hojemacau

A voz do povo tem muita força. As associações tradicionais que começaram por apoiar a construção do “monstro” mais caro da história de Macau, agora dão o dito por não dito, depois da população ter manifestado o seu profundo desagrado pelo despesismo e pelo atentado ao ambiente de Coloane, uma das últimas zonas verdes da RAEM. Hoje, felizmente, já são todos contra.
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O concerto do passado mês de Fevereiro, no Centro Cultural de Macau, deu a Coco Zhao a possibilidade de contactar com muitos jovens fãs, o que o surpreendeu.
Um dos músicos chineses de jazz mais reconhecidos internacionalmente assume-se como um amante da experimentação, estando a preparar um álbum que inclui poesia falada e diversas sonoridades.
Coco Zhao fala também de como é ser homossexual na China
Esteve, este ano, no Centro Cultural de Macau. Como foi essa experiência?
Foi incrível, as equipas maravilhosas com que trabalhei foram muito profissionais, fizemos grandes arranjos para o palco, onde tudo estava perfeito. Isso dá-nos um sentimento de segurança para o concerto, porque nós, músicos, precisamos de ter tudo bem preparado em palco. O público foi incrível. Nunca tinha tido a experiência de ter tantos jovens a fazerem fila a pedir autógrafos e a tirar fotografias. Por
norma, a música jazz, especialmente na Europa, é apreciada por gerações mais velhas, enquanto as gerações mais novas estão mais ligadas ao rap
e hip-hop, ou o R&B. Por isso fiquei surpreendido por ver como os jovens se sentiram tocados pela nossa música, e perguntei-lhes se realmente tinham gostado. Disseram-me que sim, que nunca tinham tido este sentimento pela música jazz. É uma sensação incrível, maior do que receber palmas. É uma espécie de prémio sentir que a música jazz transmitiu alguma coisa.
É um dos cantores de jazz chineses mais reconhecidos internacionalmente. Como se sente relativamen-
te a isso? Quando começou a sua carreira como cantor e compositor, alguma vez imaginou que a sua carreira chegasse a este ponto? Não imaginei. Nunca pensei que um dia viesse a ser o cantor de jazz mais reconhecido na China, mas quando estava no conservatório sempre pensei em fazer algo diferente.
Que diferença queria trazer para a música?
No meu tempo a maior parte dos músicos ouvia música clássica ou
“Na China já ninguém quer ter filhos, há um envelhecimento da população e isso está a tornar-se um grande problema.”
antigas canções pop chinesas, na sua maioria de Taiwan e de Hong Kong. Aprendi muito com a música clássica, que, para mim, é a origem. Os meus pais são artistas e compositores de ópera, por isso cresci com uma grande base de elementos da cultura chinesa. Ouvi tudo isso quando era mais jovem, mas sempre quis fazer algo diferente, mais extemporâneo. Nesse tempo queria ouvir os Beatles, Michael Jackson, queria ir mesmo [por um caminho] mais internacional do que [fazer] apenas [música] chinesa. Quando cresci decidi que ia tentar fazer algo que combinasse todos esses elementos com a música chinesa. No tempo em que passei pelo conservatório comecei a aprender mais sobre o jazz. Conheci um amigo em Xangai que tocava guitarra e a partir daí comecei a descobrir uma porta para entrar no mundo da música jazz. Para mim o jazz é a conexão entre a música clássica e pop. Tem estrutura, harmonia, ritmo, tal como a música clássica, mas tem mais liberdade. O jazz proporciona também um espaço para incluir um conjunto de diversos elementos. Além da maior liberdade, é também um estilo musical onde posso incluir mais a minha personalidade. Ao mesmo tempo, o jazz ensinou-me uma grande coisa: como ser ouvinte.
Como assim?
A maior parte das vezes em que tocamos apenas queremos expressar algo. Uma vez ouvi esta pergunta: “Será que a música é feita para os ouvintes ou para os que tocam?”. A resposta foi: “Claro que a música é para quem a ouve, mas os músicos são os primeiros ouvintes”. Por isso o jazz inspira-me muita reflexão de como ouvir antes de falar, e isso é muito importante na música. Penso que os grandes músicos de jazz pensam da mesma forma.
É natural de Hunan, mas o seu nome está muito conectado com a cena musical de Xangai. Como descreve essa relação?
Quando comecei a aprender jazz tocava sobretudo o mais clássico, as músicas padrão, com nomes como Duke Ellington, Cole Porter, Miles Davis, Count Basie, todos os grandes mestres. A partir daí comecei a ouvir jazz francês, jazz português, com Maria João, e pensei que deveríamos ter jazz chinês também. Pensei que deveria ter um lugar onde pudesse incluir elementos da música chinesa, e nessa altura passei a focar-me muito na música que se fazia em Xangai entre os anos 20 e 30. Foi assim que comecei, mas também fiz outras coisas, como fazer o arranjo de músicas folk chinesas, mesmo ópera chinesa, e incluir tudo isso no meu repertório. As músicas de Xangai foram mesmo o meu primeiro elemento
ao piano ou com a guitarra, no trompete, no baixo, como numa banda, criando algo mais intimista.”
para juntar a música chinesa ao jazz. Isso deu-me muita inspiração e espaço como músico que estava a começar. Depois disso, quando comecei a explorar novas áreas, a compor as minhas músicas, estas já não tinham nada a ver com as músicas que se faziam em Xangai, mas fiquei agradecido por essas sonoridades. Para mim funcionou.
Nos anos 90 tocou com vários músicos e deu concertos, inclusivamente um onde esteve presente Bill Clinton, ex-presidente dos EUA. Gravou o seu primeiro álbum em 2006. Poder fazê-lo foi a prova de que era um verdadeiro compositor e músico?
Já estava nos meus planos tornar-me um músico profissional nesse percurso, mesmo antes do concerto onde esteve Bill Clinton. Já pensava ser um músico ou vocalista profissional. Diria que o lançamento do álbum foi a altura em que tive maior certeza de que queria mesmo ser um vocalista de jazz profissional.
Em 2010 foi para Nova Iorque com uma bolsa de estudos. O
período que passou nos EUA foi importante para lhe dar uma nova dimensão ou visão do jazz? Absolutamente, até porque o jazz nasceu na América, tem raízes no país, e queria encontrá-las. Fui para Nova Orleães durante duas semanas para penetrar mesmo nas raízes da música jazz. Percebi que as origens estão lá, mas o jazz está também está muito presente em Nova Iorque, não o tradicional, mas sim o contemporâneo. Não sou americano, mas sim chinês, sou algo diferente, e para mim Nova Iorque promove mais espaço para trazer novos elementos para o jazz. Isso dá-me mais inspiração e mais certeza de que posso tocar jazz da forma que eu quero. Em Nova Orleães é tudo mais tradicional, há uma certa maneira de tocar jazz, mas em Nova Iorque há diversas formas de o fazer, e todos podem trazer a sua personalidade, carisma e cultura para a música. Isso, para mim, é fascinante, a possibilidade de trazer algo diferente para a música enquanto arte. E às vezes nem é só música, pois o jazz pode-se misturar com outros formatos artísticos como a poesia ou o teatro, ou a arte performativa. Diria que Nova Iorque, em 2010, foi um
“Comecei a ouvir jazz francês, jazz português, com a Maria João, e pensei que deveríamos ter jazz chinês também. Pensei que deveria ter um lugar onde pudesse incluir elementos da música chinesa.”
grande ‘abrir de olhos’ para a minha carreira musical e vida pessoal. É vocalista e compositor. Toca algum instrumento também? Piano. Costumava tocar oboé, e toco um pouco de instrumentos chineses. Hoje em dia aposto em instrumentos mais electrónicos. O piano ajuda-me a registar as minhas ideias, mas o lado electrónico [da música] cria mais possibilidades, com efeitos de som, por exemplo. Estou a planear fazer performances artísticas onde apenas utilizo a minha voz e os meus aparelhos electrónicos. Não quero ser apenas um músico de jazz, mas um vocalista que é também um artista. A voz é o canal através do qual me posso expressar e o jazz é o meio para as minhas criações, mas não quero ficar apenas aí.
Está a trabalhar num projecto novo?
Sim. Estou a planear lançar agora um álbum de duetos, com um repertório, em que eu estou ao piano ou com a guitarra, no trompete, no baixo, como numa banda, criando algo mais intimista. O trabalho terá, maioritariamente, composições minhas e músicas em que estou com outros músicos. O estilo já não é apenas jazz, podendo ser electrónica ou música experimental. Gosto de escrever poesia e cada música terá uma poesia minha, e alguma será apenas lida.
Quando escreve poemas, que mensagens quer transmitir? Normalmente escrevo sobre amor.
Sou gay, e na minha geração as histórias do amor homossexual não eram bem aceites na China, e mesmo agora as pessoas continuam sem compreender. Há muita
gente a escrever sobre amor e a escrever grandes poemas sobre esse tema, e não quero competir com eles. A maior parte das coisas que escrevo é sobre as minhas observações, sobre o meu próprio desenvolvimento [como pessoa] e também o desenvolvimento sobre as cidades, ou reflexões sobre mim próprio nesses lugares. Xangai é uma cidade com charme, mas só o é porque tem pessoas com charme a viver nela, por isso tento escrever sobre as pessoas nas cidades, e de como eu me reflicto em determinada cidade.
“A maior parte das coisas que escrevo é sobre as minhas observações, sobre o meu próprio desenvolvimento [como pessoa] e também o desenvolvimento sobre as cidades, ou reflexões sobre mim próprio nesses lugares.”
Falta ainda abertura na China para o universo LGBT a nível artístico, por exemplo?
A situação está melhor do que antes, há uma maior abertura, e maior aceitação da parte da sociedade, mas não por parte das autoridades. A sociedade não se importa com essa questão.
As famílias têm ainda um lado tradicional, não aceitando a homossexualidade?
