TFG - Casa Abrigo para Mulheres em Situação de Violência

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Setorização

Quanto à organização e setorização, pode-se considerar que existem

social, como também acrescentando um espaço de encontro para a cidade.

espaços dentro de outros, onde um espaço pode envolver e conter outro

Reforçando, que apesar do uso sigiloso que o edifício necessita, ele não

espaço menor dentro de seu volume; espaços adjacentes, sendo o mais

precisa ser um espaço que nega a cidade. Foram resguardados todos os

comum tipo de relação entre os espaços, onde cada espaço é claramente

acessos para o restante do edifício, permitido inclusive pelo uso da topografia

definido e responde as suas funções, existindo ainda um plano de separação

presente no terreno, garantindo a segurança para as moradoras e criando

que limita o contato físico e visual entre os dois espaços, reforçando sua

fluxos diferentes para os diferentes acessos.

individualidade; espaços conectados por um terceiro espaço, relacionando-se à distância e por meio deste terceiro. Possui ainda uma organização destes ambientes, aglomerada, se baseando na proximidade física para relacionar os espaços entre si, com diferentes tamanhos, formatos e funções, relacionados entre si pela proximidade ou uma ordenação. (CHING, 2013). A área de solo reduzida do terreno fez com que a setorização do projeto fosse verticalizada para melhor acomodação dos espaços definidos no programa de necessidades, resultando ao todo em cinco pavimentos. A diferença entre as cotas de níveis entre as duas entradas ao terreno possibilitaram a existência de dois térreos. O térreo Capitão João, na cota inferior, traz uma proposta que se diferencia do restante do edifício, apesar de parecer controverso, o projeto buscou trazer o público em geral para este nível, com o intuito de conscientizar, agregar conhecimento, ou mesmo aproximar possíveis vítimas por meio de um contato mais sutil. Desse modo, foram propostas salas de palestra, convivência e até mesmo uma lanchonete, fazendo com que este espaço se tornasse uma continuação do calçadão, servindo tanto para o fim

O térreo Dom José Gaspar, com ligação direta para a rua, traz o outro acesso para o edifício, acessos restritos e direcionados às vítimas e aos funcionários. Sua setorização abrange as áreas de Recepção, Segurança e Monitoramento, Atendimento e Administração. Sendo o pavimento com mais usos e com mais acessos. Estes que proporcionam fluxos restritos, públicos e de serviços, garantindo o funcionamento e a privacidade de todas as áreas e atividades relacionadas. Já o Primeiro pavimento comporta as partes voltadas para a Autonomia e Empoderamento das mulheres, com atividades e serviços que proporcionem a retomada de suas vidas após o período de abrigamento. Ainda possui áreas de convívio, trazendo o sentimento de lar, no desenvolvimento de atividades comuns e a socialização das pessoas, importante para a reintegração. O Segundo e Terceiro pavimentos são destinados exclusivamente para as habitações, mantendo a privacidade necessária das vítimas. O edifício pode comportar até trinta e sete moradoras, acompanhadas ou não de seus filhos, acomodadas em diferentes tipologias de habitação.


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