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Asas formosas
Macau tem, a partir da próxima segunda-feira, céu aberto para Taiwan. As autoridades da antiga ilha Formosa anunciaram ontem o cancelamento das restrições de entrada a todos os turistas vindos de Hong Kong e da RAEM.
“Macau é um sítio privilegiado”
Acaba de ser editado “Memórias, Viagens e Viajantes Franceses por Macau - 1609-1900”, quatro volumes que reúnem mais de 200 textos de homens que navegaram de França até ao Oriente e que colocaram Macau no mapa. O autor Ivo Carneiro de Sousa, historiador e académico da Universidade Politécnica de Macau, analisou textos históricos que traçam um retrato da sociedade local dos séculos XVIII e XIX
Como surge este projecto?
Comecei em 2011 quando acabei o livro “A Outra Metade do Sangue”, que é sobre orfandade e escravatura feminina em Macau. Nessa altura, documentei que as embarcações francesas que vinham de Cantão no século XVIII, sazonalmente, carregavam escravos em Macau e depois, a partir de 1721, começam a transportar cules para as ilhas Maurícias. A partir daí interessei-me pela presença francesa em Macau.
A primeira embarcação de cules que saiu de Macau foi, precisamente, comandada por franceses. Os franceses dominam 40 por cento do tráfico de cules até à sua extinção. Nessa altura [2011], escrevi um pequeno artigo sobre um escravo das Maurícias preso em França e que se apresenta como sendo de Macau. É enviado para a Bastilha, mas acaba por conseguir sair. Aí comecei a trabalhar as relações entre a França e Macau e a tentar recuperar todos os textos que descreviam Macau ou que tinham memórias sobre o território. Fiz o mesmo em relação aos viajantes espanhóis que passaram por Macau. Acabei esse trabalho, editando 78 textos de espanhóis.
Quando sai esse livro sobre as memórias de espanhóis?
Ainda este ano. Não publico a totalidade dos textos, apenas as memórias do primeiro feitor da Real Companhia
das Filipinas em Macau. Este deixou 20 volumes escritos e fez vários mapas. Em 2024 publicarei o conjunto das memórias dos viajantes norte-americanos. Preciso ainda de trabalhar alguns textos que estão nos EUA, muitos em diários.
Em relação aos franceses, o que representa este trabalho?
Elogio a obra da Cecília Jorge e Rogério Beltrão Coelho porque a sua “Viagem por Macau” é um trabalho inédito [sobre os 100 viajantes estrangeiros que passaram por Macau], mas não é propriamente um trabalho de historiador. Em Macau, os historiadores contam-se pelos dedos das mãos e aqueles que publicam investigação científica são muitos
poucos. O que encontramos é a repetição dos mesmos mitos, histórias e incidentes.
Também em língua chinesa?
Há dois problemas. Temos a herança da historiografia portuguesa, marcada por um nacionalismo analfabeto, muito ligada ao Salazarismo e à ideia do país que descobriu tudo. Essa ideologia selecciona e manipula a informação do passado, sendo geralmente muito ignorante em termos de capacidade de investigação documental. Depois temos a historiografia em língua chinesa que é muito factual e antiquada. O trabalho que fiz sobre os viajantes estrangeiros não é amador. Primeiro reconstruo, em termos de história global, as relações entre a França e Macau no domínio religioso, militar, económico e cultural. Só depois começo a recuperar obras, e temos algumas importantes para desconstruir mitos importantes de Macau.
Como por exemplo?
São os franceses que trabalham primeiro o mito da Gruta de Camões, muito antes de isso aparecer em 1824 nos textos de portugueses. Portanto, em tudo isto há um trabalho de historiador que foi feito com uma bolsa do Instituto Cultural (IC) de 200 mil patacas, mas que foi muito curta. Estou a promover ainda uma edição em francês destes quatro volumes. Estes quatro vo-
lumes permitem perceber, desde logo, que Macau só se pode investigar segundo uma perspectiva de história global. Macau era o verdadeiro “fim do mundo”, pois todas as rotas comerciais do século XVIII acabavam aqui. Muitos materiais e produtos eram aqui descarregados. Coisas raras, penas de aves, coisas vindas da Califórnia, do Canadá. Aqui, no século XVIII e XIX, havia um dos grandes comércios de animais raros. Temos a rota da prata da América do Sul que desaguava em Manila e entrava na economia chinesa através de Macau. No século XIX, por exemplo, bebia-se mais vinho de Bordéus do que qualquer vinho português. Daí eu dizer que é preciso ter esta perspectiva global e não chega trabalhar a documentação oficial portuguesa e a pouca documentação chinesa que existe. Era necessário ter programas mais sérios [de ensino e investigação em História], mas é difícil. Tenho procurado incentivar alunos a fazerem mais investigação histórica.
Reuniu mais de 200 memórias. Quem eram estes viajantes franceses? Missionários, escritores, comerciantes?
Os missionários escreviam pouco sobre Macau. Dos 90 a 140 missionários que passaram por Macau, alguns iam para a China e outros para o Vietname, apenas 27 escreveram sobre o territó-
rio. Eram muito hostis ao Episcopado de Macau, ao bispo, sacerdotes e missionários portugueses. Eram contra o Direito do padroado. Nos textos denota-se essa hostilidade. Procura-se
“Muitos missionários e comerciantes franceses chegam à China e são aceites na Corte porque são bons astrólogos, matemáticos, fazem cristais e telescópios, por exemplo.”
silenciar os problemas do clero e dos missionários portugueses. Temos muitos textos dos grandes navegadores que fazem no século XVIII concorrência aos britânicos pela exploração do Pacífico. Todos passaram por Macau e fazem textos extraordinários. Há muito pessoal da marinha, vários médicos navais que fazem descrições sobre o território. O livro explica que, entre 1857 e 1862, houve um hospital militar francês em Macau, parte do material desse hospital estará na origem da formação do São Januário [hoje Centro Hospitalar Conde de São Januário]. As relações entre Macau e França tornam-se muito importantes, oficiais e estratégicas a partir de 1844, quando se assina o primeiro
“A herança da historiografia portuguesa, marcada por um nacionalismo analfabeto, é muito ligada ao Salazarismo e à ideia do país que descobriu tudo. Essa ideologia selecciona e manipula a informação do passado.”
tratado de amizade e comércio entre a França e a China. Temos textos que chegam a transcrever conversas em patuá. Nessa altura, a França decide estrategicamente que os embaixadores plenipotenciários para a China ficam instalados em Macau ou em Hong Kong e isso dura até 1859 quando os franceses obtêm a concessão em Xangai. Quando discuti com o IC a publicação disse que este livro é muito importante, pelo facto de Macau ser, provavelmente, a única cidade europeia na China e, ao mesmo tempo, uma cidade chinesa muito antiga. É um sítio privilegiado do mundo e que se vende não apenas com casinos, mas também pelo seu património. Macau é a única cidade deste tipo que não tem um centro ou
instituto de estudos de literatura de viagens. Isso existe em todas as cidades.
Deveria ser o IC a criá-lo? Não, as universidades. Vamos a Bordéus e temos uma entidade desta natureza, em Paris temos três ou quatro. Em portos pequenos como o da Bretanha também temos, em Cádis, Valência. Isso tem muita importância mesmo para a atracção do “turista de património” que quer aprender mais sobre o local que visita, que paga mais caro por isso. Publicar estas memórias é, por isso, importante. Mas voltando ao livro, digo, no quarto volume, que estes textos franceses relocalizam Macau, transformando o território numa coisa que chamam o “lugar do Extremo Oriente”, como o
“No século XIX, por exemplo, bebia-se mais vinho de Bordéus do que qualquer vinho português. Daí eu dizer que é preciso ter esta perspectiva global e não chega trabalhar a documentação oficial portuguesa e a pouca documentação chinesa que existe.”
Mónaco do Extremo Oriente. Há textos divertidos, com descrições sobre as mulheres, as macaenses, textos satíricos sobre os macaístas. Alguns textos são capazes de fazer estatísticas da população e comerciais muito importantes. Descreve-se o peso do jogo, dos cules e do ópio na economia, sobretudo do século XIX. Alguns usam documentação que hoje não se conhece, como cópias dos censos militares à população que se perderam.
Pode avançar algumas conclusões relativamente ao seu trabalho com os textos dos navegadores espanhóis e norte-americanos?
São textos escritos em castelhano e não são todos escritos por espanhóis, porque existem alguns autores que
já são hispano-americanos, nascidos no Perú ou México, por exemplo. Fazem comércio com Macau e deixam os seus textos impressos ou manuscritos, as suas impressões sobre a cidade e a sociedade. No caso dos textos de norte-americanos, entre 1756 e 1810, alguns são de pessoas oriundas de Irlanda, Escócia e Inglaterra para os EUA, e que estão ainda a transformar-se em cidadãos norte-americanos. Digo isto porque as nossas concepções de identidade e de nacionalidade não são as mesmas que eram nessa altura. No século XVIII chegam missionários do que é hoje a Bélgica com passaporte francês, e são tratados como franceses. Mas há também memórias dos que queriam visitar Macau e não conse-
guiram porque o barco naufragou em Hong Kong. [Mas sobre estes quatro volumes das memórias francesas, concluímos que] Macau era um lugar muito importante para a França e um espaço cultural fundamental para aceder ao conhecimento da China. Houve bibliotecas que se formaram no século XIX a partir de Macau. Macau tinha ainda o papel de informar a Corte imperial chinesa da revolução científica europeia, e muitos missionários e comerciantes franceses chegam à China e são aceites na Corte porque são bons astrólogos, matemáticos, fazem cristais e telescópios, por exemplo. Macau tinha também o reverso, que era informar a cultura europeia sobre a China. Andreia Sofia Silva
JUSTIÇA VONG HIN FAI PROMETE AUMENTAR “ÉTICA” DOS ADVOGADOS
Manual de boa conduta
em Setembro do ano passado, contra o advogado Pedro Leal, no caso Suncity.
Além da formação dos advogados, a nova direcção da AAM comprometeu-se a apoiar os advogados locais a concretizarem a “integração na Grande Baía, na Zona Aprofundada”, assim como na prestação de serviços legais no âmbito das iniciativas “Uma Faixa, Uma Rota” e na cooperação com os países lusófonos.
De acordo com a comunicação do Governo, além de Vong Hin Fai, outros elementos da direcção terão apresentado “opiniões e sugestões sobre o serviço legal, comunicação com os órgãos judiciais, bem como manifestaram-se atentos ao desenvolvimento dos jovens”.