A minha família aceitou-me muito bem. Mas tudo depende de quão tradicional é a família, ou de quanto pode cuidar. Acredito que se existe um verdadeiro amor dos pais, eles vão amar-te independentemente do que és. Também tive de assegurar aos meus pais que sou uma pessoa forte e capaz, porque a maior parte dos pais, quando não aceitam a homossexualidade, preocupam-se se não és bem aceite ou se vais sofrer de discriminação pela sociedade. Na China já ninguém quer ter filhos, há um envelhecimento da população e isso está a tornar-se um grande problema. O facto de não existirem filhos não são uma grande preocupação para os pais de homossexuais, mas estes preocupam-se que os seus filhos possam ser discriminados. Tive de assegurar aos meus pais que ninguém me pode diminuir por causa da minha sexualidade. Disse-lhes que posso contribuir para a sociedade e que eles não precisam de se preocupar. Andreia Sofia Silva
“Estou a planear lançar agora um álbum de duetos, com um repertório, em que eu estou
A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) e a Air Macau organizaram uma visita ao território para operadores turísticos de Tóquio e Osaka, de acordo com um comunicado emitido ontem. A visita serviu para “expandir os mercados turísticos internacionais” e os visitantes participaram numa “bolsa de contactos com operadores turísticos locais, para impulsionar contactos e explorar em conjunto oportunidades de negócio”. A delegação japonesa foi composta por 14 representantes de
agências de viagem de Tóquio e Osaka, e estiveram em Macau entre quinta-feira e domingo, visitando locais como o Museu do Grande Prémio de Macau, Estaleiros Navais de Lai Chi Vun, Centro Histórico e instalações hoteleiras. Em 2019, o último ano antes da adopção das políticas de zero casos de covid-19, Macau recebeu 295,8 mil visitantes do Japão, o terceiro maior mercado turístico internacional. No entanto, nos primeiros seis meses deste ano, apenas foram registadas 22 mil entradas.
A nova versão da futura Lei das Técnicas de Procriação Medicamente Assistida passou a consagrar a proibição dos interessados escolherem os dadores do material biológico necessário para a reprodução. A diferença foi assinalada por Chan Chak Mo, o deputado que preside à 2.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, que terminou a discussão na especialidade do diploma. A nova versão passa também a especificar
que não deve haver linha directa familiar entre os dadores e os receptores. Outra diferença passa por exigir que os dadores tenham, pelo menos, 18 anos e que se apresentem em boas condições físicas e mentais, sem apresentarem sintomas de doenças genéticas ou contagiosas. A futura lei vai a plenário até 15 de Agosto, para ser aprovada, entrando em vigor 180 dias depois de ser publicada no Boletim Oficial.
A mudança de posição das associações tradicionais ficou consolidada, com um novo apoio à suspensão da construção estátua de Kun Iam. Apesar de a imagem das associações junto da população ficar mais fragilizada, este aspecto tem pouca relevância no seu papel actual, considera o analista Larry So
Faz-se público que, por despacho do Secretário para os Transportes e Obras Públicas, de 18 de Julho de 2023, e nos termos do Regulamento Administrativo n.º 14/2016 «Recrutamento, selecção e formação paara efeitos de acesso dos trabalhadores dos serviços públicos», republicado e renumerado pelo Regulamento Administrativo n.º 21/2021, e da Lei n.º 14/2009 «Regime das carreiras dos trabalhadores dos serviços públicos», com as alterações introduzidas pela Lei n.º 2/2021, se encontra aberto o concurso de avaliação de competências profissionais ou funcionais, comum, externo, do regime de gestão uniformizada, para o preenchimento de um lugar vago de técnico superior de 2.ª classe, 1.º escalão, da carreira de técnico superior, área de gestão de arquivos e de biblioteca, do quadro do pessoal da Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana(Concurso n.º: 04-TS-2023).
O respectivo aviso foi publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau, n.º 30, II Série, de 26 de Julho de 2023. Para mais informações, pode consultar no nosso website (http://www.dsscu.gov.mo) ou a página electrónica dos concursos da função pública, em http:// concurso-uni.safp.gov.mo/. O prazo para apresentação de candidatura decorre entre 27 de Julho e 7 de Agosto de 2023.
Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana, aos 20 de Julho de 2023.
O Director dos Serviços
Lai Weng Leong
APÓS o anúncio do cancelamento da construção da Estátua de Kun Iam na Barragem de Hac Sá, várias associações tradicionais voltaram a elogiar a decisão do Governo. As declarações consolidam a posição mais recente, que representa igualmente um recuo, uma vez que após a apresentação do projecto as mesmas associações elogiaram a iniciativa.
Após o apoio e as críticas iniciais da Associação dos Moradores terem ficado a cargo de Chan Ka Leong, um dos presidentes da associação, ontem foi a vez da também presidente Ng Sio Lai reagir.
Segundo a versão de Ng Sio Lai, “desde o início que os Moradores apresentaram diferentes opiniões sobre o projecto”, e por essa razão a associação “propôs a paragem da construção da estátua”.
Num texto publicado no jornal Ou Mun, em que nunca é mencionado o apoio inicial, Ng Sio Lai sublinha que “concorda com a decisão do Governo em suspender um projecto socialmente controverso”. No lado da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), a reacção
ficou a cargo de Leong Sun Iok, um dos dois deputados da associação eleitos pela via directa, que também se dividiu entre as duas posições contraditórias, apoiando a iniciativa em primeiro lugar, e criticando depois da reacção popular. Segundo as declarações prestadas ao Jornal do Cidadão, Leong afirma agora estar “feliz” por ver as autoridades “darem um bom exemplo e ouvirem as opiniões da comunidade”. Para o legislador, o recuo mostra também que “o Governo atribui uma grande importância às opiniões dos residentes”.
Ainda assim, ambos os representantes das associações concordam com a construção
“Estas associações afastaram-se do papel de representar as grandes camadas da população [...] Estão num patamar superior, não tocam no chão, estão acima da maior parte da população.”
do Campo de Aventuras Juvenis da Praia de Hac Sá, que vai ter um custo estimado de 1,4 mil milhões de patacas. No entanto, Ng e Leong destacam a importância das instalações “para que os cidadãos possam fazer diversas actividades”, salientando a necessidade de controlar e fiscalizar os gastos.
Imagem atingida
Para o analista político Larry So, a posição errática das associações é uma consequência do papel que cumprem no sistema político actual e que contrasta com as funções de representação do grosso da população.
“As associações tradicionais têm um posicionamento muito forte no sentido de elogiar todas as propostas do Governo. Quando o Governo faz uma proposta, elas defendem essa decisão”, explicou o analista, em declarações ao HM. “Estas associações afastaram-se do papel de representação das grandes camadas da população [...] São associações que estão num patamar superior, não tocam no chão, estão acima da maior parte da população”, reiterou.
Seguindo esta linha de pensamento, as associações assumem um papel diferen-
te, de prestação de serviços, com base nos subsídios do orçamento da RAEM: “Estas associações, num certo sentido, recebem subsídios do Governo para prestarem alguns serviços, desviando-se assim das funções que assumiam há cerca de 40 anos. Actualmente, representam o status quo”, fundamentou o analista. “Para manterem o status quo apoiam, sem pensar verdadeiramente nos assuntos, as acções do Governo”, vincou. As “novas” funções das associações tradicionais fazem com que a imagem junto da população seja afectada, no entanto, esta não é uma preocupação. E nesta análise geral, o episódio da Estátua de Kun Iam e a perda de face é uma consequência do novo normal. “A postura destas associações acaba sempre por prejudicar a sua reputação junto da população. E este caso faz com que as pessoas confiem ainda menos nelas”, admitiu Larry So. “Mas temos de perceber que têm um posicionamento pró-Governo, vão elogiar todas as decisões independentemente das opções tomadas, porque deixaram de ter o papel de representação das vontades dos cidadãos, como acontecia no passado”, concluiu. João Santos Filipe
Desde que foram implementadas as políticas que abriram a possibilidade de veículos de Macau (1 de Janeiro) e de Hong Kong (1 de Julho) circularem na província de Guangdong, mais de meio milhão de veículos das regiões administrativas especiais entraram na província através de Zhuhai. A informação avançada ontem pelas autoridades alfandegárias de Gongbei realça o aumento do fluxo de veículos de matrícula de Macau e Hong Kong a atravessar pela fronteira da Ponte do Delta, onde as autoridades alfandegárias processam diariamente entre 3.800 e 4.000 veículos. O fluxo ao fim-de-semana ultrapassa os 5.000 veículos diários. Recorde-se que as autoridades fixaram uma quota diária de veículos autorizados a atravessar a fronteira, com Macau a não poderem ultrapassar 2.000 veículos por dia.
Entre Janeiro e Maio não houve qualquer registo de alunos envolvidos em crimes de contrabando entre Macau e o Interior da China, de acordo com dados revelados pela chefe do Gabinete do secretário para a Segurança, Cheong Ioc Ieng, em resposta a uma interpelação escrita do deputado Lam Lon Wai. Ao mesmo tempo, a responsável garantiu que os Serviços de Alfândega (SA) estabeleceram um mecanismo de comunicação com as escolas na zona norte do território, para trocar informações no caso de serem detectados alunos envolvidos neste tipo de prática. Cheong Ioc Ieng apontou ainda que os SA lançam várias palestras de divulgação das leis em vigor nas escolas secundárias, para que os alunos saibam que tipo de responsabilidades podem ter de assumir, no caso de participarem no contrabando. Segundo os dados citados, em 2022 registaram-se sete casos de contrabando que envolveram a participação de alunos.
Realiza-se hoje um teste na segunda fase do posto fronteiriço de Hengqin para preparar a passagem de veículos de passageiros e de carga através de um procedimento simplificado, anunciou ontem o gabinete do secretário para a Segurança. O gabinete de Wong Sio Chak alerta, portanto, os motoristas para terem atenção ao fluxo de tráfego de veículos, apesar de o Governo garantir que os “procedimentos de inspecção permanecerão inalterados durante a realização do teste”. No entanto, como algumas faixas utilizadas no teste se sobrepõem à faixa de inspecção alfandegária, os motoristas devem prestar atenção aos sinais e às indicações na faixa de inspecção alfandegária.
