, uma cultura de cidadania, de liberdade e de respeito pela dignidade de cada pessoa, para que cada uma possa realizar-se plenamente.
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.. .. .. .. • .. .. .. .. .. .. _.. .. .. .. .. .. .. .. r: "A opressão nunc~ conse~,U1u. suprimir nas pessoas o :! ~ desejo de viver em liberdade. I DataiLama
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Liberta ção do povo hebreu do Egito
A democracia ateniense
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Jesus Cristo
Ano 1
Acrópole de Atenas
Cristo Pantocrator, Autor desconh ecid o. (séc . XII)
Os valores da liberdade, igualdade e fraternidade têm a sua raiz na cultura grega e no Cristianismo. Mas foi a partir da Revolução Francesa que começaram a ganhar contornos políticos e soc iais mais vastos. A mais famosa representação da liberdade encontra-se na célebre Estátua ::: da Liberdade, em Nova Iorque: uma mulher - a liberdade - vestida com ~ uma toga, ergue, numa mão , uma tocha de luz (símbolo do fogo eterno da liberdade), na outra segura uma placa com a data da independência dos Estados Unidos da América (4 de julho de 1776, em algarismos roma nos). Sob os seus pés, estão cadeias quebradas, símbo lo da libertação da tirania. Na cabeça tem um diadema de sete espigões, que represe ntam os setes oceanos (Atlântico Norte, Atlântico Sul, Pacífico Norte, Pacífico Sul, Ártico, Antártico, índico) e os sete contin entes (América do Norte, América do Sul, Europa, África, Ásia, Oceâ nia, e Antártica), sug erindo que a liberdade é um direito de todos os povos da Terra.
No século XIX ganhou força a luta pela abolição da esc ravatura. Ao mesmo tempo, lutava-se pela defesa do sufrágio universal, ou seja, o direito de todas as pessoas participarem na eleição dos seus representantes. Estes direitos políticos foram essenciais para a afirmação da dignidade de todas as pessoas, independentemente da sua classe social, etnia, género, religião, etc.
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Ser pessoa é s,ªr livre. Mas liberdadenáosiqnifica cada umJazer o
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Por este motivo , é necessario que o comportamento humano seja, em certa medida, objeto de legislação. As leis, se forem justas, limitam os atas que podem prejudicar os outros e salvaguardam o direito de intervenção na sociedade. Cumprir a lei é, em princípio, respeitar os direitos e os deveres individuais e coletivos. • A .- .... - -
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Revolução francesa - 1848
A magn a carta
Primeiro passo para a abolição da escravatura em Portugal. 19 setembro 1761
Séc. XIII d. C.
Tomada da Bastilha. Jean-Pierre Houél (1735-1813)
Magna carta. ponnenor
Abolição escravansa . pormenor do A/v8lâ .
Torredo Tombo
Libertação dos campos de concentração nazi. junho 1945 25 abril 1974
Libertação de Nélson Mandela. 12 fevereiro 1990
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A humanidade tem vivido períodos sombrios, mesmo na história recente, nos quais morreram milhões de homens, mulheres e crianças. ~ • : 1, por exemplo, provocou milhares de mortos e feriu de tal modo o coração das pessoas que o ódio, o medo e a desconfiança tomaram conta das relações entre alguns povos e pessoas. Quando a guerra terminou, ficaram muitas discórdias por resolver. Não demorou muito a eclodir Neste conflito bélico, como em todos, foi notório o desrespeito pelo ser humano, enquanto pessoa dotada de dignidade. No final da segunda guerra mundial, com o intuito de evitar novos conflitos, •• ai umas nações uniram-se e criaram a . •. • ue é ainda hoje uma organização muito prestigiada. Os seus objetivos são: - promover a paz no mundo; - proteger os direitos humanos; - fomentar o desenvolvimento económico e social das nações; - estimu lar a autonomia dos povos e reforçar laços entre todas as nações. Atualmente, a ONU reúne mais de 190 países. Um dos marcos mais importantes da vida desta instituição foi a ublica áo, no Edifício das Nações Unidas a 20 de junho de 1948, da\GI~·mm~! I I Todos os membros têm a obr igação de respeitar e fazer respeitar os direitos que essa declaração proclama. Contudo, muitos dos países membros da ONU continuam a desrespeitar os preceitos inscritos nesta declaração. A muitos povos, bem como a grupos específicos, ainda hoje é vedado o exercício dos seus direitos fundamentais. As crianças constituem, indiscutivelmente, um dos grupos mais vulneráveis. /
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3233 Dtrello» da Críança Outrora, não se reconhec iam direitos específicos às crianças, por isso não havia qualquer legislação sobre o assunto. A criança dependia tota lmente da vontade dos adultos com quem vivia. Se observarmos factos da vida privada das pessoas , ao longo dos diferentes períodos da história, podemos verificar que as crianças estavam inteiramente submetidas à deliberação dos adultos, não lhes sendo garantidos quaisquer direitos pessoais.
Assim, os adultos que cuidam das crianças não têm sobre elas, direitos de propriedade, como se se tratassem de objetos e não de pessoas. Bem pelo contrário, estão obrigados a zelar pelo interesse das crianças pelo seu bem-estar, pela sua felicidade, pelo seu cresc imento harmonioso, bem com a ouvi-Ias e a per itir ue tomem dec isões.
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Jesus e as crianças, icone Ortodoxo
~=~..., e facto, ao observarmos a maneira como Jesus se relacionava com as crianças, verificamos que era muito diferente da forma como era esperado que O fizesse. Algumas pessoas traziam-Lhe as suas crianças para Ele as abençoar, mas os discípulos procuravam impedi-Ias, provavelmente por acharem que Jesus devia dedicar-se a gente mais importante do queàscrianças. No entanto, Ele repreendia-os, dizendo-lhes que deixassem passar as crianças, porque elas eram o modelo de todo aquele que quisesse aceitar a suamensagem de salvação.
Viste Maria, mais uma vez Jesus a dar uma grande lição aos que se achavam muito espertinhos...
Sim, concordo! As crianças são simples e verdadeiras. Uma criança é transparente, sabemos sempre o que sente, não tem segundas intenções e nela não há malícia .. . por isso Jesus não quis que afastassem o "modelo" daquilo que deviam ser todos os Homens!
Esta maneira realmente tnovadora.de.síesus se relacionar..com.
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Ainda hoje, apesar de se reconhecerem direitos às crianças, nem todas osveem respeitados. Muitas crianças sofrem ainda a indiferença ouaté maus-tratos.
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Balada da Neve Batem leve, levemente, . Como quem chama por mim ... Será chuv a? Será gente? Gente não é certamente E a chuv a não bate assim .. , 7 É talvez a ventania; . -I'<t~ i Mas há pouco, há pou cochinhO, Lê atentamente o texto «Balada da neve» Nem uma agulha bulia e resolve os seguintes exercícios. I Na quieta melancolia . I Dos pinheiros do caminho ... 1. Carateri za a criança de que se fala no i Quem bate assim levemente, poema. Com tão estranha leveza Que mal se ouve, mal se sente? 2. O sujeito poético dirige-se a Deus e lançaNão é chuva, nem é gente, -lhe uma questão. Formula-a utilizando Nem é vento, com certeza. palavras tuas. Fui ver. A neve caía Do azul cinzento do céu, 3. Redige aqu ilo que tu achas que seria a Branca e leve, branca e ~ria . :. I resposta de Deus à questão formu lada pelo _ Há quanto tempo a nao via. sujeito poét ico. E que saudades, Deus meu! Olho -a através da vidraça. Pôs tudo da cor do linho. Passa gente e, quando passa, Os passos imprime e traça Na branc ura do cam inho .. . Fico olh ando esses sinais Garanfír Díreífo:5 a» Criança:5 Da po bre gente qu e av~nça E noto, por entre os mais, Dada a vulnerabilidade das crianças e o facto Os traços miniaturais de tantas sofrerem atentados contra a sua Duns pezitos de criança . E descalcinhos, doridos . dignidade , a sociedade foi desenvolvendo I A neve deixa inda vê-los, mecanismos - legais e outros - para a sua bem definidos, . proteção e para o cumprimento efetivo dos I Primeiro _ Depois em sulcos co~pndos, seus direitos. I Porque não podia ergu e-los! ... Com este fim, riou, a 11 de dezembro I Que quem já é pecador de 1946, um organismo dedicado I Sofra tormentos, enfim! exclusivamente a atender as necessidades I Mas as criança s, Senhor, · Porque lhes dais tanta dor?! .., básicas das crianças no mundo e garantir o seu Ii porque padecem assim . ?I .. ,.. pleno desenvolvimento -a UNICEF. E uma infinita tristeza, i Uma funda turbação A UNICEL - United: Nsiions tntemetio - i Entra em mim ,fica em mim presa. Cai neve na natureza ... • • I _ E cai no meu coração. •• • oe • • • •• • •• seu lema é «Para todas as I Augu sto Gil, LuardeJaneiro
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crianças saúde , educação, igualdade e proteç ão»,
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Mas não bastava ter um organismo que se dedicasse às crianças, era preciso que todos os Estados e todas as pessoas do mundo soubessem quais são efetivamente os direitos das crianças. Por isso, • •
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Este documento procura clarificar quais são os direitos fundamentais das crianças e obriga os Estados que o adotarem a garantir a sua aplicação.
1.º: cnao discrimi a e determina que todas as crianças do mundo e em qualquer mome . eito de desenvolver todo o seu potencial. 2.º:, I teresse superiorcr eve ser prioritário em todas as ações e dec isões que envo vam a própria criança. 3.º: A sob revivência e desenvolvi ortância vital da de de o r n la de acesso a serviços básicos e à i u para salIlJ esenvo ver-se p enamente. que as crlan 4.º: . lao da criança- ' ue significa que a voz das crianças deve ser ouvida e ti a em conta em todos os assuntos que se relacionem com os seus direitos. Adaptado de UNICEF.A Conv enção sobre os Direitos da Criança
Datas importantes para a defesa dos direitos da criança: 1924: Declaração de Genebra sobre os direitos da criança (Soci edad e das Nações). 1946: Fundação da UNIC EF (ONU) . 1948: Declaração Universal do s Direitos Humanos (ONU) . 1959 : Declaração dos Direitos da Criança (ONU) . 1976: A ONU proclama o ano de 1979 como Ano Interna cion al da Criança. 1989 : Convenção sobre os Direitos da Criança (ONU). Portugal ratificou esta con venção a 21 de setembro de 1990 .
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um terço dos 9,2 milháe s de \ mortes de crianças com menos de cinco anos n.o mundo. Embora se.tenham reg,stado ! desde 1990 aigumaS melhorias reiativamente a percentagem de cnanças desta talXa ! es i i etária com baixo peso , estima-se que 148 miihoes de cnanças cont ,nuem a de subnutriçáo nos paises em desenvolvimento . Para que estas cnanças tenham hlpotes \ de sobreviver, é preciso intensiti?ar eslorÇoS a de satlslazer as necessIdades
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.. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. No âmbito do 250 aniversário da Convenção sobre os Direilos da Criança (CDC) a 20 de novembro de 2014, a UNICEF lançou novos dados sobre tendéncias e vários artigos e coloca uma questão crucial: "O mundo é hoje um lugar melhor para as crianças?" A resposta, que resulta da análise da UNICEF é inquestionável .. "sím!" Mas a análise mostra também que os progressos passaram ao lado de milháes de crianças" particularmente das mais pobres, das que pertencem a minorias étnicas, das que vivem em zonas rurais, ou das que s áo portadoras de deficiência. O relatório"Hidden in Plain Sight" (Escondido à vista de todos) é a malar compilação de dados íeita até hoje sobre a violência contra as crianças. Mostra a escala Impressionante dos abusos tisicas, sexuais e emocionais .. e reveia as atitudes que perpetuam e justiticam a violência, mantendo -a 'escondida à vista de todos' em todos os palses e comunidades do mundo.
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......http ..://www.unicef.pt/publicacoes _.._.. .. .._.. .. ...phP.. (08-11-2014) .. .. ..
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Ninguém deve deixar de denunciar casos semelhantes a estes, se os conhecer. A criança não é propriedade das famílias ou das pessoas que as têm a seu cargo. Todos somos responsáveis pelo seu bem-estar e pela sua integração na sociedade, quer sejam da nossa família, quer não. Ainda ontem ouvi uma notícia que falava sobre crianças que trabalham em fábricas a fazer calçado de marca. Estou escandalizada! Não compro mais aquela marca! E eu li num livro da biblioteca que existem crianças em muitos países que não conseguem ir à esco la, por causa do valor a pagar! Ainda bem que em Portugal não acontecem essas situações! E o que havemos de fazer para ajudar essas crianças que estão longe e a sofrer? Juntamo-nos a instituições que lutam pelos seus direitos! Unicef; Amnist ia Internaciona l, entre outros...
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Dírôfo a ser P escoa
Este acolhimento torna-se efetivo quando a pessoa, individual ou coletivamente, cria condições para que todos se realizem enquanto pessoas. O direito de realização da vocação humana depende da proteção do direito à liberdade de consciência, à livre manifestação de opinião e à liberdade religiosa . Impõe-se também a aceitação das diferenças, nomeadamente culturais, religiosas, sociais e físicas. Por diferentes razões, em qualquer momento da nossa vida podemos tornar-nos portadores de deficiência. A Constituição da República Portuguesa prevê que os cidadãos portadores de deficiência gozem dos mesmos direitos dos demais cidadãos. Existem diversas organizações que se dedicam à promoção, integração e desenvolvimento da pessoa portadora de deficiência. Estas organizações são muito importantes, permitindo a valorização, o desenvolvimento e a realização pessoal de todos.
Cristo cura o para lítico na piscina de Betsaida (1667 -70), Bartolomé Esteban Murillo
Jesus, o amigo dos pobres, dos desamparados, dos discriminados ... Ele orientou a sua ação para a promoção dos mais desfavorecidos, porque via neles a presença de Deus. Assim, vemo-lo a curar os leprosos, os cegos, os paralíticos e outras pessoas que, de alguma maneira, eram mais vulneráveis.
/vtiqo 1/,0 (Cídadão? podadores» de deliciércia)
.._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ ..- :.-:-.._.. -"-"-"-"-"-'j ozam : 1 _ .._ ..- .._ .._ ..deficiência flSlca ou mental g ! 1 Os cidadãos portadores ~e . itos aos deveres consignados na i pienamente dos direitos e estao s~J.e u do cump rimento daqueles para : Constituição, com ress~lva do ~xerclclo o _ \ os quais se encontrem Incap~cltados . olítica nacional de prevençao e de \ : 2 O Estado obriga-se a reah~ar uma ~ d s cidadãos portadores de 1 \ tr'atamento, reabilitação e I~teg,~~~a~ de~envolver uma pedago~ia q~e \ deficiência e de apoio às suas arrn I deveres de respeito e solidaneda e ! sensibilize a sociedade qu~nto aos go da efetiva realização dos seus :1 . assumir o encar ! para com eles ~ ,a d' 'tos e deveres dos pais ou tutores. i direitos, sem prejulZO dos Irei :
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~ A Associação Portuguesa de Pais e Amigos rJI.. do Cidadão Deficiente Mental - APPACDM, ~~ congrega diferentes assoc iações com esta missão. 7,.><
«A maior riqueza encontra-se na solidariedade e na entrega às outras pessoas de forma desinteressada.»
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Identifica duas pessoas que con heças que pautaram a sua vida por este princípio.
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Apesar das muitas situações em que os direitos das pessoas e em particu lar das crianças não são respeitados, também sabemos que existem muitas organ izações que se preocupam bastante com o bem-estar das pessoas, proc urando dar dignidade a todas e qualquer pessoa. Nas nossas comunidades existem assoc iações que procuram lutar pela construção de um mundo onde todos tenham condições de existência dignas. Elas podem ser de diferentes naturezas civis, religiosas, ou simplesmente humanitárias.
Oconfribufoda/qrejaCafó/ícanadefe5adacriança O contr ibuto da Igreja Católica na defesa dos direitos das crianças, não é algo que só agora tenha sido posto em prática, mas é algo que remonta a tempos muito antigos . No entanto e porque faz parte da sua missão defender todos sem exceção , ela foi procurando adaptar-se e melhorar no tipo de ajuda que podia prestar. A Igreja Católica também sente que tem a obrigação de chamar a atenção dos verdadeiros responsáveis pela promoção dos direitos em cada uma das áreas. Nos vários documentos do magistério da Igreja onde se revela esta preocupação, encontramos:
Díreílo da Criança.., a far1í/ía/
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f1h s desde a infância, para conhecerem o : Pertence aos pais Ir dispondo os I o , . -lhes inculcando pouco a pouco , amor de Deus por todos os homens , e ~ro elas necessidades materiais e sobretudo com, o. exemplo , ~ pr~oc~.~~~tor~e pois , na sua vida íntima, como !espirituais do proxlmo . Que to a a arrn I , que um estágio do apostolado.
! ! i !Decreto .. _.. ' Apostolicam .. _.. _.. _Actuo .. _..sittatem _.. _..,_30.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _..- .. _.. -.. _ .. _ .. _.. ~_
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a educação/
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- . -"-"- '-. ..- ._. . ..- .. .. ..- .. ..- .. 1. Todos os homens, de qualquer estirpe, cond ição e idade, visto gozarem da dignidade de pessoa , têm direito inalienável a uma educação correspondente ao próprio fim, acomodada à própria índole, sexo, cultura e tradições pátrias, e, ao mesmo tempo, aberta ao consórcio fraterno com os outros povos para favorecer a verdadeira unidade e paz na terra. A verdadeira educação, porém, pretende a formação da pessoa humana em ordem ao seu fim último e, ao mesmo tempo, ao bem das sociedades de que o homem é membro e em cujas responsabilidades, uma vez adulto, tomará parte.
_.. _.._.. _.. _.. _.. _.. _.. _.._.._.. _.. _.._.. _.. _.. _.._.. _.. _.._.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _..- .. _.. _. DECLARAÇÃO GRAVISSIMUM EDUCATlONIS, 1
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• • •• •• e- continua "a dedicar a sua a en ao.: Por todo o mundo mais deaicou encontramos programas SOCiaiS e InstltUlçoes". incluindo ~scolas, universidades, hospitais e abrigos, que ajudam famflia s, pobres, Idosos e doentes .
É o desejo de contribuir para a d ignif icação da pessoa humana que motivou e continua a motivar a Igreja a exercer a sua ação em tantas organizações pelo mundo fora. Poderíamos dar apenas alg uns exemplo s dessas organizações: - Santa Casa da Misericórdia; - Lares de Idosos; - Instituições de Solidariedade Social; - Cáritas Diocesana; - Escolas Católicas;
~~~~n~o~~~~ef:~ilmente
mensage~
'a de que tudo se faz para dignificar a vida de cada ser percebemos o centro da verdade da Cristã, ou seja;-- • • • •• • •• •• • • •• • • A
Jesus na casa de Marta e Maria (1535), porm enor. Grão Vasco
DEU5 E5TlteELECE COI1 O HOI1EI1 UI1It !?ELltçAO PE550ltL Na Bíblia, Deus não é uma força impessoal, uma espécie de energia gue se I::>ropaga pelo universo. A mensagem bíblica afirma a convicção qu •. _ . • . •• Como já vimos, ser pessoa significa ser capa z de estabelecer relação com os outros. Nos vários relatos bíblicos, Deus manifesta-se ao ser humano, fala com ele, propõe-lhe um estilo de vida, declara que o ama e que deseja a sua felicidade. Deus é o amigo da humanidade. Indigna-se quando o ser humano é vítima da injustiça e do ódio alheio, e reafirma a promessa da sua presença constante no meio das adversidades. Deus é, portanto, um ser pessoal, inteligente e livre, que ama e quer estabelecer com cada ser humano uma relação especial, única. Cfiàma a.cada um de DÓs elonome.
