Quando fui convidada para
falar sobre o Dia da Consciência Negra (20/11), da sua importância para mim, a primeira coisa que eu senti foi orgulho, não por achar que o que eu tenho a dizer seja de tanta importância, mas sim por ser reconhecida como NEGRA. Eu venho de uma família que gostava de uma certa estabilidade, com casa própria, sou filha de funcionário público, estudei em boas escolas, completei o ensino superior em rede particular e, por fugir de certos estereótipos, nem sempre enfrentei tantas adversidades ligadas ao racismo. Ou ao menos pensava que não.
Negra sim! 44
Nasci em um tempo em que as pessoas achavam que estavam me elogiando ao dizer: ‘Você não é negra... você é morena’, ‘Sua pele é tão clara quanto a minha’. Nos meus documentos