INTERNACIONAL
Nova York combate a insegurança alimentar Diretora do Banco de Alimentos faz visita técnica ao Food Bank For New York City para conhecer experiência americana
M
esmo na principal potência econômica e política do mundo, cujo PIB representa quase um quarto da economia global, há fome. Sim, os Estados Unidos também enfrentam o maior flagelo da humanidade, conforme constatou a diretora voluntária do Banco de Alimentos de Porto Alegre, Suzany Reck Herrmann, durante visita técnica ao Food Bank For New York City, em 22 de dezembro de 2021. “A fome é um problema mundial. Por isso é fundamental que se busque a conscientização da sociedade sobre a importância de se cuidar do outro, oportunizando não apenas o alimento, mas o cuidado com a segurança alimentar e nutricional, por uma vida melhor”, destaca a diretora.
Segundo Suzany, conhecendo a estrutura, operação e logística do programa, percebe-se o quão avançada a Rede de Bancos de Alimentos do RS está. “Apesar de sermos mais jovens, nossa operação é completa e eficaz. Inclusive os diretores do Food Bank de NYC se surpreenderam com nossa organização e resultados”, celebra a diretora.
Uso de excedentes Para diminuir o desperdício de alimentos, o estado de Nova York aprovou uma nova lei que determina que empresas que gerem duas toneladas ou mais de alimentos não utilizados por semana devem doar ou
compostar o excedente da produção. Com isso, cascas de batata, cebolas e outros alimentos não utilizados pelas empresas precisarão ser devidamente compostados ou doados. A regra é voltada para restaurantes, mercearias, hotéis, universidades e centros de eventos. Já hospitais, casas de repouso, asilos e escolas não entram na lista.
Food Bank For New York City Criado há 36 anos, o Food Bank For New York City tem trabalhado para minimizar a pobreza alimentar em cinco distritos, organizando a distribuição de alimentos, informações e apoio para a comunidade. Por dia, 32 caminhões com 25 mil boxes com alimentos saem dos pavilhões para os pontos de distribuição, cujo local e data são previamente divulgados. O programa conta com mais de 200 funcionários e recebe contribuição financeira do governo local com um aporte anual, além de doações por campanhas diversas. Fornece 80 milhões de refeições gratuitas por ano. Pela Cozinha Comunitária, doa mais de 100 mil refeições todos os meses. Além disso, oferece vale-refeição, assistência fiscal gratuita e auxílio econômico, pelo qual distribuiu mais de US$ 38 milhões aos nova-iorquinos de baixa renda no ano passado. 52 • REVISTA FAZER BEM • ed 11 • junho 2022