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e discípulo dos apóstolos, a João Evangelista (500
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Carta de Dionísio (Denis) chamado Aeropagita, bispo de Atenas e discípulo dos apóstolos, a João Evangelista (500)
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O mais importante dos autores místicos, convertido pelo próprio são Paulo, aquele que recolheu todo o ensinamento dos padres antes dele e que influenciou todos os místicos dos séculos seguintes foi certamente Dionísio, o Aeropagita, também chamado o pseudo-Dionísio. Esta carta é dirigida a João, o Evangelista, famoso autor bíblico do Livro do Apocalipse, quando este se encontrava preso na ilha de Patmos.
Para João, teólogo, apóstolo e evangelista, preso na ilha de Patmos.
Eu vos saúdo, oh alma santa! Oh ser amado! E isto para mim é mais apropriado que para a maioria. Salve! Oh verdadeiramente amado! E para o verdadeiramente Amável e Desejado, muito amado! Por que deveria ser uma maravilha, se o Cristo verdadeiramente fala e o injusto bane seus discípulos das suas cidades (Mat. 23:34), eles próprios trazendo sobre si as suas dívidas, e os amaldiçoados ferindo a si mesmos e abandonando o sagrado. Coisas verdadeiramente vistas são imagens manifestas de coisas não vistas. Pois, nem nos tempos que se aproximam, será Deus Todo-poderoso Causa das justas separações de Si Mesmo; mas eles, tendo se separado completamente de Deus Todo-poderoso; mesmo
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quando observamos nos outros, já tornados aqui com Deus Todo-poderoso, desde que são amantes da verdade, eles saem das proclividades das coisas materiais e amam a paz numa liberdade completa de todo o mal das coisas e um Divino amor de todo o bem das coisas; e começam sua purificação, ainda na vida presente, vivendo, no meio da humanidade, a vida que está por vir, de maneira satisfatória aos anjos, com cessação completa da paixão, e deificação e bondade e os outros atributos bons. Quanto a vós, todavia, eu nunca estaria tão louco de imaginar que sentis qualquer sofrimento; mas estou persuadido que somente sois sensíveis aos sofrimentos corporais para os avaliar. Mas, para esses que injustamente vos tratam e imaginam aprisionar, não corretamente, o sol do Evangelho, ainda justamente os culpando, rogo que, ao se separar dessas coisas que estão trazendo sobre si mesmos, possam ser tornados ao bem e possam vos atrair a eles e possam participar na luz. Mas para nós mesmos, o contrário não nos privará do raio todo-luminoso de João, que está mesmo agora a ponto de ler o registro e a renovação disto, a vossa verdadeira teologia: mas logo após (pois o direi, embora seja apressado), na hora de ser unido a vós. Pois estou completamente confiante de ter aprendido e lido as coisas antecipadas a vós por Deus, que tanto sereis libertado de vossa prisão em Patmos, como voltareis à costa asiática e executareis ali imitações do bom Deus e as transmitireis aos que vos sucedem.
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