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“O” carro de empresa

—— Trinta anos de vida, cinco gerações e perto de 15 milhões de unidades vendidas não deixam margem para dúvidas: o Astra é um bestseller entre os modelos compactos... e a sexta geração está já aí

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Embora os SUV estejam a romper com os conceitos mais tradicionais dos automóveis, os familiares compactos do segmento C continuam a representar parte importante do parque empresarial português. Por isso, continua a existir espaço para modelos como o Opel Astra, que mantém a sua importância num universo onde as horas ao volante são muitas e o escritório é cada vez mais móvel.

Enrico De Lorenzi, Brand Manager da Opel em Portugal disse à FLEET MAGAZINE que as expetativas são que cerca de 80% das vendas do novo Astra aconteçam para empresas. E porque as empresas procuram cada vez mais soluções eletrificadas, não só por compromissos ambientais mas também pela isenção ou redução no pagamento de taxas e impostos de que estes veículos beneficiam, a Opel decidiu dotar o Astra de versões 100% elétrica (chega em 2023) e híbrida plug-in – disponível desde já para encomenda em dois níveis de potência (180 cv ou 225 cv) e com a garantia de obter uma redução no pagamento da taxa de Tributação Autónoma, visto as emissões de CO2 deste PHEV se situarem abaixo dos 50 g/km e estarem previstos 60 km de condução puramente elétrica.

Não esquecendo as tradicionais opções diesel ou gasolina (com preços a começar nos 25.600 euros), a Opel aposta tudo na eletrificação e garante que a versão carrinha demorará pouco mais de um ano a chegar aos concessionários.

Mais tecnológico e confortável

Utilizado no Grandland e no Insignia, o sistema de iluminação adaptativo Intelli-Lux LED Pixel Light com 168 elementos (84 em cada farol) é uma das tecnologias que estreia no segmento.

Este é um dos elementos exteriores a destacar na nova geração Astra, que está ligeiramente maior que a anterior (apenas 4 mm) em comprimento e em distância entre eixos (mais 13 mm). Pequenas alterações que, refere a Opel, contribuem em muito para mais espaço e conforto a bordo do Astra, que vê a capacidade da bagageira chegar aos 1.250 litros com os bancos traseiros rebatidos.

Ao volante do novo Astra, o condutor tem acesso a um cockpit digital alargado, com dois ecrãs de dez polegadas, que permitem dispensar parte dos controlos físicos.

O "cérebro" do Astra é o mais avançado de todas as gamas até aqui lançadas pela Opel. Exemplo disso é a instalação de um conjunto de sistemas de assistência à condução que inclui uma câmara multifunções no pára-brisas, quatro câmaras na carroçaria, cinco sensores de radar e sensores ultrassónicos na frente e na traseira; tudo para assegurar uma condução mais preditiva e consciente do ambiente em redor.

Fazem também parte diversos sistemas de infoentretenimento multimédia de nova geração com serviços conectados e a já clássica e indispensável ligação sem fios Apple CarPlay ou Android Auto para quem o smartphone é, tal como o automóvel, uma ferramenta de trabalho avançada e multifunções.

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O poder da escolha... no primeiro escalão de Tributação Autónoma

—— Com preços especiais para empresas abaixo dos 27.500 euros em todas as motorizações disponíveis (diesel, gasolina e híbrida plug-in), o novo Peugeot 308 chega a Portugal em dezembro deste ano com um simples objetivo: ser um facilitador de mobilidade nas empresas

Onovo 308 é um carro claramente pensado para as empresas. Esta afirmação assenta numa pedra basilar: o conceito “Power of Choice” da marca francesa, que propõe ao cliente a possibilidade de escolher o tipo de energia que mais se adequa às suas necessidades. É por isso que o 308 equipa, na altura do seu lançamento, motores a gasolina, diesel ou conjuntos híbridos plug-in. Proposto em cinco níveis de equipamento (Active Pack, Allure, Allure Pack, GT e GT Pack) e em carroçaria carro ou carrinha, todas as versões base do novo Peugeot 308 vão ser vendidas abaixo dos 27.500 euros, quer sejam a gasolina, gasóleo ou PHEV de 180 cv, tal como as versões Allure a gasolina e diesel (com caixa manual de seis velocidades). Esta é uma clara aposta da Peugeot no sector frotista, onde a procura pelas berlinas compactas continua a bom ritmo (veja-se por exemplo o caso do novo Astra na página anterior, com 80% das unidades comercializadas a caminho das empresas). O poder da escolha

Para as frotas que ainda procuram o diesel para fazer frente a grandes viagens, a Peugeot equipou o 308 com um bloco de 1,5 litros e 130 cv, estando disponível uma caixa manual de seis velocidades ou uma automática de oito.