Indica quais as afirmaçõ es que estão corretas : 1. A afirmação «Deus é Pessoa» significa que Deus: a) se relaciona com os seres humanos. b) nunca entrou em contacto com a humanidade. c) comunica com o ser humano e lhe propõe um novo estilo de vida. d) não tem qua lquer afinidade com o ser humano. 2. Deus é amigo da human idade , por isso: a) indigna-se com a injustiça. b) deseja que as pessoas sintam ód io pelos indivíduos mal intenc ionados e com mau caráter. c) está sempre presente quando sentimos dificuldades. d) estabelece uma relação única com cada pessoa .
Salmo 139(138),1-17.23-24 'Ao diretor do coro. Salmo de David. SENHOR, Tu examinaste-me e conheces-me, "sabes quando me sento e quando me levanto; à distância conheces os meus pensamentos. 3Vês-me quando caminho e quando descanso; estás atento a todos os meus passos. "Ainda a palavra me não chegou à boca, já Tu, SENHOR, a conheces perfeitamente. s-ru me envolves por todo o lado e sobre mim colocas a tua mão. 6É uma sabedoria profunda, que não posso compreender; tão sublime, que a não posso atingir! ' Onde é que eu poderia ocultar-me do teu espírito? Para onde poderia fugir da tua presença? BSe subir aos céus, Tu lá estás; se descer ao mundo dos mortos, ali te encontras. 9Se voar nas asas da aurora ou for morar nos confins do mar "mesmo aí a tua mão há de guiar-me e a tua direita me sustentará. "Se disser: «Talvez as trevas me possam esconder, ou a luz se transforme em noite à minha volta», "nem as trevas me ocultariam de ti e a no ite seria, para ti, brilhante como o dia. A luz e as trevas seriam a mesma coisa! '~U modelaste as entranhas do meu ser e formaste-me no seio de minha mãe. "Dou-te graças por tão espantosas maravilhas; admiráveis são as tuas obras. " Ouando os meus ossos estavam a ser formados, e eu, em segredo, me desenvolvia, tecido nas profundezas da terra, nada disso te era oculto. 160S teus olhos viram -me em embrião. Tudo isso estava escrito no teu livro. Todos os meus dias estavam modelados, ainda antes que um só deles existisse. "Corno são insondáveis, ó Deus, os teus pensamentos! Como é incalculável o seu número! 23Examina-me, SENHOR, e vê o meu coração; põe-me à prova para saber os meus pensamentos. 24Vê se é errado o meu caminho e guia-me pelo caminho eterno.
o Salmo 139 é uma confissão de fé no Deus infinito, criador, omn isciente e pessoal: um verdadeiro louvor à relação pessoa l, íntima e única entre cada crente e Deus. Trata-se de uma oração poética que foi redigida para ser cantada e aco mpanhada por um instrumento musical de cordas: o saltério, a cítara, a lira ou a har a. e .. . -. esus, durante a sua vida públi ca, tamb ém citou vários trechos de salmos e, durante a oração nas sinagogas e no Temp lo de Jerusalém, cantou Salmos em louvor a Deus.
Neste Salmo o autor diri e-se a Deus . inter elando-o. QcmD1a vive ..
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O autor refere-se a Deus atribuindo-lhe ações que são próprias da atitud e relacional da pessoa: Deus examina , conhece, sabe, vê, está presente, protege, faz descer a mão, mo lda, forma, assinala, pensa, sonda, perscruta, guia. Qualquer destes verbos exprime a ideia de que Deus está de tal forma presente na vida humana que nenhuma pessoa pode alguma vez estar inteiramente sozinha.
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Elabora uma pequena mensagem para ofereceres a alguém que se sinta sozinho, onde exprimas a confiança 7.c<l"f de que Deus está sempre presente na vida humana.
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"-"-"-"-"-"-"-"-"-"-"-"-"-"-'.'-:' :-d"- ~íblia inteira põe-se em evidência que j , G" precisamente no írucro a ' d d t do No : . do reiteradamente a beleza e a bond a e e u.. I "No primeiro capitulo do e ne~ls,_ ra bom» (...)E quando Deus terminou de cnar o j Deus se compraz com a sua cnaçao, s~bhnha.n final de cada dia está escrito: «Deus VIU que I~~O : ue era «muito bom» (v. 31). Aos olhos de,Deu~, j homem, não disse «viu que i~so era bo~», ma:lhl~~ d~ criação: até os anjos estão abaixo de n~s, nos : nós somos a realidade mais bela, mal~r, m r dos Salmos. O Senhor ama-nos! (...). E e nesta I somos mais do que os anjos, como ouvimos no MO m e na mulher o ápice da criação, como perspetiva que nós conseguimos encontra~ , no ~~~oeem cada um de nós e que nos faz reconhecer cumprimento de um desígnio de amor que es a gra como irmãos e irmãs." PAPA FRANCISCO - audiência geral
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Praça de São Pedro . Quarta.feira 21 de mala de 2014 ~
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Quando Deus criou o homem viu que era muito bom!
Por isso Ele não quis parar por aí, e para tornar tudo ainda muito melhor, criou homens irrepetíveis, capazes de descobrir o Amor!
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Precisamos de:
~Iecer ~~ord iais e verdadeiras sempre e em todas as ocaslões, nao permitindo que a mentira saia a ganhar; - Escu a u saber escutar tornando esta atitude não só uma arma forte para a dign ificação de cada um, mas uma fonte para o crescimento da liberdade da pessoa; PartiI ~a r, ão só o que temos, mas sobretudo aquilo que somos, poís deste modo as qualidades e capacidades que possu ímos podem tornar a vidado - ut is humana; tentos e ser amável mostrando também aos outros a beleza do nosso cor - Saber co n em, para a tornar uma ferramenta importante para nos escobrirmos melhor e dignificarmos a nossa natureza sob re todas as outras espéc ies. • •• • Esta relação • • •• • ••• • que partindo de si chega aos outros vai certamente ajudar a elevar a pessoa ao verdadeiro estado de dignidade. Se juntarmos a este respeito uma ação mais concertada de defesa dos direitos humanos, em especial das crianças, então estamos perante um processo de educação e de transmissão de verdadeiro sentido de si, dos outros e de Deus que está presente na relação de cada um.
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Pedacinhos de Deus Se sentes dentro de ti a vontade de amar em gestos que criem fo ntes , a audácia de sonhar mais lon gínquos horizont es e o ape lo a escalar cada vez mais altos mon tes, cada vez mais alto s mon tes, então ... Tens em ti um pedacinho de Deus, tens rumos certos no coraçã o. Desperta o sonho : tens em ti os céus, liberta a vida da palma da mão. Faz des ses rumos os caminhos teus : de B. P. recebeste esta missão. Se sentes dentro de ti sempre a sede de gritar o nome da liberdade , a coragem de falar a palavra da verdade e a servir participar na construção da cidade, na construção da cidade, então ... Se sentes dentro de ti o silêncio inspirar a paz ao teu coração chamando-te a enfrentar a vida com decisão e teimas acred itar na esperança de um mundo bom, na esperança de um mundo bom , então ...
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ma declaração de princípios da turma teuS colegas u
ElaboratCO~oo:s seguintes frases:
.d d m contribuir para uma humanl a e
o da turma..... quere com pIe an Os alunoS do 6.- ano mais justa e frater~a . o seu quotidiano, a: t - dispostos, n - às necessidades... Para isso , es ao a) dar mais atençao oucc do seu b) disponibilizar um p tempo para ... c) partilhar... d) auxiliar... . e) distribuir cannho... t) integrar OS que ...
g) ...
NE5TA UNIDADE APRENDI QUEIII
\~~ Q ,
~ Cada pessoa nasce inserida numa determinada comunidade e é única e irrepetível.
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~ ~ ~
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Somos simultaneamente corpo e alma, e que o nosso corpo transmite aos outros as mensagens do nosso espírito. Das várias dimensões, biológica, social, e espiritual, a relação com Deus é a que melhor nos identifica. A pessoa encontra a felicidade na medida em que se dá aos outros. Somos livres, temos direitos e deveres. Muitas pessoas trabalham para que todos os homens sejam respeitados. A Igreja Católica tem agido no mundo procurando sempre ajudar especialmente os mais pobres. Deus conhece-nos e chama cada um pelo seu nome, tem connosco uma relação pessoal. Ser pessoa é relacionar-me com os outros!
OUEI1 É JE5U5 DE NAZARÉ? JE5U5
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o !1E5511t5 FRO!1ETIDO
Adoração dos Pastores (1668), pormenor. Bartolom e Esleban Murillo
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nascimento de Jesus é-nos relatado pelos evangelistas Lucas e Mateus, nos dois primeiros capítulos dos seus evangelhos. Mateus revela a intenção de mostrar que A-t'neiMl"1f#iO-li'ell14i#ii#Jemma..
bmMfljP.~t.àMéllmIi:l,'M!!li
Na narrativa do nascimento de Jesus do evangelho de Mateus, Jesus é aquele que cumpre a profecia do Antigo Testamento, referida no Livro de Miqueias. Este profeta anuncia o nascimento de um Messias, um Salvador enviado por Deus e esperado pelo povo, que haveria de nascer em Belém, cidade do rei David: o Messias seria um descendente deste importante rei.
Jesus de Nazaré começou por ser conhecido na sua terra pelo bem que fazia e pela forma como ensinava. Falava do Reino de Deus, um reino que não é como os outros reinos do mundo: pode estar em todos os países em todas as cidades e aldeias or ue está dentro de cada pessoa . e·· •• • •••• a vitória definitiva do bem, da justiça, da verdade , do amor.
Miguel, sabias que antes , quando eu era mais pequena, eu pensava que o Reino de Deus era mesmo em alguma parte do nosso planeta? Assim , um reino com um castelo , com Deus a reinar no seu trono .. .
Eutambém,Mari ... e eu até imagina a que Deus tinha um exércit de anjos montados a cav lo, que defendiam o reino! Anjos a cavalo? Mas os anjos não precisariam de cavalos, porque eles voam! Pois, era só a minha imaginação fért I! Mas agora já sei que não é assim! O Reino de Deus é dentro do nosso cora9ão!
É num território com castelo , dentro do nosso coração! Ah ah ah ...
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Regista no teu cade rno as respostas, assim como as dos teus co legas, .;'~~ às seguintes perguntas: - O que sabes acerca de Jesus? - Quem é, para ti, Jesus?
JE5U5,' UH HItRCO NIt HI5TÓRlIt Jesus de Nazaré foi uma figura púb lica muito importante: a sua mensagem, as suas atitudes e o seu destino marcaram profundamente a história da humanidade.
o evangelista São Lucas relata-nos que durante o domínio do im ério romano. • • _Ambos eram judeus, e • • •. pequena aldeia da Galileia na província da Palestina, que fica no Médio Oriente.
Poliptico de S. Lucas , pormenor. Andrea Mantegna (1431-1506)
São Lucas, na narrativa do nascim ento de Jesus, conta-nos que o imp erador roma no, César Augusto, deu orde ns para que tod os os povos da Palestina, que estavam sob o dom ínio do império romano , se recenseassem nos lugares de origem, ou na terra de origem dos seus antepassados. Foi nestas circunstâncias que José e Maria fizeram uma viagem de Nazaré até Belém quando Maria estava grávida de Jesus, já próximo do seu nascim ento .
J E5U5 NAARrE Desde o seu nascimento, Jesus é fonte de inspiração para escritores, pintores e escultores, que nos deixaram, em mais de 2000 anos, uma importante e vasta obra. A presença de representações e alusões à vida de Jesus, em todo o mundo e em todas as épocas, desde o seu nascimento, revela a importância da sua vida na história da human idade .
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II.
Sagrada Família, pormenor. Antoni Gaudi (1852-1926). Patrimó nio Mundi al da UNESCO.
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Conto O Suave MZ
personalidade de
Jesus~ ~~;~~-s~~e~~ t de QU~iroz,
fala-nos da vid exto da literatura portugue a e
_.. _.. _.. _.. _.._.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _.. _sa... _.., o SUAVE MILAGRE Nesse tempo Jesus ainda se não afastara da Galileia e das doc es, lumino sas margens do lago de Tiberíade - mas a nova dos seus milagres penetrara já até Enganim , cidade rica, de muralhas fortes , entre olivais e vinhedos , no país de Issacar. Uma tarde um homem de olhos ardentes e deslumbrados passou no fresco vale, e anunciou que um novo profeta, um rabi formoso, percorria os campos e as aldeias da Galileia, predizendo a chegada do Reino de Deus, curando todos os males humanos. (... ) Ora entre Enganim e Cesareia, num casebre desgarrado, sumido na prega de um cerro , vivia a esse tempo uma viúva, mais desgraçada mulher que todas as mulheres de Israel. O seu filhinho único , todo aleijado, passara do magro peito a que ela o criara para os farrapos da enxerga apodrecida, onde jazera, sete anos passados, mirrando e gemendo. Tão longe do povoado, nunca esmola de pão ou mel entrava o portal. (...) Um dia um mendigo entrou no casebre, repartiu do seu farnel com a mãe amargurada, e um momento sentado na pedra da lareira, coçando as feridas das pernas , contou dessa grande esperança dos tristes, esse rabi que aparecera na Galileia, e de um pão no mesmo cesto fazia sete, e amava todas as criancinhas, e enxugava todos os prantos , e prometia aos pobres um grande e luminoso reino, de abundância maior que a corte de Salomão. A mulher escutava, com olhos famintos . E esse doce rabi, esperança dos tristes , onde se encontrava? O mendigo suspirou. Ah esse doce rabi! Quantos o desejavam, que se desesperançavam! (00') Obed, tão rico, mandara os seus servos portada a Galileia para que procurassem Jesus, o chamassem com promessas a Enganim; Sétimo, tão soberano, destacara os seus soldados até à costa do mar, para que buscassem Jesus, o conduzissem, por seu mando , a Cesareia. (... ) E todos voltavam como derrotados, com as sandálias rotas, sem ter descoberto em que mata ou cidade, em que toca ou palácio, se escondia Jesus. A tarde caía. O mendigo apanhou o seu bordão, desceu pelo duro trilho, entre a urze e a rocha. A mãe retomou o seu canto, a mãe mais vergada, mais abandonada. E então o filhinho, num murmúrio mais débil que o roçar de uma asa, pediu à mãe que lhe trouxesse esse rabi que amava as criancinhas, ainda as mais pobres, sarava os males, ainda os mais antigos. A mãe apertou a cabeça esguedelhada: - Oh filho! E como queres que te deixe, e me meta aos caminhos à procura do . rabi da Galileia? (00') A criança, com duas longas lágrimas na face magrinha, murmurou: - Oh mãe! Jesus ama todos os pequeninos. E eu ainda tão pequeno, e com um mal tão pesado, e que tanto queria sarar! E a mãe, em soluços: - Oh meu filho, como te posso deixar? Longas são as estradas da Galileia, e curta a piedade dos homens. Tão rota, tão trôpega, tão triste, até os cães me ladrariam da porta dos casais. Ninguém atenderia o meu recado, e me apontaria a morada do doce rabi. Oh filho! TalvezJesus morresse ... Nem mesmo os ricos e os fortes o encontram. O Céu o trouxe, o Céu o levou. E com ele para sempre morreu a esperança dos tristes. De entre os negros trapos, erguendo as suas pobres mãozinhas que tremiam, a criança murmurou: - Mãe, eu queria ver Jesus ... E logo, abrindo devagar a porta e sorrindo, Jesus disse à criança: -Aqui estou. Eça de Queiroz. Contos - O Suave Milagr e L •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ • •_ • • _ •• _ •• _ • • _ •• _ • • _
Depois de leres o conto O Suave Milagre responde às seguintes questões:
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1 - O homem de "olhos ardentes e deslumbrados" e o mendigo que visitou o casebre da pobre viúva falavam com respeito e admiração de quem? 2 - Que razões tinha o menino doente para querer ver Jesus? 3 - Como é que este conto nos apresenta Jesus? 4 - Qual foi a atitude de Jesus?
o CItLENDARIO CRI5TÃO A or anizacào da-um calendário .está.centrada num .acontecirnen -irri ortanfê.à.õãrtír do ual seco-me am a contar os ãnos.
ANO 2015 DO CALENDÁRIO GREGORIANO 20
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I SETEMBRO 27
28
A
Padmasambhava Waq1-<!I-Aralal
Dia lnauspicioso
Amitabha
(5J>.. BUDISMO (21 41-2142) '<]SI Calendário Kalachakra (tibetano)
ISLÃO(1436-1437)
" " Calendário Muçulmano "'l').. HINDUlsMO (2071-2072)
ld'l.l-OUbir Piu-Paksha
S. Mateus
FÉ BAHÁ'I (171-172)
Zw1 Calendário Bahá'j
r, Buda da Medicina
--
Exaltação da Santa Cruz
Festival ZhangqOJ (Festivalda Lua)
IJ.,J Calendário Vikram (Gujarat) v"v JUDAlSMO (5775-5776) Y
Calendário Hebraico
t
CRISTIANISMO
Calendário Gregoriano
~ TRADiÇÕES CHINESAS (4712-4713) '.::' Calendário de Huang Di
~~!J,U.~-ttt:Jft:h~~l...!.terá nascido
alendário Gre ori por causa do Papa Gregório XIII. Este papa reuniu um gr e especialistas que, ao fim de cinco anos de estudos, elaboraram um calendário promulgado, por este Papa a 24 de fevereiro de 1582, foi sendo lentamente implementado até se tornar o mais universal. Se hoje observarmos um jornal, veremos que a data inscr ita é o testemunho da importância de Jesus. Ainda hoje se usam, em certas circunstâncias, alguns outros calendários, como, por exemplo, o calendário chinês, o calendário islâmico ou o calendário hebra ico. Mas aque le à volta do qua l tudo está organ izado em odo o mundo é o ca lendé rio centrado no nas imento de Jesus. Assim, os
uitos povos que não são cristãos, ao usarem este calendário, em vez de dizerem antes ou depois de Cristo dizem antes ou depois da Era Comum.
o calendário cristão é sem dúvida aquele que é mais usado em todo o mundo.. .
o nascimento de Cristo é um acontecimento muito
importante! Mas se agora sabemos que Jesus Cristo nasceu no ano 6 ou 7 antes de Cristo, porque não se reformula o calendário?
Achas que é preciso, Maria? O que conta é que Jesus veio ao mundo... e trouxe boas notícias para todos ... o pormenor do ano certo em que nasceu, não é assim tão importante, comparando com aqui lo que Ele cá veio fazer!
É... tens razão! Para além de que ia ser uma confusão alterar o calendár io!
