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ESTUDO

Veja a palestra de JULIANA NUNES na Plataforma Liderança Sustentável:

https://goo.gl/9iSrhG

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ESTUDO

Status da Gestão da Sustentabilidade nas Empresas

Quanto mais integrada ao planejamento estratégico menos suscetível a sustentabilidade fica a circunstâncias externas adversas, como, por exemplo, crises econômicas. Esta foi uma das principais conclusões do estudo Status da Gestão da Sustentabilidade nas Empresas, realizado pela consultoria Ideia Sustentável, cujo objetivo é apresentar um status atual da gestão da sustentabilidade em empresas do Brasil.

Os números colhidos pelo estudo contrastam com uma percepção, observada mais recentemente no mercado, de que, com a crise econômica, o tema perdeu força e investimentos nos últimos dois anos. Isso é verdade, em termos. Entre maio e junho de 2017, o estudo ouviu 170 profissionais de uma amostragem de 634 empresas, selecionadas a partir de um critério básico: a existência de uma área, uma equipe ou, pelo menos, um colaborador responsável pelo tema.

Para 77% dos entrevistados, a sustentabilidade integra hoje o planejamento estratégico de suas empresas, indicando que o conceito, ao contrário de cenários anteriores há cinco anos, deixou a superfície dos projetos pontuais para impactar, de algum modo, as estratégias de negócios. Nessas empresas, perdeu força em apenas 16% dos casos por causa da crise econômica. Nas que não inseriram a sustentabilidade no planejamento estratégico, verificou-se uma perda, mais significativa, em 48% dos casos.

O mesmo raciocínio costuma valer — segundo nossa experiência — para circunstâncias adversas internas, como, por exemplo, a saída repentina de um CEO de empresa muito identificado com o tema:

quanto mais inserido no planejamento estratégico menores são as possibilidades de interrupção ou esfriamento de iniciativas de sustentabilidade por conta dos humores, crenças e convicções dos novos líderes que chegam á empresa.

SE NÃO ESTIVER NAS METAS, SUSTENTABILIDADE NÃO ENTROU PARA VALER NA ESTRATÉGIA, O QUE SIGNIFICA QUE SEGUE SENDO UM TEMA VULNERÁVEL

Importante observar, no entanto, os diferentes níveis de intensidade da inserção do tema no planejamento estratégico. O estudo identifi cou gaps entre intenção e ação que não podem ser desprezados. Embora o tema seja visto como relevante na agenda de 86% dos CEOS (número que corrobora outros estudos internacionais), ele afeta em 73% a visão. Confi rmando a distância entre desejo e ação, a sustentabilidade, segundo os entrevistados, infl uencia mais os valores (81%) do que, por exemplo, as metas dos líderes (64%) e dos colaboradores (58%), parecendo mais confortável no plano genérico das aspirações e propósitos do que no específi co das consecuções e métricas. A inclusão do conceito entre os valores – vale ressaltar – é uma decisão simples, que se resume à alterações em textos. Já nos objetivos estratégicos e nas metas, exige decisões de negócio não exatamente triviais que, quase sempre, tendem a ser vistas como desvios de foco, de energia e atenção, especialmente em momentos de crise.

Ainda que os dados não deixem dúvida quanto à importância atribuída à sustentabilidade como tema de gestão, são vários os desafios se as empresas quiserem transformá-lo efetivamente em vetor para uma nova cultura de pensar e fazer negócios. Esses desafios têm a ver, entre outras variáveis, com desenvolvimento de pessoas, recompensa por resultados e inovação.

DESENVOLVER PESSOAS, ESTIMULAR IDEIAS E VALORIZAR DESEMPENHO AJUDAM A CRIAR UMA “CULTURA DE SUSTENTABILIDADE”

De acordo com o estudo, 69% das empresas admitem tratar de sustentabilidade em seus programas de educação corporativa. Raras são, no entanto, as que possuem iniciativas estruturadas para além das demandas pontuais – a imensa maioria (96%) prefere, não por acaso, o on the job, isto é, o aprendizado na prática do trabalho. Menos de 30% dispõem de estratégias de reconhecimento de ideias (22%) e de práticas (29%) de colaboradores. Menos da metade (44%) aborda o conceito nos programas de integração de novos funcionários e apenas 22% alegam trabalhar o tema nos programas de trainees.