Elogios de ocasião
Por sua vez, Ho Iat Seng elogiou “a mudança bem-sucedida dos novos corpos directivos” e destacou que os advogados “assumem a missão de garantir a aplicação correcta da lei na defesa dos direitos e interesses dos outorgantes”.
CONSULADO RITA SANTOS EM REUNIÃO COM ALEXANDRE LEITÃO
APresidente do Conselho Regional da Ásia e da Oceânia das Comunidades Portuguesas, Rita Santos, encontrou-se com o novo cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Alexandre Leitão, na passada sexta-feira. De acordo com um comunicado divulgado ontem por Rita Santos, além da apresentação geral da situação da comunidade portuguesa em Macau, foram elencadas as dificuldades sentidas durante a pandemia.Aconselheira mencionou também os obstáculos que os portugueses residentes em Hong Kong têm atravessado para renovar documentos de identificação e passaportes.
Rita Santos agradeceu “o apoio do Consulado Geral na efectivação das provas de vida dos aposentados e pensionistas que estão a receber as pensões na Caixa Geral de Aposentações de Portugal” e informou o diplomata sobre os trabalhos agendados pelo Conselheiros das Comunidades Portuguesas para o futuro próximo. Segundo o mesmo comunicado, “Alexandre Leitão manifestou o interesse em manter a boa relação de trabalho e de amizade com os conselheiros das comunidades de Macau para prestar o melhor serviço aos cidadãos portugueses, dando também a importância ao aprofundamento das relações económicas, comerciais e culturais entre Portugal e Macau.” J.L.
Opresidente da Associação dos Advogados de Macau (AAM), Vong Hin Fai, prometeu ao Chefe do Executivo trabalhar para aumentar “a ética e conduta” dos causídicos. As declarações foram feitas na segunda-feira, durante um encontro entre a nova direcção da AAM e Ho Iat Seng.
Segundo um comunicado emitido pelo Gabinete de Comunicação Social (GCS), Vong Hin Fai afirmou “que a nova
direcção irá lançar trabalhos em várias vertentes, incluindo: empenho no reforço da formação dos advogados, aumentando a ética e conduta dos mesmos”. No comunicado do GCS, a formação de advogados surge como o primeiro na lista dos trabalhos para os próximos dois anos. A declaração foi feita poucos dias depois de a juíza Lou Ieng Ha ter voltado a ameaçar um advogado com a proibição de falar até ao final de um julgamento.
O visado foi João Miguel Barros e esta é a segunda ameaça de Lou Ieng Ha em dois julgamentos mediáticos. O primeiro caso conhecido tinha decorrido
Vong Hin Fai frisou o “empenho no reforço da formação dos advogados, aumentando a ética e conduta”
O Chefe do Executivo lembrou ainda “o empenho da associação no reforço da formação dos advogados e estagiários em termos do conhecimento profissional, ética e conduta, contribuindo para o impulso do desenvolvimento sustentável do serviço legal local”.
Ho Iat Seng afirmou também que o Governo vai empenhar-se “em impulsionar a integração do sector jurídico local na conjuntura de desenvolvimento do país, esperando que o mesmo fortaleça o seu nível profissional”. João Santos Filipe
Trânsito Ma Io Fong pede alívio de congestionamentos
O deputado Ma Io Fong apelou ontem ao Governo para tomar medidas temporárias que permitam resolver os congestionamentos verificados nos últimos dias na ponte que faz a ligação à Zona A dos Novos Aterros. Num artigo publicado no jornal Cheng Pou, o legislador ligado à Associação das Mulheres indicou que com o fim do isolamento da RAEM, as fronteiras começaram a ser mais utilizadas. O trânsito relacionado com turismo para a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau tem assim contribuído para que naquela zona da cidade haja cada vez mais congestionamentos. Assim sendo, Ma Io Fong apelou ao Governo para que tome medidas que resolvam a situação.
ÁGUA DEPUTADO LEI CHAN U QUER MELHORES CANALIZAÇÕES PARA COMBATER O DESPERDÍCIO
AS fugas de água em canalizações precisam de ser controladas para evitar desperdício. A posição foi tomada por Lei Chan U, deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), numa interpelação divulgada ontem.
Lei Chan U mostra-se preocupado com a escassez de água e recorda que o território é totalmente dependente dos recursos do Interior.
O deputado cita o Programa de Poupança de Água, elaborado em 2010, onde o Governo se comprometeu a
reduzir e limitar as fugas de água dos canos para o nível de 8,5 por cento, em 2025. O legislador vem agora perguntar se o objectivo vai ser alcançado até 2025 e como está a ser implementado o programa.
“Passaram quase 13 anos. Qual é o nível da implementação do programa? Os
objectivos planeados vão ser alcançados dentro dos prazos previstos”, questionou.
O deputado defende também a necessidade de actualizar o regulamento de Águas e de Drenagem de Águas Residuais de Macau, que entrou em vigor em 1996. “Considera-se para
efeitos de dimensionamento um valor mínimo para fugas de 12 por cento do volume de água no sistema”, indica Lei, “Mas passaram mais de 26 anos desde que este regulamento foi publicado. Os padrões actualizados a nível das fugas de água estão desactualizados, em
relação ao desenvolvimento económico e social, pelo que é necessário rever”, atira. “O Governo tem planos para fazer uma revisão dos padrões sobre fugas de águas nos casos do território e construir uma cidade focada na poupança de água?”, questiona. J.S.F.
Ho Iat Seng recebeu o presidente da Associação dos Advogados de Macau (AAM) na segunda-feira, que lhe prometeu apostar na formação de jovens e melhorar a ética e conduta dos advogados
Turismo Ângela Leong pede maior aposta internacionalização
A deputada apelou ao Governo para intensificar os esforços de promoção do mercado internacional. A opinião de Ângela Leong foi partilhada através de um artigo publicado pelo jornal Cheng Pou. Segundo Leong, o turismo de Macau está a apresentar uma rápida recuperação que deve ser encarada como uma “vitória”, apesar de o número de visitantes ainda ser limitado. No entanto, para a legisladora, agora é necessário apostar no turismo internacional, porque esse mercado continua a ser pouco explorado. Só desta forma Macau se pode transformar verdadeiramente num “Centro Mundial de Turismo e Lazer” e alcançar o objectivo de vários anos, diz Ângela Leong. Esta estratégia, defende a também empresária, deve ser vista como prioritária, principalmente porque nos últimos três anos o mercado regrediu, face ao encerramento das fronteiras.
Takeaway Apenas três estabelecimentos multados desde 2021
Lo Chi Kin, presidente substituto do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), garantiu que desde a entrada em vigor do regime do registo de estabelecimentos de actividades de takeaway, a 15 de Novembro de 2021, apenas três foram multados por estarem a operar sem registo. Em resposta a uma interpelação escrita do deputado Ma Io Fong, o IAM confirma ainda que existem em Macau um total de 3334 cafés e restaurantes de takeaway com registo e em operação. Desde a entrada em vigor da nova lei, e até Novembro do ano passado, o IAM realizou mais de sete mil inspecções a este tipo de estabelecimentos. Quanto ao número de empregados neste sector, os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que no segundo trimestre de 2022 existiam no mercado 1300 estafetas, enquanto no segundo trimestre do mesmo ano
COOPERAÇÃO JOHN LEE VISITA MACAU EM PÉRIPLO PELA GRANDE BAÍA
Viagens na nossa terra
O Chefe do Executivo de Hong Kong irá em breve visitar Macau, e as cidades da
Grande Baía, numa ronda que tem como objectivo promover a cooperação dentro do território do projecto de integração e estabelecer elos com empresas estrangeiras. O anúncio foi feito um dia depois da visita do líder do Governo Municipal de Guangzhou a Hong Kong
Aprimeira visita oficial de John Lee a Macau desde que foi eleito Chefe do Executivo de Hong Kong acontecerá em breve. Apesar de não ter adiantado uma data certa, o líder do Governo da região vizinha deu conta dos seus planos de viagem antes de entrar para uma reunião com membros do seu Executivo.
“Vou visitar em breve Macau e as cidades do Interior do projecto da Grande Baía, e reunir com os seus respectivos líderes políticos para promover a cooperação aprofundada”, anunciou John Lee, citado por órgãos de comunicação de Hong Kong. “Nesta altura, precisamos focar todos os nossos esforços na recuperação económica. A Região Administrativa Especial de Hong Kong vai fazer tudo ao seu alcance para aproveitar bem as oportunidades suscitadas pela normalização da passagem fronteiriça, reforçando a ligação com as autoridades do Interior”, acrescentou o governante.
Adeputada da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), Ella Lei, defende que o Governo deve aproveitar a rápida recuperação da economia para combater a situação de desemprego dos residentes.
A legisladora está preocupada com os residentes, que nos últimos anos experimentaram longos períodos de desemprego ou subdesemprego, e que agora podem ser “ultrapassados” pela emissão de mais quotas para trabalhadores não-residentes.
Na segunda-feira, John Lee recebeu o líder do Governo Municipal de Guangzhou, Guo Yonghang, num encontro que serviu para aprofundar a cooperação entre as duas cidades.
Unir laços
Será a primeira vez que John Lee visita Macau na qualidade de Chefe de Executivo, depois de ter sido eleito em Maio do ano passado. Já durante a semana passada, aquando de um périplo pelo Médio Oriente, o líder do Governo de Hong Kong havia deixado em aberto uma digressão pela Grande Baía.
Na semana passada, John Lee terminou uma visita oficial à Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. De acordo com o China Daily, o líder do Executivo de Hong Kong terá recebido sinais positivos de empresas da região do golfo pérsico em relação à abertura de sucursais em Hong Kong, de forma a beneficiarem da posição estratégica para penetrarem no mercado da Grande Baía Guangdong–Hong Kong–Macau. Uma das
empresas que poderá estabelecer representação na região é a gigante petrolífera Saudi Aramco.
“Várias empresas e fundos de investimento do Médio Oriente estão interessados em Hong Kong e nas cidades da Grande Baía. É por
Dar prioridade aos locais
Ella Lei quer garantir acesso de residentes aos melhores trabalhos
“Os indicadores do mercado mostram que actualmente os recursos humanos são insuficientes.
Será que as autoridades vão tomar a iniciativa de se inteirarem em que tipos de trabalho, indústrias e empresas existem residentes desempregados ou em lay off?”, pergunta Ella Lei.
Segundo os dados oficiais, citados pela deputada, no final do ano passado havia cerca de 13.200
locais desempregados e outros 13.900 em situações de subemprego, ou seja, trabalhava um número inferior de horas ao desejado.
Para Ella Lei, este é o resultado de três anos muito difíceis para os residentes, devido à crise económica.