ELLA Lei exige ao Governo medidas para garantir que os peões respeitam as regras do trânsito e não atravessam as passadeiras quando está sinal vermelho. A posição é tomada através de uma interpelação escrita, depois de recentemente terem sido reveladas as estatísticas com o número de acidentes e infracções cometidas por peões.
Até Maio, a polícia relatou um total de 177 acidentes de trânsito relacionados com peões e um aumento de 43 por cento dos casos de travessia fora da passadeira, num total de 735 ocorrências.
No entanto, Ella Lei acredita que o cenário ainda pode piorar:
“Com a recuperação da economia, o aumento do número de turistas e a diversificação dos roteiros turísticos, o trânsito está cada vez mais intenso, pelo que a segurança de todos merece atenção”, começa por indicar a deputada. “É preciso reconhecer que alguns turistas não estão familiarizados com as regras de trânsito de Macau, e que se enganam na altura de olharem
Ella Lei espera que as autoridades tenham em conta as pessoas com dificuldades motoras ou outras limitações físicas
para o trânsito e perceberem de que sentido vêm os carros”, acrescentou.
A legisladora da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) criticou também o que considera ser o comportamento menos correcto dos turistas, que tiram fotografias no meio da rua. “Além de os peões atravessarem as estradas fora das passadeiras e a ignorarem os semáforos, também temos quem tire fotografias no meio da estrada, um comportamento propício a causar acidentes”, vincou. “A sociedade espera que as autoridades adoptem as medidas necessárias e reforcem as campanhas de promoção,
educação sobre as leis locais e que garantam a segurança rodoviária”, atirou.
Neste sentido, Ella Lei quer saber “como as autoridades vão proteger a segurança dos condutores e peões através de campanhas de sensibilização” e “executar a lei”. Além de pedir medidas com punições para os infractores, a deputada aponta também para a necessidade de introduzir melhorias nos passeios, travessias de estrada para os peões e até paragens de autocarros. “Quais são os planos das autoridades para melhorar os passeios e passadeiras? Há um plano geral para lidar com os passeios apertados nas ruas mais antigas?”, questionou.
Por último, a deputada da FAOM destaca que existem passadeiras em que os semáforos ficam verde para os peões durante um período de tempo demasiado curto, o que prejudica principalmente os mais velhos. Por isso, Ella Lei espera que as autoridades tenham em conta as pessoas com dificuldades motoras ou outras limitações físicas, que não permitem caminhar tão depressa, e que crie maiores condições de segurança ao aumentar o tempo para os peões atravessarem as estradas. João Santos Filipe
Além de se mostrar preocupada com turistas que tiram fotografias no meio da estrada, a deputada da FAOM alerta o Governo para o problema dos semáforos com tempos demasiado curtos para os peões atravessaremOLGA SANTOS
Opresidente da Associação Geral da Indústria de Limpezas de Serviço de Macau, Chan Kin Ieng, defende que o aumento do salário mínimo deve ter em conta a situação económica do território, as opiniões dos consumidores e a situação da indústria. Face à possibilidade de os salários poderem aumentar para 36 patacas por hora, face às actuais 32 patacas, Chan Kin Ieng reconheceu o esforço do Governo e considerou ser um comportamento socialmente responsável.
No entanto, o dirigente associativo apontou que o sector atravessa uma situação difícil, com cada vez mais despesas e procura menor, relacionada com o facto de o negócio ainda não ter recuperado no período pós-covid. De acordo com o ce-
nário traçado, como as receitas do jogo tendem a demorar a chegar à sociedade, com a circulação de carros de Macau para Guangdong a afectar os negócios locais, o consumo é menor, o que acaba por influenciar a procura por serviços de limpeza e os preços praticados.
Chan Kin Ieng exemplificou que a maioria dos clientes recusam aumentos no preço pelo serviço e que só estão disponíveis para aceitar os preços com descontos especiais, praticados durante a pandemia. Por isso, o responsável pediu ao Governo que actue com moderação, para não prejudicar as empresas de limpezas, e alertou para a possibilidade do aumento excessivo do ordenado mínimo aumentar o desemprego no sector. N.W.
O fim da pandemia foi um dos motivos apontados para a redução do número de saídas de ambulância. Porém, em comparação com o ano passado, também se registaram menos incêndios
NOS primeiros seis meses deste ano, o número de acções que exigiram a intervenção do Corpo de Bombeiros diminuiu 7,26 por cento, de acordo com dados oficiais apresentados ontem. Entre Janeiro e Junho deste ano, os Bombeiros foram chamados para acorrer a 24.551 casos, uma redução face ao período homólogo, quando tinham sido chamados para 26.472 ocorrências.
essencialmente ao esquecimento de desligar os aparelhos de fogão, a chamas esquecidas, curto-circuitos nas instalações eléctricas e queima de incensos e velas/papéis votivos”, foi explicado em comunicado.
motivados por comida queimada.
Faz-se saber que em relação ao concurso público para empreitada de obra pública designada por « Empreitada de Concepção e Construção de Habitação Pública no Lote B5 da Nova Zona de Aterro A », publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 25, II Série, de 21 de Junho de 2023, foi feita aclaração complementar conforme necessidades, pela entidade que realiza o concurso e junta ao processo do concurso.
A referida aclaração complementar encontra-se disponível para consulta, durante o horário de expediente, na Direcção dos Serviços de Obras Públicas, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar, Macau.
Direcção dos Serviços de Obras Públicas, aos 20 de Julho de 2023.
O Director, Lam Wai Hou
A nível dos incêndios, o Corpo de Bombeiros foi chamado 411 vezes nos primeiros meses do ano, entre os quais houve 313 ocasiões em que as chamas foram extintas sem necessidade de utilizar mangueiras. Ainda entre as 411 ocorrências, 82 foram motivadas por comida queimada.
“Os motivos dos incêndios deveram-se
Em comparação com o ano passado, houve menos 19 incêndios em que os bombeiros foram chamados a intervir, dado que em 2022 os registos apontam para 430 casos, uma redução de 4,42 por cento. Entre estes, 305 fogos tinham sido extintos sem a utilização de mangueiras e 97
“À
Os casos que exigiram a saída de ambulâncias registaram igualmente um decréscimo em comparação ao período homólogo.
Nos primeiros seis meses, houve 20.913 ocorrências que exigiram a deslocação de 22.392 ambulâncias, uma redução de 4,55 por cento e 5,74 por cento, respectivamente. No ano anterior, o Corpo de Bombeiros registou 21.9111 deslocações de 23.756 ambulâncias.
a sociedade
normal, os casos confirmados de covid-19 também diminuíram.
Actualmente, o número de saídas de ambulância voltou ao nível anterior à epidemia.”
Parte da redução da saída das ambulâncias foi explicada com o fim das medidas de covid-19 zero. “À medida que a sociedade voltou ao normal, os casos confirmados de covid-19 também diminuíram. Actualmente, o número de saídas de ambulância voltou ao nível anterior à epidemia”, foi justificado.
Segundo o comunicado, as saídas das ambulâncias foram motivadas por situações como “dificuldades respiratórias, tonturas, dores abdominais, febre, palpitações” que contribuíram
para 12.002 casos, o que ocupou 57,39 por cento do número total da saída de ambulância. Também o número de operações de salvamento diminuiu para um total de 931 casos, uma redução de 9,35 por cento face às 1.027 ocorrências registadas entre Janeiro e Junho do ano passado. Igual tendência foi registada nos “serviços especiais”, que tiveram uma redução de 26,03 por cento para 2.296 casos, quando anteriormente tinham sido contabilizadas 3.104 ocorrências. João Santos Filipe
OInstituto Cultural (IC) tem um plano para fechar ao trânsito o Bairro da Rua da Felicidade, de acordo com um projecto apresentado ontem, numa reunião do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural. A iniciativa surge depois de no início do ano o encerramento temporário do trânsito da Avenida de Almeida Ribeiro ter sido considerado um
sucesso. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o objectivo do Governo passa por criar condições para fixar, preferencialmente em regime de permanência, uma zona pedonal que atraia mais residentes e turistas para aquela zona e contribuir para a revitalização e recuperação de mais um bairro antigo da cidade. Após a apresentação da proposta, Deland Leong Wai Man
garantiu que o projecto teve o “parecer favorável” dos membros do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural. De acordo com a mesma fonte, a responsável também assinalou que a zona – composta pelas ruas da Felicidade e Matapau e as travessas do Mastro, do Auto Novo e de Hó Lo Quai – deverá ser encerrada à circulação automóvel durante
todo o dia, funcionando em regime de trânsito condicionado durante a madrugada e parte da manhã. Antes da actividade arrancar, o Governo garante que vão ser feitas “negociações e auscultações à população do bairro”. No entanto, a presidente do IC afirmou que, nesta altura, os moradores mostraram “abertura” para que o projecto avance.
medida que
voltou ao
CORPO DE BOMBEIROS
O Terminal Marítimo do Porto Exterior vai voltar a encerrar amanhã de manhã, entre as 01h e 12h, devido às obras de construção da 4.ª Ponte Macau-Taipa, indicou ontem a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA). O Governo indicou que o terminal marítimo irá encerrar de novo na próxima segunda-feira, 31 de Julho, também entre as 01h e 12h. A suspensão dos transportes marítimos e do terminal foram justificados pelo facto de o empreiteiro da obra de construção da 4.ª Ponte Macau-Taipa voltar a “proceder à elevação e montagem no Canal do Porto Exterior”. Os trabalhos vão obrigar à interdição provisória do canal, situação que as autoridades vão monitorizar para garantir a segurança marítima. Para compensar a oferta de transportes marítimos, a operadora “vai aumentar, provisoriamente, as frequências de carreiras marítimas no Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa para escoar passageiros”.