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OAnoUm O calend ário moderno foi criado no século VI, pelo mong e Dionísio, o Exíguo, tendo preparado uma cronologia cristã, a pedido do papa João I, baseada na vinda de Cristo. Talcomo acontecia no seu tempo , Dionísio datou o acontecimento a partir da fundação de Roma, situando a data do nascimento de Cristo a 25 de dezembro de 753 ab urbe condita. Depois, situou o início da era cristã oito dias mais tarde, a 1 de janeiro de 754 a.u.c., no dia da Circuncisão de Cristo , aos oito dias de idade , fazendo coincidir este dia do calendário cristão com o dia de Ano Novo no calendário romano. Deste modo, Dionísio determinou que o tempo recomeçasse a 1 de janeiro do ano 1. Por outro lado, Dionísio ter-se-á enganado ao situar o nascimento de Jesus quatro anos depoi s da morte de Herodes , contrariamente ao texto do s Evangelhos. Ora Herodes encon trava-se no pode r quando Jesus nasceu . Esta é uma das razões que nos obrig a a fazer recuar o nascimento de Jesus entre quatro a sete anos antes da Era Cristã. Excerto de Carlos Guardado da Silva, in Jorn al Badaladas, 31 de dezembro de 1999
Dionísio, o Exíguo , ícone, autor desco nhecido
Lê atentamente as frases que se seguem e indica quais as que se referem
à presença de Jesus na história.
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a) Jesus ficou conhecido como Jesus de Nazaré. ~ b) Falava de um Reino de poder e riqueza. ~~:..--"W--rc) Jesus nasceu por volta do ano 6 ou 7 a.C. d) O calendário que hoje usamos tem 3.000 anos. e) O calendário usado no Ocidente chama-se Gregori ano. f) Jesus nasceu em Belém de Judá. g) O pai de Jesus chamava -se José e a sua mãe Maria. h) Jesus falava de um reino de amor que está no coração de cada um.
o DEU5 DE JE5U5 It CONFlltNCIt NO DEU5 eon
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Lc 12. 22-}2
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22Em seguida, disse aos discípulos: «É por isso que vos digo: Não vos preocupeis quanto à vossa vida, com o que haveis de comer, nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir; 23 pois a vida é mais que o alimento , e o corpo mais que o vestuário. " Reparai nos corvos: não semeiam nem colhem, não têm despensa nem celeiro, e Deus alimenta-os . Quanto mais não valeis vós do que as aves! 2SE quem de vós , pelo facto de se inquietar, pode acrescentar um côvado à extensão da sua vida? 26Se nem as mínimas coisas podeis fazer, porque vos preocupais com as restantes? "Reparai nos lírios, como crescem! Não trabalham nem fiam; pois Eu digo-vos: Nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. 28Se Deus veste assim a erva, que hoje está no campo e amanhã é lançada no fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé! 29Não vos inquieteis com o que haveis de comer ou beber, nem andeis ansiosos, "pols as pessoas do mundo é que andam à procura de todas estas coisas; mas o vosso Pai sabe que tendes necessidade deías.i'Procurai, antes, o seu Reino, e o resto vos será dado por acréscimo. 32Não tema is, pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o Heino.»
Esta passagem do evangelho faz parte de um conjunto de textos que contêm os ensinamentos de Jesus aos seus discípulos. Para ele, não há dúvida de qu ••
Confias em Deus, certo Miguel?
... será que Deus confia em mim?
Confio em Deus, mesmo quando as coisas não correm assim tão bem ...
Por vezes, é muito difícil vivermos cada dia sem estarmos obcecados com o dia de amanhã. E assim deixamos de viver o momento presente; preocupamo-nos com o que vamos comer e vestir e olhamos o futuro com alguma apreensão. Mas se, pelo contrário, derm is importância àquilo que é mais valioso na vida ~ olidarie a a'u' poderemos concentrar-nos no presente, constru in o na nossa vida e na vida daque les que convivem connosco um mundo mais belo e feliz. Diante disto, tudo o resto perde importância. e~~p~s
nessa _.
~
con .-emos viv r e for a is acífica os rob mas de ada dia' dificilmente desanimaremos, apesar das dificuld ades. É esta certeza que distingue os cristãos: Deus está presente, embora nem sempre nos apercebamos da sua presença. Jesus fala-nos dos pássaros e das flores como exemplos de liberdade e desprendimento: vivem felizes, confiando naquilo que a natureza lhes oferece. Também nós, se confiarmos em Deus, seremos mais felizes, porque estaremos mais disponíveis para amar e saborear a vida. Não nos sentiremos esmagados pelas preocupações diárias nem pelo desejo de acumular bens materiais.
PI1R11 DEU5) TOD05 50H05 IHPORTI1NTE5 ara Deus não existem pessoas mais importantes do que outras. Todos, pequenos, pobres , os que ninguém respeita, os de quem ninguém gosta , têm o mesmo valor, e são amados por Deus. No tempo de Jesus, não era esta a ideia que se tinha de Deus. A maioria das pessoas pensava que Deus amava os bons e desprezava ou, pelo menos, ra indiferente em rela ã aos maus. Pelo cont ário, ••• • •• • •• =_
Maria, sabes , acho que Jesus era mesmo muito "para a frente "... ter a coragem de estar com as pessoas rejeitadas , sem preconceitos, sem medo da reação das outras pessoas ... Tenho pena Miguel, que muitos de nós não tenhamos aprendido nada ao longo de tantos anos . Se tivéssemos a coragem de fazer como Jesus, muitos dos que chamamos "maus" talvez fossem melhores! Não achas? Concordo contig o! Acho que uma pessoa com maus comportamentos, se tiver a amizade de alguém , que o tente ajudar a ser melhor, vai mudando aos pouquinhos! A isso chama-se conversão ! Mudar o nosso coração .. .para melhor!
Lc 15,
1-2
'Aproximavam-se dele todos os cobradores de impostos e pecadores para o ouvirem. 2Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles."
Jesus chamava à conversão aqueles que tinham cometido qualquer espécie de maldade; aproximava-se dos mais pobres, dos que estavam doentes ou tinham qualquer enfermidade. Muitas dessas pessoas eram marginalizadas, porque se pensava que a situação em que se encontravam era um castigo divino por algum mal que tinham feito. De facto, para alguns judeus, se uma pessoa sofria ou lhe tinha acontecido alguma desgraça, por exemplo uma doença, era porque Deus a tinha abandonado. Era, portanto, um rejeitado por Deus e, sendo rejeitado por Deus, devia também ser rejeitado pelas pessoas de bem. Algumas doenças levavam mesmo à ex ulsão do convívio social, nomeadamente, a lepra. e •• •• •• or isso, as pessoas sujeitas a esta experiência não são abandonadas por Deus e não devem ser abandonadas pelas outras pessoas. Nos evangelhos, vemos Jesus a conversar com leprosos e a curá-los: todos são objeto da sua atenção, porque todos são objeto da atenção de Deus, o Pai misericordioso.
o .cora
ão .de. Deus é tão rande_ ue-cabem lá .tcoos..mesmo desprezados , os peca-dores ou oãdo êntes. -
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..-,._ .. .. .. .. .. _ ;._ .. _"-"-"-"-"-"-"-"-"-"_ .. .. - .. .. - .. .. - .. : JESUSDE NAZARE . , de Jesus de Nazaré, para que os homens de Deus fez-se vísivel na pessoa voltem a ser homens, uns para os outros, no amor. i Jesus é o amor visível de Deus. b dos fracos dos que nada têm . Nele se Em Jesus, Deus colocou-se ao lado dos po res, '
! O amor
!
revelou o princípio do bem. , . der e ê posse' na opção por cada ser humano , O Evange lho consiste na renuncia ao. POr erde :. na lib~rtação de toda a escravidão . sobretudo pelos pobres e pelos marg ina iza o , de Phil Bosmans .Amor _ ••_ ••_ ••_ .. _ .. _ ••_ ••_ ••_ .. _ ••_ ••_ •• _Adaptado .._.. _.._.._.._.._.._.._.._.. _.._ .._..
VIVER CENrRlrD05 NO IrHOR irO PRÓXIHO No tempo de Jesus acreditava-se que a vontade de Deus estava expressa nas leis escritas que Moisés tinha recebido de Deus. Jesus veio dizer que a vontade de Deus não se pode reduzir a um código de leis. O amor vale mais do que qualquer norma. Para Jesus, o próximo não é só aquele de quem gosto, que é meu ami o, ue é o meu ru o, da minha aldeia ou cidade, do meu país
-
Miguel , tu amas os teus próximos? Sim Maria, amo os meus próximos ... os que estão à esquerda ou à direita, atrás ou à frente .. . Então se amas os teus próximos, porque me chamas "chata" tantas vezes?! Porque nem sempre é fácil aturar-te! ... Mas tenho feito muitos esforços! E se me visses magoada, numa valeta, assim como na parábola do Bom Samaritano? Paravas para me socorrer? Sim... c1aro! Não sou insensível, ao ponto de deixar uma "chata" a sofrer numa valeta! Hum ... passaste no meu teste, és um bom samaritano! Aprovado!
le 10.2;-37 " Levantou-se, então, um doutor da Lei e perguntou-lhe, para o experimentar: «Mestre, que hei de fazer para possuir a vida eterna?» " Disse-lhe Jesus: «Que está escrito na Lei? Como lês?» 27
0 outro respondeu: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti rnesrno.» "Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem; faz isso e viverás.» 29Mas ele, querendo justificar a pergunta feita, disse a Jesus: «E quem é o meu próximo?»"Tornando a palavra, Jesus respondeu:
«Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores que, depois de o despojarem e encherem de pancadas, o abandonaram, deixando-o meio morto. 31 Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo. 32Do mesmo modo, também um levita passou por aquele lugar e, ao vê-lo, passou adiante. 33Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão. 34 Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. 35No dia seguinte, tirando dois denários, deu-os ao estalajadeiro, dizendo: 'Trata bem dele e, o que gastares a mais, pagar-to-ei quando voltar.' 36Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?» " Respondeu: «O que usou de misericórdia para com ele.» Jesus retorquiu : «Vai e faz tu também o mesmo,»
i1COLHER' E PER'DOi1R' Jesus ensina-nos que, quando não somos amigos dos outros, quando prejudicamos ou desprezamos o nosso próximo, ou simp lesmente quando não fazemos o bem que poderíamos fazer, estamos a agir mal, contra a vontade de Deus.
Todos nós já fizemos a experiência de nem sempre nos comportarmos como deveríamos e como gostaríamos. Jesus acolhia todo s, mesmo aqueles que tinham feito escolhas erradas.
Isso não quer dizer que ele concordasse com os comportamentos incorretos. Pelo contrário, aconselhava o arrependimento aos que tinham errado e a conversão dos seus corações, para serem bons, honestos e justos. O arrependimento consiste em reconhecer que se agiu mal e não querer voltar a fazer o mesmo. A conversão é uma mudança radical da forma de pensar e de agir, procurando contribuir para o bem de todos. Muitas pessoas importantes do povo judeu, no tempo de Jesus, achavam que Deus estava sempre pronto a castigar severamente ospecadores, osquetinham praticado o mal. Nemsempre fazemos as melhores escolhas.
Jesus mostrava a todos que Deus, na sua bondade infinita , acolhe os pecadores e oferece-lhes constantemente o seu perdão . •
Maria, sabes como me arrependo tantas vezes de te chatear... não sabes? Sei sim Migue l. E tu sabes que quando tu reconheces que falhaste para comigo , eu perdoo-te... Como daquela vez em que te esqueceste do meu caderno de matemática, que te tinha empre stado para passares os meus apontamentos... e tu não o trouxeste no dia a seguir .. . e eu tive falta de material!
E tu não me falaste durante 3 dias seguidos .. . mas ao fim desse tempo não resististe aos meus pedidos de desculpa e perdo aste-me!
•
lc7.36-;O - A l'cca~ora arrcl'cJ1~i~a 36Um fariseu convidou-o para comer consigo. Entrou em casa do fariseu, e pôs-se à mesa. 370 ra certa mulher, conhecida naquela cidade como pecadora, ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um frasco de alabastro com perfume. " Colocando-se por detrás dele e chorando, começou a banhar-lhe os pés com lágrimas; enxugava-os com os cabelos e beijava-os, ungindo-os com perfume. "vendo isto, o fariseu que o convidara disse para consigo: «Se este homem fosse profeta , saberia quem é e de que espécie é a mulher que lhe está a tocar, porque é uma pecadora!-
"Então, Jesus disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa para te dizer.» «Fala, Mestre» - respondeu ele. 41«Um prestamista tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta. 42Não tendo eles com que pagar, perdoou aos dois. Qual deles o amará rnais?» " Sirná o respondeu: «Aquele a quem perdoou mais, creio eu.»Jesus disse-lhe: «Julgaste bern.»44E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: «Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para os pés; ela, porém , banhou-me os pés com as suas lágrimas e enxugou-os com os seus cabelos. 45Não me deste um ósculo; mas ela, desde que entrou , não deixou de beijar-me os pés. 46Não me ungiste a cabeça com óleo , e ela ungiu-me os pés com perfume. 47Por isso, digo-te que lhe são perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas àquele a quem pouco se perdoa pouco arna.» " Depois, disse à mulher: «Os teus pecados estão perdoados.»
" Come çaram, então , os convivas a dizer entre si: «Quem é este que até perdoa os pecados?» soE Jesus disse à mulher: «A tua fé te salvou. Vai em paz.»
Quando praticamos o mal, ele chama -nos à razão; quando nos arrependemos, acolhe-nos, perdoa-nos e ajuda-nos a reiniciar a vida.
UHI1 REL/6/ltO OUE NI15CE DE UHI1 RELI1ÇltO íNT/HI1 E HUH/LDE COH DEU5 ParaJesus, o culto a Deus deve ser verdadeiro e de ordem espiritual, ou seja, tem de brotar do interior do ser humano e revelar uma relação de amor com Deus. Não se trata apenas de dizer palavras que não são sentidas ou cumprir rituais sem convicção. Trata-se de falar com Deus como com um amigo, prestar-lhe homenagem, dar-lhe glória porque é Ele quem nos dá a vida. E esta forma de culto , ara Jesus, não ode estar desligada da relação com os outros 1-
e a reliqião estão infimamente lígaaas.
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Lc t 8.9-14 - (1 fariseu e o
eobra~or ~e
impostos
'Disse também a seguinte parábola , a respeito de alguns que confiavam muito em si mesmos , tendo-se por justos e desprezando os demais: lo" Doís homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro, cobrador de impostos. 110 fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: 'ó Deus, dou -te graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos. " Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.' 13
0 cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar os olhos ao céu; mas batia no peito , dizendo: ' ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.' " Diqo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.»
Sabes Maria, conheço algumas pessoas que são católicas, mas depois não falam com os seus vizinhos! São orgulhosos! Deviam ser mais humildes , não era? Sim, como na parábola do fariseu e do cobrador de impostos! Pois, a vida e a religião estão ligadas, por isso não faz sentido eu dizer que sou amigo de Deus, se não for amigo dos outros!
~tava numa_ o m o cumpria as práticas piedosas do seu grupo acha que não é pecador, que é melhor do que os outros. Não sabe o ~ e é amar... a:cpbrador dejmp $t~stava numa_ o n f essa aquilo que é diante de Deus: um pecador ; e essa confissão sincera abre-o ao perdão de Deus.
É HIt/5 /HPORTItNTE 5ER DO OUE TER Jesus transmitiu a necess idade de se conhecer Deus e aqu ilo que ele deseja para os seres h manos. • -- amizade com- os outros Mas isso significa pôr em primeiro lugar aquilo que tem mais tmportancla: valorizar mais as riquezas espirituais do que os bens materiais. Na sociedade atual, mais preocupada com o lucro, o dinheiro e a acumulação de bens materiais, é um pouco difícil perceber esta mensagem de Jesus. Mas se olharmos atentamente, verificamos que muitas pessoas com abundância de bens materiais vivem profundamente infelizes. Os bens materiais são importantes para o bem-estar das pessoas, no entanto, não trazem a verdadeira felicidade, porque esta é conquistada com outro tipo de valores: a relação com as pessoas, a solidariedade, a bondad e, a compaixão, a justiça, o amor.
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De Passagem - (conto do Onen.te) onde se dirigiu pedindo água e pousada. : Um viajante chegou a um~ humilde caba na, que lhe ofereceu acolhimento. Ao reparar Quando chego u, foi recebIdo por um mongeência de mobília, curioso indagou: na simplicidade da cas~ e, .s ~bretudo , na aus _Onde estão os teus moveis . I
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_Onde estã~ ~s teus:- devol~~~~;~~~~~andarilho _Estou aqui so de pa"sagem i - Eu também... _ .._ ..- .._ .._ .._ .._ ..- ..- .._ .._ .._ .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..
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Na verdade , o que Deus quer para nós é que sejamos amigos uns dos outros, porque é isso que nos pode dar uma vida melhor e fazer-nos mais felizes.
Jesus apresenta-nos uma nova ordem de valores : os valores espirituais e mora is são mais importantes do que os valores materiais; devem, por isso, ter a no sa ref rência. A ropo sta dele leva-nos a concluir qu :: é mais
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i As setemaravilhas do mund
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; m .g rupo de alunosestudav : pedido aos estudante .a as setemaravilhas do mu . !. maravilhas. Emb ora as s que fizessem uma lista do qu nd? No finaI da aula fo,' " eco nsld ' °Plnloes fossem diferentes er~vam ser as sete I seguinte acordo' . . consegUi ram chegar ao · 1) O T. . M •I ,a} ahal
! 2) A Muralha da China
!
3) O Canal do Panamá
! 4) As pirâmides do Egito ! 5) O Grand Canyon ! 6) O Empire State Building
!
7)A Basílica de São Pedro
: Ao recolher os votos o I menina ainda - . ' professor notou que u problemas co~:ost~~~~~ir~do a f?'ha. O profes:~ :~~~ ; stava muito quieta. A erguntou-Ihe se tinha : _S· a. menina respondeu' 1 m, um pouco E . ' : . u nao consigo fazera lis I O professor disse ' ta, porque as maravilhas sã o . : . mUitas. I - Bem, diz-nos lá o ., : que}atens e talvez nó A menina então leu: s Possamos ajudar.
i
! ! -Eupenso que as sete maravilhasd ! 1- Ver o mundo são: ! 2-0uvir !
!
3 - Tocar 4-Provar
! 5 -Sentir
! 6 -Rir ,! 7-Eamar
' "
: A sala então ficou
!
completamenteem silêncio
,.._.._.._.._.._.._.._.._.._..- .._.._.. _.. _.. _.._.. _....
~.---
Maria, queres ver o que escrevi durante estas aulas em que ficámos a conhecer um pouco mais sobre Jesus? Sim, mostra lá... O quê, só isto?! Uma frase?! Sim: 'Jesus passou por aqui. .. e deixou marcas para sempre! " E eu a pensar que me ias mostrar um testamento! Mas achas que essa frase resume tudo o que já aprendemos ao longo desta unidade? Claro. Então observa lá bem: Jesus passou por aqui, pelo nosso planeta, nasceu, o seu nascimento até deu para inventarem um calendário que conta o tempo antes e depois do seu nascimento, cresceu e fez muitos amigos que o segu iam.. . contou-lhes muitas parábolas, cheias de mensagens importantes para sermos melhores .. .
Ei Miguel, já percebi, não precisas de continuar, eu também tenho isso escrito, mas eu preenchi quase uma folha ... tens de me explicar como é que fazes para conseguir resumir tão bem!
Jesus entre os doutores (1558), Paolo Veronese ~
it t1/55itO DE JE5U5 1\ CONTE5Tl\çAo D05 PODER0505 Apesar da mensagem de amor de Jesus, nem todos gostavam dele nem apreciavam o que ele fazia.