Por isso, exige respostas: “Com a recuperação da economia, que planos específicos e medidas práticas vão ser aplicados pelas autoridades para promover uma me-
isso que o Chefe do Executivo [John Lee] irá visitar as cidades da Grande Baía para ligar as duas partes”, indicou ao South China Morning Port uma fonte próxima do Executivo de Hong Kong durante a visita ao golfo pérsico. João Luz com Nunu Wu
lhoria do emprego local?”, questiona. “E como vai ser garantida a prioridade dos locais aos empregos criados no âmbito da diversificação da economia?”, acrescentou.
Maior exigência
Outro dos aspectos a merecer atenção, segundo para Ella Lei, diz respeito às sessões de ofertas de emprego promovidas pelas autoridades, principalmente no capítulo das condições oferecidas
pelas empresas. “Quando promovem a oferta de empregos das empresas para os residentes, as autoridades supervisionam se os salários oferecidos e os requisitos exigidos se adequam à realidade do mercado?”, questiona.
A pergunta reflecte a preocupação de que haja empregadores a oferecerem ordenados demasiado baixos face às qualificações exigidas. O objectivo destas empresas é garantir que não há candidaturas para os lugares, para poderem pedir quotas para trabalhadores não-residentes, com salários mais baixos. J.S.F.
As
empresas estatais Shanghai
Jinmao Investment Management Group e a Yuexiu Group, emitiram, cada uma, cerca de dois mil milhões de yuan no mercado através de Macau
AS construtoras chinesas voltaram, em Janeiro, a emitir títulos de dívida no exterior, através do mercado de obrigações de Macau, após cinco meses de interrupção suscitados pela entrada em incumprimento de várias gigantes do sector.
A Shanghai Jinmao Investment Management Group e a Yuexiu Group, ambas estatais, emitiram, cada uma, cerca de dois mil milhões de yuan no mercado ‘offshore’, através de Macau, de acordo com
A dívida no mercado externo denominada na moeda chinesa é sobretudo negociada entre investidores chineses
um relatório publicado ontem pela China Index Academy Ltd., uma consultora do ramo imobiliário. Os títulos têm um cupão de 4 por cento. A dívida no mercado externo denominada na moeda chinesa
Opresidente da Associação dos Hoteleiros de Macau, Lou Chi Leong, avisou que o sector enfrenta uma carência grande de mão-de-obra, principalmente ao nível de empregadas de limpeza para os quartos e na restauração.
Segundo o cenário traçado por Lou Chi Leong, em declarações ao jornal Ou Mun, há hotéis que só conseguem oferecer um número limitado de quartos, porque não têm pessoal para tratar de todas as instalações. Ao mesmo tempo, para garantir o funcionamento dos espaços, precisam de pedir aos trabalhadores que façam constantemente horas extra.
Neste sentido, Lou Chi Leong apelou ao Governo para acelerar os procedimentos de devolução das quotas com vista à contratação de trabalhadores não residentes (TNR).
Segundo o dirigente, a grave crise gerada pelas políticas de controlo da pandemia levou a que
CONSTRUTORAS REGRESSO AO ‘OFFSHORE’ ATRAVÉS DE MACAU
Quem dá mais?
alavancagem, resultando numa crise de liquidez, e pela política de ‘zero casos’ de covid-19, que pesou sobre a actividade económica do país. As medidas de Pequim incluem o levantamento de uma proibição de longa data na negociação de acções e ordens aos bancos para aumentar os empréstimos ao sector.
Pagamentos falhados
Em 2022, as construtoras chinesas falharam o pagamento de um total de 149,6 mil milhões de yuan, em títulos emitidos ‘onshore’, e de 30 mil milhões de dólares, em obrigações emitidas ‘offshore’, segundo um relatório da corretora chinesa GF Securities. Um total de 26 construtoras chinesas entraram em incumprimento no mercado de dívida chinês.
Com um passivo superior a 300 mil milhões de dólares, o grupo Evergrand tornou-se emblemático da crise de liquidez que afecta o sector imobiliário da China.
A China Index Academy considerou “improvável” que o apetite entre os investidores por títulos emitidos por construtoras chinesas “seja restaurado no curto prazo”.
“A emissão de títulos no exterior está finalmente a ver um novo amanhecer, após cinco meses de suspensão”, apontou o relatório. As principais construtoras estatais estão a “abrir caminho” para uma recuperação na emissão de dívida no exterior, acrescentou.
é sobretudo negociada entre investidores chineses e tem menor liquidez do que a dívida emitida em dólares norte-americanos, de acordo com a consultora.
A emissão destes títulos surge após Pequim avançar com várias medidas para melhorar as condições de financiamento das construtoras, visando estimular um
Quem espera, desespera
Hoteleiros apontam falta de recursos humanos na restauração vários destes trabalhadores fossem despedidos, mas, com o regresso do turismo, voltam a ser essenciais para assegurar o funcionamento da indústria.
O presidente da Associação dos Hoteleiros de Macau alertou ainda
para que a previsível subida do número de excursões para o território, com a abertura do Interior, pode criar uma situação caótica, com um impacto directo na imagem do turismo local.
Espera interminável
Na entrevista ao jornal, Lou Chi Leong revelou que as preocupações da falta mão-de-obra foram comunicadas à Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), que foi alertada para a severidade da situação.
Após esta comunicação, existe agora a expectativa de que a DSAL relaxe a emissão de autorizações para a contratação de trabalhadores não-residentes e acelere os procedimentos de recrutamento de pessoal.
sector chave para a recuperação da economia chinesa, e que foi fortemente atingido, nos últimos dois anos, por uma campanha que visou reduzir os níveis de
No total, 958 mil milhões de yuan em títulos emitidos por construtoras chinesas vão expirar até ao final deste ano, dos quais mais de um terço foram emitidos no mercado ‘offshore’, segundo dados da China Index Academy.
Lou explicou também que as autorizações são urgentes, porque depois das empresas receberem as quotas têm ainda de tratar do processo de contratação, que pode demorar entre um e dois meses.
Em relação à taxa de ocupação hoteleira, Lou apontou que depois do Ano Novo Lunar, o sector do turismo entrou na época mais baixa. Contudo, como o território esteve encerrado aos visitantes de Hong Kong durante três anos, os turistas da região vizinha estão a vir mais do que o normal, o que tem permitido manter uma taxa de ocupação entre os 70 e 80 por cento.
Para estes números, justificou Lou Chi Leong, contribuíram também as promoções dos Governo de oferta de quartos e de pagamento de bilhetes de ferries.
Sobre os preços de quartos, Lou Chi Leong revelou que estão a 60 por cento do valor pré-pandemia, o que considerou ser razoável. Nunu Wu com João Santos Filipe
Extorsão Homem reincide no crime
Um homem a cumprir uma pena de prisão suspensa pelo crime de extorsão reincidiu e voltou a ser detido pela Polícia Judiciária (PJ). O caso foi revelado ontem, segundo o jornal Ou Mun, quando o indivíduo tentou extorquir o vizinho. O crime mais recente remonta a Novembro, quando o criminoso abordou a vítima e começou a exigir-lhe pagamentos frequentes para não o prejudicar à sua família. Com receio das consequências, a vítima aceitou fazer pagamentos até atingir a quantia de 100 mil patacas. Nessa altura, a família apercebeu-se da situação e denunciou a extorsão às autoridades que avançaram para a detenção. Depois de analisar o caso, as autoridades aperceberam-se de que o criminoso já se encontrava a cumprir uma pena, na forma suspensa, devido ao mesmo tipo de crime.
TAIWAN REABERTURA A TURISTAS DE MACAU A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA
Regresso à Formosa
O Ministério dos Assuntos Continentais de Taiwan anunciou ontem o levantamento de todas as restrições de viagem para turistas vindos de Macau e Hong Kong a partir de segunda-feira. Voltam a estar disponíveis, como antes da pandemia, os canais online para requerer autorização de entrada Terminam assim as restrições impostas às regiões administrativas especiais desde 6 de Fevereiro de 2020. Até agora, apenas eram permitidas entradas por motivos familiares, questões humanitárias e relacionadas com trabalho ou estudo
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DEPOIS de três anos de restrições fronteiriças impostas pelo combate à pandemia, Taiwan volta a receber turistas vindos de Macau e Hong Kong a partir da próxima segunda-feira, 20 de Fevereiro.
A notícia do levantamento das restrições para
pessoas vindas das regiões administrativas especiais foi anunciada ontem, em conferência de imprensa, pelo vice-ministro dos Assuntos Continentais de Taiwan, Liang Wen-chieh. “Esta última decisão foi tomada tendo em consideração o levantamento de restrições em Taiwan.
Crime Agredida na véspera do Dia dos Namorados
Um homem de 31 anos foi detido por agredir a namorada, com quem vivia na véspera do Dia dos Namorados. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a queixa partiu da empregada doméstica do casal, e as agressões prolongavam-se há cerca de um ano. Após um dos ataques, a mulher, que tem dois filhos com o agressor, chegou mesmo a chamar a polícia e a contactar o Instituto de Acção Social, mas como desistiu da queixa as autoridades não fizeram mais nada. Finalmente, na madrugada de segunda-feira, depois de aceder ao telemóvel da mulher, o agressor ficou a saber que esta teria saído com amigos. Nessa altura, o suspeito não fez nada. Porém, quando a alegada vítima tentou sair de casa às 07h voltou a ser atacada, com o namorado a arrastá-la pelos cabelos até à sala, e a bater-lhe com a cabeça numa porta de ferro. Após as agressões, apesar de a mulher estar apenas de roupa interior, foi trancada fora de casa.
Como tal, todas as restrições impostas aos residentes de Hong Kong e Macau durante a pandemia também serão removidas”, anunciou Liang Wen-chieh, citado por órgãos de comunicação da Formosa.
A partir das 09h da próxima segunda-feira, os residentes de Macau e
Turismo Primeiro voo da AirAsia recebido por governantes
Uma comitiva de responsáveis da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) recebeu ontem à noite os passageiros do primeiro voo da companhia low-cost AirAsia que aterrou no Aeroporto Internacional de Macau vindo do estrangeiro nos últimos três anos. O voo em questão é proveniente de Kuala Lumpur, na Malásia, de onde partiu às 16h35 e com chegada a Macau às 20h25. A transportadora aérea irá começar uma ligação entre Macau e Banguecoque a partir do próximo sábado e uma ligação a Manila a partir de 2 de Março, segundo o Facebook da AirAsia. O retorno dos voos internacionais da low-cost marcam a reabertura de rotas aéreas, reconectando Macau às regiões vizinhas. A Air Macau anunciou brevemente a retoma progressiva de ligações a Tóquio, Hanói, Seul, Banguecoque, Taipé, Osaka, Kaohsiung (Taiwan) e Da Nang (Vietname).
