O projeto Novo Basquete Ponta Grossa se encontra sem time profissional adulto desde o começo deste ano, a ex tinção da categoria aconteceu após a suspensão do mai or patrocinador da Liga Apoiados por patrocinadores locais,NBPGrealizatrabalhosdebasecomcategoriasdo sub 12 ao sub 19 e escolinha. PÁGINA15
Em 2022, o rádio comple ta 100 anos em território brasileiro. Moradores de Ponta Grossa possuem uma ligação afetiva com o meio Foca Livre relem bra a importância dos atores do rádio ao decor rer da história da cidade.
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VERSÃOCIBERCRIMESDIGITALSUPERDOTADOS
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MÍDIAS SOCIAIS CAUSAM DESEQUILÍBRIO ALIMENTAR E AFETAM MAIS AS MULHERES
OCALIVRE
Cibercrimes e fraudes ele trônicas aumentam. Em Ponta Grossa, os números de casos já são maiores que os de 2021. Entre os golpes mais frequentes es tão clonagem de cartão, falso sequestro e falsas mensagens de banco.
Padrões de beleza aliados à volta da moda dos anos 2000, evidenciados em redes sociais, colaboram em desencadear transtornos alimentares na sociedade, principalmente em jovens mulheres. PÁGINA11
Dificuldade em detectar altas habilidades em cri anças pode prejudicar no desenvolvimento Além de muitos superdotados se rem identificados de for ma tardia, no Brasil pouco mais de 1% dos estudantes são identificados.
F
NBPG aposta nas categorias de base, devido a falta de recursos
GRATUITADISTRIBUIÇÃO
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2|Opinião Setembro 2022
ecife, 19 de agosto de 2018 Era mata mata do Campeonato Brasileiro da Série C, jogo de ida, Santa Cruz contra Operário Ferroviá rio no Estádio do Arruda. Eu e mais 122 torcedores viajamos cerca de 6 mil quilômetros, to dos movidos por uma paixão, um amor inexplicável pelo ti me de Vila Oficinas, todos pelo Operário Ferroviário Entre es tes torcedores, estava meu pai Na arquibancada tinham mui tos outros pais e filhos compar tilhando do mesmo desejo, do mesmo amor, loucura, paixão e privilégio que é ser operariano. Nos arredores do estádio, em táxis e aeroportos, todos faziam
Jornal elaborado e publicado pela disciplina "Núcleo de Redação Inte grada I”
“E quem não te conhece me pergunta: por que te segui? Porque eu te amo!”
uem nunca conheceu al guém que sofreu algum tipo de golpe digital?
Q
o mesmo questionamento: “Vo cês vieram de Ponta Grossa para ir ao jogo contra o Santa Cruz? No Arruda? Vocês estão loucos? Que rem morrer?” O futebol tem des sas coisas, né? É de geração em geração, essa loucura de ser tor cedor passa. Mas o que passou na cabeçadomeupaiaosair comigo de Ponta Grossa, cruzar o Brasil na semana de provas do ensino médio, se arriscar num estádio conhecido pelo clima hostil, com mais de 60 mil torcedores rivais paratorcerpor11homensquedis putam uma bola? Talvez você que esteja lendo esta crônica não en tenda,maseu,sim,euentendo!Éavontadeexacerbadadeproporcionarparamim,algoquenãofoipossívelparaele.Odesejodemelevarpeloportão
principal para assistir uma parti da reflete a ânsia de sua infância, de quando não tinha condições de pagar pelo ingresso e acompa nhava sua paixão entreolhando pelos vãos dos degraus da arqui bancada, do lado de fora. Não são 11 homens disputando uma bola, é uma tradição centenária ances tral que é passada de pai para filho É o desejo de querer que seu filho sinta o que você sentiu um dia, que ame e honre a histó ria do seu time É o sentimento louco de saber que existem times muito mais expressivos, mas en tender que o que determina, de fato, o tamanho de um clube é o que sentimos por ele. Não impor taoqueaconteça,oquenosmove é saber que, mesmo que existam fases de glórias e temporadas
Professores: Cândida de Oliveira (MTB 16767 RS) e Maurício Lie
Projeto gráfico integrado à discipli na "Design em Jornalismo"
Professor: Marcos Zibordi (MTB 38 335 SP).
a cibercrimes pode soar etaris mo preconceito pela idade, geralmente associada às dificul dades do uso da tecnologia Mesmo que a maioria das crian ças deste século tenha crescido em meio às tecnologias digitais, não quer dizer que elas estejam preparadas para as diversas si tuações que podem ser vi venciadas no ambiente digital. Vale lembrar que cibercrime não é apenas um golpe financei ro Alguns afetam mais a saúde mental das vítimas do que a própria conta bancária Como o jornalismo não é só informar, esta edição teve a preocupação pedagógica de explicar como operam esses golpes virtuais No QR Code da matéria você conferir como a legislação bra sileira tipifica cibercrimes.
As vítimas mais atingidas costu mam ser idosos, entretanto, a ca da dia mais jovens são alvos de golpes digitais Falar que pessoas mais velhas são mais propensas
sen(MTB2666 PB).
Amanda Dal`Bosco, Camila Sou za, Daphinne Pimenta, Eduarda Guimarães, Emelli Schneider, Gabriela Oliveira, Heloisa Bida, João Pizzani, Kauan Ribeiro, Kai lani Czornei, Livia Hasman, Qui ara Camargo, Rafaela Koloda,
Professor: Maurício Liesen Textos opinativos integrados à dis ciplina "Gêneros do Discurso Jorna lísticos II”
Alex Dolgan, Camila Ribeiro e Naiomi Mainardes Chefe de Design João Iansen.
Professor: Ricardo Tesseroli (MTB 6334 PR).
Talvez até mesmo você, lei tor(a), já pode ter se deparado com isso Como resultado do au mento do uso de tecnologias, tornou se comum a prática de golpes virtuais, intensificada durante o período da pandemia. Como todos sabem, um jornal é feito para atualizar os leitores sobre os principais assuntos e acontecimentos de uma cidade Esta edição, cibercrimes sofri dos pelos moradores de Ponta Grossa, na reportagem de João Paulo Fagundes (página 4).
Repórteres
Designers
amargas, mesmo sabendo que jo gadores venham e vão, no final quem fica é sempre o clube, os momentos que vivemos e a famí lia e os amigos que conquistamos através dele. Nunca será só futebol! Como diz uma das minhas músicas preferidas da Trem Fantasma “não me esqueço do dia em que o meu velho pai mediziaquepramimdeixariato Estadaforçadanossatorcida”.crônicafoiescritaem ho menagem ao meu paidrasto, que me apresentou o amor pelo Operário e também em memória ao eterno guerreiro da Torcida Trem Fantasma, Paulão, que por várias vezes foi como um pai ao guiar, ensinar, passar sua ideolo gia, e toda paixão que sentia pelo OFECparaasoutrasgerações.
Um alerta sobre cibercrimes
EditoresEXPEDIENTEchefe
Focanotícia.Livre é o jornal laboratório docursodeJornalismodaUEPG Contato TelefoneCEPCentroPraDepartamentodeJornalismoçaSantosAndrade,n°01,,PontaGrossa,PR:84010330:+55(42)32203389
CRÔNICA
Sara Dalzoto eTayná Landarin. Editoras/editores de texto Bianca Voinaroski, Carolina Ole gário, Iasmin Gowdak, João Pau lo, Julia de Oliveira, Manuela Rocha, Maria Eduarda, Pamela Tischer Lima, Rafaela Colman, VitóriaTesta eWesley Machado Editoras de fotografia Leonardo Czerski, Larissa Del Po zo,Vanessa Galvão.
LEONARDO CZERSKI
Notícias integradas à disciplina "Produção e Edição de Textos Jor nalísticos II”
Consulte a autoria das reporta gens diretamente na página da
VITORIATESTA
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e assim, tomar a posição de que garante a verdade.”
Os encaminhamentos são feitos com base na gravidade da situa ção, em casos leves é resolvido no local com medicamentos e curati vos. “A gente faz uma avaliação pa ra ver se mandamos a pessoa até a UPA Santana”, explica Sônia Se gundo ela, isso só ocorre se for re almentenecessárioJánoCampusde Uvaranas a demanda de pacientes é maior Segundo a técnica de enferma gem Jucelia dos Anjos, eles rece bem em média 50 pacientes por semana. As principais causas se devem a sintomas gripais, ansie dade, consultas de rotina, testes rápidos de HIV e preventivo. Co mo no campi Central, primeiro é analisado a gravidade do caso, para decidir o melhor tratamen to “Quando não é possível resol ver com a consulta é acionado o SAMU, ou orientado a procurar o posto de saúde para exames mais complexos”, explica a técnica Jucelia também conta que, re centemente, foi aberto um con curso para a contratação de mais médicos e enfermeiros para au mentar a equipe. Ela espera que, com o aumento de profissionais, eles possam exercer mais ações de
O projeto “Combate à Desin formação" surgiu a partir de uma iniciativa do Supremo Tribunal Federal para mudar a percepção da sociedade em relação às infor mações presentes na internet O programa conta com uma rede nacional de 30 universidades, en tre elas a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
Com o retorno das aulas pre senciais na UEPG, os ambulatóri os dos campi Central e Uvaranas voltaram a prestar serviços para alunos e funcionários Estes ser viços haviam sido interrompidos durante o auge da pandemia de covid 19 Na época, os funcioná rios dos ambulatórios haviam si do colocados para trabalhar no Hospital
Não somente as grandes em presas jornalísticas, como os jornais impressos, as revistas e as emissoras de rádio e TV, têm o poder da contaminação As redes sociais têm se tornado a principal fonte de informações dos cidadãos brasileiros Segun do uma pesquisa realizada pela ONU, os usuários de redes soci ais aumentaram em 10 milhões, o que corresponde a cerca de 7,1% a mais, entre os anos de 2020 e 2021 no Brasil.
