Revista Forum Estudante 328

Page 1

Profissões Conhece 6 profissões ideais para quem gosta de escrever

Revista Forum Estudante | nov 2020 | Edição nº 328 | Mensal l Diretor: Gonçalo Gil l Disponível apenas por assinatura com o custo mensal de 1€

Saberes O que são os cursos de nível 4?

Estreias Marvel 616, nos bastidores do Multiverso

Gaming 5 jogos para... aprender História

IEFP A voz de quem se forma

Entrar no superior durante uma

pandemia A experiência de quem entra pela primeira vez no ensino superior está a ser marcada pela pandemia da Covid-19. Fomos descobrir de que forma está a ser feita esta adaptação, através do testemunho de estudantes de vários pontos do país.



3 | Forum Estudante | nov’20

/Sumário

PASSATEMPOS

CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO: Estes passatempos decorrem até 30 de novembro de 2020, salvo indicação em contrário no próprio passatempo. Apenas serão atribuídos prémios a residentes em Portugal e somente um prémio por pessoa e morada em cada passatempo. Só será aceite, de cada concorrente, uma participação por dia. O não preenchimento correto do formulário de participação em www.forum.pt/passatempos, leva à desclassificação do participante. Os vencedores residentes na área da Grande Lisboa terão de levantar o prémio na nossa sede em Lisboa. Aos restantes, os prémios serão enviados via CTT. Após notificação, os vencedores têm um prazo de 15 dias para reclamar o prémio. Os prémios devolvidos não serão reenviados. A idade máxima de participação é de 25 anos, inclusive, a confirmar por documento de identificação. OS PREMIADOS SÃO ANUNCIADOS EM FORUM.PT. NOTA: as cores e modelos apresentados podem não corresponder às imagens apresentadas.

www.forum.pt

Ganha dois sistemas de som 2.1 Hama

Telefone 218 854 730 FAX 218 877 666 E-mail geral@forum.pt DIREÇÃO Gonçalo Gil goncalo.gil@forum.pt

Quer gostes de ouvir música no PC, smartphone, tablet, TV ou outro dispositivo, estes sistemas de som multifunções têm todas as opções que precisas: microSD, USB e Bluetooth. Temos uma unidade de cada para oferecer. Participa nas redes sociais Forum Estudante!

FOTOGRAFIA Fábio Rodrigues, Dreamtime, Pexels, Unsplash DESIGN Miguel Rocha miguel.rocha@forum.pt REDAÇÃO Fábio Rodrigues fabio.rodrigues@forum.pt

PR2180

ASSINATURAS Paula Ribeiro Tel.: (218 854 730) pribeiro@forum.pt Anuidade: 10,00€

LPR2180

Ganha 3 teclados gaming Hama!

PUBLICIDADE Félix Edgar (Tel.: 218 854 103) felix.edgar@forum.pt REDES SOCIAIS Mariana Carlos mariana.carlos@forum.pt COMUNICAÇÃO&DISTRIBUIÇÃO Vítor Silva (Tel.: 218 854 755) vitor.silva@forum.pt PROJETOS ESPECIAIS José Maria Archer josemaria.archer@forum.pt PUBLICAÇÃO DIGITAL Esta publicação é apenas digital

O teclado uRage illuminated (em português) é ideal para jogos FPS, RTS, RPG e MMO. Agora já não tens desculpa para falhar! Ganha uma das 3 unidades que temos para oferecer. Participa nas redes sociais Forum Estudante!

FORUM ESTUDANTE Revista de Cursos, Escolas e Profissões Propriedade e Edição de: Press Forum, Comunicação Social, S.A. Capital Social: 275.000,00¤ NIF: 502 981 512 Composição do Capital da Entidade Proprietária: Forum - Sociedade Gestora de Participações Sociais S.A: 100% Periodicidade Mensal Depósito Legal n.º 510787/91 Nº ERC: 114179

Temos 5 periféricos para te artilhares

Sede da Redação e do Editor Tv. das Pedras Negras, nº 1 - 4.º 1100-404 Lisboa Tel.: 218 854 730 | Fax: 218 877 666 Estatuto Editorial Disponível em www.forum.pt

Escolhe a tua “arma”. uRage Reaper Ess., uRage Reaper evo., uRage Reaper nxt., uRage ou uRage Vendetta gamepad. Temos um de cada guardados à tua espera. Participa nas redes sociais Forum Estudante! uRage Reaper Ess.

uRage Reaper evo.

uRage Reaper nxt.

uRage

uRage Vendetta

Administração Rui Marques (Presidente) Gonçalo Gil Félix Pinéu

Profissões Conhece 6 profissões ideais para quem gosta de escrever

SUMÁRIO

#18 Ensino Superior. Um novo mundo, a mesma pandemia

Revista Forum Estudante | nov 2020 | Edição nº 328 | Mensal l Diretor: Gonçalo Gil l Disponível apenas por assinatura com o custo mensal de 1€

Saberes O que são os cursos de nível 4?

Estreias Marvel 616, nos bastidores do Multiverso

Gaming 5 jogos para... aprender História

IEFP A voz de quem se forma

Entrar no superior durante uma

pandemia A experiência de quem entra pela primeira vez no ensino superior está a ser marcada pela pandemia da Covid-19. Fomos descobrir de que forma está a ser feita esta adaptação, através do testemunho de estudantes de vários pontos do país.

04 Escolas A atualidade escolar em Portugal 06 Saberes Entra no mundo da dupla certificação 08 Profissões Ofícios para quem gosta de escrever 10 Pancadas Entrevista a Fernando Pessoa(s) 12 Cinema Por dentro do multiverso Marvel 14 Gaming Mãe, estou a jog... estudar! 28 IEFP Dois testemunhos sobre formação 32 RdT O Dia Nacional da Agricultura nas Escolas está a chegar 36 BPSS Conhece as razões para participar 38 HorosCópos Professor Esótanga reflete sobre castanhas

Por todo o país, milhares de estudantes dão os primeiros passos no ensino superior. Os habituais momentos de praxe, de convívios académicos ou até de aulas presenciais foram substituídos por uma nova realidade. De que forma está a pandemia da Covid-19 a afetar a experiência dos alunos que entraram este ano no ensino superior? E de que forma está a ser feita a adaptação? Sabe tudo nesta edição.

Revista Forum Estudante #328 // novembro 2020 // e-mail: geral@forum.pt // www.forum.pt


4 | Forum Estudante | nov’20

/Escolas

ATENÇÃO O calendário letivo estipula 18 de dezembro como a data que marca o

final do primeiro período. As aulas recomeçam a 4 de janeiro, com interrupções previstas para os dias 15 a 17 de fevereiro (Carnaval) e de 25 de março a 5 de abril (Páscoa).

Escola Profissional Amar Terra Verde celebrou Dia Mundial da Alimentação

Com o objetivo de “alertar a comunidade escolar para as consequências de uma alimentação desequilibrada para a saúde”, a Escola Profissional Amar Terra Verde assinalou o dia 16 de outubro, Dia da Alimentação, com um conjunto de atividades que envolveram todos os alunos. O dia começou com a visualização de uma apresentação sobre a importância da alimentação na saúde, alertando para “o excesso do consumo diário de açúcar, sal e gorduras”. Durante as atividades, os estudantes tiveram ainda a possibilidade de assistir a uma explicação da “importância da análise correta dos rótulos dos alimentos”, explica a EPATV, em comunicado, colocando depois em prática os conhecimentos adquiridos, ao fazer a análise nutricional de vários alimentos. Ao mesmo tempo, na zona do bar da escola, foi colocada uma mesa com alguns alimentos, sendo destacada a sua tabela nutricional e a quantidade de açúcar que contém. As atividades do Dia Mundial da Alimentação foram realizadas colaborativamente entre os diversos cursos e grupos da EPATV, explica esta escola profissional, situada em Vila Verde, distrito de Braga. “Atualmente dispomos de muito pouco tempo e somos confrontados com uma grande oferta de produtos alimentares, muitas vezes acompanhada de campanhas de marketing muito agressivas e apelativas, dificultando assim uma escolha correta e acertada sob o ponto de vista nutricional”,

destaca a EPATV, justificando esta atividade que se insere no domínio saúde da componente de cidadania e desenvolvimento.

Refeições saudáveis No dia da Alimentação, as refeições estiveram também em destaque. Durante a manhã, toda a comunidade escolar teve a oportunidade de escolher um lanche saudável (bolachas nutritivas de maçã, aveia, amêndoas e sementes de sésamo e papoila, produzidas e servidas pelos alunos do curso de Restaurante/Bar, acompanhadas por um sumo natural de frutas). Já para o almoço, o curso de Restau-

ração-Cozinha/Pastelaria confecionou uma ementa constituída por uma salada de peito de pato e citrinos para entrada, uma espetadinha de frango e legumes, acompanhada de arroz e cogumelo recheado, e para a sobremesa uma salada de frutas diferente e bastante colorida. O almoço foi servido pelos alunos do curso de Restaurante/Bar. O terceiro ano do curso de Restauração-Cozinha/Pastelaria produziu ainda um vídeo com a confeção de uma proposta para um pequeno almoço ou lanche saudável: aveia com fruta e iogurte natural. Para saber mais, visita: https://epatv.pt/


5 | Forum Estudante | nov’20

/Escolas

600 estudantes participaram em evento sobre igualdade de género nas escolas Na Covilhã, o Dia Municipal para a Igualdade celebra-se a 24 de outubro. Para assinalar este dia, a CooLabora organizou um evento online que juntou cerca de 600 alunos e alunas de três escolas: Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã, Escola Secundária Campos Melo e Escola Secundária Quinta das Palmeiras. Desta forma, as três escolas, pela voz dos seus alunos e alunas, “apresentaram as propostas para que estes espaços sejam lugares mais amigos da igualdade de género”, revala a CooLabora, em comunicado. Estas propostas foram criadas através de um processo participativo e, sublinha a mesma fonte, “vêm mostrar como é essencial que a cidadania faça parte dos currículos escolares”. Participaram nesta iniciativa estudantes entre os 10 e os 15 anos, que destacaram, por exemplo, a importância de se criarem equipas mistas de futebol, de se organizar uma semana da igualdade ou de se realizarem campanhas que combatam os estereótipos de género nas escolhas profissionais. O evento contou com a presença de representantes de organizações não governamentais que trabalham este tema, investigadoras de vários centros universitários e a vereadora responsável pelo pelouro da educação na Covilhã. De igual forma, a sessão contou com representantes de três direcções destas escolas, bem como dezenas de professores, “a quem cabe acolher algumas das muitas ideias ouvidas”, destaca esta cooperativa de intervenção social. Este webinar incluiu ainda o lançamento do concurso multimédia “Gente Rebelde”, que desafia alunos e alunas dos 3 concelhos da Cova da Beira apresentar vídeos, animações ou jogos que combatam os estereótipos de género. Para mais informações, visita: https://coolabora.pt/

Sabias que…? Em

685

escolas da rede pública,

133

referem necessitar de apoio na elaboração de um plano de ensino a distância

(19,4%) A partir do início de maio,

90%

das escolas realizaram ensino a distância em todas as turmas.