Havia alguns grupos de homens da Palestina, no seu tempo, que eram muito importantes e poderosos: Eu e a Maria fomos pesquisar quem eram essas pessoas importantes e poderosas:
~d u~ram um grupo que se caracterizava pelo apego às traalçoes e que dava especial importância às leis que se encontram na Bíblia, sobretudo no que diz respeito ao culto. Pertenciam à classe aristocrática, constituída por Levitas e Sacerdotes. Neste grupo estavam, ainda, incluídos os ricos proprietários de terras e os comerciantes. Era um grupo que detinha muito poder e influência. Por seu lad~ri~ram um grupo religioso cujos membros observavam, rigorosamente, a Lei dada a Moisés e as tradições. Tratava-se de um grupo de classe média. Formavam as suas próprias comunidades, quer em aldeias distintas , quer em zonas restritas da cidade. Nicodemos, amigo de Jesus, era fariseu. Sacerdotes eram religiosos que serviam no Templo. O chefe máximo os acerdote s era chamado Sumo-sacerdote. A maior parte dos sacerdotes eram de Jerusalém, porque trabalhavam no Templo. Por causa desta grande ligação ao Templo, muitos sacerdotes perderam o contacto com o povo da região. Os Levitas eram ajudantes dos Sacerdote s no culto do Templo de Jerusalém. A estes grupos não agradava ver que muitas pessoas seguiam Jesus, admirando-o e aclamando-o.
Jesus falava de um Reino e eles não compreendiam que esse reino era, afinal, a presença de Deus no coração de cada pessoa.
Jesus não queria o poder deles, não estava interessado em mandar nas pessoas, porque o seu poder era outro: ajudar as pessoas a serem boas, a voltar os seus corações para Deus.
Jesus era também muito crítico em relação à forma como estes grupos religiosos viviam a religião. Para eles, a pessoa religiosa era a que cumpria todos os ritos e obedecia a tudo o que estava prescrito nas leis. Reduziam a religião a um culto exterior. A maneira de Jesus compreender a religião não era bem aceite pelos chefes religiosos.
Para eles, Jesus criticava os rituais sagrados. Como era possível que alguém se atrevesse a criticar o culto a Deus? Não percebiam que Jesus não tinha nada contra os rituais, ele apenas não aceitava o facto de se viver uma vida religiosa des ligada do dia a dia e não autênt ica, porque não resultava do amor a Deus e aos outros.
JE5U5 É PRE50 Jesus tinha consciênc ia de que havia muitos que não gostavam dele e que que riam a sua morte. Um dia, depois de ter jantado com os seus discípulos - a Última Ceia - saíram todos de casa, já de noite. Num campo de oliveiras chamado Getsémani, Jesus ficou a rezar, enq uanto os discípu los, cansados, adormeciam. Na escur idão da noite, chegaram homens armados, enviados pelos chefes que não gostavam de Jesus. Vinham prendê-lo, guiados por um dos discípulos, Judas Iscariotes, que tinha aceitado dinheiro para lhes indicar onde Jesus estava. Quando o prenderam, todos os discípulos fugiram com medo.
Miguel , eu fico sempre um pouco emocionada quando ouço este relato do que aconteceu a Jesus.
Não tenhas problema, chorar é humano ... já sabes que eu tenho uma coleção de pacotes de lenços de papel na minha mochila .. . pensados para ti! Mas agora , fora de brincadeiras, eu também fico um pouco perplexo ao ouvir este relato, mas gosto sempre de o ouvir. ..
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Me 14,32-50
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" Cheqaram a uma propriedade chamada Getsémani, e Jesus disse aos .0Q)discípulos: «Ficai aqui enquanto Eu vou orar» " Tornando consigo Pedro , Tiago e João, começou a sentir pavor e a angustiar-se. 34E disse-lhes: «A minha alma está numa tristeza mortal ; ficai aqu i e viq íai.» " Adíantanoo-se um pouco, caiu por terra e orou para que, se possível, passasse dele aquela hora. 36E dizia: <cAbbá , Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Mas não se faça o que Eu quero, e sim o que Tu queres.» " Depois, foi ter com os discípulos, encontrou-os a dormir e disse a Pedro: «Simão, dormes? Nem uma hora pudeste vigiar! 38Vigiai e orai , para não cederdes à tentação; o espírito está cheio de ardor, mas a carne é débil.» " Retirou-se de novo e orou, dizendo as mesmas palavras. 4°E, voltando de novo, encontrou-os a dormir, pois os seus olhos estavam pesados; e não sabiam que responder-lhe. " Voltou pela terceira vez e disse-lhes: «Dormi agora e descansai! Pois bem, chegou a hora. Eis que o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. " Levantai-vos! Vamos! Eis que chega o que me vai entreqar.»
Prisão de Jesus 43E logo, ainda Ele estava a falar, chegou Judas, um dos Doze, e, com ele, muito povo com espadas e varapaus, da parte dos sumos sacerdotes, dos doutores da Lei e dos anciãos. " Ora, o que o ia entregar tinha-lhes dado este sinal: «Aquele que eu beijar é esse mesmo; prendei-o e levai-o bem quardado.» 45Mal chegou, aproximou-se de Jesus, dizendo: «Mestrel»: e beijou-o. 460S outros deitaram-lhe as mãos e prenderam-no. 47Então, um dos que estavam presentes, puxando da espada, feriu o criado do Sumo Sacerdote e cortou-lhe uma orelha. 48E tomando a palavra, Jesus disse-lhes: «Como se eu fosse um salteador, viestes com espadas e varapaus para me prender! " Estava todos os dias junto de vós, no templo, a ensinar, e não me prendestes; mas é para se cumprirem as Escrtturas.» SOEntão, os discípulos, deixando-o, fugiram todos.
A traição de Cristo (1596), pormenor Cavalier d'Arp ino
JUL6ltHENTO NO TRlf:;UNItL JUDItICO Jesus foi levado à presença do chefe dos sacerdotes, que se chamava Caifás. Começou então o seu julgamento. Contudo, não conseguiam encontrar razões para o condenarem. Jesus não respond ia às perguntas deles, porque sabia que já tinham resolvido condená- lo. No texto que se segue, podemos ler a última pergunta do sumo-sacerdote e a resposta que Jesus lhe deu.
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Jesus no tribunal judaico - 53Conduziram Jesus a casa do Sumo ~ Sacerdote, onde se juntaram todos os sumos sacerdotes, os anciãos e os doutores da Lei. S4E Pedro tinha-o seguido de longe até dentro do palácio do Sumo Sacerdote, onde se sentou com os guardas a aquecer-se ao lume . 550 ra os sumos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus a fim de lhe dar a morte, mas não o encontravam; " de facto, muitos testemunharam falsamente contra Ele, mas os testemunhos não eram coincidentes. 5' E alguns ergueram-se e proferiram contra Ele este falso testemunho: 58«Ouvimo-lo dizer: 'Demolirei este templo construído pela mão dos homens e, em três dias, edificarei outro que não será feito pela mão dos hornens.» 59Mas nem assim o depoimento deles concordava.
6OEntão, o Sumo Sacerdote ergueu -se no meio da assembleia e interrogou Jesus: «Não respondes nada ao que estes testemunham contra ti?» 6lMas Ele continuava em silêncio e nada respondia. O Sumo Sacerdote voltou a interrogá-lo: «És Tu o Messias, o Filho do Deus Bendito?» " Jesus respondeu: «Eu sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poder e vir sobre as nuvens do céu» 63
0 Sumo Sacerdote rasgou, então, as suas vestes e disse: «Que necessidade temos ainda de testemunhas? " Ouvistes a blasfémia! Que vos parece?» E todos sentenciavam que Ele era réu de morte. " Depois, alguns começaram a cuspir-lhe, a cobrir-lhe o rosto com um véu e, batendo-lhe, a dizer: -Protetlzal» E os guardas davam-lhe bofetadas.
Para este tribunal, aquilo que Jesus tinha dito era afirmar que Deus lhe tinha dado autoridade para falar da maneira como falava e agir da maneira como agia. O que o tribunal contestava é que Jesus tivesse alguma autoridade. Como é que um homem que fala contra a religião pode vir de Deus? Para eles era claro: Jesus era um charlatão; dizia-se investido da autoridade de Deus, mas o seu objetivo era enganar o povo e alcançar o poder. Tinha, portanto, cometido o pior crime que alguém podia cometer. Mas os chefes religiosos não podiam condenar ninguém à morte, porque a Palestina estava dominada pelos romanos, e só o prefeito romano podia tomar tal decisão. Por esta ocasião, por causa da festa da Páscoa judaica, o prefeito da Judeia - Pôncio Pilatos subiu a Jerusalém
Cristo apresentado a Pilatos (1881) , pormenor. Mihaly Munk acsy
JUL6At1ENTO NO TR/f:;UNAL ROt1ANO Jesus foi acusado de afirmar ser o Messias -rei o que , no contexto político da Palestina, no seu tempo, era equi valente a traição. A política utilizada por todos os prefeitos da Judeia, para que fosse mantida a ordem no império romano , era destruir, logo no início, qualquer rebe lião, ou levantamento contra o poder instituído.
Para consegu irem que Jesus fosse condenado à morte, logo de manhã, levaram Jesus ao palácio do prefeito romano , que se chamava Pôncio Pilatos. Como sabiam que ele não se importava com questões relacionadas com a religião judaica, para o convencerem a condenar Jesus, disseram-lhe que ele afirmara que era rei, ameaçando assim o poder do imperador romano . De facto, Jesus tinha pregado o Reino de Deus, mas era claro que esse reino não era político, era o poder amoroso de Deus no coração de cada pessoa.
Me 15.1-15 Jesus no tribunal romano: Pilatos - 'Logo de manhã, os sumos sacerdotes reuniram-se em conselho com os anciãos e os doutores da Lei e todo o Sinédrio; e, tendo manietado Jesus, levaram-no e entregaram-no a Pilatos. 'Perquntou-lhe Pilatos: «És Tu o rei dos Judeus?» Jesus respondeu-lhe: «Tu o dizes.» sumos sacerdotes acusavam-no de muitas coisas. "Pilatos interrogou-o de novo, dizendo: «Não respondes nada? Vê de quantas coisas és acusado!- 'Mas Jesus nada mais respondeu, de modo que Pilatos estava estupefacto.
30S
60 ra, em cada festa, Pilatos costumava soltar-lhes um preso que eles pedissem. 'Havia
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um, chamado Barrabás, preso com os insurretos que tinham cometido um assassínio durante a revolta. 8A multidão chegou e começou a pedir-lhe o que ele costumava conceder. "Pilatos, respondendo, disse: «Quereis que vos solte o rei dos [udeus?» "Porque sabia que era por inveja que os sumos sacerdotes o tinham entregado. "Os sumos sacerdotes, porém, instigaram a multidão a pedir que lhes soltasse, de preferência, Barrabás . "Tornando novamente a palavra, Pilatos disse-lhes: «Então que quereis que faça daquele a quem chamais rei dos judeus?» "Eles gritaram novamente: «Crucltlca-ol» "Pilatos insistiu: «Que fez Ele de mal?" Mas eles gritaram ainda mais: «Crucifica-o!"
"Pilatos, desejando agradar à multidão, soltou-lhes Barrabás; e, depois de mandar flagelar Jesus, entregou-o para ser crucificado.
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Os chefes religiosos conseguiram convencer Pilatos de que Jesus era uma verdadeira ameaça à paz. Por isso, o prefeito condenou Jesus à morte, através da crucifixão, tendo sido primeiro flagelado. Durante o percurso que os co ndenados faziam até ao lugar onde eram crucificados, tinham de carregar com uma parte da cruz. Chegados ao monte Gólgota (ou do Calvário), fora da cidade de Jerusalém, pregaram Jesus à cruz. Os evangelistas não são unânimes, mas o mais provável é que tenham sido muito poucas as pessoas que acompanharam Jesus no momento da sua morte, para além de Sua Mãe, algumas mulheres e o apóstolo S. João.
Monte do Calvário (Gólgota), Jerusalém
Me 1;. 24-31
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Crucificação e morte de Jesus - " Depois, crucificaram-no e repartiram ~Q) entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, para ver o que cabia a cada um. " Eram umas nove horas da manhã, quando o crucificaram. 26Na inscrição com a condenação, lia-se: «O rei dos judeus." 27 Com Ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita e o outro à sua esquerda. "D este modo, cumpriu-se a passagem da Escritura que diz: Foi contado entre os malfeitores. 290 S que passavam injuriavam-no e, abanando a cabeça, diziam: «Olha o que
destrói o templo e o reconstrói em três dias! 3OSalva-te a ti mesmo, descendo da cruzl» 31Da mesma forma, os sumos sacerdotes e os doutores da Lei troçavam dele 32 entre si: «Salvou os outros mas não pode salvar-se a si mesmo! 0 Messias , o Rei de Israel! Desça agora da cruz para nós vermos e acreditarmos! " Até os que estavam crucificados com Ele o injuriavam. 33Ao chegar o meio-dia, fez-se trevas portoda a terra, até às três da tarde. 34E às três da tarde, Jesus exclamou em alta voz: -Eiot, Eloí, lemá sebechténi?», que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste? 35Ao ouvi-lo, alguns que estavam ali disseram: «Está a chamar por Elias!" 36Um deles correu a embeber uma esponja em vinagre, pô-Ia numa cana e deu-lhe de beber, dizendo: «Esperemos, a ver se Elias vem tirá-lo dali." 37Mas Jesus, com um grito forte, expirou.
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A RE55URREIÇAO VrrÓRIA DA VIDA 50fJRE A nORTE j
Com a morte de Jesus parecia ter acabado o Reino que ele tinha vindo inaugurar. Estaria tudo perdido? Afinal Jesus não era o Enviado de Deus? Se ele vinha em nome de Deus, como podia Deus ermitir ue ele morresse I daquela maneira desprezado po todos. S seus amigos e discípulos puderam vê-lo ressuscitado. Os cristãos sabem que Jesus está vivo e é isso que lhes tem dado alento ao longo dos séculos, porque têm Jesus com eles, presente nas suas vidas. Os cristãos acreditam que Jesus é o Filho de Deus, viveu fazendo e ensinando o bem, morreu e ressuscitou por ter defendido a dignidade de todas as pessoas e o amor universal e infinito de Deus. Por iss
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CATEQUESES DOSANTO PADRE N~~~~~~.~.i.~~~~~~t:::~·:::"~·-··-··-··-··-··-· ·- ··-··_.:a;::::;:::-'4
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19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!" 2ODito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor. 2' E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.. 22Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. "À queles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos. .
o incrédul o S. Tom é (1601), Caravagg io Numa das suas aulas de EMRC, o Miguel e a Maria ficaram extremamente felizes ao saber que Jesus tinha ressuscitado . No entanto, enquanto escreviam um e-mail aos seus melhores amigos a contar a sua descoberta, o computador estava com um vírus e algumas palavras desapareceram! Procur a ajudá -los a compor a mensagem utilizando o seguinte banco de palavras: Jesus - fariseu - confraternizar - ressuscitou - desistiu - discípulos- acreditarfeliz Amigo! Como estás? Tudo bem? Hoje descobrimos uma coisa extraordinária na aula de EMRC! Então não é que , (....) aquele homem maravilhoso que dizia ter vindo ao mundo para fazer a vontade de Deus,(...)! Absolutamente incrível, não achas? O professor disse-nos que , no início , os seus próprios (...) tiveram dificuldade em ~\~LI (...) (isto é que me custa a aceitar. ..) mas, quando o próprio Jesus lhes apareceu , "f -=--... 'YO' ----.,;' todos ficaram admirados e contentes. ~ ;OH Estou muito (...) e tenho a certeza que depois desta aula a minha vida será ainda ~ ~iõõillj,-==~", mais maravilhosa. ~.)o-a. Um abraço grande para ti e para a tua família. Afonso
)0 10.10 '°0 ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.
Indica quais das seguintes afirmações são verdadeiras: ~~-'""" -"fa) A Páscoa é a maior festa dos cristãos. b) Deus quer a morte e não a vida. c) Jesus não venceu a morte quando ressuscitou. d) A morte de Jesus não modifica a vida dos cristãos, pois continuam sem esperança. e) A Páscoa celebra o grande amor de Jesus por todos nós. f) Cristo vivo é caminho para todos os que acreditam nele.
TKItD/ÇÕE5 DIt pA5COlt As tradições da Páscoa estão ligadas à Ressurreição de Cristo e à celebração da Vida.
•• •• Pelo país fora, é tradição fazer procissões nesta altura.
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Investiga na Net as diferentes tradições das localidades do nosso país na celebração da Semana Santa
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:-"-"-"-"-:"-"-"-"N"-"S'~ n h ora é transportada por uma burrinha, na Proclssao : Em Bra~a a Imagesm~ deB ?SS~e Alportel (Algarve) realiza-se uma procissão de flores
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da Burnnha e em ao ras , ) A t h são compostas por I no (Procissão das Toch~s Floridas d dO~i~~~d~e:;s~~~~n: qOuCe ~:ntam em despique: flores do campo e sao carreg~ as so. . " "Ressuscitou como disse, Aleluia, Alelubl~, Alel~lamana Santa com procissões de velas à Em muitas localidades celebra-se tam em a e ~ ,. .
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~~~i~~t~~:~~~:~~~~~~e~i~:t~~~~~~~~~;~:;~~seb~~~:~-~:~~I~~r'regos e fazem-se chocalhadas. com as pessoas a sair à rua com chocalhos, quizos e sinos.
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Na Páscoa é tradição em todo o país a limpeza da casa. Em algumas zonas até se caiam as casas para, no domingo de Páscoa, dia da Ressurreição, receber a visita pascal, o compasso. O pároco, com a ajuda de alguns paroquianos, leva "O Senhor" de casa em casa, para abençoar aquele lar e a família que lá vive. A família costuma oferecer, como sinal de hospitalidade aos constituintes do Compasso, doces da Páscoa, licores e vinho do Porto.
O Folar O bolo folar é sinal de amizadee reconciliação. É tradicionalmente o pão da Páscoa em Portugal. Pode conter ovos. Os ovos simbolizam a vida e por isso são um dos símbolos da Páscoa. O folar era também o presente que os padrinhos e as madrinhas davam aos seus afilhados no domingo de Páscoa para quebrar o jejum da Quaresma. Os afilhado s devem oferecer no domingo de Ramos um ramo de oliveira ao padrinho ou um ramo de violetas à ....madrinha.
A minha avó adora contar-nos histórias, por acaso esta semana ela contou-me esta sobre a lenda do folar da Páscoa.
