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Franciacorta

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Dolcetto D’Alba

Dolcetto D’Alba

A designação Franciacorta define um território, um método de produção e um vinho. O Franciacorta é o primeiro vinho na Itália produzido exclusivamente com a técnica de refermentação em garrafa a conseguir, em 1995, a Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG) – Denominação de Origem Controlada e Garantida – e o reconhecimento do método de produção Franciacorta.

O nome “Franzacurta” apareceu pela primeira vez em 1277, em um decreto dos Estatutos Municipais de Brescia. Esse evento sugere uma gênese ligada às cortes monásticas do território, fundadas pelos monges cluníacos, e que, em latim, eram chamadas de curtae francae. Em 1429, um ato do Doge de Veneza, Francesco Foscari, definiu os limites geográficos da atual Franciacorta, como a área vitícola delimitada ao norte pelo Lago Iseo; a leste, pelas colinas próximas à comuna de Brescia; a oeste, pelo Rio Oglio; e, ao sul, pela faixa de planície, que se estende ao sopé do Monte Orfano.

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A área total do Franciacorta é de 3.229 hectares, divididos nos 19 comunas do território – província de Brescia, na região da Lombardia –, onde atuam 121 produtores, que, em 2020, produziram 15,6 milhões de garrafas.

Uma das primeiras publicações sobre a técnica de preparação de vinhos fermentados, naturalmente, em garrafa, data de 1570. O texto, impresso em Brescia com o título Libellus de Vino Mordaci, foi escrito pelo médico Girolamo Conforti, e enfoca, justamente, os vinhos produzidos, na época, em Franciacorta. Para Conforti, que destacou a difusão e consumo generalizado de vinhos com bolhas, definindo-os como “mordazes”, a origem da espuma residia na longa fermentação, que devia de ser controlada, para não desperdiçar “a escória grossa, leve e pungente”.

O Franciacorta é produzido com uvas Chardonnay e/ou Pinot Noir. O uso da casta Pinot Blanc também é permitido, até, no máximo, 50% do blend. Cerca de sete meses após a colheita, o vinho é engarrafado com a adição de leveduras. Os resíduos da refermentação são eliminados após 18 meses de contato com as leveduras, enquanto que, para as classificações Satèn e Rosé, os períodos são de até 24 meses.

Para o Franciacorta Millesimato, o período mínimo de refermentação aumenta para pelo menos 30 meses. Já o Franciacorta Riserva só pode ser liberado para consumo após 60 meses de repouso em contato com as leveduras e por um total de 67 meses, a partir da colheita.

O Franciacorta pode ser combinado com uma gama extremamente ampla de pratos e produtos. Cada tipo tem sua própria personalidade e deve ser servido em copos Franciacorta, a uma temperatura de 8 a 10°C. As tipologias admitidas são: Non Dosato, Pas Dosé, Extra Brut, Brut, Extra Dry, Sec o Dry e Demi-Sec. O tipo Satèn é produzido, apenas, na versão Brut.

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