36%

das escolas com 3.º ciclo de escolaridade identificou alunos com dificuldades no acesso a conteúdos por meios digitais. Nas escolas com 1.º e 2.º ciclo, esse valor sobe para

38%

Workshop da Natixis Portugal debate o papel da Escola A Natixis em Portugal organizou, no dia 22 de outubro, um workshop online e gratuito destinado a professores, psicólogos, e profissionais de educação. O evento procurou analisar o papel da Escola no combate à desigualdade de género, sendo integrada no programa Champion For Change, do INCoDe.2030 e contando com o apoio da Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão (APPDI), da Carta Portuguesa para a Diversidade. Um dos principais focos desta sessão de formação, avança a organização, residiu no conceito de “Enviesamento Inconsciente”, ou seja, os

“estereótipos e preconceitos que conduzem as nossas ações diárias, em muitos casos, fomentando a desigualdade de género”. “Reconhecer o enviesamento inconsciente é o primeiro passo para ultrapassá-lo”, destaca o diretor-geral da Natixis em Portugal. Etienne Hurret, antes de acrescentar: “A Natixis quer contribuir para promover a igualdade de oportunidades e reforçar a mensagem de que as profissões das STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, na sigla em inglês) estão ao alcance de todos e não devem ser monopólio de qualquer género”.


6 | Forum Estudante | nov’20

/Saberes

Rumo ao nível 4

Quais as opções de dupla cer São várias as opções de cursos que oferecem aos estudantes uma dupla certificação, ou seja, uma qualificação de nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações (ver caixa). Estes cursos permitem-te garantir, simultaneamente, a conclusão do ensino secundário e a preparação para uma profissão. Conhece a oferta e avalia qual será a mais adequada ao teu perfil.

#1 Cursos Profissionais

#2 Cursos de Aprendizagem

Os cursos profissionais podem ser lecionados em escolas profissionais (públicas ou privadas), bem como em escolas secundárias da rede pública. Para entrar, os estudantes necessitam de ter concluído o 9.º ano de escolaridade, sendo que o currículo se divide, ao longo de três anos letivos, em formação sociocultural, técnica e científica. Os cursos são organizados por módulos, de forma a permitir maior flexibilidade na aprendizagem dos alunos.

Uma das principais diferenças destes cursos para os cursos profissionais está no local onde são ministrados — os cursos de aprendizagem realizam-se nos centros de formação profissional do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Por outro lado, o critério de entrada implica uma idade inferior a 25 anos, sendo que os cursos terão uma duração de 3700 horas. Os formandos recebem subsídio de refeição e transporte, bem como uma bolsa de profissionalização.

#3 Cursos Artísticos Especializados Os cursos do ensino artístico especializado funcionam em estabelecimentos de ensino público, particular e cooperativo e focam-se na área das artes visuais, dança, música e audiovisuais. São indicados para estudantes que procuram uma forma de desenvolver as suas aptidões ou talentos artísticos. O foco está na preparação para exercer a profissão, mas também no prosseguimento de estudos a nível superior. Os cursos na área da Música são os únicos que não conferem dupla certificação.


7 | Forum Estudante | nov’20

/Saberes

Perguntas e respostas

tificação?

O que é o Quadro Nacional de Qualificações (QNQ)? Introduzido há 10 anos, o Quadro Nacional de Qualificações veio apresentar uma correspondência entre a conclusão de uma formação e a sua respetiva qualificação. Esta ligação teve por referência o Quadro Europeu de Qualificações, de forma a que todos os empregadores europeus possam saber qual o grau de qualificação de determinado curso. O QNQ divide-se em 8 níveis, que vão da conclusão do Ensino Básico à obtenção do grau de Doutor. Em cada um destes níveis, há um conjunto de conhecimentos, aptidões e atitudes que lhe estão associados. Desta forma, torna-se claro para todos o que aprendeste na tua formação e que utilidade têm as tuas aprendizagens.

O que é o nível 4 do QNQ? O nível 4 do QNQ diz respeito a todos os cursos que garantem uma dupla certificação de nível secundário, tornando claro que o diplomado possui uma formação profissional em determinada área. Por essa razão, a implementação do QNQ permitiu distinguir as opções profissionalizantes da conclusão de um curso de científico-humanísticos (nível 3). No total, há quatro tipos de cursos que podem garantir esta dupla certificação – podes ficar a saber mais sobre cada um deles ao longo destas páginas. No nível 4 enquadram-se ainda cursos do ensino secundário vocacionados para o prosseguimento de estudos e que incluem um estágio profissional de pelo menos seis meses.

E o prosseguimento de estudos?

#4 Cursos de Educação e Formação Os Cursos de Educação e Formação – conhecidos como CEF – abrangem vários várias tipologias e certificações escolares, sendo que alguns (níveis 5, 6 e 7) permitem obter uma dupla certificação. Lecionados em escolas públicas e privadas, bem como centros de formação profissional do IEFP e outras entidades formadoras acreditadas, estes cursos destinam-se aos estudantes com idade igual ou superior a 15 anos.

O ano letivo 2020/2021 marca a abertura de uma nova via de acesso ao ensino superior para diplomados de vias profissionalizantes. Este concurso especial de ingresso destina-se aos titulares de cursos de dupla certificação. Desta forma, os diplomados de cursos do nível 4 (bem como do ensino artístico especializado na área da música) podem contar com uma forma de acesso alternativa ao Concurso Nacional de Acesso. O novo concurso tem um contingente de vagas próprio e leva em conta critérios como classificação final do curso, classificação nas provas finais (PAP, PAF ou PAA) e a classificação numa prova de avaliação de conhecimentos e competências.


8 | Forum Estudante | nov’20

/Profissões

6 profissões para quem gosta de escrever

Sentes que a arte de criar e aperfeiçoar um texto é especialmente gratificante? Partilhamos contigo seis profissões que te garantem um futuro ligado à produção escrita.

#1 Jornalista A melhor opção para quem gosta de escrever, dentro do universo do Jornalismo (textual, visual ou sonoro), será a imprensa escrita. Isto porque o seu objetivo final é a produção de um texto que combine, de forma interessante e equilibrada, informação apurada de várias formas – seja através da realização de investigação e entrevistas ou através da descrição de espaços ou ambientes relevantes. O acesso à profissão é regulado pela Comissão da Carteira de Jornalista, sendo necessário concluir com aproveitamento um período de estágio que terá 12 meses de duração (para detentores de um curso superior na área da comunicação social) ou 18 meses (para

os restantes casos). Domínio da língua portuguesa, curiosidade, cultura geral e capacidade de pesquisa são algumas das características decisivas nesta atividade. Por ser uma profissão essencial nos equilíbrios da sociedade, a atividade jornalística tem associada um conjunto de direitos, como acesso a fontes de informação e locais públicos ou garantias de independência, liberdade de expressão e de sigilo profissional. Pela mesma razão, estes profissionais têm também o dever de se reger pelo conjunto de princípios determinados pelo Código Deontológico do Jornalista: relatar factos com rigor e exatidão, combater a censura e o sensacionalismo, rejeitar o tratamento discriminatório ou sal-

vaguardar a presunção de inocência, por exemplo.

#2 Sociólogo/a Neste ponto, poderíamos escolher outras profissões que fazem investigação na área das Ciências Sociais, como Historiadores, Antropólogos ou os Cientistas Políticos, por exemplo. Em todas estas áreas, a investigação implica a comunicação dos resultados, habitualmente na forma escrita, através de estudos, dissertações ou publicações. No caso dos sociólogos e sociólogas, esta ação será especialmente relevante, uma vez que o foco está em apresentar um retrato da sociedade, com o obje-


9 | Forum Estudante | nov’20

/Profissões

tivo de identificar problemas e aplicar soluções. Por essa razão, a capacidade de escrita será fundamental, para contribuir para a criação de políticas ou desenvolver projetos de intervenção social – alguns dos objetivos e funções destes e destas profissionais. Algumas das áreas em que os sociólogos se movimentam dizem respeito à pobreza e exclusão social ou questões de género, por exemplo. Para além de deter competências avançadas de escrita, será importante ser objetivo, ter gosto pela investigação e evitar respostas fáceis para problemas sociais, bem como ter conhecimentos nas áreas de História, Economia ou Psicologia, aptidão para números e estatística e domínio de ferramentas informáticas.