_.._.._.._.._.._.._.._.._.._.._.._.._.._..- .._.._.._..-"-"-"-"-"-"-"-"-"-') ! Lenda do Folar da Pásc oa
! A lenda do fo lar da Páscoa é tão antiga que se desconhece a sua data de orig em. Reza a i Lenda que, numa aldeia port uguesa, vivia uma jovem chamada Mariana que tinha com o
I único desejo na vida o de casar cedo. Tanto rezou a Santa Catarina que a sua vontade se
. realizou e logo lhe surg iram dois pretendentes: um fidalgo rico e um lavrador pob re, ambos jovens e belos. A jovem voltou a pedir ajuda a Santa Catarina para fazer a escolha certa. Enquanto estava concentrada na sua oração, bateu à po rta Amaro, o lavrado r pobre, a pedir-lhe uma resposta e marcando-lhe como data limite o Domingo de Ramos. Passado pouco tempo, naquele mesmo dia, apareceu o fidalgo a pedir-lhe também uma decis ão. Mariana não sabia o que fazer. Chegado o Domingo de Ramos, uma vizinha foi muito aflita avisar Mariana qu e o fidalgo e o lavrador se tinh am encontrado a caminho da sua casa e que, naquele mom ento , travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e foi então que , depois de pedir ajuda a Santa Catarina , Mariana soltou o nome de Amaro, o lavrador pobre. Na vésper a do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada, porque lhe tinham dito que o fidalgo apareceria no dia do casamento para matar Amaro. Mariana rezou a Santa Catarina e a imagem da Santa, ao que parece , sorriu -lhe. No dia seguinte, Mariana foi pôr flores no altar da Santa e, quando chegou a casa, verificou que , em cima da mesa, estava um grande bolo com ovos inteiros , rodeado de flores , as mesmas que Mariana tinha posto no altar. Correu para casa de Amaro, mas encontrou-o no caminho e este contou-lhe que também tinha recebido um bolo semelhante. Pensando ter sido ideia do fidalgo, dirigiram-se a sua casa para lhe agradecer, mas este também tinha recebido o mesmo tipo de bolo . Mariana ficou convencida de que tudo tinha sido obra de Santa Catarina . Inicialmente chamado de folore, o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar e tornou-se numa tradição que celebra a amizade e a reconciliação. Durante as festividades cristãs da Páscoa, o afilhado costumam levar, no Domingo de Ramos, um ramo de violetas à madrinha de batismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece- -lhe em retribuição um folar. Lenda do Folarda Páscoa. ln In f op édi a [Em linh a ] . Port o: Por l o Edit or a , 2 0 03 -2 0 14. Disponível em www.infopedia.pV$lenda-do-folar-da-pascoa
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_.._.._.._.._.._.._.._.._.._.._.._.._.._.._.. _.. .._..
[Con sult.
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Os símbolos da P ' aSCoa
O oVo - símbolo da . vIda, representa o . O nasc/ment cordeiro, qUe simb I' o e a renovação que se s 'f' o Iza Cristo . aCrl ICOU em fa ' o Cordeiro de D vor de tOdo o reb eus, A vela (chamada círio anho, qUe são os homens pascal) lembra . que venceu a Simboliza a lu~ :~vas da morte. a presença de Jesus Ressus 't em gravado ' CI ado, no alt b os s/mbolos Alt ' a eto grego si '. QUer dizer: "Deus ', gn/~/cam, respetivame t a.e,Omega que, e o Princípio e o fim d n e, (mlcio) e (fim) A cruz lembra a morte de C . e tUdo". . rlsto. O toque festivo dos sinos anunci a a Ressurreição de C . rrsto
2014-07-25].
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DAR V/DA A05 OUTR05 "S~~;~~~~'~-~~d-;;'~~j'~~';h~-;:'t;-;~;~~j-;':;" -" -" -" -''-" -" -" -" -" -" -" -')
mais santa, tornando-meeu mais santo"
e eu melhor. Senhor, que a Igreja seja : I
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i .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .. _ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .. _ ..J João Paulo I
Que podemos nós fazer para termos uma vida feliz? A vida é uma história que se vai constru indo passo a passo. - " - " - " -"-"-"-"-"-"-"-"-')
r"-"-"-"-"-"-:-":-":-"-"t;;;~;~;'t~~;~'un ho da vida que é mais forte que o I . "Que as vossas eXlstenclas se : l 'tod I: !. pecado e a morte. Boa Pascoa a o s ." Papa Francisco
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Vale.a ena . rocurar a felicidade.dos outrns rocurandcconstruir u .-- undo onde todos tenharrílU -ar e - ossam sentir-se nasuã ró-ria ~ I sso exige de nós atenção aos outros, aos seus problemas e necessidades, para não vivermos fechados sobre nós próprios, como se fôssemos um reduto sem janelas para cada pessoa que connosco partilha o mundo em que nos foi dado viver.
Deus quer realmente a vida, mas esta vida que nos foi dada é frágil e pode ser comparada a um vaso de barro. Se não a preservarmos com cuidado pode quebrar-se. A canção que encontras a se uir diz-nos que somos frágeis, mas qu .~ii!iiil'i!iiM!f!lw.!
I I I Nós não nos pregamos a nós, mas ao Senhor, I e apenas o fazemos por Seu Amor. I Das trevas resplandece a Luz, disse Deus, I e foi Ele quem brilhou no coração dos Seus. Trazemos, porém, este Tesouro I em vasos de barro, i para que se passa ver i virdeDeus esse poder. I Em tudo somos atribulados i e perseguidos, I mas não desamparados e nunca vencidos. i No nosso corpo levamos sem cessar i a morte de Jesus, para a Sua Vida manifestar. I Trazemos, porém, este Tesouro em vasos de barro, I para que se passa ver I virdeDeus I esse poder. I Sabemos que Aquele que O ressuscitou I também ressuscitará aqueles para quem olhou. I E assim jamais iremos perder a Alegria, I grande é o peso da Glória que nos espera um dia. Trazemos, porém, este Tesouro I em vasos de barro, I para qUe se passa ver I virdeDeus esse poder. I
!....o,"pO CO'mb" - Corpo N"'o",, de E,,",", _.. _das.._Ierças, .. _.. _ .. _.. _.. _.. _.. _.._.._.. _.. _.. _.. _..i
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'd ortância de respeitar, cu: ar,
ndemos nesta unidade sobre a irnp to para a nossa escola que presen~e~d~~e p':;~i~har e amar, vamos constr~~~o~~;~~mos felizes, ajudar, compr I" cada vez mais um lugar on
Tendo
contribua para que e a seja
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A primeira pergunta a fazer é: alguém está triste na nossa escola? A segunda é: o que vamos fazer para que essa pessoa sinta que gostam dela?
Podíamos chamar ao nosso projeto "Alegria + tristeza -" ou " Aqui na escola é proibido estar triste!" ...ou ..."Viva a Vida!" ou ..
Já estou a pensar em tantas co isas que podemos fazer.... tantas "boas ações"...
NE5TAUNIDADE APRENDI QUE,'
V Jesus de Nazaré dava valor a todas as pessoas e defendia a dignidade humana.
V
V V
Devemos reconhecer, como Jesus, que todas as pessoas têm valor e merecem o nosso respeito. Jesus anunciou Deus como sendo misericórd ia, bondade para com todos, perdão e acolh imento de todas as pessoas. Posso contar com o amor e a ajuda de Deus mesmo quando não sou capaz de ser bom e amigo dos outros.
V A mensagem trazida pela Ressurreição de Jesus, à luz do amor de Deus, mostra que Ele quer a vida e não a morte.
V Analisar textos da Bíblia sobre a morte e a ressurreição de Jesus, nos faz retirar ensinamentos para a nossa vida concreta.
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Devo promover a vida, permitindo que cresça e procurando torná-Ia melhor para mim e para os outros.
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I1I1LIHENTl1çl10 Todos percebemos irn ort ânci ue a alimenta ào tem no nossodíaa • Pela manhã sentimos necessidade de tomar uma boa refeição que nos reconforta e nos fornece a energia necessária para iniciarmos as nossas atividades. Ao longo do dia, quando as energias começam a faltar, é muito agradável interrompermos as nossas tarefas para tomarmos as várias refeições. Estas são tão importantes que lhes ded icamos muito tempo do nosso dia, tanto na sua preparação como na sua ingestão.
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Maria, qual é a tua refeição favorita?
É o almoço . E a tua? Eu por mim, são todas!. .. em minha casa eu até sou conhecido como o "limpa restos". Ainda outro dia, a minha mãe queria aproveitar uns restos de carne do almoço, para fazer empadão de carne para o jantar... só que eu "limpei" a carne toda numa sandes ao lanche! Que exagero, então uma fatia de queijo não chegava? Maria, eu estou em crescimento, preciso de me alimentar!. .. agora queijo, isso é para meninos!
A tr an sform ação dos ali me ntos é especificamente humana e significou a passagem de um nível mais primitivo e natural para um nível cultural . As diferentes comunidades humanas começaram a utilizar e a transformar os diferentes alimentos de forma particul ar, atribuindo-lhes características e valor simbólico próprios. A escolha, a confeç ão e a interdição de alimentos para o consumo humano integram e representam códigos próprio s de cada cultura.
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~~ Na fase de nomadismo, os seres humanos aprenderam a reco lher da natureza~s os produtos necessários à sua sobrevivência e deslocavam-se constantemente em busca de alimentos . Estes eram consumidos crus e a dieta alimentar humana era essencialmente constituída por frutos, tubércu los, vegetais , alguns peixes e moluscos . Com a sedentarizaçáo e o domín io do fogo, os seres humanos começaram a transformar os alimentos. A introdução dos víveres cozinhados na sua dieta alterou os hábitos alimentares, uma vez que proporcionou a introdução de novas iguarias. Em consequência destas alterações, as características fisionómicas e fisiológicas das pessoas modif icaram-se.
Os nossos hábitos alimentares são a expressão de um património cultural antigo, resultado da acumulação de saberes de diferentes culturas. Estes dependem também da situação geográfica e dos bens nela, disponíveis. A_ astmnomia portu u~sa_tem cara_cterísticas rriediterrãnicàs, nomeadamente no que se refere aos alimentos utilizados e à forma de os confecionar. Esta sofreu influências que remontam aos hábitos alimentares romanos, helénicos, judaicos e árabes. Mais tarde, na época dos descobrimentos, a gastronomia portuguesa acolheu a introdução de novos alimentos, cond imentos e formas de os preparar, trazidos de África, da índiae da América.
DIETA MEDITERRÂNICA GRUPOS DEAUMENTOS Cereais (pão, massa,...)
EXEMPLOS DEPRODUTOS/AUMENTOS Trigo, milho, centeio, arroz...
Tubérculos
Batata, cenoura, nabo...
Leguminosas
Feijão, grão, ervilha, fava...
Frutasfrescas em abundância
Maçã, pêra, laranja...
Frutossecos e legumes em abundância
Castanhas, nozes, avelãs, amêndoas couve, tomate, pimento, agrião, alface...
Peixe em maior quantidade do que carne
Sardinha, carapau, bacalhau, pescada, atum...
Gorduras
Azeitecomo a gordura basealimentar
Ervas aromáticas variadas e usadas em permanência
Salsa, coentros, hortelã, poej o, áregãos, cominhos...
Lacticínios em reduzida quantidade
Queijo, iogurte...
Carneem pequenas quantidades
Aves, coelho, borrego, cabrito, vaca, porco...
Bebidas
Água em abundância e vinho tinto em Quantidades moderadas
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A alimentação mediterrânea assenta no consumo diário abundante em hortaliças, fruta e leguminosas, numa grande quantidade de alimentos fornecedores de amido e no azeite, como gordura alimentar. A primazia do peixe sobre a carne, a utilização de ervas aromáticas e a substituição do sal pelo alho também a caracterizam. Esta dieta alimentar é considerada, pela medicina, bastante saudável.
A sabedoria popu lar, que figura nos provérbios, revela-nos o conhecimento do povo sobre a importância da alimentação. Este tema é um dos mais ricos e presentes neste gén~ro literário, ~ferecendo-nos abundantes imagens com valor moral e expressoes que contem ensinamentos e regras soc iais. Eu até sei de cor alguns provérbios populares onde o tema é a alimentação. Queres ver? - Casa onde não há pão, tod os ralham e ninguém tem razão. - Ter mais olhos que barriga. - Quem não trabuca não manduc a. - De fartas ceias estão as sepu lturas cheias. - Guarda qu e com er, não guardes que fazer. - Pela boca morre o peixe. - Não há fom e qu e não dê em fartura. - Grão a grão enc he a galinha o papo. - Deus dá nozes a quem não tem de ntes para as comer.
. No Antigo Testamento, alimentou o povo, no deserto, enviando o maná e codornizes. No Novo Test~~ento, _Jesus transformou a água em vinho nas bodas de Caná, multiplicou paes e peixes para alimentar uma multidão e encheu as redes de pesca aos pescadores num dia em que nada traziam da faina. Na Idade Média, encontramos milagres semelhantes nas lendas biográf icas de ,quase todos os santos. O aparecimento milagroso de alimentos em penod.os de fome, surge ligado à sua ação solidária para com as vitimas da carestia. Eram, assim, identificados com a ação fraterna de Jesus A Rainha Santa .Isabel ficou conhecida pela sua bondade para com ' os mais necessitados , a quem distribuía alimentos. -_..- .._.. .. ..- ..- .._.._.. ..- .. .. .. .. .. .. ..---_ .. ..- ..- .. .. ..- .. .. ..- ..- .. .. ..-
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Lenda das Rosas Ele chamava-se Dinis, era rei e poeta. Ela chama-se Isabel , era rainha e carinhosa. Ele estava preocupado com as guerras e ela estava preocupada com os pobres. Um dia Isabel saía do castelo com moedas e pães para matar a fome aos mais pobres, quando o rei lhe saiu ao caminho e perguntou. _ Senhora, que levais aí guardado em vosso manto? Assustados pela presença do rei, os pobres que se tinham espalhado pelos jardins correram a esconder-se e temeram é fúriado rei. Com boas palavras, a rainha afastou as desconfianças do rei. Os pobres voltaram a procurar a ajuda da carinhost Isabel. Mas nas lendas e nos contos também há malvados ... E aqui foi um fidalgo intriguista que foi dizer ao rei que é rainha desperdiçava o dinheiro da coroa dando grandes esmolas aos vadios e ladrões. E o rei acreditou nas palavras daquele homem maldoso. Saiu de novo ao caminho de Isabel e fez-lhe a mesma pergunta _ Senhora, que levais guardado no vosso manto? Certa de que Deus não iria desampará-Ia, Isabel ergueu a cabeça e olhou para o céu antes de dar a resposta: - São rosas, senhor, são rosas. Abr iu o manto e, perante o seu próprio pasmo, viu que pão e moedas se tinham transformado em lindas e frescas rosas . Isto diz a história da Rainha Santa Isabel de Portugal. Contos e lenda s de Portugal -Natércia _Rocha, . -""- "- "- "- "- "- "- "- "- "- "- "- "- "- "- "- .. - .. _.. _.. _.. - .. _.. _.. - .. _.. _.. _.. _.. - .._.,
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~ ~~ Santa Isabel, rainha de Portugal, nasceu em 1270 e faleceu em 1336. Era filha de Pedro III de Aragão e de Dona Constância da Sicília. Foi dada com doze anos em matrimón io ao rei D. Dinis de Portugal, que lhe deu tota l liberdade para praticar as suas devoções . A rainha, pelo seu exemp lo de vida, conseguiu influenciar o seu marido. Diz-se que, ainda criança, já os pob res lhe chamavam mãe. A festividade em sua honra celebra-se a 4 de julho e o seu túmu lo encontra-se na igreja de Santa Clara, em Coimbra.
Indica qua is das seg uintes afirmações são verdadeiras. 7,f
a) O rei D. Duarte era poeta e a rainha D. Isabel, sua mulher, era carinhosa. <tf b) D. Dinis preocupava-se com as guerras e a rainha preocupava-se com os pobres. c) D. Isabel nunca saía do castelo e mandava os criados alimentarem os famintos. d) A rainha foi abord ada pelo rei porque este desejava saber o que ela transportava no seu manto. e) Os pobres temiam a fúria do rei. f) Os mais desfavorec idos procuravam a ajuda do rei D. Dinis. g) O rei voltou a questionar a rainha porque alguém lhe disse que ela ajudava os ladrões. h) O pão e as moeda s foram transformados em rosas.
AREFEIÇAo; EXPERIÊNCIA DE ENCONTRO o
aspeto humano central das refeições não se encontra tanto nos alimentos em si mesmos, mas na relação de fratern idade entre as pessoas que partilham as mesmas refeições. É nisto que o ser humano se distingue particularmente dos outros animais. Enquanto estes reduzem tudo ao ato de se alimentarem, o ser humano transforma as refeiçõe s em atos de confraternização e de convívio social extremamente relevantes. Comer e beber 'untos sem re foi uma forma de expressar aliança, amizade e união... e
As refeições proporcionam -nos momentos de prazer e de convívio. Surgem como uma experiência de confraternização entre os vários membros da família. Estar à mesa era, na voz dos mais antigos não apenas um lugar de fazer refeições, mas um lugar para trocar experiências, aprender, refletir, aproximar e celebrar. Lugar onde se partilhava as experiências do dia a dia, as dúvidas, onde se davam conselhos, onde se faziam repreensões e onde se rezava e agradecia a oportunidade de usufruir de uma refeição e os alimentos disponíveis. Ouviste o Carlos dizer ao professor que em casa dele raramente o jantar é em família, com toda a gente à mesa? Fiquei espantada! E ele a dizer que come no sofá?! Com um tabuleiro?!
É porque o tabuleiro deve ser boa companhia ... e a televisão também! Ah, já sei! Ele deve gostar assim porque nem o tabuleiro nem a televisão lhe pedem para partilhar a refeição! Por isso é que ele está um bocadito pesado, é por não partilhar com ninguém ... Eu não passo sem a companhia de toda a família à mesa! É tão bom! Mesmo quando a mãe faz batatas cozidas com pescada e hortaliça!. .. Com a companhia deles até nem me dou conta, porque entre as garfadas , vamos falando. Às vezes o meu pai até tem de me mandar calar, porque não se fala de boca cheia! .. . no fundo tenho pena do Carlos e de ele não poder fazer o mesmo.
Fazer as refei pes em conjunto é ai o _ ue dá sentido ao_termo famili
tornando este ato como um dos rituais comunitários mais comuns da sociedade.
Aos domingos ao almoço a minha cozinha é uma autêntica escola de culinária! Todos ajudam a cozinhar! Eu gosto de preparar as entradas, o pai gosta de ir petiscando e faz os grelhados, a mãe prepara o arroz e a salada ...
Olha, na minha casa também é assim! Eu gosto de ajudar a fazer a sobremesa! O meu pai gosta de fazer invenções e a minha mãe desata a ralhar com ele porque nem sempre corre bem. Gosto daque la azáfama da cozinha antes do almoço! É! Eu também, principalmente de rapar a taça com os restos da massa do bolo... e do convívio, claro!
Preparar eJ)Çl.Jtilhar os alimentos é urna das formas mais antí as d •• • • •• • • A preparação de uma refeição, porqu e se repete diariamente, pod e torn ar-se um gesto "mecanizado". No entanto, porque realizado a pensar nas pessoas com quem se vai partilhar a refeição, transform a-se num gesto de carinho. Neste sentido, quem prepara as refeições, em especial em casa, transporta para esse momento todo o conhecimento adquirido, tod a a sabedoria que a família foi construindo, todos os paladares, aromas e técnicas. Não se trata só da escolha dos alimentos, não só da quantidade a ser usada, não só da forma de confecionar, mas também de ter presente os "gostos" de cada um, a partilha, a troca de o iniões. !!l1P.I~1r.! ~ . . • .r alorizando a sua experiência de ded icação e entrega, como alguém que sabe receber bem os seus convidados e que consegu iu transformar aque la simp les refeição num verdadeiro momento de união.
o 5/6N/F/CIrDO 5/!1eÓL/CO-I?EL/6/050 DO IrL/!1ENTO E DIr I?EFE/ÇIrO
Na cultura hebraica os alimentossão uma dádlvade De - alocada à disposição dos seres vivos, integrando os elementos necessários à sua sobrevivência. Mas, para os autores bíblicos do Antigo Testamento, nem todos os alimentos devem ser consumidos pelas pessoas: alguns são próprios para o consumo humano; outros, são impróprios. O consumo dos alimentos é regulado por norma s de carácter religioso . Estas normas orientam os rituais de confeção dos alimentos e prescrevem aqueles que são permitidos, bem como os que são interditos ao consumo humano. Os fariseus do tempo de Jesus respeitavam um conjunto de regras que orientavam as refeições e tinham por objetivo a defesa do seu sentido espiritual. As questões ligadas à comida ocupavam grande parte dos normativos legais. Por outro lado, os essénios seguiam um verdadeiro ritual durante as refeições. Jesus entra muitas vezes em conflito com os fariseus pelo facto de eles darem muita importância a estes rituais de purificação e esquecerem o essencial, ou seja, que no centro da atenção de Deus está o bem de todas eus criou os alimentos Qar~ quetodos tenham agesso a eles. as pessoa
terra prometida por Deus ao seu povo surge , no livro do Génesis, como um local paradisíaco e abundante em alimentos (vonde corre o leite e o rnel»), Nos momentos de sofrimento, o povo vive na esperança da realização da promessa, segundo a qual virá um tempo de conforto, de paz e de abundância de víveres.
o Antigo Testamento, o pão ázimo (sem fermento) representava as privações do povo hebreu escravizado no Egito. O maná é o pão caído do céu para alimentar o povo hebreu durante a travessia do deserto do Sinai. Representa a compaixão de Deus para com o seu povo.