A Oficina de Hambúrguer N8 Limita foi escolhida para explorar o café do Centro Cultural de Macau, apesar de ter apresentado a proposta com a renda mais baixa. A decisão foi tomada no mês passado, e a empresa comprometeu-se a pagar ao Instituto Cultural uma renda de 22 mil patacas por mês, durante três anos. As outras propostas identificadas como Cheong Chi Fong e The Hideout Coffees tinham apresentado rendas mais elevadas, de 36,9 mil patacas por mês e 35 mil patacas por mês, respectivamente. Segundo as regras do concurso público, as propostas tinham de apresentar uma renda mínima de 20 mil patacas, um critério que contava para 40 por cento da decisão final. Os outros critérios eram o “grau de perfeição da proposta operacional trienal e do plano operacional para os primeiros dozes meses”, também com um valor de 40 por cento, a “experiência da pessoa proposta para director de operações”, que valia 12 por cento, e a “experiência da proposta para consultor”, que contava 8 por cento.
Dentro do universo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Banco Nacional Ultramarino (BNU) foi a instituição bancária que mais contribui para resultados consolidados no primeiro semestre. Segundo avançou ontem a TDM – Rádio Macau, a Caixa Geral de Depósitos obteve na primeira metade deste ano lucros globais de 608 milhões de euros, um acréscimo de 122 milhões de euros, ou seja, mais 25 por cento, face ao período homólogo do ano passado. Ao nível da actividade internacional, o BNU foi o banco que mais contribui para os resultados consolidados da Caixa Geral de Depósitos com 33 milhões de euros, cerca de 295 milhões de patacas, ficando à frente do Banco Comercial e de Investimentos de Moçambique, com 32 milhões de euros, e do Banco Caixa Geral de Angola, que contribuiu com 18 milhões para o total de 102 milhões de euros do grupo Caixa no primeiro semestre de 2023.
O presidente da Associação Económica de Macau recomenda aos pequenos comerciantes dos bairros comunitários, onde faltam atracções turísticas, que inovem na abordagem ao cliente e criem características próprias que os diferenciem. As recomendações são apontadas como um remédio para a sangria de residentes que saem de Macau ao fim-de-semana
SEGUINDO a sede infinita pela “viralidade” e hashtags potenciadores de negócios, que tem preenchido o léxico do Governo, deputados e associações com expressões como “lojas com características próprias”, o presidente da Associação Económica de Macau, Lau Pun Lap, aponta à inovação como o caminho para o pequeno comércio dos bairros comunitários.
O ex-coordenador do Gabinete de Estudo das Políticas argumenta que as lojas e negócios, que estão fora do alcance das multidões dos circuitos turísticos, devem diferenciar-se em antecipação das férias de Verão e como forma de equilibrar a perda de negócio gerada pela saída do território de residentes, em particular durante os fins-de-semana.
Novos produtos e mentalidade fresca para atrair novos clientes, características inovadoras e originais podem ser trunfos para os negócios que estão a sofrer, em particular desde que foi implementada a política de circulação de veículos de Macau na província vizinha de Guangdong.
Lau Pun Lap considera que as pequenas e médias empresas têm de encarar a realidade de que parte do consumo doméstico mudou para norte, mas continuam a entrar muitos turistas no território
Em declarações ao jornal Ou Mun, Lau Pun Lap considera que a perda de procura doméstica pode também ser mitigada por elementos inovadores proporcionados pela iniciativa do Governo, com actividades organizadas nos bairros comunitários para injectar vitalidade comercial fora dos locais de turismo.
O facto de estas serem as primeiras férias de Verão desde o fim das restrições fronteiriças e do pânico da covid-19 é um factor que pode potenciar a saída das famílias de Macau para fora. Nesse contexto, e como a economia local ainda não recuperou totalmente, o Interior da China é um destino barato, mais aliciante desde a depreciação do yuan, e conveniente desde que começou a política de circulação de veículos de Macau em Guangdong.
Além disso, o consumo transfronteiriço online tornou-se ainda mais popular durante a pandemia, factor que já desviava para norte muitos consumidores locais.
O especialista considera que as pequenas e médias empresas têm de encarar a realidade de que parte do consumo doméstico mudou para norte, mas continuam a entrar muitos turistas no território.
O mercado de turistas de Hong Kong é destacado pelo dirigente associativo pelo grande potencial para as pequenas e médias empresas fora dos mais populares circuitos turísticos, pela abertura para experimentar novos produtos e sabores. Outra via, é a promoção online e a optimização das operações através de meios tecnológicos, reduzindo custos e chegando a um leque mais alargado de clientela. João Luz
É beleza natural, absoluta, que nem de pó-de-arroz depende para se embelezar, como pedra de jade leve e suave, como um floco de neve mas incapaz de molhar.
Causa um desejo que recompensa e rejuvenesce o olhar; límpida e serena, embriaga os poetas só de a contemplar.
SHEN ZHOU (1427-1509), o preclaro pintor de Suzhou, confessou uma especial admiração por Wu Zhen (1280-1354), um dos Quatro grandes mestres dos Yuan (1279-1368), que declinava o seu cognome em redor da palavra ameixa (mei) como Meihua Daoren, Mei Shami, ou Meihua Heshang, que dominava as Três perfeições (sanjue) da caligrafia, poesia e pintura e abriu um caminho na arte da pintura, a partir do qual outros puderam exprimir a sua própria sensibilidade.
Ao lado de uma pintura de 1347 desse mestre de Jiaxing, conhecida como Sentimento poético numa cabana de palha (rolo horizontal, tinta sobre papel, 24,5 x489,1 cm, no Museu de Arte de Cleveland), Shen Zhou escreveu:
«Como gosto do ‘velho da flor de ameixieira’, Que herdou os segredos do mestre Juran directamente, de coração para coração. Cultivando essa ‘afinidade de água e tinta’, Ele foi capaz de transmitir tudo com um toque de doce maturidade. Árvores e rochas pareciam brotar do seu pincel tão naturalmente, Que até a própria Natureza dificilmente poderia negar a sua emergência. De modo que agora, sob as copas dos carvalhos, Sinto vontade de o servir, humildemente.»
Essa atracção sentida pelas pinturas de Wu Zhen, que personificava o ideal da arte dos literatos, far-se-ia sentir suavemente e em crescendo ao longo do tempo.
Uma conhecida anedota conta como a família desse pintor se lamentava perante as filas de clientes que afluíam à casa do lado, desejosos de comprar as obras de um mestre da moda e ninguém para comprar as dele. Ao que o mestre respondia calmamente que daí a vinte anos tudo seria diferente. Esse pintor, seu vizinho bem-sucedido, possuía uma particular habilidade e engenho, combinando géneros que atraíam uma ambiciosa clientela que se promovia vizinhando-se do prestígio da arte dos letrados.
Sheng Mao (activo c. 1310-60) era filho do pintor Sheng Hong e nas suas deslocações pela Província de Zhejiang, terá convivido em Hangzhou com Chen Lin (c. 1260-1320) um pintor de paisagens, pássaros e flores que por sua vez teria estudado a arte com o fascinante Zhao Mengfu.
Do seu célebre vizinho ele percebeu o valor do ideal do pescador literato que pesca sem anzol, como mostra na pintura Solitário pescando junto de árvores de Outono (rolo vertical, tinta sobre papel, 102,6 x 33,3 cm, no Metmuseum).
A profecia atribuída a Wu Zhen cumprir-se-ia e o pintor profissional seria depreciado, até porque dele se não conhecem poemas ou caligrafias, mas as suas pinturas atentas ao sentido literário da
estação do ano, que coincidia com o fim da dinastia, suscitaram as palavras de muitos. Surpreendendo acções de literatos, como em Descendo um rio bordejado de áceres no Outono (rolo horizontal, tinta e cor sobre papel, no Museu do Palácio Nacional em Taipé) revelou contudo a virtude do exercício da proximidade.
AChina disse ontem que implementa com rigor as resoluções da ONU, em resposta aos países que solicitaram a assistência de Pequim para impedir que a Coreia do Norte contorne sanções utilizando águas territoriais chinesas.
Numa carta, endereçada a Zhang Jun, o representante de Pequim nas Nações Unidas, os países do G7 e a União Europeia (UE) levantaram preocupações sobre a “presença contínua de vários petroleiros” nas águas chinesas, que “facilitam o comércio de produtos petrolíferos sancionados” para a Coreia do Norte. A carta foi assinada pelos embaixadores na ONU
HM • 1ª vez • 26-7-23
da Austrália, Canadá, França, UE, Alemanha, Itália, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.
Pequim disse que “implementa com rigor as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e que cumpre com seriedade as suas obrigações internacionais”.
“A China exorta as partes relevantes a implementarem totalmente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre a República Popular Democrática da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte), especialmente as disposições sobre a retoma do diálogo, o fortalecimento dos esforços diplomáticos e a promoção de um acordo político”, disse o porta-voz
da missão chinesa na ONU, através da rede social Twitter.
Na segunda-feira, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, referiu que a “China sempre respeitou as suas obrigações internacionais, em relação à implementação das resoluções do Conselho de Segurança”.
A carta assinada pelo G7 e UE indicou que a presença e os movimentos dos navios-tanque foram observados pelo painel de especialistas das Nações Unidas que vigiam o cumprimento das sanções contra Pyongyang.
A Coreia do Norte está sujeita a sanções internacionais desde 2006.
As sanções foram agravadas por três vezes, em 2017, à medida que o país testava armas atómicas e mísseis balísticos.
As medidas adoptadas por unanimidade pelo Conselho de Segurança limitam as importações de petróleo do país.