Funcionários foram realocados ao HU, deixando ambulatórios sem atendimento
As consultas eletivas ocorrem sempre às terças e quintas feiras das 19 às 21 horas e necessitam ser agendadas com antecedência. O agendamento é feito por telefo ne, pelo número (42) 3220 3746, ou indo presencialmente até o lo cal No campi central da uni versi
KAUANRIBEIRO
Os ambulatórios realizam primeiros socorros nos campi da UEPG
dadeoambulatórioestálocalizado na sala 03 do bloco A; no Campus de Uvaranas ele está lo calizado em frente ao bloco M
Universidade participa de projeto contra fake news nas eleições
EntreUniversitárioosserviçosoferecidos es tão: atendimento psicológico, teste de covid 19, exames preventivos ginecológicos, eletrocardiogramas, aferição da pressão arte rial, teste rápido para DST, aferição de gli cemia, e, em parceria com o Am bulatório de Saúde Integrativa: auriculoterapia, ventosaterapia, yoga, consultas eletivas, etc De acordo com a enfermeira do ambulatório do campi Cen tral, Sônia Cristina, o local aten de cerca de sete pacientes por dia, os atendimentos são maio res sempre nos primeiros dias da semana. Dentre os motivos mais recorrentes estão queda da pressão, mal estar, ferimentos, suspeita de covid 19 e ansiedade
UEPG|3etembro 2022
UEPG volta a oferecer serviços de saúde após a pandemia
Os ambulatórios dos dois cam pi da Universidade Estadual de Ponta Grossa funcionam de se gunda à sexta feira das 8 até às 21 horas, porém fecham todos os di as para o horário de almoço, re tornando somente às 13 horas
campanha eleitoral de qualquer um dos candidatos nunca foi tão perceptível quanto de 2019 para cá. Visto que a desinformação aca ba levando a uma maior produção de conteúdos duvidosos que bus campersuadiropúblicoDeacordocomoartigo “O Au mento Das Fake News” é possível ver que a disseminação de notíci as falsas traz dois efeitos, um é que causa descrédito a quem está diretamente ligado com a notícia e o veículo que disseminou; o ou tro é que influencia o pensamen to dos que consomem. A respeito do primeiro tópico dos efeitos da disseminação de notícias falsas, há uma tentativa de diminuir o sucesso do objeto escolhido (no caso do pleito eleitoral, pode ser uma pessoa que é candidata) ou sua influência diante dos demais
Consultaseletivas
Gadini “a desinformação é tudo, in clusive o estelionato eleitoral, essas ações decorrem da desinformação, então não necessariamente algo li gado ao jornalismo”. Segundo o professor Sérgio a mentira tende a aumentar no período eleitoral e uma das propostas do projeto é combater isso Gadini também diz que cabe aos participantes esclare cer as informações para a socieda de e dessa maneira “construir uma cultura pelo respeito à informação epelademocracia”.Conformeoartigo “O Aumen to das Fake News durante a propa ganda eleitoral e sua possível in fluência no resultado do pleito”, da Magistrada Estadual Elaine Celina Afra da Silva Santos, em exercício no Tribunal de Justiça de Sergipe, a disseminação de fa ke news que visam boicotar, a
Para o jornalista Luiz Costa, nos dias de hoje “tudo é pela au diência” e por isso a ética está em baixa A coletividade tende a acreditar em algo simplesmente pelo número de acessos e com partilhamentos
LARISSA DEL POZO
prevenção através de palestras e outrasatividadespara melhorias
O programa integra a região dos Campos Gerais, com profes sores e alunos dos cursos de Di reito e Jornalismo da UEPG, além de outras entidades, como orga nizações sindicais e comunitári as Serão feitas palestras, debates e transmissões de rádios que aju dam a combater a desinformação e a disseminação das fake news De acordo com o professor Sérgio
CAMILARIBEIRO
Existem inúmeros tipos de golpes que são aplicados pelo celular. Os crimes podem sofrer certas variações e estão sujeitos à criatividade do golpista,mas
JOÃO PAULO FAGUNDES
As vítimas de golpes virtuais costumam ser pessoas idosas às que não têm intimidade com a tecnologia ou acreditam com fa cilidade nas formas de aborda gem dos criminosos Porém,
Até julho deste ano, índice de cibercrimes já supera dados de 2021 em 35,42%
Confira por meio do QR code a matéria completa, com mais informações sobre os registros de golpes viruais no município.
merascommesmoasinúformas
de abordagem, a intenção é sempre roubar o di nheiro da vítima, de forma dire ta ou através do phishing, que seria o crime de enganar pesso as para que compartilhem suas informações confidenciais, co mo senhas e número de cartão de crédito. Entre as formas mais comuns de crimes virtuais estão: clonagem de cartão, réplicas de sites de compra, concursos e premiações fraudulentas e falsas mensagens do banco
4|Tecnologia Setembro 2022
um boletim de ocorrência, em seguida, os cartões de crédito e débito, devem ser bloqueados além de carteiras virtuais e de mais serviços financeiros que possam ter sido expostos à esse perigo virtual Para auxiliar no processo de investigação e na comprovação da ação crimino sa, deve se também coletar o máximo de informações possí veis sobre o caso, como os prints de telas, as mensagens trocadas entre os envolvidos, ou qualquer outra informação que contribua para a denúncia.
Para não cair em golpes vir tuais, as delegacias de crimes cibernéticos recomendam que as pessoas comprem em sites confiáveis, confiram as condi ções e especificações das pla taformas, conheçam todos os processos que envolvem com pra e venda na internet e não preencham informações pes soais em sites suspeitos Com isso, os comerciantes devem ter uma atenção especial, pois os golpes realizados com car tões de crédito clonados e fal sas transferências por pix em estabelecimentos comerciais aumentaram expressivamente
o golpista dizia que Eduardo ha via ganhado uma quantidade de dinheiro, mas para receber esse dinheiro ele precisaria primeiro transferir o que estava na sua conta para a “conta da operado ra”. Ele chegou a passar cerca de R$90, mas percebeu que se trata va de um golpe antes de transfe rir o restante “Na empolgação do momento, você acaba fazendo”. Em ambas as situações foram re gistrados boletins de ocorrência pela vítima.
JOÃOPAULOFAGUNDES
No ano de 2021, o aumento de crimes virtuais e fraudes eletrô nicas influenciou a criação da Lei nº 14 155, que agrava a puni bilidade dos crimes de violação de dispositivo informático, furto e estelionato cometidos de for ma online. A lei traz uma pena de reclusão de quatro a oito anos, se a conduta fraudulenta do agente for cometida por meio de redes sociais, contatos telefô nicos ou envio de correio eletrô nico, ou qualquer outro meio fraudulento análogo Caso os crimes virtuais sejam praticados contra vulneráveis, a pena au menta de um terço ao dobro.
De acordo com a legislação brasileira, os cibercrimes são de litos penais cometidos por meios digitais ou que estejam envolvi dos com as informações digitais Foi tipificado na lei 12 737/2012, em seu artigo 154 A como inva são de dispositivos informáticos alheios, violação indevida de me canismo de segurança com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem auto rização do titular do dispositivo para vantagem ilícita.
Caso perceba que foi alvo de um golpe, a vítima deve procu rar uma delegacia para registrar
Com o início da pandemia, os crimes virtuais no Brasil aumen taram mais de 300%, de acordo com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). No município de Ponta Grossa, o nú mero de boletins de ocorrência de cibercrimes e fraude eletrôni ca deste ano já supera todas as ocorrências do ano anterior Se gundo relatório da Centro de Análise de Planejamento e Esta tística (CAPE) houve 223 registros em 2021 e 302 até julho de 2022.
FAGUNDESPAULOJOÃO
Cibercrime
Registros de golpes virtuais crescem em Ponta Grossa
foi asSegundodeletado.ele,várioutraspessoas fo ram vítimas da mesma situação, mas até agora a golpis ta, que operava pelo perfil de Iva nia Ferreira não foi encontrado Eduardo Colman, ponta gros sense de 41 anos, relata já ter sido vítima de vários golpes “Uma vez, eu entrei num site para comprar um celular, e de pois de eu preencher as infor mações do cartão de crédito, recebi várias notificações de compra no celular, compras que eu não estava fazendo”. Em ou tra situação ele diz ter recebido uma ligação de uma suposta operadora de telefone Na ligação
tagrampervalorApósrealizaratransferênciadoporpix,ofildoIns
golpes na internet se aprimo ram a cada dia e torna mais di fícil a identificação, atingindo pessoas cada vez mais jovens.
Recentemente, várias delas foram vítimas de um golpe apli cado por um perfil do Insta gram, que vendia ingressos para o Arraiá de Agronomia, evento organizado pelos alunos do 5º ano do curso de agronomia da UEPG existente desde 2015 Gui lherme de Lima Bento, 22 anos, foi uma das pessoas afetadas pe lo ato. Guilherme relata que en controu uma conta no Instagram vendendo os ingressos por R$ 75.
Mesmo com legislação especí fica, Ponta Grossa possui dificul dades para garantir a proteção dos animais, principalmente dos que vivem na rua ONGs, proteto res independentes e lideranças políticas locais, que formam uma rede de cuidado e defesa dos di reitos dos animais há anos, des tacam a ausência de um local específico para acolhimento e re forçam a importância do papel da população na adoção.