Hong Kong podem requerer online vistos turísticos, nos mesmos moldes de antes da pandemia.
“Pedimos desculpas aos nossos amigos de Hong Kong por não poderem celebrar o Dia dos Namorados em Taiwan. Há muito tempo que estamos a trabalhar para aliviar as
Habitação Andar modelo para idosos com 13.500 visitas
O andar modelo das futuras residências para idosos recebeu cerca de 13.500 visitas ao longo de quase dois anos. Os dados foram revelados ontem pelo Instituto de Acção Social (IAS), através de um comunicado. Segundo a informação oficial, o governo instalou o andar modelo em meados de 2021, e entre Julho desse ano e o último dia de 13 de Fevereiro foram recebidas 13.565 visitas. A iniciativa serviu também para recolher as opiniões dos visitantes, sobre esta opção política criada pelo Governo de Ho Iat Seng. A residência para idosos destina-se aos residentes permanentes independentes com mais de 65 anos. No entanto, os critérios para a atribuição das fracções ainda não são conhecidos. Está previsto que até ao final do ano seja publicado um regulamento administrativo com essa informação.
entradas, mas tivemos de adiar a decisão devido à crescente incerteza resultante da abertura repentina da China”, afirmou o responsável, citado pela agência Bloomberg.
Recuperar turistas
O anúncio de ontem coloca um ponto final nas restrições impostas às regiões administrativas especiais desde 6 de Fevereiro de 2020. Até agora, e antes de as restrições serem oficialmente levantas, apenas era permitida a entrada a pessoas por motivos familiares, questões humanitárias e relacionadas com trabalho.
Antes da pandemia colocar globalmente a indústria do turismo em modo de pausa, Hong Kong e Macau destacavam-se entre as mais significativas fontes de visitantes de Taiwan. Com o levantamento das restrições de entrada, a ilha procura atrair seis milhões de turistas este ano, incluindo um milhão de turistas chineses, de acordo informações veiculadas pelo Ministério dos Transportes de Taiwan. João Luz
ANÚNCIO
Execução Ordinária n.º CV2-22-0015-CEO
2º Juízo Cível
Exequente: BANCO INDUSTRIAL E COMERCIAL DA CHINA (MACAU) S.A. (中國工商銀行(澳門)股份有限公司), com sede em Macau, na Avenida da Amizade, n.º 555 – Macau Landmark, Torre ICBC, 18.º andar.
Executados:
1. FARMÁCIA LOK WA LIMITADA (祿華藥房有限公司), com sede em Macau, na Rua de D. Belchior Carneiro, no. 31-31A, Edifício “Kan Seng”, R/C-A, Macau, registada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis sob o n.º 61647, ora ausente em parte incerta;
2. CHONG MAN CHI (鐘敏芝), de nacionalidade chinesa, com última residência conhecida em Macau, na Estrada Governador Nobre de Carvalho, no.762-A, Edifício The Greenville, Bloco 1, 9º andar B, Taipa, Macau, ora ausente em parte incerta;
3. CHOI IENG KIN (蔡英建), de sexo masculino, de nacionalidade chinesa; residência em Macau, na Calçada de Santo Agostinho Edf. Hou Van, no.24 R/C-C. ***
Correm éditos de trinta (30) dias, a contar da segunda e última publicação do anúncio, citandos à FARMÁCIA LOK WA, LIMITADA e CHONG MAN CHI, para no prazo de vinte (20) dias, decorrido que seja o dos éditos, pagar ao exequente a quantia de MOP$28,411,994.78 (Vinte e Oito Milhões, Quatrocentas e Onze Mil, Novecentas e Noventa e Quatro Patacas e Setenta e Oito Avos) e legais acréscimos, ou no mesmo prazo, deduzir oposição por embargos ou nomear bens à penhora, sob pena de, não o fazendo, ser ordenada a penhora dos bens hipotecados, seguindo o processo os ulteriores termos até final à sua revelia.
Tudo conforme melhor consta do duplicado do requerimento inicial que neste 2.º
Juízo Cível se encontra à sua disposição e que poderá ser levantado nesta Secretaria Judicial nas horas normais de expediente; e, ainda, que é obrigatória a constituição de advogado (nos termos do artº 74º do C.P.C.M.).
Macau, em 12 de Janeiro de 2023. ***
PROVAVELMENTE a pergunta terá sido feita com raiva — quantos nos pudestes devolver com vida? A dinastia Tang havia consolidado o poder e tornara-se militarmente forte, mas as batalhas nas fronteiras não davam sinais de terminar. Na mente de Li Bai perpassam memórias da série de conflitos armados que desgastaram o Estado e sacrificaram o povo. Eram as lutas fratricidas, as revoltas populares, guerras entre reinos e os bárbaros do Norte que cobiçavam terras mais produtivas.
O posto de vigia, as montanhas e a Lua, a simbiose que o poeta escolheu para descrever os campos de batalha do Monte Branco e do Lago das Águas Límpidas, palco onde durante largos anos muito sangue correu de pobres soldados que eram obrigados a alistarem-se nas fileiras do exército. Uma sentinela que guarda o posto de vigia, o sentimento de saudade, a família que anseia pelo seu regresso, descritos em versos.
A sentinela sob a Lua
A Lua brilha sobre a celeste cordilheira,1 num infindo mar de esparsas nuvens, dez mil lis viajaram estes ventos, pela Porta de Jade trespassam a fronteira.2
Marcham os Han pela estrada de Baiteng,3 bárbaros espreitam das margens azuis da baía. De tanta batalha neste palco cumprida, quantos nos pudeste devolver com vida?
A sentinela vagamente olha além-fronteira,4 a face crispada de dor, o pensamento no lar e nos que à noite, na solidão das casas, entre suspiros, também não podem descansar.
1. Celeste cordilheira Cordilheira dos Qilian, situada no nordeste da China, junto à Mongólia, cobrindo uma extensão de cerca 800 Km.
2. Porta-de-Jade Posto de vigia construído na dinastia Han, junto à fronteira Norte com a Mongólia. As ruínas desta construção podem ser visitadas na Província de Gansu.
3. Han Nome que geralmente designa a principal etnia chinesa e que deriva da dinastia Han, período durante o qual se travaram inúmeras batalhas com as tribos nómadas mongóis, os Xiongnu, que se aliaram aos Tubós Tibetanos em Baiteng (Monte Branco, na região de Shanxi ) e no Lago das Águas Límpidas (Baía), na província de Qinghai.
4. Fronteira Trata-se do Posto de Fronteira de Tiemenguan, situado no actual Xinjiang.
A missão era fazer recuar o inimigo aos Montes Altaicas, na Mongólia, de onde a invasão havia começado. Na Porta-de-Jade trava-se a grande batalha com sérias baixas para o exército real que se viu obrigado a retirar e voltar ao acampamento pelo caminho do Sul. Antecipando-se, os invasores impuseram um apertado cerco. Para poder conduzir as tropas de novo ao acampamento, o comandante apenas tinha uma solução: a cabeça do chefe dos invasores.
Ode à Campanha Militar
Pela Porta de Jade irrompe o exército, acossando o inimigo na montanha Jinwei,1 a canção das ameixas nas flautas a soar,2 a lua das espadas não cessa de brilhar.3
Rufos de tambores revolvem o Mar,4 bravos soldados as nuvens dominam. Quando a Danyou a cabeça cortar,5 à nossa fronteira iremos voltar.
Cem batalhas no deserto, armaduras quebradas, do lado sul, a nossa cidade de hunos cercada. Mas logrando, num só golpe, Huyan eliminar,6 soldados feridos e mil cavalos podem regressar.
1. Montanha Jinwei Hoje chamada montanha Altai, situada nas fronteiras da China, Rússia, Mongólia e Cazaquistão.
2. Canção das Ameixas Canção antiga intitulada “Quando caem as flores da ameixeira”.
3. Lua das espadas O pomo das antigas espadas era redondo, fazendo lembrar a lua-cheia.
4. Mar “Vasto mar deserto”, como era antigamente designado o deserto de Gobi.
5. Danyou Rei dos Xiongnu, um povo huno.
6. Huyan Um dos quatro principais generais dos Xiongnu. Da Ásia Central, Mongólia e do Deserto de Gobi, Tártaros, Uigures e povos turcomanos das línguas altaicas ameaçavam seriamente o império da grande dinastia Han, acabando, gradualmente, por se fixarem nas regiões Norte e Noroeste da China sem grande resistência por parte do exército. Ao cabo de intensas lutas percebeu-se que a estratégia residia na conquista do Monte Yanzhi e obrigar ao recuo dos invasores.
No seu poema, composto na corte, o poeta aponta as falhas da estratégia do rei Han, o que pode ser visto como uma advertência ao imperador Tang, quanto à necessidade de reforçar uma zona do Norte que se revelava mais vulnerável aos ataques dos temíveis Xiongnu.
Curiosamente, as campanhas militares lançadas por volta do ano 745 culminaram na derrota dos invasores que acabaram por aceitar o estatuto de protectorado da corte, juntando-se ainda ao exército real para fazer frente a outras ameaças.
Cântico à fronteira
O grande rei Han estratégia não tivera, os hunos da ponte de Wei se apoderaram;1 no condado, tropa e rija cavalaria assentaram, quando sobre Wuyan pairava a Primavera.2
Às fragas d’ Oeste ide como ordenado, marcharam guerreiros para Yishan,3 e quando o monte Yanzhi tomaram,4 as faces das damas alvas se quedaram.
Pelo Rio Amarelo muito pelejaram só vitoriosas as armas acalmaram,
por mais de mil lis a paz espalharam, as ondas do Mar enfim amainaram.5
1. Rio Wei O maior afluente do Rio Amarelo, com cerca 800 km, banhando diversas províncias como Gansu e Xanshi.
2. Wuyuan O condado foi estabelecido durante o reinado de Hanwudi, depois de uma vitória sobre os bárbaros invasores no ano 129 a.C.
3. Yinshan Trata-se da Cordilheira dos Yinshan, situada na Mongólia Interior.
4. Monte Yanzhi Actualmente é mais conhecido pelo nome “Grande Monte Amarelo”. Famoso pelo seu parque florestal e topografia acidentada, o que tornou num ponto estratégico no período das guerras contra as incursões das Tribos do Norte. O nome Yanzhi tem origem na planta que cresce abundantemente nesse monte e donde se extrai o corante que as mulheres usam para ruborizar as faces; a conquista do monte pelo exército real ditou a retirada dos Xiongnus, cujas damas não mais puderam enfeitar-se com aquela substância.
