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aos monges de são Dionísio (Denis) (635
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Dagoberto, rei dos francos, dá concessão de uma propriedade aos monges de são Dionísio (Denis) (635)
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Uma concessão de propriedade no sétimo século era, talvez, o presente de maior valor que pudesse ser dado por uma pessoa a outra. Em geral, nenhuma terra era concedida sem as formas acompanhantes de riqueza descritas por Dagoberto nesta escritura. Note-se que não foram excluídos os servos e os fiadores ao se fazer esse presente. Vinte e sete propriedades foram dadas de uma só vez por Dagoberto à abadia de são Denis.
Dagoberto, rei dos francos, monarca ilustre, para Wandelberto, o duque.
Tudo que temos devotamente concedido para o alívio do pobre, acreditamos que nos será dado em retorno com lucros na próxima vida. Então, seja sabido que trocamos nossa vila chamada Saclas, situada no rio Juine, no distrito de Étampes, a qual recebemos de lorde Ferreol, bispo da diocese de Autun, e do abade Deodato, o clero e igreja ou basílica de Symphorian, em cujo cuidado é sabido que estiveram, por outra vila chamada Amica, que está no distrito de Marselha, para o aumento de nossa fortuna. E aquela mesma Saclas temos devotamente concedido em sua totalidade aos monges de são Denis, o mártir, no mosteiro onde seu precioso corpo agora descansa, estando dentro de seus portões. Portanto, ordenamos que a partir da presente data eles possuam a vila de Saclas,
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com suas casas, servos, fiadores, bosques, prados, pastos, moinhos, rebanhos, pastores, total e completamente, da mesma maneira que foi antigamente possuída a igreja de Autun e Symphorian até que nós, como foi dito, a trocamos pela outra. Então, porque esta foi concedida por nossa generosidade, para a salvação de nossa alma, aos monges de são Denis, de acordo com a vontade de Deus, nem o abade nem qualquer outra pessoa devem, a qualquer tempo, presumir destruir este presente aos monges; mas deixar que seja administrado em nome de Deus pela mão de seu abade em cujo assíduo cuidado os monges vivem. E por qualquer meio que possam aumentar sua ajuda aos pobres monges, que assim o façam, de forma que eles e seus sucessores possam usufruir a estabilidade de nosso reino e rezar pela salvação de nossa alma. E para que esta escritura possa durar todo o tempo, decretamos que seja firmada com nossa assinatura. Ursino o obteve. Dagoberto o concedeu.
Dado no dia 28 de julho no décimo quarto ano de nosso reinado, em Clichy. Amém.
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