ONGs e lideranças políticas apontam obstáculos em ações de proteção animal
Em Ponta Grossa, os animais são protegidos por legislação específica, entre elas a Lei 13 443/2019, dedicada à difusão de ações que visem conscientizar
não sabia do que se tratava e declara que ela e seus vizinhos não foram informados. Ela expõe que os moradores que não vivem próximos à rua principal são muitas vezes esquecidos, ficando à margem das decisões Assim, os moradores se ajudam com a instalação de “gato” para ter acesso a luz e ignoram o que está sendo feito ao redor por carrega rem consigo o sentimento de de sesperança, sem acreditar que algo bom seja feito. Letícia afir ma que seus vizinhos muitas ve zes se colocam em risco, já que realizam as instalações sem equi pamentos ou treinamento corre to, apenas para terem condições básicas de vida Já aqueles que não conseguem utilizar exten sões para conseguir energia,
Segundo a vereadora Josiane Schade Kieras, que atua na luta pela proteção de animais há mais de dez anos, uma das maiores di ficuldades é a falta de um espaço para onde sejam levados os bi chos, o que impede a resolução de muitos casos “É preciso de um lugar para levar esse animal; a logística é o problema mesmo”, afirma De acordo com Josi, essa dificuldade leva as entidades e pessoas que atuam na defesa dos direitos dos animais a orientar sobre a necessidade de envolvi mento da população no cuidado e zelo de animais que sofrem maus tratos ou são abandonados
EMELLISCHNEIDER
partir destas medidas já se pode evitar o risco de despejo. Atual mente, a ação de reintegração de posse está suspensa. “Além de efetivar um direito fundamental para àquelas famílias, as ligações de luz e também de água e esgoto deram um novo ânimo para toda a comunidade, que passou a se sentir menos abandonada pelo poder público”, explica o advoga do Segundo ele, o próximo passo será a regularização e a constru ção de uma casa modelo, projeta da de forma sustentável, que servirá de protótipo para o proje to de urbanização que a UEPG pretende aplicar no local Moradora da ocupação, Letí cia Aparecida Ciliane diz que apesar de ter visto funcionários da Copel realizando instalações,
adoções Miléo destaca a impor tância e as dificuldades no pro cesso de adoção: “Não há lares familiares responsáveis e seguros disponíveis para tantos animais”.
O Grupo FAUNA tem destaca da atuação em Ponta Grossa, contribuindo na luta pela aprova ção da lei de castrações públicas, em 2013, e da lei que proíbe apresentações de animais em circos Desde a fundação, há 23 anos, o grupo trabalha pela bus ca de políticas públicas em defe sa dos direitos dos animais Karina Medaglia ONG, conta sobre a demora na aprovação e cumprimento dessas leis, e destaca o trabalho das en tidades. “Uma das maiores di culdades é fazer com que se cumpra as políticas p situação dos animais em Ponta Grossa não é confort muitos animais abandonados vezes em situaçã esforço muito grande das ONGs e dos protetores”. Karina refor importância da educa aos adotantes para que assim os animais possam receber os cui dados e criação correta Ana Paula Mil financeira da ONG Associa SOS Bichos de Rua entidade recebe diariamente in meros pedidos de aux lio para
ONGs
Ocupação recebe iluminação pública
SOCIEDADE S|5 ETEMBRO 2022
MANUELAROCHA
animais doentes, vítimas de aci dentes e maus tratos, além de pedidos de castração. A SOS Bi chos cuida atualmente de cerca de 381 animais que estão sob a responsabilidade da associação, alguns em lares temporários ou no abrigo No entanto, esse nú mero é variável, uma vez que de pende da entrada de novos
Além de cruel, abandonar animais é crime previsto em lei
O processo de instalação de iluminação pública na Ocupação Ericson John Duarte iniciou em julho após reuniões e acordos entre os responsáveis por geren ciar os problemas da habitação, além de instituições que buscam garantir o acesso geral a serviços básicos A 1ª Vara da Fazenda re conheceu nos últimos meses que as demandas da ocupação são em maioria estruturais. As reu niões contaram com a participa ção da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), da Frente Nacional de Luta do Campo (FNL), da Copel e da Prefeitura
O advogado voluntário da ocu pação, Alisson Pepe, que atua em defesa das famílias, afirma que a
usam velas para conseguir ilumi nação. De acordo com ela, ambas as atitudes são medidas de emer gência, mas são muito perigosas devido ao fato de que todas as pe quenas casas são de madeira, o que torna alta a possibilidade de um incêndio Leticia declara que, mesmo com algumas reclamações, está ansiosa e animada para que as ligações de luz realmente ajudem todos que residem na ocupação, e deseja também que sejam tomadas medidas para melhor informar os moradores sobre as melhorias de estrutura,afimdetranquilizá los.
Pepe acrescenta que mais informações sobre as tratati vas não podem ser repassa das durante o processo de instalação, uma vez que são confidenciais
Entidades incentivam adoção de animais em Ponta Grossa
Intelecto acima do esperado dificulta identificação de altas habilidades
WESLEYMACHADO
Mãe e pedagoga, Danielly Mo reira relata as dificuldades que teve para encontrar um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) adequado para Eloá, sua
De acordo com a pedagoga Selma Cristina Zoni, especializa da na educação de crianças com necessidades especiais e defici ências, a Lei exige que haja mu danças na maneira de conduzir as aulas e também no modo de se relacionar com as turmas e fa miliares “Em outras palavras, é preciso um certo preparo por parte dos educadores e profissio nais envolvidos na gestão esco lar”, afirma SegundoZoni.Selma, as escolas não estão preparadas para rece ber crianças com deficiência A pedagoga explica que são neces sários no mínimo três profissio nais em sala em tempo integral para atendimento da educação
dotados no Brasil tem sua condi ção identificada tardiamente por que geralmente eles se destacam em áreas consideradas princi pais, como português e matemá tica, mas isso pode resultar em frustração. “Dentro das altas ha bilidades, há um grande repertó rio de diversos talentos que podem passar despercebidos”, conta Além disso, a psicóloga
ardo fazem parte de um proces so de identificação que envolve responder questões e avaliações com profissionais da psicologia e neuropsicopedagogia. De acor do com o psicólogo Luiz Felipe Sowek Barbosa, a identificação deve ser clara “A identificação precisa e não tardia é um fator importante para o desenvolvi mento do autoconhecimento”
Condição de superdotação infantil é pouco conhecida no Brasil
crianças com deficiência.
fala que na superdotação há uma característica chamada assincro nismo. "O desenvolvimento inte lectual está acima do esperado em uma habilidade, mas quando há uma dificuldade em outra, a discrepância fica cada vez mais evidente”, ressalta a psicóloga
JULIA ANDRADE
filha que, em função de uma sín drome rara chamada Polumbi, possui deficiências motoras. Da nielly tentou vaga em dois CMEIs, mas os centros educacionais não tinham estrutura para dar o su porte específico necessário para o ensino especial “Nos dois pri meiros CMEIs, não tinha o aten dimento especializado, que é a Sala de Recursos Multifuncionais, onde uma professora desenvolve um trabalho diferenciado que abrangeumprocessoparaatender as necessidades e as diferenças dessaquestãodecoordenaçãomo tora”. Apenas com o auxílio da Secretaria de Educação é que a mãe conseguiu uma vaga para a filha em um CMEI com o atendi mento especializado
A dificuldade de identificar al tas habilidades em crianças de ve se ao desconhecimento das características que elas apresen tam nas mais diversas atividades artísticas, esportivas e psicomo toras. Segundo a mestre em edu cação e psicóloga, Áurea E Om Spricigo Siqueira, muitos super
Os testes realizados por Edu
especial. “Se temos 15 crianças de educação infantil de cinco a 13 anos ou mais, e tem uma cri ança com necessidade especial, a gente tem, além do professor ti tular, o professor auxiliar para a turma e mais uma pessoa para atender a necessidade dessa cri ança”. Além disso, são necessári os recursos específicos “Também precisamos de material, porque dizer inclusão e não incluir essa criança no aprendizado não adi anta. Você precisa garantir que o mínimo do aprendizado aconte ça”,comentaapedagoga.
JULIAANDRADE
Falta de recursos dificulta inclusão escolar de crianças com necessidades especiais
6|Educação Setembro 2022
O assincronismo é uma carac terística marcante, como é o caso de Eduardo, de 10 anos A mãe dele, Dayane da Rocha Nicoluzzi Portela, conta que o filho sempre se interessou em aprender ins trumentos musicais e apresenta facilidade para fazer cálculos matemáticos considerados difí ceis. Na escola, porém, tinha di ficuldades com matérias tidas como importantes e na inter pretação de atividades e provas "Durante a pandemia ele teve dificuldades para acompanhar as atividades online e na volta às aulas ele teve dificuldades na in terpretação de exercícios”, conta Logo que a escola percebeu, pediu uma avaliação neuropsicopedagó gica e, com o resultado dos testes, Eduardo foi identificado com altas habilidades, com maior tendência ao campo artístico.
Pessoas com deficiências físi ca, intelectual, visual ou auditiva têm direito à igualdade de opor tunidades asseguradas pela Lei de Diretrizes Básicas da Educa ção (LDB), que indica o uso de metodologias que garantam a acessibilidade desde o ingresso do aluno na escola Com isso, a rede regular de ensino deve ofe recer educação especial para qualquer aluno que necessite, disponibilizando não somente acessibilidade arquitetônica, mas também profissionais capacita dos para um atendimento especi alizado e salas multifuncionais Porém nem todas as escolas pos suem recursos para inclusão de
Aponte a câmera do seu celular para este QR Code e confira matéria na íntegra
Tanto Áurea quanto Luiz Feli pe destacam a importância da es cola no desenvolvimento de uma criança com altas habilidades/su perdotação. Essa identificação é realizada através da observação feita pelos professores a partir dos comportamentos apresen tados pelo aluno em sala de aula, tornando a comunicação entre escola e família indispensável
Sobre as oscilações do preço da gasolina, Favaro acredita que a maioria dos passageiros não percebem o fato “A mudança dos valores, de repente, não é repas sada aos clientes, eles continuam pagando a mesma coisa, afasta mais os motoristas”. Além disso, Luisienne fala sobre os principais problemas que tem com passagei ros “Tem gente que entra comen do, bate a porta, às vezes quer entrarcombebida”,explica
Cidade S|7 etembro 2022
pio de Ponta Grossa existem alguns projetos que bus cam apoiar pessoas de rua, como o de Abordagem Social, que faz uma busca dessasospessoasecui
“Aqui todo mundo tem proble ma, mas ninguém está que quer” José Henrique anos Diferente de seus compa nheiros, eu não está em situa derua,masdizpassarseusdiasna praça Barão de Guaraú cida como a Praça dos Polacos Chamada pela imprensa de colândia de Ponta Grossa abriga a Igreja Sagrado Cora Jesus, além de pessoas que est osPontaàsmargensdasociedadeReginaSantos,funcionBancahátrêsanosclientesreclamamdosusuquecirculampelapraçelanãoseincomodacoma
José Carlos Alvaro Jr, que ade riu à atividade pelos aplicativos e atua em Ponta Grossa, diz quede cidiu ingressar no ramo por estar desempregado Para José, espe cialmente os passageiros não valorizam o trabalho do motoris ta de aplicativo “A educação das
, o pra ticam violência, apesar dos olha res de receio que recebem por conta das drogas. “A galera que mora aqui não faz mal para nin guém”. Segundo ele, as pessoas que ocupam a praça conseguem se manter pedindo dinheiro no
KAILANICZORNEI
dados que elas demandam En um localapróprioPrefei
comenta Ederson Sal o, de 22 , firmações de Ederson Talita está há quase oito anos em situação de rua: de pois da morte dos avós, que a cria ram e o abandono dos pais, Talita foi entregue para o ConselhoTute lar e passou por diversas famílias, atéacabar em situação de rua
Para complementar, o moto rista cita também como são as ruas da cidade, especialmente de Ponta Grossa Para ele, faz muita diferença a logística das ruas, se a cidade é em cima de terrenos desnivelados. Isso muda também no consumo da gasolina. José fala sobre o emprego: “Não reco mendo, inclusive só vou rodar por mais esse mês”.
A motorista de aplicativo, Lui sienne Favaro, de Ponta Grossa, que está no ramo há quase qua troanosetemaatividadecomo
Pessoas em vulnerabilidade na Praça dos Polacos mostram problemas sociais
pre sença deles: “Eles vêm aqui pram um sorvete ou um cigarro vão embora Nunca me incomoda ram, não posso reclamar tro lado, lojistas que preferiram não se identificar relatam medo dos ocupantes da praça “Precisa va de uma unidade de polícia aqui na praça”. Segundo elas, nem to das as chamadas e denúncias são atendidaspelaGuardaMunicipal.EdersonAmiltonSalcouski,vi
tura conta com a parceria dos projetos Melhor Viver e a Casa da ções sem ns lucrativos que ofertam servi os socioassistenciais para pesso asemvulnerabilidadesocial.nciadesses
única fonte de renda, ela diz que optou pelo ofício por poder fazer seu próprio horário e que prefere trabalhar à noite, mesmo que pa ra ela, como mulher, seja perigo so Luisienne comenta sobre a falta de segurança dos motoristas deaplicativo “A gente tem que se virar para fazer a segurança, te mos grupos de apoio.”
Pátio da Igreja Sagrado Coração de Jesus se tornou palco para a desigualdade
ve na praç quase sete anos e direto: “Eu estou aqui porque é o único lugar que eu tenho”. Eder son se mudou com o pai e os irmãos para o Mato Grosso após a morte da mãe, e chegou a Ponta Grossa de carona, trazendo consi go apenas seu cachorro Segundo
LÍVIAHASMAN JOÃOIANSEN
os frequentadores da a dizem nunca ter recebido qualquertipodeajudadaparóquia a doschamarPolacosa
Motoristas de apps expõem dificuldades
pessoas também não ajuda”, rela ta. Além disso, existem melho rias práticas que poderiam ser aplicadas pelas empresas. “Um suporte com combustível (pre ço de custo), bônus com metas melhores e também um filtro efi caz de Segundopassageiros”.José,os preços osci lantes da gasolina afastam os motoristas, porque não acompa nham corretamente as corridas e não acompanham o valor de ca da viagem “De dez reais que o passageiro paga, às vezes eu vou lucrar apenas três”, comenta. Fre quentemente, o passageiro está longe e o percurso em que o mo torista faz estando sozinho no carro não é remunerado
Além do preço da própria ga solina, José expõe casos em que os motoristas precisam alugar os
LÍVIA HASMAN
m por meio de
carros para trabalhar "Os moto ristas de aplicativo hoje em dia trabalham com carro alugado, esse é o meu caso. Fica um valor bem alto, você gasta com o alu guel do carro, com combustível e dependendo da locadora você ain da paga a manutenção”.
Os motoristas de aplicativos de mobilidade urbana sofrem com falta de suporte das plata formas de transporte alternativo e ainda com a recorrente desvalo rização do trabalho por parte dos passageiros, além de precisarem tirar do próprio bolso boa parte do necessário para o trabalho A oscilação do preço da gasolina, o aluguel dos carros, em alguns casos, a manutenção, acabam afastando os próprios motoristas.
Pessoas em situação de rua sofrem com falta de condições básicas
8|Especial Setembro 2022
sas com fins lucrativos “Podem ter prestação de serviço, porém elas estão vendendo publicidade e propaganda”. As comunitárias, como a Rádio Princesa em Ponta Grossa, não podem visar o lucro, possuem sua transmissão restrita e voltada a um público que está em uma determinada localidade geográfica. As emissoras educati vas têm na legislação o dever de estar ligadas a alguma instituição educacional, como a Rádio Cescage, e buscam promo veraeducaçãoeapesquisa na cidade de Ponta Grossa MigraçãodoAMparaoFM No dia 7 de novembro de 2013, dia do radialista, a ex presidenta Dilma Rousseff assinou o Decreto 139/13, que autoriza a migra o das rádios na modulação AM Amplitude Modulada) para FM ência Modulada). Segundo Graziela Bianchi, a mudança da amplitude modulada à frequência modulada tinha o intuito de limpar transmisstransmissoespectroradiofônicoemelhoraraãodesinaisdetelefoneAmodulaçãoantigaerapropíciaariasinterferênciasaolongodaãodedados”,informaEntreasvantagensapontadaspeloMinistériodeComunicaçãoencontramseaFMcomumsommaislimpoeondasdetransmissãomenores,oquediminuiasinterferênciasdedadosalémdepoderpossibilitarasintonizaçãoradiofônicaemcelulares,carroseoutrosaparelhosdigitaisGrazielaBianchidestacaque,namigraçãodesinal,énecessárioqueexistauminvestimentoelevadoparaquehajaatrocadeequipamentos,podendoocorrerofechamentodeemissorasquenãopossuamumadeterminadaverbaparaquepossaocorreramudança.
História
Clube de Pernambuco.”
Centenário do rádio afetiva de ponta-grossenses
A radiodifusão veio ao Paraná em 1924, com a primeira trans missão feita pela Rádio Clube do Paraná, em Curitiba. Além de ser
Na década dos anos 1940, Abí lio Holzmann, um amante do rá dio que realizava transmissões clandestinas almejava uma emis sora em Ponta Grossa Holzmann e Manoel Machuca, parceiro de atividade, relizaram a criação da primeira emissora no cidade, a Rádio Clube Ponta grossense, que inaugurou em janeiro do ano de 1940. Atualmente, a rádio ainda
a primeira rádio presente no es tado do Paraná, foi a terceira emissora radiofônica a existir no país. Mantida até hoje, há uma previsão de que a rádio possa fe char suas portas em agosto deste ano, após 98 anos no ar Foi aos poucos que esse meio cresceu e passou a espalhar se para fora da capital, chegando aos Campos Gerais “As primeiras experiênci as de rádio foram feitas em expo sições com um curto período de tempo e começa os experimentos nas rádios clubes como na Rádio
ALEX AMANDADOLGANDAL'BOSCO
Em 2022, a emissora Rádio Clube completa 82 anos. Além do aniversário da própria emissora, tais anos também marcam o ani versário da chegada do rádio na cidade Durante toda a trajetória e história deste meio de comuni cação, Ponta Grossa já teve várias emissoras e, hoje em dia, conta com 14 estações licenciadas, sen do 12 comerciais, uma emissora educativa e uma comunitária
Paraná tem maior índice de ouvintes
de transporte precários e grande parte da população morando em zonas rurais, então, quem fazia esses registros? Não tinha como fazer esses registros e os poucos que tinham eram segregados, es sas pesquisas não eram unifica das”, diz a pesquisadora
A região Sul do país concentra o maior índice de consumo de rá dio entre os brasileiros: 85% das pessoas declaram se ouvintes Es te dado é apresentado na “Inside Rádio 2021”, definida como a mais atual pesquisa Ibope referente ao consumo de mídia. O estudo aponta que 80% dos brasileiros ouvem ao menos um minuto de rádiotodos os dias, seja dentrode casa,noscarrosounotrabalho Graziela Soares Bianchi, pes quisadora da radiodifusão e pro fessora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), fala que a população tem o hábito de es cutar rádio por causa da cultura de cada região “Quando o rádio cresceu e foi se regionalizando formando memória afetiva de lu gares. Então a rádio é um produ to cultural e tudo combina em um vínculo afetivo com os ouvin tes”. Ainda conforme Graziela, o meio de comunicação continua com uma diversidade de progra mas “Muitas pessoas ainda escu tam rádio Se você passar pelas casas ou pegar um Uber alguém vai estar escutando”.