#3 Tradutor/a Dentro desta área, há necessidade de diferenciar as profissões de tradutor(a) e intérprete. A natureza do trabalho destes profissionais fica clara na própria designação da profissão. O tradutor ou tradutora trabalha sobretudo textos (livros, revistas ou documentos), enquanto os intérpretes funcionam como um elo de ligação, através do discurso oral, entre pessoas que comunicam em línguas diferentes. Por essa razão, para quem gosta de escrever, a opção mais interessante passará pela área da tradução. Ainda que a tarefa de traduzir possa parecer mecânica e pouco criativa, a verdade é que as dificuldades colocadas pelas diferenças entre línguas obrigam estes profissionais a ter um papel ativo e preponderante no resultado final de uma tradução. Pelas características do seu trabalho, estes profissionais podem trabalhar em áreas como edição de publicações ou cinema e audiovisual. Para além do conhecimento (muito!) aprofundado da(s) língua(s) com que trabalham, estes profissionais necessitam ainda de conhecer a(s) cultura associada(s), de forma a conseguir traduzir na perfeição o sentido do texto original. Competências como resiliência ou capacidade de investigação são também valorizadas.

#4 Editor/a Dentro do mundo editorial, os editores e editoras são os profissionais que começam por ler os textos dos autores que pretendem publicar os seus manuscritos. A partir daí, se o editor ou

editora encontrar nesse texto potencial de publicação, o seu trabalho passa por fazer sugestões de alterações ao manuscrito, tendo por base critérios como coerência estrutural e narrativa ou a adequação ao mercado da editora que representa. Para quem gosta de escrever, esta é outra forma de estabelecer uma relação com esta arte – procurando aperfeiçoar o trabalho realizado por outro escritor. Desta forma, será essencial possuir a capacidade de escrever sobre qualquer tema e em vários registos e géneros. Nesta viagem entre o primeiro manuscrito e a promoção de uma obra no mercado livreiro, competências como domínio de línguas estrangeiras, boa cultura geral e atenção ao detalhe vão fazer toda a diferença. Destaque ainda para a dimensão de comunicação interpessoal que deve ser levada em conta. Ao procurar alterar o trabalho original de outro autor, o editor deve estar preparado

mundo publicitário a palavra inglesa copy é utilizada para descrever o texto que acompanha os outros elementos, dentro de um material publicitário. Estes profissionais podem trabalhar em agências de publicidade ou agências de marketing digital, por exemplo. A criatividade é essencial, nesta profissão, tendo em conta que há a necessidade de diferenciar o produto. De igual forma, será importante orientar o trabalho para dentro das características da estratégia de Marketing desenhada, de forma a garantir a sua eficácia, criando um texto coerente. Um conhecimento profundo do mercado será também relevante. Por essa razão, capacidade de análise, resiliência e domínio da língua inglesa serão competências especialmente valorizadas.

Escrever é… representar o pensamento por meio de caracteres de um sistema de escrita.

Há várias formas de estabelecer uma relação profissional com leis, artigos e códigos. As opção vão da Solicitadoria (profissionais que trabalham as relações jurídicas entre pessoas e com a administração pública) à Advocacia (que representam dos interesses de pessoas ou organizações) passando pela Magistratura Judicial (os juízes que analisam e decidem o resultado de conflitos de interesse entre os cidadãos ou entre estes e o Estado). De igual forma, é possível, depois de concluir o curso de Direito, ser jurista (um especialista que trabalha, por exemplo, no departamento jurídico de uma empresa). Em qualquer uma destas profissões, escrever será absolutamente fundamental. Parte significativa da ação destes profissionais passa por justificar e enquadrar juridicamente uma questão jurídica, seja no contexto de um parecer (jurista), uma sentença (juiz) ou um advogado (acusação e defesa). Esta tarefa implica um grande conhecimento da lei, mas também capacidade de investigação e de síntese, produzindo um retrato claro do contexto em análise. De igual forma, uma vez que as suas funções que lidam com ações ou decisões humanas e a sua implicação no contexto jurídico, será importante que estes profissionais detenham competências como inteligência emocional (autocontrolo ou empatia, por exemplo), capacidade de relacionamento interpessoal ou de comunicação, por exemplo.

para conseguir lidar com uma eventual resistência à implementação das suas propostas de alteração. Nesse sentido, capacidade de argumentação e negociação serão também essenciais.

#5 Marketeer (Copywriter) A missão dos profissionais da área do Marketing pode resumir-se da seguinte forma: fazer a ponte entre os produtos (bens ou serviços) e os potenciais consumidores (ou utilizadores). Para tal, é fundamental conhecer as principais tendências, de forma a saber adaptar os produtos e serviços às necessidades do público. Dentro desta área, a profissão do copywriter é a mais focada na vertente da escrita. Estes são os e as profissional que utilizam a criatividade para criar textos que cumpram o objetivo da estratégia de Marketing desenhada (fazer uma compra, gerar uma inscrição, aumentar notoriedade, etc…). No

#7 Profissões jurídicas


10 | Forum Estudante | nov’20

/Pancadas

Entrevista a Fernando Pessoa:

“Com quem é que você pensa que está a

falar?” A Forum Estudante conseguiu marcar uma conversa exclusiva com a principal figura do Modernismo português – Fernando Pessoa. O poeta conta-nos tudo sobre a sua obra e a origem dos seus heterónimos.


11 | Forum Estudante | nov’20

/Pancadas Gostaria de começar por lhe perguntar… [interrompe] Um momento. Com quem é você pensa que está a falar? Fernando Pessoa? Erro comum. Para além de todos os sonhos do mundo, tenho em mim, como decerto saberá, um número considerável de heterónimos e semi-heterónimos. Há até quem me chame — gente onde não encontraríamos qualquer vestígio de graça ou talento, repare — Fernando “Pessoas”. Muito bem. Quantas “pessoas” vivem dentro de si, ao certo? É difícil dizer. Estima-se que o número ultrapasse a centena, no total. Há dias em que isto fica apertado, confesso [risos]. Ora bem, há três “estrelas”, digamos assim: o Álvaro, o Ricardo e o Alberto. Mas acho que é injusto esquecer personalidades como o Bernardo Soares, o Alexander Search, o António Mora, o Vicente Guedes, o Raphael Baldaya, a Maria José... E quando nasceu esta ideia de se desdobrar? Perdoe-me, mas parece-me que “desdobrar” não será o termo correcto, faz-me sentir uma sobrecasaca ou, pior, um robe de chambre. Esta tendência para criar em torno de mim um outro mundo, igual a este mas com outra gente, nunca me saiu da imaginação. Isto disse eu, em carta enviada ao meu camarada Adolfo [Casais Monteiro], que é outra forma de dizer “desde que me lembro”. Isso quer dizer que começou ainda em criança… Por volta dos seis anos. Eu era uma criança isolada e apenas gostava

de ser acompanhado pelas figuras que sonhava, sabe? O meu primeiro heterónimo foi Chevalier de Pas, que me escreveu várias cartas. Tanto quanto sei, criar amigos imaginários é bastante natural em crianças e eu, efetivamente, foi com naturalidade que criei vários. Já me esqueci do nome de alguns e deles ficou apenas a saudade. É possível ter-se saudade de algo que não existe? O facto de algo ser inventado não implica a sua inexistência. É até ofensivo que coloque as coisas nesses termos. Aliás, o Alberto pede-me para dizer que vossa excelência tem a sensibilidade de um calhau. O Ricardo diz que até ele ficou irritado, imagine, e o Álvaro deseja que lhe caiam em cima três vigas de betão armado, pum, pum, pum. Já agora, se não sabe, fica a saber: é possível sentir-se saudade de qualquer coisa. Várias das suas frases ou versos assumiram um estatuto quase proverbial. “O poeta é um fingidor”, “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, “para viajar basta existir”, “tenho em mim todos os sonhos do mundo”… Há alguma que seja a sua favorita ou que tenha um estatuto especial? É uma pergunta difícil. Talvez possa destacar uma frase, mas pelo contexto que a envolve. Falo da famosa expressão “Primeiro estranha-se. Depois, entranha-se”, que seria o slogan para a entrada da Coca-Cola no mercado português. Bem, a bebida acabou por ser proibida em Portugal – o Governo onde já estava o “tiraninho” Salazar pensou que se tratava de droga. Mas, quer dizer, convenhamos, da Coca-Cola ao ópio ainda vai uma grande diferença. Como podemos saber mais sobre a sua vida e obra? Podem sempre visitar a casa em que vivi nos últimos 15 anos de vida, no Bairro de Campo de Ourique, em Lisboa — a Casa Fernando Pessoa. Ou então imaginem-me como vosso heterónimo. Afinal de contas, as figuras imaginárias têm mais relevo e verdade que as reais.


14 | Forum Estudante | nov’20

/Estreias

Nos bastidores do Multiverso Nova série documental vai explorar a história, o presente e o legado do multiverso da Marvel. Estreia está marcada para 20 de novembro. Sabe mais sobre esta série e sobre a história da Marvel.

“616” é um número importante no multiverso (ou conjunto de universos) da Marvel. Isto porque a expressão “Terra-616” é, em várias ocasiões, utilizada para definir o universo em que a maior parte das histórias de banda desenhada da Marvel acontecem. Já quando falamos do conhecido Universo Cinematográfico da Marvel, por exemplo, encontramos um código diferente – nesse caso, falamos da Terra-199999. O número foi escolhido para o título da nova série documental da Marvel, transmitida na Disney+, a partir de 20 de novembro. No seu site, a Marvel promete uma exploração “do legado das personagens pioneiras, dos criadores e das histórias que refletem o mundo”. Nas palavras de Stan Lee, citado no início do trailer de “Marvel’s 616”, o universo Marvel mostra “o mundo do lado de lá da tua janela”. Por essa razão, um dos principais focos desta nova série documental será mostrar o impacto das narrativas da Marvel, descrevendo “as interseções entre storytelling, a cultura pop e os fãs”. Cada um dos oito episódios foi realizado por um realizador diferente e terá, por isso, uma abordagem distinta. As personagens “esquecidas”, o mundo do cosplay e o papel das mulheres no universo Marvel são alguns dos exemplos fornecidos (ver caixa).