O estudo revelou ainda que não mais do que 25% das empresas respondentes condicionam a remuneração variável de líderes e colaboradores a resultados ligados ao triple botton line – um indicador bastante seguro do nível de maturidade da cultura de sustentabilidade de uma empresa. Diante de tais dados, cabe aqui uma provocação: Como implantar sustentabilidade na estratégia do negócio, para valer, sem integrar o tema ao processo mais amplo de desenvolvimento de pessoas, a mecanismos de estímulo e avaliação de desempenho e a sistemas de recompensa por resultados?

Migrar do campo das boas intenções para o das realizações, substituindo o uso pontual do tema na gestão por uma cultura de sustentabilidade, exigirá que a empresa emita aos seus stakeholders sinais mais consistentes do quanto valoriza o tema.

BAIXA INOVAÇÃO REVELA QUE SUSTENTABILIDADE NÃO É VISTA COMO VANTAGEM COMPETITIVA

A inovação pode ser um desses sinais. Ainda não é. O estudo constatou que 40% das empresas admitem ter a sustentabilidade como driver de inovação — quatro entre 10, portanto, implementam novos processos, produtos ou modelos de negócio capazes de criar valor para todos os públicos de interesse, conjugando resultados econômicos, sociais e ambientais. Minha experiência me leva a crer que esse número seja menor — as empresas, regra geral, superestimam suas iniciativas incrementais de inovação. O fato é que a ainda modesta pegada inovadora parece atestar uma postura reativa quanto à sustentabilidade como vantagem competitiva e, por tabela, uma falta de visão de oportunidade.

DIVERSIDADE E COMPLIANCE EM ALTA, E CADA VEZ MAIS ESTRATÉGICOS

Partindo da definição que Ideia Sustentável usa para sustentabilidade empresarial, o estudo testou a importância relativa de dois temas de sustentabilidade (na verdade, dois conceitos estruturantes), recentemente mais valorizados nas empresas: ética e diversidade.

O resultado apenas confirmou a ascensão dos mesmos: 51% das empresas já têm uma política de diversidade; 60% das que não possuem planejam criar uma nos próximos dois anos. Cerca de 85% das empresas dispõem de ferramentas e de um sistema de compliance para eliminar/reduzir riscos de desvios éticos. Embora, isoladamente, nem um nem outro represente fator decisivo na construção de empresas mais sustentáveis, ambientes mais diversos do ponto de vista de gênero, idade, etnia e orientação sexual e relações mais éticas e transparentes com as partes interessadas contribuem diretamente para a consolidação de uma cultura de sustentabilidade nas empresas.

Ricardo Voltolini, diretor-presidente da consultoria Ideia Sustentável: Estratégia e Inteligência em Sustentabilidade, é um dos primeiros consultores de sustentabilidade empresarial do Brasil. Professor do tema na Fundação Dom Cabral e Fundação Instituto Administração, é autor, entre outros livros de Conversas com Líderes Sustentáveis (SENAC-SP), Escolas de Líderes Sustentáveis (Elsevier) e Sustentabilidade como Fonte de Inovação. É ainda o fundador da Plataforma Liderança Sustentável, um movimento que reúne as histórias de mais de 100 líderes empresariais consagrados em sustentabilidade.

Plataforma Liderança Sustentável

Em 2011, ano em que foi lançada, a Plataforma Liderança Sustentável apresentou como tema o estado da arte da liderança sustentável, entrevistando para o livro Conversas com Líderes Sustentáveis (SENAC-SP/2011): Guilherme Peirão Leal (Natura), Fábio Barbosa (Fundação Itaú Social), Luiz Ernesto Gemignani (Promon), Franklin Feder (ex-Alcoa), Paulo Nigro (Aché), Kees Kruythoff (Unilever), Héctor Núñez (Ri Happy), José Luciano Penido (Fibria), Miguel Krigsner (O Boticário) e José Luiz Alquéres (ex-Light).

No segundo ano, abordou como as empresas educam e envolvem os seus líderes para a sustentabilidade, reunindo no livro Escolas de Líderes Sustentáveis (Elsevier/2013) as narrativas de Alessandro Carlucci (ex-Natura), Britaldo Soares (AES Brasil), Andrea Alvares (Natura), Carlos Fadigas de Souza (ex-Braskem), Rodrigo Kede (IBM), Marise Barroso (Avon), Luiz Barretto (Sebrae), João Carlos Brega (Whirlpool), Oscar Clarke (ex-HP) e Alfred Hackenberger (ex-BASF).

