4 minute read

Gonçalo Câmara Pestana

Next Article
David Afonso

David Afonso

NÚMERO 44 MAIO E JUNHO 2022 .

ENTREVISTAS BIN SHI, UBS AM JOSH DUITZ, ABRDN LEGISLAÇÃO AS SOCIEDADES GESTORAS DE PEQUENA DIMENSÃO PLANIFICAÇÃO OS INVESTIDORES E A CRISE

COM ESTILO UM CONTRABAIXO A INVESTIR A GRANDE DESCONEXÃO

SELECIONADORES FAVORITOS À NUVEM NEGRA DA PANDEMIA, QUE AINDA PAIROU DURANTE O ÚLTIMO AS NUVENS NO HORIZONTE Olhar paraANO, JUNTARAM-SE OUTRAS COMO A DA INFLAÇÃO E A DA GUERRA. OBSTÁCULOS QUE DIFICULTARAM, MAS NÃO IMPEDIRAM OS SELECIONADORES o futuro DE FUNDOS NACIONAIS DE FAZER UM TRABALHO NOTÁVEL.investindo

em saúde

O PESO DO COMITÉ

O comité de aconselhamento financeiro do Private, do qual Gonçalo Câmara Pestana faz parte, tem um peso muito grande na definição das diretrizes de alocação de investimento que se refletem nos quatro perfis de risco distintos que definem para disponibilizar aos clientes.

AB International Health Care Portfolio

Gonçalo Câmara Pestana

RESPONSÁVEL PELA EQUIPA DE ACONSELHAMENTO FINANCEIRO, BPI PRIVATE

“PERANTE FUNDOS COM RISCO E RETORNO SEMELHANTE, TEMOS POR OBJETIVO SELECIONAR OS QUE MELHOR SE POSICIONAM EM SUSTENTABILIDADE”

O responsável pela equipa de aconselhamento financeiro do BPI Private descreve o processo e filosofia que regem o trabalho de aconselhamento para investimento na entidade e como esse processo evoluiu com a integração no CaixaBank e com a crescente importância do tema ESG.

onçalo Câmara Pestana é o responsável pela G equipa de aconselhamento de financeiro do BPI Private. É uma equipa pequena, mas multifacetada, que usufrui de todos os recursos do grupo Caixabank para providenciar a melhor experiência possível aos clientes. “Temos pessoas que se focam somente nos fundos de investimento, outras especializadas nos produtos estruturados e também pessoas responsáveis por dar resposta a todos os pedidos adicionais de informação que nos chegam dos clientes e da equipa comercial”, descreve em entrevista à FundsPeople.

No segmento private do Banco BPI, como explica Gonçalo Câmara Pestana, são duas as abordagens de investimento: a gestão discricionária e a consultoria para investimento. A primeira, como indica, “é subcontratada à BPI Gestão de Ativos”. Tem também, diz, crescido de forma bastante relevante, em especial por via dos seguros de investimento, “cada vez mais por razões de otimização fiscal”. Já a segunda, está totalmente sob a responsabilidade da equipa de Aconselhamento Financeiro. Contudo, o profissional faz questão de relevar a importância e peso em todo o processo do comité de aconselhamento financeiro do Private. Neste comité estão presentes o administrador do pelouro (Pedro Barreto), o diretor executivo do Private Banking (António Luna Vaz), a economista chefe do Banco, membros da BPI Gestão de ativos, da BPI Vida e Pensões, da BPI Suisse e do Caixabank Luxemburgo, além da equipa de Aconselhamento Financeiro. “É um fórum que tem um peso muito grande na definição das diretrizes de alocação de investimento. Essa definição reflete-se nos quatro perfis de risco distintos que definimos para disponibilizar aos clientes”, explica. Esse comité reflete, no entanto, uma visão de grupo estabelecida ao nível CaixaBank, para qual a equipa de Gonçalo Câmara Pestana contribui, e que é refletida na visão e decisão de alocação local.

Já o universo de instrumentos que compõem as carteiras aconselhadas é constituído por fundos de gestão ativa de terceiros e da própria entidade gestora do banco, sem investimento direto nem recurso a gestão passiva.

A seleção destes produtos, a um primeiro nível, é algo que mudou muito com a integração no grupo bancário espanhol. “Existe uma equipa muito robusta no Caixabank ao nível da seleção e validação de fundos. Todo o processo de due dilligence e análise é feito a esse nível. É posteriormente publicada uma lista de fundos aprovados, da qual elegemos os melhores para compor as carteiras, adaptados à realidade dos clientes em Portugal”, explica. Aponta, no entanto, que algum produto que considerem adequado pode ser sugerido e argumentado para que seja analisado e potencialmente incluído na lista aprovada.

ESG NA OFERTA

“O banco, tal como todas as indústrias, tem apostado muito no ESG. No BPI estamos avançados neste aspeto”, introduz Gonçalo Câmara Pestana. Em termos do que é a inclusão de critérios ESG no aconselhamento financeiro, em específico, o profissional comenta que é um dos critérios de escolha no processo de construção das carteiras recomendadas. “Perante fundos com potencial de risco e retorno semelhante, temos por objetivo privilegiar aqueles que melhor se posicionam em termos de sustentabilidade”, diz. Contudo, alerta que, em primeiro lugar, vem o perfil de risco e retorno, sendo esse “o objetivo mais importante do trabalho de aconselhamento”. “Ao nível da oferta, estamos a trabalhar em conjunto com o CaixaBank para oferecer mais produtos artigo 8º e 9º aos clientes e ir aumentando a percentagem de fundos sustentáveis nas carteiras”, diz.

Também importante, para Gonçalo Câmara Pestana, é a comunicação desta temática aos clientes. “A ideia é darmos cada vez mais informação ao cliente sobre a vertente ESG dos fundos em que investem. Temos acordos com provedores de dados ESG para lhes podermos mostrar de que forma é que os seus investimentos estão a contribuir para a sustentabilidade”, conclui.

This article is from: