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Olio Extravergine di Oliva Sardegna

O poeta grego Homero (séculos 8 ou 9 a.C.) chamou o azeite de “líquido dourado”, o que demonstra que o cultivo da oliveira tem raízes muito antigas. Restos fossilizados dos ancestrais da oliveira foram encontrados perto da comuna toscana de Livorno e datados de vinte milhões de anos, embora o cultivo tenha começado muito mais tarde. Com a expansão das colônias gregas, a oliveira chegou no século VIII a.C. ao sul da Itália e, segundo o historiador romano Plínio, no primeiro século a.C. a Itália tinha “azeite excelente a preços razoáveis”.

Os anos se passaram e a Itália aperfeiçou a produção do azeite, elevando o padrão de excelência do alimento. Frutado ou delicado, picante ou amargo, no país é possível escolher entre 42 tipos de olio di oliva extravergine com Denominazione di Origine Protetta (DOP) – Denominação de Origem Protegida – e cinco com Indicazione Geografica Protetta (IGP) – Indicação Geográfica Protegida.

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A DOP do Olio Extravergine di Oliva Sardegna é reservada ao azeite extraído nas comunas das províncias de Cagliari, Nuoro, Sassari e Oristano e obtido das variedades de oliveiras, isoladamente ou em conjunto, por, pelo menos 80%: Bosana, Tonda di Cagliari, Nera (Tonda) di Villacidro e Semidana; os 20% restantes são compostos por outras variedades, presentes no território.

Nessas áreas de produção, as chuvas se concentram no outono e na primavera, com longos intervalos de seca durante o verão. A precipitação média é de, aproximadamente, 600 milímetros anuais. As temperaturas têm tendência sazonal, sendo mais elevadas no verão, quando os frutos ganham peso e o seu teor de óleo aumenta. Isso contribui para criar uma estação árida, que exerce uma influência considerável no ciclo de frutificação da oliveira. A produção máxima é de 120 quintais (12.000 quilos), por hectare, e o rendimento de 22%, o que corresponde a 22 litros de azeite a cada 100 quilos de azeitonas.

A extração do Olio Extravergine di Oliva Sardegna DOP deve ser realizada no local de produção, no prazo de até dois dias após a colheita, e apenas com processos mecânicos e físicos, concebidos para conferir ao produto a melhor qualidade organoléptica. É proibido o uso de produtos químicos ou bioquímicos (enzimas) ou mecânicos (talco). A temperatura máxima do processo para separar a água do azeite é de 30°C e sua duração máxima é de 75 minutos.

O Olio Extravergine di Oliva Sardegna DOP deve apresentar as seguintes características: acidez máxima (ácido oleico) a 0,5%; cor que varie entre a verde e a amarela, com alternância cromática ao longo do tempo; aroma frutado; e sabor também frutado, com notas amargas e picantes.

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