5. Mar Han Hanhai não é um mar, mas a antiga forma como era designado o Deserto de Gobi, situado na região Sul da Mongólia.
Li Bai assiste o embarque de tropas para uma campanha e a voz sai embargada do seu pincel, para contar a tragédia da guerra e o cataclismo que ameaçava o reinado do imperador Tang Xianzong. Expedições, campanhas, incursões, cenários sangrentos de uma luta interminável contra as invasões dos bárbaros do Norte.
As Guerras a Sul da Cidade Ontem batiam-se no rio Sang,1 hoje guerreiam nas margens do Hedao.2 Limparam-se armas nas águas do Eufrates3 e as montadas pastaram no Monte Celeste.4 Guerras esforçadas, longínquas incursões a quanto obrigas, exércitos consumidos por anos de arenas, de matanças fazem os bárbaros sustento, ontem como hoje, os seus ossos jazem em areia seca. Dos Tártaros o rei Qin defendeu-se com muralhas, o tempo jamais apagará as chamas do fogo que os arqueiros de Han lançaram.
Cruezas mortais, combates sem fim, corpos tombando em pelejas no campo agreste; cavalos choram fitando o céu, corvos famintos arrancam-lhes as entranhas, devoram-nas em ramos de árvores secas. O sangue dos soldados ensopa as ervas silvestres enquanto generais regressam de mãos vazias. Sabeis que o soldado é sempre uma arma? Os virtuosos usam-na só quando dela precisam.
1. Rio Sang Rio Sâng Gányuan, percorre a província de Hebei, palco de inúmeras lutas durante a dinastia Tang, contra as tribos Jidán.
2. Hedao Também chamado rio Công Ling, atravessa regiões de Xinjiang.
3. Eufrates O verso não usa este nome, refere-se a tiaozhi como era designado um país pérsico no período dos Três Reinos, hoje a região onde fica o Iraque. Limpar armas, pastorear montadas, duas narrações dando conta como
seria o fim da guerra.
4. Monte Celeste Situado em Xinjiang, os Tártaros deramlhe este nome pela boa madeira e metais ali existentes. (...)
Reino de Shu - Os desafios de uma senda
No período em que a Europa vivia sob o domínio autocrático do Império Romano, desde Heliogábalo a Floriano (218276), a China encontrava-se dividida em três reinos. Estandartes com as insígnias Wei, Shi e Wu, desfraldados em campos de batalha, sangue e corpos espalhados em terrenos áridos, peripécias e planos de conspiração nos bastidores das cortes, eram o quadro que perpassava na memória de Li Bai enquanto viajava as terras do antigo reino de Shu, hoje província de Sichuan, cujo terreno acidentado constituía um enorme desafio para as tropas invasoras. Com as batalhas a não poderem ser resolvidas de forma rápida, a guerra arrastava-se por entre incursões intermináveis, empobrecendo cada vez mais os recursos e aumentando o sofrimento do povo.
Em “Os árduos caminhos do reino de Shu”, Li Bai imagina os obstáculos que os invasores teriam encontrado devido às características topográficas da região, para descrever como teriam decorrido os acontecimentos e dar um alerta, tardio, ao inimigo.
Os árduos caminhos do Reino de Shu1
Eia! Ai! Ei!2
Vede estes caminhos de Shu! Que perigo! Que alturas! Mais árduos que escalar ao céu azul. Can e Yu vagamente são lembrados3 e, desde que este antigo reino fundaram, quarenta e oito mil anos passaram, sem que alguém tenha cruzado a fronteira com Qin. Só um caminho de aves une as duas montanhas,4 de Taibai a oeste até ao cume de Emei. Mas o chão e a montanha tremeram, esmagando os heróis, e só esta estrada celeste une os países separados.5
Lá em cima, o grande marco onde os Seis Dragões dão meia-volta!6
Lá em baixo, um rio agitado de vagas e turbilhões! Por mais alto que voem, os grous não conseguem atravessar, mesmo os macacos desistem da escalada amedrontados. Como dá voltas e mais voltas a vereda!
A cada cem passos nove curvas, até aos picos acerados. Ali podes olhar o céu e afagar as Três Estrelas, a respiração ofegante, mão no peito procurando fôlego. Quando voltarás desta viagem ao Oeste, deste terror de penhascos intransponíveis, de aves lúgubres, silvando em árvores antigas, machos voando e fêmeas seguindo-os pelos bosques?
Também se ouve o planger dos cucos,7 sob o assustador luar de serras desabitadas. Caminhos árduos de Shu, mais árduos que escalar ao céu azul! Quando deles se fala, as faces rosadas empalidecem.
Os cumes sucedem-se a menos de um pé do céu; pinheiros murchos pendurados sobre abismos. Torrentes e cataratas entrechocam com fragor, caem de penhascos, arrastam dez mil pedras por barrancos, em vozes trovejantes ribombando.
Tanto perigo...
ah, homem que vens de longe, para quê enfrentá-lo? O Passo da Espada, altíssimo e rochoso, imponente, vertiginoso, apenas um homem basta para o guardar, de dez mil nem um conseguirá passar. E se esse guarda for desleal, no seu lugar surgem os lobos e os chacais.
Fujai! De manhã, tigres ferozes!
Fujai! De noite, enormes serpentes! Afiam os dentes e sugam-vos o sangue; massacram homens como se ceifassem linho. Apesar de dizerem que se é feliz na cidade de Jin,8 é melhor voltar depressa para casa.
Caminhos árduos de Shu, mais árduos que escalar ao céu azul! Dou meia-volta, fixo os olhos no Oeste e longamente suspiro.
1. Shu Reino antigo, corresponde à actual Província de Sichuan, com uma área de 48 mil Km2, caracterizada pela sua peculiar geografia, dominada por grandes cadeias montanhosas, planaltos e desfiladeiros e a célebre falha tectónica de Longmengsha, que marca o grande desnivelamento entre as regiões situadas a Leste e a Oeste.
2. Eia! Ai! Ei! Era costume as cantigas populares começarem com interjeições.
3. Can e Yu, os monarcas Can Cong e Yu Fu, a quem a tradição popular atribui a fundação do Reino de Shu.
4. As duas serras Refere-se à Serra de Taibai e o pico da Serra de Ewei; Taibai situa-se na Província de Sanxi, sendo hoje um importante ponto turístico devido às reservas naturais do Parque Nacional de Florestas. Emei é um dos cumes da serra com o mesmo nome, situada na província de Sichuan, com 4000m de altitude. Notável pela sua riquíssima fauna e flora, de espécies únicas.
5. Escada celeste Está associada à história dos cinco oficiais que, em missão ao serviço do monarca de Shu, sucumbiram numa fenda aberta na terra. Deste acidente geográfico terá partido a formação de cinco elevações e aberto uma via, designada por “Escada do Céu”, ligando o Reino de Shu e as regiões vizinhas.
6. Coche-seis-dragões Alusivo aos seis picos da serra, dispostos em série, lembrando uma carruagem com seis dragões a proteger o Reino de Shu.
7. Planger dos cucos Os chineses tradicionalmente acham que o crocitar do cuco reproduz as palavras - “Volta para trás!”
8. Cidade de Jin Actual Chengdu.
Anúncio【5/2023】
Nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, e de acordo com as competências subdelegadas pela alínea 2) do n.º 6 do Despacho n.º 78/IH/2022, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 31, II Série, de 3 de Agosto de 2022, são notificados, por este meio, os candidatos a habitação económica constantes da tabela anexa:
Após apreciação, dado que os candidatos não preenchiam os requisitos de acesso à compra de fracção, não apresentaram os documentos necessários para a apreciação substancial no prazo fixado, ou recusaram a aquisição ou ocupação da fracção, após a escolha da fracção, nos termos dos n.os 2 e 4 do artigo 3.º da Lei n.º 13/2020, da alínea 1) do n.º 8 do artigo 14.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.º 13/2020, da alínea 7) do n.º 5 e n.º 3 do artigo 14.º, do n.º 1 do artigo 16.º, do n.º 1 do artigo 17.º , do n.º 3 do artigo 26.º, do n.º 1 do artigo 27.º, e das alíneas 1), 2), 5) e 6) do n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011(Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.º 11/2015, os adquirentes seleccionados podem ser excluídos do concurso.
Assim, os referidos candidatos a habitação económica devem apresentar defesa escrita e todas as provas testemunhais, materiais, documentais ou demais provas que sejam favoráveis à sua defesa, no prazo de 10 dias, a contar da data de publicação do presente anúncio.
Caso não seja apresentada defesa escrita no prazo fixado, ou a mesma não seja aceite pelo Instituto de Habitação, nos termos das alíneas 1), 2), 5) e 6) do n.º 1 do artigo 28.º da referida Lei, os adquirentes seleccionados serão excluídos do concurso.
Caso necessite de consulta, poderão, durante as horas de expediente, contactar a Sr.a Hun através do telefone n.º 2859 4875 (Ext. 758).
Instituto de Habitação, aos 9 de Fevereiro de 2023.
A Chefe da Divisão de Assuntos Jurídicos, Subst.a , Wu Lai Fong
Anexo
Nome do candidato N.º do boletim de candidatura / agregado familiar N.º do processo Fundamento de facto Fundamento de direito HAO
Não foram apresentados, dentro do prazo fixado, os documentos necessários para a apreciação substancial
De acordo com o n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 13/2020 e a alínea 3) do artigo 26.º e a alínea 2) do n.o 1 do artigo 28.o da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.º 11/2015
De acordo com o n.º 2 do artigo
Recusaram a aquisição ou ocupação da fracção, após a escolha da fracção
LEONG
O candidato é elemento de outro agregado familiar que tenha vendido uma fracção de habitação económica
WONG KONG PONG 81201931388 274/EAS/2022
Nos cinco anos anteriores à data de apresentação da candidatura e até à data de escolha da fracção, o candidato ou os elementos do seu agregado familiar são/ foram co-promitente-comprador ou proprietário de fracção autónoma com finalidade habitacional na RAEM e o património líquido excede o limite máximo legal fixado
LAM WENG HONG 81201906682 270/EAS/2022 Nos cinco anos anteriores à data de apresentação da candidatura e até à data de escolha da fracção, o candidato ou os elementos do seu agregado familiar são/ foram proprietário ou co-promitente-comprador de fracção autónoma com finalidade habitacional na RAEM
3.º da Lei n.º 13/2020 e o n.º 1 do artigo 27.º e alínea 5) do n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.º 11/2015
De acordo com o n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 13/2020 e alínea 7) do n.º 5 do artigo 14.º e alíena 1) do n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.º 11/2015
De acordo com o n.os 2 e 4 do artigo 3.º da Lei n.º 13/2020 e alínea
1) do n.º 8 do artigo 14.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela 13/2020, e alínea 1) do artigo 17.º, da Tabela
II do Despacho do Chefe do Executivo n.º 169/2019, e alíneas
1) a 6) do n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.º 11/2015
De acordo com os n.os 2 e 4 do artigo 3.º da Lei n.º 13/2020 e alínea 1) do n.º 8 do artigo 14.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação ecómica), alterada pela Lei n.º 13/2020, e alíena 1) do n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.º 11/2015
De acordo com a alínea 3) do artigo 14.º, alínea 1) do artigo 16.º, alínea 1) do n.o 1 do artigo 28.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), alterada pela Lei n.º 11/2015
Anúncio【6/2023】
Nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, e de acordo com as competências subdelegadas pela alínea 2) do n.º 6 do Despacho n.º 78/IH/2022, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 31, II Série, de 3 de Agosto de 2022, são notificados, por este meio, os candidatos a habitação social constantes do anexo:
Com base nos fundamentos de facto e de direito constantes do anexo, devem ser indeferidas as candidaturas apresentadas pelos candidatos a habitação social, ou não atribuidas as habitações sociais e excluídas as candidaturas. Assim, os referidos candidatos podem apresentar justificação escrita e todas as provas testemunhais, materiais, documentais ou demais provas com interesse para as suas contestações, no prazo de 10 dias contados a partir da data de publicação do presente anúncio.