A história da Marvel Comprada pela Disney em 2009, por 4 mil milhões de dólares, a Marvel conta já com mais de 80 anos de existência. O primeiro número, publicado em outubro de 1939, continha histórias de uma primeira versão do Tocha Humana (androide). Apenas dois anos depois, em 1941, seria publicada a primeira história de um dos super-heróis mais antigos do mundo da Marvel, o Capitão América. Nessa altura, a Marvel empregava já um assistente destinado a tornar-se uma estrela – Stanley Lieber, mais

Lista de Documentários incluídos na série Marvel’s 616

O Homem-Aranha Japonês (David Gelb) Mais Alto, Mais Longe, Mais Rápido (Gillian Jacobs) Artesãos Incríveis (Clay Jeter) Perdidos e Achados (Paul Scheer) Suit Up! (Andrew Rossi) Unboxed (Sarah Ramos) O Método Marvel (Bryan Oakes) O Holofote da Marvel (Alison Brie)


15 | Forum Estudante | nov’20

/Estreias

conhecido por Stan Lee – que, em 1941, aos 19 anos, se torna editor. No início da década de 60, Stan Lee cria, em conjunto com nomes como Jack Kirby ou Steve Ditko, algumas das personagens que são, até hoje, grande vultos da marca: “O Quarteto Fantástico” (1961), “O Homem-Aranha” (1962) e “X-Men” (1963). A passagem para o mundo cinematográfico (a Marvel Studios foi criada em 1993) multiplicaria a popularidade

das personagens criadas pela Marvel ao longo dos anos. Sobretudo, depois da importação de uma fórmula com sucesso comprovado, através da produção de um conjunto de narrativas interligadas. O resultado seria a criação das três primeiras fases de um Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), que começam com Homem de Ferro (2008) e termina com Spider-Man: Longe de Casa (2019). O início da “quarta fase” está marcado

para 2021, com o título Viúva Negra, terminando no ano seguinte com Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. Na base deste império, muitos analistas encontram o talento de Stan Lee e, sobretudo, a sua aposta revolucionária definida da seguinte forma pela Britannica: “uma característica distintiva dos heróis de banda desenhada de Lee é aforma como combinam poderes sobrehumanos com emoções e inseguranças humanas”.

railer Vê o t vel r de Ma i! qu a 616


14 | Forum Estudante | nov’20

/Pancadas

5 videojogos para aprender

A tua mãe apanha-te a jogar e manda-te estudar. E tu respondes: “Mãe, estou a estudar História!”. Impossível? Conhece cinco opções que te permitem realizar esta possibilidade.* Achas que consegues chegar à Índia mais rápido do que Vasco da Gama? Talvez prefiras vestir a pele de Joana d’Arc, a camponesa francesa que liderou os exércitos do Rei de França contra os ingleses, na Guerra dos Cem Anos. Recriar o Desastre de Varo, no ano 9 d.C., também é uma opção, confrontando a aliança de tribos

germânicas e três legiões romanas, na Floresta de Teutoburgo. Tudo isto são opções oferecidas… pelo mundo do gaming. Os videojogos podem ser vistos, maioritariamente, como uma forma de entretenimento. Contudo, muitos incluem também componentes históricas que nos vão ensinando enquanto

jogamos. A verdade é que as empresas de desenvolvimento de videojogos fazem muita pesquisa e investigação, para criarem jogos realistas e próximos da verdade histórica. Portanto, se queres fazer sucesso nas aulas de História, mostrando como estás na posse de alguns factos obscuros ou curiosos, esta lista de séries de jogos é para ti!

*A Forum Estudante não assegura que a desculpa “Mãe, estou a estudar História!” seja infalível.

#1 Rome: Total War Neste jogo de estratégia, assumes o comando de uma fação romana, desde os tempos da República até à formação do Império Romano. Por essa razão, tens a possibilidade de ficar a conhecer melhor a história desta civilização, bem como exercitar as tuas capacidades de liderança estratégica e tática, comandando o teu exército em batalhas épicas. O jogo recria ainda um conjunto de batalhas históricas, onde poderás reescrever a História.


15 | Forum Estudante | nov’20

/Pancadas

#2 Civilization Escolhe a tua civilização. Já está? Agora, vais poder guiá-la desde a Idade da Pedra até à conquista do espaço. Esta é a premissa-chave da série Civilization, que já vai na sexta edição. Fundamental, neste videojogo, será pesquisares novas tecnologias e conhecimentos, para avançares o teu povo e conseguires a vantagem decisiva sobre as restantes civilizações. Graças a este foco, este videojogo vai-te permitir compreender a evolução tecnológica da Humanidade, bem como trabalhar o teu pensamento estratégico, ao teres de desenvolver uma abordagem de longo prazo para conquistar a vitória.

#3 Assassin’s Creed Queres percorrer as ruas da Jerusalém do tempo das Cruzadas ou saltar pelos telhados da Florença renascentista? Ou será gostavas de ajudar a pôr em marcha a Guerra da Independência Americana? Não te esqueça de navegar pelas Caraíbas como um pirata, de viajar até ao Egipto dos Faraós, à Grécia Antiga ou ainda à Londres industrial. Tudo isto são possibilidades colocadas pela série Assassin’s Creed. Graças a este foco específico em certas eras e localizações, ficarás a conhecer, de uma forma totalmente nova, estes mundos históricos e poderás fazer parte do passado, enquanto lutas para compreender o presente.


16 | Forum Estudante | nov’20

/Pancadas

#4 Europa Universalis No segmento grand strategy, surge-nos este título do estúdio Paradox, que já conta com quatro edições, sucessivamente melhoradas e ampliadas. O objetivo será tomares conta dos destinos de uma nação histórica, desde a Alta Idade Média até ao século XIX, conquistando novos territórios, descobrindo novos mundos, forjando alianças e semeando discórdias, pesquisando novas ideias e tecnologias. É um jogo de uma profundidade assombrosa, mas de um dinamismo às vezes frenético, principalmente quando te vês envolvido numa grande guerra entre potências. Poderás apreender de uma forma mais aprofundada as dinâmicas da diplomacia e a importância de várias instituições ao longo dos séculos.

#5 Age of Empires Um dos títulos mais aclamados de todos os tempos, os três jogos da série Age of Empires começam por ser apenas um jogo de construção e batalha, mas depressa compreendes que são bem mais do que isso. O modo Campanha de Age of Empires II, por exemplo, conduz-te por diversos momentos históricos fulcrais e permite recriar várias batalhas importantes, enquanto que o narrador te explica os acontecimentos mais relevantes. Da história dos escoceses liderados por William Wallace ao confronto do Império Azteca com Cortez,, são vários os cenários que poderás escolher, sendo que todos te ensinam um pouco sobre aquele período.


17 | Forum Estudante | nov’20

/Deco Jovem

Publirreportagem

Como dar valor às boas ideias A DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor está a dinamizar sessões de capacitação para professores sobre o tema da propriedade intelectual, de forma a poderem ajudar os seus alunos a respeitar a propriedade intelectual melhorando a sua perceção sobre o tema.

Propriedade Intelectual

Nas últimas décadas, assistiu-se a um desenvolvimento extraordinário das tecnologias de informação e comunicação, em particular da Internet. Esse desenvolvimento trouxe inúmeras vantagens como, por exemplo, o acesso a todo o tipo de informação e a uma oferta cultural diversificada. Por outro lado, contudo, recorda a DECO, este crescimento propiciou também um aumento das ameaças à propriedade intelectual, especialmente através da chamada “pirataria” – a cópia ou reprodução das obras para divulgação ou venda sem o consentimento do autor. O respeito pela propriedade intelectual (e a perceção dos seus limites num espaço tão “aberto” como é o digital) é “uma dificuldade para os jovens consumidores, que ainda consideram que tudo o que está na Internet é de todos”, acrescenta esta associação. Partindo desta realidade, a DECO desenvolve o projeto Brain IDeas – Dá Valor às Boas Ideias, com o objetivo de trabalhar os temas da propriedade intelectual, como sejam os direitos de

Produtos originais e contrafação

DECO promove ações de formação para professores, com o objetivo de capacitar para o tema da propriedade intelectual. Projeto inclui conteúdos e atividades de apoio. Inscrições estão abertas e podem ser feitas entrando em contacto com a equipa da DECOJovem.

Fontes legais de conteúdos digitais e pirataria

autor e a pirataria, o respeito pelas marcas e a contrafação, entre outros. Neste sentido, no âmbito deste projeto, será promovido um conjunto de ações de formação especialmente dirigidas aos professores da Rede de Bibliotecas Escolares e professores das Escolas DECOJovem. Estes são vistos como agentes privilegiados para abordar o tema da Propriedade Intelectual, com o objetivo de potenciar a ação destes docentes juntos dos alunos com o apoio dos recursos já desenvolvidos. O principal objetivo desta ação de formação passa por capacitar os professores para que estes assumam um papel ativo na educação dos jovens consumidores, e ainda o papel de agentes multiplicadores junto dos seus pares. Na ação de formação, adaptada ao online, serão aprofundados os temas referidos, com apoio de especialistas na temática em Portugal. Esta é também uma forma de explorar o site e os conteúdos construídos para apoiar os professores no desenvolvimento de atividades sobre este tema junto dos seus alunos.


18 | Forum Estudante | nov’20

/Tema de Capa


Um mundo novo, a mesma

pandemia Por todo o país, dezenas de milhares de estudantes portugueses iniciam o seu percurso no Ensino Superior. De que forma tem a pandemia impactado a sua experiência? E como está a ser a sua adaptação? Pedimos a estudantes de todo o país que nos contassem tudo sobre os seus primeiros passos no mundo académico.