No terceiro ano, focou-se em como as empresas estão inserindo a sustentabilidade na estratégia do negócio e entrevistou: Tito Martins (Votorantim Metais), Marcos Madureira (Santander), Jorge Samek (ex-Itaipu Binacional), Antônio Joaquim de Oliveira (Duratex), Roberto Setubal (Itaú Unibanco), Mathias Becker (ex- Renova Energia), Tânia Cosentino (Schneider Electric) e Carlos Eduardo Terepins (ex-Even).

Em 2014, a Plataforma inovou e reuniu depoimentos dos principais executivos de Sustentabilidade do Brasil no livro Líderes Sustentáveis com a Mão na Massa (Ideia Sustentável/2014), para mostrar como se dá, no dia a dia das empresas, o trabalho de incorporação da sustentabilidade à cultura corporativa; para tanto, ouviu: Carlos Nomoto (ex-Santander), Elisa Prado (Grupo TV1), David Canassa (Votorantim), Luciana Alvarez (Duratex), Jorge Soto (Braskem), Fábio Abdala (Alcoa), Denise Alves (ex-Natura), Denise Hills (Itaú Unibanco), João Redondo (ex- Duratex), Sílvio Gava (Even) e Armando Valle (Whirlpool).

Em 2015, para o tema Inovação, integraram-se à Plataforma: Walter Dissinger (Votorantim Cimentos), Armando Valle (Whirlpool), Roberto Lima (ex-Natura), Luciano Guidolin (Braskem), Pedro Suarez (Dow), Jorge Lopes (3M), Ralph Schweens (BASF) e Anielle Guedes (Urban 3D).

Em 2016, junto com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e o SESI Nacional, a Plataforma realizou sua primeira edição setorial, ouvindo líderes da indústria da construção civil e registrando seus cases no livro Sustentabilidade na Indústria da Construção (Ideia Sustentável/2016):

Dany Muszkat (Even), Marcelo Miranda (Precon Engenharia), Maurício Menezes (Grupo Toctao), Caio Bonatto (Tecverde), Maria das Graças Dias de Sousa (Dias de Sousa Construções), Ivo Faria (Pontal Engenharia), Milton Bigucci (MBigucci), Marcelo Takaoka (Takaoka Desenvolvimento Imobiliário), Meyer Joseph Nigri (Tecnisa) e Mauro Piccolotto Dottori (MPD Engenharia).

Também em 2016, a Plataforma se concentrou nos temas Ética e Diversidade e registrou as histórias de: Paulo Stark (ex-Siemens), Didier Tisserand (L’Oréal), Marcio Coelho (Johnson & Johnson), Fábio Coelho (Google Brasil), Paula Bellizia (Microsoft), Henrique Braun (Coca-Cola Brasil) e José Luiz Rossi (Serasa Experian).

Iniciando um novo ciclo de atividades em 2017, a Plataforma Liderança Sustentável realizou o encontro “Líder 2030 Talks”, convidando alguns dos principais executivos de sustentabilidade do país para fazer um balanço dos avanços do tema nos últimos anos: Maike Mohr (Unimed Brasil), Jorge Soto (Braskem), Denise Hills (Itaú Unibanco), Luciana Alvarez (Duratex), Pedro Massa (Coca-Cola Brasil), Fernando Eliézer Figueiredo (Schneider Electric), Daniela Gentil (Ultragaz), Luiz Rielli (AES Brasil), David Canassa (Votorantim), Gleice Donini (Cielo), Lígia Camargo (Danone) e Juliana Nunes.

O QUE SABER SOBRE A PLATAFORMA LIDERANÇA SUSTENTÁVEL

1. O QUE É?

É um movimento criado por Ideia Sustentável: Estratégia e Inteligência em Sustentabilidade que reúne as histórias de líderes empresariais com o objetivo de conectar, inspirar e educar jovens líderes para os valores da sustentabilidade. É também um conjunto de ferramentas – livros, portal, vídeo- palestras, eventos educativos (regionais e nacionais), cursos e conteúdos de apoio à educação de líderes – que se presta a apoiar empresas, associações classistas, escolas de negócio e universidades na gestão de conhecimento para a sustentabilidade.

