Café
Ataque imprevisível
Capaz de ser transportada pelo vento, por formigas ou caminhamento, a cochonilha-branca é uma praga difícil de ser notada e ao mesmo tempo agressiva, responsável em situações extremas por queda de até 100% de flores e frutos ou seca das rosetas em café. Mesmo com as dificuldades de identificação, o monitoramento de sinais da presença do inseto é indispensável para a adoção do manejo adequado
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entre as diversas espécies de cochonilhas que ocorrem em cafeeiros no Brasil destacam-se as cochonilhas-farinhentas (Hemiptera: Pseudococcidae), assim conhecidas por apresentarem o corpo coberto com uma fina camada de secreção cerosa branca, como se tivessem sido envolvidas em farinha. Em cafeeiro no Brasil, podem ser encontradas 16 espécies dessas cochonilhas, sendo sete nas raízes e nove na parte aérea (Santa-Cecilia et al., 2020). Destacam-se as espécies Planococcus citri (Risso) (Hemiptera: Pseudococcidae) (Figura 1A) e Planococcus minor (Maskel) (Hemiptera: Pseudococcidae) (Figura 1B), também conhecidas como cochonilhas-brancas ou cochonilhas-das-rosetas, por se alojarem preferencialmente nas rosetas com botões florais e frutos, onde sugam a seiva. Podem também infestar mudas, onde as ninfas se alojam nas nervuras das folhas e juntamente com as fêmeas adultas, quando em altas infestações, formam aglomerações em toda a planta. Embora essas cochonilhas sejam de ocorrência imprevisível nas lavouras, o monitoramento periódico é necessário e deve ser integrado às práticas de manejo de outras pragas na lavoura cafeeira. O exame das plantas deve ser realizado principalmente no interior da folhagem, nas brotações, em rosetas com flores ou frutos, locais onde esses insetos se alojam e formam colônias.
DESCRIÇÃO
Essas cochonilhas são muito semelhantes morfologicamente, sendo difíceis de serem distinguidas. Em ambas as espécies, as ninfas de primeiro instar apresentam pouca cerosidade, um par de filamentos na extremidade do abdome e grande mobilidade; as de segundo instar são maiores e possuem dois pares de filamentos caudais. Já no terceiro instar, apresentam 17 pares de filamentos cerosos ao redor do corpo e um par posterior, assemelhando-se à fêmea adulta. As fêmeas adultas dessas espécies possuem o corpo em formato oval e coloração castanho-amarelada, recoberto por uma pulverulência de cera branca. Medem entre 2,5mm e 4mm de
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Agosto 2020 • www.revistacultivar.com.br