A gasolina, o 308 é proposto com três blocos de três cilindros com 1,2 litros de cilindrada, sendo as suas potências compreendidas entre os 110 e os 130 cv.

Já a oferta híbrida é composta por dois conjuntos (um de 180 cv e outro de 225 cv). Ambos os conjuntos estão equipados com uma bateria de iões de lítio de 12,4 kWh de capacidade e um carregador interno de 3,7 kW – o cliente pode ainda optar por um carregador de 7,4 kW, que garante tempos de carregamento abaixo das duas horas numa wallbox de 7,4 kW. As emissões de CO2 anunciadas (26-25 g/km), bem como a autonomia elétrica (59-60 km) garantem a estes 308 híbridos a redução na taxa de Tributação Autónoma atualmente em vigor para veículos híbridos plug-in. Um 308 SW maior

Mais comprido e mais baixo do que o anterior 308, as mudanças a nível de dimensões do novo familiar compacto têm efeito principalmente no espaço de carga e no espaço para ocupantes.

Relativamente à berlina, o novo 308 SW aumenta a distância entre eixos em 55 mm para um total de 2,3 m, garantindo, por isso, mais espaço ao nível dos joelhos para os passageiros da segunda fila, além de maximizar ainda o volume da bagageira.

No espaço de carga, o sistema de duplo piso (disponível apenas nas versões com motor de combustão interna) garante uma utilização prática e modulável. Sob a chapeleira, o volume é de 680 litros, com o piso na posição mais baixa. Rebatendo o banco traseiro na totalidade, é possível transportar objetos com mais de 1,85 m de comprimento.

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O futuro começa aqui

—— O habitáculo espaçoso, a experiência de condução, a autonomia e a velocidade de carregamento destacam-se no novo elétrico da Kia. Dono e senhor de um design arrojado, pode recuperar 100 km de autonomia em menos de cinco minutos

Talvez seja um pouco exagerado dizer que o futuro elétrico da Kia começa com o EV6. Na realidade, começou antes, com o Soul e com o e-Niro, por exemplo. Mas, seguramente, é um marco numa nova era da marca e para o próprio construtor automóvel, que estreia, no Kia EV6 e no Hyundai IONIQ 5, uma nova plataforma exclusivamente concebida para carros elétricos.

No que toca ao Kia EV6, é seguramente um dos melhores carros elétricos dentro desta faixa de preço. Extremamente competitivo naquilo que se refere à autonomia, qualidade de condução e de construção, com uma linha exterior inconfundível e tecnologia que permite atestar a bateria de energia muito rapidamente, consegue destacar-se da “classe média” dos elétricos e desafiar a “pequena burguesia” de algumas das atuais versões de entrada de marcas premium.

Para clientes empresariais, a Kia Portugal disponibiliza a versão "Air" do EV6 por 35.950 euros (mais IVA) ou através de uma renda mensal de 499 euros (mais IVA), mediante um contrato renting a 60 meses/50 mil quilómetros. O que, francamente, parece uma quilometragem muito curta para percorrer em cinco anos...

Mas avaliar o EV6, mesmo a versão "Air" proposta para empresas, pelo seu custo de aquisição não é o melhor ponto de vista para fazê-lo. Comecemos, então, pela autonomia e carregamento que, apesar de tudo, representam ainda um sobressalto para muitos consumidores.