Desde 2017, o Conselho de Segurança não conseguiu chegar a uma posição unificada. Em Maio de 2022, China e Rússia vetaram uma resolução que impunha novas
sanções contra Pyongyang. Deste então, nenhuma resolução ou declaração do Conselho foi adoptada, apesar de a Coreia do Norte ter realizado vários lançamentos de mísseis, incluindo no sábado passado. Os Estados Unidos, em particular, acusam regularmente Pequim e Moscovo de servir de “escudo” do regime norte-coreano e de encorajar novos disparos ao impedir uma resposta unida do Conselho de Segurança.
ANÚNCIO
CV2-19-0025-CEO
2º Juízo Cível
Execução Ordinária n.º
Exequente: WONG CHENG IO (黃貞堯), masculino, de nacionalidade chinesa, residentes em Macau, na Rua de Francisco Xavier Pereira, n.°71, Edifício Pak Keng, 2.º andar A.
Executado: CHAN WA KEONG (陳華強), masculino, de nacionalidade chinesa, residentes em Macau, na Rua da Alegria, n.°57, Edifício Oi Wa, 4.º andar E.
Nos autos supra identificados, foi designado o dia 27 de Setembro de 2023, pelas 09:45 horas, neste Tribunal, para a venda por meio de propostas em carta fechada, o bem abaixo identificado.
IMÓVEL A VENDER
Denominação da fracção autónoma: “E4” do 4.º andar “E”.
Situação: Em Macau, na Rua de Alegria n.ºs 53 a 59.
Fim: Para habitação.
Número de matriz: n°.071692.
Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: n°.11790, a fls.168 do Livro B31.
O valor da base da venda: MOP$ 1,790,000,00 (Um Milhão, Setecentas e Noventa Mil Patacas), correspondendo a 60% do valor da avaliação do imóvel.
Os preços das propostas devem ser superiores ao valor da base da venda acima indicado. ***
Os interessados na compra devem entregar a sua proposta em carta fechada, com indicação nos envelopes das propostas, a seguinte expressão “proposta em carta fechada”, “2º Juízo Cível” e o “Processo Número: CV2-19-0025-CEO”, na Secção Central deste Tribunal, até o dia 26 de Setembro de 2023, até 17:45 horas, podendo os proponentes assistir ao acto da abertura das propostas.
É fiel depositário Sr. Mak Tek San, com domicílio profissional em Macau, na Avenida Dr. Mário Soares, Edifício Finance and IT Center of Macau, 9.º andar D, Macau, que está obrigado, durante o prazo dos edital e anúncio, a mostrar o bem imóvel a quem pretenda examiná-lo, podendo fixar as horas em que, durante o dia, facultará a inspecção. Quaisquer titulares de direito de preferência na alienação do imóvel supra referido, podem, querendo, exercerem o seu direito no próprio acto da abertura das propostas, se alguma proposta for aceite, nos termos do art° 787° do C.P.C.M. Macau, aos 10 de Julho de 2023.
Oórgão máximo legislativo da China reuniu-se ontem para decidir sobre “nomeações oficiais”, numa altura em que o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês não é visto em público há um mês.
Pequim continua sem esclarecer o paradeiro de Qin Gang, num período de frenética actividade diplomática para o país asiático. A última vez que Qin surgiu em público foi a 25 de Junho, quando esteve reunido com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Andrey Rudenko.
A agência de notícias oficial Xinhua indicou, na segunda-feira à noite, que a Comissão Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN) vai também “rever emendas legislativas”.
De acordo com o portal NPC Observer, que acompanha a actividade da APN, o órgão legislativo teve apenas nove reuniões fora da agenda, que é determinada com meses de antecedência, nos últimos dez anos. O encontro de ontem foi uma dessas excepções.
Através da rede social Twitter, o NPC Observer
Reunião gera expectativas sobre ministro dos Negócios Estrangeiros desaparecido
destacou o curto prazo com que a reunião foi anunciada: “Com base em informações publicamente disponíveis, pode ser a primeira vez em dez anos que o conclave é convocado na véspera”.
No início deste mês, a porta-voz da diplomacia chinesa Mao Ning justificou a ausência de Qin Gang de um encontro de ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação de Nações do Sudeste Asiático, em Jacarta, por “motivos de saúde”.
Questionada novamente sobre o paradeiro do responsável, Mao disse, em conferência de imprensa,
na segunda-feira, não ter informações e negou que a ausência tenha tido impacto nas actividades diplomáticas do país.
Manter o equilíbrio
Qin, de 57 anos, foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros em Dezembro passado. Anteriormente foi embaixador em Washington e é fluente em inglês.
A nomeação como ministro ocorreu na altura em que Pequim terminou a política de ‘zero covid’, que manteve as fronteiras do país encerradas durante quase três anos.
A reabertura das fronteiras proporcionou uma intensa agenda diplomática, com líderes e altos funcionários de países estrangeiros a visitar a China todas as semanas.
Além de receber dignitários estrangeiros em Pequim, incluindo o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, Qin visitou a Europa, a África e a Ásia Central.
Qin substituiu Wang Yi, actual director do Gabinete da Comissão para as Relações Externas do Partido Comunista da China (PCC), com uma agenda internacional marcada pela guerra na Ucrânia ou pela crescente rivalidade entre Pequim e Washington.
Hu Xijin, influente comentador chinês e antigo editor-chefe do Global Times, jornal oficial do PCC, admitiu, num comentário difundido através da rede social Weibo, que “está toda a gente preocupada com um assunto, mas que não pode discuti-lo publicamente”.
“É preciso encontrar um equilíbrio entre manter a situação e respeitar o direito do público de se manter informado”, defendeu.
Pequim rejeita as preocupações do G7 sobre a presença de dos navios-tanque nas águas chinesas e garante cumprir escrupulosamente as determinações das Nações UnidasPequim disse que “implementa com rigor as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e que cumpre com seriedade as suas obrigações internacionais”
Acotação das acções das principais construtoras da China disparou ontem, após o Partido Comunista Chinês ter sugerido um relaxamento das medidas restritivas que mergulharam o sector imobiliário numa crise de liquidez.
A meio da sessão de ontem na Bolsa de Valores de Hong Kong, o índice que acompanha as principais empresas imobiliárias da China subiu 5,1 por cento.
As empresas que registaram as subidas mais acentuadas foram aquelas cuja cotação sofreu a maior queda nos últimos meses, incluindo a Longfor Group (21,92 por cento) ou a Country Garden (14,29 por cento), bem como a subsidiária de gestão imobiliária desta última, a CG Services (21,32 por cento).
Também nos mercados da China continental, um índice que acompanha a evolução dos títulos das imobiliárias avançou 4,2 por cento, durante a sessão da manhã.
A reunião do Politburo do Partido Comunista, que se realizou na segunda-feira e foi liderada pelo Presidente da China, Xi Jinping, reconheceu “alterações importantes”, entre a oferta e a procura no mercado imobiliário, e prometeu “ajustar e optimizar” as medidas para o sector em “tempo
Acções de imobiliárias disparam com apoio de Pequim
útil”, fazendo “bom uso” dos instrumentos políticos à disposição das autoridades.
“São sinais interessantes, já que a desaceleração do sector imobiliário é um dos principais desafios enfrentados pela economia [chinesa]. Parece que o governo reconheceu a importância das mudanças políticas no sector para estabilizar a economia”, disse Zhang Zhiwei, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, citado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post.
A situação financeira de muitas construtoras chinesas deteriorou-se, após os reguladores chineses passarem a exigir às empresas, em 2020, um tecto de 70 por cento na relação entre passivos e activos e um limite de 100 por cento da dívida líquida sobre o património, suscitando uma crise de liquidez no sector, que foi agravada pelas medidas de combate à Covid-19. A consequente desconfiança entre os potenciais compradores levou a um abrandamento do mercado e a uma queda preocupante dos preços, já que o imobiliário é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas. O sector da construção constitui
Concurso público de empreitada de obra pública designada por «Empreitada de concepção e construção da galeria técnica e arruamentos na Zona A dos Novos Aterros Urbanos – Zona Sul»
1. Entidade que põe a obra a concurso: Região Administrativa Especial de Macau.
2. Serviço por onde corre o procedimento do concurso: Direcção dos Serviços de Obras Públicas.
3. Modalidade de concurso: concurso público.
4. Objecto da empreitada concepção e construção da galeria técnica, dos arruamentos e da rede de drenagem na zona sul da Zona A dos Novos Aterros Urbanos.
5. Local de execução na zona sul da Zona A dos Novos Aterros Urbanos.
6. Obra dividida por partes não.
7. Admissibilidade de apresentação de anteprojecto: sim.
8. Tipo de empreitada por preço global, com excepção da obra da galeria técnica secundária que é por série de preços.
9. Prazo de execução da obra: o prazo máximo global de concepção e execução é de 600 (seiscentos) dias de trabalho, contado a partir da data de consignação, com 5 (cinco) metas obrigatórias de execução, sendo a:
- Primeira (1.ª) meta obrigatória: apresentação de todos os projectos de execução, com o prazo máximo de execução de 60 (sessenta) dias de trabalho, contado a partir da data de consignação;
- Segunda (2.ª) meta obrigatória: conclusão das fundações por estacas, com o prazo máximo de execução de 210 (duzentos e dez) dias de trabalho, contado a partir da data de consignação;
- Terceira (3.ª) meta obrigatória: conclusão dos arruamentos centrais e da rede de drenagem no lado sul, com o prazo máximo de execução de 350 (trezentos e cinquenta) dias de trabalho, contado a partir da data de consignação;
- Quarta (4.ª) meta obrigatória: conclusão dos troços M1+706.2~M2+380 da galeria técnica, com o prazo máximo de execução de 350 (trezentos e cinquenta) dias de trabalho, contado a partir da data de consignação.
- Quinta (5.ª) meta obrigatória: conclusão de todas as estruturas da galeria técnica, com o prazo máximo de execução de 480 (quatrocentos e oitenta) dias de trabalho, contado a partir da data de consignação. (Indicado pelo concorrente; deve consultar os pontos 7, 8 e 13 do Preâmbulo do Programa de Concurso).