Caso não seja apresentada qualquer justificação no prazo fixado, ou a mesma não seja aceite pelo Instituto de Habitação, a candidatura será indeferida, ou será não atribuida a habitação social e excluída a candidatura, com base nos fundamentos de facto e de direito constantes do anexo.
Caso necessite de consulta, poderão, durante as horas de expediente, contactar a Sr.a Hun através do telefone n.º 2859 4875 (Ext. 758).
Instituto de Habitação, aos 9 de Fevereiro de 2023
Nome do candidato N.º do boletim de candidatura N.º do processo
Data da apresentação do boletim de candidatura
A Chefe da Divisão de Assuntos Jurídicos, Subst. a, Wu Lai Fong
Anexo
Fundamento de facto Fundamento de direito
NG U KUONG 31202004405 294/EC-HS/2022 2022/06/13 Nos 5 anos anteriores à data de apresentação da candidatura e até à data de celebração do contrato de arrendamento com o IH, ser ou ter sido proprietário, comproprietário, promitente-comprador ou co-promitente-comprador de prédio urbano ou fracção autónoma, na RAEM, não reúne os requisitos previstos na alínea 1) do n.º 1 do artigo 8.º Lei n.º 17/2019 (Regime jurídico da habitação social)
CHAN KAM IM 31202004477 307/EC-HS/2022 2022/8/22
A alínea 1) do n.º 3 do artigo 6.º da Regulamento Administrativo n.º 30/2020 “Regulamentação do Regime jurídico da habitação social”.
FONG PUI
MAN CONNIE 31202004322 317/EC-HS/2022 2022/06/06
WONG SAO IN 31202003943 293/EC-HS/2022 2022/02/22 Não apresentou os documentos complementar dentro do prazo indicado, o IH não conseguiu apreciar se reúne os requisitos de candidatura previstos na Lei n.º 17/2019 (Regime Jurídico de Habitação Social)
PUN FO LIN 31202002226 245/EC-HS/2022 2021/01/07
LEI CHOI WAN MARIA 31202001539 274/EC-HS/2022 2020/10/14
O KA WANG 31202003739 358/EC-HS/2022 2021/12/07
Não apresentou a documentação relevante no prazo fixado
A alínea 1) do artigo 9.º do Regulamento Administrativo n.º 30/2020 “Regulamentação do Regime jurídico da habitação social”.
Amor rico, rico amor
Pequim combate uso de “altos dotes de casamento” no interior
AS autoridades chinesas emitiram ontem directrizes para combater o uso de “altos dotes de casamento” nas áreas rurais, informou a agência China News Service, face à queda no número de matrimónios e taxa de natalidade.
O documento, elaborado pelo Comité Central do Partido Comunista Chinês e pelo Conselho de Estado (Executivo) também identificou as “festas de casamento em grande escala” como outro problema no interior da China.
Parceria reforçada
Esta parceria abrange várias áreas, incluindo energia, segurança, infraestruturas e telecomunicações.
Teerão é também acusado pelos países ocidentais de apoiar a Rússia na invasão da Ucrânia através do fornecimento de veículos aéreos não tripulados (“drones”) armados.
O Irão nega categoricamente aquela acusação.
segurança, infraestruturas e telecomunicações
OPresidente iraniano, Ebrahim Raisi, iniciou ontem uma visita oficial de três dias à China, visando fortalecer a cooperação entre os dois países, num período de tensões com o Ocidente.
A China assinou, em 2021, um vasto acordo estratégico com o Irão para os próximos 25 anos, numa altura em que as pesadas sanções impostas pelos Estados Unidos a Teerão estão a sufocar a economia da República Islâmica.
Ebrahim Raisi chegou a Pequim no início da manhã de ontem, segundo imagens divulgadas pela televisão estatal iraniana, que mostram o líder a descer do avião.
A visita surge também numa altura em que o Irão enfrenta uma vaga de protestos, desencadeada pela morte, a 16 de Setembro, de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos, presa por violar o rígido código de vestuário da República Islâmica.
Raisi deve ser recebido com honras de chefe de Estado pelo Presidente chinês, Xi Jinping. O programa completo da sua visita não é conhecido.
Laços a fortalecer
Os dois líderes encontraram-se, pela primeira vez, em Setembro passado, à margem da cimeira da Organização
de Cooperação de Xangai (SCO), que se realizou no Uzbequistão.
Durante a cimeira, o Presidente iraniano apelou ao reforço das relações económicas com Pequim, nomeadamente nos domínios do “petróleo e energia, agricultura, comércio e investimento”.
Pequim há muito que procura fortalecer os laços com Teerão. Xi Jinping descreveu anteriormente o país como o “principal parceiro da China no Médio Oriente”, durante uma rara visita realizada a Teerão, em 2016.
Pequim quer “desempenhar um papel construtivo no reforço da unidade e na
Pequim há muito que procura fortalecer os laços com Teerão. Xi Jinping descreveu anteriormente o país como o “principal parceiro da China no Médio Oriente”, durante uma rara visita realizada a Teerão, em 2016
cooperação com os países do Médio Oriente e na promoção da segurança e estabilidade na região”, disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Wang Wenbin, em conferência de imprensa, na segunda-feira.
Ebrahim Raisi também deve reunir com empresários chineses e cidadãos iranianos que residem na China, segundo a agência noticiosa oficial iraniana Irna.
A China é o maior parceiro comercial do Irão e era um dos principais importadores de petróleo iraniano, antes do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltar a impor sanções contra Teerão, em 2018, após Washington ter-se retirado unilateralmente do acordo nuclear iraniano, assinado em 2015.
O Irão iniciou negociações com os EUA, França, Reino Unido, China, Alemanha e Rússia, em Abril de 2021, em Viena, com o objectivo de ressuscitar este acordo internacional, que garante a natureza civil do programa nuclear de Teerão, que é acusado de tentar desenvolver armas atómicas.
Estas negociações estão actualmente suspensas.
distrito da cidade de Fuzhou, no centro da China, organizou, em Setembro passado, um casamento em grupo, para dez casais, com “dote zero”, que foi transmitido ao vivo pela Internet, para promover este tipo de matrimónio.
Um responsável da província central de Jiangxi, citado pelo jornal oficial Global Times, garantiu que o dote nas cidades pode ascender a cerca de 125 mil yuan, mas que, nas zonas rurais, ronda os 230 mil yuan.
O alto custo dos dotes, tradicionalmente pagos pelo noivo à família da noiva, e os banquetes de casamento, são identificados como “obstáculos enfrentados pelos homens que procuram esposa”, numa altura em que o número de casamentos e a taxa de natalidade no país estão em queda acelerada.
O governo central pediu às localidades que “formulem normas para mudar os costumes, de acordo com as condições de cada local” e que “reforcem a aplicação dos regulamentos” nas zonas rurais.
Dia especial Nos últimos anos, alguns governos locais tentaram contrariar a prática dos dotes: um
No total, foram celebrados 7,64 milhões de casamentos na China, em 2021, o número mais baixo desde 1986, quando começaram a ser feitos registos. Trata-se de uma queda de 680 mil, face a 2020, e o oitavo ano consecutivo em que o número de vínculos nupciais caiu.
A idade média do primeiro casamento para as mulheres chinesas aumentou de 22 anos, em 1980, para 26,3, em 2020, de acordo com um estudo elaborado pela Associação Chinesa de Planeamento Familiar e o Centro de Pesquisa da População Chinesa, difundido na segunda-feira.
A idade média em que as mulheres dão à luz o primeiro filho no país asiático é agora de 27,2 anos.
Economia PM diz que país começou a recuperar no início de 2023
A economia da China estabilizou no final de 2022 e começou a recuperar no início deste ano, afirmou ontem o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. Li assegurou que a economia chinesa “alcançou um crescimento razoável” ao longo de 2022, um ano marcado pelo bloqueio de cidades inteiras, durante semanas ou meses, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19, que pesou na actividade económica. O primeiro-ministro, que deve deixar o cargo no próximo mês, alertou que o país ainda enfrenta uma “conjuntura externa grave” e reiterou que as bases da recuperação da procura a nível nacional “ainda não estão consolidadas”. Li Keqiang pediu “esforços” para implementar políticas de estabilização económica e continuar a “expandir a recuperação”.
A visita oficial de três dias de Ebrahim Raisi visa aprofundar a colaboração entre as duas nações em matérias como a energia,
ÓBITO MORREU
DAVID JOLICOEUR, FUNDADOR DOS DE LA SOUL
O‘rapper’ norte-americano David Jolicoeur, conhecido como Trugoy The Dove, um dos membros fundadores do trio de hip-hop De La Soul, morreu aos 54 anos, anunciou segunda-feira o agente do grupo, Tony Ferguson, sem indicar local e causa da morte.
Jolicoeur nasceu em Brooklyn, bairro de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, e cresceu em Amityville, Long Island, onde conheceu Vincent Mason (Pasemaster Mase) e Kelvin Mercer (Posdnuos), que criaram um grupo de rap em 1988.
O álbum de lançamento dos De La Soul intitulou-se “3 Feet High and Rising,” produzido por Prince Paul em 1989, e lançado pela Tommy Boy Records.