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A história da dádiva do Maná ao povo de Israel, no momento da travessia do ~ deserto a caminho da terra prometida, encontra-se em Ex 16. ~s Não se sabendo ao certo o que será, o Maná é uma substâ ncia granulosa, provavelmente produzida pela secreção do tamarisco (fruto da tamargueira). De acord o com o texto bíblico, parecia-se com semente de coentro, era branco e sabia a bo lo de mel. Quando os hebreus viram o acampamento coberto com esta substância ficaram espantados e perguntaram «Que é isto?» (em hebraico Man hú) . O nome maná provém , pois, da pergunta feita pelos israelitas, apesar de o texto bíblico lhe chamar «alimento » ou «pão». O maná simboliza, portanto, o pão caído do céu para alimentar o povo. No Novo Testamento, Jesus, o alimento dos que nele acred itam, é identificado com o novo maná, o Pão de Deus descido do céu.
Um dia, os discípulos de Jesus pediram-lhe que os ensinasse a rezar. Jesus ensinou-lhes a oração do Pai-Nosso. No início da segunda parte, esta oração faz referência ao pão quotidiano, símbolo do alimento diário necessário à sobrevivência de cada pessoa: «Dá-nos cada dia o pão de que precisamos... » (Lc 11 , 3).
o ItZEffE
o azeite é um dos princip ais prod utos da terra pro metida e é sinal de bênção divina. Simbo liza a alegria, a fraternidade, a riqueza e a abundância. O azeite servia para curar feridas, para temperar os alimentos e para iluminar. No Antigo Testamento, os reis, os profetas e os sacerdotes de Israel eram ung idos com azeite, para significar a bênção de Deus para o exercício de uma missão importante. Nas celebra ões cristãs,
A oliveira, árvore que produz a azeitona, a partir da qual é prod uzido o azeite, simboliza a paz e a reconciliação nas trad ições judaica e cristã.
O vinho é frequentemente associado ao sangue. _ • • .... • . • • No Evangelho de São João, é um dos elementos principais, a par com o pão, da celebração eucarística. A videira era cons iderada uma árvore sagrada pelos povos do Médio Oriente. O povo hebreu é influenciado pela cultura dos povos que o rodeiam e adapta os seus símbolos. Na simbologia bíblica, a videir a, tal como a oliveira, é uma árvore messiânica e a vinha, tal como o vinho, representam a vinda do reinode Deus. [IGMR] ' iNsrnüÇ}ro'GERALDõ'M,ssÃ'LFlÕMANõ'~c'-'v,'i õ"-:"-"-':_ a Eucaristia, n" 319 ap pao e o vinho para celebrar
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Facilmente percebemos a importância da água no nosso dia a dia: na higiene matinal que nos refresca e revigora, no gole de água fresca que nos reconforta quando a sede aperta, na limpeza das nossas casas ou na frescura do jardim regado. E parece-nos tudo tão fácil, basta abrir a torneira! Se visitamos uma igreja, a água benta, da pia batismal, convida-nos à interioridade, à presença de Deus. Aqui, ela assume um valor sagrado, ganhando outro sentido. De fonte da vida física transforma-se em fonte da vida espiritual. Aá ua est á vinculada_àldeia de ser afonie da vida Ela apresenta-se como purificadora na maioria das religiões, incluindo o Hindu ísmo, Cristianismo , Judaísmo, Islamismo e Xintoísmo.
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Noutras culturas, por exemp lo, para os índios Carajás (Brasil), o rio ~ Araguaia é sagrado, porque entendem que a sua origem como povo está no ~s fundo das suas águas. Na índia, a popu lação, em especia l os crentes do Hinduísmo, entendem que é preciso mergulhar no rio Ganges, o seu rio sagrado, para receber a "gota da eternidade". Ind ios Karajás (http://www.carajas.org/wiki/index.php?title= Indi os_Karaj%C3%A1s)
A água na Bíblia...
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Sim, tenho muita água na Bíblia!
Miguel, eu estou a fazer uma pesqu isa na Bíblia, para ver se há referências à palavra "água" ... é só isso!
Quê Maria, tens água na Bíblia?!
Maria, como foste deixar que isso acontecesse? Deixa-me ver como ficou! Imagino como deve estar esse pape l! Que desastrada, nem parece coisa tua!
, ua é multas- \L8Z8 referida na Bíblia livro sa rado do.Judaísmo e.d ~ N e l a , surge enquanto elemento presente na criação - são as águas da criação. Quando todas as coisas foram criadas, a água já existia; fo i, portanto, o elemento primordial a partir do qual tudo foi feito. Mas a Bíblia também alude à água noutros contextos, nomeadamente, a água enquanto elemento ind ispensável à prosperidade, por exemplo na agr icu ltura e na pesca, como elemento necessário à vida e como elemento purificador. Também surge ligada à presença de Deus. Os seres humanos são os únicos seres capazes de refletir sobre a importância da água. Nas diferentes culturas, são atribuídos à água sign ificados simbólicos. É uma represe ntação universal de fertilidade, de fecundidade e de pur ificação. A ág ua é també m utilizada nos ritos co munitários de várias religiões e culturas . Simboliza,_habJ1u.almente , a- urifLc ão da esso_a~a su -
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J~atismo s;ristão usa a á91@ como sinal sacramental fundamental Jesus refere-se à~que se recebe no batismo, na con versa que tem com a ~~-=:;~'- Nicodemos, um fariseu, membro do Sinédrio.
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Outro sign ificado importante da água no Cristianismo é o da ~ como Jesus se intitula a si próprio (João 4,1 -42), no diálogo com uma samar itana, de modo que ela não vo lte a ter sede; por outras palavras, alcance a vida eterna.
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Jesus e a samaritana (1585) , Paolo Veronese.
Dramatizar o seguinte texto (Cf. Jo 4, 6-11.13-14.16): -l°ê_~__"'7 Narrador: Cansado da caminhada, Jesus sentou -se, à beira do poço. Era por volta do meio -dia. 0<trt Nisto, chegou uma mu lher samaritana que ia tirar água ao poço. Jesu s: Dá-me de beber. Sama rita na: Mas tu és judeu! Como é que te atreves a pedir-me água a mim que sou samaritana? Jesus : Se tu soub esses aquilo que Deus tem para dar e quem é aquele que te está a pedir água , tu é que havias de lha pedir, e ele dava-te água viva. Samaritana: Nem sequer tens um balde e o poço é fundo! Donde é que tiras a água viva? J esu s: Quem bebe desta água volta a ter sede , mas quem beber da água que eu lhe der, nunca mais há de ter sede . A água que eu lhe der torna-se dentro dessa pessoa numa fonte que lhe dá a vida eterna . Samaritana: Senhor, dá-me então dessa água, para eu nunca mais ter sede , nem precisar ~ de vir buscar água a este poço .
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Em algumas religiões, incluindo o Judaísmo e o Islamismo, é ministrado, aos mortos, um banho de água purificada , simbolizando a passagem para a nova vida espiritual eterna. Ainda no Islão, os fiéis apenas podem praticar as cinco orações diárias após a lavagem do corpo com água limpa, no ritual de ablução denominado "wudu".
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• tendo em conta que a água é um bem essencial à vida,
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- A água é um bem que se pode esgotar. Se não tivermos cuidado, os nossos descendentes não terão acesso a este bem essencial. ._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..
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r:'eÃiGOPARAA'HUMANIDADE
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ai uns dos quais não são renováveis,
!6evemos ter em conta na Iim~tação d?S ~ecursosa~~~~~'do~ínio, põe em perigo ~eriamente ~ i como se diz. Usá-los como Inesgotavel~, com t mas sobretudo para as geraçoes futuras. i sua disponibilidade, não só para a geraçao presen e, ! João Paulo II SollicitudoReiSociafis _ .. _ .. _ .. _ .. _ .. _ .. _ .. i.._.._.._·:_··-··-··-··-··-··-··-··-·· I>os potiMlI <I6por"IwI,
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• •• o Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada co m os pães ázimos (sem fermento) e com o sacr ifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com o seu povo . Moisés, esco lhido por Deus para libertar o povo judeu da escravidão dos faraós, comemorou a passagem para a liberdade, imolando um cordeiro. - Paraos .çristáos, o cordetro é o ró xip -Jesl,Js Cordeiro de Deus, que foi sacrificado na cruz pelos nossos pecados, e cujo sang ue nos redimiu: ao morrer, destruiu a morte, e ao ressuscitar, restituiu a vida.' .. • .. • .. •• •• • _agora não só co m um povo , ma Cristo ressuscitado (2013), Gafanha da Encarnação.
A PRODUÇAO E O COI1ÉRC/O D05AL/I1ENT05
Os alimentos são tradicionalmente obtidos através da agricultura, pecuária, pesca, caça, recolha ou outros métodos de subsistência localmente importantes para algumas populações.
~mem bro da União Europeia, devido à Política Agrícola Comum, sofreu nas últimas décadas um desaparecimento arcial de uma das principais atividades económicas - • •• • No entanto , muitos agricultores continuam a ter na terra a sua fonte de rendimento e subsistência. Para poderem sobreviver e dar resposta aos tempos modernos é importante que se possam atualizar, reunir e obter as ajudas necessárias para poder produzir bem, recolher os seus produtos e depois vendê- los a um preço justo . ~d os produtos alimentares para além de obedecer a regras de recolha, conservação, transporte e d istribu ição ~ -urrifator de ~\Jst i a social distribuindo os resultados or todos e não só por alguns elementos desta vasta cade ia. 1· . . . .
!t parfi/l7a do g,ão u idodc leiivo -'-
Dia Mundial do Comércio Justo a 14 de maio
COI1ÉRC/O JU5TO
Há muitos anos , as pessoas trocavam bens entre si conforme necessitassem. Quem tinh a batatas trocava algumas delas por quem tivesse cenouras, por exemplo.
Na idade moderna massificou-se na Europa, a moeda. Os bens que as pessoas produziam, fossem bens agrícolas, fossem bens produzidos, começaram a ser vendidos e com o dinheiro dessas vendas as pessoas comprava ens de que necessitassem. Globaliz mundo inteiro começou a vender e a comprar bens a Co pessoas o mundo inteiro. E por isso as calças que trazes vestida s podem ter sido feitas no outro lado do mundo!
A Globalização trouxe muitas coisas muito boas e algumas coisas menos boas. Desde que te levantas até te deitares à noite, utilizas objetos de muitos países diferentes! Junto com as coisas boas de todo o mund odemos beneficiar, a especu Algumas empresas Globalização trou xe a possibilidade encomendam produtos a um preço muito aIXO, pagando muito pouco a quem produz. Transportam esses produtos para outros países onde vendem esses be e os muito altos. ~i3iiII!!!I!f!ll!l comércio ' S
Assim, quem produz bem, recebe o seu salário e pagamento justo, não vivendo da pob reza! Quando se adqu ire um produto do Comérc io Justo, estamos a comprar um bem e ao mesmo tempo a garantir que alguém , fruto do seu traba lho, não viva sem os meios necessários!
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Numa cadeia de Comércio Justo, existem apenas três entidades envolvidas no processo : o produtor, o importador que é uma ONGD (Organização Não Governamental de Desenvolvimento, sem fins lucrat ivos) e o vendedor final.
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Pesquisa na NET "Equação" em: http://www,equacao,org e recolhe informação sobre o Comércio Justo em Portugal. Como divulgar estas iniciativas na escola, na família, na paróquia? Lança o desafio à turma!
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i: o Helder Câmara (1909-1999) , I F~i Arcebispo
de Olinda e ReCife
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.._' " _ ' ' _ , , - " - " - " «Deus destinou a terra e t~;; ';;~'~';~'~~~; " -" - " -" - "- " - " - " -" -" - " -" -" - .._"_. povos, de sorte que os bens criados d para o uso d~ t~dos os homens e de todos os i segundo a regra da justiça, inseparável da ~:~:dce~~gar eqUItatIvamente às mãos de todos,
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Concílio Vaticano II, Const. Past. Gaudium et Spe s, 69: AAS 58 (1966) 1090
.._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ ..- ··_ ··_ ··_ ··_ .._ .._ .._ .._ .._ .._ ..1 A Declaração Universal dos Direitos Humanos, no seu artigo 25.º, reconhece o direito de todos a um nível de vida que assegure o acesso aos bens alimentares essenciais. e • . • • • I.
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A
sobrevivência e a saúde dependem do acesso a uma alimentação equil ibrada; esta não pode , pois, estar vedada a ninguém. A restrição do acesso à alimentação , a pob reza e a subnutri áo são uma calamidade sem qualquer justificação, uma vez qu
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.. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. _.. .. .. -"-"-"-"-"-"-, 1~~;~~~~~í;~· ;5 .º da Declaração Universal dos Direitos Humanos
!
, , . ufíciente ue lhe assegure e à sua família a saúde e i , Toda a pessoa tem direito a um nível d,e vl?a s _ q vestuário ao alojamento, à assistência i : o bem-estar, principalmente qu~n.to a alim~n.taçao , ao , médica e ainda aos serviços socrais nec~~:~~~~ ~ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ ..
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l._.._ .._··_··_··_··-··-··-··-··-··-··Infelizmente aquilo que deveria ser um direito de todos, nem sempre o é motivado por diferentes fatores, mas sobretudo , or ue a anância se sobrepõe aos direitos das pessoas. • I I. I Tem sido uma das grandes • causas de morte de milhões de seres humanos em todos os tempos e sociedades. Muitas pessoas em todo o mundo passam fom e ou estão subnutridas, apresentando carências alimentares graves.
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homen s e a
, is os .._ .._ .._ ..-.. _ ..áo ',numeravel t de morrer ME ' 'os sa pon o :-"-"-"-'i~~ÊNC'AS DAFO m continentes ,Intelr ~ubalimentadas, ~ 'mento mental de i AS CO~S ' m pode ignorar que.'n~meráveis as c,nanç~;iíSiCO e o des enV? VI por este mesmo ue e
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, Hoi nlng dos pela fome , I Id de e o cresClmen tóes inteiras estao, : mulheres tortur~e delas em ~enraEI do's sabem que reglo , grande pa pengo . o \ outras triste desânimo, _ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ ... denadas a .lO 45 _ •._" ~ facto, con P pulorum Progress , _ •• _ • • _ .. - •• _ •• _. .
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A nível mund ial, cerca de uma em cada nove pessoas não tem com ida suficiente... mas esta situação está a melhorar... como podemos nós ajudar?
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.. Repart ição da população subnutrida mundial em 2014 As últimas estimativas da FAO indicam que a tendência para a redução globa l da fome continua. Calculava-se que cerca de 805 milhões de pessoas estariam cronicamente subnutridas em 2012-14, mais de 100 milhões abaixo dos valores : da última décad a e 209 milhões de pessoa s a menos desde 1990-92. 1 Contudo, a nível mundial, cerca de uma em cada nove pessoas ainda tem comida ! insuficiente para uma vida ativa e saudável. A grande maioria dos subnutridos i vive em países em desenvolvimento, onde se estima que 791 milhões dessas pessoas estavam cronicamente com fome em 2012-14. Ainda que os países em desenvo lvimento também deem conta da maior parte . das melhorias nas últimas duas décadas - com uma redução tota l de 203 milhões de pessoas subnutridas desde 1990-92 - uma em cada oito nestas regiões, ou 13,5% da população global, continua cron icamente mal alimentada. Esforços consideráveis ainda são, pois , necessários para atingir o Objetivo do Desenvolvimento do Milénio (ODM) até 2015, no que respeita ao problema da fom e, especi almente em países que têm registado um progresso insufic iente. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .._.. .._.. .._.. ..- .. ..- .. ..- .. ..- .. ..
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-- _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ A distribuição variável da fome ~ ~ mun do: núm eros e percentage ns de pessoas subnutridas por reqrao , 1990-92 a 2012-14 199G-92
Number
2012· 14
O Developed reg ia m O Southem Asia
(%)
1990-92 2012- 14
1990-92 2012-1 4
20
15
2.0
1.8
292
276
28.8
34.3
G SutrSaharan Africa
176
214
17.3
26.6
o Earte mAsia
295
161
29.1
20.0
138
64
13.6
7.9
69
37
6.8
4.6
8
19
0.8
2.3
13
0.6
1.6
0.9
0.7
Sout h-Eart em Asia
O Latln America
and th e Caribbean
Wes1e rn Asia
CD Nort hem Afr ica O Caucasus a nd Central Asia
10
Ocea nia ( Total = 1 015 million)
( Total = 805 million)
Regional share
(mi/li ans)
Tota l
1015
80 5
0.1
0.2
100
100
.. orcionais ao número total de subnutridos em c a~ a Nota: As áreas dos setores dos qr áticos sao prop r r s provisórias Todos os números estao , período. Os dados para 2012-14 referem-se a es irna iva arredondados, Fonte: FAO http ://www.fao.org/ (2014)
•
FALTA E DE5PERDíc/o DE CO!1/DA Por ocasião do Dia Mundial d Ar de 2014, o Papa Francisco :sc::::t~çao cel~bra~o no dia 16 de outubro para a Alimentação e Agricultura ~rganJzaçao das Nações Unidas desperdício de comida e chamand res~a ta~do o paradoxo entre falta e muitas vezes encaramos o s f' o a a ençao para a indiferença com que viver dignamente. o nmento de quem não tem o essencial para
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A? se~~~~'-;;~;'~~" -:-" -" -" ~" -" -" _" _" _" _"_
Otretor-Geral da FAcg'ano da Silva
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.. ..- .. "Ta . , . mbemesteano 00' : Irmãs qUe em d' ' la Mundial da Alimenta ! refletir sobre Iversas partes do mUndo não ç~o se fa~ eco do brado de tanr . especulações d~s enorme quantidade de al:~~ ~ alimento diário. Por outr~s/n~ssos Irmãos e
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~~s~~~e~~~~~du~~:;~~~~~oi~~~~~~eU; i: ~~~: é~:~~:~~~~~x~:~d~~so,;~~t~~~~~~~ f responsabilidade
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Da mensagem do Pa . pa FrancIsco para o D' M . la und'al da AI' "-"-"-"Imentação 2014
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Desperdício de alimentos, a reflexão necessária "Quando analisamos as estatísticas sobre o desperdício de alimentos ficamos instantaneamente chocados: cerca de um terço dos alimentos que são produzidos no mundo são desperdiçados ao longo da sua cadeia de valor (produção, colheita, transporte, processamento, comercialização, confeção e consumo), perfazendo cerca de 1,3 mil milhões de toneladas por ano. Um terço deste total daria para alimentar, com sobras, os 842 milhões de pessoas que passam fome no mundo. (...) Ao reduzirmos o desperdício, não só aumentamos a disponibilidade de alimentos no mundo, como reduzimos o seu preço e o impacto da produção agrícola no ambiente. Desta forma , salvamos vidas e o mundo." Por Hélder Muteia, publicado em 7 ago. 2014 (ht1p://www.ionline.pl/iopiniao/desperdicio-alimentosa-reflexao-necessaria/pag/-1) Responsável do Escritório da FAO em Portugal
Todos os dias na cantina vejo alguns colegas nossos a estragar a comida! Devia ser punido por lei estragar comida! Todos deviam fazer como a minha mãe: cozinha muitas vezes "Redon "! Miguel, és radical, mas acabo por concordar contigo , Estragar comida é uma falta de respeito para com aqueles que gostariam de ter um bocadinho de comida, e não podem ter ... e explica lá que prato é esse "Redon" ... Tu não sabes? Então "Redon" são os "restos de ontem", mas para parecer um prato "gourmet" dizemos "Redo n"!