A versão "Air", com motor de 170 cv e bateria de 58 kWh reclama uma autonomia máxima em ciclo urbano superior a 550 km, enquanto a combinada quase chega aos 400 km. No Kia EV6 GT-Line, com bateria de 77,4 kW e motor de 224 cv, os valores homologados em WLTP são, respetivamente, de 774 km e de 504 km. Igualmente importante, a velocidade de carregamento permite passar de 10 para 80% a capacidade da bateria em apenas 18 minutos. Com possibilidade de carregar em postos de 400 V/180 kW (bateria de 58 kW) ou 800 V/240 kW (bateria de 77,4 kW), a Kia garante que é possível recuperar energia para mais uma centena de quilómetros em menos de quatro minutos e meio. A notícia menos boa é que ainda são poucos os postos com esta capacidade, a notícia boa é que muito pertencem à rede IONITY, da qual a Kia faz parte.

a plataforma

A plataforma E-GMP é a grande responsável por muito do que há de bom neste carro, nomeadamente a habitabilidade e o comportamento. Com menos de 4,7 metros de comprimento, a generosa distância entre eixos (2,9 metros) atira as rodas para os extremos da carroçaria. Este facto e a ausência de túnel central permitem-lhe uma habitabilidade excecional e muita estabilidade em andamento. E garante área suficiente para instalar módulos de bateria com pouca altura, o que possibilitou baixar o centro de gravidade do carro e, com isso, aumentar também a eficiência aerodinâmica.

Não é preciso fita métrica para atestar a extraordinária habitabilidade do banco traseiro, sobretudo a distância que medeia entre os dois

bancos. Facto que também pode ser aproveitado pelos ocupantes dos lugares da frente, que podem rebater quase por completo, para trás, o encosto destes bancos.

O interior do Kia EV6 é bem menos ousado do que aquilo que o design do exterior poderia deixar antever. Extremamente envolvente e com boa posição de condução, o tablier destaca-se por prudentemente não ultrapassar a barreira que separa a inovação tecnológica da funcionalidade e, principalmente, da segurança. Se isto pode soar de alguma forma conservador, o facto é que os ecrãs mais estreitos e em posição horizontal, na linha do olhar do condutor, são não apenas funcionais, como algumas funções revelam-se bastante mais seguras de operar durante a condução. Entre elas o sistema de climatização, em zona reservada fora dos ecrãs principais, com uma precisão de toque que evita erros de comando e se revela bastante intuitivo de operar. Os preços para empresas e ENI

A versão “Air” é anunciada ao público por 45.550 euros. O que, em números redondos, significam 37.033 euros mais IVA. Não parece então existir um desconto significativo para clientes profissionais. Na realidade, 45.550 euros é o valor praticado com apoio da campanha especial de financiamento do Santander; isso significa que o PVP, sem campanha, que deve ser considerado, é de 49.700 euros, sensivelmente 40.007 euros mais IVA. Além disso, os 35.950 euros (mais IVA) propostos para empresa incluem também a pintura metalizada, que custaria 500 euros. Com bateria de 77,4 kW e motor de 229 cv, o Kia EV6 GT-Line tem um custo para empresas de sensivelmente 42 mil euros mais IVA. A segurança

O Kia EV6 demonstra uma enorme preocupação com a segurança. Para alguns poderá parecer excessivo a quantidade de alertas à condução que estão disponíveis, porém, vale a pena realçar a ausência de fatores de distração à condução; o painel central engloba o que é mais importante, os comandos por voz funcionam bem e a sensibilidade e precisão do ecrã tátil ao toque do dedo são um facto. Como no novo Sorento, a ação da função de pisca devolve, no ecrã atrás do volante, imagens do exterior do carro, que tornam mais segura a manobra de mudança de direção. Por revelar obstáculos imprevistos no chamado “ângulo morto”, este equipamento vai contribuir para reduzir o risco de acidentes com condutores de bicicletas ou de trotinetas.

O carregamento bidirecional

O sistema de carregamento do Kia EV6 é bidirecional. Ou seja, a tomada de carregamento tanto permite a entrada de energia para a bateria, como o seu fornecimento a dispositivos externos, através de um adaptador que existe para o efeito. Com potência de saída de 3,6 kW, tornase assim possível alimentar todo o tipo de aparelhos elétricos. Incluindo fornecer energia para o carregamento lento da bateria de outro veículo elétrico.

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