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Figura 1 - Matriz xilografia em cedrinho

1. Introdução

Entre as muitas leituras que o trabalho Não me deixe Intacto: Os Ex-Votos me revelou e até mesmo à outros que se debruçaram em algum momento sobre ele, escolhi apenas uma de suas possibilidades de leitura e análise que naturalmente se sucederam após a sua materialização. Por isso, aqui se encontram apenas as reflexões quanto a sua materialidade, isto é, a sua existência enquanto objeto, enquanto gravura, enfim quanto à seu caráter gráfico. Este trabalho surgiu de uma pergunta provocativa sobre um saber/entender afixado como uma verdade há anos: a discrição do que é um objeto original e automaticamente do que é objeto autêntico, além da sustentação de valor que tal julgamento acaba por entrelaçar a tais conceitos. Como dito acima, essas ideias estão afixadas há muitos anos, porém aqui me detive apenas nos últimos para analisar a questão. Obriguei-me a essa pequena fronteira com objetivo de demostrar uma leitura profunda e contudo não aborrecida. Deste modo me pautei apenas na análise da discrição do que é um objeto original e autêntico emitida por Walter Benjamin em seu ensaio A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica e também pelas regras estabelecidas no mercado de arte através de encontros internacionais. Como desejei, desde o início, questionar essas verdades e percebi que elas na realidade se encontram muito próximas ao conceito de dispositivo explicado por Giorgio Agamben no ensaio O que é um dispositivo? de seu livro O que é Contemporâneo? E Outros Ensaios e ligados diretamente aos estudos desse sobre o pensamento foucaultiano, acresci à leitura aqui pretendida esse último ensaio.

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