está em atividade
Graziela Bianchi explica que as rádios comerciais são empre
JOÃO PAULO FAGUNDES
Brasil, dia 07 de setembro de 1922. Centenário da Independên cia. Epitácio Pessoa, então Presi dente da República, realizava seu discurso para a primeira emissão radiofônica do país Embora exis tam divergências em relação a quando o rádio chegou ao Brasil oficialmente, Graziela diz que ha via um pequeno número de re gistros e pesquisas na época “É por causa do tempo em que vivía mos Estávamos em uma época sem industrialização, com meios
Os atores do rádio
ALEX DOLGAN
Fernando Ribeiro apresentando seu programa na Rádio Clube
rádio carrega ponta-grossensesmemória
Avitrolaquebrada Marcos Antonio de Andrade, o Marquinho para os fãs, lembra de, quando criança, pegar a Vi trola da mãe e brincar como se fosse “um apresentador de pro grama de música”, até estragar o aparelho “Ela ficou muito brava pela vitrola, tomei bronca e após ter conseguido o emprego com prei uma nova para ela”, relem bra o técnico radiofônico
Futebol,cervejaemúsica Acordar cedo, tomar um ba nho, ligar o rádio e poder tomar uma bela xícara de café faz parte da rotina de Altair Mendes. Com quase 70 anos, ele conta que um dos motivos de gostar tanto do rá dio é por apresentar praticidade: “Eu posso levar o rádio para qual quer lugar, posso também sinto nizar as emissoras no carro”.
ntes de rádio no país, segundo pesquisa
Altair sintoniza em qualquer lugar Em 2015, na final do Cam peonato Paranaense, seu Altair foi até o Couto Pereira, em Curiti ba, para conseguir ver o Fantas ma (Operário Ferroviário Futebol Clube) erguer a taça de campeão. Altair não deixou o rádio em ca sa Pelo contrário, se as pessoas olhassem em suas mãos poderi am ver o aparelho radiofônico li gado “Eu estava ali com o rádio ligadinho, ouvindo o jogo e assis tindo”. No auge dos seus 69 anos, Altair Mendes passa muitas tar des sintonizado nos jogos de seu time com uma cervejinha bem gelada em sua mão.
O rádio é uma paixão antiga que se iniciou ao acaso Quando jovem, Fernando tinha o custume de ouvir a Rádio Clube, pois sua mãe estava sempre sintonizada e acompanhando o programa da
comadre Deizi com o objetivo de aprender aquelas simpatias que atraíam dinheiro “Minha mãe se encantava com aquilo e eu cresci nesse meio”. Aos 18 anos, Fernan do trabalhou como recepcionista na Rádio Central, pois apresentava um timbre característico, os donos da rádioopedirampara gravar um pequeno texto. Desde então, não “tirou mais a boca do microfone”, passou por diversas rádios da cidade de Ponta Grossa, hoje trabalha na Rádio Clube, onde está hámaisdetrêsdécadasDepoisdedécadas, Fernando recorda a surpresa da mãe em ouvir seu filho "Quando ela ou viu minha voz, não esperava que de repente eu tivesse essa facili
Fernando Ribeiro, um homem alto e grisalho, bem humorado, que possui as marcas do tempo desenhadas em seu rosto, dedica sua vida ao rádio há 45 anos. Do no de uma voz grave que lembra a do apresentador Cid Moreira, Fernando fez a apresentação de vários programas Além da voz o carisma que possui marca a liga ção com seus ouvintes
Especial S|9 etembro 2022
de madrugada e ia até a Rádio Di fusora “Eu já cheguei a dormir na emissora, debaixo da mesa de técnica, só para aprender a como lidar bem com os apare lhos e fazer o programa das sete horas da manhã”. Marquinho explica que depois de três me ses conquistou o primeiro regis tro na carteira de trabalho ganhando um salário de R$ 70. Apesar de ter se formado em Licenciatura em Química, ele se consolidou no meio e hoje está trabalhando na Rádio CBN “Foi muita luta conquistar meu espaço nesse meio e meu desempenho pode mostrar como sou enquanto funcionáriodarádio”.
No ano de 1995, Marcos deci diu que queria trabalhar com rá dio Para aprender as técnicas da mesa usada na radiodifusão, saía
dade de poder me expressar, de tocar o coração das pessoas.” Aos 65 anos, o radialista tem a certeza que o rádio é seu abrigo
agravou ainda mais a situação, resultando na carência dos ser viços prestados à sociedade e na superlotação dos hospitais O profissional ressalta que é visível o recuo do poder público municipal, face às transferênci as de suas responsabilidades para outras esferas, sejam pelas parcerias com o Estado, como também pelas parcerias públi co privadas. A terceirização de contratos por exemplo, pode impactar diretamente na quali dade dos serviços prestados, co mo também nas condições de trabalho das pessoas que exer cem funções na saúde
A vereadora do Partido Social Cristão (PSC) e membro da co
Nos últimos quatro meses, moradores de Ponta Grossa vêm enfrentando dificuldades para ter acesso ao serviço médico Os principais problemas apontados pela população são o fechamento de unidades básicas de saúde e a demora para o atendimento De vido às constantes reclamações a respeito dos problemas no siste ma de saúde do município, a Câ mara de Vereadores iniciou, em 31 de maio, os trabalhos da Co missão Parlamentar de Inquérito da Saúde (CPI) que tem como ob jetivo investigar o atual cenário da saúde da cidade
VANESSA GALVÃO
TAYNÁLANDARIN
Ocorreu no dia 16 de julho, em Ponta Grossa, um mutirão de exa mes preventivos em 5 unidades sicas de saúde: UBS Egon Ros naSantaPaula;UBSCyrode em Oficinas; UBS Luiz Con rado Mansani, em Uvaranas; UBS resjustamenterenecesspendenteodaanosAem(peladenhecidoUBSmuloPazinato,naNovaRússiaeZildaArns,noParqueNossaSenhoradasGraçasOexame,cotambémcomoPapanicotemcomoobjetivoavaliaroteroebuscarvestígiosdorusresponsávelpelocâncercolouterinoeporoutrasdoenastransmitidassexualmente.Umlevantamentofeitoem2019PesquisaNacionaldeSaúdePNS),estimaqueasRegiõesSul(84,8%)eSudeste(84,1%)apresentarampercentuaisacimadamédianacionalemexamespreventivosrealizados,emcomparaçãoàsoutrasregiõesOMinistériodaSaúderecomendaqueasmulheresrealizemoexameanualmente,entreafaixaetária25a64anosAprofessoraCarolinaAparecidaSantiago,pacientedomutirão,afirmaquesemprefezosexamespreventivosregularmente,masporcontadasuarotinaduranteapandemianãopoderealizálos.Elaconsideraimportanteoscuidadoscomasaúde,poisassimépossívelsaberseocorpoestáfuncionandodemaneiracorreta,alémdeprevenirfuturasdoençasCarolinaenfatizaquegraçasaomutirãovoltouarealizaroexameregularmenteAginecologista,MariaPortela,afirmaqueaorientaçãodoMinistériodaSaúdeébaseadapesquisasdeespecialistas.pesquisaapontaqueatéos25deidadeadefesadocorpomulherécapazdeeliminarvírusdoHPVPorém,indedaidade,sehouversuspeitadequalquerdoençasexualmentetransmissível,éárioqueamulherprocuumprofissionaldeginecologiacomurgênciaSegundoaenfermeiraDanieladePaula,quetrabalhaemumadasUnidadesBásicasdeSaúdequeofertaoexamepreventivo,oobjetivodomutirãoéatenderasmulhequenãoconseguemrealizaroexamepreventivoporcontadarotinadocotidiano
CCPPIIDeacordo com o requerimento apresentado para criar a Comissão ParlamentardeInquéritodaSaúde (CPI), vereadores afirmaram que estão investigando os processos de contratação de médicos, o fecha mento de unidades básicas de saú de e o remanejamento de suas equipes, a demora por atendimen tos médicos nas unidades básicas de saúde e o planejamento da Saú de para o atendimento primário municipal, como a doação do Hospital da Criança para o Esta do, e o pretexto da demora na re alização da reforma do Hospital MunicipalAmadeuPuppi
Segundo relato do Ponta gros sense, Cosmi Acassio, no dia 29 de julho ele buscou atendimento para o seu filho na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santa Paula. Ele estava sofrendo há du as semanas com dores de cabeça e naquela manhã não estava con seguindo se movimentar. Acassio conta que chegou ao local por volta das 7h30 e às 12 horas o seu filho ainda não tinha sido atendi do “Se você chegar cedo na UPA vai sair tarde daqui, perde dia de trabalho e compromissos Além dos médicos e enfermeiros não terem nenhuma empatia pela si tuaçãoqueestamospassando”.