20 | Forum Estudante | nov’20

/Tema de Capa

#1 Jéssica Coutinho, 19 anos

Estudante do 1.º ano da licenciatura em Enfermagem no Politécnico de Leiria

«Está a ser um mundo novo» Penso que a situação que vivemos não afetou o processo de acesso ao Ensino Superior. Contudo, o facto de iniciarmos as aulas mais tarde levou a uma redução do número de semanas letivas. Isso provoca uma maior carga horária semanal, avaliações mais próximas... Quanto às aulas em si, metade da turma está presencial e outra metade online. Apesar de já ter tido aulas online, este ano está a ser um mundo novo. Existem grandes diferenças, tanto na modalidade online como na presencial (estamos todos tão perto mas não podemos ver as caras de professores, funcionários ou

colegas). Honestamente, mesmo com o aumento de horas semanais é visível uma “condensação” dos horários. Ou seja, o facto de as aulas não terem espaços livres entre si (devido ao controlo do número de alunos presentes na universidade) resultou numa melhor organização do tempo para o estudo, para as atividades extracurriculares, entre outras coisas. Em termos de avaliação, é de valorizar que todos estão a fazer os possíveis para seja o mais aproximado do “normal”, isto é, em sala de aula e não em casa online (onde podem surgir problemas com a Internet, com o dispositivo utilizado, etc…)

F


21 | Forum Estudante | nov’20

/Tema de Capa

«Os estudantes acabam por ficar mais unidos»

#2 Teresa Silvestre, 18 anos

E studante do 1.º ano da licenciatura em Economia na Universidade do Porto A entrada no Ensino Superior foi uma grande reviravolta na minha vida, mas uma reviravolta necessária. Precisava de ter um motivo para acordar todas as manhãs, precisava de encontrar e conhecer outras pessoas, precisava de aprender coisas novas... A faculdade permitiu-me finalmente encontrar isso, passados tantos meses de confinamento. A Covid-19 pode ter afetado um pouco esta entrada, tornando-a um pouco mais atribulada, mas não deixa de ser uma experiência incrível. Com todos os cuidados, consegui na mesma assistir a algumas aulas presenciais, conhecer pessoas e ter

novas experiências, como morar sozinha pela primeira vez. Sinto que, enquanto estudantes, ao estarmos todos a passar pelo mesmo, acabamos por ficar mais unidos e queremos encontrar maneira de contornar as dificuldades. Mesmo que tenhamos de estar sempre de máscara e a 2 metros de distância. Acredito que o espírito positivo e a vontade são os aspetos fundamentais para encararmos esta fase difícil de uma forma mais tranquilizadora. Temos de tentar aproveitar cada momento da melhor forma e acreditar que tudo vai ficar bem.

r


22 | Forum Estudante | nov’20

/Tema de Capa

#3 Júlio Campos Faria, 18 anos

Estudante do 1.º ano da licenciatura em Ciências do Desporto na Universidade do Porto

«Tem sido uma aventura interessante» A atual situação em que vivemos não afetou muito o meu curso que, apesar de ser um curso muito prático e de muito contacto, conseguiu adaptar-se. Certas cadeiras foram alteradas: por exemplo, Ginástica (que seria lecionada nos 2 semestres) vai agora ser toda concentrada neste primeiro semestre. Estas mudanças acabam por provocam maior desgaste, aliando também o facto de muitos alunos estarem sem fazer exercício desde março. Temos tido todos os cuidados de higiene e segurança, nas aulas interiores como Ginástica, nunca tiramos a máscara e desinfetamos as mãos sempre que tocamos em objetos. Para além disso, tanto em Ginástica como em Atletismo, estamos divididos em equipas pequenas de modo a diminuir os ajuntamentos e as fontes de contágio. No que toca às aulas teóricas como Anatomia ou Bioquímica e Biologia Celular, temos online via Zoom. Em relação ao resto, como estou a estudar fora da minha cidade, estou a viver sozinho e tem sido uma aventura interessante. É sempre um salto muito grande mas no meu caso, tem corrido bem, sinto que já estava preparado para esta mudança. Cozinhar todos os dias tem servido para despertar o chef José Avillez que tenho dentro de mim. Há sempre aquela saudade de casa, da família e dos amigos, mas estamos sempre em contacto e, aos fins de semana, vou a casa. Concluindo, estou a adorar esta vida de universitário, apesar de todas as condicionantes e sinto que escolhi o curso certo.

Y


23 | Forum Estudante | nov’20

/Tema de Capa

«Não conseguimos desfrutar a 100% a vida universitária»

#4 Diana Bondarciuc, 17 anos

Estudante do 1.º ano da Licenciatura em Fisioterapia no Politécnico de Lisboa A minha primeira experiência no Ensino Superior foi num curso e instituição de ensino superior diferente, uma vez que, na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso, entrei em Gestão. Tive aulas durante 2 semanas (1 semana online e 1 semana presencial) e foi uma boa experiência, mas senti que necessitava de mudar para o curso que realmente queria: Fisioterapia. Penso que o mais importante é nunca desistir daquilo que realmente queremos. Entrar no ensino superior durante uma pandemia não é, de todo, aquilo que esperava, mas as duas faculdades estavam preparadas para esta situação. Do ponto de vista da minha experiência enquanto aluna, quando chego à sala,

H

desinfeto a mesa, e faço o mesmo quando saio. É possível manter o distanciamento durante e fora das aulas. Aquilo que mais tem afetado a minha experiência são sem dúvida as aulas online. Para mim, não são tão produtivas e sinto que existem vantagens para quem está na modalidade presencial. Outro dos aspetos negativos deste ano é termos maiores dificuldades em conhecer novas pessoas – há que contar com a dificuldade em falar e respirar (por causa da máscara). Penso que não conseguimos desfrutar a 100% a vida universitária, que acaba por ser uma transição muito importante. A meu ver, temos de saber adaptar-nos e isso ainda vai demorar algum tempo.


24 | Forum Estudante | nov’20

/Tema de Capa

#5 Inês Sousa, 18 anos

0

Estudante do 1.º ano do mestrado integrado em Medicina na Universidade do Porto

«Sejamos ‘caloiros Covid’ com orgulho»

Nesta estranha e atípica situação que vivemos, nós, estudantes do 1.º ano do ensino superior, vemo-nos apelidados de “caloiros covid”. Somos a fornada de alunos que inicia o seu percurso académico maioritariamente em casa. E, se há uns tempos se acreditava que seriam apenas uns meses até que tudo regressasse ao normal, agora apercebemo-nos que esta realidade perdurará. Qualquer aluno que pretende ingressar no ensino superior idealiza a sua chegada. Contrariamente ao que alguma vez imaginei, encontrei um ambiente estranho: estávamos todos de máscara, cumprindo as normas de distanciamento necessárias. Apesar de todo este protocolo, cumprido para evitar possíveis contágios, e com 2 cadeiras de distância entre cada um, lá fomos acenando uns para os outros, ou soltando uma piada ou um “Olá!” envergonhado. Do ponto de vista social, este tipo de ensino não fomenta

as relações interpessoais entre os estudantes. E é assim que surge uma das maiores dificuldades que senti neste início, a convivência. Seja por receio de contágio ou por precaução, todos nós reduzimos o contacto com os colegas. Por outro lado, a aprendizagem torna-se cada vez mais difícil, já que estamos à distância de um ecrã, em casa, onde o índice de concentração é visivelmente inferior. No entanto, é de realçar que esta forma de ensino apresenta um ponto positivo para os estudantes que residam longe da faculdade. Uma vez que as aulas presenciais são reduzidas, estes alunos “poupam” o tempo das viagens de transportes. Apesar de todas estas diferenças em relação aos anos anteriores, não poderia estar mais feliz por ter iniciado o meu percurso. Assim, termino com uma frase que certamente todos nós já ouvimos: “Não há nada que não se faça”. Por isso, sejamos “Caloiros Covid” com orgulho.


25 | Forum Estudante | nov’20

/Tema de Capa

#6 Pedro Miguel, 19 anos

Estudante do 1.º ano da Licenciatura em Gestão e Recursos Humanos na Universidade Lusíada

«Uma vida académica entre presenças e ausências» Nunca imaginei nada disto. Nunca pensei que iria ter um início de faculdade ao mesmo tempo que todas as nossas vidas estavam em total mudança. À primeira impressão, logo no dia de matrículas, senti que, para nos resguardarmos ao máximo em termos de saúde publica, não iríamos ter uma vivência presencial do que é a vida na faculdade. Isso mantém-se até agora, quase um mês depois do início das aulas. Apesar de irmos a aulas presenciais e de termos alguns momentos de conversação e discussão entre colegas, o facto de não existir praxe ou jantares de curso tem

a impacto. Por outro lado, ao existirem tantos desfasamentos de horários, acabamos por nem ver muitos dos colegas do nosso ano, assim como colegas de anos mais velhos que seriam as pessoas que nos ajudariam a viver a faculdade da melhor maneira. Acho que é importante realçar a importância que os meios online têm na nossa vida académica: temos sempre a opção de aulas online, ao qual se juntam as nossas colocações de dúvidas aos alunos mais velhos. A vida académica equilibra-se entre as presenças e as ausências e é assim que eu conheço o Ensino Superior pela primeira vez.


26 | Forum Estudante | nov’20

/Tema de Capa

#7 Rafaela Oliveira

Estudante do 1.º ano da Licenciatura em Ciências da Comunicação + Marketing e Publicidade na IADE - Creative University

«Este ano é um desafio para nós, caloiros»

r

Enquanto caloira, devo dizer que este ano não é, de todo, o que esperava. Durante o secundário, todos nós sonhávamos com o primeiro ano na faculdade: com as novas experiências, amizades, praxes e muito mais... Mas, com a chegada da Covid-19 e as repercussões da pandemia, vimo-nos num regime completamente diferente, marcado pelas aulas à distância. Por essa razão, aulas online e alguma estranheza causada pela distância são as principais características deste primeiro ano de faculdade marcado pela Covid-19. Neste contexto, torna-se impossível conhecer os nossos colegas, estabelecer amizades e conhecer gente nova. O contacto social é reduzido a simples mensagens de texto, a uma distância que resulta em alguma falta de naturalidade na comunicação. Como consequência, com o panorama atual, tudo mudou: as aulas, a convivência entre colegas e até a relação com professores. A verdade é que sinto que este ano é um desafio para nós, caloiros, para sairmos da nossa zona de conforto e arriscarmos, dentro do possível. A pandemia trouxe consequências enormes, quer na forma como nos relacionamos uns com os outros, quer no próprio ensino, agora efetuado num regime à distância, sendo, por isso, mais impessoal. Passamos muito tempo em frente ao computador, a ouvir e acatar a matéria, com consequências na componente interativa e comunicativa das aulas presenciais. É, sem dúvida, um ano diferente, em todos os aspetos possíveis.