CltU51t5 DIt FONE
A fome tem causas que dependem da~pon~dade hu man~ te~aLJSi{s naturaiS> -A escassez de alimentos surge ou aumenta sempre que há conflitos e guerras. De facto, a destruição causada pelos conflitos armados limita ou impossibilita a produção de alimentos necessários. Porque é imprescindível para a sobrevivência do ser humano, o acesso a bens alimentares tem sido utilizado como instrumento de hostilidade e de pressão sobre as comun idades. São frequentes os cercos às grandes cidades e às popu lações para forçar a sua rendição. Em muitas situações de conflito, o im e ' to de acesso ao alimento , incluindo a corredores hum itár' cuja função é fazer chegar proibição mantimentos à popu açao, po e ser uma arma cruel, que é usada para fragilizar as popu lações. Este comportamento, ainda que ocorra em situação de guerra, é criminoso. A tática militar que pretende obrigar à rendição através da fome e da sede é muito antiga . O texto que se segue dá testemunho do sofrimento da população de Lisboa I, cercou a cidade .
no reinado de D. João j_ .•_ .._ .._ .•_ .._ quando •• _ .._ Castela, •._ .•_ •._ ••-
: O cerco de Lisboa e a tom .._ ..- .._ .._ .._ ..- .._ ..- .._ .._ .._ .. I Na cidade [d L' b _ e - ..- ..- .._ ..- ..I . e IS oa] nao h . t ' ; que as pobr ' avia ngo para vender e se o h . .
I:~~~~:e~~v~~:ij~:;~~~~?~~ ~h;~~~~:~'~~;~~~::~i~;~:~:~~~~:~~~~~~sc:r~ ! j E começaram a comer pão de
~:g:r ~U1tO po: um pão, não o achariam a v:n~:rs em que, !
! :~a:v:md~o~:~: coisas pouco ~a~itu~~s~~e~t~~~a~ ~~~~~~j~s das ma/vas e 'raízes de ! e mo ços esgaravatando a terra e se a s umavam vender o trigo, I ! bebiam tanta á9~~C~en~~~~~~0 outr~ mantime~to; outr~:~fmr:~:~~:_;rã~s de trigo, I ; metiam-nos na
e cac opos momam, jazendo inch d e e ervas e ! ,. outros lugares. a os nas praças . A : ndavam os moços d tr ê e em I I e res e quatro an . : suas mães, e por amor de Deus, tamanho de uma ~~/~~~horavam, que era triste coisa de ve~' c~:: I~ue lhes dar ~enão ; Desfalecia o leite àq 'I avam,que era um grande bem. ' es davam pao do . ue as que tinham cn I os seus filhos, míngua de mantimento, e j
! I~~~~~~e~u:n~~avam
mu~~:~~~n~~~~ ~~:~ cid~de
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I alheias com olhos c~~~~~ que a morte ~s privasse da vida. Mu~~sc~~ravam
muitas vezes j acorrer,caíam em dobrad~~'i~~zracumpnr o que a piedade manda e nã~e~~dvaOmd as preces j IF . ' e que lhes :
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: ernao Lopes, Crónica de D. João I (text d ..... _ .. _.. - .. _ •• _ •• _ •• _ •• _ •• _ .. _ oa aptado)
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Lê o texto "O cerco de Lisboa e a fome» e indica quais as afirmações verdadeiras. a) O cerco decorreu no reinado de D. Pedro I. b) Durante o cerco, a cidade de Lisboa tinha acesso a uma grande quantidade de alimentos. c) A população começou a comer pão de bagaço de azeitona. d) O trigo e o milho existentes eram suficientes para alimentar toda a popu lação. e) Morreram muitos homens e crianças vítimas de fome. f) A carne de galinha e de porco encareceu muito. g) Os pobres sofreram muito, mas os mais abastados sobreviveram sem dificu ldades. h) As crianças começaram a pedir pão em toda a cidade. i) As crianças que eram amamentadas estavam proteg idas.
Em muitas
circunsta~nn~c~i~a~sJ'~,~~
~eríodos d _"",e~c~;::::::==~~-.oI!!,~~~~
A~re~e a~ifi~provocadas
pela ação humana,
ta~afeiâm1Jma considerave~ntagem da população mundial.
o ser humano é a única espécie que, através do seu comportamento, pode alterar significativamente o func ionamento do planeta.
Os problemas ecológicos são, muitas vezes, consequência da exploração excessiva que o ser humano faz dos recursos naturais, colocando em erigo o equilíbrio da natureza. Estes comportamentos são ambi ã esmed ida, do desejo egoísta de alcançar riqueza e efeitos poder, seja individual seja coletivamente (por exemplo, as nações que não respeitam os acordos de defesa do meio amb iente . Contudo,
Eu gostava tanto que toda a gente pudesse comer, nem acredito quando ouço falar de pessoas que não podem co mer, por causa da amb ição dos outros ... parece um filme de terror!
Mas é real Miguel. Também me custa acreditar como é que há pessoas que não se importam com os outros , com o planeta! Temos de fazer algum a cois a.. . Sim, Maria, concordo contigo, vamos já começar a anotar nomes dos responsáveis ... será que eles têm caderneta? Deviam levar um recado!
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No dia 17 de junho de 1994, foi aprovada, em Paris, a Convenção das Nações 9-'~ Unidas de Combate à Desertificação . Este documento prevê acordo entre os vário~S países do mundo para se combater o avanço da desertificação dos solos . Na Convenção, entende-se por «desertificação» a degradação da terra resultante de vários fatores, incluindo as variações climáticas e as atividades humanas . Cf. ONU, Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação 7-1'
Completa o seguinte texto com vocábulos retirados do banco de <l'f palavras. Terra / acesso / país / mulheres / alimentação / artificiais / ambientais / escassez / nações / bem-estar / alimentos / económicos / mundo / recursos Os problemas (...) provocam (...) de alimentos. Apesar de a (...) ter (...) suficientes para responder às necessidades da popu lação de todo o (...), os interesses (...) das (...), em muitas circunstâncias, colocam em risco o (...) de todos à (...). 7-1'
A fome ocorre devido a causas naturais, bem como a causas que <l'f dependem da responsabilidade humana. Faz corresponder, registando no teu caderno, os elementos da coluna A aos da coluna B, assoc iando, a cada letra, o número respetivo.
1 - Causas naturais 2 - Causas que decorrem da responsabilidade humana
a) Guerra entre as populações b) Grandes inundações c) Conflitos armados d) Terramotos e) Cidades sitiadas sem acesso a bens de consumo f) Desertificação g) Egoísmo e amb ição h) Especulação de preços i) Seca j) Precariedade labora l k) Trabalho mal remunerado
IT POtJ/(EZIt E It INJU5ílt DI5í/(ltJUICÃO DE tJEN5 Verifica-se urna desi ual_dlstribui áo.de ri ezaas que coloca em contraste pessoas muito ricas, que possuem bens em excesso, com pessoas muito pobres, que não têm o indispensável para a sua sobrevivência. Estas desigualdades sociais levam a que muitas pessoas não consigam ter acesso à habitação, à educação, à saúde e à alimentação, e põem em causa a dignidade humana, pois todos os seres humanos têm direito a condições essenciais de vida.
a cada um os bens essenciais a que tem direito.
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Abaixo a injustiça! Comida para tod os! Abaixo a indiferença! Vamos protestar! Vamos unir-nos para que todos tenham o seu pão! Maria, nós até parecemos de um sind icato qualquer ... Migue l, um sindicato qualquer não! É o sindicato dos sem-pão! O professor disse que podíamos fazer cartazes e espalhá-los pela escola! No bar, no refeitório ...nos corredores! Temos de fazer com que todos sejam sensíveis ao problema da injusta distribuição da riqueza! Até podemos fazer um concurso! Ganha o melhor cartaz!
~
/N5TrrU/çOE5 NIrC/ONIr/5 E /NTERNIrC/ONIr/5 QUE LUT CONTRIr Ir ronr
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Perante as desigualdades na distribuição da riqueza, a sociedade civil foi-se organizando e criando organizações com o intuito de defender as populações dos abusos, das injustiças, do real direito à alimentação. ~~L-Jc1e:~&-~~'riZi$~~ffi€r--c~ n h e c i d as
pelo nome de anizações Não Gov m G), isto é, associações cria as pe a e CIVI , a margem do Estado. Dis~ ~ n i zaçõ es ou instituições privadas porque ~
~ Estas organizações têm obtido o respeito e a confiança da opinião pública, uma vez que contribuem para a defesa da qualidade de vida das populações mais desfavorecidas, prestam ajuda humanitária e auxiliam em casos de emergência. A sua atuação permite evitar ou resolver muitas situações de risco. São exemplo disso a FAO e o Banco Alimentar contra a fome.
FAO A Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO - Food and Agriculture Organization) é um organismo das Nações Unidas que tem
por objetivo promover o desenvolvimento rural e elevar os níveis de nutrição dos povos. A FAO organiza programas para o aperfeiçoamento e eficiência da produção agrícola e criação de gado, aplicando as novas tecnologias nos países em vias de desenvolvimento. No combate à fome, fomenta a preservação dos recursos naturais, estimulando o desenvolvimento da regulação da pesca, a piscicultura e o investimento nas fontes de energia renováveis. ~ til
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• A Santa Sé participa na ONU e nas assembleias-gerais da FAO como observadora, o que lhe permite denunciar a pobreza e contribuir para desbloquear situações em que se impõe a procura de entendimentos entre os diferentes países e a defesa dos mais pobres.
\S'o?d
Banco Alimentar Contra a Fome Sabes Migue l, todos os anos a minha mãe vai ajudar na campan ha do Banco Alimentar contra a fome . A minha catequista, e o professor de EMRC também disseram que íam... ... e acho que nós também podemos ir! Eu acompanhei a minha mãe durante algumas horas , eu entregava o saco às pessoas! Depois também fui entregar os bens reco lhidos ao Banco Alimentar e estive a ajudar a sepa rar os alimentos por espécies! Deves ter chegado a casa cansada! Sim, cansada, mas feliz!
• O Banco Alimentar pretende evitar o desperd ício de alimentos, fazendo-os chegar às pessoas que têm fome . Recebe toda a qualidade de géneros alimentares, ofertas de emp resas e particulares, em muitos casos excedentes de produção da indústria agroalimentar, produtos originários de ofertas da União Europe ia e excedentes ag rícolas. Realiza também campanhas de solidariedade nas superfícies comerc iais, recolhendo assim dádivas das pessoas que nesses dias aí se encontram a fazer compras. A recolha dos bens alimentares respeita as normas de segurança e higiene alimentar. A logística da recolha de alimentos é feita med iante o encaminhamento de produtos alimentares para depósitos. Estes são sujeitos a triagem para controlo da qualidade dos produtos e é salvaguardada a sua conservação em cond ições que garantam a manutenção da sua perfeita qua lidade . . Jrabalho_doS-Bancos Alimentªre.s--ªssenta nos _ rincí ios _ d o abrigo da lei do mecenato. Os alimentos recolhidos pelos Bancos Alimentares Contra a Fome são encam inhados para instituições de solidariedade social, que têm como missão o apoio às pessoas mais carenc iadas. A distribuição dos bens alimentares é realizada de forma a corresponder às necess idades das popu lações.
o AnOR PARTILHADO 50L-/Di1R/EDi1DE E VOL-UNri1R/i1DO A pobreza que afeta grande parte da humanidade é uma calamidade que deve ser combatida por todos os países. As nações mais ricas e desenvolvidas têm uma responsabi lidade acrescida e devem cooperar com os países mais pobres para a resolução deste prob lema básico. .. .. .. .. .. .. .. .. ..
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moral. Ela não se imp?e
I A solidariedade internacional e uma e:(\g~n mas também como ajuda ao verdadeIro I unicamente nos casos de extrema urgencla, um que requer esforço convergente. e
: desenvolvimento. Trata-se de uma ~br~ COt:cni~as concretas , mas também para criar ~ constante para se encontrarem as so uJo~s tempo. A paz mundial, em grande parte, ~ uma nova mentalidade nos homens es e ~ depend e disso. , F' :, Congregação par~ a Ddoudtrina .d~ ee~ libertação, 22 de março de 1986, n::.,: .1_ .. _ ••_ ••_ ••_ ••_ ••_ ••_.
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..... - .._..- .. ..- ..
: Instrução sobre allber..:.•
r:.::!:....- .._.._.._.._.._.._.._.._..
Mesmo no mundo capitalista, em que 'tem pessoas que se preocupam em . • • • • • " -São os chamado~tári9D Encontramos voluntários nas mais variadas áreas: na saúde, na educação, na ação social, no desenvolvimento da ciência e da cultura, na defesa do patrimón io e do amb iente, na proteção civil, etc.
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voluntariado orienta-se pelos princípios da solidariedade , da cooperação, da gratuidade, da participação e da justiça e procura responder às necessidades e objetivos de quem solicita a sua intervenção. Em Portugal, muitas instituições direcionadas para a educação, para a saúde, para o apoio a idosos, desempregados e crianças dependem do trabalho de voluntário s.
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Muhammad Vunus nasceu no Bangladesh, um dos países mais pobres do mundo. Doutorou-se nos Estados Unidos da América em economia e regressou ao seu país em 1972. Nessa altura, verificou que o Bangladesh estava cada vez mais pobre . Muitas pessoas morriam de fome e as que pediam empréstimos aos bancos para iniciar um negócio familiar e lutar contra a miséria não conseguiam obter o crédito necessário. Fundou o Grameen Bank, o Banco dos Pobres. Este banco empresta pequenas quantias de dinheiro para a criação de negócios a quem vive abaixo do limite mínimo da pobreza, de preferência a mulheres. No Bangladesh, metade dos agregados familiares que recorreram ao microcrédito conseguiram sair da pobreza. O Modelo de Yunus inspirou perto de mil sucursais em todo o mundo. A ONU declarou 2005 o ano do Micro crédito e da Microconfiança. Curiosamente, embora não exija garantias às pessoas a quem empresta, a taxa de recuperação é de cerca de 99%.
A I reia Católlcaéres onsável
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centa em-muito .elevada ~
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4Jil!UIl!I[1.t·x:tWEt!~lmII.]r:mhji~.[••(. . .~
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As congregações religiosas, as missões, as instituições de solidariedade da Igreja e as paróquias são estruturas da Igreja Católica que oferecem, em todo o mundo, apoio direto à promoção da dignidade humana.
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_ ..-"-" r"-"-"-":-:' , . : Ser Voluntano
d I . o de agir em prol o : ~ as ue motivadas pelo seu dese] conhecer I ~ Os voluntários missionanos ,s aç~~:~~iS ~sf~vorecidas e pela vonta~~ ~~ ~:~:m de livre I
! desenvolvimento das popu a ainda não conhecem Jesus i es do Evangelho aos povos que
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I ~~~~~~ em missão para outros países. a sua ação de forma gratuita~ pr~ncipalme~t~e: i I O voluntário missionário, qu~ .::~~;o~v:nviado a c~ncretiza~ a sua mls~:~õ~~ ~~~ ~uem \ : países em vias de des~~vO VI , ta às necessidades reais das popu ~ Igreja Católica, numa loglca de respos I : trabalha. / notici a,asp?notici aid =32760 _ I http ://www.fecongd .or9 vm_ _ .. _ .. _ .. _ .. - .. _ .. _ .. - ..
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Maria, já te contei que gostava de ser bombeiro voluntário? ~au! ~inda não! Admiro muito os bombeiros!. .. e eu Ja te disse que gostava de ser voluntária no hospital?
Maria, não faças isso! Tenho pena dos doentes ainda tinham de te aturar... ' Ai sim?! Vá Maria, não te enerves ... Olha, t~ .go staste de ouvir,as coisas que o missionário voluntário que esteve na Africa e que veio à aula de EMRC contou da sua experiência? Eu adorei! O meu_primo João também já fez volunt ariado nas férias de ver~o . Eu ~~ando for maior também quero ir para um pais em dificuldade e ser missionário.
r "-"-"-"-"-"-"-"-"-"-"-"-"-"-"-"-"-"-.._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._ .._. Muitos são os leigos que se sentem cham ados a trabalhar em projetos de cooperação para o desenvo lvimento em países longínquos e, num gesto de entrega, doam parte das suas vidas para responder a este apelo. Ano após ano, o número de voluntários missionários tem vindo a aumentar e, em 2008, serão 283 os que partirão com a missão de contribuir para a construção de um mundo mais justo e mais humano, co laborando no trabalho que os parceiros locais estão a desenvolver no terreno. Os voluntários partem integrados em projetos dinamizados por entidades cató licas , com missões nos países em desenvo lvimento. Em Portuqa l existem cerca de 50 entidades, entre Institutos/Congregações religiosas, ONGD, IPSS, Assoc iações, Dioceses e Paróquias, cuja vocação é a promoção do trabalho missionário e a ajuda ao desen volvimento dos povos. O envio de leigos missionários não é uma realidade nova em portugal - os primeiros voluntários portugueses partiram há cerca de 20 anos -, no entanto, a dimensão que este «movimento» atingiu e o número de portugueses que se sente chamado a atuar em causas a favor dos países mais pobres é radicalmente maior que há duas décadas atrás.
_.._.._.._ _.._.._.._.._.._.._.._.._.._ _.._ _.._.._.._.._.._.._.._ _.._..- .._ http://www.paroquias .org/ noticias.p hp?n=7517 ..
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Assinala as alíneas que se referem aos valores que orientam o voluntari ado . a) Solidariedade b) Avareza c) Cooperação
d) Egoísmo e) Generosidade f) Gratuidade g) Irresponsabilidade h) Participação
i) Justiça
..
11 PIlRTILI1Il FRIlTERNIl D05 PRIHEIR05 CRI5Tlr05 Acabar com a pobreza no mundo pode parecer uma tarefa impossível de realizar. No entanto é importante que todos se sintam capazes de dar o seu contributo, aceitando que cada pessoa é u ~lguém que espera de nós uma ação, uma ajuda. A indiferença mata qualquer possibilidade da partilha. ~ode significar a resolução de um prob lema que a todos nos deixa inquietos, quando sabemos que a fome continua a matar.