RAFAELACOLMAN
O profissional da saúde que trabalhou na UPA Santana e que prefere não ser identificado con ta que o atual cenário de super lotação continua o mesmo desde o período em que trabalhou no estabelecimento O fechamento do Hospital Municipal e o au mento populacional da cidade
preventivosrealizaMultirãotestes
Conforme Joce, a investigação em razão das prerrogativas legais da CPI vai permitir que os verea dores tenham acesso a informa ções importantes a respeito do sistema de saúde. Além de terem a oportunidade de ouvirem as pessoas que são protagonistas na área da saúde, sejam eles servi dores, administradores públicos e também pacientes com o intui to de entender o atual cenário em que se encontra o sistema de saúde do município
A vereadora Joce Canto apon ta que outro desafio é tentar aperfeiçoar a atenção primária que realiza o atendimento de ca sos menos graves nas unidades básicas de saúde. O objetivo é não sobrecarregar as Unidades de Pronto Atendimento, respon sáveis por atender os casos de urgência na cidade
10|Saúde Setembro 2022
missão, Joce Canto, destaca que a investigação é realizada por núcleos de trabalho e que nesse primeiro momento a CPI está se concentrando no Hospital Muni cipal Amadeu Puppi, na UPA Santana e nos contratos de pro fissionais da área da saúde
Conforme o regimento da Câ mara, os vereadores têm o prazo máximo de até três meses para a realização das investigações. Porém, caso seja necessário, o tempo pode ser prorrogado por mais três meses para a conclu são da investigação da CPI
Ela acredita que em decorrên cia da falta de um planejamento dos administradores públicos, os hospitais não possuem leitos su ficientes para suprir a demanda “Nos últimos tempos, o poder público municipal deixou ocor rer o sucateamento da saúde e um exemplo é a falta de investi mentos na manutenção da estru tura do Hospital Municipal Amadeu Puppi que acabou sendo fechado pela atual gestão”, afir ma a vereadora Joce Canto
População sofre com precarização da saúde pública
Fechamento de UPAs e demora no atendimento são as principais reclamações
Segundo a psicóloga Anna Lui za Portier, o padrão estético dita do pela sociedade e guiado pelo ideal de magreza são amplamen te disseminados pela mídia e re forçados pelas redes sociais, que assumem grande influência no desenvolvimento de transtornos alimentares Ela reforça a preva lência destes diagnósticos entre adolescentes do sexo feminino, principalmente ao tratar de qua dros de anorexia e bulimia ner vosa, devido à ampla publicidade dos corpos magros, camuflada por uma falsa preocupação com a saúde dos indivíduos
judicam a recuperação das paci entes, além de reforçarem uma realidade impossível de alcançar.
sobre a condição que a afetou dos 12 aos 16 anos de idade
Aos 13 anos, a jovem começou a fazer dietas da internet, que res tringiram muito sua alimentação O resultado foi percebido um ano s a perda de Sempre que eu acordava, a primeira coisa que eu fazia era medirminhacinturacomumafita se aumentassem as me cavaadieta”
“Tudo o que a gente vê nas re des sociais, querendo ou não, não é o que parece”, afirma a in fluenciadora digital e vice cam peã do Miss Paraná, Deborah Tozetto Ela desabafa sobre a de voção à magreza reforçada nas mídias sociais e critica a difusão de padrões corporais inalcançá veis Inserida nesse meio, a miss relata que já fez uso de medica mentos controlados para ema grecer, mas não divulgou em suas redes sociais para não influ enciar de forma negativa seus se guidores. Hoje, para manter sua saúde mental, Deborah faz trata mento psiquiátrico e terapêutico
Saúde |11etembro 2022
Adolescentes de 14 a 16 anos são as mais vulneráveis
Para a nutricionista Nayara a irresponsabilidade na todos de ema seja pela internet ou ticos, aca cultar o processo de vel da blogueipo a tia que fez uma dieta e acha quequefuncionou;aspesso as querem vender um realresultado”.
Ela relata alguns casos em que pacientes passaram dos li mites para ver resultados mais m restringirampercebe sem considerar as neces sidades nutricionais individuais Nayara comenta sobre seus aten por conta de úde co ela atende frequentemen te pacientes em sua maioria com traços de
LARISSA DEL POZO
LARISSADELPOZO SARADALZOTTO
Por trás das telas: redes sociais estimulam os transtornos alimentares
Esta realidade também esteve presente no início da adolescên cia de Sabrina*, que além de ser marcada por uma fase depressi va, desencadeou um transtorno alimentar compulsivo “Quando sentia fome, eu pesquisava víde os sobre meninas com anorexia, e quando eu via os corpos ma gros eu me motivava a deixar de comer”. Para Sabrina, a internet acabou virando uma fonte de ga tilho, onde a partir de suas pró prias pesquisas seu desejo pela magreza era alimentado.
estímulo, o que constrói uma rea lidade perigosa para desencadear transtornos alimentares.
De acordo com a Organiza
Com o retorno da moda dos alguns fantasmas des m ressurgem. As looks cola miniblusas e minissaias tra zem enfoque para o estilo mais a magreza as redes sociais atu uentefontede
Segundoaconsultoradeestiloe imagem, Victoria Kohut, ultima mente a magreza extrema voltou a ser vista com outros olhos, e “não mais como uma forma de preocu pação, e sim como uma beleza”. A consultora ressalta que as redes sociais sobrecarregam as pessoas com informação, o que as incenti va a seguirem uma tendência mo mentânea, mesmo que de forma inconsciente Esse retorno de ten dências, segundoVictoria, faz com que opúblico, em sua maioria mu lheres, acredite que o problema seja em seu próprio corpo. Ela en fatiza que estas roupas, estilo anos 2000, valoriza somente um corpo pocomalizadoexposiservemconmasuamasespecífico:altoemuitomagroAssombradaporessesfantas,Juliana*,de47anos,viveujuventudenosanos2000eafirquemesmocomcorpomagroãoseencaixavanopadrãoestétidaqueleperíodo:“qualquerganhodepesojáeraummotivodepreocupação”.Elaacreditaqueaglobalizaçãoserviucomooprincipalinstrumentoafimdereforçarumúnicopadrãocorporalnasredessociais,queemsuaopiniãocomouma“vitrineparaçãodecorposmagros”.Julianadesabafasobresuaexperiênciavividanaadolescência,quandoutilizoumedicamentosparaacelerarseuemagrecimento;noentanto,asconsequênciasnãodurarampormuitotempoPelocontrário,essesremédioscausaramochamado"efeitosanfona"oscilaçãodepeso–,alémdosdiversosefeitoshormonaisepsicológicosquedesencadearamumtranstornoalimentarSobreoretornodastendênciasdosanos2000,Julianaconsideraumretrocesso“Euentendooretornodoconceitodevestuário,porémaquestãodacobrançaàmagrezasempreexistiuenarealidadedehojesópiorou”.Impulsionadapormotivosdesaúde,masinfluenciadaporpressõessociaisebaixaautoestima,elarelataterreváriascirurgiasplásticasointuitoseaproximardocoridealizadonasredessociais*Nomesfictíciosforamusadosapedidodasfontes,afimdepreservarsuasidentidades
Suellen Cristina de Souza Araú jo, integrante do Coletivo Mães Pretas Presentes, que acompanha casos de violência obstétrica con tra mulheres pretas, passou duas vezesporessetipodeagressão No primeiro caso, ela tinha pouca in formação sobre seus direitos “Houve o momento em que pedi para ficar debaixo do chuveiro, pois estava sentindo dor e a água quente aliviava. Eu senti a cabeça do meu filho saindo." A médica não realizou o parto naquele mo mento e pediu para que Suellen voltasseparaoquartodeitar
O Brasil não possui lei federal referente à violência contra ges tantes. Porém, 18 estados e o Dis trito Federal possuem legislação específica. No Paraná, a norma prevê o pagamento de multa de
Abusos obstétricos podem ocorrer no pré natal, parto e pós parto
Setembro 2022
A pesquisadora Ana Maria Bourguignon, que estuda a huma
Um assunto pouco discutido atualmente é a ausência de po líticas públicas para mulheres em situação de vulnerabilidade social, como as mulheres en carceradas Segundo dados de 2018 do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), cerca de 42 mil mulhe res se encontram em penitenciá rias no Brasil. Porém, somente 34% dos presídios apresentam uma cela com estrutura adequada para atender às necessidades bá sicasdasapenadas
Procuradoria da Mulher da As sembleia Legislativa do Paraná apontouque,dototaldedenúncias de violências contra as mulheres, 23%são agressõesobstétricas
O professor de direito da UEPG Rauli Gross Junior elaborou um projeto de combate à pobreza
menstrual em presídios. Iniciado esse ano, o projeto já foi aprovado e tem como objetivo auxiliar na implantaçãode oficinas de confec ção de fraldas e absorventes des cartáveis nas unidades prisionais de Ponta Grossa, visando ajudar as mulheres a ter uma fonte de ren da, bem como diminuir o preço dos absorventes e a pena das de tentas Os produtos também pode rão ser destinados a uso próprio. Rauli revela que apenas 7% das mulheres encarceradas recebem visita externa, sendo que 93% não contamcomoapoiodafamíliaOprofessoracrescentaque, se as mulheres não receberem apoio, o Estado também não consegue atendê las “A gente sabe que exis
A pobreza menstrual e a negli gência também afetam mulheres usuárias de substâncias psicoati vas A assistente social Erimar Amara Carvalho, que trabalha em umCentrodeAtençãoPsicossocialÁlcooleoutrasDrogas(CAPSAD),comentaquefaltapreparonoatendimentoaessaspessoas,poismuitasusuáriasdessassubstânciasrelatamsentirvergonhadepedirabsorventes,tendoqueusaralgumtecidooupanoparaestancaramenstruaçãoAmaracomentaqueporcausadavergonhaqueasmulherestêmempedirajuda,muitasjáchegamdebilitadas,diferentedoshomensqueprocuramatendimentomaiscedo,alémdegeralmenteteremumsuportedafamília.Asmulheres,acabamsendoabandonadaspelafamíliaeamigosquandoestãonessasituaçãoAassistenterevelaqueumestigmanasociedadequeacabadificultandooatendimento,jáqueelasnãoconseguemconversarepedirajudaarespeito
Legislação sobre violência obstétrica ajuda gestantes a identificar abusos
ROSELI STEPURSKI/ LENTE QUENTE
nizaçãodaatençãoobstétrica,des taca que a violência à gestante pode ser evitada através da capaci tação dos profissionais da saúde. “Se a mulher tiver informação so bre esse direito, estará mais forta lecida para enfrentar situações que podem ocorrer durante a as sistência obstétrica”. Ela ressalta a importância de reforçar os servi ços deouvidorianas maternidades paraquepossamserrealizadasde núnciasdecasosdeabusosAgestanteThaisGonçalves re lata que não foi informada sobre como identificar e denunciar maus tratos durante o acompa nhamento obstétrico. Ela acredi ta que informações deveriam ser repassadas para todas as gestan tes, desde o início do pré natal pela falta de expêriencia “Pela falta de informações elas podem estar passando por essa violência sem perceberem”.Casovocêsofra alguma vio lência obstétrica, a denúncia pode ser realizada às ouvidorias da Se cretaria deEstadoda Família eDe senvolvimento Social ou da Secretaria de Estado da Saúde, ao Ministério Público Estadual ou atravésdodisque denúncia181
cerca de R$ 100 mil para quem descumprir a Lei nº 19.701, de 20 de novembro de 2018, que dispõe sobre a violência obstétrica e os direitosdagestante.