27 | Forum Estudante | nov’20

/Tema de Capa

#8 Ana Isabel Veiga, 17 anos

Estudante do 1.º ano da licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra

F

«A Covid-19 está a pôr-nos à prova» Este é o meu primeiro ano na Universidade, um ano cheio de expectativas, de sonhos, de amizades, de medos e inseguranças mas, principalmente, um ano de mudança. Na minha faculdade, por sermos muitos alunos de primeiro ano, a assistência presencial às aulas é feita por um sistema de rotatividade, por ordem alfabética. Tive a sorte de ir assistir presencialmente à primeira semana de aulas. Num universo de mascarados (20/30 alunos mais ou menos), tive a oportunidade de conhecer várias pessoas e não pude deixar de sentir que estávamos numa fábrica – éramos modelos diferentes do mesmo brinquedo. Todos fizemos por tornar aquele momento constrangedor inicial numa aproximação, numa apresentação de quem realmente estava por trás da máscara. Se há coisa que a Covid-19 está a fazer, é pôr-nos à prova. Não tive ainda praxe (aguardo pelo segundo semestre), não tive latada, não fui a uma quinta-feira académica e, por enquanto, não tenho madrinha

(afinal, apesar de todos os esforços é impossível conhecer pessoas via Zoom). Mas não quero estar a ser negativa: estou certa de que, em breve, vou viver todos estes momentos. No curso, por enquanto tudo parece correr bem: há cadeiras fáceis e outras mais difíceis, há professores que cativam mais que outros, etc., mas nada disto será novidade. Estou numa fase de experimentação, de adaptação às cadeiras e ao ritmo das aulas e a cada minuto surgem mil e uma dúvidas na minha cabeça: Será este o curso certo? O que é isto? O que será que o professor quis dizer? Vale a pena ir arriscar assistir às aulas presenciais ou será preferível ficar em casa a tentar (e reforço tentar) ouvir a aula online? Estas são perguntas cujas respostas não são certas, mas que só o tempo me ajudará a compreender. Resta-me esperar que tudo corra bem, dentro do possível, e que, muito em breve, possamos desfrutar dos pequenos prazeres da vida que tanta falta nos fazem.


28 | Forum Estudante | nov’20

/IEFP

Publirreportagem

InFormando: A formação No espaço InFormando trazemos-te os testemunhos de quem sente que a formação profissional mudou a sua vida para melhor. Ao longo das próximas edições, partilhamos contigo a história de quem passou pelos Centros de Formação Profissional. Pedro Duarte

“Hoje, posso dizer que o meu curso deu frutos” Quando era estudante do ensino secundário, em científico-humanísticos, tive um problema de saúde e não consegui finalizar o curso. Por essa razão, procurei outras soluções, enquanto não acabava os estudos. Foi nessa altura que, no Instituto do Emprego e Formação Profissional, me apresentaram o Curso de Aprendizagem de Técnico de Programação e Maquinação de CNC. Era uma oportunidade para terminar o ensino secundário e, simultaneamente,

Penso que o meu curso de aprendizagem – bem como a Educação em geral – te colocam um passo à frente para me especializar. Investiguei o curso e fiquei bastante interessado na formação, sobretudo pela vertente de programação. Já estava familiarizado com o trabalho em computadores e sempre tive jeito para desenho. Percebi que o curso seria uma forma de colocar em prática a minha criatividade. No curso, encontrei uma preparação completa que passou pelas várias áreas ligadas ao mundo fabril. Senti que, no final, estaria preparado para trabalhar numa fábrica e foi isso que aconteceu. Esta preparação deve-se, sobretudo, às oportunidades de estágio. No meu caso, ao ter estágios ao longo dos três anos, tive oportunidade de consolidar as minhas aprendizagens, ao colocar em prática, em cada ano, os conhecimentos adquiridos. O facto de ter feito os três estágios em três empresas diferentes, também me permitiu conhecer melhor o mercado de trabalho.

Estagiei em áreas diversificadas e sinto que isso me deu uma preparação mais completa. Hoje, posso dizer que o meu curso deu frutos. É uma formação de três anos que dá resultados muito rapidamente – saímos do curso e encontramos empresas interessadas no nosso trabalho. Mas também é um curso que permite prosseguir estudos, algo que estou a pensar fazer, ao ingressar numa licenciatura em Engenharia Mecânica. Penso que o que aprendi será útil no Ensino Superior, ao já ter conhecimentos que ficam para a vida toda.

Penso que o meu curso de aprendizagem – bem como a Educação em geral – te colocam um passo à frente. No meu trabalho, por exemplo, eu tenho mais conhecimento técnico do que pessoas com maior experiência, devido à formação. Isso dá-me maior segurança nas minhas bases para desempenhar o meu trabalho e é algo a que se deve dar importância.

Investiguei o curso e fiquei bastante interessado na formação [...] Percebi que seria uma forma de colocar em prática a minha criatividade.


www.iefp.pt

na primeira pessoa Fica com o testemunho de dois diplomados dos Centros de Formação Profissional do IEFP e sabe de que forma a formação mudou a sua vida.

Mário Ribeiro

“O curso foi uma rampa de lançamento gigante”

O meu ingresso no IEFP surgiu no momento em que fiquei desempregado, depois de terminar o meu percurso na Marinha de Guerra Portuguesa onde exercia a função de cozinheiro. Foi

“As amizades que ficaram, tanto com colegas de turma e hoje em dia alguns de profissão, bem como de professores, foram também outras coisas boas que o IEFP me deu”

então que surgiu a oportunidade de completar o 12º ano e complementar com outro curso de cozinha. Acendia-se novamente uma luz ao fundo do túnel. Ao início, pensei em desistir várias vezes – eram muitas aulas teóricas e poucas práticas. O sítio onde tínhamos aulas era muito distante do IEFP da Cruz de Pau e era mais um esforço adicional. Os meus professores e a direção nunca me deixaram desistir, dizendo que a situação era temporária e alertando-me que o primeiro ano era sempre o mais “chato” mas que a partir daí iria ter mais aulas práticas e os estágios em si me iriam enriquecer muito. Assim foi. A partir daí as aulas práticas começaram a ser regulares, o IEFP disponibilizava tudo o que precisávamos para ter uma formação capacitada

para, quando fossemos para estágio, irmos preparados. Fiz o meu primeiro estágio no Hotel Radisson Blu e os dois últimos no Hotel Ritz Four Seasons. Foram dois anos e meio difíceis em alguns momentos, mas concluí com sucesso o curso e foi uma rampa de lançamento gigante. As amizades que ficaram, tanto com colegas de turma e hoje em dia alguns de profissão, bem como de professores, foram também outras coisas boas que o IEFP me deu. No meu percurso, já como profissional, passei pelo Hotel Ritz, Hotel Marriott, Bairro Alto Hotel, Restaurante Duplex, Scenic Luxury&Cruises (entre outros). Por último, atingi o patamar mais alto da minha carreira como Chef executivo dos Hotéis Fenix em Lisboa, o local onde exerci funções de Outubro 2018 até Julho 2020. Cresci muito neste curto espaço de tempo e, em parte, devo muito ao IEFP, a todos os formadores e

“Devo muito ao IEFP, a todos os formadores e envolvidos, pela oportunidade que me disponibilizou para eu poder ter dado seguimento à minha carreira” envolvidos, pela oportunidade que me disponibilizou para eu poder ter dado seguimento à minha carreira. A mensagem que quero deixar a todos os alunos, e não só, é que nunca desistam daquilo que acreditam e nutrem paixão. É necessário muito trabalho, sacrifício, paixão e dedicação. Mas quando se juntam estes fatores as coisas aparecem naturalmente. Um bem haja a todos!


30 | Forum Estudante | nov’20

/Internet Segura

Publirreportagem

Temas em destaque na Conferência C-Days

Conferência C-Days

Abraça o futuro!

