homenagem
Expedito Marazzi Uma vida dedicada aos automóveis
Com Norman Casari, nos 500 km da Guanabara de 1964
E
le já nasceu com cheiro de gasolina. Praticamente todas as histórias que eu ouvia dele mesmo ou da família, desde que eu me lembro como criança, eram relacionadas a automóveis ou motocicletas. Na casa do meu avô, onde ele cresceu, eu mesmo vi o seu porão, local de reunião de seus amigos também fanáticos por motores, cheio de peças de automóveis penduradas na parede, onde normalmente qualquer pessoa penduraria quadros. Uma dessas paredes, em especial, tinha grade, faróis e para-choque de um MG, formando a frente do carro. Ao lado, o painel de instrumentos com o volante. Cresci com essa imagem, que se consolidou com ele vivendo, trabalhando e respirando automóveis. Até o fim de sua vida. O MG me parece que era especial na vida dele. Ainda muito jovem, fugiu para Interlagos com seu MG Tourer e se inscreveu em uma prova. Fez bonito, o barão Fittipaldi narrou suas peripécias na radio Jovem Pan e meu avô ouviu. Quando chegou em casa, ficou proibido de correr até que, naquele fim de semana de 1963, casado, com filhos e trabalhando na revista Quatro Rodas, reestreou nas pistas juntamente com Carol Figueiredo, Élvio Ringel e José Carlos Pace (veja nesta edição reportagem sobre o IV Aniversário ACESP). O resto é a história que conta, por meio de algumas fotos com seus compenheiros de jornada que eu selecionei para estas páginas. Gabriel Marazzi
Testando o Carcará, para a revista Quatro Rodas, em 1966
Como apresentador do programa Feira Livre do Automóvel
Com um MG Tourer, a primeira corrida em Interlagos, em 1955
Em Interlagos, com os amigos da APCAH e do MG Club
32 Abril 2021 Cultura do Automóvel