Apenadas sofrem com falta de acesso a higiene
PAMELATISCHER
A físicas ou psicológicas
RAFAELAKOLODA
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica como vio lência obstétrica abusos verbais, sexuais, físicos e psicológicos co metidos contra gestantes. Esses abusos podem ocorrer durante o pré natal, o parto e o pós parto, por parte de profissionais da saúde Em março deste ano, a
O segundo parto de Suellen foi humanizado Porém, no pós par to, houve um sangramento que se perpetuou por 12 horas Ao ser avaliada por outra equipe médi ca, ela revela que foi desrespeita da por um profissional “Ele fez uma introdução com a mão para tirar os coágulos de sangue, eu senti uma dor insuportável”.
te o problema da falta de absor ventes e elas acabam tendo que utilizar outros meios, como pano, miolo de pão ou papel higiênico”. Rauli explica que há uma superlo tação nos presídios, e que o Estado nãoconsegue arcar com custos co mo os da compra de produtos de higiene básica para as detentas. A faltadeacessoaitensbásicospode prejudicar a saúde das detentas, gerando gastos com tratamentos, remédioseconsultasEleressaltaque existe uma cultura de abandono da mulher no sistema carcerário “O homem pode errar, mas a mulher não po de É uma dupla punição”. Na maioria dos casos, essas mulhe res foram presas em razão do companheiro, e quando são pre sas param de receber ajuda tanto do companheiro como da famí lia “Como se a mulher fosse mais eticamente punível, o que não é verdade, pois todos podem errar e responder na medida da sua culpabilidade”.
Há três anos, Robert Salgueiro dá vida ao Palhaço Picolé e tem financiado seus projetos por meio de leis de incentivo à cultura. É o caso do espetáculo “O mundo especial de Picolé”, voltado para pessoas com deficiência, que recebe patrocínio através da Lei Rouanet em Ponta Grossa
Casos de dengue aumentam em Ponta Grossa
EDUARDAGUIMARÃES
Políticas Públicas |13etembro 2022
Lei Rouanet é alvo de desinformação
A dengue, doença febril aguda transmitida pela picada do mos quito Aedes aegypt, tem preocu pado os moradores de Ponta Grossa De acordo com a Secreta ria da Saúde do Munícipio, em julho de 2021, foram notificados 165 casos; número que aumentou em mais de 40% nem relação ao mesmo período de 2022 Em ju lho deste ano, os casos notifica dos eram 216, índice que subiu em aproximadamente 2% no mês de julho. Durante todo o ano pas sado, Ponta Grossa registrou mais de 750 casos: 85 foram con firmados, 488 descartados e 177 inconclusivos Até metade de 2022, foram notificados 890 casos da doença, 514 foram descarta dos e 135 confirmados
JOÃOPIZANI
gá, com 14 247 confirmados e Francisco Beltrão que se aproxi mou dos 18 mil infectados.
De acordo com o site da vigilân cia sanitária, Ponta Grossa possui uma equipe de multiprofissionais composta por dez servidores e treze inspetores, além de uma equipe administrativa admitida por
Há dois meses atrás, Larissa Jonsson contraiu a doença e rela tou sintomas como ânsia, calafri os e vômitos “Tive dengue aqui mesmo em Ponta Grossa Meu namorado, que é meu vizinho, também ficou doente”. Larissa diz que, apesar de ter reparado em alguns casos em sua vizi nhança, a vigilância sanitária nunca passou pelo seu bairro fa
A médica infectologista Gabri ela Gehring afirma que a dengue dura de sete a dez dias Os sinto mas são febre, diarreia, dor no corpo e olhos, dor de cabeça, en tre outros A médica explica que não existe antiviral para dengue e o tratamento consiste em re médios para aliviar os sintomas, além de muita hidratação “A prevenção da doença se dá pela proteção contra picada do Aedes, mas, principalmente, evitar fo cos de proliferação do mosquito, ou seja, impedir que a água fique parada”. Gabriela diz que, apesar do aumento nos casos em Ponta Grossa, a maioria dos infectados vem de outras cidades
No Paraná, entre julho de 2021 e julho de 2022, foram notifica dos mais de 241 mil casos, dos quais 120 mil foram confirma dos, 2 345 evoluíram para caso grave e aproximadamente 76 dos doentes vieram a óbito. As três cidades com maior número de casos foram Cascavel, com quase 18 mil casos confirmados, Marin
A Lei Rouanet foi criada em 1991 com o objetivo de estimular a produção, a distribuição e o acesso aos produtos culturais Três décadas após a implementa ção, o principal instrumento de fomento à cultura no país ainda é frequentemente alvo de polêmi cas e notícias falsas O mito mais propagado sobre a Lei Rouanet é que ela retiraria dinheiro público de áreas como saúde e educação para beneficiar artistas que te nham afinidade ideológica com o governo, o que não é verdade.
Qualquer pessoa física ou jurí dica pode solicitar o financia mento de um projeto cultural por meio da aplicação da Lei Roua net A viabilidade do programa é
Uma das formas de prevenção ao mosquito é não deixar água parada
as tradicionais como a farmacêu tica e de mineração, que rece bem apoio massivo e isenções fiscais muito superiores.
O advogado Nichollas Alem, especialista em Direito da Cultu ra, não concorda com a ideia de que o gasto público poderia ser melhor empregado em outras frentes: “É mentira, tanto porque a cultura é igualmente relevante, quanto pelo fato de que o valor é tão pequeno que não resolverá nenhuma questão estrutural sé ria do país”. O advogado ressalta que os investimentos em cultura possuem uma grande capacidade de mobilizar novos gastos na economia, ajudando a movimen tar uma indústria responsável por produzir 2,5% do Produto in terno bruto (PIB) nacional, mas
concurso público As atividades da vigilância sanitária se caracterizam por cadastramento, inspeção, in vestigação, notificação, orientação, monitoramento, registro e divulga ção de dados Até o momento, não obtivemos resposta a respeito da vistoria nos bairros e do aumento dos casos na cidade As denúncias podem ser feitas via site ou pelo telefone(42)3220 1000
EDUARDA GUIMARÃES
analisada por uma comissão da Secretaria Especial de Cultura do governo federal e, caso o projeto seja aprovado, o proponente cul tural recebe a permissão para captar os recursos no mercado, buscando doadores ou patrocina dores Em troca, os incentivado res podem deduzir até 4% (pessoa jurídica) e 6% (pessoa física) do valor do Imposto de Renda Um estudo da Fundação Getú lio Vargas (FGV) demonstrou que, até 2018, dos R$ 31,22 bilhões que foram investidos através da Lei Rouanet, foram recuperados R$ 49,78 bilhões, representando re torno à economia nacional de 60% a mais do que o valor inicial De acordo com a bacharel em ci nema Marina Rodrigues, o setor cultural já é superior às indústri
considera que ocupa um lugar muito pequeno no orçamento da União, não chegando a 1% dos gastosSegundopúblicos.Alem, há mecanis mos que impedem o controle ide ológico por parte da Secretaria de Cultura, cuja análise é apenas técnica e orçamentária, visto que a viabilidade dos projetos é deci dida unicamente pelo setor pri vado, responsável pela realização de doações e patrocínios
zendo vistorias “Nos postos de saúde só pedem para o doente fa zer a testagem, mas não comen tam nada sobre uma possível visita da vigilância”.
Em julho, a alta foi de 40% em relação ao mesmo mês de 2021
Os treinos ocorrem de segunda à sábado em dias e horários espe cíficos Os interessados devem comparecer ao ginásio localizado na rua Ermelino de Leão, número 540 Para a inscrição, é necessário fazer um exame médico onde conste a liberação para a prática esportiva. Caso seja menor de idade, os pais também devem as sinar um termo de responsabili dade Os interessados podem ligar no telefone do setor respon sável no Ginásio Jamal Farjallah Bazzi (42) 3225 1073
Paradesporto é a prática esportiva realizada por PcDs
tanto a cobrança é flexível “Co mo é a primeira competição de pois dessa volta, a gente quer apenas que elas participem e consigam fazer um bom traba lho, independente do resultado”.
14|Esportes Setembro 2022
Golf7
CAMILA SOUZA
culdade existente”. Sanada reforça que o espaço tem uma excelente estrutura para atender os atletas, seja no atendimento de lesões, ou nassessõesdefisioterapia.