10. Preço base: não há
11. Condições de admissão: pessoas, singulares ou colectivas, inscritas na DSSCU na modalidade de execução de obras, bem como aquelas que à data limite de apresentação de propostas tenham requerido ou renovado a referida inscrição, sendo que neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição ou renovação. As pessoas, singulares ou colectivas, por si ou em agrupamento, só podem submeter uma única proposta.
12. Modalidade jurídica da associação a adoptar pelo concorrente em agrupamento a quem venha eventualmente a ser adjudicada a empreitada: consórcio externo nos termos previstos no Código Comercial, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 40/99/M, de 3 de Agosto.
13. Local e hora para consulta do processo do concurso e obtenção de cópias:
Local: sede da DSOP, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar.
Hora: todos os dias úteis, das 9,00 às 12,45 e das 14,30 às 17,00 horas.
Para além da obtenção das cópias (versão digital) do processo do concurso no local acima citado, sujeito às regras e aos termos de utilização do serviço de descarregamento online, podem as mesmas serem descarregadas da página electrónica da Direcção dos Serviços de Obras Públicas (www.dsop.gov.mo).
Cópias do processo do concurso: versão digital, mediante o pagamento de $1 500,00 (mil e quinhentas patacas).
14. Local, data e hora limite para a entrega das propostas:
Local: sede da DSOP, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar.
Data e hora limite: dia 19 de Setembro de 2023 (Terça - feira), até às 17,00 horas.
Em caso de encerramento do Serviço (DSOP) na hora limite para a entrega de propostas por motivo de força maior, o prazo para a entrega das propostas é adiado para o primeiro dia útil seguinte à mesma hora.
15. Língua a utilizar na redacção da proposta: a proposta e os documentos que a acompanham devem estar redigidos em qualquer uma das línguas oficiais da RAEM, chinês ou português. É permitida a utilização de língua não oficial da RAEM nos casos expressamente indicados no programa do presente concurso.
16. Prazo de validade das propostas: 90 (noventa) dias, a contar a partir da data de encerramento do acto público do concurso, prorrogável nos termos do artigo 93.º do DecretoLei n.º 74/99/M, de 8 de Novembro.
17. Caução provisória: $17 600 000,00 (dezassete milhões e seiscentos mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro-caução aprovado nos termos legais.
18. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o adjudicatário tiver a receber, em cada um dos pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, em reforço da caução definitiva prestada).
19. Data de realização do acto público do concurso
Local: sala de reunião da DSOP, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar.
Dia e hora: 20 de Setembro de 2023 (Quarta -feira), pelas 09,30 horas.
Em caso de encerramento do Serviço (DSOP) para o referido acto público, por motivo de força maior ou qualquer outro motivo impeditivo, a data de realização do acto público do concurso é adiada para o primeiro dia útil seguinte à mesma hora.
Os concorrentes ou os seus representantes devidamente mandatados devem estar presentes no acto público para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M, de 8 de Novembro, e para esclarecer eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.
20. Critérios de apreciação das propostas:
– Preço da obra: 50%
– Prazo de concepção e execução: 30%
– Experiência em execução: 20%
21. Critério de adjudicação:
A adjudicação é efectuada ao concorrente com pontuação total mais elevada e, no caso de haver empate na pontuação total mais elevada, a adjudicação é efectuada ao concorrente com a proposta de preço mais baixo.
Região Administrativa Especial de Macau, aos 21 de Julho de 2023.
O Director, Lam Wai Hou
ainda um terço do PIB chinês. Segundo dados oficiais, as vendas de imóveis, medidas por área de terreno, caíram 5,3 por cento, no primeiro semestre do ano, já após terem afundado 24,3 por cento, em 2022.
DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE OBRAS PÚBLICAS ANÚNCIO
Concurso público de empreitada de obra pública designada por
«Empreitada da Reconstrução da Estação Elevatória das Águas Residuais da Barra (EP2) –1. Fase »
1. Entidade que põe a obra a concurso Região Administrativa Especial de Macau.
2. Serviço por onde corre o procedimento do concurso Direcção dos Serviços de Obras Públicas.
3. Modalidade de concurso: concurso público.
4. Objecto da empreitada: reconstrução da estação elevatória das águas residuais da Barra (EP2).
5. Local de execução: situa-se na Rua de S. Tiago da Barra.
6. Obra dividida por partes: não.
7. Admissibilidade de apresentação de anteprojecto não.
8. Tipo de empreitada: por série de preços.
9. Prazo de execução da obra: o prazo máximo global de execução é de 320 (trezentos e vinte) dias de trabalho com 2 (duas) metas obrigatórias de execução, sendo a:
1.ª meta obrigatória: conclusão da entivação de fundações e escavação da estação elevatória, com o prazo máximo de execução de 150 (cento e cinquenta) dias de trabalho; -
2. meta obrigatória: conclusão das estruturas subterrâneas até às estruturas da laje de cobertura da estação elevatória, com o prazo máximo de execução de 210 (duzentos e dez) dias de trabalho. Os prazos das duas metas obrigatórias acima referidas contam-se a partir da data de consignação da obra. (Indicado pelo concorrente; deve consultar os pontos 8 e 9 do Preâmbulo do Programa de Concurso).
10. Preço base: não há
11. Condições de admissão: pessoas, singulares ou colectivas, inscritas na Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana na modalidade de execução de obras, bem como aquelas que à data limite de apresentação de propostas tenham requerido ou renovado a referida inscrição, sendo que neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição ou renovação.
As pessoas, singulares ou colectivas, por si ou em agrupamento, só podem submeter uma única proposta.
12. Modalidade jurídica da associação a adoptar pelo concorrente em agrupamento a quem venha eventualmente a ser adjudicada a empreitada: consórcio externo nos termos previstos no Código Comercial, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 40/99/M, de 3 de Agosto.
13. Local e hora para consulta do processo do concurso e obtenção de cópias:
Local: sede da DSOP, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar.
Hora: todos os dias úteis, das 9:00 às 12:45 e das 14:30 às 17:00 horas.
Para além da obtenção das cópias (versão digital) do processo do concurso no local acima citado, sujeito às regras e aos termos de utilização do serviço de descarregamento online, podem as mesmas serem descarregadas da página electrónica da Direcção dos Serviços de Obras Públicas (www.dsop.gov.mo).
Cópias do processo do concurso: versão digital, mediante o pagamento de $1 000,00 (mil patacas).
14. Local, data e hora limite para a entrega das propostas:
Local: sede da DSOP, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar.
Data e hora limite: dia 16 de Agosto de 2023 ( Quarta-feira ), até às 17:00 horas.
Em caso de encerramento do Serviço (DSOP) na hora limite para a entrega de propostas por motivo de força maior, o prazo para a entrega das propostas é adiado para o primeiro dia útil seguinte à mesma hora.
15. Língua a utilizar na redacção da proposta: a proposta e os documentos que a acompanham devem estar redigidos em qualquer uma das línguas oficiais da RAEM, chinês ou português. É permitida a utilização de língua não oficial da RAEM nos casos expressamente indicados no programa do presente concurso.
16. Prazo de validade das propostas: 90 (noventa) dias, a contar a partir da data de encerramento do acto público do concurso, prorrogável nos termos do artigo 93.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M, de 8 de Novembro.
17. Caução provisória: $480 000,00 (quatrocentos e oitenta mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro-caução aprovado nos termos legais.
18. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o adjudicatário tiver a receber, em cada um dos pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, em reforço da caução definitiva prestada).
19. Data de realização do acto público do concurso:
Local: sala de reunião da DSOP, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar.
Dia e hora: 17 de Agosto de 2023 (Quinta-feira), pelas 09:30 horas.
Em caso de encerramento do Serviço da DSOP para o referido acto público, por motivo de força maior ou qualquer outro motivo impeditivo, a data de realização do acto público do concurso é adiada para o primeiro dia útil seguinte à mesma hora.
Os concorrentes ou os seus representantes devidamente mandatados devem estar presentes no acto público para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º
74/99/M, de 8 de Novembro, e para esclarecer eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.
20. Critérios de apreciação das propostas:
– Preço da obra: 50%
– Prazo de execução: 30%
– Experiência e qualidade em obras: 20%
21. Critério de adjudicação:
A adjudicação é efectuada ao concorrente com pontuação total mais elevada e, no caso de haver empate na pontuação total mais elevada, a adjudicação é efectuada ao concorrente com a proposta de preço mais baixo.
Região Administrativa Especial de Macau, aos 20 de Julho de 2023.
O Director, Lam Wai Hou
“São sinais interessantes, já que a desaceleração do sector imobiliário é um dos principais desafios enfrentados pela economia [chinesa]. Parece que o governo reconheceu a importância das mudanças políticas no sector para estabilizar a economia.”
ZHANG ZHIWEI ECONOMISTA-CHEFE DA PINPOINT ASSET MANAGEMENT
A nova exposição promovida pela Sociedade de Jogos de Macau, e inserida no cartaz da bienal “Arte Macau 2023”, pretende mostrar todos os recantos do mundialmente famoso Paláciode Versalhes, situado nos arredores de Paris. Com recurso à realidade virtual e projecções digitais, será possível visitar Versalhes a partir do Cotai
CONHECER de perto os recantos do Palácio de Versalhes sem sair de Macau torna-se uma realidade a partir deste domingo. Versalhes, que foi a casa dos reis de França durante séculos e perdura hoje como um monumento-símbolo do período do antigo regime, que vigorou até à Revolução Francesa, é conhecido pelo luxo dos seus interiores e pelos enormes jardins que acolhiam festas e passeios da realeza. Com “Virtualmente Versalhes, mostra inserida na iniciativa
“Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau 2023”, será possível ao público conhecer de perto este monumento com recurso à realidade virtual e projecções digitais de 360 graus.