Bastante elogiado pela crítica pelo seu carácter inovador, entrou em 2010 no Registo Nacional de Gravações da Biblioteca do Congresso norte-americano pela sua relevância histórica.
Nos últimos anos, Jolicoeur tinha comentado publicamente que sofria de problemas cardíacos, e por essa razão não esteve presente na homenagem realizada à banda na entrega dos prémios de música Grammy.
Após a notícia da morte de Jolicoeur surgiram várias mensagens de pesar nas redes sociais, nomeadamente do ‘rapper’ Big Daddy Kane, dizendo que tinha sido uma honra partilhar palcos com o fundador dos De La Soul, enquanto o ‘rapper’ Erik Sermon escreveu também no Instagram que o músico tinha criado um dos melhores grupos de hip-hop.
Os De La Soul lançaram oito álbuns e estavam a preparar para Março a sua entrada no serviço de ‘streaming’, Spotify, Apple Music e outros, na sequência de uma longa batalha com a Tommy Boy Records sobre questões legais e de edição discográfica.
Soltar amarras
“Sea of Exodus” é a nova curta-metragem do cineasta local Vincent Hoi que explora as ideias de liberdade individual e vontade de fugir de um lugar onde nos sentimos presos. A referência aos tempos de pandemia é clara num projecto cinematográfico que contou com um orçamento muito baixo
quarta-feira 15.2.2023
DEPOIS de três anos a sentir-se preso em Macau devido à pandemia, Vincent Hoi decidiu pegar nessa sensação e transformá-la em cinema. Filmado nas últimas semanas de Dezembro do ano passado, “Sea of Exodus”, a nova curta-metragem do cineasta de Macau, não é mais do que uma representação daquilo que representa a liberdade de cada um e a vontade de escapar de uma espécie de prisão.
A conversa com Vincent Hoi aconteceu pouco tempo antes do levantamento de todas as restrições pandémicas, tendo o cineasta dado o exemplo “das pessoas de Macau e de Hong Kong que pensam emigrar para outras regiões devido às coisas sem sentido que têm acontecido aqui nos últimos anos, tal como a política da covid-19».
“No último ano foi tudo muito absurdo e muito sem sentido. Muitas pessoas deixaram a cidade, e o filme é
sobre isso, embora não tenha abordado essa ideia de forma directa. Resolvi representar isso no filme de forma abstrata, onde as personagens têm comportamentos que vão revelando [essa vontade de fuga]”, adiantou.
Vincent Hoi confessou que ele próprio se sentiu “encurralado e preso em Macau nos últimos três anos”. “Não saí do território para lado nenhum, nem mesmo para a China. Sobretudo no ano passado, quando se deu o surto no Verão, vivemos numa espécie de quarentena em que mal podíamos sair para a rua. Nessa altura pensei seriamente em ir embora de Macau.”
Vincent Hoi é bastante crítico pela forma como as autoridades lidaram com a pandemia. “Em todo o mundo, a partir de certa altura, a pandemia deixou de
ter um grande impacto nas pessoas, mas em Macau foi uma coisa enorme, absurda. Penso que foi uma forma do Governo controlar as pessoas. Senti que a minha liberdade me tinha sido tirada. É o sentimento de termos a liberdade pessoal controlada pelo Governo, que entende que o vírus é muito perigoso e depois já não é. Penso que são medidas de teor político e não têm nada a ver com a ciência.”
Duas personagens
Na primeira abordagem sobre a forma de realizar “Sea of Exodus”, Vincent Hoi pensou em desenvolver o projecto completamente sozinho, quase sem orçamento. Mas depressa percebeu que o filme estava a tomar outro rumo, tendo acabado por contratar dois actores, um director de fotografia e um produtor.
Festa das letras
Correntes d’Escritas arranca sem restrições e com presença de 98 autores
Ofestival literário Correntes d’Escritas começou ontem na Póvoa de Varzim, Porto, livre de todas as restrições impostas pela pandemia de covid-19, contando nesta edição com a presença de 98 autores de expressão ibérica, de 15 diferentes nacionalidades.
Os escritores vão reunir-se até dia 18 de Fevereiro, neste grande evento, que decorrerá maioritariamente no Cine-Teatro Garrett, onde será anunciado, na quarta-feira, na Sessão Oficial de Abertura, o Prémio Literário Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros.
“Decidi colocar apenas um actor e uma actriz no filme, e cada personagem representa algo. A personagem masculina representa a autoridade, enquanto a personagem feminina representa esse sentimento de vontade de fuga. No início do filme revelo a autoridade, com a personagem feminina a pensar em formas de escapar de tudo aquilo.”
Vincent Hoi não sabe ainda quando é que o filme vai ser exibido, pois ainda falta terminar a edição e percorrer o habitual caminho dos apoios e candidatura a eventos para que este seja apresentado ao público.
Acima de tudo, “Sea of Exodus” não é um filme para “grandes festivais de cinema”, mas sim para “festivais de cinema independentes de Hong Kong, Taiwan ou Japão” ou para o mercado cinematográfico local. Neste momento, o realizador está na fase de edição. Andreia Sofia Silva
A escritora moçambicana Paulina Chiziane, Prémio Camões 2021, e o seu compatriota Guita Jr., o angolano Ondjaki, a são-tomense Cândida Lima, o brasileiro Geovani Martins, a espanhola Rosa Montero, o cubano Marcial Gala, os colombianos Santiago Gamboa e Juan Gabriel Vasquez, vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa em 2018, Hélia Correia, também distinguida em 2013, e outros autores portugueses como João Luís Barreto Guimarães, Prémio Pessoa 2022, Manuel Jorge Marmelo, Teolinda Gersão, Valério Romão e Valter Hugo Mãe são alguns dos autores que vão passar pelo festival literário.
Debates e dedicatórias
A 24.ª edição do Encontro de Escritores de Expressão Ibérica vai dedicar a Revista Correntes d’Escritas ao escritor angolano Manuel Rui, de 81 anos, um dos autores residentes do certame, depois de participar em todas edições desde 2000 até 2021.
Este ano, concorrem ao prémio obras de A.M. Pires Cabral, António Cabrita, Hélia Correia, Luís Filipe Castro Mendes, Margarida Vale de Gato, Maria do Rosário Pedreira, Regina Guimarães, Rosa Alice Branco, Rosa Oliveira, Rui Almeida e Rui Laje. Para esta edição, estão previstas dez mesas de debate, em que participarão todos os autores presentes, cujos temas partem de frases da poesia de Ana Luísa Amaral (1956-2022), vencedora do Prémio Literário, em 2007, com o seu livro “A Génese do Amor”.
Além das mesas de debate, terão lugar apresentações de 37 obras, recém-lançadas ou a lançar no mercado livreiro português, bem como o pré-lançamento de “O Dever de Deslumbrar – Biografia de Natália Correia”, por Filipa Martins, assinalando o centenário da poeta.
Da memória do escritor chileno Luís Sepúlveda (1949-2020), uma das primeiras vítimas da pandemia, que foi presença regular nas ‘Correntes’, será apresentado o livro “Mundo Sepúlveda”, assinado em parceria com o fotógrafo Daniel Mordzinski.
Paralelamente, estão previstos os habituais encontros de autores com alunos nas escolas, uma sessão de cinema, com exibição do filme “O Campo de Sangue”, de João Mário Grilo, baseado na obra homónima de Dulce Maria Cardoso, exposições de arte, sessões de teatro e ainda o curso de formação de professores apelidado “Correntes em Rede”.
“Decidi colocar apenas um actor e uma actriz no filme, e cada personagem representa algo. A personagem masculina representa a autoridade, enquanto a personagem feminina representa esse sentimento de vontade de fuga.”
VINCENT HOI REALIZADOR
“Sea of Exodus” não é um filme para “grandes festivais de cinema”, mas sim para “festivais de cinema independentes de Hong Kong, Taiwan ou Japão” ou para o mercado cinematográfico local
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UM FILME HOJE
GLASS | M. NIGHT SHYAMALAN
Já fui da opinião de que alguém devia acabar com o sofrimento de M. Night Shyamalan e abatê-lo a tiro. Depois de ver “Glass” mudei de opinião. Alguém devia submeter o realizador a sessões de vendas agressivas de colchões ortopédicos, ao som de Maria Leal, durante 2 semanas sem dormir. No final, a sua vida seria poupada. “Glass” não é terrível e isso é uma vitória para o cineasta que realizou “Sexto Sentido”. O filme junta as personagens de “O Protegido” e “Split” e vive da brilhante interpretação de James McAvoy, mas perde-se na mania do realizador de imprimir “twists” no argumento. Tenho calafrios só de pensar que houve quem comparasse Shyamalan a Hitchcock. João Luz
Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores João Luz; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; João Santos Filipe; Nunu Wu Colaboradores Anabela Canas; António Cabrita; Ana Jacinto Nunes; Amélia Vieira; Duarte Drumond Braga; Gonçalo Waddington; José Simões Morais; Julie Oyang; Paulo Maia e Carmo; Rosa Coutinho Cabral; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Colunistas André Namora; David Chan; João Romão; Olavo Rasquinho; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho; Tânia dos Santos Grafismo Paulo Borges, Rómulo Santos Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Pátio da Sé, n.º22, Edf. Tak Fok, R/C-B, Macau; Telefone 28752401 Fax 28752405; e-mail info@hojemacau.com.mo; Sítio www.hojemacau.com.mo
ANÚNCIO CONCURSO PÚBLICO N.o 2/P/23
Faz-se público que, por despacho da Ex.ma Senhora Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, de 2 de Fevereiro de 2023, se encontra aberto o Concurso Público para a «Concepção e Execução de Obras de Remodelação da Sala de Tomografia Axial Computarizada do Edifício de Especialidade de Saúde Pública, bem como Fornecimento e Instalação de Equipamentos», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 15 de Fevereiro de 2023, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP114,00 (cento e catorze patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria dos Serviços de Saúde, que se situa no r/c do Edifício do Centro Hospitalar Conde de São Januário) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet na página electrónica dos S.S. (www.ssm. gov.mo).
Os concorrentes devem estar presentes no Departamento de Instalações e Equipamentos do Centro Hospitalar Conde de São Januário, no dia 20 de Fevereiro de 2023, às 10,00 horas para visita de estudo ao local da instalação dos equipamentos a que se destina o objecto deste concurso.
As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,45 horas do dia 3 de Abril de 2023.
O acto público deste concurso terá lugar no dia 4 de Abril de 2023, pelas 10,00 horas, na “Sala de Reunião”, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau.
A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP600.000,00 (seiscentas mil patacas), a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente.