23 de novembro – Sociedade 24 de novembro – Inovação e Tecnologias Futuras 25 de novembro – Riscos e Conflitos 26 de novembro – Políticas Públicas 27 de novembro – Economia

A conferência anual do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) está de volta, de 23 a 27 de novembro. Ameaças e conflitos online, inovação tecnológica e economia e emprego serão alguns dos temas em destaque. Sabe tudo sobre este evento que será transmitido em formato aberto! Numa conjuntura “particularmente desafiante”, as questões relacionadas com a Cibersegurança “são imprescindíveis”, começa por realçar o CNCS. É neste contexto que realiza a edição de 2020 da conferência C-Days – um momento que “se vem afirmando, há já alguns anos, como um acontecimento de referência para a sensibilização e a partilha de visões e boas práticas na área da Cibersegurança”. Uma das novidades da edição deste ano relaciona-se com as circunstâncias colocadas pela pandemia da Covid-19 – a edição de 2020 contará com diversos painéis de discussão que serão transmitidos ao público num formato televisionado e aberto, sem necessidade de inscrição prévia. Toda

a informação e os respetivos links de acesso serão divulgados através do site e das redes sociais (Instagram, YouTube, Twitter e Facebook) do Centro Internet Segura. Sob o mote “Abraçar o Futuro”, a C-Days trará cinco dias de debate e reflexão, contando com a participação de vários especialistas. Cada dia terá um foco específico, começando por, no dia 23, estar em destaque o tema “Sociedade”, onde diversos painéis abordarão questões como a relação entre informação e cibersegurança, a importância da ligação digital ou as perspetivas de investimento futuro em capital humano. Nos dias seguinte, a inovação e a segurança serão o principal foco. A 24 de novembro, o foco dos debates

estará no tema “Inovação e Tecnologias Futuras”, onde se perspetivará o evolução futura da tecnologia, bem como das competências industriais e tecnológicas. Já o dia 25 de novembro será dedicado aos “Riscos e Conflitos” online, com painéis sobre cibersegurança ou a geopolítica do ciberespaço, bem como a sua Ética e Direito. Para os últimos dois dias da C-Days, está reservado o debate sobre “Políticas Públicas” (abordando temas como as estratégias nacionais na área da Cibersegurança) e sobre a “Economia” da Cibersegurança (explorando a relação entre este tema e indicadores como o emprego, a inovação ou o mercado). Para saber mais, visita: https://www.c-days.cncs.gov.pt/

Segue o evento através das redes sociais do Centro Internet Segura: @internet_segura

@Cispt

@internetsegura.pt


31 | Forum Estudante | nov’20

/Internet Segura

Publirreportagem

Observar a Cibersegurança como se fosse um pássaro

Diálogo imaginário entre quem não sabe de cibersegurança e quem pensa saber. A cibersegurança não é só para informáticos?!

Ok, ok… então que raio é isso da cibersegurança?

Isso nunca mais acaba… Não é possível simplificar isso?

Não. Todos nós somos responsáveis pela cibersegurança. Repara, os computadores estão ligados entre si, numa rede, a Internet, que faz com que aquilo que corra mal na utilização de um computador possa afetar muitos outros. Portanto, atina e protege-te a ti e aos outros!

De uma forma resumida (prepara-te, que vou dar tudo por tudo…), é a segurança no uso das tecnologias de informação e comunicação, mantendo a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade da informação. Garantir que um email só é lido por quem o enviou ou recebeu é uma questão de “confidencialidade”; que não é destruído, de “integridade”; ou que está acessível quando dele precisamos, de “disponibilidade”.

Talvez (e chegou o momento de divulgação…). O Observatório de Cibersegurança do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) tenta fazê-lo. E tu perguntas: o que é o CNCS? Bem, o CNCS é a organização pública portuguesa que procura garantir que o ciberespaço de interesse nacional é utilizado de forma livre e segura. Uma tarefa nada fácil. O Observatório, por sua vez, foi criado pelo CNCS para dar a conhecer a cibersegurança nacional nas suas várias áreas. Lá está, porque a cibersegurança não é só uma questão de informática.

Então um estudante de Economia pode estudar a cibersegurança? Para começar, todos podem estudar a cibersegurança. Para te responder, sim. Por exemplo, uma organização deve saber quanto dinheiro gasta em cibersegurança de modo a proteger-se e comparar esse valor com o que perderia, em média, caso fosse atacada por um cibercriminoso. É preciso fazer contas, meu.

Só falta dizer que a Psicologia também tem a ver com a cibersegurança… Então diz, porque é verdade. O que achas que acontece quando clicas num link que anuncia um desconto, mas instala um software malicioso? É uma precipitação do utilizador, que foi iludido e manipulado, e isso tem tudo a ver com Psicologia.

Mas se eu quiser aprender mais sobre cibersegurança não tenho de saber de informática? É importante saber de informática, mas podes conhecer a cibersegurança de outros pontos de vista. Podes tentar perceber como é que as pessoas se comportam no uso da Internet, como é que os governos promovem a cibersegurança, como é que os cibercriminosos se organizam, que tecnologias estão a ser desenvolvidas, que leis foram criadas…

Que interessante… E o que é que eu tenho a ver com isso? Estás a ver as pessoas que observam e estudam os pássaros? Pois bem, também nós podemos observar o voo da cibersegurança, para não a perdermos de vista. Perder de vista a cibersegurança seria arriscar viver em maior insegurança… ir tudo pelos ares, digamos. O Observatório permite que qualquer pessoa (tu, por exemplo) possa ver por uns “binóculos” cada uma das diferentes áreas. : https://www.cncs.gov.pt

Agora faz mais perguntas e visita o site do CNCS aqui.


32 | Forum Estudante | nov’20

/ReDescobrir a Terra

O Dia Nacional da Agricultura na Escola

está de volta!

A Forum Estudante e a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) voltam a convidar todas as escolas a participar no programa Dia Nacional da Agricultura na Escola. No dia 18 de novembro, escolas e estudantes de todo o país vão realizar ações que colocam a importância estratégica da agricultura em destaque. Sabe como a tua escola pode participar.

uma iniciativa

C o fi n a n c i a d o p o r :

parceiros

Escola Profissional Agrícola

Afonso Duarte


33 | Forum Estudante | nov’20

/ReDescobrir a Terra

Em 2020, realiza-se a quarta edição do Dia Nacional da Agricultura nas Escolas (ver caixa). Neste dia, estudantes e instituições de ensino assinalam a importância da agricultura para um desenvolvimento sustentável, despertando potenciais vocações para o setor. Workshops, exposições, passatempos ou encontros com profissionais são

Em média, a cada ano, participam no DNAe 200 escolas de todo o país

apenas alguns dos exemplos de ações já realizadas ao abrigo do DNAE. Este ano, o foco estará no tema “Evolução Tecnológica da Agricultura”, sendo que, para a dinamização deste dia, é disponibilizado no site do projeto um kit pedagógico com ideias

e materiais destinados a professores, para ajudar ao desenvolvimento das atividades mais adequadas à sua escola e comunidade. Contudo, poderão ser integradas nesta atividade quaisquer ações que cumpram o objetivo de evidenciar a importância da agricultura, do mundo rural e do desenvolvimento sustentável. Todas as escolas estão convidadas a participar nesta iniciativa, realizando ações no dia 13 de novembro. Ao longo da manhã de 18 de novembro, a Forum Estudante realizará uma emissão especial online, com a participação de representantes da CAP, do programa Agroescolas, de técnicos especialistas e muito mais. Desta forma, será possível a todos os alunos assistirem, quer em casa, quer na escola, a conversas e explicações sobre a temática da agricultura. As inscrições terminam no dia 6 de novembro e poderão ser feitas, por um professor responsável, através do preenchimento deste formulário. E Para mais informações, podes visitar redescobriraterra.forum.pt

Sabe mais sobre o Dia Nacional da Agricultura nas Escolas aqui.

DNAe. Um dia com história

Conhece o videoclip do hino do DNAe, criado pelo MK Nocivo

A primeira edição do Dia Nacional de Agricultura nas Escolas realizou-se em 2017. Desde então, neste dia, são mobilizadas escolas do 1.º ao 12.º ano de todo o país, para a realização de atividades de divulgação e promoção da agricultura junto dos seus alunos (exposições, passatempos, aulas especiais, encontros com profissionais…). Em média, a cada ano, participam no DNAE 200 escolas de todo o país, sendo que cada edição tem um foco num tema em específico. A CAP e a Forum Estudante definem como objetivo desta iniciativa “contribuir para a introdução do conhecimento do mundo da Agricultura moderna e sustentável, de uma forma lúdica-pedagógica, despertando assim potenciais vocações para o setor”. Para tal, as escolas contam com o apoio de técnicos das estruturas da CAP e de um kit pedagógico que contém ideias e materiais para ajudar professores a desenvolver atividades.

Timeline DNAe 2017

1ª Edição Tema: Dieta Mediterrânica

2018

2ª Edição Tema: Água

2019

3ª Edição Tema: Leite e laticínios

2020

4ª Edição Tema: Evolução Tecnológica na Agricultura


44 | Forum Estudante | nov’20

/Capital Jovem da Segurança Rodoviária

Até setembro, morreram quase

300 pessoas nas

estradas portuguesas LISBOA

Promotores

Apoios

EDUCAÇÃO

Media


45 | Forum Estudante | nov’20

/Capital Jovem da Segurança Rodoviária

Num contexto em que a circulação nas estradas portuguesas foi reduzida, devido aos constrangimentos colocados pela Covid-19, morreram 299 pessoas em acidentes rodoviários, nos primeiros nove meses de 2020.

Entre janeiro e setembro, aconteceram quase 20 mil acidentes com vítimas nas estradas portuguesas. Destes, resultaram 1356 feridos graves e 299 mortes no local do acidente ou no transporte até ao hospital. Os números foram revelados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), num relatório que analisa os primeiros nove meses do ano. Em comparação com o mesmo período de 2019, os números apresentam uma redução significativa de sinistros, em todos os indicadores.: menos 61 vítimas mortais (17%), menos 408 feridos graves (23%) e menos 9559 feridos ligeiros (30%). A ANSR recorda o impacto dos constrangimentos colocados pela pandemia da Covid-19, na explicação destes números. “Entre janeiro e setembro de 2020 verificou-se uma redução em todos os indicadores de sinistralidade, relativamente ao período homólogo de 2019, sendo que o mês de abril foi o que apresentou decréscimos mais significativos

em parte devido à situação de estado de emergência que vigorou entre 19 de março e 2 de maio, impondo fortes medidas de confinamento com a consequente redução de tráfego”, explica a ANSR. Em contraste, o mês de julho foi o que registou maior número de feridos graves e vítimas mortais, apresentando mesmo uma agravamento muito significativo face ao mesmo período de 2019 – em relação a julho de 2019, o número de mortos aumentou 48,5%. De destacar ainda que, não obstante a menor circulação de pessoas, durante os primeiros nove meses de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019, registou-se o mesmo número de vítimas mortais resultantes de atropelamentos. Este dado explica que, no total de vítimas mortais, tenham morrido mais peões (17%) do que passageiros (16%). Por fim, 68% das vítimas mortais, de janeiro a setembro de 2020, eram condutores.