A exposição coincide com o segundo aniversário da abertura do Grand Lisboa Palace e inclui ainda a realização de jogos interactivos com realidade aumentada, “espectáculos especiais, workshops criativos e experiências de compras e refeições”, aponta a SJM, em comunicado.
Esta é uma exposição “que se distingue das anteriores”, apresentando também uma galeria dedicada ao trabalho do falecido estilista Karl Lagerfeld, projectando imagens que ele captou do Palácio de Versalhes. Assim, “os visitantes terão a oportunidade de explorar a inspi-
FRC acolhe novamente exposição de Henry Wong
PODE ser vista novamente, na Fundação Rui Cunha (FRC), e até ao dia 5 de Agosto a exposição “Plágio - Extensão”, do artista Henry Wong. Esta mostra já esteve patente na FRC durante uma semana em Junho, apresentando-se agora durante um período mais alargado.
cada pelo desvio subjectivo da criança. (…) Para Wong, a forma mais intuitiva de os comparar era copiá-los. Mas no processo da cópia, os desvios são racional e deliberadamente minimizados, e a nova obra perde a vitalidade da pintura infantil”.
ração criativa do lendário designer, desfrutando de uma extraordinária viagem imersiva”, destaca ainda a operadora de jogo.
“Virtualmente Versalhes” pode ser vista até ao dia 15 de Outubro em várias zonas do empreendimento Grand Lisboa Palace, nomeadamente o primeiro piso e a loja de presentes, entre outros, sem esquecer o átrio do hotel Grand Lisboa, situado na península. O preço do bilhete para esta experiência visual e tecnológica é de 138 patacas.
O resort disponibiliza ainda para os hóspedes uma série de pacotes temáticos de restauração e entretenimento, como é o caso do menu especial “Chá do Palácio de Versalhes”, que pode ser consumido no “The Book Lounge”, zona de bar no hotel Karl Lagerfeld, no Grand Lisboa Palace.
Tesouros e surpresas
Por sua vez, entre domingo e 15 de Outubro, os artistas “Rabbids at Versailhes” vão levar os hóspedes a desfrutar de uma experiência de entretenimento com recurso à realidade aumentada no Jardim Secreto. Assim, “com os Rabbids como companhia, os hóspedes poderão procurar tesouros e descobrir surpresas, tendo uma experiência cultural divertida no jardim” com recurso a um código QR. Desta forma, entre os meses de Julho e Agosto o Grand Lisboa Palace, nos seus mais diversos recantos, “ganhará vida com desfiles, bailarinos, artistas, violinistas e quartetos de cordas” que levarão os hóspedes a embrenhar-se num “cativante Carnaval de rua”.
A Praia Grande de Konstantin
Além de trazer um pouco de Versalhes a Macau, a SJM apostou também nos artistas locais, convidando o reputado pintor Konstantin Bessmertny, radicado em Macau há várias décadas, para expor a pintura
“Praia Grande I”, que retrata, na sua forma criativa mais característica, esta zona bem conhecida do centro de Macau.
A SJM apostou também nos artistas locais, convidando o reputado pintor Konstantin Bessmertny, radicado em Macau há várias décadas, para expor a pintura “Praia Grande I”, que retrata, na sua forma criativa mais característica, esta zona bem conhecida do centro de Macau
Este quadro pode ser visto no Art Space, no Centro Cultural de Macau, entre esta sexta-feira e 29 de Outubro, inserindo-se na secção “Exposição por Convite de Artistas Locais” da bienal, onde participam mais cinco artistas de Macau, nomeadamente Ung Vai Meng, Lampo Leong, Chan Hin Io, Bunny Lai Sut Weng e Eric Fok Hoi Seng. Todos eles foram convidados a criar novas obras sobre o tema central da bienal deste ano, que é “A Estatística da Fortuna”.
Estes trabalhos apresentam, segundo uma nota oficial da bienal, “reflexões variadas”, focando-se “em como a ciência e a religião construíram em conjunto a civilização actual”. Há ainda artistas que desvendam, nos seus trabalhos criativos, “o próspero comércio” que sempre se fez entre a China e o Ocidente, existindo também obras que “questionam os riscos do desenvolvimento tecnológico devido ao actual excesso de confiança naquilo que é racional”, entre outros temas.
Além da SJM, este segmento da bienal é organizado pela Direcção dos Serviços de Turismo, e restantes operadoras de jogo, como é o caso da Galaxy, Melco, Sands China e a Wynn. A.S.S.
O público poderá, assim, redescobrir os papéis de rascunho com desenhos a caneta colorida, representando as composições do artista em duetos de antes e depois, desde 1997 até hoje, mas também as reproduções em seda da arquitectura da cidade com pigmentos de cores naturais, usando a técnica Gongbi, da pintura tradicional chinesa, em estilo contemporâneo.
O jovem artista Henry Wong, com 26 anos, apresenta, assim, 50 obras que reflectem a sua visão sobre o desenvolvimento da arte e o significado das suas antigas criações em comparação com a sua obra actual.
Energia visual
A mostra teve a curadoria de Kuan U Leong, para quem “no processo de reflexão sobre o significado dos seus antigos desenhos, [Henry] Wong descobriu que os trabalhos de infância criados sem interferências externas continham uma energia visual interessante e indefinida, provo-
Assim, “mesmo que duas pinturas idênticas sejam desenhadas pela mesma pessoa, elas terão significados completamente diversos, devido aos diferentes objectivos do artista em cada momento. Ou seja, a pintura não é o mais importante, o que afinal importa é o significado da acção por trás da criação”, continua a curadora, convidando o público a pensar sobre o tema.
Filho de Macau
Nascido em Macau em 1994, Henry Sio Hang Wong foi professor de inglês do ensino secundário. Em 2022, concluiu o bacharelato em Artes Visuais da Universidade Politécnica de Macau, com especialização em Pintura Chinesa (Belas Artes), explorando principalmente a arte contemporânea e a pintura chinesa. Actualmente, é membro da Associação de Artistas de Macau, da Associação de Pintores e Calígrafos Chineses Yu Un de Macau, da Associação de Arte Juvenil de Macau e da Creative Macau.
Com “Virtualmente Versalhes, mostra inserida na iniciativa
“Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau 2023”, será possível ao público conhecer de perto este monumento com recurso à realidade virtual e projecções digitais de 360 graus
AVISO
Faz-se saber que em relação ao concurso público para empreitada de obra pública designada por « Empreitada de Concepção e Construção de Habitação Pública no Lote B7 da Nova Zona de Aterro A », publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 25, II Série, de 21 de Junho de 2023, foi feita aclaração complementar conforme necessidades, pela entidade que realiza o concurso e junta ao processo do concurso.
A referida aclaração complementar encontra-se disponível para consulta, durante o horário de expediente, na Direcção dos Serviços de Obras Públicas, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar, Macau.
Direcção dos Serviços de Obras Públicas, aos 20 de Julho de 2023.
O Director, Lam Wai Hou
Nanette seria só mais um espectáculo de standup comedy. Mas Hannah Gadsby faz de Nanette uma oportunidade para contar a sua história num misto de tragédia e comédia. Hannah é natural de uma pequena cidade da Ilha da Tasmânia, na Austrália, onde até 1997 ser homossexual era, além de pecado, crime. Ao longo da sua vida, sofreu abusos sexuais e de uma série de preconceitos, alguns vindos dela mesma. Durante anos usou a autodepreciação como forma de fazer comédia. Até hoje, aos 40 anos, não teve coragem de se assumir para avó. Em Nannete Hanna despe-se e despede-se num alerta sempre válido contra o preconceito e o abuso de poder. Hoje Macau
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Faz-se saber que em relação ao concurso público para empreitada de obra pública designada por « Empreitada de Concepção e Construção de Habitação Pública no Lote B8 da Nova Zona de Aterro A », publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 25, II Série, de 21 de Junho de 2023, foi feita aclaração complementar conforme necessidades, pela entidade que realiza o concurso e junta ao processo do concurso.
A referida aclaração complementar encontra-se disponível para consulta, durante o horário de expediente, na Direcção dos Serviços de Obras Públicas, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar, Macau.
Direcção dos Serviços de Obras Públicas, aos 20 de Julho de 2023.
O Director, Lam Wai Hou
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Faz-se saber que em relação ao concurso público para empreitada de obra pública designada por « Empreitada de Concepção e Construção de Habitação Pública no Lote B11 da Nova Zona de Aterro A », publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 25, II Série, de 21 de Junho de 2023, foi feita aclaração complementar conforme necessidades, pela entidade que realiza o concurso e junta ao processo do concurso.
A referida aclaração complementar encontra-se disponível para consulta, durante o horário de expediente, na Direcção dos Serviços de Obras Públicas, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar, Macau.
Direcção dos Serviços de Obras Públicas, aos 20 de Julho de 2023.
O Director, Lam Wai Hou
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Faz-se saber que em relação ao concurso público para empreitada de obra pública designada por « Empreitada de Concepção e Construção de Habitação Pública no Lote B12 da Nova Zona de Aterro A », publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 25, II Série, de 21 de Junho de 2023, foi feita aclaração complementar conforme necessidades, pela entidade que realiza o concurso e junta ao processo do concurso.
A referida aclaração complementar encontra-se disponível para consulta, durante o horário de expediente, na Direcção dos Serviços de Obras Públicas, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 9.º andar, Macau.
Direcção dos Serviços de Obras Públicas, aos 20 de Julho de 2023.