Apóstolo Paulo a pregar (1774), pormenor. Giovanni Paolo Pannini.
o texto dos Atos dos Apósto los mostra uma forma de vida que se baseia num desprend imento tal que coloca no centro das suas vidas não só o serviço e o amor ao próximo como também uma dedicação e acolhimento da mensagem de Jesus. Poderíamos dizer que a palavra d~e~=~ se torn a ação concreta, demonstração clara de vivência d de uma opção de vida em prol do bem comum .
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" Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão e às orações. " Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos Apóstolos , o temor dominava todos os espíritos. "Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum. "vendlam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um. "Corno se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração. " Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação.
AÚLTIHA CEIA
MC14.12 -25 No primeiro dia dos Ázimos, quando se imolava a Páscoa, os discípulos perguntaram-lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?» " Jesus enviou , então, dois dos seus discípulos e disse: «Ide à cidade e virá ao vosso encontro um homem trazendo um cântaro de água . Segui-o 14 e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: O Mestre manda dizer: 'Onde está a sala em que hei de comer a Páscoa com os meus discípulos?' 15Há de mostrar-vos uma grande sala no andar de cima, mobilada e toda pronta . Fazei aí os preparativos.» 160 S discípulos partiram e foram à cidade ; encontraram tudo como Ele lhes dissera e prepararam a Páscoa. " Cheqada a tarde , Jesus foi com os Doze. " Estavam à mesa a comer, quando disse: «Em verdade vos digo: um de vós há de entregar-me, um que come comlço» " Começaram a entristecer-se e a dizer-lhe um após outro: «Porventura sou eu?» 20Jesus respondeu-lhes: «É um dos Doze, aquele que mete comigo a mão no prato . 21 Na verdade, o Filho do Homem segue o seu caminho, como está escrito a seu respeito ; mas ai daquele por quem o Filho do Homem vai ser entregue! Melhor fora a esse homem não ter nascido!» " Enquanto comiam , tomou um pão e, depois de pronunciar a bênção , partiu-o e entregou-o aos discípulos dizendo: «Tomai: isto é o meu corpo.» 23Depois, tomou o cálice , deu graças e entregou-lho. Todos beberam dele. 24E Ele disse-lhes: «Isto é o meu sangue da aliança, qu e vai ser derramad o por todos. 25Em verdade vos digo: não voltarei a beber do fruto da videira até ao dia em que o beba, novo , no Reino de Deus.»
A Última Ceia foLaúJtima refei ão uaJesuslomou com os.se ' sto1o -na noite em quefoi traído e preso no Jardim das Oliveiras. ••• •• ••• • De acordo com a narração dos factos em Mc 14, 22ss, tomou o pão, deu graças a Deus, partiu-o e distribuiu-o pelos seus discípulos, dizendo: «Tomem. Isto é o meu corpo.» Depois, pegou no cálice do vinho, deu graças a Deus, passou-o aos discípulos e todos beberam dele. E disse-lhes: «Isto é o meu sangue, o sangue da aliança de Deus, derramado em favor da humanidade». Desta forma, Jesus anunciou que ele próprio se encontrava presente no pão e no vinho, sempre que este gesto fosse repetido em seu nome. Assim, o pão e o vinho, simples bens alimentares, passaram a assumir um novo significado: a presença de Jesus no meio dos que o amam. A sua morte não significou, por isso, o abandono e a solidão dos seus amigos, mas uma nova forma de presença: no Espírito, Jesus é companhia amiga para todos os que nele confiam. - Jesus-deu a sua vida elo bem da.humanidade em cada ato em cada palavra, em cada gesto realizado, até ao limite da morte. ucaristia
Na Eucaristia, Jesus torna-se o alimento daqueles que n'Ele acreditam.
o LItVIt-PÉ5
[o 1 3, 3-7. 1 3-1 7 "Enquanto celebravam a ceia, Jesus, sabendo perfeitamente que o Pai tudo lhe pusera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava , "levantou-se da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e atou-a à cintura. sDepois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que atara à cintura. "Cheqou, pois, a Simão Pedro. Este disse-lhe: «Senhor, Tu é que me lavas os p és?» 7Jesus respondeu-lhe: «O que Eu estou a fazer tu não o entendes por agora, mas hás de compreendê-lo depois.» (...) 13«Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-me 'o Mestre' e 'o Senhor', e dizeis bem, porque o sou. 140 ra, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. lsNa verdade, deivos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também. 16Em verdade, em verdade vos digo, não é o servo mais do que o seu Senhor, nem o enviado mais do que aquele que o envia. 17Uma vez que sabeis isto, sereis felizes se o puserdes em prática.
A origem deste ato pode estar nos costumes relativos à hospitalidade das civilizações antigas, especialmente naquelas onde as sandálias (um calçado aberto) eram o principal tipo de calçado. O anfitrião, ao receber um hóspede, oferecia o seu criado e uma vasilha com água para lhe lavar os pés. Para os judeus, este gesto enquadra-se nos ritos da ceia pascal. -. Era uma ação própria dos escravos não judeus. Jesus não ficou à espera nem pediu a ninguém para realizar tal ato de humildade ou de bem
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5E/? PirO PIr/?Ir 05 OUT/?05 o cristão sabe que o verdadeiro amor a Deus passa pelo amor ao próx imo e exige ações concretas. Quem vive numa situação privilegiada em relação à maior ia, usufruindo de abundância de bens, deve agir em benefício dos mais pobres. É esta a atitude que agrada a Deus.
1)0 3. 17-18 17Se alguém é rico e não tem coração para ajudar o seu irmão na fé, vendo-o com necessidade, como pode dizer que ama a Deus? lSMeus filhos, não amemos com palavras e discursos, mas com ações e com verdade.
Jesus chama a atenção para o perigo da ganância e do desejo desmedido de acumular riquezas. A opu lência e os bens materiais, alerta Jesus, não podem ser o principal objetivo da vida das pessoas.
Muitas vezes, é a partir do gesto de saciarmos a fome a alguém que essa pessoa, experimentando-se amada, começa a abrir o seu coração ao conhecimento de Jesus.
Às vezes os mais necessitados estão mesmo ao nosso lado e nós nem sequer os conseguimos ver. Doarmo-nos a nós mesmos é estar atentos aos outros, preocuparmo-nos com os seus sentimentos, mesmo com os daqueles que tem dificuldade em falar de si ou simp lesmente de pedir ajuda.
Sabias que hoje existe mu ita pobreza e as pessoas não querem dizer qu e estão a passar mal? Sabias qu e tenho uns vizinho s qu e só agora soubem os que preci savam de ajuda e nós nunc a susp eitámo s? Agora já vão à Cáritas buscar comi da, mas foi difícil conv enc ê-los.
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j Beata Teresa de Ca lc t':- "- "- "- "- "- "- "- "- "- "- "- " j Caridade u a (1910-1997), fundadora d I _ - ..- ..- ..- ..- .._ .. as rmas Missionárias da
: - Néo há m . , alar amor"
! O pobre não tem somen
! dignidade
humana N' te fome de pão; também tem ' ; alguém ( ) H ' " . os temos necessidade d uma ternvel fome de .... ojs em dIa o mund e amor e d ' . . ; tem fome de ser de . d ' o nao tem fome só de e eXIstIr para j de Cristo. Em mUit~:Ja a~ de s~r amado. As pessoas tê~~~~:as tamb.ém de amor; : essa benevolência p es, ha de tudo em abundânc' de sentIr a presença ; Ia, excepto essa . I H" , presença, ; : a pobres em todos os ' ! que material: é uma palses: Ha continentes em ue ' : .)0 arroz, o pão q~~~reza feita de solidão, de des~'en~P~breza"e ais esp iritua l ! ; fome. Mas é muito difíci~: a~ esfomea do que enco ntro ~a~~usenc'a de sentido. amor e cheio de med acrar a fome daqu ele qu e viv a aCa..'mar-Ihe-ão a ! ..- ..- .._ .._ ..- ..- .._ o. e na exc lusao ' na falta d e ,. .._..
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"Como seria belo se cada um de vós pudesse ao fim do dia dizer: Hoje realizei um gesto de amor pelos outro s!" Papa Francisco
Ser pão para os outros implica partil har o nosso tempo, acolher , escutar, estar disponíve l, ajudar em tarefas ...
Propõe à tua fam ília um jantar especial. Durante o jantar, que pode ser preparado como para um dia de festa, a televisão não pode estar ligada, nem o telemóvel, o computador....apenas a família que con versa à volta da mesa . Toma tu a iniciativa e começa por perguntar aos teus pais como lhes corre u o dia.
Encontra uma forma de "ser pão para os outros»: - visita alguém que vive sozinho; - faz um favor a quem tem dificu ldades motoras; - part icipa numa campan ha de recol ha de bens para os mais pobres; - passa tempo com algum co lega que não tenha amigos; Regista o momento (foto/vídeo/texto) e apresenta-o na aula. Sugestão: os trabalhos poderão ser expostos na esco la.
A D/VER5/DADE DE CAR/5I1A5 NO 5ERV/ÇO 1 Cor 12. 4-11 ' Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; "há diversidade de serviços, mas o Senhor é o mesmo; "há diversos modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. 7A cada um é dada a manifestação do Espírito, para proveito comum . DA um é dada, pela ação do Espírito, uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, segundo o mesmo Espírito; "a outro, a fé, no mesmo Espírito; a outro, o dom das curas, no único Espírito; 10a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas . llTudo isto, porém, o realiza o único e o mesmo Espírito, distribuindo a cada um, conforme lhe apraz .
S. Paulo mostra como o amor de Deus chega até nós e como nós o poderemos anunciar. I · Somos todos diferentes uns dos outros mas somos todos necessários por isso não nos devemos comparar. O importante é darmos o que somos aos outros, servi-los como Jesus nos ensinou. Isto é amar.
. de uma forma mais simples . O Papa Francisco .expli~ou d carismas, e eu perceb i! o que significa a diversidade os
, .._.._.._.. _.. _.._.._.._.._.._.. _.._.._.._.. _.._.. _.._.. _.._.. _.. _.. _.. _.._. i O Papa Francisco, meditou sob re os carismas na Igreja e explicou qUe são dons de i Deus, do Espirita Santo, qUesão dados à igreja para qUeestejam ao serviço de toda a j comunidade, sem que existam ciúmes ou invejas.
j (...)
i Na linguagem com um, quando se tala de "carisma", entende-se sempre um talento, ij um umatalento habiiidade naturai. Diz-se: "Esta pessoa tem um carisma especial para ensinar. É qUetem". j (...)
i Na perspetiva cristã, porém, o carisma é mais que uma qualidade pesso ai, qUe uma i predisposição de que se pode ser dotado: o carisma é uma graça, um dom i concedido por Deus Pai, através da ação do Espirita Santo. (...) é um presente i que Deus lhe dá, para que com a mesma gratu/dade e o mesmo amor Possa
a serviço de toda a comunidade, para o bem de todos. :j transmiti·lo (...)
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I O carisma é um dom: som ente Deus o dá!
: (... )
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A experiência mais bela, porém, é descobrir de quan tos carismas diversos e de quantos dons do seu Espírito o Pai enche a sua Igreja! : ( )
! Sanla reres inha do Menino Jesus disse esta bela frase: "No coração da Igreja eu serei ! ! o amor". E lodos lemos este carisma: a capacidade de amar. ! i.I WWw.OCidign,l.oom
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Cáritas Portuguesa
A Caritas Internationalis é uma confederação de organizações humanitárias da Igreja Católica que atua em mais de duzentos países. É igualmente uma organização não governamental (ONG). Em Portugal, foi criada em 1945, tendo delegações nas 20 dioceses portugu esas. A Caritas rege-se pela Doutrina Social da Igreja e orienta as suas ações por princípio s de solidariedade. A missão da Caritas é trabalhar para construir um mundo melhor, dedicando-se particularmente aos mais pobres e excluídos da sociedade e desenvolvendo ações de ajuda humanitária a nível nacional e internacional, nomeadamente em situações de calamidade s naturais e em contexto de guerra. Conferências Vicentinas de S. Vicente de Paulo . s~o Vic b'"
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A Sociedade de São Vicente de Paulo foi fundada em 1833, por um grupo de jovens leigos. É uma organização de leigos católicos, de voluntários, homens e mulheres, dedicada a oferecer uma ajuda pessoal a todos aqueles com necessidades. A base do seu trabalho é a interação direta e individual com aqueles que estão com necessidades, bem como as suas famílias, independentemente das suas origens ou das suas crenças. Estas pessoas são visitadas no seu amb iente própr io; quer seja em casa, num lar, no hospital, nos seus abrigos, na rua ou na prisão. Organizam-se em grupos a que chamam "Unidade de Base" que consiste num grupo de cerca de quinze membros pertencendo a uma «Conferência de São Vicente de Pa ulo». Enco nt ra m-se frequentemente, uma ou duas vezes por semana, para organizar e discutir o seu trabalho junto dos pobres da sua comunidade local. Geralmente, as Conferências estão ligadas a paróquias católicas. Partilham, no seio de cada Conferência, uma vida espiritual rica. Em todo o mundo, existem cerca de 51 000 Conferências com mais de 700000 membros. São apoiadas, por exemplo, nas suas obras sociais dedicadas às crianças e aos idosos, nos centros de saúde e nas escolas, por mais de 1 500 000 voluntários nos 140 países onde a Sociedade de São Vicente de Paulo está presente. Fonte: http ://www.ssvpglob al.org
Procuram oferecer às pessoas roupa, livros, medicamentos, ajuda na procura de empregos e internamentos, visitas a lares, hosp itais, cade ias, ou à fundação das chamadas «obras especiais» (obras de ação especializada e individualizada, lares de 3ª idade, centros de dia, casas de trabalho, salas de estudo , cantinas, lares para jovens, creches, infantários, jard ins de infância, colónias de férias, etc.). A ação vicentina procura ser a respost a oportuna para cada situação de sofrimento ou pobreza que se deteta - resposta mais ou menos imediata, ou de simples encam inhamento das situações mais difíceis para as vias possíveis de resolução, inquietando consc iências indiferentes, apesar de responsáveis, mas com possibilidade de resposta às situações de pobreza e sofrimento. A ação vicentina preocupa-se com a promoção do homem na sociedade através de um sentimento de afeto e respeito pela dignidade de cada pessoa, da oferta de amor, a que todos têm direito, da compreensão e recetividade a uma confidência ou a um desabafo, um conselho com uma palavra amiga, um olhar carinhoso, motivo s de fé e de esperança. Fonte: www.ssvp.pt
Comun idade Vida e Paz
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Comunidade Vida e Paz Os princípios que regem a Comunidade Vida e Paz são universais e aclamados por indivíduos em todos os cantos do Mundo. Procura-se que se confundam com a prática de todos os dias. Para a Comun idade nada é mais importante que o garante da Dignidade da Pessoa Humana, traba lhando para o Bem Comum, em nome de uma Justiça Social baseada no princípio da Subsidiariedade. A sua Missão é ir ao encontro e acolher pessoas sem-abrigo, ou em situação de vulnerabilidade soc ial; ajudando-as a recuperar a sua dignidade e a (re)construir o seu projeto de vida, através de uma ação integrada de prevenção, reabilitação e reinserção. Para tal inspira-se e orienta-se pela Doutrina Social da Igreja e sustenta-se nos valores da Esperança, Comun idade, Equidade, So lidariedade, Verdade, Comprometimento, Tolerância e Espiritualidade.
<lA Comunidade Vida e Paz é um conjunto de pessoas, que partindo da ideia de Comunidade acredita que é possível criar condições de Vida e Paz para as pessoas sem-abrigo ou em situação de vulnerabilidade social. Em conjunto, com o pequeno contributo de cada um , acreditam ser possível construir esta grande causa que é tornar real um projeto de Esperança para as pessoas sem-abrigo ou em situação de vulnerabilidade social que será também um cam inho de Esperança na Sociedade Portuguesa. A Comunidade Vida e Paz prec isa de todos e cada um na sua singu laridade porque as pessoas sem-abrigo ou em situação de vulnerabi lidade soc ial prec isam de uma COMUNIDADE onde possam redescobrir a Vida digna que é sua por direito. " Henrique Joaquim, Presidente da Comunidade Vida e Paz http://cvidaepaz.pt/site
Sugestão: 70<l'rf Criar, na escola, um Banco de Investimento Solidário (BIS) O BIS funciona como um banco. Tem uma agência, horário, cheques de bom comportamento, depósitos e levantamentos, com a particularidade de utilizar material escolar, em 2ª mão ou novo, como moeda de troca. Assim, todos podem contr ibuir de forma solidária com os colegas não havendo necessidade de comprar todo o material. Ao longo do ano letivo, todos os alunos que pretendam ser "clientes" do BIS, poderão depositar material utilizado e fazer levantamento do que existir no cofre do banco. Os alunos que tiverem crédito, seja de material depos itado, serviço cívico ou cheques de bom comportamento poderão proceder ao levantamento de qua lquer material. Caso não tenham crédito não poderão efetuar levantamentos. No BIS não há cartões de crédito. Os cheques de serviço cívico e de bom comportamento são validados pelo diretor de turma/professor titular ou pela direção.
(Banco de Invest im ento Solidârio)
vj., alimentação é muito mais do que o simples gesto de ingerir alimentos, o ser humano transforma as refeições em momentos de convívio social e familiar.
vIA alimentação e a refeição sempre estiveram muito presentes nas tradições religiosas, tornando-as até centrais para a vida dos Crentes. v1xistem recursos alimentares suficientes para responder às necessidades de tod as as pessoas.
v1 pobreza e a fome, nascem principalmente de uma distribu ição injusta dos bens. vlPara combater a fome e a subnutr ição, foram surgindo algumas instituições nacionais e internacionais que dão um forte contributo.
vIA solidariedade e o voluntariado são expressão do amor de Deus por cada ser humano . v1:>s primeiros Cristãos deixaram-nos um exemplo muito grande de como devemos proceder em comun idade. v/N a Última Ceia, Jesus deu-nos o maior sinal de entrega da vida pelos outros.
~esus ensina-nos a estarmos ao serviço dos outros, com
o exemplo
do lava pés. v1D escobri a alegria de poder também eu ser pão para os outros, pois posso dar de mim ajudando os outros com os dons que Deus me deu. v'Posso ser exemplo de vida cristã servindo os outros participando em associações ou organizações que nasceram dentro da Igreja.
Amigos Daqui escrevem-vos a Maria e o Miguel. Fomos os teus companheiros de viagem nestes dois anos do segundo ciclo. Acompanhámos-te em todas as descobertas. Foi sem dúvida uma viagem muito feliz esta do segundo ciclo! Os amigos que fizemos, os professores que conhecemos e que se tornaram também nossos amigos, os assuntos que abordámos e aprofundámos em todas as aulas, mas especialmente nesta pequena aula de EMRC, de quarenta e cinco minutos semanais em que o tempo voa e nem se dá por ela... No próximo ciclo tudo se repete outra vez: nova escola (para alguns), novos colegas, professores e disciplinas. Mas há uma coisa que não muda: a tua EMRC está sempre lá, à espera que te aventures, que te decidas a escolhê-Ia! Ou pensavas que a nossa viagem terminava por aqui? Por tudo o que passámos juntos neste ciclo, não estamos aqui a escrever-te para nos despedirmos, mas sim para confirmar que no próximo ano continuaremos juntos! Contamos contigo! Conta connosco!