Serviços de Saúde, aos 9 de Fevereiro de 2023
O Director dos Serviços de Saúde Lo Iek Long
O NÚMERO oito tem as suas benesses. Toda a gente ao redor dizia: «quem nasce a oito é rico»; hoje já ninguém sabe o que tal adjetivação possa significar. Oito é um número, e como todos sabem é também esse octógono que testemunha a lição fantástica das Capelas Imperfeitas. Abertas estavam para o céu acreditando-se mesmo que alguém, ou alguma coisa, desceria para revelar o que não sabemos. Imperfeitas?! Talvez não. Elas foram deixadas assim para uma qualquer esperada manifestação.
Dito isto, há que os descobrir na arquitectura para sabermos quem vem ou virá que aterre em segurança, não vá por más escolhas ficar feito num oito ( significado contrastante com a boa estrela do número).
Quem está feito num oito não volta a ser numericamente mais nada, a menos que descubra que esse recolher em S possa ser um retorno perfeito, que a Oriente cede passagem como número sagrado e se inicia na profética demanda, mas quatro, ninguém imagina a tristeza que transposta! A própria língua dá-lhe sonoridade de morte, ele dobra, transcendendo assim condição mortífera.
Por outro lado, oito é bonito. Deveriam os signos alfabéticos e numéricos ser mais ou menos perfeitos? Sem dúvida. Foi essa definição gráfica que nos fez acercar do conteúdo verbal /numérico. Ao agrupá-los numa rede de signos, conceitos, abstracções, criámos estradas que a própria natureza desconhecia, alterando-a. Criados os signos, as condições estavam definidas para pensar grandes artefactos de um monumental esquema civilizacional. A China ama o oito, nós o cinco, e outros amarão o que muito bem lhes aprouver.
Por tudo isto cada um caminha para os seus domínios onde se encontra uma geometria muita própria. Cada um avança em sua deidade numérica entregue ao fluxo dos anos, e tende a expandir ciclos florescentes nos seus numerários «Ir aos oitavos» é ser escolhido para o duelo final “após os sete dias da lei veio o oitavo da graça”: prepúcio cortado, oito almas embarcadas na arca de Noé salvas pelas águas numa já muito marcada senda da transcendência do número que “ao seguinte dia de sábado” existiria ainda como símbolo de ressurreição.
Octávio, Outubral... Octávio Augusto, primeiro imperador de Roma, tinha a marca dos oitavos filhos nascidos das
Amélia Vieirafamílias romanas; por cá, a tradição dizia-nos apenas que entre sete filhas, a sétima era bruxa, e para escapar a isto, só um redondo numérico. Tudo expande para formas renovadas, ampliações fora do clã... tudo toca mais perto o longe que vem por força giratória ao ciclo da vida que se refaz. Não há linear conduta, andamos no invólucro giratório onde a morte se descontrai para entrar na ordem invencível. Esta vitória da curva sobre a recta diz muito da sua composição gráfica que tendencialmente constrói nas correntes da visualidade o sucesso sem fim à vista deste número. A recta final não é uma oitava, e mesmo assim, ambas se confundem em seu términus.
Ele dança! É a dançarina em nós. Deitamo-lo e eis o infinito. A sua esfera totalizadora levantou-se e, como os antigos reis do Norte, abeira-se um extenso conflito para reparação das forças onde no centro da sua curvatura nada pare de girar. G8 foi abatido. E agora aguardemos as voltas que o mundo dá
Há que chegar à final! – E, afinal, quem pode escrever direito por linhas tortas?
E quem distende a recta quando o tempo começa a ser escasso?
Lebres e Tartarugas nas meias Finais.
Entre o círculo e o quadrado ele pode ser ainda uma clave de sol que penetra geometrias opostas servindo de melodia para os contundentes ângulos do pragmatismo, alisando as arestas das fronteiras agrestes... Ele dança! É a dançarina em nós. Deitamo-lo e eis o infinito. A sua esfera totalizadora levantou-se, e como os antigos reis do Norte, abeira-se um extenso conflito para reparação das forças onde no centro da sua curvatura nada pare de girar.
G8 foi abatido. E agora aguardemos as voltas que o mundo dá.
OITAVOS DE FINAL 8
FRIO EXIGIDO TESTE RÁPIDO PARA ENTRAR NO CENTRO DE ABRIGO
ASpessoas necessitadas que precisam de recorrer ao centro de abrigo de Inverno têm de apresentar resultado negativo no teste rápido de antigénio para ter acesso às instalações na Rua Leste da Ilha Verde, n.º 34, Edf. do Bairro da Ilha Verde E1.
De acordo com um comunicado emitido pelo Instituto de Acção Social (IAS), os utentes devem “usar máscara, sujeitar-se à medição de temperatura corporal, manter o distanciamento social de 1 metro ou mais” e observar medidas de higiene e de protecção individual.
O centro de abrigo está aberto desde segunda-feira à noite e disponibiliza edredões, comida e bebidas e uma atmosfera calorosa para combater a descida das temperaturas.
O IAS lançou ainda um apelo à população para que “esteja atenta à situação física dos idosos em casa e dos que vivem sozinhos, bem como os doentes crónicos e os indivíduos fisicamente debilitados, adoptando medidas adequadas, por forma a evitar os efeitos do frio na saúde dos mesmos”.
O tempo em Macau está sob a influência de uma monção de Inverno, que irá hoje baixar a temperatura mínima até aos 11 graus celsius, com um lento, mas progressivo, aumento da temperatura mínima até ao fim-de-semana. J.L.
CTT Governo alerta para risco de burla
A Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações (CTT) emitiu ontem um comunicado onde alerta para o risco de burla em nome desta entidade. Isto porque “nos últimos dias diversos cidadãos receberam chamadas telefónicas” onde, do outro lado, alguém simula fazer parte dos CTT, comunicando “que os números de telefone do Interior da China desses cidadãos são suspeitos da emissão de mensagens enganosas e que, a pedido das autoridades policiais do Interior da China” os CTT “telefonavam aos cidadãos em causa para darem apoio nas investigações”. O comunicado dá conta de que esta “é uma nova forma de burla, a par do pedido de os cidadãos se deslocarem aos CTT para levantamento de objectos postais”, tendo em conta que a entidade “nunca fez este tipo de chamadas telefónicas aos cidadãos”. Estes devem estar atentos e sempre que suspeitem de qualquer tipo de burla devem contactar a Polícia Judiciária.
BALÕES PEQUIM INSISTE PARA EUA EXPLICAREM INCURSÕES
PEQUIM pediu ontem a Washington que dê explicações e promova “uma investigação profunda” sobre os voos ilegais com balões que os Estados Unidos realizam sobre outros países, nomeadamente na República Popular da China.
“Os Estados Unidos deveriam levar a cabo uma profunda investigação e dar explicações sobre os voos ilegais com balões, incluindo na China”, disse ontem em conferência de imprensa o porta-voz da diplomacia de Pequim.
Wang reiterou que “pelo menos dez balões (de grande altitude) norte-americanos sobrevoaram a República Popular da China e outros países”, desde o mês de Maio de 2022.
Para comer e passear
Macau no top 10 das escolhas dos visitantes de Hong Kong e China
UM estudo da empresa de pagamentos VISA, intitulado “Consumer Payment Attitudes Study 4.0: Travel Consumption Insights Macau”, conclui que Macau está na lista dos dez destinos mais procurados pelos turistas da China e Hong Kong. O estudo, citado pelo portal GGRAsia, coloca Macau na oitava posição de destino mais procurado pelos turistas da China, ficando em sétimo lugar para os turistas de Hong Kong. Por sua vez, os turistas do continente colocaram Hong Kong na terceira posição e a França em primeiro lugar. Já os visitantes de Hong Kong, preferem viajar para o Japão, que ficou no lugar cimeiro do top 10, seguindo-se a China em segundo lugar.
Relativamente às razões para escolher determinado destino turístico, os inquiridos afirmaram que preferem Macau pelas opções de gastronomia e restauração que oferece, sendo que 42 por cento dos turistas da China e 52 por cento dos visitantes de Hong Kong deram esta resposta. Cerca de 27 por cento
dos turistas da China, disseram escolher Macau pelas opções de entretenimento, categoria que ficou em quarto lugar, enquanto 33 por cento dos turistas de Hong Kong escolheram esta opção, que ficou em segundo lugar da lista.
Um certo “entusiasmo”
No comunicado divulgado esta terça-feira com os resultados do inquérito, Paulina Leong, chefe do departamento de gestão de relações de clientes da VISA para os mercados de Hong Kong e Macau disse que os visitantes da China e de Hong Kong “mostram um forte entusiasmo” em relação
às viagens para a RAEM “pela sua gastronomia única e pelas actividades de lazer disponíveis para amigos e famílias”.
Nesta fase, Macau encontra-se “bem posicionada para capitalizar as oportunidades que aumentaram com a recuperação do turismo” no contexto da Grande Baía.
O estudo conclui ainda que “uma média de 70 por cento dos inquiridos da China, Hong Kong e Macau expressaram interesse em fazer uma viagem multi-destinos na Grande Baía, com os consumidores da China (77 por cento) e de Hong Kong (55 por cento) a mostrar a vontade de pernoitar seis ou mais dias”, aponta o GGRAsia.
Este estudo foi feito com base em entrevistas pessoais e por telefone feitas entre Setembro e Outubro do ano passado a 350 consumidores de Macau, 700 de Hong Kong, 1000 de Taiwan e 2000 da China. O trabalho versou em pessoas dos 18 aos 55 anos, com o mínimo de rendimento mensal de cinco mil patacas, cinco mil dólares de Hong Kong, cinco mil dólares taiwaneses e cinco mil yuan. A.S.S.
“Ontem (segunda-feira) demos esta informação e, pelo que vejo, os Estados Unidos não a negaram completamente. Deveriam dar explicações”, disse na terça-feira o porta-voz.
Entretanto, os Estados Unidos indicaram que recuperaram o mecanismo electrónico e os sensores do balão de grande altitude, supostamente da República Popular da China, derrubado no passado dia 4 de Fevereiro.
O balão, que Pequim negou ser um dispositivo da República Popular da China utilizado para vigilância, foi neutralizado por um avião de combate norte-americano ao largo da costa da Carolina do Sul, depois de ter sobrevoado os Estados Unidos durante uma semana.
“Há uma ferrugem pior do que todas: chama-se ignorância.”
Os visitantes da China e de Hong Kong “mostram um forte entusiasmo” em relação às viagens para a RAEM “pela sua gastronomia única e pelas actividades de lazer disponíveis para amigos e famílias”OLGA SANTOS