O Director, Lam Wai Hou
PROBLEMAS DE género à parte, indagações sobre sexualidade, e será bom reflectir acerca da complexa natureza de alguns, agora que se escrevem tratados sobre a hipotética homossexualidade ou não de Pessoa, à margem, creio, de tudo aquilo que deve ser preservado quando estamos diante de personalidades assim. Mais para trás, vamos encontrar os mesmos desvarios face à natureza celibatária do mesmo, das suas cartas de amor, seu idílio platónico, tentando explicar o que não é passível de explanação sem um grande estremecimento de ridículo, vacuidade e, por que não?, uma derrapante ingenuidade. Se fôssemos todos tão previsíveis enquanto títeres de uma espécie, seríamos ainda bem mais entediantes. Não se pede que se compreenda, mas deseja-se que se respeite com sujeitado encantamento estas naturezas tão diferentes de cada um de nós, nos cálculos, análises, formas de viver, pois que acrescentam dimensões novas ao estreito circuito das motivações alheias. Isto, um breve intróito ao que aqui nos traz.
Nenhuma mulher por aí conseguiria hoje na vertente “literatura feminina” acoplada a discursos de correntes várias, escrever este muito fêmeo poema feito por um homem. Ou se esqueceram, ou já são outra coisa, o que faz que tudo o mais seja revisto, dado que a natureza de uma tal realidade parece ter-se apagado, e quando não
houver mais explicação para nada, vamos todos ler os poetas, em vez de andar a fazer e ler tratados de vacuidade frouxa, ou a deslizar para correntes de escritas derrapantes.
«[...] Mando-lhe uma composição minha. Chamo a atenção... verificar como essa pessoa é mulher (e, digamos, bruxa) que os adjectivos não saiam no masculino onde a pessoa falante se refere a si mesma.
Estamos diante do seu Sortilégio! Digamos que nem por um instante nos ocorre que este mesmo homem no início de um recuado século vinte, ousasse mesmo em seus sonhos mais improváveis mudar de sexo; afinal, não é preciso. Tinha os dois de tal maneira bem interligados que até lhe interessou o aspecto dramático da feiticeira. Confesso que jamais vi tensão maior na compreensão do feminino. Talvez até nem seja por acaso que recorra ao mais audaz da mulher, o encantamento, e que diga em forma de advertência: «este poema é uma interpretação dramática da magia da transgressão». O mais interessante é que não se prende aos aspectos juvenis da feminilidade (facilitismo martirizante dos homens) e recorra a uma maturidade que põe fim aos dons, no começo de uma ininteligível outra marcha. Memorável! A partir disto, e como foi referido acima, pouco ou nada interessa
o folhetim de suas sexualidades, que deve ser visto como arrivismo áspero e grosseiro, aquém desta compreensão.
Vidas há, que são também um grande exercício de elegância “lançadas à sorte” e onde tudo se corrompe, entristece e se confunde, deveríamos para o bem da saúde mental deixá-las intactas. Nem todos sabemos afinal o poder de um sortilégio, que outros, parecendo maiores, não entram no futuro que nos bate à porta. Mas este tipo de seres estarão lá à nossa espera.
«Outrora meu condão fadava as sarças Converta-me a minha última magia Numa estátua de mim em corpo vivo! Morra quem sou, mas quem me fiz e havia, Anónima presença que se beija, Carne de meu abstracto amor cativo, Seja a morte de mim em que me revivo; E tal qual fui, não sendo nada, eu seja!»
Se perscrutarmos as coisas vamos até aos altares de um país que duvidando de um certo “sortilegium” perdeu a capacidade de vasto entendimento. Não soube... não quis... não pôde... Não é subliminar, e muito menos sublime, e de seus ilustres acabou por fazer esteiras de conveniências. Reverberações que vêm de «Abdicação» para nos transformar na grande unidade, que é ser total no corpo e consciência repartidas.
AS autoridades filipinas ordenaram ontem a retirada de milhares de pessoas à aproximação, do norte do país, do super tufão Doksuri, anunciou a agência meteorológica local.
O Doksuri, com ventos de 185 quilómetros por hora (km/h), está a dirigir-se para um grupo de três ilhas escassamente povoadas ao largo da ponta norte da ilha principal de Luzon, indicou a agência.
Prevê-se que atinja ou passe muito perto das ilhas Babuyan ou da província de Cagayan, no nordeste do país, hoie à tarde.
A tempestade deverá estender-se a Taiwan e ao leste da China. Três das cinco ilhas Babuyan são habitadas, por cerca de 20 mil pessoas.
As pessoas que vivem nas margens destas ilhas receberam ordens para abandonar as suas casas e os pescadores para retirar os seus barcos da água, disse o responsável local pela gestão de catástrofes, Charles Castillejos. “Enviámos a polícia para convencer quem se recusa a sair”, acrescentou.
A agência meteorológica alertou para a possibilidade de se registarem ondas de mais de três metros junto à costa, além de chuva forte nas províncias montanhosas do norte, nos próximos dias, sendo “muito provável” a ocorrência de aluimentos de terras.
As Filipinas são afectadas por uma média de 20 grandes tempestades por ano, que causam a morte de centenas de pessoas e animais e agravam a pobreza de vastas regiões.
Os cientistas alertaram que estas tempestades estão a tornar-se cada vez mais fortes devido às alterações climáticas.
China insta Índia a estabilizar laços após chumbo de investimento da BYD
Ochefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, instou ontem Nova Deli a estabilizar os laços bilaterais, para “benefício de ambos os lados”, após a Índia ter chumbado um investimento multimilionário da fabricante de automóveis chinesa BYD.
Wang, que é director do Gabinete da Comissão para as Relações Externas do Partido Comunista da China (PCC), reuniu com Ajit Doval, conselheiro de Segurança Nacional da Índia, à margem de uma reunião entre altos funcionários do bloco de economias emergentes BRICS, em Joanesburgo.
O responsável chinês pediu medidas políticas para “aumentar a confiança mútua estratégica” e “focar no consenso e na cooperação”, de acordo com um comunicado difundido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.
Aforma como a China e a Índia se relacionam vai afectar directamente o respectivo desenvolvimento dos dois países e o cenário internacional, notou Wang.
Acrescentou ainda que ambos os países devem aderir ao “julgamento estratégico” de que não representam uma ameaça um ao outro, mas antes oportunidades para o seu próprio crescimento.
Nova Deli ainda não divulgou um comunicado sobre o encontro. De acordo com a nota divulgada pela diplomacia chinesa, Doval reconheceu que
ACoreia do Norte disparou dois mísseis balísticos na madrugada de segunda para terça-feira, pouco antes de receber autoridades chinesas para as comemorações do fim dos combates entre as duas Coreias, na primeira visita estrangeira desde a pandemia.
Os militares sul-coreanos referiram ter “detectado dois mísseis balísticos disparados pela Coreia do Norte de áreas próximas a Pyongyang em direcção ao mar do Leste [também conhecido como mar do Japão]”, destacou o Estado-Maior Conjunto citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.
o “destino dos dois lados está intimamente ligado e é necessário reconstruir a confiança mútua estratégica e buscar o desenvolvimento comum”.
“O lado indiano está disposto a trabalhar com o lado chinês para encontrar uma maneira fundamental de resolver a situação na fronteira, num espírito de compreensão e respeito mútuos”, disse Doval.
As relações entre os dois países vizinhos deterioraram-se, nos últimos anos, após lutas, com paus e pedras, terem despoletado, em 2020, ao longo da disputada fronteira, na região da Caxemira. Pelo menos 20 soldados indianos e quatro chineses morreram durante os confrontos.
Pequim e Nova Deli mantiveram o diálogo.
No início do mês, Wang reuniu com o homólogo indiano, Subrahmanyam Jaishankar, à margem de uma reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros
da Associação das Nações do Sudeste Asiático, em Jacarta.
A Índia recusou esta semana uma proposta da fabricante de veículos eléctricos chinesa BYD para construir uma fábrica avaliada em mil milhões de dólares, em parceria com uma empresa local, de acordo com a imprensa indiana.
O governo indiano rejeitou o plano da BYD e da Megha Engineering and Infrastructures Ltd., com sede em Hyderabad, por questões de segurança nacional, segundo a mesma fonte.
China e Índia são ambos membros dos BRICS, juntamente com Brasil, Rússia e África do Sul.
Os conselheiros de Segurança Nacional dos países membros do bloco estiveram reunidos segunda e terça-feira em Joanesburgo.
Os funcionários estão a avaliar um mecanismo de cooperação de segurança coordenado, num período de crescentes fricções geopolíticas. O bloco defende um modelo alternativo aos blocos liderados pelo Ocidente.
Na segunda-feira, os conselheiros de segurança nacional da Bielorrússia, Burundi, Cuba, Egipto, Irão, Cazaquistão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos participaram de uma discussão dos “amigos dos BRICS”, sobre cibersegurança e inteligência artificial.
A reunião precede uma reunião entre os líderes dos países membros, marcada para Agosto, para a qual 55 nações africanas foram convidadas, no que deverá ser uma das maiores reuniões entre líderes do Sul Global.
Os dois mísseis percorreram cerca de 400 quilómetros antes de cair no mar, segundo o Ministério da Defesa sul-coreano, citado pela Yonhap e pela agência japonesa Kyodo.
A Casa Branca condenou de imediato os novos “disparos de mísseis balísticos”.
Os testes de mísseis “representam uma ameaça para os vizinhos da RPDC e para a comunidade internacional”, salientou a porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre, utilizando o nome oficial de República Popular Democrática da Coreia (RPDC) para Pyongyang. Também o Japão assinalou o primeiro lançamento norte-coreano, referindo que o projéctil caiu no mar fora da zona económica exclusiva do Japão (ZEE), de acordo com a emissora estatal NHK, que citou funcionários do governo.
Pyongyang tem realizado regularmente testes de mísseis.
O disparo destes dois últimos mísseis balísticos, antes do amanhecer de terça-feira, ocorre pouco antes das comemorações na Coreia do Norte do 70.º aniversário do fim dos combates na Guerra da Coreia (1950-1953).
“Aprende a governar-te a ti próprio antes de governar os outros.”
Sólon PALAVRA DO DIA
A forma como a China e a Índia se relacionam vai afectar directamente o respectivo desenvolvimento dos dois países e o cenário internacional, notou Wang