2. COMO NASCEU?

Em 2011, com o lançamento do livro Conversas com Líderes Sustentáveis (Senac-SP). Observando que as histórias dos presidentes impactavam os ouvintes e que um livro, por melhor que fosse, atingiria um público limitado, o autor, Ricardo Voltolini, convidou os entrevistados da obra a compor um movimento com o propósito inicial de realizar encontros empresariais pelo país. O livro foi consequência de pesquisa feita por Ideia Sustentável, em 2008, que apontou a liderança como a variável de sucesso mais importante para a inserção do conceito de sustentabilidade na gestão e na cultura dos negócios.

3. O QUE É LÍDER SUSTENTÁVEL?

Não é um conceito, mas um nome que criamos para designar um tipo de lí-der que lidera com valores e pela sustentabilidade. Este perfil de liderança tem sido crescentemente mencionado em documentos internacionais – como os Princípios da Educação Empresarial Responsável e a Agenda 50+20 –, por importantes organizações – como o Pacto Global da ONU e o Pnuma – e em eventos relevantes – como o Fórum de Davos e a Rio+20.

4. COMO SÃO ESCOLHIDOS OS CASES?

Primeiro, ouvimos cerca de 75 especialistas em sustentabilidade (acadêmicos, consultores, formadores de opinião) para elaborar uma lista inicial de indicações. As empresas mais indicadas são, posteriormente, estudadas pela equipe de especialistas de Ideia Sustentável (mediante análise de relatórios e entrevistas) para verificar se – e o quanto – estão adequadas ao tema do ano. Somente após esse procedimento, são convidadas a participar.

5. O QUE É STORYTELLING?

Storytelling é a base metodológica da Plataforma Liderança Sustentável. São muitas as definições. A que utilizamos é a seguinte: usar a narrativa empresarial como meio para inspirar e educar pessoas. Bons líderes têm, entre as suas habilidades, a capacidade de contar histórias e envolver pessoas. Em vez de business cases, o que fazemos é estruturar narrativas que mostram como pensam, agem, tomam decisões e em que valores acreditam os líderes sustentáveis. Essas narrativas – que combinam fatos empresariais e pessoais – estabelecem proximidade, proporcionam maior identificação, humanizam o discurso da sustentabilidade e, assim, ajudam a fazer a gestão do conhecimento para a mudança.

6. A PLATAFORMA LIDERANÇA SUSTENTÁVEL É SÓ PARA CEOS DE EMPRESAS?

Não. Embora relate histórias de presidentes de companhias, a Plataforma se destina a todo profissional que exerça algum tipo de liderança. O líder não está sentado apenas na cadeira de presidente. Pode estar

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Da esquerda para a direita: Luiz Ernesto Gemignani (Promon), Guilherme Leal (Natura), Fábio Barbosa (Fundação Itaú Social), Miguel Krigsner (O Boticário), Paulo Nigro (Aché), Héctor Núñez (Ri Happy), José Luciano Penido (Fibria) e Kees Kruythoff (Unilever), no lançamento da Plataforma Liderança Sustentável.

nos diferentes escalões de uma empresa. Pode estar à frente de um departamento, de uma pequena empresa, de um empreendimento ou de algum processo. A Plataforma apresenta, ainda, uma versão com executivos de Sustentabilidade.

7. A PLATAFORMA LIDERANÇA SUSTENTÁVEL FUNCIONA COMO UM PRÊMIO OU UM SELO DE SUSTENTABILIDADE?

Não, ela não é nem um prêmio nem um selo. É uma iniciativa de gestão de conhecimento que visa tão somente mostrar como as empresas e os seus líderes estão enfrentando os dilemas da inserção da sustentabilidade nos negócios. Não conferimos notas e avaliações a empresas, não transformamos líderes em gurus, não idolatramos pessoas e marcas, não atestamos idoneidade ética e moral nem oferecemos nenhum tipo de aval de que uma companhia é mais ou menos sustentável. Também não julgamos, por princípio, empresas e pessoas.