EDUARDA KOBILARZ
A ginasta Rhenata Caroline Martins, de 13 anos, diz estar apre ensiva para voltar a competir, mas afirma que os treinos são um refú gio “É onde eu esqueço meus pro blemas São muitas cobranças, porém, é o único lugar onde eu consigo me concentrar e fazer al go que eu amo”, destaca. Rhenata irá competir nos dias 27 e 28 de agosto,nacidadedeMarialvaAtreinadoraMarianadeMartino,quejáfoiatletadeginásticarítmicadurantedezanos,reiteraanecessidadedeabrirumestúdiovoltadoparaapráticadoesporteentrecriançaseadolescentesElapercebeasdificuldadesenfrentadaspelasatletascomavoltadasatividadespresenciaisereconhecesuaimportânciaparaacondiçãoemocionaldasalunas.“Écomoseagentetivessecomeçandodozero,porqueagenteficoudoisanossemnada,nósnãosabemosoqueesperar”.SegundoMariana,comaproximidadedocampeonato,acargadostreinosdobrou,entre
Entre as modalidades ofertadas no projeto está o golf 7, indicado para as pessoas que posuem al gum tipo de comprometimento motor e intelectual, e que não conseguem praticar outras moda lidades O campo do golf 7 adapta do possui sete buracos separados por uma distância de sete metros cada Praticante da modalidade, o cadeirante Noel Kostiurezko conta que faz esportes desde 2004 e vê que essa é a melhor maneira de inclusão. Ele pretende continuar no esporte e quem sabe até parti cipardealgumacompetição
MARIAEDUARDAKOBILARZ
Em Ponta Grossa, equipes de ginástica rítmica se preparam para o retorno das competições depois da pandemia de covid 19. A psicóloga Larissa Kinczel ressalta a importância do forta lecimento da saúde emocional das atletas antes do período de competições, explicando que é algo que deve ser antecipado no convívio familiar
MARIA
“Através da prática de espor tes, a gente espera que nosso filho melhore a concentração e o foco”, relata Miriam Correia Du tra, mãe do Fabrício, de seis anos Fabrício é autista e encon trou no judô um meio de se di vertir Para Miriam, o judô é uma prática esportiva que acaba con tribuindo para uma melhor qua lidade de vida para o filho
Como ex atleta, Mariana rela ta que enfrentou muitas situa ções complicadas relacionadas aos esportes de rendimento e que deseja que suas alunas não passem pelo mesmo “Tudo vai se fortificando em uma questão de conversa, temos uma relação bem tranquila, tentamos fazer essa fase de competição ser um processoLarissasaudável”.Kinczelcritica a abor
CAMILASOUZA
A fisioterapeuta do projeto, Narnian Sanada, afirma que a ini ciativa faz toda a diferença na vida de crianças autistas, principal mente quando se trata de inclu são “Na escola eles raramente participam de atividades esporti vas, justamente por conta da difi
Serviço
dagem dos esportes por ser uma “moeda de troca” proposta pelos próprios pais das atletas. “Quan do a criança acaba tendo um mau desempenho escolar e é afastada dos esportes como uma espécie de punição, ela entende que aquilo que gosta de praticar está em perigo”. O Sistema de Gestão Esportiva da Confedera ção Brasileira de Ginástica indica como obrigatória a participação de psicólogos na equipe multidis ciplinar de competição De acor do com a lei Federal número 9.615, de 1998 os esportes de rendimento são caracterizados pela busca por resultados, vitó rias e recordes nas modalidades esportivas que exigem alto grau de dedicação, foco, obediência e disciplina durante os treinos feitos pelos atletas
Com a proximidade do campeonato, os treinos foram intensificados
Ginastas recebem apoio psicológico
O Ginásio Jamal Farjallah Baz zi, centro de referência em para desporto na cidade de Ponta Grossa, oferece oito modalidades esportivas adaptadas por pessoas com deficiência (PcDs), sendo elas: basquete em cadeira de ro das, futsal para surdos, vôlei sen tado,golf7,tênisdemesaeojudô Segundo o diretor do projeto, Fa biano Gioppo, o objetivo da inicia tiva é alcançar o maior número de atletas e fazer a diferença na vida deles “O esporte é uma porta de entrada para um novo mundo on de eles conseguem viajar, compe tirefazeramizades”,destaca.
Projeto esportivo inclui PcDs
Os atletas do NBPG não rece bem nenhum tipo de patrócínio ou apoio para treinar e as ativida des são realizadas no Ginásio de Esportes Borell Du Vernay, que fica no Centro da cidade, o local foi doado pela Câmara Municipal à LDPG em abril deste ano
Quem está suando a camisa nas quadras tem uma opinião contrária a do dirigente da liga e reclama dessa falta de incentivo Atleta há 9 anos, Guilherme Gui marães, afirma que a prefeitura deveria aumentar o patrocínio para os times de base
VITÓRIA TESTA
Atleta que treina há 3 anos nas categorias de base do NBPG, De nis Rauch, afirma que a ausên cia de uma categoria profissional afeta a modalidade. Muitos atle tas precisam se deslocar para ou tras cidades para jogar Denis espera que quando sair da base o time profissional do NBPG esteja funcionando normalmente, caso contrário será obrigado a procu rar outros clubes
No entanto, a opinião sobre o investimento no esporte difere entre as instituições da cidade. O diretor presidente da LVPG, João Guilherme Ferri Aplewicz, res salta que o poder público contri bui através de parcerias e de acordos para ceder local para treinamento, aquisição de mate riais esportivos e na realização de
categoria feminina recebia um auxílio da Bolsa Atleta, porém ela também foi cortada
eventos “O poder público é limi tado, não porque não querem, mas por questão de verba Eles ajudam como podem Se fosse mos alugar uma quadra daria um valor absurdo por mês, fora a compra de bola, que custa 500 reais, além dos outros custos. A ajuda está excelente”, afirma João Guilherme.
O professor Anderson Luiz do Rosario, que atua na AVV, explica que, atualmente, a instituição é mantida por meio de investimen
Sem time no momento, o ex atleta do NBPG, Nathanael Hen rique, relata ter sido difícil sua saída do clube devido a pausa da sua categoria, porém tem altas expectativas para que o time pro fissional volte à ativa e que ele mesmo tenha a oportunidade de retornar junto, já que jogou por 2 anos no projeto. “Acredito que a cidade goste e sinta falta de ver o Borel lotado”. Após sua saída do NBPG, Nathanael jogou 3 meses pelo time do Botafogo, no Rio de Janeiro, mas hoje, relata que se encontra sem time para jogar e treina por conta para manter o condicionamento físico
tos públicos e com a ajuda de ins tituições privadas. Ele afirma que o gasto público com esporte ain da é pequeno “Somos umas das 5 maiores cidades do estado e, quando se fala em investimento no esporte, perdemos para cida des com menos de 10 mil habi tantes”, reforça
de basquete ção da equi pe aconteceu devido à falta de recursos já que o principal patro cinador da Liga, a CCR Rodonor
Esportes |15
VANESSAGALVÃO
Atletas
Sem time profissional, vôlei sobrevive em Ponta Grossa
Além do time profissional adul to, o basquete feminino está inati vo em todas as suas divisões A
Confira por meio do QR code mais informações sobre os atletas.
NBPG intensifica trabalhos nas categorias de base
Embora o time pro esteja sem atividades, o técnico do NBPG, Miloslav Haslberger, afirma que há previsão de que
enfrentar inúmeras dificuldades. Atualmente, a Secretaria de Es portes não nomeia o técnico da seleção municipal, porém abre um chamamento público para instituições que estiverem inte ressadas A Liga de Voleibol de Ponta Grossa (LVPG) participou e conseguiu a licitação para mon tar e manter os times adulto e master feminino O outro chama mento vencedor da licitação foi a Associação Vila Velha (AVV), que comanda desde 2016 as equipes de base da cidade.
Ponta Grossa já foi destaque nacional com o time profissional de vôlei Caramuru, que disputou a Superliga Brasileira de Voleibol Masculino, chegando à primeira divisão do principal campeonato do país Porém, por problemas financeiros agravados pela pan demia de Covid 19, a associação mantenedora encerrou as ativi dades que eram realizadas no município. Atualmente, a cidade conta apenas com as categorias de base, time adulto e master Mesmo com o time profissio nal extinto, o legado do voleibol continua na cidade, apesar de
Atletas
MANSÃO VILA HILDA / VANESSA GALVÃO
ESTAÇÃO SAUDADE / VANESSA GALVÃO
MARIA FUMAÇA / VANESSA GALVÃO
FENDA DA FREIRA / LEONARDO CZERSKI
/ LARISSA DEL POZO CATEDRAL SANT'ANA / VANESSA GALVÃO PARQUE ESTADUAL VILA VELHA / LARISSA DEL
TAÇA / PARQUE ESTADUAL VILA VELHA
16|Ensaio Setembro 2022
CAPÃO DA ONÇA / ARQUIVO FOCA FOTO PARQUE ESTADUAL VILA VELHA / LARISSA DEL POZO
CATEDRAL SANT'ANA / NAIOMI MAINARDES
Neste mês de setembro, a cidade de Ponta Grossa celebra seus 199 anos Para exaltar as belezas do lu gar, o tema do Ensaio doFoca Livre 225 apresenta os pontos turísticos da região vistos pelas nossas lentes. Nas imagens, você confere alguns dos encan tos naturais e urbanos que lembram nossa história. A data de 15 de nhecidaPontamostrammarcasetembrooaniversáriodacidadeenossasfotosporqueGrossaécocomoPrincesadosCampos
ESTAÇÃO SAUDADE POZO
Foca na cidade
BURACO DO PADRE / LEONARDO CZERSKI MANSÃO VILA HILDA / VANESSA GALVÃO TAÇA / PARQUE ESTADUAL VILA VELHA