Quais são as infrações em 2020? Na componente de fiscalização, a ANSR apresenta o resultado das operações de fiscalização da Polícia de Segurança Pública (PSP), Guarda Nacional Republicana (GNR) e Polícia Municipal de Lisboa (PML), bem como do sistema de radares implementado nas estradas nacionais. O total de condutores fiscalizados pelas forças de segurança atingiu valores semelhantes aos de 2019 (aumento de 0,6%), sendo que, no que toca à polícia municipal e ao sistema de radares, o aumento é bastante significativo (28% e 37%, respetivamente). Do ponto de vista das infrações cometidas por condutores que foram fiscalizadas, destaca-se o excesso de velocidade que, em 2020, teve um aumento de 24% na incidência. Os restantes tipos de infrações (excesso de álcool, uso do telemóvel, não utilização do cinto de segurança, etc…) diminuíram a sua incidência, de janeiro a setembro, em comparação com o ano passado.


36 | Forum Estudante | nov’20

/BP Segurança ao Segundo

5 Razões para participar no BP Segurança ao Segundo O Desafio BP Segurança ao Segundo terá várias novidades na sua próxima edição, que serão conhecidas em breve. Para já, conhece as razões para participar nesta iniciativa.

#1

Conta uma história que faz a diferença

Ao entrar neste desafio, vais ter a oportunidade de contar uma história que poderá fazer a diferença na vida de muitas pessoas. O resultado do teu trabalho servirá para dar uma visão muito real e concreta dos problemas associados aos acidentes rodoviários e vai alertar para a importância de se falar sobre segurança rodoviária aos mais jovens

#2

Espalha a mensagem da segurança rodoviária

Os acidentes rodoviários continuam a ser a principal causa de morte para os jovens entre os 18 e os 24 anos. Todos queremos que isso mude e, para tal, é preciso divulgar a importância da segurança e da prevenção rodoviária, para que os comportamentos mudem e as nossas estradas se tornem mais seguras. O teu trabalho será divulgado em vários canais e ajudará a espalhar a mensagem.

#3

Constrói o teu currículo

As competências transversais (as chamadas soft skills) são cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho pelos empregadores e nunca é demasiado cedo para as começar a trabalhar e desenvolver. A atenção que dedicas a causas sociais importantes também é importante na altura de diferenciar currículos. Podes começar desde já a construir o teu currículo e a ganhar experiência.

Parceiros

EDUCAÇÃO


10.ª EDIÇÃO

Devido à pandemia da Covid-19, o BP Segurança ao Segundo vai fazer adaptações ao seu formato. As novidades deverão chegar no início de novembro. Fica atento e visita www.bpsegurancaaosegundo.pt

Fica a saber tudo no site

#4

Aprofunda o teu trabalho em equipa

Sendo um desafio em equipa, terás de trabalhar lado a lado com os teus colegas, procurando construir um sentido de união e um espírito de equipa. A capacidade de trabalhar em equipa, valorizando as diversas contribuições de cada elemento, será muito valiosa no teu futuro, quando começares a trabalhar em equipas diversificadas e, por vezes, multidisciplinares.

#5

Ganha prémios

Por fim, há ainda os fantásticos prémios que poderás ganhar neste Desafio BP Segurança ao Segundo. Ao longo das várias edições deste concurso, dezenas de estudantes já receberam passes e bilhetes para festivais de música e gadgets, por exemplo. Os professores coordenadores também ganham prémios, neste caso cartões de combustível BP. Os prémios para a edição 2020/2021 serão conhecidos em breve.

Quem pode participar? Podem participar no BPSS estudantes a frequentar do 9º ao 12º ano de escolaridade e também do ensino profissional, residentes em Portugal, através de equipas de 4 a 10 elementos, estudantes na mesma escola, coordenados por um/a professor/a (um/a professor/a pode coordenar várias equipas).


38 | Forum Estudante | nov’20

/HorosCópos

Previsão do Mês? Um magusto é um magusto O cheiro a castanhas assadas traz-me sempre um conforto especial, mesmo que, este ano, esse doce aroma tenha de atravessar o tecido da minha máscara. Ainda assim, uma castanha é sempre uma castanha e um magusto “a solo” não deixa de ser um magusto. Vamos às vossas previsões? Sagitário (22/11 a 21/12) Quando consultei o Oráculo de Orion, surgiu-me uma visão clara – um nativo e uma nativa de Sagitário olhavam-me serenos, cada um com um ramo de lírios nas mãos. Consultei o Dicionário Floral dos Sonhos, do grande mestre argentino Tud O’Falzo e tenho algumas conclusões: (1) Novembro será um mês sereno, (2) Novembro será um mês complexo ou (3) Há uma tendência para seres dono(a) de uma florista.

será… É uma palavra estrangeira, esperem… Não a conheço, que estranho… Vão colecionar… achievements?

Touro (21/04 a 20/05) Os nativos e nativas de Touro vão passar, pelo menos duas vezes, durante este mês, por aquela situação desconfortável de estar a fazer uma dancinha que pensam ninguém ver, só para descobrir que há alguém que olha com uma expressão aterrorizada. Ouch.

Capricórnio (22/12 a 19/01)

Gémeos (21/05 a 20/06)

Na abertura do novo ano letivo, os nativos e nativas de Capricórnio têm apostado no material escolar – é vê-los a usar um estojo organizado, fazer sublinhados com uma das três canetas coloridas (azul, vermelho, preto) e escrever post-its para colar nas páginas dos livros. De acordo com a rotação de Marte, contudo, o estojo conterá apenas uma caneta verde e uma afia, no final do ano letivo.

Há pessoas que dizem que a vida é mais do jogos, computadores e consolas. Contudo, nenhuma dessas pessoas jogou Cyberpunk 2077. Só não te esqueças de comer e dormir. Estudar também não te faria mal.

Aquário (20/01 a 18/02) É um dos segredos menos bem guardados do mundo – as pastelarias com esplanada coberta são sítios confortáveis. O que pode correr mal quando se pode estudar e, simultaneamente, beber um galão e, simultaneamente, comer uma guloseima? Bem, dependendo do número de guloseimas e pacotes de açucar, talvez algo possa correr mal. Previsão para Aquários? Atenção aos doces!

Peixes (19/02 a 20/03) De acordo com a transladação orbital de Plutão, os nativos e nativas de Peixes terão tendência para entrar numa perfumaria apenas para se borrifarem com o seu aroma favorito. O movimento do vizinho Neptuno, por sua vez, diz que todos os signos já realizam há anos o mesmo ritual. Bem, pelo menos, anda tudo cheiroso.

Carneiro (21/03 a 20/04) Há pessoas que colecionam aqueles pacotes de açúcar com frases supostamente engraçadas. Outras há que colecionam pedras, selos, cromos, canetas, etc… Os nativos e nativas de Carneiro terão tendência, durante este mês, para iniciar uma nova coleção. Olhando os astros, parece-me vislumbrar que a tendência

Caranguejo (22/05 a 22/06) Uma das inevitabilidades da vida é a necessidade de confrontar a nossa própria imaturidade. Mais cedo ou mais tarde, somos levados até um momento de decisão onde teremos de recorrer às aprendizagens que fizemos ao longo da vida. Não te esqueças disto quando, naquele dia em que a chuva cai como se alguém a despejasse de um balde gigante, quiseres levar os teus ténis favoritos (sim, sim, ou sapatilhas, já sabemos).

Leão (23/07 a 22/08) Não deixa de ser adequado que os nativos e nativas de Leão se tenham habituado, durante o isolamento, a não cortar o cabelo. De acordo com o movimento de Alpha-Centauri (B) no firmamento, não haverá pente capaz de domar as respetivas jubas. E não há mal nenhum nisso, desde que não perturbem a vossa visão. Cuidado com os postes!

Virgem (23/08 a 22/09) Esta história poderá ser.-vos útil no futuro próximo. Certa vez, um grupo de nativos de Virgem perguntou-me: “Professor Esótanga, incomparável mago das constelações, ó grande estrela entre as estrelas, tu que tens a chave para entender o firmamento, que lês a fusão de gases celeste como nenhum outro, diz-nos, por favor, qual é a tua maior qualidade?”. Foi então que eu respondi: “Humildade”.

Signo do Mês

Escorpião (23/10 a 21/11)

Os astros mostram que os nativos e nativas de Escorpião estão tristes por não poderem fazer um giga-magusto em segurança. Importa destacar que a doutrina académica se divide, quanto à quantidade mínima de pessoas necessárias para qualificar um magusto. O teórico sãomartinhense do século XVIII, Tasty Chestnut, afirma celebremente, em The Metaphysics of Roasting Fruits Vol. III, que “são necessários dois para magustar” (p.189). O argumento contrário é encontrado em La Fête Intérieure, da investigadora guadalupenha Henriette Châtaigne: “Cada um de nós é o seu próprio magusto” (p.594). Em tempos de pandemia, o melhor será mesmo seguir este último conselho. Onde houver castanhas, há magusto. E um magusto é um magusto é um magusto.

Balança (23/09 a 22/10) A situação pandémica que vivemos levou-me a reavaliar a minha profissão e até o meu talento. Sinto-me culpado por não ter antecipado a pandemia nas estrelas. Os nativos e nativas de Balança passam por uma situação semelhante – sentem-se culpados por não anteciparem o impacto que não lavar os dentes de manhã teria na utilização de máscara.


Photo by Nicole Berro from Pexels

Revista Forum Estudante | Mensal l Diretor: Gonçalo Gil l Disponível apenas por assinatura com o custo mensal de 1€

A revista em que és tudo!

Não precisas de ser super-herói para teres direito a capa.

Liga-te a nós!

www.forum.pt

A Revista Forum Estudante tem distribuição gratuita.


www.zoo.pt


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.