8. COM QUE RECURSOS SÃO MANTIDAS AS ATIVIDADES DA PLATAFORMA LIDERANÇA SUSTENTÁVEL?

Com receita advinda do patrocínio de empresas apoiadoras, que se identificam, Institucional e ideologicamente, com a missão da Plataforma de inspirar e educar jovens líderes para a sustentabilidade. Os recursos destinam-se integralmente ao pagamento dos profissionais envolvidos na execução das atividades, pesquisa e produção de conhecimento, elaboração de programas educacionais, criação de vídeos inspiracionais/educacionais, organização de eventos (nacionais e regionais) e manutenção do portal.

Da esquerda para a direita: Ricardo Voltolini (Ideia Sustentável), Marcelo Lyra (Braskem), Oscar Clarke (ex-HP), Eduardo Leduc (BASF), Suênia Souza (Sebrae), Héctor Núñez (Ri Happy), Marise Barroso (Avon), João Carlos Brega (Whirlpool), Rodrigo Kede (IBM), José Luciano Penido (Fibria), José Luiz Alquéres (ex-Light) e Britaldo Soares (AES Brasil), no segundo encontro anual da Plataforma Liderança Sustentável.

9. COMO AS PESSOAS PODEM PARTICIPAR DA PLATAFORMA?

De diferentes formas. A começar pela mais básica de todas elas: disseminando as vídeo- palestras e os demais conteúdos em suas redes e círculos sociais. A difusão das ideias da Plataforma é uma maneira de ampliar a abrangência do impacto de sua mensagem. Uma segunda forma consiste em participar presencialmente de encontros regionais (feitos em parceria com os SESIs e as federações de indústria estaduais). Nesses encontros, além de um painel com a presença de líderes da Plataforma, há sempre um workshop sobre como inserir a sustentabilidade nos negócios. Se você é um professor que ensina sustentabilidade, pode utilizar os conteúdos como material de apoio em sala de aula, integrando ou não a Rede de Educadores da Plataforma. Se você trabalha em uma empresa, pode reproduzir os conteúdos nos programas de suas universidades corporativas e em situações diversas, como comitês de sustentabilidade, palestras e treinamentos. No portal, há um espaço aberto para líderes interessados em relatar como utilizam os conteúdos da Plataforma.

10. É PRECISO SOLICITAR PERMISSÃO DA PLATAFORMA PARA UTILIZAR AS VÍDEO-PALESTRAS EM TREINAMENTOS E EVENTOS EMPRESARIAIS?

Não, não é necessário desde que o material não seja usado para fins de lucro. Qualquer pessoa interessada em adotar os conteúdos da Plataforma poderá fazê-lo, bastando acessá-los em www.plataforma. ideiasustentavel.com.br ou nos canais do Vimeo e do YouTube. Recomendamos que, feita a utilização do material, o interessado envie por e- mail (plataforma@ideiasustentavel.com.br) um breve relato dos resultados e impactos em sala de aula, palestras ou treinamentos.

11. O QUE É A PLATAFORMA LIDERANÇA SUSTENTÁVEL SETORIAL?

Trata-se da aplicação da metodologia utilizada originalmente na Plataforma Liderança Sustentável para identificar, analisar e selecionar líderes que estejam atuando pelo desenvolvimento de uma cultura de

Da esquerda para a direita: Fábio Abdala (Alcoa), Elisa Prado (Grupo TV1), Ricardo Voltolini (Ideia Sustentável), Luciana Alvarez (Duratex), David Canassa (Votorantim), Sílvio Gava (Even), Carlos Nomoto (ex-Santander), Armando Valle (Whirlpool), João Redondo (ex-Duratex), Denise Alves (ex-Natura), Denise Hills (Itaú Unibanco) e Jorge Soto (Braskem), no encontro da Plataforma Liderança Sustentável – Executivos.

sustentabilidade em um setor específico da economia. Em 2016, realizamos, junto ao SESI Nacional e à Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a Plataforma Liderança Sustentável Setorial – Indústria da Construção.

12. O QUE É O 2º CICLO DE ATIVIDADES DA PLATAFORMA LIDERANÇA SUSTENTÁVEL?

A Plataforma Liderança Sustentável foi idealizada para um ciclo de cinco anos de atividades e, ao longo desse período, identificou e compartilhou cases de empresas ligados aos seguintes temas: estado da arte da liderança sustentável (2011), educação para a sustentabilidade (2012), sustentabilidade na estratégia do negócio (2013), líderes sustentáveis com a mão na massa (2014), inovação sustentável (2015) e ética e diversidade (2016). Com essas abordagens, realizou cerca de 320 eventos, impactando mais de 95 mil líderes diretamente, e alcançou 3 milhões de pessoas com as vídeo-palestras das histórias dos CEOs e executivos integrantes do movimento.

