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Saudades do Lonely Planet

Embarcar numa viagem antes das novas tecnologias, apenas munidos de um pequeno guia, podia ser um desafio, mas as surpresas e aventuras que emergiam eram, com certeza, surpreendentes.

L

argos anos antes dos smartphones, google maps, whatsapps, waze, booking, era o pequeno livro que nos acompanhava, guiava e nos dava alguma rede. Sem garantias prévias, sem planos fechados e com uma saborosa margem de surpresa.

A chegada a Hanói noite dentro, após a curta estadia em Banguecoque, com tudo o que levávamos para ficar por três semanas numa mochila, foi intimidante. Encontrámos uma cidade, no trajeto aeroporto-centro, escura e sem movimento, debaixo da chuva intensa.

Vinte minutos depois, lá estava o hotel, exatamente como descrito no livro. Modesto, mas acolhedor; somou-se o sorriso aberto dos nossos anfitriões na receção e o ambiente único criado pelo costume de andar descalço num chão impecavelmente limpo e pelo ritual de beber limonada fresca, acompanhada de bananas oferecidas nas boas-vindas aos viajantes. A minha impressão não parou de melhorar e o desconforto quase desapareceu.

Manhã na capital do Vietname, verdadeiramente o primeiro dia neste país do qual pouco mais sabia do que o que nos chegava dos clássicos americanos. Injustos em larga escala.

Sol intenso, calor tropical, em plena monção. Tudo para correr bem. De Lonely Planet no bolso, saímos sem destino pela malha confusa das ruas, agora já apinhadas. As ruas organizadas por ofício: ourives, talhos, costureiros e lojas de tecidos, oficinas de bicicletas, pequenos armazéns de ferragens, etc., meticulosamente alinhados e a borbulhar de atividade. E especialmente encantadores, os vendedores de vegetais e frutas, frescos, coloridos e perfeitamente arrumados em cestos limpos espalhados pelo chão em cada esquina ou em equilíbrio nos cestos pendurados às costas entre chapéus de palha triangulares… e as vendedoras de flores, sentadas entre os ramos expostos em bicicletas. Impossível adivinhar a hora do dia pelo movimento ou pelas rotinas: há quem não dispense o barbeiro, quem visite o dentista ou quem coma uma refeição digna de almoço reforçado às seis da manhã. Fascinante a diferença de hábitos. Fascinante a indiferença como nos admitem a misturarmo-nos, sem que nos sintam a interferir nas suas vidas.

FRENESIM

Atravessar uma rua, que não será mais larga do que qualquer rua no centro histórico de uma cidade europeia, é uma aventura. Os enxames de scooters nunca param e os condutores não parecem conhecer o conceito de parar e andar segundo uma ordem ou a utilidade de um semáforo… ainda assim, são notáveis a desviar-se de quem se atreve a cruzar o caminho! Enfim, nada que o infalível livro não anunciasse…

A CAPITAL VIETNAMITA, HANÓI, MISTURA A HERANÇA FRANCESA COM A MARCA DA VIZINHA CHINA

O Vietname é um Estado soberano localizado no leste da península da Indochina, no Sudeste Asiático, cuja capital é Hanói. A língua oficial do Vietname é o vietnamita, mas algumas pessoas ainda falam francês por herança colonial. A moeda oficial do Vietname é o Dong.

Lá chegava o momento de almoçar, por fim. Difícil decidir. O conhecimento sobre gastronomia local estava longe de ser profundo. Alguma influência chinesa, mas muito da cozinha francesa dos tempos da Indochina.

A escolha Lonely Planet revelava-se sempre certeira e o aspeto delicado do pequeno terraço à sombra de plantas enormes não nos deixou na dúvida. O cheiro a lemongrass e o arroz ao vapor constantes, tudo o resto que fosse cortado em pedaços suficientemente pequeninos e misturado com os temperos locais era uma delícia imbatível.

Os preços ainda eram, também, uma notícia agradável para quem vinha da Europa. Mas não era coisa que nos alegrasse por aí além. Só na medida em que permitiam alargar a viagem e a nossa liberdade para arriscar.

Hanói mistura a herança francesa com a marca da vizinha China, numa convivência urbana única. Cada nova zona desenvolveu-se em torno de outra sem agredir ou sobrepor-se. Como que com respeito pelos espaços e movimentos. O mesmo respeito que encontramos no trato das pessoas, na delicadeza com que sempre nos respondem e nos comuns sorrisos reservados, mas francos. Na verdade, é a melhor recordação desta ou de qualquer viagem, as pessoas.

De Hanói, arrancámos para Ha Long Bay, mas ficará para outro dia.....

Hidrógenio

Um grande passo para os seus investimentos e para a transição energética.

CPR Invest - Hydrogen, uma oportunidade para criar valor investindo em todo o ecossistema do hidrogénio:

um mercado inovador com grande potencial;

Estima-se que irá cobrir cerca de 17% de todas as necessidades energéticas até 2050**;

Poderá ajudar a reduzir as emissões globais de gases com efeito de estufa.

amundi.pt

*Fonte: IPE “Top 500 Asset Managers” publicado em Junho 2021 com dados de Dezembro de 2020. **ETC (Energy Transition Commission), “Making the Hydrogen Economy Possible”, Abril 2021. Esta é uma comunicação de marketing, sem valor contratual. Consulte o Prospecto e a KIID antes de tomar uma decisão fi nal de investimento. A CPR Invest - Hidrogénio (doravante também “Fundo”) é um Subfundo da CPR Invest SICAV, gerido pela CPR Asset Management, uma empresa do grupo Amundi. A CPR Asset Management é autorizada em França e regulamentada pela Autorité des Marchés Financiers (AMF). O Subfundo é autorizado no Luxemburgo e supervisionado pela Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF). Os potenciais investidores devem examinar se os riscos associados ao investimento no Fundo são adequados à sua situação, e devem também assegurar-se de que compreenderam plenamente este documento. Em caso de dúvida, recomenda-se que consulte um consultor fi nanceiro. O valor do investimento pode diminuir ou aumentar. O Fundo não oferece qualquer garantia de retorno. O investimento envolve riscos. O desempenho passado não é uma garantia nem indicativo de resultados futuros e não existe qualquer garantia de que se obtenham retornos iguais no futuro. O presente documento não representa uma oferta de compra ou uma solicitação de venda. Não é dirigido a qualquer “Pessoa dos EUA”, tal como defi nido na Securities Act de 1933 e no prospecto. A KIID, que o proponente do investimento deve entregar antes de assinar, e o Prospecto estão disponíveis gratuitamente nos escritórios dos agentes de colocação, bem como no website https://www.amundi.com/globaldistributor/. Um resumo da informação sobre os direitos dos investidores e os mecanismos de recurso colectivo pode ser encontrado em inglês no seguinte link: https://about.amundi.com. A sociedade de gestão pode decidir retirar a notifi cação das disposições tomadas para a comercialização de unidades de participação, incluindo, quando apropriado, em relação a categorias de acções, num Estado-Membro ao qual tinha previamente notifi cado. - Abril de 2022. |

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