Em 2017, a Plataforma deu início a um novo ciclo de atividades, chamado “Negócios com Valores”, assumindo uma bandeira que, desde sempre, fez parte de sua missão: valores geram valor econômico. O encontro “Líder 2030 Talks”, realizado em junho, foi a primeira iniciativa dessa nova fase e gerou este livro homônimo, que reforça o compromisso essencial da Plataforma com a gestão de conhecimento relevante em sustentabilidade empresarial.

13. O QUE É O CEO COM PROPÓSITO?

Iniciativa do novo ciclo de atividades da Plataforma Liderança Sustentável, o evento CEO com Propósito foi criado para identificar os líderes sustentáveis de novas empresas, menores e ágeis, que, em parceria com grandes companhias, vêm construindo soluções para o desenvolvimento sustentável e contribuindo

Da esquerda para a direita: Ricardo Voltolini (Ideia Sustentável), Paulo Nigro (Aché), Franklin Feder (ex-Alcoa), Armando Valle (Whirlpool), Tânia Cosentino (Schneider Electric), Rui Goerck (ex-BASF), Roberto Lima (ex-Natura), Jorge Lopez (3M), Anielle Guedes (Urban 3D), Jorge Samek (ex-Itaipu Binacional), Walter Dissinger (Votorantim Cimentos), Pedro Suarez (Dow), Luciano Guidolin (Braskem) e Mathias Becker (ex-Renova Energia), no encontro nacional da Plataforma de 2015.

com o cumprimento dos ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Cada patrocinador da Plataforma indicou três empresas alinhadas com a missão do evento, cabendo à Ideia Sustentável selecionar o case mais adequado de cada grupo com base em cinco critérios: 1- Conexão com o negócio (a empresa indicada deve fazer parte do ecossistema de relações da empresa patrocinadora); 2- Contribuição aos ODS (seus produtos/serviços devem oferecer uma solução para algum problema ligado à insustentabilidade do planeta); 3- Resultados (precisa estar operando no mercado e apresentar impactos econômicos, sociais e ambientais contabilizados); 4- Inovação (não deve ter mais do que cinco anos de mercado e propor algum tipo processo, tecnologia, metodologia, abordagem ou modelo de negócio sustentável e inovador); e 5- Negócios com Valores (a empresa indicada deve ser administrada por um líder empreendedor, inovador, guiado por um propósito – um incômodo, uma indignação, um sentimento de solidariedade ou um senso de oportunidade – que exceda o bottom line, pois tão importante quanto o resultado a ser atingido pela empresa é a qualidade inspiracional da narrativa do seu líder). Cada palestrante foi apresentado por um executivo da empresa patrocinadora da PLS, que explicou brevemente as razões de a companhia ter escolhido aquele “CEO com Propósito”.

Da esquerda para a direita: Marcelo Miranda (Precon Engenharia), Maurício Menezes (Grupo Toctao), Caio Bonatto (Tecverde), Ivo Faria (Pontal Engenharia), José Carlos Martins (CBIC), Milton Bigucci (MBigucci), Ricardo Voltolini (Ideia Sustentável), Maria das Graças Dias de Sousa (Dias de Sousa Construções), Fábio Villas Boas (Tecnisa), Mauro Piccolotto Dottori (MPD Engenharia), na I Plataforma Liderança Sustentável Setorial – Indústria da Construção, realizada pela Ideia Sustentável com o SESI Nacional e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

CRÉDITOS

iStock

Ilustração de Capa

Heloísa Bortz

19, 27, 35, 41, 47, 48, 55, 63, 69, 77, 78, 85, 86, 93 e 99

Renato Negrão:

107

Érico Hiller e Bia Ferrer:

108 e 109

Guto Marques:

4, 9 e 110

Calão Jorge | Secovi-SP:

111

Divulgação:

12, 20, 28, 36, 42, 56, 64, 70 e 94

Livro composto em Panton

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